Projeto de Arquitetura de Edificação de Uso Misto
Em resposta ao crescimento da cidade, a tendência arquitetônica dos edifícios mistos procura resolver as questões de moradia, trabalho e lazer na mesma edificação ou entorno, aumentando o aproveitamento do espaço e reduzindo a necessidade de deslocamento. O edifício misto resulta na diversificação do espaço. Como solução em uma época de especulação imobiliária surgiram apartamentos menores, na tentativa de se colocar um maior numero de apartamentos numa área reduzida; as conhecidas “kitchenettes”, moradias ditas “econômicas” idealmente destinadas a solteiros, a casais sem filhos, ou pessoas que querem residir próximo ao local de trabalho. Garante, ainda, a privacidade dos moradores mantendo o atrativo comercial e de serviços da proposta, que é a de unir características que proporcionem conforto, economia, comodidade e praticidade, inserindo-se no ambiente previamente existente trazendo impactos positivos. A proposta da edificação do uso misto busca atender a todos os usuários, quer seja para morar ou trabalhar, para harmonizar o convívio entre usuários permanentes e visitantes, trabalhadores e clientes, com o espaço em questão, colocando à disposição de todos um espaço moderno que proporciona uma diversidade de usos a fim de atender pessoas com diferentes idades e com diferentes necessidades. O conceito de edifício de uso misto visa entrelaçar o trabalho com a vida social a fim de proporcionar conforto e praticidade. O conceito de público e privado, com suas diferentes responsabilidades, tem a sua contribuição ao projeto.
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO
HELEN ZANETTI GOMES POSSANI
RIBEIRÃO PRETO 2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO Trabalho final de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo no
Helen Zanetti Gomes Possani Orientador: Prof. Me. Onésimo Carvalho de Lima
Centro Universitário Moura Lacerda.
RIBEIRÃO PRETO 2016 i
CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO APROVADO POR: Trabalho final de curso apresentado como
________________________________________________________ Prof. Me. Onésimo Carvalho de Lima
exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo no
_________________________________________________________
Centro Universitário Moura Lacerda. Prof. Me. André Avezum _________________________________________________________ Marcio Lemo Ribeirão Preto, 21 de novembro de 2016. ii
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO Procedimentos metodológicos
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EDIFICAÇÃO DE USO MISTO
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1.1 Definição/Conceito
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1.2 Relação público e privado
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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CONDICIONANTES DO PROJETO
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3.1 Localização
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APRESENTAÇÃO DO PROJETO
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TECNOLOGIA
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5.1 Materiais utilizados
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MEMORIAL JUSTIFICATIVO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO Este trabalho consiste na elaboração de um anteprojeto de arquitetura de um edifício de uso misto, ou seja, que envolve o uso residencial, comercial e de serviços, em Ribeirão Preto, São Paulo, com ênfase na distribuição do espaço. A escolha do tema se justifica pela atual demanda crescente da cidade por espaços com
maior diversidade funcional e que atendam a vários tipos de usos e atividades. De acordo com PEREIRA (2015), como resposta ao crescimento da cidade, a tendência arquitetônica dos edifícios mistos procura resolver as questões de moradia, trabalho e lazer na mesma edificação ou no entorno, aumentando o aproveitamento do espaço e reduzindo a necessidade de deslocamento. Esta proposta arquitetônica contrapõe-se à ideia de zoneamento funcional modernista, empregada nos empreendimentos residenciais, além de promover a ruptura cultural de aceitação dos condomínios clubes como a melhor opção de moradia e lazer, como também os shoppings centers e edifícios de escritórios como a única
opção de comércio e serviços. O edifício misto resulta na diversificação do espaço. Sendo assim, PEREIRA(2015) diz que “Os edifícios de uso misto proporcionam vitalidade às ruas e reduzem a necessidade de uso do automóvel pelos moradores para suprir as necessidades do cotidiano”.
