TCC Helen Zanetti Gomes Possani

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÂO DE USO MISTO

HELEN ZANETTI GOMES POSSANI

RIBEIRÃO PRETO 2016


CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

HELEN ZANETTI GOMES POSSANI

PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO

Trabalho final de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Moura Lacerda.

Orientador: Prof. Me. Onésimo Carvalho de Lima

Ribeirão Preto 2016 i


CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO HELEN ZANETTI GOMES POSSANI

Trabalho final de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Moura Lacerda. APROVADO POR: _________________________________________________________ Prof. Me. Onésimo Carvalho de Lima _________________________________________________________

_________________________________________________________ Ribeirão Preto, 21 de novembro de 2016. ii


“Doce é a Luz e ver o sol deleita os olhos. Se tu viveres por muitos anos, que os desfrute todos, sempre lembrando que os dias sombrios são numerosos e tudo o que acontece é vaidade. Estejas feliz na tua juventude e afasta a tristeza do teu coração. Anda segundo os desejos do teu coração, conforme o que teus olhos vêem, mas fica sabendo que por tudo o que fizeres aqui, Deus te pedirá conta.” Salomão 935 a. C

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Este trabalho é dedicado ao meu filho Miguel e meu marido Givanildo, sem os quais a conclusão desse curso não seria possível. Dedico também à memória de meu pai Pedro e minha mãe Ângela. Espero que nos vejamos de novo algum dia.

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RESUMO Uma construção de uso misto pode ser definida como o empreendimento onde um edifício ou um complexo de edifícios apresenta mistura de usos e atividades, e costuma ter, por exemplo, núcleos residenciais combinados de forma inteligente com espaços comerciais, de escritórios, entretenimento, escolas, e até mesmo serviços sociais ou de saúde. Este modelo representa um método eficiente e compacto de utilização do solo, e que atenua bastante os deslocamentos na cidade, favorecendo a redução dos congestionamentos e diminuindo o consumo de energia com transporte. Além disso, empreendimentos desse tipo podem, em maior escala, ser utilizados para a criação de novos espaços de uso comum. Uma das vantagens do uso misto verticalizado é, por exemplo, a possibilidade de se obter melhor aproveitamento do uso do solo, onde for desejável, quando um edifício de uso monofuncional poderia não ser viabilizado comercialmente. Outras vantagens incluem, além da redução da dependência do automóvel e do uso de transporte público, a criação de espaços com identidade própria e senso de comunidade, com aumento da vitalidade econômica da região e incentivo a caminhadas e uso de bicicletas, além da possibilidade da implantação de diferentes produtos imobiliários, mitigando riscos de investimento. A implantação de empreendimentos de uso misto, principalmente em áreas mais centrais das cidades, ajuda não só a otimizar o uso do solo, mas também traz escala suficiente para que se possa construir com eficiência energética e adotar sistemas sustentáveis. Esse tipo de edificação urbana pode, além de tudo, manter um espaço vital da cidade ocupado 24 horas, otimizando os níveis de utilização de espaços e equipamentos ou mesmo aliviando as curvas de demanda. Palavras-chave: uso misto; edificação; urbana; sustentável.

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ABSTRACT A mixed-use construction can be defined as the enterprise where a building or a complex of buildings presents a mixture of uses and activities, and usually has, for example, smartly combined residential complexes with commercial, office, entertainment, schools, and even social or health services. This model represents an efficient and compact method of land use, which greatly attenuates the displacements in the city, favoring the reduction of congestion and reducing energy consumption with transportation. In addition, ventures of this type may, on a larger scale, be used for the creation of new spaces of common use. One of the advantages of mixed vertical use is, for example, the possibility of better utilization of land use, where desirable, when a monofunctional building could not be commercially viable. Other advantages include the reduction of automobile dependence and the use of public transportation, the creation of spaces with a proper identity and a sense of community, with an increase in the economic vitality of the region and the encouragement of walking and bicycle use, as well as the possibility of implementation of different real estate products, mitigating investment risks. The implementation of mixed-use projects, especially in more central areas of the cities, not only helps to optimize land use, but also brings enough scale to be able to build with energy efficiency and adopt sustainable systems. This type of urban building can, moreover, maintain a vital space of the city occupied 24 hours, optimizing the levels of use of spaces and equipment or even relieving the demand curves. Keywords: mixed use; edification; urban; sustainable development.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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___________________________________________________________________________________________ 1 - EDIFICAÇÃO DE USO MISTO

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1.1 Definição/Conceito

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1.2 Relação público e privado

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___________________________________________________________________________________________ 2 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS

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__________________________________________________________________________________________ 3 - CONDICIONANTES DO PROJETO 3.1 – Localização

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4 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO

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________________________________________________________________________________________ 5 - TECNOLOGIA 5.1 Materiais utilizados

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______________________________________________________________________________________ 6 - MEMORIAL JUSTIFICATIVO

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_______________________________________________________________________________________ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO Este trabalho consiste na elaboração de um anteprojeto de arquitetura de um edifício de uso misto, ou seja, que envolve o uso residencial, comercial e de serviços, em Ribeirão Preto, São Paulo, com ênfase na distribuição do espaço. A escolha do tema se justifica pela atual demanda crescente da cidade por espaços com maior diversidade funcional e que atendam a vários tipos de usos e atividades. De acordo com PEREIRA (2015), como resposta ao crescimento da cidade, a tendência arquitetônica dos edifícios mistos procura resolver as questões de moradia, trabalho e lazer na mesma edificação ou no entorno, aumentando o aproveitamento do espaço e reduzindo a necessidade de deslocamento. Esta proposta arquitetônica contrapõe-se à ideia de zoneamento funcional modernista, empregada nos empreendimentos residenciais, além de promover a ruptura cultural de aceitação dos condomínios clubes como a melhor opção de moradia e lazer, como também os shoppings centers e edifícios de escritórios como a única opção de comércio e serviços. O edifício misto resulta na diversificação do espaço. Sendo assim, PEREIRA(2015) diz que “Os edifícios de uso misto proporcionam vitalidade às ruas e reduzem a necessidade de uso do automóvel pelos moradores para suprir as necessidades do cotidiano”. Quanto mais diversificados forem os espaços, mais a população se relacionará com eles tornando-os consolidados e atrativos. Na questão urbana, a edificação de uso misto também traz repercussões positivas como 1


melhoria das condições de qualidade de vida e trabalho, infraestrutura urbana e segurança, além do aumento da relação dos usuários com os espaços públicos gerados por estes complexos arquitetônicos. (REDIMOB, 2013) PEREIRA (2015), ressalta que o conceito de uso misto não é novo. Antigamente as cidades se organizavam dentro de muralhas. Habitação, comércio e trabalho ficavam localizados próximos o que diminuía ou até eliminava a necessidade de grande locomoção. Com a revolução industrial, o aumento da mobilidade e a dispersão da cidade separaram o comércio das residências, acabando por criar edifícios destinados a usos específicos e em alguns casos resultando na geração de zonas urbanas exclusivas. No inicio do século XX Le Corbusier, junto a outros integrantes do movimento moderno, desenvolveu o ‘novo modo de morar’, espaço destinado à moradia mínima e espaços próximos que atenderiam as necessidades dos moradores como serviços e comércio. Na Unidade de habitação de Marselha, por exemplo, os equipamentos necessários aos moradores, no dia a dia, estavam a disposição a distâncias curtas, ou seja, possíveis de ser percorridas a pé num curto intervalo de tempo. (PEREIRA, 2015) Nos primeiros anos da década de 50, se consolidava o apartamento mínimo, com poucas comodidades, mas com excelente localização, próximo ao trabalho, aos melhores locais de comercio e serviços, quando não, inseridos em um grande complexo com cinemas, lojas e restaurantes, como podia ser possível em um apartamento no 2


