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Informativo

SiStema FamaSul

Ano I – Edição 01 – Novembro de 2015

Agro deixa crise de lado e segue avançando! INFORMAÇÃO

CIRCUITO PECUÁRIO É A NOVA FERRAMENTA DO CRIADOR

JOVEM

AGRINHO ATENDE MAIS DE 60 MIL ALUNOS EM MS

INFORMAÇÃO

MS AGRO DESTACA EDUCAÇÃO PARA FUTURO DO SETOR


EDITORIAL

SUMÁRIO

SEMEANDO EDUCAÇÃO PARA COLHER DESENVOLVIMENTO

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ato Grosso do Sul é uma referência na produção agrícola e pecuária para o País. O Estado é modelo no uso de novas tecnologias e no aumento de produtividade. No entanto, para mantermos esse alto nível de competitividade da nossa agropecuária é preciso avançar mais em um dos principais gargalos da nossa cadeia produtiva: a capacitação de nossa mão de obra. Por isso, o Sistema Famasul elencou a educação e o conhecimento como suas prioridades para os próximos anos. Precisamos preparar os trabalhadores do campo e oferecer informações aos produtores para que utilizem da melhor maneira possível as ferramentas de gestão e de tecnologia, para assegurar a sustentabilidade econômica da nossa atividade e a preservação do meio ambiente. Já direcionando nossos esforços neste sentido, lançamos nestes últimos quatro meses algumas iniciativas voltadas justamente para preparar melhor o produtor rural de Mato Grosso do Sul, como, por exemplo, o Circuito Pecuário e o MS Agro, que na edição 2015 foi todo voltado para a educação. Essas iniciativas serão intensificadas em 2016. Acreditamos que a educação e a capacitação também sejam as principais alternativas para que o agronegócio enfrente a crise econômica que atinge o País. Temos que lembrar que essa não é a primeira e nem será a última situação difícil que enfrentaremos, e que as dificuldades anteriores serviram de aprendizado para que o setor se ajustasse e tivesse melhores condições de seguir em frente e crescer, como vem fazendo nestes últimos anos. Esse aprendizado nos mostrou que uma propriedade tem que ser administrada como um empreendimento rural e que o aprimoramento da gestão tem que caminhar lado a lado com o uso da inovação e tecnologia. Como resultado, já colhemos safras recordes na agricultura e uma produção crescente da pecuária, o que tem alavancado o comércio exterior brasileiro e ajudado nas contas públicas, ao gerar emprego e renda. Nesta primeira edição do Informativo do Sistema Famasul estamos mostrando justamente isso. Que apesar do momento difícil estamos seguindo em frente e as principais ações desenvolvidas pela entidade e por um dos seus principais braços, o Senar/MS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - com foco na capacitação e qualificação do nosso trabalhador e do nosso empresário rural. Mostramos que no agronegócio sul-mato-grossense se enfrenta a instabilidade de frente, e que a crise, apesar de em alguns momentos assustar, representa uma grande oportunidade de crescimento. Boa leitura a todos!

Panorama

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Informação

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Legislação

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Mobilização

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Jovem

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Tecnologia e Inovação

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Meio Ambiente

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Capacitação

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Senar em Ação

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Famasul Em Ação

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EXPEDIENTE FAMASUL | Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul | Presidente: Mauricio Koji Saito | VicePresidente: Nilton Pickler | Diretora Secretária: Terezinha de Souza Candido Silva | Diretor Tesoureiro: Luis Alberto Moraes Novaes | Diretor Executivo: Lucas Galvan | 2º Secretário: Diogo Peixoto da Luz | 3º Secretário: André Ribeiro Bartocci | 2º Tesoureiro: Thaís Carbonaro Faleiros | 3º Tesoureiro: Rogério de Menezes | CONSELHO DE VICE-PRESIDENTES Tereza Cristina Correa da Costa Dias | Jean Pierre Paes Martins | Luciano Aguilar Rodrigues Leite | Niuto Pereira de Souza | Marco Garcia de Souza | Yoshihiro Hakamada | Marcelo Loureiro de Almeida | Lucio Damália | Edy Elaine Biondo Tarrafel | MEMBROS SUPLENTES DA DIRETORIA | Luis Otávio Britto Fernandes | Otávio Vieira Melo | João Borges dos Santos Júnior | Telma Menezes de Araújo | Murilo Eduardo Franciscon Ricardo | Thiago Arantes | Wilberto Antônio de Amaral | Luiseu Bortoloci | Reinlado Alves dos Santos | Rudimar Artur Borgelt | Antônio Umberto Maran | Adauto Rodrigues de Oliveira Durval Ferreira Filho | Paulo Cardim | Valdeci Pelizer | Antônio Gisuatto | Ademir Antônio Cruvinel | MEMBROS DO CONSELHO FISCAL | Efetivos | Ruy Fachini Filho | Maria Lizete Barreto de Menezes Brito | Janes Bernardino Honório Lyrio | Suplentes | Rafael Nunes Gratão | Dário Alves de Souza | Roberto Alves Vasconcelos SENAR – MS | Administração Regional do Estado de Mato Grosso do Sul | Conselho Administrativo | Dirigente: Mauricio Koji Saito – Famasul | Membros titulares: Luciano Muzzi Mendes, José Pereira da Silva, Daniel Kluppel Carrara e Valdinir Nobre de Oliveira | Conselho Fiscal: Paulo César Bózoli, João Batista da Silva e Alaíde Ferreria Teles | Superintendência: Rogério Thomitão Beretta INFORMATIVO SISTEMA FAMASUL Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul | Editor: Anderson Viegas | Redação e Revisão: A2L Comunicação | Projeto Gráfico e Diagramação: Hélder Rafael – A2L Comunicação | Fotos da edição: Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul e Chico Ribeiro/Subsecom

Publicação mensal editada pela Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. FAMASUL: Rua Marcino dos Santos, 401 | Bairro Cachoeira II Campo Grande – MS | CEP: 79040-902 | Telefone: (67) 3320-9700 Fax: (67) 3320-9777 | E-mail: famasul@famasul.com.br Internet: www.famasul.com.br 2

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PANORAMA

AGRO MOSTRA O CAMINHO PARA ENFRENTAR A CRISE PRODUTORES ARREGAÇAM AS MANGAS E INVESTEM EM TECNOLOGIA E GESTÃO

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agronegócio fecha o ano de 2015 com saldo positivo em Mato Grosso do Sul. Apesar da instabilidade política e da crise econômica do País, a resiliência do setor adquirida em outros momentos de dificuldade, somada ao caráter empreendedor do produtor rural, ao uso de novas tecnologias e ainda a taxa de câmbio que favoreceu as exportações, possibilitou que o agro terminasse o ano crescendo. A gestora do departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, aponta que a agropecuária sul-mato-grossense e brasileira estão passando pelas adversidades econômicas sem grandes impactos, por estarem estruturadas. Ela aponta que os principais indicadores do setor, o Produto Interno Bruto (PIB) e o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), ainda estão sendo calculados para o ano, mas já indicam que haverá um crescimento, ainda que discreto, frente ao ano passado. Para o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, o trabalho que o agronegócio sul-mato-grossense desenvolve é a receita para superar a crise econômica

do País. “Temos que arregaçar as mangas e produzir! É isso que o produtor sabe fazer, ainda que muitas vezes isso não receba o devido reconhecimento. É isso que tem sustentado o crescimento da economia brasileira e que será a garantia de que vamos superar mais esse momento de instabilidade”, diz. Agricultura Esse quadro fica mais claro quando são analisados os dados da última safra. “Nossa produção de soja cresceu na safra 2014/2015, 12%. Saltamos das 6,1 milhões de toneladas para 6,8 milhões de toneladas, com aumento da área cultivada de 8,4%, chegando aos 2,3 milhões de hectares e ganho de 3,3% na produtividade, que atingiu a média de quase 50 sacas por hectare. No que se refere ao milho, os números também são expressivos. Crescimento de 8,9% na produção, que saiu das 8,3 milhões de toneladas para 9 milhões de toneladas e de 5% na área cultivada. Foram as maiores safras destas culturas na história do Estado”, comenta a economista da Famasul. (Continua na página 4)

