CAMPANHA DE ESCOLAS DA COMUNIDADE - CNEC FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO - FACOS CURSO DE LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
HELENA HENNEMANN
CLOUD COMPUTING um estudo comparativo de serviços de Web Desktop com foco na educação
Osório 2014
HELENA HENNEMANN
CLOUD COMPUTING um estudo comparativo de serviços de Web Desktop com foco na educação
TCC apresentado ao curso de Licenciatura em Informática da Faculdade Cenecista de Osório, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Informática. Orientadora: Zanella
Osório 2014
Profª
.Ma.
Renata
HELENA HENNEMANN
CLOUD COMPUTING: um estudo comparativo de serviços de Web Desktop com foco na educação
Conceito final:
Aprovado em .......... de ......................... de .......... .
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Ma. Mariusa Warpechowski - FACOS
Prof. Me. Andrio dos Santos Pinto - FACOS
Orientadora Prof.ª Ma. Renata Zanella – FACOS
Dedico este trabalho ao meu pai Anildo Hennemann (in memoriam), que sempre priorizou meus estudos enquanto vivo.
Aproveito a oportunidade para agradecer primeiramente a Deus, pois sem ele nada sou. À minha mãe, que sempre esteve por perto, e me incentivou nas minhas escolhas e principalmente a “andar pelo caminho certo”. Às minhas amigas Graziela e Sânderi, que estão sempre me auxiliando e dando conselhos, sendo praticamente minhas segundas mães. Aos amigos Christopher e Fabrício, que me incentivaram na escolha do tema deste projeto, me levando a fóruns sobre Cloud Computing e ajudaram a conseguirem materiais e arquivos. À minha chefe Jacqueline, pela paciência e atenção, principalmente nos últimos dias bem atribulados. Aos professores (em especial ao Prof. Paulo César, que muito me ajudou em momentos difíceis, e a Prof. Renata Zanella por ter aceitado ser minha orientadora no meio do caminho, e ter toda paciência e preocupação para que desse tudo certo), pelos ensinamentos, paciência e amizade.
“Seu trabalho vai ocupar grande parte de sua vida, a única forma de estar realmente satisfeito com ele é fazer o que acredites ser um grande trabalho. E a única forma de fazer um trabalho genial é amar o que você faz. Se você ainda não o encontrou, continue procurando, nunca se detenha. Igualmente como todos os assuntos do coração, você saberá quando o encontrares. E, como qualquer grande relação, somente ficará melhor e melhor com passar dos anos. Então, continue a busca até que o encontres, nunca te detenhas”. Steve Jobs
RESUMO
Computação em Nuvem é um conceito novo em tecnologia, que se utiliza de velhos conceitos, e tem como objetivo utilizar em qualquer lugar e independente de plataforma, os mais variados tipos de aplicações através da Internet. Seu modelo é dividido em software como serviço – SaaS, plataforma como serviço – PaaS, e infra-estrutura como serviço IaaS. A Computação em Nuvem é a transformação da Computação em grade e recebe este nome por dois motivos: primeiro, por estar no ambiente da Internet, que nos traz a ideia de Nuvem; segundo, por ser transparente ao usuário final, no qual ele não percebe em qual lugar está cada serviço. Neste trabalho foram estudados e apresentados estes conceitos, bem como seus principais aspectos e oportunidades. São apresentados também ambientes Web Desktops conceituados em Nuvem com o foco na educação, sendo estes disponibilizados em camada de software como serviço. Estes desktops online foram estudados e avaliados, com o objetivo de utiliza-los em um contexto escolar, buscando otimizar o uso das tecnologias de uma forma colaborativa no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Palavras-chave: Colaborativo.
Computação
em
Nuvem.
Educação.
Web
Desktop.
ABSTRACT
Cloud computing is a new concept in technology, that make use of old concepts, and have as it's goal to use the most different kind of applications anywhere and independent of platform, through the Internet. It's model is split in software as a service - SaaS, platform as a service - PaaS, and infra-structure as a service - IaaS. Computing on the cloud is the transformation of grid computing and receive this name because of two reasons: first, for being on the Internet environment, what brings us the idea of a cloud; second, for being translucent to the end user, so he doesn't realize where each service is. On this work these concepts will be studied and shown, as well as it's main aspects and opportunities. There will also be presented cloud based web desktop environments with focus in education, these being available as a software as a service layer. These onkine desktops have been studied and evaluated, focusing in use them at the school background, trying to optimize the use of technology in a collaborative way at the teaching process and students learning. Keywords: Cloud Computing. Education. Web Desktop. Collaborative.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Modelo de Computação em Nuvem ................................................ 25 Figura 2 - Visão Geral de uma Nuvem Computacional ................................... 28 Figura 3 - Figura de Modelos como Serviços .................................................. 29 Figura 4 - Estrutura de Modelo de Serviço na Computação em Nuvem ......... 32 Figura 5 - Modelo de Implantação ................................................................... 33 Figura 6 - Modelo de Nuvem Pública .............................................................. 33 Figura 7- Modelo de Nuvem Privada .............................................................. 34 Figura 8 - Modelo de Nuvem Comunidade ...................................................... 35 Figura 9 - Modelo de Nuvem Hibrido ............................................................... 36 Figura 10 - Efeitos da Computação em Nuvem .............................................. 40 Figura 11 - Tela de Cadastro do Desktop clodTop .......................................... 50 Figura 12 - Tela inicial do Desktop cloudTop .................................................. 50 Figura 13 - Tela de Aplicativos do Desktop CloudTop .................................... 51 Figura 14 - CloudTop pelo navegador de um smartphone .............................. 51 Figura 15 - Tela cadastral do Desktop Zeropc ................................................ 52 Figura 16 - Tela inicial do Desktop Zeropc ...................................................... 53 Figura 17 - Zeropc pelo navegador de um smartphone .................................. 54 Figura 18 - Zeropc através de um App instalado em um smartphone ............. 54 Figura 19 - Tela de cadastro do Google App .................................................. 55 Figura 20 - Tela de Aplicativos disponibilizados pelo Google Apps ................ 57 Figura 21 - Rede Social disponibilizada pelo Google Apps ............................. 57 Figura 22 - Google Apps através de um aplicativo instalado no smartphone .. 58 Figura 23 - Google Apps pelo navegador de um smartphone ......................... 58
Gráfico 1 - Crescimento da busca por Cloud Computing ................................ 22
Quadro 1 - Análise dos Serviços Web Desktop .............................................. 46 Quadro 2 - Análise dos Serviços Desktops Colaborativos .............................. 47 Quadro 3 - Análise finas dos serviços oferecidos pelos Web Desktops .......... 59
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AS
-
Software Aplicativo
IAAS -
Infra Estrutura como Serviço
IBM -
Internactional Business Machines
NIST-
National Institute of Standards and Technolog
PAAS-
Plataforma como Serviço
PCN -
Parâmetros Curriculares Nacionais
SAA-
Software como Serviço
SE
-
Software Educativo
TI
-
Tecnologia da Informação
TIC -
Tecnologia da Informação e Comunicação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12 2 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........................... 15 3 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ................................................................ 18 4 COMPUTAÇÃO EM NUVEM ....................................................................... 22 4.1 Características.......................................................................................... 26 4.2 Modelos de Serviços ................................................................................ 29 4.2.1 Softwares como Serviço –SaaS .............................................................. 29 4.2.2 Plataforma como serviço – Paas ............................................................. 30 4.2.3 Infraestrutura como Serviço – IaaS ......................................................... 31 4.3 Modelos de Implantação .......................................................................... 32 4.3.1 Nuvem Pública ........................................................................................ 33 4.3.2 Nuvem Privada ........................................................................................ 34 4.3.3 Comunidade ............................................................................................ 35 4.3.4 Híbrido ..................................................................................................... 35 4.4 Infra-estrutura Virtual ............................................................................... 36 4.5 Exemplos de aplicações em Cloud Computing ..................................... 37 4.5.1 Google Apps............................................................................................ 37 4.5.2 Amazon ................................................................................................... 38 4.5.3 Live Mesh ................................................................................................ 38 5 COMPUTAÇÃO NA NUVEM E A EDUCAÇÃO .......................................... 39 6 CAMINHOS METODOLÓGICOS ................................................................ 44 7 ESTUDO COMPARATIVO DE APLICAÇÕES EM CLOUD COMPUTING COM FOCO NA EDUCAÇÃO .......................................................................... 46 7.1 CloudTop................................................................................................... 49 7.2 Zeropc ....................................................................................................... 52 7.3 Google Apps ............................................................................................. 55 7.4 Análise dos resultados ............................................................................ 59 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 62 REFERÊNCIAS................................................................................................ 64
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INTRODUÇÃO
Existe atualmente uma grande diversidade cultural, onde estudantes têm seus próprios valores e suas crenças, e passam a ter diferentes formas de interpretar a educação na sua realidade e através das regras criadas pela sociedade. Em meio a essas
diferenças
culturais,
a
Ciência
e
a
Tecnologia
estão
avançando
gradativamente, trazendo mudanças muito rápidas e melhorias para a vida do cidadão. Refletir sobre estes avanços, onde a sociedade está cada vez mais competitiva requer do educador uma integração maior com as mídias em sala de aula, contribuindo para novas estratégias de ensino e aprendizagem. O processo de aprendizagem no contexto escolar vem avançando com o auxílio do uso das Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC onde o professor que consegue inserir essas novas estratégias de ensino na sua prática cotidiana gera determinadas mudanças que fazem com que gradativamente haja melhorias no processo de aprendizagem em suas salas de aula. O computador é uma ferramenta muito atrativa para os alunos e professores; logo, é interessante a utilização dessas tecnologias a favor da educação. O Software educacional tem sido utilizado como uma ferramenta colaborativa no processo de ensino, podendo assim ser um objeto de aprendizagem mediadora no contexto escolar, fazendo com que o aprendizado seja muito mais significativo e atraente. A
utilização
dos
objetos
de
aprendizagem
através
dos
softwares