Copan em São Paulo, ou no Conjunto JK em Belo Horizonte. (SAMPAIO, 2002, p.40) apud VECCHIATTI, 2011, p. 4, 5) Como solução em uma época de especulação imobiliária, foram construídos apartamentos menores na tentativa de se colocar um maior número de unidades numa área reduzida; as conhecidas kitchenettes, moradias ditas “econômicas” idealmente destinadas a solteiros, a casais sem filhos, ou pessoas que querem residir próximo ao local de trabalho. (SAMPAIO, 2002, p. 12,13) O arquiteto Bjarke Ingels é conhecido por suas idéias sobre as vantagens da edificação de uso misto em relação à edifícios monofuncionais, dizendo que o uso misto é o caminho ideal de alcançar densidade, pois diferentes funções têm demandas diferentes. As lojas querem estar próximas às ruas; escritórios gostam da luz do sol, mas não da incidência direta de luz solar; e as casas gostam de vistas e da iluminação natural. Portanto, misturando as diferentes funções em qualquer proporção, você pode aumentar significativamente a densidade, e como resultado não apenas melhora o consumo de energia da cidade, mas também melhora a vida social, pois terá uma cidade que é povoada por diferentes pessoas em diferentes momentos. Desta forma, não terá bairros suburbanos mortos ou parques empresariais mortos. “Você terá uma cidade vibrante 24 horas.” (VECCHIATTI, 2011, p. 8) Este trabalho tem a intenção de promover o pensamento a respeito da integração entre a área interna do prédio, o acesso público e seu entorno. Podemos considerar que há mais de uma maneira nas relações que esses 3


edifícios tem com o espaço público, gerada a partir dos seus elementos arquitetônicos, uma vez que todos os imóveis apresentam uma relação direta entre o interior do prédio e o espaço público por meio de suas lojas. Há ainda edifícios que apresentam também galerias de circulação interna com uma diversidade de percursos em seu interior, criando espaços semi públicos que enriquecem a diversidade dos espaços e das relações desenvolvidas nas áreas urbanas em que se inserem. (PEREIRA E VALE, 2006, p. 15) Neste trabalho, objetiva-se qualificar o espaço aberto e construído, estabelecendo espaços para a articulação e socialização entre a população residente e os demais usuários e transeuntes do bairro, promovendo a diversidade de uso e pessoas na área na qual está sendo implantada a edificação, apresentando os principais aspectos de uma edificação de uso misto. Este projeto é uma proposta de ocupação de uma região de grande valorização na cidade, que procura romper o zoneamento habitual propondo-se a trabalhar para a promoção da diversidade funcional. Para reforçar atração à esta nova quadra, escolhemos localizar as residências e os escritórios nos pisos superiores e implantamos um programa de passeio comercial, cultural e habitacional para que os níveis de maior contato com o espaço público tenham atividades que o retroalimentem abrindo-se para o uso público.

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Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos utilizados na elaboração deste trabalho compreendem pesquisas constituídas por referenciais teórico e empírico. O referencial teórico foi realizado a partir da consulta sobre o tema da pesquisa e suas variáveis, tais como definição e conceito de edifício de uso misto, funcionamento de cada uso proposto para a edificação (residencial, comercial e serviços), e as inter-relações dos usos que pudessem subsidiar o processo projetual. Um outro procedimento metodológico, foi o do levantamento dos dados necessários à elaboração do projeto, que incluíram definições preliminares como a programação das necessidades e pré-dimensionamento da obra, informações sobre o terreno e entorno, e as diretrizes tecnológicas que compreendem os recursos técnicos disponíveis, a mão de obra a ser empregada, os materiais e os sistemas construtivos a serem empregados. A análise de projetos consistiu na busca da construção de um referencial arquitetônico, de modo que exige observar as particularidades, como a forma como ocorreu a setorização das representações arquitetônicas coletadas. Os estudos de referência foram indiretos, elaborados através de acervo eletrônico.

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1 - USO MISTO 1.1 Definição/Conceito Um edifício pode ser definido como de uso misto quando apresenta uma mistura de usos e atividades, como por exemplo a combinação de residências com escritórios, comércio, lazer e até mesmo serviços sociais ou de saúde, como clínicas ou unidades de pronto atendimento. (BERNARDES, 2015) DZIURA. G., 2003 destaca estas afirmações quando diz que “A arquitetura multifuncional constitui um edifício, ou conjunto de edifícios que satisfazem funções heterogêneas. Ou seja, nessa categoria enquadram-se as construções que abrigam mais de uma função, seja habitação, trabalho, lazer, circulação, esporte, cultura, educação.” Esse modelo de edificação representa um método eficiente, que diminui ou até elimina a necessidade de deslocamento, contribuindo para a redução dos congestionamentos, ajudando também a reduzir a dependência do automóvel e do transporte público, sendo este o destaque principal entre suas vantagens. (SCHORSKE, 1989) Esse tipo de diversificação de usos permite que o edifício tenha ocupação durante o dia e a noite e, como os ocupantes utilizarão o edifício para diferentes atividades em diferentes horários, o nível de utilização dos espaços será amplamente otimizado.

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“Uma discussão que parece não ter fim entre os urbanistas e planejadores urbanos, é o questionamento do que seria o tamanho, a forma e o padrão de crescimento que as cidades devem ter neste século. Serão as cidades verticalizadas e multifuncionais como New York, Tóquio e São Paulo, por exemplo, a solução para o futuro, ou as cidades “verdes”. menos densas e mais multifuncionais como Brasília e Curitiba? Existe a dúvida sobre o que mais atrai nas cidades, entre a diversidade de ofertas de funções e serviços ou empregabilidade e turismo.” (FERNANDES; GOMES; MARCO, 2004) Na busca atual por propostas de soluções para as cidades contemporâneas, os arquitetos estão cada vez mais interessados em considerar o projeto de edifícios multifuncionais como parte da intervenção urbana. A relação de convivência entre moradia, trabalho, passeio, compras, circulação e outras mais, servem de base para a vida urbana que conhecemos. “As diferentes funções da edificação mista geram a presença de pessoas em diferentes horários para usos diversos concentrados num mesmo espaço, valorizando os trajetos e fazendo uma qualificação urbana melhor e mais adequada.” (DZIURA, 2003)