Quanto mais diversificados forem os espaços, mais a população se relacionará com eles tornandoos consolidados e atrativos. Na questão urbana, a edificação de uso misto também traz repercussões positivas como melhoria das condições de qualidade de vida e trabalho, infraestrutura urbana e segurança, além do aumento da relação dos usuários com os espaços públicos gerados por estes complexos arquitetônicos. (REDIMOB, 2013) 1
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO
PEREIRA (2015), ressalta que o conceito de uso misto não é novo. Antigamente as cidades se organizavam dentro de muralhas. Habitação, comércio e trabalho ficavam localizados próximos o que diminuía ou
até eliminava a necessidade de grande locomoção. Com a revolução industrial, o aumento da mobilidade e a dispersão da cidade separaram o comércio das residências, acabando por criar edifícios destinados a usos específicos e em alguns casos resultando
na geração de zonas urbanas exclusivas. No inicio do século XX Le Corbusier, junto a outros integrantes do movimento moderno, desenvolveu o ‘novo modo de morar’, espaço destinado à moradia mínima e espaços próximos que atenderiam as necessidades dos moradores como serviços e comércio. Na Unidade de habitação de Marselha, por exemplo, os equipamentos necessários aos moradores, no dia a dia, estavam a disposição a distâncias curtas, ou seja, possíveis de ser percorridas a pé num curto intervalo de tempo. (PEREIRA, 2015) Nos primeiros anos da década de 50, se consolidava o apartamento mínimo, com poucas
comodidades, mas com excelente localização, próximo ao trabalho, aos melhores locais de comercio e serviços, quando não, inseridos em um grande complexo com cinemas, lojas e restaurantes, como podia ser possível em um apartamento no Copan em São Paulo, ou no Conjunto JK em Belo Horizonte. (SAMPAIO, 2002, p.40) apud
VECCHIATTI, 2011, p. 4, 5) Como solução em uma época de especulação imobiliária, foram construídos apartamentos menores na tentativa de se colocar um maior número de unidades numa área reduzida; as conhecidas kitchenettes, moradias ditas “econômicas” idealmente destinadas a solteiros, a casais sem filhos, ou pessoas que querem residir próximo ao local de trabalho. (SAMPAIO, 2002, p. 12,13) O arquiteto Bjarke Ingels é conhecido por suas idéias sobre as vantagens da edificação de uso INTRODUÇÃO
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misto em relação à edifícios monofuncionais, dizendo que o uso misto é o caminho ideal de alcançar densidade, pois diferentes funções têm demandas diferentes. As lojas querem estar próximas às ruas; escritórios gostam da
luz do sol, mas não da incidência direta de luz solar; e as casas gostam de vistas e da iluminação natural. Portanto, misturando as diferentes funções em qualquer proporção, você pode aumentar significativamente a densidade, e como resultado não apenas melhora o consumo de energia da cidade, mas também melhora a vida social, pois
terá uma cidade que é povoada por diferentes pessoas em diferentes momentos. Desta forma, não terá bairros suburbanos mortos ou parques empresariais mortos. “Você terá uma cidade vibrante 24 horas.” (VECCHIATTI, 2011, p. 8) Este trabalho tem a intenção de promover o pensamento a respeito da integração entre a área interna do prédio, o acesso público e seu entorno. Podemos considerar que há mais de uma maneira nas relações que esses edifícios tem com o espaço público, gerada a partir dos seus elementos arquitetônicos, uma vez que todos os imóveis apresentam uma relação direta entre o interior do prédio e o espaço público por meio de suas
lojas. Há ainda edifícios que apresentam também galerias de circulação interna com uma diversidade de percursos em seu interior, criando espaços semi públicos que enriquecem a diversidade dos espaços e das relações desenvolvidas nas áreas urbanas em que se inserem. (PEREIRA E VALE, 2006, p. 15)
Neste trabalho, objetiva-se qualificar o espaço aberto e construído, estabelecendo espaços para a articulação e socialização entre a população residente e os demais usuários e transeuntes do bairro, promovendo a diversidade de uso e pessoas na área na qual está sendo implantada a edificação, apresentando os principais aspectos de uma edificação de uso misto. Este projeto é uma proposta de ocupação de uma região de grande valorização na cidade, que procura romper o zoneamento habitual propondo-se a trabalhar para a promoção da diversidade funcional. Para 3
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reforçar atração à esta nova quadra, escolhemos localizar as residências e os escritórios nos pisos superiores e implantamos um programa de passeio comercial, cultural e habitacional para que os níveis de maior contato com
o espaço público tenham atividades que o retroalimentem abrindo-se para o uso público.