educacionais, na integração dos conteúdos das disciplinas propostas no espaço escolar, pode contribuir com que o aluno consiga compreender melhor o conteúdo e que a aula se torne agradável, tanto para o professor quanto para os estudantes, criando novas formas de pensar e de aprender. Existem muitos recursos tecnológicos presentes no dia a dia do aluno, tanto para o meio social como para o meio educacional e conseguir reunir todas essas informações, através de um único login e senha, onde o aluno e o professor não precisam mais se prender a um ou outro Sistema Operacional é um dos grandes desafios proposto nos contextos escolares. Neste caso, utilizar a virtualização de um serviço online, pode ser um meio prático de reunir todas as ferramentas de trabalho e de compartilhamento
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necessárias em um único Desktop. Pode ainda auxiliar os alunos com os trabalhos à distância e proporcionar um novo método de ensino através do uso da Internet, trazendo benefícios e aproveitamento dos recursos computacionais já existentes. Assim, este trabalho apresenta um estudo sobre a utilização dos serviços e aplicações de Desktops online. Foi realizado como metodologia de pesquisa um estudo comparativo dos serviços disponíveis no mercado com foco na educação. Tendo como objetivo proporcionar a interação dos professores e alunos com a ferramenta. Neste contexto foram analisadas as características que permitem os usuários utilizarem estes serviços dentro e fora do campo escolar, e transformá-lo em uma ferramenta colaborativa no processo de ensino de aprendizagem dos alunos, através do conceito de “Cloud Computing”. Busca-se com a avaliação dos serviços oferecer um recurso diferenciado para que alunos e professores possam através de um único login acessar todos os seus documentos, trabalhos e ferramentas de compartilhamento disponíveis em qualquer computador ou smartphone compatível com qualquer sistema operacional, dependendo apenas de uma conexão com a Internet e um browser. O uso da Computação em Nuvem vem se desenvolvendo e se tornando umas das novas tendências para o futuro da Computação de um modo geral, devido a sua facilidade na disponibilização e ao acesso dos materiais didáticos, por estarem totalmente virtualizados. Assim, acreditamos que este projeto possa contribuir, apresentando um recurso diferenciado, o qual facilita o acesso aos materiais didáticos e ao compartilhamento de arquivos, no meio educacional. Por se tratar de um tema novo e relevante, com grande potencial, oferecer este recurso para o ensino fundamental e médio pode ser muito significativo na questão da educação, pois a utilização de uma aplicação virtualizada1, além de conseguir reunir todas as ferramentas educacionais e de compartilhamento, pode ainda atuar como uma ferramenta colaborativa na aprendizagem do aluno, fazendo com que alunos e professores tenham benefícios no desenvolvimento das aulas. Um sistema virtualizado pode ser utilizado como ferramenta educacional, dentro e fora da sala de aula. A Professora de Português e Literatura e especialista em Tecnologias em Educação, Marli Fiorentin2, relata que já desenvolveu diversos
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Aplicação que funciona através do navegador e/ou aplicativo, e possui capacidade de armazenamento virtual, ou seja, nas Nuvems. 2 https://institutoparamitas.org.br/ensino-e-aprendizagem-na-nuvem
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projetos com o uso da Nuvem, “É uma ferramenta ótima para trabalho em grupo, porque dá para propor trabalhos extraclasses. Às vezes facilita o trabalho em grupo, os alunos podem colaborar um com outro. Além disso, tem o calendário, a agenda e outras funcionalidades para ajudar o professor a se organizar”, destaca. Neste sentido, esta pesquisa torna-se relevante na medida em que, através dela foi possível identificar quanto o uso da Computação em Nuvem pode ser utilizada na colaboração dos processos de ensino e de aprendizagem, trazendo os benefícios que o crescimento da tecnologia pode oferecer no contexto educacional. Este trabalho tem por objetivo geral, demonstrar que o uso da Computação em Nuvem pode ser explorado nas escolas de ensino fundamental e médio, através da interação de alunos e professores, tendo
um Web Desktop como uma
ferramenta colaborativa no processo de aprendizagem dos alunos. Sensibilizar os professores sobre a utilização da Computação em Nuvem e seus meios para a educação, fazendo com que eles percebam os benefícios que os serviços virtuais trazem para o aluno. E ainda demonstrar as características da utilização de um sistema virtualizado, destacando suas vantagens e desvantagens, através de análise e testes de aplicativos, como sua instalação e uso, e ainda ferramentas, alocações e distribuição de documentos e utilização de utilitários, como agenda eletrônica, editores de textos e planilhas entre outros. Este trabalho aborda em seu referencial teórico as temáticas: Tecnologia de Informação e Comunicação, a Informática na educação, Computação em Nuvem, Computação em Nuvem na educação, e por fim é apresentada uma análise de Web Desktops conceituados em Nuvem, com o objetivo de serem inseridos na rede escolar como uma ferramenta colaborativa no ensino e aprendizagem.
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TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
As novas tecnologias ou Tecnologias da Informação e Comunicação TIC são a junção de três técnicas: a Informática, as Telecomunicações e as Mídias Eletrônicas. Através delas são criadas possibilidades novas no campo educacional, para utilizar essa nova linguagem de comunicação é fundamental que as escolas estejam capacitadas, proporcionando conhecimentos e habilidades ao educador, para que o mesmo transfira conhecimento aos alunos. Na formação dos alunos, não se pode privar as escolas do acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação, que tanto podem promover a construção de conhecimentos quanto levar a inovações, possibilitada pela interação 6 das várias mídias hoje disponíveis, além de favorecer uma aproximação com a realidade do mercado de trabalho. (DALL ASTA 2004, p.13).
O uso das TIC pode ser classificado em mídia, multimídia e hipermídia. Onde a hipermídia é a tecnologias mais antigas, que transmitem apenas o som. A multimídia significa vários meios de integração ou vários elementos que podem ser elementos ou dispositivos diferentes interconectados apresentados como módulos ou como um único produto denominado, geralmente, de computador multimídia. Ainda pode ser conceituado como: As novas tecnologias podem ser classificadas em mídia, multimídia e hipermídia. A mídia caracteriza-se por poucos elementos, como por exemplo, o rádio, o toca fitas que transmitem apenas som, ou seja, é só áudio; a televisão de antena também é uma mídia e já possibilita som e imagem. A hipermídia são os documentos que incorporam texto, imagem e som de maneira não linear. (PINTO,1997, p.4).
Percebemos então, que união destas mídias constitui a sigla TIC, sendo ela, uma linguagem de comunicação e instrumentos de apoio a aprendizagem, que possibilitam o desenvolvimento de novas formas de interação. A inovação da educação em relação às TIC nos apresenta Lagarto (2013) ao serem incontornáveis na sociedade em geral, também entram de forma abusiva no espaço escolar. Podemos ver que as tecnologias de informação e comunicação, estão muito mais presentes nas práticas cotidianas dos alunos hoje do que antigamente. Existe um enorme crescimento em relação à compra de computadores ou notebooks e
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smartphones. Estes avanços vêm contribuindo para a democratização do conhecimento e para a inserção social e digital. Conforme Soares (2000, p.12) “um campo de diálogo, espaço para o conhecimento crítico e criativo, para a cidadania e a solidariedade”. Entende-se que a adesão das TIC na prática de ensino, deve ser planejada e coordenada, para que envolva os alunos por meio do diálogo e do estímulo à participação colaborativa.
A educação problematizadora está fundamentada sobre a criatividade e estimula uma ação e uma reflexão verdadeiras sobre a realidade, respondendo assim à vocação dos homens que não são seres autênticos senão quando se comprometem na procura e na transformação criadora (FREIRE, 1980, p. 81).
Em vista disso, a participação, a troca de experiências e o fazer coletivo são elementos fundamentais para o sucesso desta prática pedagógica, que busca aguçar a consciência crítica por meio da reflexão, promovendo a transformação dos alunos e dos próprios professores que aderem a ela. Além de beneficiar, as TIC servem para potencializar os processos de comunicação. Sendo a educação uma das áreas que mais se beneficia com a implementação delas. Onde uma melhor aprendizagem é uma das consequências de uma melhor comunicação. O uso das TIC tem se dado através das Tecnologias Educativas que segundo Miranda (2007) tecnologias educativas consiste na aplicação de tecnologia – qualquer que seja – aos processos voltados à educação, à concepção, ao desenvolvimento e à avaliação da aprendizagem. Às vezes as escolas possuem uma visão destorcida sobre Tecnologias Educativas, onde acham que o computador, software, Internet, jogos ou até mesmo livros digitais e lousas são tecnologias educacionais, quando são na verdade apenas tecnologias. Elas se tornam tecnologias educacionais, através da mediação do professor para com o aluno na utilização destas tecnologias. Mas ao passar dos anos, as escolas têm buscado inserir o uso das TIC no seu contexto escolar, visando fortalecer a aprendizagem dos alunos e proporcionado assim, maiores possibilidades de disseminação de informação. A incorporação de tecnologias nas atividades da escola envolve distintos aspectos da gestão decorrentes do efeito de gerir, administrar, proteger, manter, colocar em ordem, ou seja, de tornar utilizáveis os recursos
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tecnológicos. Isto significa registrar, organizar, recuperar e atualizar as informações; produzir estratégias de comunicação e participação; abrigar e administrar as atividades, conteúdos e recursos; gerir ambientes e processos de avaliação; estabelecer novas relações com a história, consigo mesmo, com o mundo e com o saber. (ALMEIDA, 2009, p. 2).
A junção de tecnologias nos ambientes educacionais, muitas vezes desafia os gestores das escolas e os docentes, quanto a sua efetiva utilização. De acordo com Miranda (2007) é importante ressaltar que o emprego das Tecnologias da Informação e Comunicação no ensino não se refere a uma experiência revolucionária no campo educacional, pois as tecnologias não são capazes de chegar a este ponto. Deste modo, podemos perceber que, o computador vem sendo cada vez mais utilizando em contextos educativos, tendo o uso da Internet ou não. Isso é resultado dos avanços tecnológicos que ainda estão em crescimento, partindo desde a Sociedade da Informação, que começou a introduzir a alfabetização digital3, até o uso das TIC como método educacional colaborativo no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Portanto a inserção da informática na escola surge com o intuito de interagir com o conteúdo do contexto escolar, fazendo uma ligação entre a teoria e a prática, sendo ela a parte prática da metodologia.
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A alfabetização digital precisa ser promovida em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, por meio da renovação curricular para todas áreas de especialização, de cursos complementares e de extensão e na educação de jovens e adultos, na forma e concepção emanadas da (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996).
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INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
O uso do computador e os demais dispositivos tecnológicos, têm sido vistos como bens necessários em salas de aula nos dias atuais, mas na maioria das vezes estes mesmos computadores são considerados apenas como um item novo pelos professores, e não são utilizados de forma adequada. Sofrendo de um mal comum em implementações de sistemas de informação, em função do pouco conhecimento dos profissionais que deveriam utilizá-los, ser visto apenas como um “projeto de informática” à parte, quando de fato deve se fundir ao todo para que demonstrem todo o seu potencial. (SOUZA; SACCOL, 2003).