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1.2 Relação público e privado “Para ser considerado um espaço público, o espaço deve ser acessível a todos os moradores e visitantes, sendo permitida a interação destes com o espaço de maneira livre, independentemente de sua condição social.” (PEREIRA, 2015, p. 29) Os locais de uso público podem ser entendidos como locais de encontros e relações, onde se desenvolvem atividades coletivas com convívio e trocas entre grupos diversos. A definição do limite entre os espaços públicos e privados acabou se perdendo ao longo da história, porém, alguns espaços devem ser prontamente considerados públicos e livres como espaços de circulação como ruas e praças, espaços de lazer e recreação como parques urbanos e praças novamente, espaços de contemplação como jardins públicos ou de preservação ou conservação, como uma reserva ecológica, que são locais onde há total direito de ir e vir. Há ainda espaços que pertencem à esfera do público, ainda que haja certa restrição ao acesso e à circulação, como instituições de ensino, hospitais, centros de cultura e outros. (PUIME, 2013) Lobato (2009), em sua dissertação, considera questões dos edifícios de uso misto, a fim de dar atenção especial a consideração do espaço público. Vargas (2001, p. 98-99, apud LOBATO, 2009, p. 7), o define da seguinte forma: “é importante saber que para ser considerado um “espaço público”, o espaço deve, a princípio, ser acessível a todos os moradores e visitantes, ao

mesmo tempo em que esses cidadãos e visitantes devem ser capazes de interagir,

livremente, na mesma base, independentemente de sua condição”.

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Vargas (2001) acrescenta que a consideração do edifício como público é determinada pelo tipo de uso. Um dos fatores determinantes é o livre acesso, mas ocorre que muitos edifícios considerados públicos não tem acesso livre para todos, e ainda estabelecem regras particulares de comportamento. No livro “Lições de Arquitetura” de Hertzberger H.(1999), o autor discorre sobre a relação entre público e privado. Público, como uma área acessível a todos a qualquer momento, sob a responsabilidade de todos; e privado como acessível por um determinado grupo ou por uma pessoa que é a responsável pela manutenção do local. Ainda de acordo com Hertzberger H.(1999, p.25) “...é necessário estimular o usuário a se envolver com o lugar, exercendo influência pessoal em seu ambiente. Dessa forma, o arquiteto poderá contribuir para a melhoria do local. Ainda que seja destinado ao trabalho, o empregado se sentirá diretamente responsável pelo local e deverá exercer seu trabalho com mais dedicação, o que fará a diferença e trará resultados positivos para a empresa.” O autor também mostra como reconciliar o encontro da rua com o ambiente privado, propondo uma cobertura que deverá se estender e proteger da chuva, dando a sensação de um acolhimento caseiro , como um jardim em que é possível sair da rua e entrar no local sem uma divisão significativa, criando um espaço que tem a intenção de dar boas vindas e despedir. Hertzberger (1999) p. 34 e 35 HERTZBERGER (1999), sugere a adoção de pilotis no intuito de romper com o “padrão rua” para diminuir a diferença entre interior e exterior, e criar um espaço aberto excessivamente amplo, o que permite a inserção do indivíduo mantendo a sensação de liberdade.

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“Em vez de uma massa sólida com fachadas majestosas cercando o lugar por todos os lados, Le Corbusier projetou seu edifício (Unidade de habitação de Marselha) de forma livre, uma construção elevada, sustentado por colunas, de maneira que não é preciso andar em volta da quadra, mas apenas atravessar a distância diagonalmente por entre as colunas” (HERTZBERGER (1999) apud LOBATO (2009), p. 69) Na opinião do autor “Uma área de rua com o qual os moradores estão envolvidos, onde marcas individuais são criadas por eles próprios, é apropriada conjuntamente e transformada num espaço comunitário” Hertzberger (1999) p. 43 Os espaços públicos, no final do sec. XIX, se localizavam predominantemente ao ar livre, e sua mudança se deu após a revolução industrial, que abriu novos mercados, como por exemplo lojas de departamento, exposições e mercados cobertos. Um bom exemplo são as galerias, que são locais onde as passagens são cobertas com leves estruturas de metal, dando aos usuários a sensação de estar ao mesmo tempo dentro e fora, sem o senso de confinamento. Assim os visitantes podem apreciar as lojas, restaurantes e demais recintos, e os moradores também podem aproveitar sem ter que se deslocar. (Hertzberger (1999) p. 68) “As galerias de lojas existem em todo o mundo, em formas e dimensões diversas que dependem das condições locais – mas muitas vezes já perderam seu encanto original como conjunto de lojas caras...” Hertzberger H.(1999) p.75 Existe uma preocupação especial com a área da rua, ou seja, com o exterior dos edifícios, tornando-se foco de objetivo de melhoria na tentativa de se evitar muros e separações, especialmente na tentativa de melhorar as moradias, garantindo algumas qualidades como boa iluminação e espaços exteriores úteis e satisfatórios. Hertzberger H.(1999) p. 78

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“Devemos considerar a qualidade do espaço das ruas e dos edifícios relacionando-os uns aos outros, o que requer uma organização espacial na qual a forma construída e o espaço exterior (que chamamos de rua) não apenas sejam complementares no sentido espacial, mas na forma construída e o espaço exterior ofereça o máximo de acesso para que um possa penetrar no outro de tal modo que atenue a divisão entre domínio privado e público”. Hertzberger H. (1999) p. 79 Hertzberger diz que, embora a expressão da relatividade dos conceitos de interior e exterior seja uma questão de organização espacial, o fato de uma área estar propensa à uma atmosfera mais parecida com a da rua ou com a de um interior depende especialmente da qualidade do espaço. Além disso, se a área em questão será reconhecida como interior ou exterior ou ainda como alguma forma intermediária, depende em grande parte das dimensões, da forma e da escolha dos materiais. O autor mostra que uma edificação pode, utilizando a forma arquitetônica, aproximar os usuários através de um edifício que deixa abertas as esquinas onde suas entradas se localizam, o que convida as pessoas a entrarem e desfrutarem do ambiente e de seus recursos. Também podemos observar essa integração com os materiais, onde o mesmo material usado no edifício tem sua continuidade na rua, bem como o mesmo tipo de piso une o público e o privado.