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PANORAMA

Temos que arregaçar as mangas e produzir! É isso que o produtor sabe fazer, ainda que muitas vezes isso não receba o devido reconhecimento Mauricio Saito, Presidente do Sistema Famasul

Bovinocultura Adriana aponta que na bovinocultura de corte, mesmo com o setor enfrentando um cenário de retração na oferta de animais terminados e de redução de abates em 13,2% no acumulado de janeiro a outubro desde ano, quando foram abatidas 2,7 milhões de cabeças, frente o ano passado, os preços da arroba e dos bezerros permaneceram em alta. A valorização foi alavancada principalmente pela recuperação das exportações e pelas oportunidades de novos negócios com novos mercados se abrindo para a produção do País e do Estado. No entanto, no acumulado de 2015 (entre janeiro a outubro), Mato Grosso do Sul exportou 85,6 mil toneladas contra 128,7 mil no mesmo período de 2014. A expectativa é que duas iniciativas recentes - a visita da missão norte americana e a reabertura da Arábia Saudita para o mercado da carne bovina brasileira - reflitam em aumento das vendas para o mercado externo no próximo ano. Sobre a bovinocultura de corte, o presidente do Sistema Famasul destaca que os animais produzidos em Mato Grosso do Sul estão sendo abatidos cada vez mais jovens e com maior peso, o que é resultado do incremento de tecnologia em manejo, genética, sanidade e nutrição. “Isso se reflete no aumento da eficiência produtiva e comprova também o perfil sustentável do pecuarista sulmato-grossense”. Aves e suínos Ainda sobre a pecuária, mas no segmento de aves, a economista da Federação aponta que a atividade também registrou crescimento em 2015 no Estado, e como no caso dos bovinos foi impulsionada pelas exportações. 4

Entre janeiro e outubro deste ano, de acordo com o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foram abatidos no estado Estado 142 milhões de cabeças, com a produção de 344,7 mil toneladas de carne. Houve uma ligeira alta neste período frente ao mesmo intervalo de tempo do ano passado, de 0,47% no volume embarcado e uma retração de 16,2% na receita, em razão dos preços praticados no mercado internacional estarem em um patamar inferior ao de 2014. Ela destaca, entretanto, que para os próximos meses a expectativa para o mercado externo de aves é muito boa. “As expectativas de vendas para o mercado externo são as melhores, tendo em vista a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China (aves e suínos) e para o México (carne de frango)”, revela. Já no setor de suínos, a economista destaca que apesar de ocorrer uma retração nas exportações e consequente queda nos preços, que houve um incremento no número de animais abatidos na parcial de dez meses deste ano em relação ao anterior, de 5,1%, chegando a 1 milhão de cabeças. Esse aumento de produção de carne acabou sendo absorvido pelo mercado interno e a expectativa é que com o fim de ano a demanda pelo produto aumente ainda mais. Importância das exportações Além desta conjuntura, o presidente do Sistema Famasul aponta que outro fator que tem colaborado para ajudar o agronegócio sul-mato-grossense a enfrentar esse momento é a desvalorização do real frente ao dólar, o que acabou favorecendo o agricultor brasileiro na exportação de grãos e de carne. Até outubro, Mato Grosso do Sul havia exportado,


PANORAMA segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), 3,2 milhões de toneladas de soja em grãos, um volume 32% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e que resultou em uma receita de US$ 1,2 bilhão, 0,73% maior que a da parcial da temporada passada. Em relação ao milho em grão, o incremento nas exportações do Estado foi ainda maior, de acordo com Saito, 119,9%, na comparação dos mesmos intervalos de tempo, passando das 861,4 mil toneladas para 1,8 milhão de toneladas. O ganho no faturamento também foi considerável, 100%, atingindo os US$ 325,9 milhões. Mas se o dólar favoreceu as exportações, na outra ponta também encareceu o valor dos fertilizantes da agricultura e dos medicamentos da pecuária, aumentando os custos da produção e apertando ainda mais as margens dos produtores, o que tem exigido cada vez mais capacitação e gestão, para assegurar a sustentabilidade econômica da propriedade. “O caminho que passa pelo controle de custos e o conhecimento técnico tem na capacitação um ponto fundamental. Além disso, o produtor rural também precisa acompanhar o mercado, com acesso a informações confiáveis, de fontes oficiais, e assim conseguir comprar e vender na hora certa, garantindo a saúde financeira de sua propriedade”, ressaltou. Parcerias Saito lembrou ainda que neste momento de dificuldade que o pais atravessa, Mato Grosso do Sul também tem sido uma referência nacional pela atuação conjunta de suas entidades. “Sejam as entidades representativas dos setores produtivos, como a própria Famasul, a Fiems, a Fecomércio e a OCB/MS, por exemplo, ou aquelas ligadas a pesquisa, como as fundações MS e Chapadão e as Embrapas, entre muitas outras, todas realizam com grande eficiência o trabalho em seus setores e têm construído sólidas parcerias institucionais, que possibilitam a otimização dos processos produtivos e a convergência de ações, visando o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”. Ele ressaltou que o Sistema Famasul, como representante dos produtores rurais, apoia todas as iniciativas que possam fomentar o crescimento do Estado e, neste sentido vem intensificando as ações voltadas para a educação e capacitação no campo. “O estado é referência em produção agropecuária, mas sempre que o produtor utiliza uma nova tecnologia para ampliar sua produção, ele cria uma lacuna por mão de obra qualificada. Para que sigamos avançado, existe, portanto, a necessidade de uma capacitação constante, tanto para os produtores quanto para os seus colaboradores”, ressalta o Diretor Tesoureiro do Sistema Famasul e Presidente da Fundação MS, Luis Alberto Moraes Novaes .

Outro aspecto em que a entidade deve concentrar esforços no próximo ano, de acordo com o Diretor, é o da difusão de novos sistemas de produção visando assegurar a recuperação dos cerca de 9 milhões de hectares que estão em algum estágio de degradação no estado. Uma das principais ferramentas para esse trabalho deve ser a integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF). “Esse sistema assegura uma série de benefícios diretos e indiretos aos produtores. Além de ser uma boa alternativa para recuperar áreas degradadas, representa também mais uma opção de geração de renda na propriedade já que o crescimento da silvicultura, alicerçado pela indústria de papel e celulose, tem sido exponencial com a área cultivada com eucalipto, crescendo em prazo de dez anos 623% e chegando aos 820 mil hectares”,destaca. 2016 O dirigente reafirmou ainda que o Sistema Famasul redobrará esforços para que junto com o governo federal seja construída uma política agrícola de longo prazo, que traga segurança jurídica e estimule investimentos no setor, e ainda a luta para melhorar a competitividade do agronegócio da porteira para fora das propriedades, ou seja, na logística para escoar e comercializar a produção. Por fim, o Presidente do Sistema Famasul projeta que os ajustes para todos os setores da economia que estão ocorrendo em 2015 devem ter sequência em 2016 e que caberá ao setor produtivo, ao poder público e a sociedade civil desenvolver ações e projetos para minimizar custos e aumentar a eficiência. “Como produtor sou sempre um otimista. Acredito que em 2016 iniciaremos o processo de retomada do crescimento econômico”, concluiu.