O aproveitamento destes recursos tecnológicos educacionais deve acontecer na ação pedagógica de uma forma contextualizada, priorizando os alunos, para que eles tenham contanto com estas novas tecnologias. O termo "Informática na Educação" significa a inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina curricular deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensinoaprendizagem e atividades que usam o computador. (VALENTE, 1993, p.02).
Tendo isso em vista, devemos pensar também no professor que deve estar preparado para receber esta ferramenta em seu dia-a-dia escolar. Com a chegada do computador na escola, o professor não é mais um ser “supremo” perante os alunos e o “dono” da sala de aula, mas sim um mediador da aprendizagem, onde o professor é portador de um grande conhecimento e utiliza do computador para ampliar os meios de lecionar e não utiliza este como ferramenta primaria para passar seu conhecimento. Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações. (LOPES, 2002, p. 4).
Com o auxílio destas novas tecnologias os professores encontram inúmeros meios diferentes de dar aula, mas para poder utilizar estes meios é necessário conhecimento, que em muitos casos não se é adquirido somente com a graduação.
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Para adquirir o conhecimento necessário, os professores devem passar por cursos de capacitação oferecidos pelo governo, o que na maioria das vezes não acontece. Porém, historicamente no uso das tecnologias educacionais aqui no Brasil e em outros países, o insucesso se deu pela ênfase dada à compra de equipamentos e não pela capacitação de professores, tendo visto também que, atendendo ao apelo da comunidade científica brasileira o governo tem priorizado essa questão. (MERCADO, 2002, p.90).
Ainda existe o pensamento de que se comprarmos computadores e estes forem inseridos na escola, significa que a escola está informatizada. Mas não deveria funcionar assim, esse avanço tecnológico não necessita mais que exista um computador para cada aluno, mas sim que tenham acesso à informação e comunicação e que os professores estejam preparados para utilizá-los de forma adequada. Não basta apenas introduzir os recursos na escola, é necessário que os professores sejam orientados sobre as técnicas e métodos, para sua utilização, segundo Smole e Diniz (2007) o desafio é colocar todo potencial dessa tecnologia a serviço do aperfeiçoamento do processo educacional, aliando-a ao projeto da escola com o objetivo de preparar o futuro cidadão. Temos portanto dois grandes aliados para potencializar o uso da informática no contexto escolar, sendo eles Softwares Educativos (SE) e os Softwares Aplicativos (AS). O SE tem como sua principal característica o objetivo de atingir aprendizagem do aluno, seguindo procedimentos de ensino, onde as atividades são encadeadas e as respostas já são definida.
Assim se o aluno acertar a resposta, é dado
continuidade a sequência da atividade, podendo ainda ser retroativa, caso a resposta seja incorreta. Cada vez mais cedo as crianças estão em contato com as novas tecnologias, o que possibilita mudanças nos seus modos de comunicação e de interação. Por meio do acesso às novas tecnologias, são desenvolvidas novas habilidades: como o senso crítico; a observação, a classificação, a memorização, a imaginação e também algumas habilidades físicas, como a Coordenação Motora Fina. Por consistir num recurso desafiador, a Tecnologia é um instrumento capaz de aumentar a motivação dos alunos. Para a aquisição de habilidades motoras finas o aluno também precisa desenvolver a capacidade de concentração, a memória e o raciocínio lógico (SILVA; COSTA, 2008, p. 02).
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São considerados softwares educativos, tutorias, simuladores e jogos educativos. Onde estes têm como objetivo geral o de facilitar o processo de ensino e aprendizagem. E o aluno consegue construir um determinado conhecimento em relação ao conteúdo didático. Já os SA são os sistemas de autoria e sistemas de hipertextos, que não foram desenvolvidos com a finalidade educativa, mas que podem ser utilizados para este fim. Segundo Carvalho e Jucá (2003), softwares aplicativos podem também ser usados para construir um software educativo através, por exemplo, da programação de planilhas eletrônicas que armazenam e executam equações de uma modelagem de um sistema real. Mas qualquer um dos dois trabalha com o intuito de facilitar o processo de aprendizagem. Estes softwares possuem divisões quanto a suas características, sendo uma delas a o software de apoio à produção de SE, que viabiliza a criação de ambientes enriquecidos de aprendizagem, onde ele nos traz: sistemas de autoria, sistemas de hipertexto, ambientes tutoriais e linguagem logo. Outra característica do SA é o software de apoio ao trabalho administrativo, que normalmente é utilizado no processo administrativo da escola, mas que pode ainda favorecer o processo de ensino-aprendizagem, ele é formado por: banco de dados, ambientes de programação, processadores de texto, planilhas eletrônicas, editores gráficos e programas de comunicação. O computador torna-se então o instrumento ideal, pois constitui se num mecanismo que engloba tanto o desenvolvimento cognitivo como o motor fino. Dependendo do jogo ou atividade, há uma melhora na coordenação motora, na memória e nos reflexos. (SILVA; COSTA 2008, p. 02).
Mas nem sempre as escolas utilizam, estes softwares como um ambiente gratificante para o desenvolvimento integral do aluno. Para PCN (2000) os computadores no ensino não deve ser apenas a informatização dos processos de ensino já existentes, pois não se trata de aula com “efeitos especiais”. O computador permite criar ambientes de aprendizagem que fazem surgir novas formas de pensar e aprender. A principal função destas ferramentas computacionais didáticas, não é de substituir a figura do professor, mas sim de auxiliá-lo na mediação do processo de ensino e aprendizagem, tanto em disciplinas específicas, como também estimular os alunos a interagir com o avanço tecnológico.
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Como existem muitos tipos de softwares educacionais ou aplicativos, e cada um possui suas características, que permitem assim serem executados apenas em determinados sistemas operacionais, sendo esse um dos seus pré-requisito, a Computação em Nuvem, traz uma nova maneira, que facilita ainda mais o armazenamento desses ambientes e dos seus dados, facilitando assim o acesso aos arquivos, através de quaisquer dispositivos.
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COMPUTAÇÃO EM NUVEM
O termo Computação em Nuvem conhecido como Cloud Computing, vem ganhando visibilidade de quatro anos pra cá, como podemos observar através de uma simples consulta no Google Trends, representada pelo Gráfico 1. Por ser um conceito tão recente gera algumas incertezas e desconfianças, quanto ao armazenamento e processamento de dados computacionais.
Gráfico 1 - Crescimento da busca por Cloud Computing Fonte: Google.com/trends, 2014
A primeira vez que se ouviu falar em “Computação em Nuvem” de acordo com C. Rydleweski, foi a partir de uma ideia de John McCarthy, professor e especialista em Inteligência Artificial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que apresentava um modelo de Computação oferecido como serviço aos moldes do serviço de distribuição de energia elétrica. Segundo Taurion (2009) o termo Computação em Nuvem, surgiu entre o ano de 2006 e 2007, depois de uma palestra de Eric Schmidt, da empresa Google, sobre como sua empresa gerenciava seus data centers4. Como o tema ainda está em desenvolvimento, podemos ter ideia e comparações sobre o que é e como funciona Cloud Computing, e assim nos aproximarmos de uma definição adequada. Cloud Computing se refere, essencialmente, à idéia de utilizarmos, em qualquer lugar e independente de plataforma, as mais variadas aplicações através da Internet com a mesma facilidade de tê-las instaladas em nossos próprios computadores. (ALECRIM, 2008 p.198). 4
Serviços de Rede e Armazenamento
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Para definir o que é Computação em Nuvem, é preciso entender o termo em si, e o porquê este modelo de Computação é chamado de Nuvem. De acordo com Rhoton (2010) existe uma razão para tal metáfora, pois há muito tempo a figura de uma nuvem é utilizada em diagramas de redes para representar a parte “desconhecida” da rede, sendo a Internet propriamente dita. Além disso, é possível fazer alusão às nuvens que, por sua natureza, são grandes e distantes. [...] “Nuvem” é um sinônimo de rede, em especial, de Internet, lembrando que esta não é sua enciclopédia, pelo contrário, seu conceito é muito mais amplo, pois abrange aplicativos e serviços hospedados, armazenados ou processados remotamente, utilizando a conexão de computadores como estrutura de comunicação (RADFAHRER, 2012, p. 102).
Por ser um tema muito recente, ainda não existe um conceito exato sobre Cloud Computing, não sendo uma surpresa que se encontre várias definições. Como citado por Rhoton (2010), nenhuma dessas definições estão erradas, por vezes são definições que não contemplam todo significado do termo Computação em Nuvem. Segundo Foster (2008) vários autores definem o conceito de Computação em Nuvem ou Cloud Computing, sem um consenso entre eles. Os autores acreditam que Computação em Nuvem é uma grande capacidade computacional, que tem como foco a obtenção da economia, dos recursos abstratos, virtualizados, dinamicamente
escalável
de
poder
de
gerenciamento
computacional,
armazenamento e serviços é entregue em demanda a usuários externos por meio da Internet. A Computação em Nuvem conceituado, por Taurion (2009) como, a interligação de todos os sistemas computacionais de uma organização, criando um pool de recursos dinâmicos e implementando o conceito de virtualização de computadores, sendo uma maneira bastante eficiente de maximizar e flexibilizar os recursos computacionais. Por sua vez, a IBM (2009) entende a Computação em Nuvem como sendo um modelo computacional emergente em que os usuários podem ter acesso ubíquo a suas aplicações, que residem em centros de dados de alto poder computacional e capacidade de escala, a partir de qualquer dispositivo conectado. Esta definição ressalta ainda que tais centros de dados possuem recursos computacionais que
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podem ser compartilhados e escalados de forma dinâmica, a fim de maximizar o uso. Alguns outros autores como Buyya et al (2008) apontam para o crescente interesse pela busca na Internet do termo cloud em relação aos termos grid e cluster, o que reforça a necessidade de explorar esse novo paradigma. No entanto ainda Foster (2008) indicam que a Computação em Nuvem tem uma forte conexão com o conceito de Computação em grade ou Grid Computing, estabelecido há mais de trinta anos, além de pontos de contato com tecnologias como a Computação em agrupamento ou Cluster Computing e os sistemas distribuídos. A melhoria da Internet, e da sua velocidade, seu baixo custo para usuários, sua mobilidade que possibilita o acesso em qualquer lugar, faz com que se tenha um ganho significativo no avanço de Cloud Computing. Conforme Taurion (2009) podemos dizer que Computação em Nuvem é um termo para descrever um ambiente de comunicação baseado em uma imensa rede de servidores, sejam estas virtuais ou físicas. O que inova com a Cloud Computing é a forma de como os serviços se tornam independentes da plataforma do hardware, onde todas as aplicações estão nos servidores remotos, e muitos podem ser acessados através da Web, não precisando assim instalar nenhum tipo de software na máquina local. A Figura 1 mostra o modelo de Computação em Nuvem com os recursos de TI para cliente/servidor.