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2 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL ZIMBO TOWER O Empreendimento O Edifício Zimbo Tower é caracterizado por ser uma construção para uso misto com parte destinada ao uso comercial e outra parte residencial. Localizado na esquina da Avenida de Portugal com a Rua dos Enganos, no Município das Ingombotas, bairro do Maculusso, Luanda-Angola. Composta de 25 pisos, nomeadamente: Quatro (04) pisos de estacionamentos; Rés do chão – acessos, loja e instituição bancária; Seis (06) pisos comerciais; Doze (12) pisos residenciais tipos Duas (02) Coberturas

Fonte: http://estructuralnet.com

Fonte: http://estructuralnet.com

Habitação Trabalho Recreação e consumo Fonte: Google mapas

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Relação com lugar Edifício de grande porte em relação as demais construções, localizado em uma avenida de grande movimentação. Tecnologia Na fachada do edifício foram utilizados 3200 metros quadrados de vidro. A empregada neste tipo de vidro desempenha um papel importante no controle do consumo de energia entre o exterior e o interior do edifício, determinando a quantidade de luz e de energia solar que chega ao interior do mesmo. Isso faz com que haja a menor necessidade de refrigeração na solução de climatização a ser adotada, garantindo uma economia de energia significativa. A escolha do vidro a ser utilizado também será baseada em sua resistência mecânica, visando amenizar o risco de ferimentos ou danos materiais em caso de acidentes.

http://flickrhivemind.net

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Planta estacionamento - Sub-solo

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Estacionamento – Total são 4 pavimentos de estacionamento Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação vertical veículos (rampa) Circulação horizontal veículos

Circulação horizontal / privada Circulação horizontal / pública 14


Planta baixa - Térreo Térreo, com pilotis para deixar livre para a entrada da loja e banco, hall de entrada para os demais andares onde estão localizados comércios, serviços e habitação.

Banco, escritório e comércio

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Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Comércio Instituição Bancária Hall escritórios Hall apartamentos

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Circulação horizontal / privada Circulação horizontal / pública

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Planta baixa - 1º ao 6º pavimento Escritório, diversos tamanhos de escritórios, algumas salas possuem sanitários individuais (áreas molhadas), também encontramos sanitários coletivos.

Escritórios Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Sanitário privado Sanitário público Circulação horizontal / pública

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Planta baixa - 7º ao 18º pavimento Apartamentos de diversos tamanhos 1, 2 ou 3 dormitórios, sala, cozinha, área de serviço e 1, 2 ou 3 sanitários.

Apartamentos

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Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Área molhada (cozinha área de serviço e sanitário) Circulação horizontal / privada

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Planta baixa – Cobertura Apartamento duplex, são duas coberturas com escadas e piscina particular.

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Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação vertical (escada particular) Área molhada (cozinha área de serviço e sanitário) Circulação horizontal / Privada 18


Planta baixa - Cobertura

Apartamento duplex

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Circulação vertical (escada particular) Área molhada (sanitário e copa) Piscina 19


Estrutura Estrutura convencional de concreto armado, composta por pilares, vigas e lajes. Os pilares tem o comprimento significativamente maior que sua largura.

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Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Sanitário coletivo 20


HABITAÇÃO E COMÉRCIO NA VILA MADALENA Edifícios SIAA . São Paulo, SP O intuito desse projeto é a construção de um edifício residencial com uso comercial no pavimento térreo, de modo a baratear as despesas de condomínio para os moradores a partir da locação do espaço das lojas. O perfil multiuso do edifício de 4,5 mil m2 permitiu criar uma área livre no térreo, como uma extensão da calçada. Arquitetura: Anita Freire, Cesar Shundi Iwamizu, Julio Cecchini e Lívia Ribas Coordenador de Projeto: Luciano Gouveia Localização: Rua Fidalga, 484, São Paulo, SP

Fonte: Google mapas

Fonte: http://au.pini.com.br

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O Empreendimento A partir das premissas da incorporadora, este empreendimento imobiliário localizado na Rua Fidalga prevê a construção de um edifício habitacional com uso comercial no pavimento térreo. Oferece grande flexibilidade de ocupação aos moradores. Com o aluguel da área das lojas, reduz o condomínio. O comércio permite criar um edifício que dá continuidade ao uso existente na rua, com uma área livre no pavimento térreo, permite ampliar o espaço da calçada até o final do lote, como uma pequena galeria comercial. As unidades de habitação permitem a verticalização do edifício, garantindo ótimos bons visuais. Um grande pé-direito livre permite ressaltar o pavimento térreo e a área de lazer dos moradores que se localiza sobre o volume das lojas. As unidades duplex permitem paradas de elevadores a cada dois andares, gerando circulações horizontais mínimas para o acesso às unidades. Existe um vazio central através do qual pode-se ver céu e chão, e entre os apartamentos existem frestas que permitem a ventilação constante.

Fonte: http://au.pini.com.br

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Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

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Corte longitudinal

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Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Habitação Trabalho Recreação e consumo

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Fonte: https://concursosdeprojeto.org

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Continuidade ao uso existente na rua Lazer dos moradores Uso comercial no térreo Habitação Frestas entre os apartamentos

Com grande pé-direito no térreo e área de lazer dos moradores sobre o volume das lojas, o edifício possui frestas entre os apartamentos e um vazio central que facilita a ventilação de toda a construção. 24


Planta baixa – apartamentos

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Planta baixa apartamentos - dormitórios e sanitários

Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Circulação vertical / particular Fresta entre os apartamentos Pátio central (descoberto) Área molhada (cozinha e banheiro) Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Planta baixa apartamentos – sala e cozinha 25


Planta baixa – apartamentos duplex

Ventilação O corre entre os apartamentos por frestas e pelo pátio central

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Planta baixa apartamentos – sala e cozinha

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Planta baixa apartamentos – dormitório e sanitário

Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Circulação vertical / particular Fresta entre os apartamentos Pátio central (descoberto) Área molhada (cozinha e banheiro)

Planta baixa apartamentos – sala e cozinha 26


Planta baixa – Piscina/Cobertura A localização da piscina logo acima da área de comércio, confere um aspecto visual muito bonito e interessante. A disposição dos elementos na cobertura otimizou o uso do espaço. As lacunas e frestas entre os apartamentos possibilitam ventilação constante. Planta baixa

Cobertura

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Área molhada (sanitário e cozinha) Piscina

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Pavimento sobre o comércio – Área de lazer

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Estrutura Concreto armado convencional: pilares, vigas e lajes.

Planta baixa

Fonte: https://concursosdeprojeto.org

Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Área molhada (sanitário e cozinha)

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POP MADALENA, SÃO PAULO Ficha Técnica POP Madalena Endereço: Rua Madalena, 32 Bairro: Vila Madalena Arquitetura: Andrade Morettin Área do Terreno: 1.532 m² Área construída: 7.682 m² Nº de Unidades: 34 + 3 lojas Dormitórios: 1 e 2 Área Comum: Academia, piscina com raia de 25 m, sauna, sala de co-working e hidromassagem Metragem: Aptos. de 54 m² a 253 m² Vagas: 1 ou 2

Fonte: arcoweb.com.br

Fonte: ideazarvos.com.br

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O Empreendimento Edifício de uso misto com apartamentos que medem de 50 a 253 m² (na cobertura), contando ainda com áreas comuns e comerciais no térreo. O empreendimento possui uma piscina com 25 metros de raia, academia e sauna, e inclui espaço compartilhado para trabalho e reuniões. A ocupação do pavimento térreo, com espaços comerciais ou de serviços, incentiva a criação das chamadas fachadas ativas, acima do qual há um piso vazado e sobre este a academia e a piscina, junto à cota do térreo na rua Madalena. Na face voltada para a Rua Simpatia ocorre um embasamento estreito, reservado para espaços comerciais. Uma segunda base mais larga, porém menos extensa, é ocupada pelas garagens. O pavimento térreo, com pé-direito duplo, foi construído de forma a permitir a maior permeabilidade possível. Sendo embasado praticamente em pilotis, o desenho amplia a vista da vizinhança a partir da rua Madalena, configurando nesse patamar uma espécie de mirante.