INTRODUÇÃO
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Procedimentos metodológicos Os procedimentos metodológicos utilizados na elaboração deste trabalho compreendem pesquisas constituídas por referenciais teórico e empírico. O referencial teórico foi realizado a partir da consulta sobre o tema da pesquisa e suas variáveis, tais como definição e conceito de edifício de uso misto, funcionamento de cada
uso proposto para a edificação (residencial, comercial e serviços), e as inter-relações dos usos que pudessem subsidiar o processo projetual. Um outro procedimento metodológico, foi o do levantamento dos dados necessários à elaboração do projeto, que incluíram definições preliminares como a programação das necessidades e pré-dimensionamento da obra, informações sobre o terreno e entorno, e as diretrizes tecnológicas que compreendem os recursos técnicos disponíveis, a mão de obra a ser empregada, os materiais e os sistemas construtivos a serem empregados.
A análise de projetos consistiu na busca da construção de um referencial arquitetônico, de modo que exige observar as
particularidades, como a forma como ocorreu a setorização das representações
arquitetônicas coletadas. Os estudos de referência foram indiretos, elaborados através de acervo eletrônico.
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USO MISTO
1.1 Definição/Conceito
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Um edifício pode ser definido como de uso misto quando apresenta uma mistura de usos e
atividades, como por exemplo a combinação de residências com escritórios, comércio, lazer e até mesmo serviços sociais ou de saúde, como clínicas ou unidades de pronto atendimento. (BERNARDES, 2015) DZIURA. G., 2003 destaca estas afirmações quando diz que “A arquitetura multifuncional constitui
um edifício, ou conjunto de edifícios que satisfazem funções heterogêneas. Ou seja, nessa categoria enquadramse as construções que abrigam mais de uma função, seja habitação, trabalho, lazer, circulação, esporte, cultura, educação.” Esse modelo de edificação representa um método eficiente, que diminui ou até elimina a necessidade de deslocamento, contribuindo para a redução dos congestionamentos, ajudando também a reduzir a dependência do automóvel e do transporte público, sendo este o destaque principal entre suas vantagens. (SCHORSKE, 1989)
Esse tipo de diversificação de usos permite que o edifício tenha ocupação durante o dia e a noite e, como os ocupantes utilizarão o edifício para diferentes atividades em diferentes horários, o nível de utilização dos espaços será amplamente otimizado.