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Figura 1 - Modelo de Computação em Nuvem Fonte: Adaptado de: Voorsluys, W; Broberg, J; Buyya, 2011
Segundo Knorr e Gruman (2008), Cloud Computing apresenta diversas vantagens para área de Tecnologia de Informação, pois oferece: uma forma de aumentar a capacidade ou adicionar recursos durante o processo sem investir em uma nova infraestrutura, treinamento ou licença do novo software. Cloud Computing engloba qualquer serviço baseado em assinatura ou pagamento por uso que, em tempo real através da Internet, aumenta a capacidade existente da área de TI. Então como pode ser visto a Computação em Nuvem não é uma tecnologia única, é um modelo computacional que engloba diversas tecnologias existentes. Através de armazenamento de dados, baseado em “pague conforme o que você usou”, dando assim um acesso remoto “limitado” aos recursos. E seus serviços em Nuvem se destacam para muitas aplicações móveis, além de alguns atributos que o identific97rtram,
dando
assim
processamento, entre outros.
mais
espaço
de
armazenamento,
mais
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4.1 Características
Conforme Rhoton (2010) e Taurion (2009), os principais atributos e características da Computação em Nuvem são:
Sem fronteiras: o serviço é hospedado e disponibilizado através do provedor de serviço, fora da infraestrutura da empresa contratante. Significa que todo o processamento é realizado nos servidores do provedor de serviços, fora dos firewalls da empresa, ultrapassando limites físicos e de segurança;
Elasticidade: uma das principais características da Computação em Nuvem é a sua escalabilidade, isto é, sua capacidade de aumentar ou diminuir os recursos de processamento e/ou infraestrutura rapidamente, conforme a necessidade, ou por solicitação do cliente;
Cobrança flexível: devido a escalabilidade proporcionada pela Computação em Nuvem, também por ser um modelo orientado a serviço, o provedor de serviço utiliza meios para medir precisamente a utilização de recursos pelos contratantes dos seus serviços e, como isso, cobrando do contratante apenas os recursos que ele efetivamente utilizou;
Virtualização: uma das tecnologias que proporciona a facilidade e rapidez necessárias para realizar a escalabilidade de recursos e a multi-tenacidade;
Oferta de serviços: as funcionalidades da Nuvem sempre são entregues através de algum tipo de serviço. Normalmente estes serviços possuem tanto interfaces de programação quanto interfaces para usuários;
Acesso universal: democratização de recursos significa que os recursos da Nuvem estarão disponíveis para qualquer um que estiver autorizado a utilizálos. Além disso, a independência de localização e os altos níveis de resiliência permitem que o usuário esteja sempre conectado;
Gerenciamento simplificado: o gerenciamento dos recursos da Nuvem é realizado automaticamente, permitindo inclusive o usuário efetuar a alocação dos recursos necessários utilizando interfaces simples;
Recursos acessíveis: o custo para a utilização dos recursos da Nuvem é reduzido drasticamente, pois não é necessário que o usuário faça
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investimentos em infraestrutura, além de utilizar apenas os recursos realmente necessários;
Multi-tenacidade: também conhecido por multi-inquilinato, é a capacidade da Nuvem ser utilizada por vários usuários ou empresas, com mecanismos que protegem e separam o que é de cada contratante;
Gerenciamento de nível de serviço: níveis de serviço são as características dos serviços prestados pelo provedor de serviço, são os compromissos assumidos pelo provedor em relação a empresa /usuário que contratou o serviço. Existem desde provedores que não assumem compromisso nenhum até provedores que estão em condições de prover serviços governamentais. Além dos atributos relacionados acima, ainda complementa Rhoton (2010) que existem algumas tecnologias que são intimamente relacionadas com a Computação em Nuvem, tais como:
Service-Oriented Architecture (SOA): a arquitetura orientada a serviço decompõe as funcionalidades básicas e a lógica de negócio de uma empresa em várias partes, chamadas serviços. Cada um destes serviços implementa ações únicas, permitindo sua utilização por várias aplicações. Uma das principais vantagens desta abordagem é maximizar a reutilização de código, reduzindo os esforços necessários para criar novas aplicações ou manter as existentes. Embora sejam duas noções diferentes, uma empresa que utilize o conceito de SOA em suas aplicações possui uma facilidade maior para migrálas para a Nuvem.
Grid Computing: este tipo de Computação, traduzido para Computação em Grade,
utiliza
diversos
computadores
interconectados
para
realizar
processamentos altamente paralelos, que exijam um grande número de ciclos e acesso a uma grande quantidade de dados, tais como pesquisas científicas e médicas, previsão do tempo, análises financeiras entre outros. Essas grades normalmente possuem um baixo acoplamento entre si e sistemas heterogêneos, algumas vezes utilizando de grades em localizações geograficamente distintas para realizar tal processamento. A Computação em Grade possui alguns conceitos similares a Computação em Nuvem, pois ambas envolvem a utilização de vários computadores e efetuam a distribuição da carga de trabalho entre eles. Porém existem diferenças entre estes dois tipos. A Computação em Grade costuma ser transparente ao seu usuário e
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seu foco está em realizar o processamento de algo específico, a Computação em Nuvem é opaca e pode ser utilizada para realizar vários tipos de processamento, sendo seu funcionamento totalmente desconhecido pelo usuário.
Web 2.0: o termo Web 2.0 se refere a mudanças na forma de desenvolver para Web, tanto no código quanto na parte estética, tornando as páginas da Web dinâmicas, e com isso, facilitando a participação e colaboração dos usuários em comunidades Web. Não existe uma conexão intrínseca entre Computação em Nuvem e Web 2.0, pois esta segunda é uma classe de serviços que pode ser distribuído de várias formas e a Computação em Nuvem é uma forma de distribuir serviços, porém devido as aplicações Web 2.0 utilizarem poucos recursos para seu funcionamento, é uma classe de serviço que está sendo muito utilizada em conjunto com a Nuvem.
Através do seu uso, o acesso se torna universal, podendo acessar qualquer documento através de “qualquer” tipo de dispositivo. A Figura 2 mostra uma visão geral de uma Nuvem Computacional.
Figura 2 - Visão Geral de uma Nuvem Computacional Fonte: OLIVEIRA, 2012.
Este movimento tem como objetivo disponibilizar recursos ligados à tecnologia da informação, na forma de serviços, onde permite que os usuários utilizem a arquitetura de hardware e software, sem adquirir grandes equipamentos ou ter que adquirir licença para todos os seus usuários. Podendo utilizar estes serviços através da rede de Internet, no conceito de Computação em Nuvem, onde é ofertado de acordo com os serviços existentes.
29
4.2
Modelos de Serviços
Os serviços e Computação em Nuvem são divididos em três classes, são essas classes que definem o padrão arquitetural para soluções em Nuvem, serviços e quem utiliza cada serviço disponível, sendo: Software-as-a-Service (SaaS), Platanform-as-a-Service
(PaaS)
e
Infraestructure-as-a-Service
(IaaS).
Esta
classificação é conhecida como modelo SPI. Dentre estes três serviços, o SaaS é altamente padronizado e ajustado para a performance, Entretanto não permite grandes customizações e extensões. Mas o IaaS, permite hospedar praticamente qualquer tipo de aplicação, não permitindo apenas a alteração no escopo facilmente. Já as características do PaaS o coloca entre os dois primeiros. Conforme nos apresenta a Figura 3.
Figura 3 - Figura de Modelos como Serviços Fonte: BORGES, 2011.
4.2.1 Softwares como Serviço –SaaS
Conforme Menken e Blokdijk (2008) o surgimento do termo Software-as-a— Service, que significa Software como Serviço, ocorreu antes da Computação em Nuvem, em medos da década de 90, devido ao rompimento da bolha ponto-com, movimento no qual houve o surgimento de várias tecnologias e modelos. Esta classe corresponde à camada mais externa do modelo conceitual, ela é composta por aplicativos que são executados no ambiente da Nuvem. Podem ser aplicações completas ou conjuntos de aplicações cujo uso é regulado por modelos de negócios que permitem customização.
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O sistema de software SaaS nada mais é do que uma aplicação, ou software, diferentemente do modelo tradicional, onde a aplicação é distribuída através de CDs, downloads e outros tipos de mídias, sendo instalada na máquina do usuário, uma aplicação SaaS deve ser distribuída através da Internet de uma interface com um navegador Web, logo devem ser acessíveis de qualquer lugar a partir dos diversos dispositivos dos usuários finais. Desta forma, novos recursos podem ser adicionados aos sistemas de forma transparente aos usuários, tornando-se assim a manutenção e evolução dos sistemas tarefas bem mais simples. Além de mudar a forma como a aplicação é distribuída, existe outra diferença entre o modelo tradicional de distribuição de software e o modelo SaaS, é que em nenhum momento a aplicação passa a pertencer ao usuário, pois ao utilizar uma aplicação SaaS, ao invés de adquirir uma cópia da aplicação e uma licença, como é feito no modelo tradicional, o usuário apenas contrata um serviço, ficando todo o resto a cargo da distribuidora da aplicação, incluindo atualização e suporte. Ainda de acordo com Menken e Blokdijk (2008) existem duas categorias principais do SaaS, sendo elas: Serviço orientado a negócio: categoria onde as aplicações são direcionadas para empresas. Neste tipo de SaaS as aplicações são distribuídas através de contratos de serviço ou de planos de assinatura. A maior parte das aplicações entram nessa categoria. Serviço orientado a cliente: categoria onde as aplicações são direcionadas para o usuário final. Normalmente as aplicações desta categoria são distribuídas gratuitamente ou por um valor acessível. Nessa categoria podemos citar novamente os Web-Mails como exemplo.
4.2.2
Plataforma como serviço – Paas
Já esta classe é representada por uma camada intermediária do modelo conceitual, sendo composta por hardware virtual disponibilizado como serviço. Onde oferece tipos mais específicos de serviços como sistemas operacionais, banco de dados, serviços de mensagens, serviços de armazenamento de dados entre outros.
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Uma PaaS fornece ambientes de desenvolvimento de software e facilita a implantação de aplicações sem os custos e complexidades relativos a compra e gerenciamento do hardware e de software adjacentes que são necessários ao ambiente de desenvolvimento. Muitos serviços podem ser oferecidos através de uma PaaS, facilidades para o projeto e desenvolvimento de aplicações, testes, implantação, hospedagem, integração de serviços Web, segurança, integração de banco de dados, persistência, entre outros. Todos estes serviços também podem ser configurados como uma solução integrada, oferecida através da Internet. Como exemplo de PaaS cita-se Vecchiola et al (2009) a Google App Engine e Aneka.