Fonte: arcoweb.com.br

Fonte: arcoweb.com.br

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Relação com lugar Uma edificação notória que se distingue das demais edificações pelo seu tamanho, material utilizado e cores em destaque. A vedação é predominantemente em vidro, intercalada com chapas metálicas onduladas de tom prateado. A horizontalidade dos andares é demarcada pelo concreto aparente de suas estruturas, que se projetam nas áreas das varandas com guarda-corpos de telas alambradas. Elemento marcante nessa volumetria são os brises móveis, de chapas metálicas onduladas e perfuradas, que podem ser deslocados pelo morador para obter mais ou menos luz nas áreas sociais internas. A combinação de cores dos brises, traz identidade única à edificação.

Fonte: arcoweb.com.br

Fonte: arcoweb.com.br

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Fonte: arcoweb.com.br

Fonte: arcoweb.com.br

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Planta baixa Ventilação Na maior parte do edifício, foi usado vidro para vedação. Também se usou chapas metálicas onduladas de tom prateado e brises para minimizar a incidência direta da radiação.

Fonte: arcoweb.com.br

Circulação vertical veículos (rampa) Circulação horizontal dos veículos Área molhada Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / pública

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Planta baixa

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Circulação vertical veículos (rampa) Circulação horizontal dos veículos Área molhada Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / pública

Fonte: arcoweb.com.br

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Área molhada (sanitários, cozinha e área de serviço) Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Circulação vertical / particular Piscina

Fonte: arcoweb.com.br

Planta baixa dos apartamentos de 54 m² a 253 m². Segue localização das áreas molhadas, bem definidas e na planta dos apartamentos duplex podemos observar a circulação particular.

Fonte: arcoweb.com.br

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Planta baixa

Fonte: arcoweb.com.br

Área molhada (sanitários, cozinha e área de serviço)) Circulação vertical (escada) Circulação vertical (elevador) Circulação horizontal / privada Circulação vertical / particular Fonte: arcoweb.com.br

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Fonte: arcoweb.com.br

Fonte: arcoweb.com.br

Habitação Trabalho Recreação e consumo

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Planta baixa Estrutura Estrutural em concreto armado convencional composta por pilares, vigas e lajes.

Fonte: arcoweb.com.br

O projeto destaca-se pelo uso da topografia, que ao invés de tornar-se um obstáculo, foi utilizada de forma a ressaltar a beleza da fachada moderna e imponente do edifício. As formas e cores utilizadas conferem não somente beleza estética, mas também funcionalidades relativas a iluminação e ventilação. Os brises são um show a parte, com suas cores belas e sóbrias, junto da coloração do concreto aparente, dão um ar sóbrio mas contemporâneo. Os brises podem ser deslocados horizontalmente para controlar a entrada de luz nas dependências. O vidro utilizado na vedação é responsável também, não só pela estética de extremo bom gosto, mas pelo controle térmico interno da edificação.

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3 – CONDICIONANTES DO PROJETO 3.1 - Localização

Fonte:googlemaps

Cidade - Ribeirão Preto

Fonte:wikimapia.org

Bairro - Santa Cruz do José Jacques

Área de Estudo

A área de estudo está localizada na cidade de Ribeirão Preto, município brasileiro situado no interior do estado de São Paulo, Região Sul, Bairro Santa Cruz do José Jacques, Rua Humaitá esquina com a Rua Chile. A cidade em pleno desenvolvimento urbano, notamos que a área do bairro Santa Cruz atrai novos moradores e investidores, contribuindo para mudança de perfil. A região concentra dois dos quatro shopping center´s da cidade Ribeirão Shopping e Novo Shopping - e possui muitos empreendimentos imobiliários. A escolha desta área se deu, principalmente, por estar localizada em um ponto de interesse econômico e especulação imobiliária. Outro fator favorável é a facilidade de acesso por avenidas e vias coletoras. 39


Local escolhido O terreno para construção do edifício multifuncional em questão possui área de 1.168m², formado por 2 lotes, tem forma retangular e foi escolhido por ser um lugar de fácil acesso, com grande movimentação de pessoas e veículos. O entorno concentra diversos tipos de comércio e uma densa área residencial.

Local escolhido Fonte: Helen Zanetti

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Hierarquia funcional

Expressa Arterial Coletora Local

Hierarquia fĂ­sica

70m 20m 11 a 13m

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Uso do Solo

Residência Comércio Serviço

Ocupação do Solo / Gabarito

Área verde

01 á 02 Pavimentos

Sem uso

03 á 05 Pavimentos

Local escolhido

06 ou mais pavimentos

Institucional No levantamento de uso do solo, nota-se que as atividades de comércio estão voltadas para as avenidas (Av. Maurílio Biagi, Av. Portugal e Av. Leais Paulista). Na área de estudo predomina o uso residencial. Encontramos como institucional uma igreja e uma escola municipal e estão localizados algumas empresas que prestam serviços como uma oficina mecânica e uma sapataria.

Local escolhido Em relação ao gabarito das edificações existentes. Percebe-se o predomínio residências de um pavimento, mas observamos que ocorre um processo de verticalização. As construções que estão sendo realizadas são mais de cinco pavimentos.

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Topografia

Figura Fundo

542,5

565,9

No local indicado as faixas de declividade podem ser identificadas de 1 em 1 metro. Na figura estão destacadas por cores, a cada 5 metros sendo a área amarela mais baixa. Área possui relevo acentuado.

Área ocupada Local escolhido Na figura fundo, nota-se quanto a construção ocupa no terreno e também os recuos.