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INFORMAÇÃO

TUDO A UM CLICK DE DISTÂNCIA DO PRODUTOR! INFOAGRO E SIGABOV APRESENTAM UMA SÉRIE DE DADOS SOBRE O AGRONEGÓCIO DO ESTADO

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informação é a grande aliada do produtor. Ela possibilita o aumento da produtividade, a redução de perdas e a melhoria da gestão da propriedade. Por isso, o Sistema Famasul reuniu todos os dados referentes as 12 principais atividades agrícolas e pecuárias de Mato Grosso do Sul em uma única publicação, o Infoagro. A edição de 2015, a segunda do material, traz dados de produção, exportação e preço de 1977 até 2014 da pecuária de corte e de leite, da suinocultura, da avicultura, da ovinocultura, da produção de soja, milho, cana-deaçúcar, algodão, arroz, trigo e ainda do cultivo de florestas plantadas (silvicultura). Para a gestora do departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas, o Infoagro auxiliará na resolução de um dos principais problemas de quem precisa de estatísticas do agronegócio para a realização de seus trabalhos profissionais. “Acadêmicos, pesquisadores, profissionais da imprensa e de áreas relacionadas ao setor têm dificuldades para encontrar informações sobre o agronegócio porque estão distribuídas em vários sites oficiais e muitas vezes com difícil localização. Por isso, a Famasul decidiu fazer este balanço, contemplando uma breve análise dos dados, para facilitar a pesquisa por informações fidedignas do agronegócio”. O Infoagro conta com dados oficiais de instituições como Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). A análise da publicação reafirma o crescimento

sustentável do agronegócio em Mato Grosso do Sul. Na agricultura, por exemplo, graças ao investimento em tecnologia e dedicação dos produtores, a produção cresceu 1.493% entre 1977 e 2014, enquanto que a área cultivada aumentou apenas 191%. Do mesmo modo também foi registrado crescimento expressivo na produtividade da pecuária entre 1997 e 2014. Na produção de carne bovina foi de 56%, na de carne de frango, 135% e na de suínos 199%. Ainda na pecuária, outra importante ferramenta de informação para toda a cadeia produtiva e que foi lançada recentemente é o SigaBov, módulo desenvolvido pelos técnicos da Famasul e que integra o Sistema de Informação Geografia do Agronegócio de Mato Grosso do Sul, o SIGA MS. Com a ferramenta é possível analisar a pecuária de corte com muito mais exatidão em relação a aspectos como a distribuição do rebanho, por raça e idade, além da distribuição espacial de pastagem, locação por município e principais rotas de abate. O SigaBov vem para melhorar a confiabilidade dos dados, que poderão auxiliar e ser ferramenta na tomada de decisões pela iniciativa privada e na condução de políticas públicas voltadas à bovinocultura de corte. “Por ter sua economia baseada na agropecuária e nas indústrias de transformação dos produtos originários do campo, o Estado precisa de informações especializadas para a organização das cadeias produtivas. Por isso, a necessidade se criar mecanismos confiáveis na compilação de dados para auxiliar os produtores e os órgãos públicos e privados ligados ao setor”, aponta o Diretor Executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan. ONDE ENCONTRAR

INFOAGRO SITE DA FAMASUL famasul.com.br

SIGABOV SITE DO SIGA sigaweb.org/ms/sistema

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INFORMAÇÃO

CIRCUITO PECUÁRIO, A NOVA FERRAMENTA DO CRIADOR EVENTO EM CAMAPUÃ ABRIU ROTEIRO DO CIRCUITO, QUE EM 2016 VAI PERCORRER POLOS DA ATIVIDADE

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evar informações sobre tecnologia, produção e mercado para os criadores, para que com esse conhecimento possam tomar a melhor decisão em relação a atividade. Esse é o objetivo da mais nova ação do Sistema Famasul, o Circuito Pecuário Famasul. O primeiro evento, com o tema “Criando Oportunidades, Construindo Soluções” foi realizado em parceria com o Sindicato Rural de Camapuã, na sede da Associação dos Criadores do município (Acricam), no início de novembro e foi um grande sucesso. Reuniu centenas de produtores e lideranças rurais, entre elas 14 presidentes ou representantes de sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul. Para o presidente do Sindicato Rural de Camapuã, Saturnino Silvério Pereira, o evento foi fundamental para apresentar as novidades do setor aos produtores. “Até os criadores que não participaram procuraram informações e os que estiveram no evento querem uma nova edição e já falam até em ampliar os investimentos. O interesse é tanto, que alguns produtores de leite também estão querendo trabalhar com gado de corte”, diz ele. Segundo o Diretor Executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan, o município, capital sul-mato-grossense do “Bezerro de Qualidade”, foi uma escolha estratégica para abrir o circuito, que em 2016 deve percorrer os principais polos da atividade, com edições nas regiões Leste, Oeste, Sul e Central do Estado. “O pontapé foi em Camapuã pela sua representatividade, e ao mesmo tempo um reconhecimento e um estímulo para elevar os índices produtivos”, afirma o Presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito. Um dos destaques na criação de bezerro de qualidade no Estado, o produtor Rubens Catenacci, da fazenda 3R, em Figueirão, credita os resultados aos investimentos em

genética, manejo e nutrição. “Em 2000, o bezerro pesava 200 quilos. Hoje é comercializado com 380 quilos, quase o dobro”, comentou. E foi justamente o preço do bezerro um dos principais assuntos do circuito. O diretor presidente da Scot Consultoria, Alcides de Moura Torres, na palestra “Perspectiva do Mercado Pecuário”, indicou que a tendência dos preços é de queda a partir de 2017, tanto para o bezerro quanto para o boi gordo. “O preço do bezerro não bateu no teto; ele já está no telhado”, avaliou, dizendo que o estado é referência em preço para o País e que chegou a vender bezerro a R$ 1,5 mil, maior cotação da década, sendo que em 2011 o teto máximo era de R$ 715. “Será que o bezerro sobe mais? Já entrou num ponto de resistência, então porque vou perder chance de realizar lucro agora?”, provocou Torres. Segundo o especialista, em 2015 o produtor conseguiu zerar os custos de produção acumulados desde 1994. “Isso nunca aconteceu. O momento é maravilhoso e talvez o produtor não perceba. Alguém tem que dizer isso pra ele”, alertou, completando que apesar de projetar o fim do ciclo de alta, o futuro do mercado para o segmento é ainda uma “quimera”. Durante o evento, o Presidente do Sistema Famasul destacou que a entidade está trabalhando junto com o Governo do Estado, produtores e outras instituições para reestruturar o projeto Novilho Precoce, que representa uma das principais ferramentas para a produção de carne com alto valor agregado. O circuito contou também com a presença do Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, que anunciou a transferência temporária do escritório da entidade para a sede do Sistema Famasul.

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INFORMAÇÃO

EDUCAR PARA CRESCER! SEMINÁRIO MS AGRO DE 2015 DISCUTE O PAPEL DA EDUCAÇÃO NO FUTURO DO AGRO

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seminário MS Agro discute todos os anos assuntos estratégicos para o agronegócio de Mato Grosso do Sul. Na edição 2015, o tema do evento promovido pelo Sistema Famasul e pela Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja/MS), foi “Educação – A certeza de um futuro sustentável” e abordou a melhoria educacional do País, no âmbito econômico e político. Na mensagem de abertura, o Presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, afirmou que conhecimento e capacitação, que podem ser traduzidos por educação, representam um dos pilares da atual gestão. “Buscamos sempre assuntos atuais e, por isso, priorizamos para a edição deste ano palestras referentes ao conhecimento compartilhado. Acreditamos que oferecer reflexões econômicas, políticas e filosóficas, em um mesmo evento, é certamente colaborar de forma eficaz para nossa Instituição e, sem dúvida, para nossa sociedade”. Para o Diretor Tesoureiro da Federação, Luis Alberto Moraes Novaes, a escolha da educação para o tema deste ano demonstra a importância da área para o agronegócio do Estado. “Mato Grosso do Sul é uma referência nacional em produção, mas para atender as demandas de um setor que cada vez mais implementa o uso de novas tecnologias é

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preciso mão de obra qualificada e capacitação constante e isso vem por meio da educação”, ressaltou. No evento, o professor e doutor em Filosofia Luiz Felipe Pondé, mostrou em sua palestra como a educação transforma a economia e a política de uma sociedade. “A palavra educação é semelhante a energia, que todo mundo conhece, porém a maioria não presta atenção. Como é um processo de médio e longo prazo, fica relegado a segundo plano”, alertou, reforçando que a educação é econômica, política e moral. Já André Perfeito, economista-chefe de 2015 pela Ordem dos Economistas do Brasil, apontou que a economia do País pode começar a se recuperar no próximo ano. Ele projetou que o dólar não deve subir com a mesma intensidade em 2016 e que a inflação não será tão agressiva. Por sua vez, o cientista político Carlos Melo destacou que a educação tem um papel fundamental no processo de mudança política e econômica do País, mas o tema precisa ser abordado com abrangência, não de forma superficial e dentro do senso comum. “A educação precisa estar ligada ao aumento da produtividade do trabalhador brasileiro e assim conseguirmos competitividade. Quem vai falar que é contra a educação? Ninguém! Mas o discurso generalista sobre o tema não dá mais”, enfatizou ele, que também é articulista do jornal “O Estado de São Paulo” e autor de vários artigos em revistas especializadas, além de professor e pesquisador. No final do evento, foi realizado o talk show “Educação: A Certeza de um futuro sustentável”, mediado pela jornalista Salette Lemos, um dos principais nomes do jornalismo econômico do Brasil. Ela destacou que a imprensa especializada na cobertura do setor evoluiu nos últimos anos, proporcionando ao público maior identificação com a sua realidade diária. “Agora a comunicação permite ao leitor/ telespectador uma permeabilidade e possibilita que ele se posicione diante da informação econômica”.