Uma discussão que parece não ter fim entre os urbanistas e planejadores urbanos, trata do USO MISTO
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questionamento do que seria o tamanho, forma e o padrão de crescimento que as cidades devem ter neste nosso século. Serão as cidades verticalizadas e multifuncionais como New York, Tóquio e São Paulo, por
exemplo, a solução para o futuro, ou as cidades “verdes”. menos densas e mais multifuncionais como Brasília e Curitiba? Existe a dúvida sobre o que mais atrai nas cidades, entre a diversidade de ofertas de funções e serviços ou empregabilidade e turismo.” (FERNANDES; GOMES; MARCO, 2004)
Na busca atual por propostas de soluções para as cidades contemporâneas, os arquitetos estão cada vez mais interessados em considerar o projeto de edifícios multifuncionais como parte da intervenção urbana. A relação de convivência entre moradia, trabalho, passeio, compras, circulação e outras mais, servem de base para a vida urbana que conhecemos. “As diferentes funções da edificação mista geram a presença de pessoas em diferentes horários para usos diversos concentrados num mesmo espaço, valorizando os trajetos e fazendo uma qualificação urbana melhor e mais adequada.” (DZIURA, 2003)
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1.2 Relação público e privado “Para ser considerado um espaço público, o espaço deve ser acessível a todos os moradores e visitantes, sendo permitida a interação destes com o espaço de maneira livre, independentemente de sua condição social.” (PEREIRA, 2015, p. 29)
Os locais de uso público podem ser entendidos como locais de encontros e relações, onde se desenvolvem atividades coletivas com convívio e trocas entre grupos diversos. A definição do limite entre os espaços públicos e privados acabou se perdendo ao longo da história, porém, alguns espaços devem ser prontamente considerados públicos e livres como espaços de circulação como ruas e praças, espaços de lazer e recreação como parques urbanos e praças novamente, espaços de contemplação como jardins públicos ou de preservação ou conservação, como uma reserva ecológica, que são locais onde há total direito de ir e vir. Há ainda espaços que pertencem à esfera do público, ainda que haja certa restrição ao acesso e à circulação, como
instituições de ensino, hospitais, centros de cultura e outros. (PUIME, 2013) Lobato (2009), em sua dissertação, considera questões dos edifícios de uso misto, a fim de dar atenção especial a consideração do espaço público. Vargas (2001, p. 98-99, apud LOBATO, 2009, p. 7), o define da
seguinte forma: “é importante saber que para ser considerado um “espaço público”, o espaço deve, a princípio, ser acessível a todos os moradores e visitantes, ao mesmo tempo em que esses cidadãos e visitantes devem ser capazes de interagir, livremente, na mesma base, independentemente de sua condição”. Vargas (2001) acrescenta que a consideração do edifício como público é determinada pelo tipo de uso. Um dos fatores determinantes é o livre acesso, mas muitos edifícios considerados públicos não estão livres USO MISTO
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para todos, e ainda estabelecem regras particulares de comportamento. No livro “Lições de Arquitetura” de Hertzberger H.(1999), o autor discorre sobre a relação entre
público e privado. Público, como uma área acessível a todos a qualquer momento, sob a responsabilidade de todos; e privado como acessível por um determinado grupo ou por uma pessoa que é a responsável pela manutenção do local.
Ainda de acordo com Hertzberger H.(1999, p.25) “...é necessário estimular o usuário a se envolver com o lugar, exercendo influência pessoal em seu ambiente. Dessa forma, o arquiteto poderá contribuir para a melhoria do local. Ainda que seja destinado ao trabalho, o empregado se sentirá diretamente responsável pelo local e deverá exercer seu trabalho com mais dedicação, o que fará a diferença e trará resultados positivos para a empresa.” O autor também mostra como reconciliar o encontro da rua com o ambiente privado, propondo uma cobertura que deverá se estender e proteger da chuva, dando a sensação de um acolhimento caseiro , como
um jardim em que é possível sair da rua e entrar no local sem uma divisão significativa, criando um espaço que tem a intenção de dar boas vindas e despedir. Hertzberger (1999) p. 34 e 35 HERTZBERGER (1999), sugere a adoção de pilotis no intuito de romper com o “padrão rua” para