4.2.3
Infraestrutura como Serviço – IaaS
Esta classe representa a camada inferior do modelo conceitual, ela é composta por plataformas para o desenvolvimento, teste, implantação e execução de aplicações. Segundo Sousa (2009), seu principal objetivo é tornar mais fácil e acessível o fornecimento de recursos, como servidores, redes, armazenamento e outros que são fundamentais na construção de um ambiente sob demanda podendo ser tanto sistemas operacionais quanto aplicativos. A sua infraestrutura é baseada na virtualização dos recursos computacionais que pode ser dinamicamente usada para aumentar ou diminuir os recursos de acordo com as necessidades das aplicações. A IaaS relaciona-se com a capacidade que um provedor tem de oferecer uma infraestrutura de processamento e armazenamento de forma transparente. Com base na Figura 4, Rushel et al (2010) descrevem as funções do provedor, desenvolvedor e Consumidorl.
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Figura 4 - Estrutura de Modelo de Serviço na Computação em Nuvem Fonte: BORGES, 2011.
Provedor: disponibiliza e gerencia a estrutura para Nuvem.
Desenvolvedor: utiliza os recursos fornecidos e provêm serviços.
Consumidor: utiliza os recursos fornecidos pela Nuvem
4.3 Modelos de Implantação
Segundo Siqueira e Machado (2010) cada projeto requer uma particularidade para a migração ou implantação do novo ambiente em Nuvem, tudo depende do processo do negócio, informação desejada e da visão comercial. Sendo assim a implementação da Computação em Nuvem, depende da necessidade da aplicação a ser oferecida, existindo quatro modelos de aplicação, sendo eles: públicos, privados, comunidade e híbrido. Podemos ver sua estrutura na Figura 5 abaixo:
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Figura 5 - Modelo de Implantação Fonte: Adaptado de IBM, 2013. 4.3.1 Nuvem Pública
A infra-estrutura de Nuvem é disponibilizada ao público em geral ou há um grande grupo industrial e é propriedade de uma organização da venda de serviços em Nuvem. A Figura 6 retrata um exemplo de Nuvem pública.
Figura 6 - Modelo de Nuvem Pública Fonte: BORGES, 2011.
A Nuvem pública é composta por aplicativos que são executados no ambiente da Nuvem. Podem ser aplicações completas ou conjuntos de aplicações. Os sistemas de software devem estar disponíveis na Internet através de uma interface com um navegador Web, logo devem ser acessíveis de qualquer lugar a
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partir dos diversos dispositivos dos usuários. Assim, novos recursos podem ser adicionados aos sistemas de forma transparente aos usuários, tornando-se assim a manutenção e evolução dos sistemas tarefas bem mais simples.
4.3.2
Nuvem Privada
Segundo NIST (2011) a infraestrutura de Nuvem é utilizada exclusivamente a uma organização. Pode ser gerido pela organização ou de um terceiro e pode existir no local ou remota. Na figura 7 pode ser observado o modelo de Nuvem privada.
Figura 7- Modelo de Nuvem Privada Fonte: BORGES, 2011.
Para esse modelo de implantação são empregados políticas de acesso aos serviços. Gerenciamento de redes, configurações dos provedores de serviços e a utilização de tecnologias de autenticação e autorização são as principais características deste modelo. Afirma Chirigati (2009) que: as Nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário (uma empresa, por exemplo). Diferentemente de um data center privado virtual, a infraestrutura utilizada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui total controle sobre como as aplicações são implementadas na Nuvem. Uma Nuvem privada é, em geral, construída sobre um data center privado, ou seja, a Nuvem é acessada apenas por aquele cliente.
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4.3.3 Comunidade
Conforme NIST (2011) a infraestrutura de Nuvem é compartilhada por diversas organizações e suporta uma comunidade específica que partilhava as preocupações (por exemplo, a missão, os requisitos de segurança, política e considerações sobre o cumprimento). Pode ser administrado por organizações ou de um terceiro e pode existir no local ou remota. A figura 8 exibe um modelo de Nuvem comunidade.
Figura 8 - Modelo de Nuvem Comunidade Fonte: BORGES, 2011.
Neste modelo, várias organizações utilizam a mesma Nuvem, que poderá ser administrada por uma empresa desta Nuvem ou mais, ou até mesmo por uma terceira.
4.3.4 Híbrido
Para NIST (2011) a infraestrutura de Nuvem é uma composição de duas ou mais Nuvens (privado, comunidade ou público) que permanecem entidades únicas, mas são unidos por proprietárias de tecnologia padronizada que permite a portabilidade dos dados e aplicações (por exemplo, Nuvem explodindo de balanceamento de carga entre as Nuvens). Enquanto para Chirigati (2009) as Nuvens híbridas combinam os modelos das Nuvens públicas e privadas. Elas permitem que uma Nuvem privada possa ter seus recursos ampliados a partir de uma reserva de recursos em uma Nuvem pública. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que
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haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as Nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas nas Nuvens públicas, por exemplo. O termo “Computação em ondas” é, em geral, utilizado quando se refere às Nuvens híbridas. Observa-se um modelo de Nuvem hibrida na Figura 9.
Figura 9 - Modelo de Nuvem Hibrido Fonte: BORGES, 2011.
Nas Nuvens híbridas, temos uma composição de duas ou mais Nuvens, das quais pode ser privada, comunidade ou pública, que continuaram sendo entidades únicas e ligadas por uma mesma tecnologia que segue um padrão para que permita a portabilidade dos dados e aplicações.
4.4 Infra-estrutura Virtual
O modelo de virtualização é a base do modelo de Cloud Computing, segundo Bittman (2009) a virtualização nos leva inexoravelmente em direção à flexibilização e ao Cloud Computing. Há pelo menos cinco coisas que a virtualização faz ao abrir a porta do Cloud Computing, e empurrar as organizações para dentro dela.
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A virtualização realmente modificou e continua modificando a infra-estrutura da área de TI. Mudou os processos e os custos. Isto aconteceu por causa da isolação, consolidação e mobilidade que a virtualização proporciona. Removendo as ligações rígidas entre o hardware e o aplicativo possibilitando implementações mais rápidas e fáceis [...]. Estes recursos possibilitam a visão de Cloud computing. (BUMPUS, 2009).
Através da virtualização é possível se ter a independência do hardware, sendo possível separar a aplicação e o sistema operacional do hardware onde está alocado. [...] uma das principais fontes de complexidade da gestão da área de TI deve-se ao fato do sistema operacional e software estarem interligados ao hardware ao qual pertencem. Se houver a necessidade de mover um sistema operacional ou uma aplicação (por exemplo, para colocar em um novo servidor por motivos de desempenho), deve levar em conta muitas interdependências. (DESAI, 2007, p.13).
As principais vantagens da virtualização são isolamentos de dados e de processamentos, onde apenas uma máquina física consegue executar várias máquinas virtuais, sem interferir no seu próprio sistema. A capacidade de instalação de maneira rápida e uniforme, independente do sistema operacional ou biblioteca, permitindo se executado em qualquer lugar. As máquinas físicas não precisam ter o mesmo hardware para executar uma mesma máquina virtual. E a possibilidade de integrar mecanismos de migração.
4.5 Exemplos de aplicações em Cloud Computing
4.5.1
Google Apps
Esse é um pacote de serviços que o Google oferece que contém aplicativos de edição de texto, planilhas e apresentações (Google Docs.), serviço de agenda (Google Agenda), comunicador instantâneo integrado (Google Talk), e-mail com o domínio da empresa, entre outros. Todos esses serviços são processados pelo Google e o cliente só precisa criar as contas do usuário. O Google Apps oferece pacotes gratuitos e pagos, de acordo com o número de usuários. Um dos maiores clientes do Google Apps é a Procter & Gamble, que contratou os serviços para mais de 130 mil colaboradores.
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4.5.2 Amazon
É um dos maiores serviços de comércio eletrônico do mundo. Para suportar o volume de vendas no período de Natal, a empresa montou uma superestrutura de processamento e armazenamento de dados, que acaba ficando ociosa na maior parte do ano. Foi aí que a empresa teve a ideia de "alugar" esses recursos, com serviços como o Simple Storage Solution (S3), para armazenamento de dados, e Elastic Compute Cloud (EC2), para uso de máquinas virtuais.
4.5.3 Live Mesh
Esse é um serviço da Microsoft ainda em estágio inicial. Sua proposta principal é a de permitir que o usuário acesse o seu Desktop de qualquer computador, com a diferença de que todos os seus arquivos ficam na Nuvem, isto é, no servidor da Microsoft.
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5
COMPUTAÇÃO NA NUVEM E A EDUCAÇÃO
Neste novo contexto de mudanças tecnológicas, a Computação em Nuvem oferece novas formas de construção dos softwares, sendo eles virtualizados, o que é o ideal, pois através deles é que os serviços irão operar em diferentes tipos de dispositivos. Por ser um assunto que está em uma fase de amadurecimento, ainda surgem muitas dúvidas, do tipo como adotar a Computação em Nuvem e conteúdos abertos?
Já que esta é uma tendência inevitável e aprofundadora para as
instituições de ensino, por um prazo curto. A Educação em Nuvem agrega características da Computação em Nuvem, que a diferencia do Ensino a Distância (EaD) ou da Educação Flexível. Neste contexto, o conceito de Educação em Nuvem, baseado no conceito de Computação em Nuvem, mostra-se como um novo paradigma, no sentido que os saberes não mais estão encarcerados em ambientes físicos ou em locus virtuais, mas disseminados pelo universo virtual através da rede como uma Nuvem de conhecimentos, de maneira quase onipresente (MANSUR et al., 2010, p. 2).
É importante ressaltar que o conceito de Computação em Nuvem não é apenas uma nova maneira de fazer uso de velhos conceitos educacionais, mas sim usar esse conjunto de conceitos com os novos conceitos que estão surgindo com as inovações tecnológicas. Um exemplo destes velhos conceitos é o de educação flexível que Costa (2009) define como “uma modalidade de educação caracterizada por um misto de ensino presencial e a distância”. Podemos perceber isto, através do mapa conceitual, na Figura 10 abaixo, onde mostra a origem da Educação em Nuvem a partir dos conceitos de Computação em Nuvem, bem como seus elementos e situações que dela se originam.