LEGISLAÇÃO

CAR PANTANAL: CONQUISTA QUE ASSEGURA PRODUÇÃO E PRESERVAÇÃO DECRETO ESTABELECE CONDIÇÕES PARA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL DO PANTANAL

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ssegurar que o Pantanal, um dos mais importantes biomas do Brasil, continue preservado, ao mesmo tempo, possibilitar que a região continue a se desenvolver econômica e socialmente, como já vem ocorrendo há mais de 270 anos em que a pecuária é conciliada com o meio ambiente. Essa foi uma das principais conquistas do chamado CAR Pantanal, como ficou conhecido o decreto do Governo de Mato Grosso do Sul que estabeleceu as recomendações técnicas para a exploração sustentável da região no Estado e para o registro das propriedades rurais que estão inseridas no bioma no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O CAR Pantanal foi resultado de um amplo debate que contou com fundamentação de estudos científicos e pesquisas e com a participação de produtores rurais da região, de entidades representativas do setor, como os sindicatos rurais e o Sistema Famasul, além do Governo do Estado. O CAR Pantanal contempla oito municípios de Mato Grosso do Sul, sendo a totalidade dos territórios de Corumbá e Ladário e parte dos municípios de Porto Murtinho, Sonora, Coxim, Rio Verde de MT, Aquidauana e Miranda. “Foi o resultado do esforço de todos, para que se construísse um ambiente produtivo sustentável, para uma região de extrema relevância econômica, ambiental e social. Esse trabalho foi fundamentado em argumentos sólidos e no equilíbrio. Agora, a orientação é para que o produtor priorize a realização do CAR, para que desse modo assegure a regularização ambiental da sua propriedade”, aponta o Presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito. O registro no CAR é obrigatório. No sistema os produtores devem declarar as informações ambientais de suas propriedades rurais. Os dados vão possibilitar o controle, monitoramento e planejamento ambiental no Estado. O prazo de cadastramento vai até 5 de maio de 2016 e o registro no CAR é o primeiro passo para a obtenção de qualquer licença ambiental para uso ou exploração dos recursos naturais das propriedades rurais. Cartilha Para auxiliar os produtores a tirarem dúvidas sobre o

CAR, o Sistema Famasul lançou no dia 26 de novembro uma cartilha digital, que apresenta as principais perguntas sobre o cadastramento e também sobre o Código Florestal e legislação ambiental. A publicação está disponível para ser baixada gratuitamente no site da Famasul. Além disso, a entidade promoverá a partir do próximo ano uma série de palestras visando alertar os produtores rurais sobre a necessidade do registro no CAR. Segundo levantamento do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), das cerca de 80 mil propriedades que tem de ser cadastradas no Estado até maio do próximo ano, apenas 12,2 mil foram registradas até o dia 15 de novembro, o que representa apenas 15,2% do total, e destas, 3,7 mil estão com o cadastro incompleto. 9


MOBILIZAÇÃO

FAMASUL E BB AGILIZAM CRÉDITO AGRÍCOLA PARA PRODUTORES DE ARROZ SEM RECURSOS, MUITOS PRODUTORES JÁ PENSAVAM EM ABANDONAR A ATIVIDADE

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ara atender uma demanda apresentada pelo Sistema Famasul, o Banco do Brasil está acelerando a concessão do crédito agrícola para os produtores de arroz (rizicultores) de Mato Grosso do Sul custearem a safra 2015/2016. A agilização do processo foi uma reivindicação encaminhada a entidade pelos sindicatos rurais dos municípios de Dourados, Douradina, Itaporã e Rio Brilhante. Os sindicatos alertaram o Sistema Famasul que sem acesso ao crédito, muitos rizicultiores já pensavam em abandonar a atividade em razão dos altos custos para a produção. Juntos, os agricultores destes quatro municípios cultivam 10,2 mil hectares, o que representa cerca de 67% dos 15,2 mil hectares que deverão ser cultivados com o grão no estado neste ciclo, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “O Banco do Brasil garante a disponibilidade de recursos para a contratação do custeio e vai orientar a rede de agências para priorizar o atendimento dos produtores rurais”, destacou o superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, após reunião com o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, e o diretor executivo da entidade, Lucas Galvan. Para Saito, a garantia na rapidez na liberação dos créditos vai impactar positivamente na produção e no desenvolvimento econômico dos pequenos produtores e

NOTAS

Direitos respeitados!

Pautado sempre na defesa dos produtores rurais do Estado, o Sistema Famasul tem mantido uma interlocução direta com o governo Governo do Estado e o Governo Federal para assegurar que o direito constitucional de propriedade seja respeitado em Mato Grosso do Sul e que as decisões judiciais sejam cumpridas. Neste trabalho, o diálogo tem sido uma importante ferramenta de articulação e negociação com o poder público, com o Judiciário, com indígenas e movimentos sociais, na busca de soluções para os casos em que esse direito é desrespeitado, e áreas particulares, devidamente tituladas e

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agricultores familiares. “É fundamental que os produtores consigam ter acesso a esse crédito e assim iniciar o processo produtivo com um respaldo financeiro maior, isso aumentará o seu desempenho e movimentará a economia”, ressalta. Durante a reunião, o superintendente do banco apresentou dados sobre os recursos disponíveis na safra 2015/2016 em comparação ao disponibilizado no ciclo passado. Segundo a instituição financeira, nesta safra a previsão é de que os recursos somem R$ 4,4 bilhões, sendo destinados para custeio, investimento e comercialização. O valor é 26,3% superior aos R$ 3,485 bilhões aplicados na safra 2014/15.

produtivas, são invadidas. “Os avanços que estão ocorrendo nestas situações, por menores que possam parecer, são muito importantes pela maneira assertiva e pelo espírito conciliador com que estão sendo adotados para solucionar esses problemas”, avalia o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.

Contra o aumento de impostos!

O Sistema Famasul é contra qualquer tipo de aumento de impostos, sejam eles, municipais, estaduais ou federais, porque não podemos aceitar que sejam ainda mais penalizados aqueles que produzem, geram empregos e renda e recursos, por meio

de tributos, para os cofres públicos. Desta maneira, junto com outras entidades que representam o setor produtivo, mantivemos posicionamento contra a elevação de alíquotas de tributos como medida emergencial para reduzir a escassez de recursos dos governos. Esse posicionamento foi levado à Assembleia Legislativa, onde o assunto foi discutido, e levou a mudança de vários aspectos do projeto de ajuste fiscal do governo. “Entendemos a necessidade de se buscar alternativas para manter o equilíbrio das contas do Estado, porém, no momento em que a sociedade brasileira está sendo castigada pela instabilidade econômica, o setor produtivo não pode ser penalizado”, comentou Mauricio Saito.