diminuir a diferença entre interior e exterior, e criar um espaço aberto excessivamente amplo, o que permite a inserção do indivíduo mantendo a sensação de liberdade. “Em vez de uma massa sólida com fachadas majestosas cercando o lugar por todos os lados, Le Corbusier projetou seu edifício (Unidade de habitação de Marselha) de forma livre, uma construção elevada, sustentado por colunas, de maneira que não é preciso andar em volta da quadra, mas apenas atravessar a distância diagonalmente por entre as colunas” (HERTZBERGER (1999) apud LOBATO (2009), p. 69) 9
PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO
Na opinião do autor “Uma área de rua com o qual os moradores estão envolvidos, onde marcas individuais são criadas por eles próprios, é apropriada conjuntamente e transformada num espaço comunitário”
Hertzberger (1999) p. 43 Os espaços públicos, no final do sec. XIX, se localizavam predominantemente ao ar livre, e sua mudança se deu após a revolução industrial, que abriu novos mercados, como por exemplo lojas de
departamento, exposições e mercados cobertos. Um bom exemplo são as galerias, que são locais onde as passagens são cobertas com leves estruturas de metal, dando aos usuários a sensação de estar ao mesmo tempo dentro e fora, sem o senso de confinamento. Assim os visitantes podem apreciar as lojas, restaurantes e demais recintos, e os moradores também podem aproveitar sem ter que se deslocar. (Hertzberger (1999) p. 68) “As galerias de lojas existem em todo o mundo, em formas e dimensões diversas que dependem das condições locais – mas muitas vezes já perderam seu encanto original como conjunto de lojas caras...” Hertzberger H.(1999) p.75
Existe uma preocupação especial com a área da rua, ou seja, com o exterior dos edifícios, tornando-se foco de objetivo de melhoria na tentativa de se evitar muros e separações, especialmente na tentativa de melhorar as moradias, garantindo algumas qualidades como boa iluminação e espaços exteriores
úteis e satisfatórios. Hertzberger H.(1999) p. 78 “Devemos considerar a qualidade do espaço das ruas e dos edifícios relacionando-os uns aos outros, o que requer uma organização espacial na qual a forma construída e o espaço exterior (que chamamos de rua) não apenas sejam complementares no sentido espacial, mas na forma construída e o espaço exterior ofereça o máximo de acesso para que um possa penetrar no outro de tal modo que atenue a divisão entre domínio privado e público”. Hertzberger H. (1999) p. 79 USO MISTO
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Hertzberger diz que, embora a expressão da relatividade dos conceitos de interior e exterior seja uma questão de organização espacial, o fato de uma área estar propensa à uma atmosfera mais parecida com a da
rua ou com a de um interior depende especialmente da qualidade do espaço. Além disso, se a área em questão será reconhecida como interior ou exterior ou ainda como alguma forma intermediária, depende em grande parte das dimensões, da forma e da escolha dos materiais.
O autor mostra que uma edificação pode, utilizando a forma arquitetônica, aproximar os usuários através de um edifício que deixa abertas as esquinas onde suas entradas se localizam, o que convida as pessoas a entrarem e desfrutarem do ambiente e de seus recursos. Também podemos observar essa integração com os materiais, onde o mesmo material usado no edifício tem sua continuidade na rua, bem como o mesmo tipo de piso une o público e o privado.
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fonte: Google mapas
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL ZIMBO TOWER O Empreendimento O Edifício Zimbo Tower é caracterizado por ser uma construção para uso misto com parte destinada ao uso comercial e outra parte residencial. Localizado na esquina da Avenida de Portugal com a Rua dos Enganos, no Município das Ingombotas, bairro do Maculusso, Luanda-Angola. Composta de 25 pisos, nomeadamente: Quatro (04) pisos de estacionamentos; Rés do chão – acessos, loja e instituição bancária; Seis (06) pisos comerciais; Doze (12) pisos residenciais tipos Duas (02) Coberturas REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fonte: http://estructuralnet.com
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Fonte: http://flickrhivemind.net
Relação com o Lugar Edifício de grande porte em relação as demais construções, localizado em uma avenida de grande movimentação.