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Figura 10 - Efeitos da Computação em Nuvem Fonte: Thaísa Souza, Marcelo Mendonça Teixeira:
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Wyld (2009) acredita que “um dos maiores impactos da utilização da Computação em Nuvem foi a percepção que se tem do poder computacional sob demanda, numa espécie de democratização do uso dos recursos de TICs”. A Computação em Nuvem apresenta algumas características que com o tempo vão se tornar o diferencial da Educação em Nuvem, como o uso da Internet, tendo um baixo custo financeiro, aumento da eficiência do processamento de dados pelo conceito de “Nuvem” e fornecendo acessibilidade aos dados educacionais através de qualquer dispositivo com acesso à Internet. Segundo o relatório The Horizon Report5 são apontadas tendências essenciais que devem afetar a aprendizagem e consequentemente a educação, nos próximos cinco anos: A maneira como globalização e as tecnologias afetam e afetarão o modo de vida dos seres humanos, influenciando no trabalho, na colaboração, na comunicação. A educação nas Nuvens viabiliza o trabalho colaborativo e cooperativo entre os membros da instituição de ensino, com a possibilidade de compartilhar conteúdos e serviços com outras instituições educacionais dispersas geograficamente. (SOUZA; TEIXEIRA).
Utilizar ferramentas de produtividade em Nuvem no contexto escolar pode apresentar diversas vantagens, que estarão reunidas em um ambiente com infraestrutura de TI que tenham: escalabilidade, usabilidade, popularidade e portabilidade. Caso uma infraestrutura de TIC já esteja em operação, uma Nuvem educacional facilita a integração desta infraestrutura existente com novas tecnologias e soluções. A Nuvem também “envolve” a infraestrutura existente de forma que possa ser acessada na forma de serviços. Nos casos em que a infraestrutura seja pouca ou inexistente, a Nuvem educacional ajuda a disponibilizar os serviços baseados em Nuvem de forma mais rápida para as escolas, e também para professores e alunos. (INTEL, 2010).
Hoje em dia já existem ambientes virtuais de aprendizagem como o Moodle, Teleduc e outros sistemas que oferecem ferramentas de suporte online. Um dos mais usados, mas não o único que Goolge Apps, onde reúne sete serviços de produtividade em Nuvem como Gmail, Google Doc., Google Form, Google Agenda, Google Grupos e iGoogle. 5
The Horizon Report. Califórnia: The New Media Consortium, 2009.
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Strickland (2009) apresenta seis razões pelas quais as instituições de ensino deveriam adotar a Computação em Nuvem: Alunos e Professores poderiam acessar os seus arquivos e aplicações de qualquer lugar; Alunos e professores não necessitariam possuir computadores rápidos, com muito espaço em disco e com muita memória, uma vez que estas características estariam na Nuvem; As licenças de utilização de softwares não necessitam ser pagas por terminal; O armazenamento de dados não necessitaria estar na instituição uma vez que este serviço pode ser delegado à Nuvem; O suporte técnico necessário dentro do campus poderia ser reduzido, uma vez que a quantidade de servidores seria menor; Pesquisas poderiam utilizar o poder computacional de um supercomputador ou de múltiplos processadores.
É possível perceber, através destas seis razões, que a Computação em Nuvem, vem para auxiliar e facilitar o meio educacional, com recursos já existentes. Todavia, existem várias questões a considerar ainda, como Young (2008) ressalta: o problema da privacidade dos dados como obstáculo para movimentar os serviços para a Nuvem. Entretanto a aprendizagem colaborativa é uma prática educacional, que permite a construção de conhecimento, através da interação dos alunos e seus professores. Segundo Bittencourt et al. (2004), a proposta de Aprendizagem Colaborativa é baseada na interação entre os indivíduos, pois tal interação estimula a comunicação e as capacidades de cada um. Ao introduzir a caracterização de colaboração, no espaço educacional, obtemos uma nova concepção de aprendizagem, onde alunos e professores devem interagir entre si, tendo como principal objetivo, aprender. Mas para que isso se torne possível, é primordial a utilização de recursos que apoiem a colaboração, e que permita a integração dos alunos e professores.
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A Computação em Nuvem pode ajudar as comunidades – e nações – a transformar a educação. Um mundo inteiro de conhecimento pode agora ser disponibilizado aos professores e alunos por meio de serviços baseados em Nuvem que podem ser acessados a qualquer momento, de qualquer lugar, por meio de qualquer dispositivo. (INTEL, 2010).
A Computação em Nuvem pode ser utilizada para apoiar estes ambientes educacionais,
potencializando
a
aprendizagem
colaborativa,
por
oferecer
ferramentas e recursos especializados, de uma forma fácil. Teixeira (2013) reforça dizendo: “mas não garante o sucesso do aprendizado, comumente desmotivado pela falta de interesse dos alunos em aprender a distância”. Sendo está a importância do professor e da escola como mediadores do conhecimento. Como afirma (BABIN, 1989) talvez sejamos ainda os mesmos educadores, mas certamente, nossos alunos já não são os mesmos, “estão em outra”. Talvez seja a hora de os educadores repensarem sobre trazer de fato as o uso das tecnologias para o cotidiano, e não apenas como tem sido superficialmente.
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6
CAMINHOS METODOLÓGICOS
A metodologia é o processo que descreve a forma com que a pesquisa foi desenvolvida.
Segundo
conhecimento
crítico
Demo
dos
(1989)
caminhos
metodologia do
processo
é
entendido
científico,
como
o
indagando
e
questionando acerca de seus limites e possibilidades. São através destas diversas etapas metodológicas que devem ser configuradas as técnicas para a realização do projeto de pesquisa. Tendo em vista as características dos diferentes métodos de pesquisa, e seus procedimentos para a coleta dos dados, o método da pesquisa bibliográfica com análise comparativa, foi considerado o mais apropriado para esta investigação. De acordo com, Cervo et al (2007, p.61), “a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”. A metodologia deste trabalho de pesquisa consiste na análise dos serviços virtualizados em Web, que são conceituados em Nuvem. E como esses softwares podem ser inseridos nas escolas através do processo de ensino e aprendizagem. Para esta análise, foi realizada primeiramente uma pesquisa informal sobre os Desktops online, que estão atualmente disponíveis no mercado.
Após esta
pesquisa, foi possível identificar as aplicações e os serviços oferecidos em Nuvem. E através
deles
é
possível
diferenciar
seus
tipos
de
serviços,
meios
de
compartilhamento e como funciona sendo um serviço de Web Desktop. Estes Desktops virtuais foram estudados, analisados e comparados, tendo como propósito deste estudo apresentar as ferramentas em questão, como uma possível solução para o gerenciamento de conteúdo em diversas áreas do conhecimento com contexto educacional. A análise foi realizada a partir dos Desktops virtuais conceituados em Nuvem já existente, e priorizando os que são free6. O estudo foi realizado em três tipos diferentes de Desktop. Estes foram avaliados e foi apresentado um quadro comparativo com as características de cada um focando a educação. Para a avaliação comparativa foram levantados os seguintes dados: os Desktops devem ser totalmente em Nuvem (sem a necessidade de instalação), 6
Free é um vocabulário da língua inglesa que significa livre ou grátis.
45
idioma, facilidade de cadastro, capacidade de armazenamento, ferramentas disponíveis (editor de texto, planilha, calculadora, calendário, entre outros), e a facilidade de compartilhamento e acesso de qualquer dispositivo. O público alvo para este projeto foram alunos do ensino fundamental e ensino médio, onde através dos resultados da análise, e com embasamentos teóricos, buscou-se refletir através de que maneira a Computação em Nuvem pode auxiliar no processo colaborativo da aprendizagem dos alunos.
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7
ESTUDO COMPARATIVO DE APLICAÇÕES EM CLOUD COMPUTING COM
FOCO NA EDUCAÇÃO
Os Desktops virtuais e/ou online permitem o acesso a determinadas aplicações através do navegador de Internet, utilizando a pilha de protocolo TCP/IP (TransmissionControl-Protocol/Internet Protocol). Este trabalho apresenta um estudo comparativo com aplicações de Computação em Nuvem com foco na educação, através de Desktos virtuais, buscando otimizar os recursos tecnológicos no campo educacional. Para este estudo foram consideradas as características que possam contribuir para o processo educativo, através de serviços Web Desktops conceituados em Nuvem,
que
tenham
acesso
via
Web,
capacidade
de
armazenamento,
compartilhamento de arquivos, aplicativos como editor de texto, planilha eletrônica, apresentação de slides, utilitário e mensagens instantâneas. Onde todos esses serviços possam ser utilizados através de qualquer dispositivo. Primeiramente foi apresentada uma análise geral dos Desktops online disponíveis no mercado, conforme Quadro 1, a seguir foi realizado um estudo para identificar características de licença, por exemplo, se é gratuito ou pago e de acesso, se está disponível via Web ou se precisa ser instalado.
Quadro 1 - Análise dos Serviços Web Desktop Fonte: Autoria própria, 2014.
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Pode-se perceber que dos quinze Desktops virtuais acima citados, seis tipos de serviços não contemplam o tipo de licença free e a disponibilidade via Web, sendo eles: CloudMe, Web Anywhere, eyeOS, iCloud, Mikogo e o OnLive. Seguindo os estudos, buscou-se aplicações em Nuvem que abrangessem além de compartilhamento e armazenamento de arquivos, recursos como aplicativos de editor de texto, planilha e slides, calendário e/ou agenda, e gerenciador de tarefas. Assim, o Quadro 2 mostra que os aplicativos que contemplam as características definidas para este trabalho são: cloudTop, Zeropc e Google App.
Quadro 2 - Análise dos Serviços Desktops Colaborativos Fonte: Autoria própria, 2014. Através da tabela acima, eliminamos mais seis Desktops online conceituados em Nuvem, por não possuírem os requisitos necessários para serem inseridos nas escolas como ferramentas colaborativas no processo de ensino e aprendizagem. O sistema GlidOS, na teoria corresponde a todos os requisitos, mas na prática não. Após clicar para abrir o sistema, ele nos direciona para outra página, onde
podemos
nos
deparar
com
a
ferramenta
de
compartilhamento
e
armazenamento Jumptuit. Esta deve ser uma nova versão do GlidOS, que não favorece ao Desktop que buscamos. Já o Desktop ISpaces Cloud, possui recursos muito básicos de aplicações como editor de texto e planilhas, e não possui nenhum tipo de compartilhamento, nem mesmo interação com redes sociais, apenas trabalhando com o navegador, que por sua vez não funciona como deveria.