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Vegetação

Vegetação Área verde Local escolhido

A vegetação encontrada possui tipos de árvores de variados tamanhos; pequenas, médias e as mais antigas de grande porte. No mapa está identificado onde as árvores estão localizadas, embora não são suficientes. Algumas faces do quarteirão não tinha nenhuma vegetação. Na praça encontramos bastante vegetação, mas muito abandonada, sem conservação adequada. A praça está com a vegetação precária, requer cuidados em retirar folhas secas, também foi encontrado muito lixo. Necessário manutenção regularmente, uma renovação paisagística. 44


Vegetação

Árvores de grande porte Rua Humaitá Fonte: Helen Zanetti

Rua sem vegetação Rua Platina Fonte: Helen Zanetti

Árvores de médio porte Rua Platina Fonte: Helen Zanetti

Árvores de pequeno porte Rua Triunfo Fonte: Helen Zanetti

Rua arborizada Rua Triunfo Fonte: Helen Zanetti

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Situação da Zona de Estudo Muitas rampas de acesso para cadeirantes, estão com o cimentado quebradiço com mato ou lixo impedindo o acesso. Também foi observado calçadas quebradas devido ao crescimento das árvores. No dia da visita tinha um grande número de moradores de rua na praça, como também alguns aposentados descansando na praça. Fotos da Praça

Fonte: Helen Zanetti

Fonte: Helen Zanetti

Fonte: Helen Zanetti

Fotos das Calçadas

Fonte: Helen Zanetti

Fonte: Helen Zanetti

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Mobiliário urbano

Poste de iluminação Lixeira Semáforo Área verde Local escolhido

Mostramos os postes de energia e iluminação. A maioria das edificações não possui lixeiras. Foi encontrado muito lixo nas ruas, e há a grande possibilidade de serem arrastados pela chuva e entupirem bueiros e galerias. Também são mostrados semáforos na área visando mais segurança no tráfego. 47


Lixeira da praça Fonte: Helen Zanetti

Semáforo Fonte: Helen Zanetti

Lixeira Fonte: Helen Zanetti

Telefone público e sinalização Fonte: Helen Zanetti

Semáforo Fonte: Helen Zanetti

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Pontos de ônibus

Linhas de ônibus que passam no local de estudo Centro

Centro

Bairro

Fonte: Google Earth

Dentro da área definida encontramos dois pontos de ônibus de linhas que cruzam nossa área, na avenida Portugal e rua Humaitá, outros ônibus passam pelas avenidas Leais Paulista e Maurilio Biagi. A linha Jd. Botânico segue do bairro para o anel viário, é a única linha que passa na área e não passa no centro.

Bairro Anel Viário H 403 – Manoel Penna H 503 – Recreio das Acácias I 204 – City Ribeirão I/O147 – Jd. Irajá - Monte Alegre - Av. Leais Paulistas I 4 – Noturno Sudeste I/O 148 – Sta Cruz – Ipiranga – Av. Leais Paulistas W 14 – Jd. Botânico - Av. Leais Paulistas

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Pontos e Linhas de ônibus

Rua Humaitá Fonte: Helen Zanetti

Rua Platina Fonte: Helen Zanetti

Rua Humaitá Fonte: Helen Zanetti

Existe uma linha de ônibus que passa pela Rua Humaitá e nos horários de movimentação da escola o ônibus tem grande dificuldade em transitar.

Av. Portugal Fonte: Helen Zanetti

Rua Humaitá Fonte: Helen Zanetti

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Movimento dia e noite

Movimento, rua Platina Fonte: Helen Zanetti

Movimento tranquilo, rua Humaitá Fonte: Helen Zanetti

Movimento maior, avenida Maurilio Biagi Fonte: Google Earth

Movimento de veículos maior nas avenidas Portugal, Leais Paulista e principalmente Maurilio Biagi. Algumas ruas recebem uma movimentação maior do que está destinado á condição física, como as ruas Platina e Chile e ruas locais com menor movimento, apenas de uso daqueles que residem no local. Movimento maior de pessoas durante o dia em especial horário de entrada e saída da escola. Durante a noite, em visitas que foram feita no local observamos movimento de veículos, principalmente nas avenidas e pouco movimento de pessoas.

Movimento tranquilo na rua Platina Fonte: Helen Zanetti

Movimento avenida Maurilio Biagi Fonte: Helen Zanetti

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Elementos Naturais e Construções Existentes Como elementos naturais encontramos árvores, não em quantidade suficiente, a maioria já de médio porte, poucas frondosas de grande porte e algumas plantadas recentemente, ainda de pequeno porte. Em algumas faces não encontramos nenhuma árvore. A vegetação em ambiente urbano além do aspecto paisagístico tem também a função de garantir uma melhora na qualidade de vida, proteção contra ventos, sombreamento, diminuição da poluição sonora, absorção do CO², grande vilão da poluição atmosférica e diminuição das ilhas de calor.

Orientação dos Ventos

Fonte:windfinder.com

Predomina ventos vindo do sudeste Fonte: http://pt.climate-data.org/location Orientação solar na cidade de Ribeirão Preto. Ao lado gráfico de temperatura (temperatura na vertical e meses do ano na horizontal)

O mês de janeiro é considerado o mês mais quente do ano com a temperatura média 23,9° e julho o mês com a temperatura mais baixa, na média de 18,4°. O clima de Ribeirão Preto é caracterizado tropical semi-úmido.

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Bons Visuais Há vários contextos que se destacam insatisfatoriamente, não só no local escolhido, mas em diversos locais na maioria das cidades brasileiras. Podemos começar falando sobre a poluição sonora, devido a princípio, ao número de veículos que circulam nas avenidas e nas vias coletoras do entorno. Há também os excessos como o uso indevido de sinal sonoro (buzina) e o volume do som de alguns veículos, e o ruído exagerado de escapamentos não originais ou de veículos em mau estado de conservação. No quesito poluição visual, destacam-se a fiação aparente das redes de energia elétrica e de telecomunicações, mal posicionadas, mal distribuídas e com manutenção deficiente. A questão dos letreiros propagandas em geral foi amenizada com lei municipal intitulada “Cidade limpa”, sobrando apenas alguns out doors mal posicionados. As calçadas tem ligeiras irregularidades, mas é possível transitar com segurança na sua maioria. Há pequenos desníveis provocados por raízes e alguns postes mal posicionados, mas no geral a situação é melhor do que na periferia. Conforme se vê nas imagens, tanto a praça localizada defronte o local, quanto a igreja que há nela não contribuem de maneira positiva para uma vista harmoniosa. A parte que se vê da igreja refere-se aos fundos, composto basicamente por um paredão, sem qualquer apelo arquitetônico, e a praça encontra-se em péssimo estado de conservação, sendo local de despejo de lixo, móveis velhos e outros objetos, e frequentada costumeiramente por bêbados e andarilhos. Há ao lado uma escola municipal muito bem cuidada, e os edifícios situados ao redor são modernos. O comércio local é simples e variado, compondo um comércio local interessante a oportuno que valoriza e aviva a vizinhança.

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4. APRESENTAÇÃO DO PROJETO Em resposta ao crescimento da cidade, a tendência arquitetônica dos edifícios mistos procura resolver as questões de moradia, trabalho e lazer na mesma edificação ou entorno, aumentando o aproveitamento do espaço e reduzindo a necessidade de deslocamento. O edifício misto resulta na diversificação do espaço. Como solução em uma época de especulação imobiliária surgiram apartamentos menores, na tentativa de se colocar um maior numero de apartamentos numa área reduzida; as conhecidas kitchenettes, moradias ditas “econômicas” idealmente destinadas a solteiros, a casais sem filhos, ou pessoas que querem residir próximo ao local de trabalho. Garante, ainda, a privacidade dos moradores mantendo o atrativo comercial e de serviços da proposta, que é a de unir características que proporcionem conforto, economia, comodidade e praticidade, inserindo-se no ambiente previamente existente trazendo impactos positivos. A proposta da edificação do uso misto busca atender a todos os usuários, quer seja para morar ou trabalhar, para harmonizar o convívio entre usuários permanentes e visitantes, trabalhadores e clientes, com o espaço em questão, colocando à disposição de todos um espaço moderno que proporciona uma diversidade de usos a fim de atender pessoas com diferentes idades e com diferentes necessidades. O conceito de edifício de uso misto visa entrelaçar o trabalho com a vida social a fim de proporcionar conforto e praticidade. O conceito de público e privado, com suas diferentes responsabilidades, tem a sua contribuição ao projeto.