MOBILIZAÇÃO

ESFORÇO RECOMPENSADO! REDUÇÃO DE FAIXA ETÁRIA PARA VACINAÇÃO CONTRA AFTOSA NA FRONTEIRA REDUZ CUSTOS

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ma grande conquista que vai implicar em redução de custos e mais rapidez no manejo. Assim pode ser definida a mudança da faixa etária na segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira em Mato Grosso do Sul. A etapa começou no dia 13 de outubro e terminou no dia 27 de novembro na região, tendo os produtores até o dia 14 de dezembro para fazer o comunicado a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro). Neste ano, atendendo um pedido do Sistema Famasul, que mais uma vez foi o porta-voz dos produtores junto ao Governo do Estado, a Iagro modificou o critério para imunização dos bovinos e bubalinos nesta segunda etapa da campanha na região, passando de mamando a caducando, para animais de 0 a 24 meses. A alteração, que nivelou o trabalho de vacinação da área de fronteira ao da região do Planalto, contou com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Com a ação preventiva adotada pelo produtor rural sul-mato-grossense conseguimos um índice de cobertura vacinal superior a 97% no Estado. Por isso conseguimos a modificação da faixa etária, nivelando a fronteira com o que ocorre na região do Planalto”, avaliou a Diretora Secretária do Sistema Famasul, Terezinha Cândido. Ela aponta que a alteração assegurou uma série de benefícios para os criadores da região. “Com a mudança, houve redução nos custos com a compra da vacina e também agilidade no manejo”, diz, completando, entretanto, que é preciso que os pecuaristas mantenham a mobilização que levou até esse estágio. “Os produtores rurais precisam continuar o trabalho de prevenção para manter o status que é reconhecido pela OIE (Organização

Mundial de Saúde Animal) e assim aumentar nosso leque de compradores no mercado internacional”, ressalta. A região de fronteira tem status de área livre de aftosa com vacinação desde 2011. A área abrange todo o território dos municípios de Antônio João, Japorã e Mundo Novo e parte das cidades de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Corumbá, Ladário, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas. O rebanho nesta região chega a 670 mil cabeças. Nesta segunda etapa da campanha de vacinação a Iagro estima que devam ser imunizados no estado de 7,8 milhões de bovinos e bubalinos. Mas enquanto a campanha termina na fronteira, segue em ritmo acelerado nas outras duas regiões do estado. No Planalto, que concentra um rebanho de aproximadamente 14,9 milhões de animais, o trabalho segue até o dia 7 de dezembro e a comunicação deve ser feita até 18 de dezembro. Já no Pantanal, esta rodada também começou no dia 3 de novembro mas vai até 20 de dezembro e o produtor terá até o dia 30 de dezembro para registrar a imunização. Na região, o número de bovinos é de aproximadamente 3,2 milhões de cabeças. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Mato Grosso do Sul - 2ª Etapa Fronteira: de 13/out a 27/nov (registro até 14/dez) Planalto: de 03/nov a 07/dez (registro até 18/dez) Pantanal: de 03/nov a 20/dez (registro até 30/dez)

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JOVEM

AGRINHO ATENDE MAIS DE 60 MIL ALUNOS EM 20 MUNICÍPIOS DO ESTADO COM FOCO NA EDUCAÇÃO, PROGRAMA SERÁ AMPLIADO EM 2016 E DEVE CHEGAR A 36 CIDADES

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nserido na proposta do Sistema Famasul, de ter a educação como uma de suas principais diretrizes de atuação, o programa Agrinho, que é executado pelo Senar/MS, encerrou 2015 registrando a participação de aproximadamente 60 mil estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental de 170 escolas municipais e estaduais de 20 municípios de Mato Grosso do Sul. “É o maior programa de responsabilidade social do Sistema Famasul. Complementa a educação formal dos alunos das escolas públicas, discutindo temas transversais, como ética, diversidade cultural, meio ambiente, trabalho e consumo, saúde, orientação sexual e temas locais”, explica o VicePresidente do Sistema Famasul, Nilton Pickler. O encerramento das atividades do programa no ano reuniu mais de 400 pessoas em Campo Grande. Toda a diretoria do Sistema Famasul participou do evento junto com os secretários estaduais Fernando Lamas (Produção e Agricultura Familiar), Maria Cecília Amendola da Motta (Educação) e Athayde Nery (Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação), além da Conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), Marisa Serrano. Também estavam presentes os prefeitos, secretários municipais ou representantes dos 20 municípios onde o programa foi aplicado este ano e os presidentes dos sindicatos rurais de 25 cidades: Eduardo Antonio Sanchez (Aparecida do Taboado), Moezis José dos Santos (Anastácio), Manoel Agripino de Lima (Bataguassu), Altamir Ramos Fonseca (Batayporã), Adolfo Cavalhieri (Brasilândia), Saturnino Silvério Pereira (Camapuã), Rudimar Borgelet (Chapadão do Sul), Edy Elaine Tarrafel (de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul), Juliano Schamaedecke (Maracaju), Wilberto Antonio do Amaral (Paranaíba), Luiz Otávio Brito (Rio Brilhante), Florindo Cavalli Neto (Santa Rita do Pardo), João Borges dos Santos (Terenos), Marco Garcia de Souza (Três Lagoas), Gilson Marcos da Cruz (Juti), Telma Menezes de Araujo (Nova Alvorada do Sul), Maria Neide Munaretto (Tacuru), Cláudio Bradella (Douradina), Lúcio Damália (Dourados), José Ricardo Casotti (Fátima do Sul), Hemerson Israel dos Santos (Nova Andradina), Valdeci Pelizer (Costa Rica), Valter Dalla Valle (Vicentina) e Claudinei Vicente Crivelli (Taquarussu). O evento contou ainda com a presença de estudantes e professores que participaram do Agrinho este ano. Na solenidade foram premiados os autores de 63 trabalhos, de um total de 720 inscritos, no concurso do programa nas categorias Desenho, Redação e Experiência Pedagógica e também a Escola Agrinho. Entre os prêmios estavam bicicletas, notebooks, videogrames (Xbox), smartphones, tablets, televisões e vale-viagens no valor de R$ 10 mil. 12

A Escola Municipal Álvaro Lopes, de Terenos, teve três estudantes premiados e ainda comemorou a primeira colocação nas categorias Experiência Pedagógica e Escola Agrinho. A diretora, Rosemeire Alves Kurose, relatou a satisfação de participar mais uma vez da premiação. “É motivo de muito orgulho e emoção estar novamente entre os vencedores e acredito que estamos crescendo junto com o Agrinho. Este ano tivemos 45 professores e 850 alunos focados em desenvolver um trabalho diferenciado. A escola literalmente viveu e respirou Agrinho nos últimos dois meses”, revela a educadora. Segundo o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, o programa permite que a sociedade possa entender o trabalho realizado pelo produtor rural no cotidiano. “A Federação e o Senar/MS acreditaram na proposta do Agrinho por entender a importância do conhecimento para a efetiva transformação da sociedade. Em 2016 o objetivo é ampliar o número de municípios beneficiados, levando o programa para 36 das 79 cidades de Mato Grosso do Sul”, revelou. De acordo com a coordenadora do programa, Sandra Serrano, no próximo ano deve dobrar o número de alunos atendidos. “Vamos passar de 60 mil para 120 mil estudantes e continuar a crescer gradativamente até chegar a todos os municípios do Estado”, revela. Esse crescimento, conforme ela, só foi possível graças a uma somatória de esforços. “Sem a parceria com os Sindicatos Rurais, o Governo do Estado, por meio de várias secretarias, em especial a de Educação (Semed), além das prefeituras e das secretarias de Educação dos municípios que aderiram, seria impossível alcançarmos esses resultados”, concluiu.


TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

NOVAS ESTAÇÕES GARANTEM TEMPO BOM PARA O CAMPO ESTADO DEVE AMPLIAR DE 28 PARA 45 O NÚMERO DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS

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eduzir os riscos, assegurando ao produtor informações mais detalhadas e precisas sobre o clima, possibilitando decisões mais acertadas, que vão refletir positivamente na rentabilidade das atividades agrícolas e pecuárias. Esse é um dos grandes benefícios da ampliação do número de estações meteorológicas de Mato Grosso Sul. Atualmente com 28 unidades de superfície automática, com sensores que captam desde a pressão atmosférica, a temperatura e a umidade relativa do ar, além da precipitação, radiação solar, direção e velocidade do vento, a rede meteorológica de Mato Grosso do Sul deve passar para 45 estações meteorológicas. O investimento para a ampliação da rede, cerca de R$ 1,8 milhão, vem do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e do governo do Estado, por meio da secretaria Secretaria Estadual de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf). Segundo o Diretor Executivo do Sistema Famasul, Lucas Galvan, a entidade teve um papel fundamental na viabilização da ampliação do número de estações meteorológicas no Estado. “Levantamos uma série de dados e informações para construir esse projeto. Apontamos, por exemplo, os municípios com maior aptidão agrícola e que não possuíam nenhuma estação e ainda articulamos com os sindicatos rurais a liberação de áreas dentro das instituições para que esses equipamentos fossem instalados”, apontou. Receberão as estações os municípios de: Angélica, Aral Moreira, Bandeirantes, Bonito, Brasilândia,

Caarapó, Camapuã, Iguatemi, Itaporã, Laguna Carapã, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Selvíria. O analista de grãos do sistema Famasul, Leonardo Carlotto destacou que as informações climatológicas fornecidas pelas estações poderão auxiliar o produtor, por exemplo, a decidir qual o momento ideal para plantar, colher ou realizar algum manejo em uma sua lavoura ou em área de pastagem. “Outro aspecto é que haverá maior precisão também para que se estabeleça o zoneamento agrícola de risco climático de cada cultura, onde são definidas as épocas ideais de plantio e colheita”, analisou. O maior número de informações climatológicas possibilitará ainda, conforme o analista de grãos, que as instituições de pesquisa do agronegócio no Estado, como as fundações MS e Chapadão, e as três unidades da Embrapa (Gado de Corte, Agropecuária Oeste e Pantanal), entre outras, intensifiquem também seus estudos e pesquisas. “Essas instituições realizam um trabalho que é fundamental para o desenvolvimento da agricultura e pecuária no Estado. Estudam e desenvolvem novas técnicas e tecnologias, que instituições como as que compõem o Sistema Famasul ajudam a chegar até os produtores, contribuindo para aumentar a nossa produção. Esse arranjo de instituições que se relacionam tão bem, como no caso do projeto das novas estações meteorológicas, é um dos segredos do destaque do agronegócio sul-mato-grossense”, concluiu. 13


TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

“MAIS LEITE” LEVA ORIENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PRODUTORES ESTE ANO, PROGRAMA ATENDE 744 PRODUTORES EM 21 MUNICÍPIOS SUL-MATO-GROSSENSES

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ato Grosso do Sul terminou 2014 como o 13º maior produtor de leite do País, com 528,7 milhões de litros, o que representou 1,5% da produção nacional no ano, que foi de 35,1 bilhões de litros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do volume ainda não ser expressivo, o Estado tem um grande potencial a ser explorado nesta atividade. Por isso, o Senar/MS, entidade do Sistema Famasul voltada para a capacitação e orientação do produtor criou um programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) voltado exclusivamente para a pecuária de leite, o “Mais Leite”. Em 2015, o “Mais Leite” está presente em 21 municípios do Estado e atende com uma equipe de 27 técnicos de campo, 744 propriedades rurais. Mensalmente esses produtores recebem a visita de consultores que apontam as ações necessárias para melhorar a gestão, a produção e a rentabilidade do negócio. A iniciativa é voltada principalmente para os produtores rurais da agricultura familiar e de pequeno porte, que têm menor disponibilidade de recursos e mais dificuldade de acesso a informações que melhorem o seu manejo e seu sistema produtivo. Entre as ações mais recentes realizadas pelo programa está um amplo diagnóstico da condição ginecológica e reprodutiva das vacas leiteiras nas propriedades atendidas pelos consultores do Senar/MS. O trabalho começou em outubro e deve ser concluído até o fim do ano. O primeiro município a receber o atendimento foi Anaurilândia, onde foram avaliadas 900 vacas. “Atuar com prevenção é o ideal para quem se dedica a qualquer atividade pecuária, no entanto, nem todos os produtores podem pagar por este serviço. Pude verificar a satisfação dos assistidos e a boa vontade de seguir as orientações, já que alguns desconheciam algumas ações que irão melhorar a produtividade dos animais”, aponta o médico-veterinário André de Oliveira Souza, um dos profissionais contratados para realizar o trabalho. Para a gestora dos programas de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS (ATEG), Mariana Urt, o conhecimento da situação reprodutiva das vacas é muito importante, pois influencia diretamente na produção. “Os produtores que receberão o diagnóstico já estão organizados nos quesitos sanidade, nutrição e manejo. Agora é o momento de investir no melhoramento genético”, adianta. Em Terenos, o produtor Claudenor Pereira da Silva, que

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vive há seis anos no assentamento Santa Mônica elogiou o trabalho desenvolvido pelo Senar/MS. “Quando cheguei aqui comecei a tocar lavoura, mas me interessei pela bovinocultura de leite e não parei mais. Minha produção é pequena, mas com apenas cinco vacas já dobrei o volume produzido diariamente e consegui atingir até 55 litros diários”, revela. Outro criador do assentamento que também está satisfeito com os resultados alcançados com o “Mais Leite” é José Alves Fagundes. Para ele, o diagnóstico é importante porque promove a prevenção das condições de saúde dos animais. “O exame demonstrou que apenas uma das vacas estava com uma leve infecção decorrente do parto. O profissional me explicou e orientou qual a medicação que devo utilizar. Fiquei tranquilo por ter certeza que meus animais estão saudáveis”, argumenta, completando que antes da chegada do programa ao assentamento, ele tinha uma produção de apenas 30 litros de leite por dia, e em pouco mais de um ano esse volume subiu para 75 litros por dia. “O primeiro passo foi investir na alimentação do meu rebanho. Hoje planto cana-de-açúcar e capim napiê. Minha meta é chegar a 250 litros até ano que vem, vou trabalhar para conseguir”, concluiu.


MEIO AMBIENTE

PRODUTORES DE ÁGUA INICIATIVA DA CNA E SENAR IDENTIFICA E PROTEGE AS NASCENTES DE ÁGUA

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linhar a produção à educação e preservação ambiental. Esse é o grande objetivo do programa de Proteção de Nascentes do Senar/MS. Atuando em conjunto com os sindicatos rurais e prefeituras, a iniciativa que começou a ser implantada em julho em Mato Grosso do Sul já está presente em cinco municípios: Bonito, Camapuã, Bela Vista, Campo Grande e Paranaíba. O programa foi criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Senar em março deste ano e tem a meta de proteger neste primeiro ano, mil nascentes em áreas rurais de todas as regiões brasileiras. No Estado, o objetivo é chegar a 200 nascentes até o fim de 2015. A engenheira agrônoma e consultora do Senar/MS, Vanusa Borges de Oliveira, explica que o objetivo da iniciativa é mostrar o comprometimento dos produtores rurais com a sustentabilidade assegurando a preservação das nascentes com a adoção de cinco medidas simples, mas fundamentais: identificar o vertedouro de água, cercar e limpar o local, controlar a erosão e recuperar o entorno, com o plantio de árvores de espécies nativas. Vanusa comenta que a primeira etapa do programa é conscientizar o produtor sobre a importância deste trabalho. Para isso, são realizadas palestras, geralmente nos sindicatos rurais, e depois visitas as propriedades, onde a atividade é detalhada. Em um segundo momento o proprietário faz a adesão e começa a adotar as medidas de preservação. No Estado, até a primeira quinzena de novembro, Camapuã liderava o ranking de municípios com maior

número de nascentes cadastradas e protegidas, com 30 fontes de águas. Uma delas na fazenda Bacuri, do produtor José Carlos Rocha. “Gostei bastante da ideia e por isso aceitei participar. No entanto, penso que temos que ampliar esta mensagem de preservação para nossas crianças que aprenderão desde cedo a proteger e cobrar dos pais”, avalia. Já em Bonito, outro que aderiu ao programa foi o proprietário da fazenda América, Luiz Brito. “Achei a proposta muito válida por reforçar a importância da sustentabilidade nas atividades agropecuárias. Tenho quatro nascentes em minha propriedade e já solicitei a visita de identificação dos técnicos. Pretendo cadastrar todas elas”, afirma. Para o Superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, o programa é mais uma demonstração de responsabilidade do setor produtivo. “Com esta iniciativa o Senar consolida mais uma ação de preservação ambiental e demonstra que a atividade agropecuária pode ser desenvolvida – como já o é – em equilíbrio com o meio ambiente”, concluiu.