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Enquanto o JoliCloud é um bom serviço para compartilhamento, ele interage com as redes sociais, inclusive o Google Drive, não possui aplicações de e editor de texto, mas pode ser utilizado através do aplicativo do Google, suporta a instalação de outros aplicativos, que são sugeridos por ele mesmo, mas não é visto como um Web Desktop para atuar em sala de aula. Além de não fornecer qualquer armazenamento, sendo assim não é um dos mais indicados para ser usado em uma escola, onde os alunos e professores irão precisar usar diariamente. Os sistemas SilveOS, The Places A e ZimDesk, são os serviços mais completos até agora. Onde os Desktops onlines, além de serem idênticos aos Desktops que temos nos Sistemas Operacionais, eles também podem ser acessados de qualquer navegador de Internet, onde tem aplicações que permitem, ouvir música e até jogar, como “paciência” por exemplo, tem calendário. Abrange acesso a algumas redes sociais, possuem gerenciamento de arquivos e capacidade de armazenamento, onde também se pode fazer o upload de arquivos que estão salvos na máquina. Estes sistemas pecam na falta de aplicações de editor de texto e planilhas, até possuem um editor de texto, mas não tem editor de planilhas e muito menos de slides. Existe a possibilidade de fazer o upload deles, mas não se consegue criar este tipo de documento dentro do ambiente.
Já o navegador, também deixa a
desejar, pois ele chega a fazer a pesquisa, mas quando clicamos no link desejado, ele não executa a função. Buscando pela otimização dos recursos tecnológicos dentro das escolas, é de suma importância que a Computação em Nuvem permita a interação dos participantes. Portanto, essas aplicações devem apresentar meios de mensagem instantânea, aplicativos que permitam a criação de arquivos e documentos. Editores de texto, planilhas, slides, compartilhamento de arquivos. Estes são itens indispensáveis em um sistema de Web Desktop colaborativo no processo de ensino e aprendizagem do aluno. A Computação em Nuvem pode auxiliar os professores não apenas no planejamento, mas também na organização, elaboração, aplicação e avaliação de diversas atividades com os alunos. Os aplicativos de edição de textos, de planilhas e de apresentações em Nuvem permite ao professor planejar as suas aulas em qualquer local, desde que possua uma conexão à Internet e um equipamento básico, computador, smartphone ou tablet que
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lhe permita conectar. Estes mesmos aplicativos permitem aos alunos compartilhar arquivos com maior facilidade e agilidade. Isso significa que alguns trabalhos em grupo podem ser feitos sem que os estudantes saiam de suas casas - já que todos podem ver simultaneamente quando um documento está sendo alterado na Nuvem (BENNERTZ, 2012).
Também se faz necessário a presença de agenda ou calendário, permitindo assim o agendamento de atividades e provas. Outro recurso importante é o suporte a dispositivos móveis, para que o aluno ou o professor, possam ter acesso aos seus arquivos de qualquer lugar. Digamos que você tenha que entregar um trabalho da escola e você esqueceu-se de imprimi-lo. Como resolver uma situação como esta? Simples, através do computador da escola com acesso à Internet, você pode acessar seus arquivos pessoais e imprimir o trabalho. Isto porque com a Computação em Nuvem os seus dados não estão confinados em um disco rígido de seu computador, eles estão disponíveis na web. (MARTINEZ, 2013).
De acordo com Laborde (2011), uma forma de contribuição da Computação em Nuvem é a agilidade que os professores ganham ao lançar e compartilhar arquivos e notas dos seus alunos diretamente na rede. Deste modo foi realizado agora uma avaliação individual com os Desktops Web que passaram nas verificações acima, quanto aos seus recursos oferecidos, compatibilidade de browser, entre outros. Com os desktops que passaram nas verificações acima, com base nos recursos oferecidos, compatibilidade de browser, entre outros, foi realizado avaliações individual, apresentada a seguir.
7.1 CloudTop
O CloudTop, antigo iCloud, mudou seu nome anteriormente após vender seu domínio para a Apple. É um sistema Web Desktop sendo um dos pioneiros sistemas operativos online, criado pela empresa sueca Xcerion no ano de 2001. Usa uma distribuição Ubuntu do Linux, e suporta os tipos mais comuns de arquivos, como MP3, JPG e Word, onde o Word Converter, converte estes arquivos em RichText. Está em uma versão beta, disponível ao público, em que é necessário o usuário criar uma conta e na hora já se pode testá-lo, como podemos ver na Figura 11.
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Figura 11 - Tela de Cadastro do Desktop clodTop Fonte: www.cloudtop.com.br
Neste Web Desktop não é permitido a instalação de softwares de terceiros, mas possui programas já inclusos, com: aplicativos básicos de armazenamento virtual, trinta aplicativos, vinte widgets, cópia de segurança dos ficheiros e um navegador, jogos, calendário e entre outros. CloudTop não precisa de instalação, pode ser rodado através do browser. O sistema possui vinte e sete línguas, incluindo português – BR, e possui 3GB de armazenamento. Com o Web Desktop é possível gerenciar grupos, criar perfil pessoal, e compartilhar arquivos entre os diversos usuários do CloudTop, como podemos ver na Figura 12. Ele dispõe ainda de algumas redes sociais mais antigas, como: MSN, ICQ, AIM e GTalk, mas estão não funcionam.
Figura 12 - Tela inicial do Desktop cloudTop Fonte: www.cloudtop.com
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Outro aspecto negativo é o browser que também não funciona, ele possui na sua instalação os aplicativos do Twitter, Wikipédia e Google, além do browser, mas nenhum deles funciona de forma adequada, quando chega a abrir algum arquivo, o navegador não executa o comando encaminhado. Na Figura 13 abaixo, podemos ter
Figura 13 - Tela de Aplicativos do Desktop CloudTop Fonte: www.cloudtop.com Este serviço está disponível também para qualquer outro dispositivo que tenha browser, ele não tem um aplicativo específico, mas pode ser acessado pelo navegador de um smartphone como ilustra a Figura 14 abaixo:
Figura 14 - CloudTop pelo navegador de um smartphone Fonte: www.cloudtop.com
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Por ser acessado pelo navegador, quando utilizamos cloudTop em um smartphone, como visto na figura acima, percebe-se que ficam inacessíveis alguns comandos, como o editor de texto não fica proporcional ao tamanho da tela. O serviço de clouTop, mostra-se inacessível, em alguns comandos, para que fosse inserido nas escolas, ele precisaria de alguns ajustes, para então tornar-se uma ferramenta colaborativa.
7.2 Zeropc
A Zeropc foi fundada por Young Song, que também fundou a NComputing, uma empresa que oferece máquinas de baixo custo. O software foi lançado no ano de 2011, e em 2012 foi selecionado para ser finalista do South by Southwest7 (SXSW) na categoria Tecnologia Web inovadora. O Zeropc chama a atenção pelas suas peculiaridades, pois de todos os Desktops virtuais até agora analisados, ele é o único que não é necessário criar uma conta, caso o usuário queira acessá-lo, ele poderá entrar em sua conta do Gmail, do Twitter ou ainda do Facebook, como nos apresenta a Figura 15 abaixo:
Figura 15 - Tela cadastral do Desktop Zeropc Fonte: www.zeropc.com
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South by Southwest é um conjunto de festivais de cinema, música e tecnologia que acontece toda primavera em Austin, Texas.
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Este Web Desktop traz uma maneira unificada e de acesso simplificado, onde ele é totalmente online, possui capacidade de armazenamento de 1GB interno e conta com a capacidade dos serviços mais populares que ele reúne, Dropbox, Facebook, Google Driver, SkyDrive, entre outros, oferecendo um total de quatorze dispositivos. Esta aplicação além da aparência real de um Web Desktop, ela possui serviços de gerenciamento de arquivos, permite ainda que se possa manipular documentos na máquina local, através dos programas já disponíveis, e com suporte para novos. Este serviço está disponível não apenas para Web, mas também para iOS e Android. A Figura 16 abaixo oferece uma maior visibilidade do Desktop Zeropc.
Figura 16 - Tela inicial do Desktop Zeropc Fonte: www.zeropc.com
Como podemos ver o Zeropc pode ser acessado de qualquer dispositivo, através do navegador, como representa a Figura 17 ou pelo aplicativo que pode ser baixado e instalado no dispositivo, como apresenta a Figura 17 mencionadas.
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Figura 17 - Zeropc pelo navegador de um smartphone Fonte: www.zeropc.com
Figura 18 - Zeropc através de um App instalado em um smartphone Fone: www.zeropc.com
O ponto negativo do Desktop Zeropc, é não ter idioma em português, e o browser ainda apresenta algumas falhas, mas só quando se trata de pesquisa Web, as demais pesquisas e mapas funcionam de forma satisfatória.
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Apesar dos seus pontos negativos, ele é um dos serviços que mais reúne ferramentas de compartilhamento junto com as demais aplicações relacionadas anteriormente.
7.3 Google Apps
O Google lançou sua versão Desktop no ano de 2004, mas teve seu Web Desktop descontinuado no ano de 2011. No entanto, a empresa lançou o Google Driver em 2012, onde integra um sistema semelhante ao Web. Sendo assim, Google Apps também tem sido uma aplicação Desktop virtual, pois ele reúne ferramentas de compartilhamento, tem acesso a rede social, e-mail, agenda, contatos, aplicações de edição de textos e visualização, capacidade de armazenamento, dentre outros. Ele é um pacote de aplicação Web conceituado em Nuvem, que abrange compartilhamento, colaboração e mobilidade. Esta ferramenta requer um simples cadastro (para usuários que não possuem e-mail do Gmail), para assim conseguirmos usufruir de diversos tipos de ferramentas, como podemos perceber na Figura 19 mencionada.
Figura 19 - Tela de cadastro do Google App Fonte:www.google.com
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Alguns dos seus recursos disponíveis em Nuvem são:
Gmail: é o e-mail do Google. Este possui características e funcionalidades que o tornam um tanto diferenciados dos demais serviços de e-mail gratuitos disponíveis na Internet.
Google Grupos: permite criar e gerenciar listas de discussão por e-mail.
Google Doc.: permite edição colaborativa de documentos Office.
Google Form: é uma ferramenta do Google Doc., que permite a elaboração de formulários automatizados integrados ao documento Office.
Google Agenda: permite marcar compromissos e os mesmos serem enviados para o Gmail, além da elaboração e acesso de calendários especiais.
iGoogle: é a página personalizada do Google. Nela, o usuário seleciona ao seu critério alguns dos conteúdos disponibilizados na página inicial da Web, tais como: notícias, fotos, previsão do tempo, Google Notícias, Data e Hora, entre outras.