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Programa de necessidades Área residencial Planta livre, opções de: - 10 apto de 34m² - 10 apto de 36m² - 10 apto de 42m² - 5 apto de 67m² - 5 apto de 54m² Área comercial – 128m² Área de trabalho – 350m² Academia – 391m² Acesso pedestre Rua Chile Rua Humaitá Acesso veículos Estacionamento Rua Humaitá Garagem para carga e descarga Rua Chile

Habitação Serviço (escritório, consultório e academia Comércio

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Gabarito baixo = 4m Diferença altura do edifício Recuo frontal 0 a 4 Desde que o térreo não seja habitação Recuo lateral 2m Gabarito básico = 10 m Recuo frontal 5m Laterais 2m Gabarito superior a 10 Recuo frontal = H = 3x (L + R) H altura L largura R recuo Mínimo 5m Lateral H/6 e fundos Gabarito superior a 10m

Recuos frente 0 e 4m 10m 25m 30m 35m Limite do terreno

Altura 25m 25 / 6 = 4 m lateral e fundo Mínimo 5 m de frente Pé direito 3m = 8 pavimentos Altura 30 m 30 / 6 = 5m lateral e fundo Mínimo 5 m de frente Pé direito 3m = 10 pavimentos Altura 35 m 35/6 = 5,83m, utilizei 6m de frente e fundo Mínimo 5 m de frente, utilizei 6m Pé direito de 3m = 11,66 = 12 pavimentos Altura entre piso térreo e piso do ultimo pavimento

Recuos lateral e fundo 2m 2m 4m 5m 6m

Gabarito 4m 10m 25m 30m 35m Limite do terreno

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Legislação Zona de Urbanização Preferencial (ZUP) Coeficiente de Aproveitamento Máximo: será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno. Densidade Populacional: Líquida máxima até 2.000 hab/ha. I - Recuo frontal igual ou superior a 4,00m (quatro metros), não se aplicando esta restrição quando as edificações forem destinadas a garagens cobertas; II - Recuos laterais: igual ou superior a altura do edifício dividido por seis, representado pela fórmula H/6, não se aplicando restrições quando as edificações sobre os recuos forem destinadas à garagens cobertas; III - Recuos de fundo: igual ou superior a altura do edifício dividido por seis, representado pela fórmula H/6, não se aplicando restrições quando as edificações sobre os recuos forem destinadas a garagens cobertas.” Não serão aplicadas restrições de recuo até o alinhamento frontal, lateral e de fundos para edificação de garagens cobertas com gabarito igual ou superior a 10,0 m (dez metros) executados no pavimento térreo.” De Área Permeável no lote com no mínimo as seguintes proporções: 5% (cinco por cento) para lotes com área de até 400 (quatrocentos) metros quadrados; 10% (dez por cento) para lotes com área acima de 400 (quatrocentos) até 1000 (mil) metros quadrados; 15% (quinze por cento) para lotes com área maior que 1000 (mil) metros quadrados. Das Quadras e dos Lotes dimensões mínimas: - área de 140 m² (cento e quarenta metros quadrados); - frente de 7 (sete) metros lineares; - para os lotes de esquina a área mínima será de 180 m² (cento e oitenta metros quadrados) e frente mínima de 9 (nove) metros. IV - altura ou gabarito de fachada - é a distância medida do ponto médio do alinhamento do prédio, ao nível da guia do passeio público, até o plano horizontal que contém o ponto mais elevado da mesma fachada. Se o lote for de esquina, será considerada a maior altura obtida dos dois alinhamentos, nas condições acima. (Alinhamento predial - é a linha divisória entre o lote e o logradouro público.)coeficiente de aproveitamento - é a relação entre a soma das áreas construídas sobre o terreno e a área total desse mesmo terreno. Gabarito: Fica estabelecido o gabarito com altura superior a 10 (dez) metros.

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5. Tecnologia Como fundação ou infraestrutura será utilizado bloco de concreto armado sobre estacas em alguns pontos, em pontos de menor carga somente estacas. Na superestrutura será utilizado laje, viga e pilar. Como elemento estrutural vertical, o pilar recebe esforços da edificação e transfere para as fundações. Numa edificação de concreto armado ou pré moldado convencional as lajes são os elementos responsáveis por suportar as cargas permanentes e acidentais, e por sua vez transferi-las as vigas . Estas se apoiam nos pilares cuja função é levar as cargas a fundação que por sua vez as transfere ao solo. A vedação vertical, responsável pelo fechamento da edificação e também pela divisão dos ambientes internos será feita com alvenaria de cerâmica.

Fonte:docplayer.com.br

Fonte:pauluzzi.com.br

Fonte:faq.altoqi.com.br

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5.1 Materiais Utilizados Para a vedação serão utilizados brises, que visam impedir a incidência direta de radiação solar no interior do edifício, de forma a evitar o calor excessivo. Baseado no estudo dos edifícios tomados por modelo, é vantajoso o uso dos brises móveis, que se deslocam na horizontal permitindo ao usuário controlar a quantidade de luz que entra nas dependências. No espaço comercial serão utilizadas portas de vidro, que proporcionam uma aparência agradável e deixam o ambiente mais bonito e elegante. Para maior segurança, serão utilizado vidros temperados, resistentes a diversos níveis de atrito e impacto. No edifício serão implantados 04 elevadores, 02 para uso habitacional, 02 para área de trabalho.

Fonte:mtgtech.com.br

Fonte:esquadriplast.com.br

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Perspectiva VolumĂŠtrica

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6. Memorial Justificativo Todos os pavimentos comerciais e de serviços possuem sanitário coletivo, sanitário acessível, área de serviço para auxiliar na limpeza, copa coletiva, escada aberta e quatro elevadores, sendo que dois deles permitem o acesso ao estacionamento. A escada de segurança está destinada desde o subsolo ao ultimo pavimento. No pavimento térreo estão implantados 06 espaços comerciais, lanchonete e espaço de convivência. A garagem permite o acesso de veículos de grande porte para carga e descarga de mercadorias. Devido a topografia, este pavimento tem um patamar de 01 metro com rampa acessível e escada, sendo o edifício divido com 03 ambientes comerciais com pé direito de 03 metros, uma lanchonete com pé direito duplo de 06 metros, e mais 03 ambientes comerciais com pé direito de 03 metros. Ainda com o gabarito de 03 a 04 metros nesse primeiro pavimento, uma das fachadas fica a um metro do limite do terreno. Este pavimento tem um recuo de 01 metro em 03 fachadas, deixando a edificação mais leve. A fachada comercial é revestida de vidro, divida em três ou quatro partes, tornando possível escolher qual será destinada para abertura, com opção de porta de uma ou duas partes. O edifício possui duas entradas para o público, uma na Rua Chile e outra na Rua Humaitá. Na entrada da Rua Humaitá é necessário passar por uma rampa ou uma escada com 01 metro de inclinação, e a entrada da Rua Chile segue a topografia da rua, onde não é necessário escada, apenas uma pequena rampa para nivelar a entrada com a calçada.