SAIBA MAIS Produtores interessados em participar do Programa Nacional de Proteção de Nascentes devem entrar em contato com o Senar/MS pelo telefone (67) 3320-6969 Mais detalhes podem ser obtidos no site http://protecaonascentes.strikingly.com/

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CAPACITAÇÃO

SENAR/MS INTENSIFICA ASSISTÊNCIA E PASSA A ATUAR NO ENSINO FORMAL ENTIDADE AMPLIOU ALCANCE DE CAPACITAÇÕES PROFISSIONALIZANTES E DE PROMOÇÃO SOCIAL

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ano de 2015 é um marco para a história do Senar/ MS e por conseqüência para o próprio Sistema Famasul. Neste ano, a entidade definiu seu modelo de trabalho para a assistência técnica e gerencial e ainda começou a atuar no ensino formal. Em 2015, com a chamada assistência técnica e gerencial, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso do Sul atendeu 1.474 propriedades rurais, que mensalmente recebem a visita de técnicos, que apontam as ações que podem ser executadas para melhorar a gestão e a produtividade. Segundo o Superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, a instituição atuava na área de assistência ao produtor, mas não tinha uma metodologia de trabalho específica. Com a definição do modo de atuação em âmbito nacional, a entidade passou a direcionar suas ações nessa área para atender assentados, pequenos e médios produtores e agricultores familiares que trabalham com a pecuária de corte e de leite, com a produção de hortifrutigranjeiros e ainda com a piscicultura. Para 2016, o atendimento deve ser ampliado e chegar a 2.074 propriedades. Além da assistência, Beretta destaca como outro projeto de grande alcance desenvolvido pelo Senar/MS neste ano a implantação de cinco polos regionais da Rede e-Tec, que oferece educação profissional e tecnológica a distância por meio de cursos técnicos de nível médio e que são totalmente gratuitos. “Com a implantação dos polos em Dourados, Maracaju, Inocência, Campo Grande e Coxim, o Senar/MS passou a atuar também no ensino formal no estado, oferecendo cursos de 1.200 horas/aula, o que representa dois anos de capacitação. Neste ano, estamos atendendo 400 alunos e aguardamos uma autorização do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que é parceiro na iniciativa, para ampliar o número de beneficiados”, diz. Ao mesmo tempo em que amplia seu raio de atuação, o Senar/MS intensificou seu trabalho na área de capacitação este ano. Na modalidade de Formação Profissional Rural (FPR), oferece até o fim do ano 2.237 cursos de qualificação “tradicionais”, que devem beneficiar 26.600 alunos, enquanto que em cursos de projetos “especiais” deve fechar o ano com mais 5.900 pessoas capacitadas, totalizando 32.500 alunos. “Para 2016, a meta é oferecer 2.659 cursos ‘tradicionais’, levando formação profissional a 31.000 pessoas”, diz a Diretora Secretária do Sistema Famasul, Terezinha Cândido.

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Já na área de Promoção Social (PS) devem ser oferecidos até dezembro de 2015, 700 cursos, beneficiando 7.900 pessoas. “No próximo ano devemos ampliar a oferta de cursos nesta modalidade para 1.052 capacitações, que devem totalizar 12.600 alunos”, comenta o Superintendente do Senar/MS. Ainda na Promoção Social, mas por meio dos chamados projetos especiais, a entidade deve concluir o ano com números expressivos. Um dos principais exemplos é o atendimento odontológico gratuito, que foi oferecido a 4.300 pessoas. “No contexto geral, 2015 foi um ano excepcional para o Senar/MS porque conseguimos ampliar os atendimentos em todas as áreas em que já atuávamos e ainda ampliamos nossa oferta de serviços ao homem do campo”, ressalta Terezinha. O Superintendente do Senar/MS projeta que nos próximos anos a capacitação de mão de obra em nível técnico para o agronegócio do Estado deve ganhar um grande impulso, com a entrada em operação de dois centros de excelência em formação profissional, um voltada para a pecuária de corte, que será construído na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, e outro para a cadeia sucroenergética, que será implantado na sede do Sindicato Rural de Dourados. Beretta ressalta que os centros vão suprir uma lacuna existente na formação profissional do Estado, já que o Ensino Médio oferecido nos colégios agrícolas ainda está distante da realidade do agronegócio. “Os centros vão permitir que os alunos possam contribuir para o desenvolvimento do setor quando saírem dos cursos”, concluiu.


SENAR EM AÇÃO

CURSO TÉCNICO DO SENAR ATRAI ATÉ QUEM JÁ SE FORMOU NA UNIVERSIDADE CONTEÚDO, QUALIDADE DE ENSINO E O MERCADO SÃO FATORES QUE CONTAM NA DECISÃO DOS ALUNOS

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om as riquezas produzidas em nossos campos atingindo este ano quase meio trilhão de reais, não é de se admirar o interesse crescente despertado pelo Curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no Senar em profissionais já formados ou cursando a universidade, e muitos de outros setores. O fato tem sido observado por coordenadores e professores da rede em todos os 18 estados do País onde ela já está instalada, especialmente em Mato Grosso do Sul. “Como exemplo, em uma das primeiras turmas do curso, entre 189 alunos, 45 têm formação superior e, desses, 17 já fizeram mestrado” – ressalta Roberto Murillo, coordenador regional da educação formal do Senar/MS. Murillo aponta dois principais fatores que tornam o curso ainda mais atrativo para quem está buscando novos horizontes, atualização ou mesmo experiência prática. “O agronegócio é um mercado aquecido, com grande demanda por bons técnicos e o Senar tem sua imagem associada à experiência e competência que sempre demonstrou na formação profissional rural”. Os números confirmam essa grande aceitação. Lançado nacionalmente há menos de um ano, apenas no MS já são 400 alunos divididos em 20 turmas distribuídas pelos cinco polos de apoio presencial instalados no estado. Entusiasmo Se a concorrência demonstra o sucesso do Curso Técnico em Agronegócio do Senar, o entusiasmo dos alunos é um testemunho ainda mais abalizado. “Sempre tive paixão pelo agronegócio. Fui fazer Administração, mas já pensando em atuar no setor rural. Então, quando soube do curso do Senar, instituição da qual a gente só ouve falar coisas boas, me inscrevi logo”, comenta Júlio Arguelho, de 26 anos, aluno do polo de Campo Grande. Kimberly Garcia, 20 anos, também divide o tempo de estudos entre a Faculdade de Veterinária e o Curso Técnico em Agronegócio. “O mercado de trabalho hoje é muito AGRO AGENDA LEITE - A Feira do Leite de Iguatemi é a vitrine de produtos e novidades tecnológicas para a cadeia produtiva do leite. O evento, que será realizado entre os dias 3 e 6 de dezembro, no Parque de Exposições do município, contará com exposições de animais, de máquinas e equipamentos, além

concorrido e seleciona os mais preparados. Esse curso reforça meu currículo, vai ser um diferencial. A ideia do Senar de disponibilizar um curso como esse é sensacional”. O programa do Curso Técnico em Agronegócio está distribuído em aulas virtuais e presenciais, a maior parte a distância. O conteúdo fica disponível 24 horas por dia, em videoaulas na internet, em apostilas e DVDs. Mas o aluno tem também aulas presenciais, além de visitas técnicas a propriedades e indústrias rurais. A rede conta atualmente com 43 polos espalhados pelo país, 5 deles em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Campo Grande, Coxim, Dourados, Inocência e Maracaju. Para o Superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, o cuidado da entidade na preparação dos polos e composição do quadro de professores/tutores também contribui muito para o sucesso do curso. “Os polos aqui no estado estão instalados nos locais mais adequados, as sedes dos sindicatos rurais. Isso fortalece a parceria entre o Senar e os produtores com proveito para todos. Os alunos sentem que estão fortemente apoiados e os sindicatos ganham mais visibilidade. Outro ponto forte do curso são os tutores, todos com muita vivência prática do agronegócio e com grande conhecimento da nossa realidade nos campos”.