Google Drive: é uma ferramenta de armazenamento de arquivos. Com acesso online e offline, os alunos podem usá-lo como um meio de entregar e apresentar trabalhos, receber avaliações dos professores e também para se comunicarem.
Google Earth: as possibilidades nessa aplicação são inúmeras. Com o Google Earth você pode estudar os oceanos e outros locais em 3D, por exemplo.
Google Hangouts: é uma ferramenta simples que não exige conhecimentos técnicos para utilizá-la. Permite chats, vídeo conferências e a gravação dessas transmissões.
Google Notícias: possibilita que você encontre diferentes fontes de notícias de vários lugares diferentes do planeta em uma única página.
Além dos serviços oferecidos sua página inicial é caracterizada pelo Google, a mesma traz para sua homepage8 os assuntos em destaques, através dela o usuário pode personalizar a seu critério os conteúdos a serem disponibilizados na página da Web, conforme Figura 20. 8
Página principal, página inicial, página de entrada é a página inicial de um site da Internet.
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Figura 20 - Tela de Aplicativos disponibilizados pelo Google Apps Fonete:www.google.com
Estas ferramentas dispões de editor de texto, planilhas e slide, que podem ser compartilhadas e usadas por outros usuários em tempo real. Conta ainda com capacidade de armazenamento, e uma rede social própria e mensagens instantâneas, conforme Figura 21.
Figura 21 - Rede Social disponibilizada pelo Google Apps Fonte:www.google.com
O Google App é acessível a qualquer dispositivo móvel, em muitos smartphones já vem instalado, como apresenta a Figura 22, mas caso não venha, é
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possível instalar sua versão App ou utilizar os recursos pelo browser do dispositivo, como é possível ver na Figura 23.
Figura 22 - Google Apps através de um aplicativo instalado no smartphone Fonte: www.google.com
Figura 23 - Google Apps pelo navegador de um smartphone Fonte: www.google.com
O Google App nos traz um leque de oportunidades a serem estudadas e trabalhadas, podendo estas serem incluídas no meio educacional de forma favorável na aprendizagem colaborativa, e também para otimizar os trabalhos do educador.
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7.4 Análise dos resultados
Através dos resultados da análise realizada, com os serviços oferecidos pelo clouTop, Zeropc e o Goolge App, foi elaborada uma tabela comparativa, na qual, demonstra os recursos necessários para que a Computação em Nuvem, através dos Desktops Web sejam ferramentas colaborativas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e facilitem o acesso ao meio escolar.
Quadro 3 - Análise finais dos serviços oferecidos pelos Web Desktops Fonte: Autoria própria,2014
Como nos comprova a tabela acima, apesar do Desktop CloudTop ter dezessete dos vinte itens, seis deles não funcionam ou funcionam parcialmente, sendo assim esta aplicação ainda não pode ser utilizada como uma ferramenta colaborativa no processo educativo por não contemplar com os serviços básicos solicitados.
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Já o serviço de Desktop Web Zeropc, apesar de ser lançado em escolas dos EUA e no exterior, como relata Tom Simonite9 em seu em MIT Technology Review. E já ser utilizado nas escolas fora do país como uma ferramenta colaborativa e de acessibilidade. Ele apresenta satisfação em quinze serviços, sendo que dos vinte, apenas um funciona parcialmente. Mas como não abrange idioma em português, não é indicado para uma escola brasileira, mostrando-se por este fato insuficiente para as necessidades do educador. Enquanto isso o Google App é o serviço que mais contempla aos serviços requisitados, oferece a opção de idioma português - BR, nos traz um ambiente repleto de ferramentas de produtividade colaborativa, que são baseadas na Computação em Nuvem. Google Apps é uma plataforma de desenvolvimento (PaaS) com serviços (SaaA), e por ser uma estrutura em Nuvem apresenta algumas vantagens que são reunidas a uma infraestrutura de TI, como é mencionada por Mansur et al. (2010) como: Escalabilidade – Que é a capacidade de se alocar recursos tecnológicos a medida em que se necessita deles tendo-se-se, com isto, uma economia pela não presença de recursos alocados e não utilizados na infraestrutura do projeto. Ferramentas como o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) Moodle, Teleduc, entre outros não possui esta naturalmente esta característica uma vez que, em geral, alocam recursos de Servidores físicos locais. Usabilidade – Existem diversas soluções em Nuvem oferecidas por outras empresas de TI, como o Amazon Web Service (AWS), mas neste caso, a solução é uma “plataforma em Nuvem” (PaaS) para o desenvolvimento de soluções finais enquanto os APPS do Google são soluções prontas para uso (SaaS). Outro exemplo é o TioLive da empresa francesa Nexid que apresenta ferramentas prontas, inclusive educacionais, mas exige um complexo processo de “ambientação” através da leitura de diversos tutoriais. Popularidade – Conhecimento por parte dos usuários domésticos de Internet. O uso de ferramentas que estão mais presentes no consciente 9
A Desktop for Web Computing: A new Website offers another take on moving personal computing online.http://www.technologyreview.com/news/423558/a-desktop-for-Web-computing
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coletivo dos usuários pode, a princípio, facilitar sua aceitação de uso à ferramenta.
Convergência – Existem diversas serviços em Nuvem (SaaS) voltadas para usos específicos como repositório de fotos (Flickr), vídeos (Youtube), controle financeiro pessoal (Quicken) mas o Google Apps apresenta-se, ao contrário dos demais, como uma suite que através de um único login, possibilita o acesso a diversos serviços (SaaS), como email (Gmail), produção colaborativa de documentos (Google Docs), etc.
Portabilidade – Uma das características de estruturas em Nuvem e que representa uma tendência de novas infraestruturas e ambientes de programação como o java e o Python e que representa a capacidade de ser executada em qualquer sistema operacional. As ferramentas analisadas, foram estudadas a fim de serem utilizadas em um ambiente escolar no auxílio da aprendizagem colaborativa. No qual foram realizados testes de ambos os, apresentando características técnicas de ambos serviços. Com isto chegamos à conclusão de que o serviço do Google Apps apresenta um desempenho maior comparado aos outros ambientes estudados. Além de todos esses benefícios, o serviço do Google Apps consegue contemplar as seis razões pelas quais as instituições de ensino deveriam adotar a Computação em Nuvem, que aparenta Strickland (2009) apresentadas no capítulo 5 – Computação nas Nuvem e a Educação. Dentre as vantagens que a inserção da Computação em Nuvem pode nos trazer em sala de aula, destaca IBM (2013) isso otimiza o tempo em sala de aula, já que os professores podem disponibilizar o material didático pela Internet e aproveitar o contato com os alunos para outras atividades, como o esclarecimento de dúvidas e o aprofundamento dos assuntos. Sendo assim a busca e a avaliação destes serviços conceituados em Nuvem, foi extremamente satisfatória, diante das possibilidades de se estudar como podemos obter a aplicação da Computação em Nuvem através dos serviços Desktop Web para fins educativos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos estão cada vez mais exigentes, e precisam de mais motivação para os estudos, devido aos grandes recursos tecnológicos que dispõe hoje em dia. E os professores por sua vez recorrem ao uso das TICs como estratégias para modernizar os seus métodos de ensino e os mecanismos de gestão. […] a minha questão não é acabar com a escola, é mudá-la completamente, é radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-la. (FREIRE, 1996).
Como nos apresenta a citação acima, no ano de 1996 já se tinha o pensamento de que as escolas deveriam estar à altura do seu tempo, e hoje em pleno século XX, ainda nos deparamos com professores dando aulas tradicionais, ignorando completamente os benefícios que a inserção das tecnologias pode nos trazer no contexto educacional. Ao longo deste trabalho, foram estudados os conceitos de Computação em Nuvem, seus aspectos mais importantes bem como sua inserção no contexto escolar, com suas oportunidades e obstáculos, através dos serviços oferecidos ao usuário pelo SaaS em aplicações de Desktops Web. Percebemos que o uso da Computação em Nuvem está em alta no mercado, e a cada dia que passa, esta tendência vem ganhando mais visibilidade entre os usuários comuns, por dispor de inúmeras ferramentas e serviços para aplicações de serviços do tipo SaaS. Entretanto ainda se faz necessário evoluir o uso da Computação em Nuvem com seu foco voltado para a educação, através das organizações que incluem as instituições. Para assim otimizar os serviços oferecidos em sala de aula. Porém, no meio educacional, o seu uso mostra-se bastante promissor. Mas seu estilo na área da educação, ainda é muito recente, onde suas limitações e segurança ainda são questões a serem bastante exploradas. Com esta pesquisa foi possível verificar que o uso da Computação em Nuvem possibilita o auto aprendizado, facilita a interatividade e estimula a troca de informações e saberes. Por isso se faz necessário a mediação do conhecimento do educador para com o educando.
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A Computação em Nuvem mostra-se um grande aliado às estratégias pedagógicas, apesar dos seus inúmeros desafios a serem vivenciados, entre vantagens e desvantagens, o saldo se torna positivo, tanto para o professor como para o aluno. As aplicações em Web Desktop mostram-se satisfatórias para a otimização dos recursos já existentes, trazendo ainda facilidade de acesso ao conteúdo armazenado e disponibilizado em rede, com uma variedade de ferramentas usando qualquer dispositivo ao qual tenha acesso à Internet. Este trabalho cumpriu seu objetivo, pois proporcionou explorar os serviços de aplicações em Web Desktop, bem como seus benefícios no campo educacional, sua disponibilidade e seu leque de oportunidades. Sendo assim é possível concluir que a Computação em Nuvem sendo utilizada através dos serviços de Web Desktop, podem contribuir de forma colaborativa no processo de ensino e aprendizagem do aluno. A tecnologia da Computação em Nuvem pode abrir possibilidades interessantes para a área educacional. Modalidade: documentos e ferramentas digitais podem ser acessados em qualquer computador, permitindo dinâmicas dentro ou fora da sala de aula sem depender de apenas uma máquina. Trabalho em rede: gestores, alunos e professores podem usar programas disponíveis na web, facilitando a construção coletiva do conhecimento. Custos: uma vez que as atividades são realizadas e armazenadas na Nuvem, diminui a necessidade de máquinas com grande capacidade de armazenamento e cai o custo com Softwares proprietários. Velocidade: como as informações são processadas em uma rede, e não por um computador local, os softwares e hardwares dos computadores não são exigidos (RUBIN, 2011, p. 89).
Através da avaliação dos serviços é possível concluir também, que o Google Apps, é um serviço SaaS gratuito e que oferece inúmeras ferramentas, sendo então o mais indicado para se trabalhar com o conceito de Computação em Nuvem no contexto escolar de forma colaborativa no processo de ensino e aprendizagem.
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