Tecnologia Na fachada do edifício foram utilizados 3200 metros quadrados de vidro. A empregada neste tipo de vidro desempenha um papel importante no controle do consumo de energia entre o exterior e o interior do edifício, determinando a quantidade de luz e de energia solar que chega ao interior do mesmo. Isso faz com que haja a menor necessidade de refrigeração na solução de climatização a ser adotada, garantindo uma economia de energia significativa. A escolha do vidro a ser utilizado também será baseada em sua resistência mecânica, visando amenizar o risco de ferimentos ou danos materiais em caso de acidentes. 13
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Fonte: Google mapas
HABITAÇÃO E COMÉRCIO NA VILA MADALENA Edifícios SIAA . São Paulo, SP Localização: Rua Fidalga, 484, São Paulo, SP Fonte: http://au.pini.com.br
O intuito desse projeto é a construção de um edifício residencial com uso comercial no pavimento térreo, de modo a baratear as despesas de condomínio para os moradores a partir da locação do espaço das lojas. O perfil multiuso do edifício de 4,5 mil m2 permitiu criar uma área livre no térreo, como uma extensão da calçada. Arquitetura: Anita Freire, Cesar Shundi Iwamizu, Julio Cecchini e Lívia Ribas Coordenador de Projeto: Luciano Gouveia REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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Fonte: http://au.pini.com.br
O Empreendimento A partir das premissas da incorporadora, este empreendimento imobiliário localizado na Rua Fidalga prevê a construção de um edifício habitacional com uso comercial no pavimento térreo. Oferece grande flexibilidade de ocupação aos moradores. Com o aluguel da área das lojas, reduz o condomínio. O comércio permite criar um edifício que dá continuidade ao uso existente na rua, com uma área livre no pavimento térreo, permite ampliar o espaço da calçada até o final do lote, como uma pequena galeria comercial. As unidades de habitação permitem a verticalização do edifício, garantindo ótimos bons visuais. Um grande pé-direito livre permite ressaltar o pavimento térreo e a área de lazer dos moradores que se localiza sobre o volume das lojas.
As unidades duplex permitem paradas de elevadores a cada dois andares, gerando circulações horizontais mínimas para o acesso às unidades. Existe um vazio central através do qual pode-se ver céu e chão, e entre os apartamentos existem frestas que permitem a ventilação constante. 15
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POP MADALENA, SÃO PAULO
Fonte: ideazarvos.com.br
Ficha Técnica POP Madalena
Endereço: Rua Madalena, 32 Bairro: Vila Madalena Arquitetura: Andrade Morettin Área do Terreno: 1.532 m² Área construída: 7.682 m² Nº de Unidades: 34 + 3 lojas Dormitórios: 1 e 2 Área Comum: Academia, piscina com raia de 25 m, sauna, sala de co-working e hidromassagem Metragem: Aptos. de 54 m² a 253 m² Vagas: 1 ou 2 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Fonte: arcoweb.com.br
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Fonte: arcoweb.com.br
O Empreendimento Edifício de uso misto com apartamentos que medem de 50 a 253 m² (na cobertura), contando ainda com áreas comuns e comerciais no térreo. O empreendimento possui uma piscina com 25 metros de raia, academia e sauna, e inclui espaço compartilhado para trabalho e reuniões. A ocupação do pavimento térreo, com espaços comerciais ou de serviços, incentiva a criação das chamadas fachadas ativas, acima do qual há um piso vazado e sobre este a academia e a piscina, junto à cota do térreo na rua Madalena. Na face voltada para a Rua Simpatia ocorre um embasamento estreito, reservado para espaços comerciais. Uma segunda base mais larga, porém menos extensa, é ocupada pelas garagens. O pavimento térreo, com pé-direito duplo, foi construído de forma a permitir a maior permeabilidade possível. Sendo embasado praticamente em pilotis, o desenho amplia a vista da vizinhança a partir da rua Madalena, configurando nesse patamar uma espécie de mirante.
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Fonte: arcoweb.com.br
Relação com Lugar
Fonte: arcoweb.com.br
Uma edificação notória que se distingue das demais edificações pelo seu tamanho, material utilizado e cores em destaque. A vedação é predominantemente em vidro, intercalada com chapas metálicas onduladas de tom prateado. A horizontalidade dos andares é demarcada pelo concreto aparente de suas estruturas, que se projetam nas áreas das varandas com guarda-corpos de telas alambradas. Elemento marcante nessa volumetria são os brises móveis, de chapas metálicas onduladas e perfuradas, que podem ser deslocados pelo morador para obter mais ou menos luz nas áreas sociais internas. A combinação de cores dos brises, traz identidade única à edificação. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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Número do capítulo
1
Espaço da margem
Identificação do capitulo
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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1
Espaço da margem
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Título do Projeto PROJETO DE ARQUITETURA DE EDIFICAÇÃO DE USO MISTO