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O primeiro pavimento destina-se essencialmente à serviços (consultórios / escritórios), acima da área comercial; já acima da lanchonete não há edificação, proporcionando pé direito duplo. A partir desse pavimento, todos estão no mesmo nível. Ainda neste pavimento está localizado o Coworking, que é um espaço compartilhado com recursos de escritório, com a possibilidade de reunir pessoas para reuniões entre membros de diferentes equipes ou diferentes empresas. Neste pavimentos as salas de serviço podem se abrir para permitir amplo acesso aproveitando o espaço do recuo da edificação. No segundo pavimento há um local reservado para reuniões que pode ser alugado para eventos, que torna possível reunir entre os seus usuários os profissionais liberais e usuários independentes. Entre os pavimentos 01 e 02 estão localizados 12 espaços de serviços, que se repetem com sanitário, copa particular e sala de espera, que também pode ser usada pelos visitantes. O quarto pavimento tem duas partes destinadas à uma academia; uma parte conta com aparelhos para musculação e outra com aparelhos como bicicletas e esteiras. Há também um compartimento fechado destinado a caixa da piscina e aos equipamentos de limpeza e aquecimento, que permite a manutenção, quando necessário. Nesse espaço podemos ver a estrutura da piscina, as vigas apoiadas sobre os pilares. Só é permitida a entrada nesse ambiente para pessoas previamente autorizadas. No quinto pavimento encontramos a piscina, com uma raia de 16m de comprimento e 2,90 de largura. Neste pavimento estão localizados os chuveiros, o café e uma sala comercial. Também é neste piso que termina a escada aberta e ocorre a mudança do elevador para os moradores, com 02 elevadores disponíveis. A escada de segurança não permite o acesso de qualquer usuário aos demais pavimentos, para segurança dos moradores. Esse espaço da piscina não tem alvenaria de vedação lateral, apenas um guarda corpo de vidro, permitindo uma bela visão do entorno da edificação. 62


O edifício possui 03 partes de átrio, duas no edifício inteiro e uma que vai até o pavimento da piscina. Nos pavimentos destinados à habitação, esse espaço e preenchido com o aumento das dimensões dos apartamentos. Os pavimentos 05 ao 09 estão destinados unicamente à habitação. São apartamentos de 36 a 40m² com 01 dormitório, e de 55 a 100m² com 02 dormitórios, sendo 01 suíte. A cobertura está emoldurada com platibanda de 1 metro de faixa horizontal de muro que protege a parte superior do edifício e que tem a função de esconder o telhado. Lá também encontramos o reservatório d’água. Duas partes do átrio que está sobre o edifício são cobertas por vidro translúcido que permitem a entrada de luminosidade visando deixar o ambiente mais leve e contribuir para a redução da necessidade de iluminação artificial. O acesso de veículos de passeio é feito pela Rua Humaitá, já o de caminhões conta com um acesso mais amplo para carga e descarga na Rua Chile. O estacionamento está distribuído em dois subsolos com 57 vagas destinadas aos moradores e ao trabalhadores em geral, sendo 04 de vagas com acessibilidade e 05 vagas para a academia. O Total geral é de 40 habitações, 12 escritórios, 5 áreas de comércio

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REFERÊNCIAS BERNARDES, CLÁUDIO. Folha de São Paulo, 2015 http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2015/01/1579844-o-conceito-de-uso-misto-e-seus-beneficiospara-a-cidade.shtml Acesso em 29/04/2016 DZIURA, G., Três tratadistas da arquitetura e a ênfase do uso do espaço, 2006> acesso 04/2016 DZIURA, G., Arquitetura Multifuncional Como instrumento de Intervenção Urbana no século XXI, 2003. Acesso 04/2016 FERNADES, ANA; GOMES, MARCO A. A. F.,HISTÓRIA DA CIDADE E DO URBANISMO NOBRASIL: REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO RECENTE; SBPC 2004 http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000200015&script=sci_arttext Acesso em 30/04/2016 HERTZBERGER, H., Lições de Arquitetura – Martins Fontes, 1999 http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/187/projeto-mencao-honrosa-uso-misto-no-edificio-que-153318-1.aspx >acesso 10/04/2016 https://concursosdeprojeto.org/2009/09/13/habitacao-e-comercio-vila-madalena/>acesso 10/04/2016 http://estructuralnet.com/empreendimentos.asp?codigoEmpreendimento=2> acesso 12/04/2016 https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/andrade-morettin-edificio-residencial-pop-madalena-sao-paulo> acesso 29/04/2016 http://www.ideazarvos.com.br/pt/empreendimento/pop-madalena> acesso 29/04/2016 64


LOBATO, M. L. Considerações sobre o espaço público e edifícios modernos de uso misto no centro de São Paulo – Dissertação de mestrado 2009 – acesso em 09/11/2015 PEREIRA, F.M. e VALE, M. M. B. T. Edifícios da arquitetura moderna com uso comercial no triângulo mineiro e alto Paranaíba – > acesso em 14/09/2015 http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/viewFile/12130/8296 artigo cientifico 2006 PEREIRA, B. M. Complexo de edifícios multifuncionais. <http://issuu.com/brisamary/docs/tfg_-_brisa_mary__junho_2015> acesso em 14/09/2015 PUIME, EMÍLIO, DIFERENÇAS ENTRE ESPAÇO PÚBLICO, PRIVADO E ACESSÍVEL AO PÚBLICO http://emiliopuime.jusbrasil.com.br/artigos/112339069/diferencas-entre-espaco-publico-privado-e-acessivel-ao-publico Acesso em 30/04/2016 REDIMOB (2013) – Rede Global do Mercado Imobiliário http://www.redimob.com.br/community SAMPAIO, M. R. A Promoção privada da habitação econômica e a arquitetura moderna em São Paulo, 1930/1964 > acesso em 14/09/2015 – artigo cientifico 2002 SCHORSKE, CARL E. A CIDADE SEGUNDO O PENSAMENTO EUROPEU – DE VOLTAIRE A SPENGLER. ESPAÇO E DEBATES, Nº 27 – REVISTA DE ESTUDOS REGIONAIS E URBANOS, ANO X, 1989, p. 47, 57 VECCHIATTI, A. C., A Evolução históricas das edificações de uso misto. <http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/2/450_695_publipg.pdf> acesso em 14/09/2015 – artigo cientifico, 2011

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