de cursos de qualificação e venda de produtos da agricultura familiar. Informações pelo telefone (67) 34712015. E-mail: sindrural_iguatemi@ hotmail.com. LAÇO - A 23ª edição da Copa do Laço de Mato Grosso do Sul deve reunir 1,2 mil competidores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, do Rio Grande

do Sul e do Tocantins. A competição é promovida anualmente e envolve crianças e adultos na disputa pelo título de melhor equipe de laço do estado. A tradicional disputa será realizada entre os dias 2 e 6 de dezembro, no Rancho do Laço, em Dourados. Informações pelo telefone (67) 3204-3927. E-mail: secretaria@ federacaodelaco.com.br. 17


EDITORIAL

FAMASUL EM AÇÃO

SEMEANDO EDUCAÇÃO PARA COLHER DESENVOLVIMENTO

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ato Grosso do Sul é uma referência na produção agrícola e pecuária para o País. O Estado é modelo no uso de novas tecnologias e no aumento de produtividade. No entanto, para mantermos esse alto nível de competitividade da nossa agropecuária é preciso avançar mais em um dos principais gargalos da nossa cadeia produtiva: a capacitação de nossa mão de obra. Por isso, o Sistema Famasul elencou a educação e o conhecimento como suas prioridades para os próximos anos. Precisamos preparar os trabalhadores do campo e oferecer informações aos produtores para que utilizem da diretoria melhor maneira possível as em ferramentas de gestão e Posse da nova do Sistema Famasul Campo Grande de tecnologia, para assegurar a sustentabilidade econômica da nossa atividade e a preservação do meio ambiente. Já direcionando nossos esforços neste sentido, lançamos nestes últimos quatro meses algumas iniciativas voltadas justamente para preparar melhor o produtor rural de Mato Grosso do Sul, como, por exemplo, o Circuito Pecuário e o MS Agro, que na edição 2015 foi todo voltado para a educação. Essas iniciativas serão intensificadas em 2016. Acreditamos que a educação e a capacitação também sejam as principais alternativas para que o agronegócio enfrente a crise Saito na posse na nova diretoria do Presidente da Famasul no Fórum sobre econômica que de atinge o País. lembrar que essaindígenas não é ano PR Sindicato Rural São Gabriel doTemos Oeste quedemarcação de terras primeira e nem será a última situação difícil que enfrentaremos, e que as dificuldades anteriores serviram de aprendizado para que o setor se ajustasse e tivesse melhores condições de seguir em frente e crescer, como vem fazendo nestes últimos anos. Esse aprendizado nos mostrou que uma propriedade tem que ser administrada como um empreendimento rural e que o aprimoramento da gestão tem que caminhar lado a lado com o uso da inovação e tecnologia. Como resultado, já colhemos safras recordes na agricultura e Maurício Saito, na abertura da Presidente do Sistema Famasul no uma produção crescente da pecuária, o que tem alavancado o comércio Exposição Agropecuária de Ivinhema Encontro de Tecnologias para a Pecuária exterior brasileiro e ajudado nas contas públicas, ao gerar emprego e renda. Nesta primeira edição do Informativo do Sistema Famasul estamos mostrando justamente isso. Que apesar do momento difícil estamos seguindo em frente e as principais ações desenvolvidas pela entidade e por um dos seus principais braços, o Senar/MS - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - com foco na capacitação e qualificação do nosso trabalhador e do nosso empresário rural. Mostramos que no agronegócio sul-mato-grossense se enfrenta a instabilidade de frente, Diretora da Famasul, Terezinha, no Abertura do 1º Circuito Pecuário e que a crise, apesar de em alguns momentos assustar, representa uma painel Mulher de Negócios, em Coxim Famasul, em Camapuã grande oportunidade de crescimento. Boa leitura a todos!

SUMÁRIO Panorama

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Informação

6

Legislação

9

Mobilização

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Jovem

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Exposição Agropecuária de Paranaíba

Tecnologia e Inovação

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Meio Ambiente

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Capacitação

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Senar em Ação

17

Famasul Em Ação

18

Abertura da Exposição Agropecuária EXPEDIENTE de Amambai

FAMASUL | Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul | Presidente: Mauricio Koji Saito | VicePresidente: Nilton Pickler | Diretora Secretária: Terezinha de Souza Candido Silva | Diretor Tesoureiro: Luis Alberto Moraes Novaes | Diretor Executivo: Lucas Galvan | 2º Secretário: Diogo Peixoto da Luz | 3º Secretário: André Ribeiro Bartocci | 2º Tesoureiro: Thaís Carbonaro Faleiros | 3º Tesoureiro: Rogério de Menezes | CONSELHO DE VICE-PRESIDENTES Tereza Cristina Correa da Costa Dias | Jean Pierre Paes Martins | Luciano Aguilar Rodrigues Leite | Niuto Pereira de Souza | Marco Garcia de Souza | Yoshihiro Hakamada | Marcelo Loureiro de Almeida | Lucio Damália | Edy Elaine Biondo Tarrafel | MEMBROS SUPLENTES DA DIRETORIA | Luis Otávio Britto Fernandes | Otávio Vieira Melo | João Borges dos Diretoria da Menezes Famasul marca presença Santos Júnior | Telma de Araújo | Murilo Eduardo na Exponan Franciscon Ricardo | Thiago Arantes | Wilberto Antônio de Amaral | Luiseu Bortoloci | Reinlado Alves dos Santos | Rudimar Artur Borgelt | Antônio Umberto Maran | Adauto Rodrigues de Oliveira Durval Ferreira Filho | Paulo Cardim | Valdeci Pelizer | Antônio Gisuatto | Ademir Antônio Cruvinel | MEMBROS DO CONSELHO FISCAL | Efetivos | Ruy Fachini Filho | Maria Lizete Barreto de Menezes Brito | Janes Bernardino Honório Lyrio | Suplentes | Rafael Nunes Gratão | Dário Alves de Souza | Roberto Alves Vasconcelos SENAR – MS | Administração Regional do Estado de Mato Grosso do Sul | Conselho Administrativo | Dirigente: Mauricio Koji Saito – Famasul | Membros titulares: Luciano Muzzi Mendes, José Pereira da Silva, Daniel Kluppel Carrara e Valdinir Nobre Terezinha, Saito, Luciano Leite e de Oliveira | Conselho Fiscal: Paulo César Bózoli, João Batista prefeito Duarte, na FeapanRogério da Silva e Alaíde Paulo Ferreria Teles | Superintendência: Thomitão Beretta INFORMATIVO SISTEMA FAMASUL Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul | Editor: Anderson Viegas | Redação e Revisão: A2L Comunicação | Projeto Gráfico e Diagramação: Hélder Rafael – A2L Comunicação | Fotos da edição: Assessoria de Imprensa do Sistema Famasul e Chico Ribeiro/Subsecom

Publicação mensal editada pela Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. SENAR – MS: Rua Marcino dos Santos, 401 | Bairro Cachoeira II FAMASUL: Rua Marcino dos Santos, 401 | Bairro Cachoeira II Campo Grande – MS | CEP: 79040-902 | Telefone: (67) 3326-6999 Campo Grande – MS | CEP: 79040-902 | Telefone: (67) 3320-9700 Entrega certificados de cursos do Presidente das federaçõesFax: de MT, do Pacto Verde, para a (67) MS, 3326-6299Assinatura | E-mail: senar@senarms.org.br Fax:de (67) 3320-9777 | E-mail: famasul@famasul.com.br Senar/MS em São Gabriel do Oeste GO e DF na Bienal 2015 produção de carne de qualidade Internet: www.senarms.org.br Internet: www.famasul.com.br 218


FAMASUL EM AÇÃO

Saito na inauguração do novo tatersal do Sindicato Rural de Caracol

Famasul participa de discussões sobre questão indígena na Segov

Luis Alberto, Saito, governador Reinaldo Azambuja, Hollanda e Cleber no lançamento do Showtec

Solenidade de lançamento do MS Agro

Terezinha e Saito na posse na nova diretoria do Sindicato de Rio Negro

Famasul participou de discussões sobre a questão indígena no estado

Palestra do presidente do Sistema Famasul no Conaje-MS

Premiação de mobilizador do Senar/MS em Bela Vista

Senar/MS premia mobilizadora em São Gabriel do Oeste

Nilton Pickler na posse na nova diretoria do Sindicato Rural de Amambai

Premiação de mobilizador do Senar/MS em Antonio João

Diretoria da Famasul discute com o CRC/MS sobre o ITR

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