Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo com os dados fornecidos pelo autor BERNI, HENRIQUE VILA DA PAZ: UM PLANO DE INTERVENÇÕES PARA UM LUGAR À MARGEM/HENRQIUE BERNI. -- SÃO CARLOS, 2016 72p. Trabalho de Graduação Integrado (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) -- Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São PAULO, 2016. 1. intervenção. 2. itu. 3. plano. 4. centro comunitário. 5. vila da paz
O processo acelerado de urbanização das cidades paulistas a partir da década de 1950 juntamente com um planejamento conivente com a exploração do valor financeiro da terra independentemente da qualidade urbana geraram cidades excludentes, segregadas, com mobilidade deficiente e frequentemente sem espaços públicos e verdejados de qualidade. Em Itu, é possível visualizar facilmente uma cidade que cresceu espraiada em núcleos segregados em seus objetivos e longes do centro histórico. Um hospital, fábricas e fazendas geraram núcleos habitacionais em suas proximidades que até hoje dependem do núcleo principal de Itu já que não possuem equipamentos básicos de uma cidade. Neste trabalho, a Vila da Paz é tomada como objeto de projeto, como um território com muito potencial dentro deste tema. Será explorado portanto um desenho que forneça insumos para que a transformação dos espaços possa ocorrer dentro de uma perspectiva sustentável e participativa.
O Interesse pela Vila da Paz partiu do conhecimento de sua curiosa situação urbana e da vontade de aproximação de uma realidade tão presente no Brasil quanto esquecida nos exercícios de projeto das escolas de Arquitetura e Urbanismo: os assentamentos irregulares. O desenvolvimento deste trabalho nem sempre seguiu uma ordem lógica, mas de modo geral aconteceu como uma aproximação. Dentro da concepção deste plano está presente a convicção que o desenho urbano e aquitetônico são capazes de propor espaços que além de melhorar a qualidade do uso cotidiano pode reforçar conexões e criar novas, transformando realidades de bairros e cidades.
A pergunta que surgiu como reação ao conhecer pela primeira vez a Vila da Paz foi: “por que existe um bairro inteiro escondido atrás de empresas em meio a uma rodovia e ninguém o conhece?” Se para mim, a questão principal deste trabalho não se mostrou sempre clara, em contrapartida, a escolha do lugar, a leitura, e por fim, a investigação do desenho serviram para identificarmos temas e modos de encarar o projeto. A situação urbana da Vila da Paz foi algo que me provocou interesse desde o início. O trabalho pode ser lido como um estudo de caso na Vila da Paz, um lugar que apresenta características em comum com o processo de urbanização de muitas cidades paulistas e brasileiras. Este trabalho será apresentado do seguinte modo: primeiramente uma visão na escala do município de Itu. Em seguida, a leitura se aproxima a fim de entender as dinâmicas internas da Vila. Ela norteia, então, um plano de intervenções para a sua urbanização. Na última etapa é apresentado o projeto para uma das intervenções de maior peso no plano: o centro comunitário.
Cidade média do estado de São Paulo, o município de Itu tem 167 mil habitantes5 e dista aproximadamente 100km da capital do estado. Localiza-se numa região muito privilegiada, se considerarmos sua proximidade em relação a três regiões metropolitanas muito importantes para o país: a de Sorocaba ao sudoeste, a de Campinas ao norte e a de São paulo ao sudeste. Faz fronteira com as cidades de Elias Fausto, Salto, Indaiatuba, Itupeva, Cabreúva, Araçariguama, São Roque, Mairinque, Sorocaba e Porto Feliz. Fundada em 1610, a cidade serviu como ponto de apoio no caminho dos bandeirantes ao longo do rio Tietê. A formação inicial de sua vila ocorreu numa região mais plana dentro do relevo de colina suave, acompanhando o espigão entre os córregos do Taboão e Brochado, pertencentes à bacia do Tietê. A partir do século XIX, com a expansão do comércio, da atividade industrial têxtil e da agricultura cafeeira, a economia se consolidou e permitiu o crescimento da vila. As transformações mais notáveis na morfologia urbana de Itu se deram, entretanto, somente a partir da decada de 1950 com a formação de novos bairros. Segundo Ajonas (2009, p.144), “nesse
7. no mapa de condomínios ao lado é possível notar a presença marcante dos loteamentos fechados e como estão espalhados pelo território do município ao invés de uniremse à malha urbana existente.
período, começam a surgir vários loteamentos descontínuos e, com eles, vazios urbanos que favoreceram as atividades de especuladores. Revela-se, assim, um padrão irregular de crescimento que, podemos notar, mantém-se até hoje”. O espraiamento da cidade é um fenômeno presente na maior parte das cidades brasileiras. É tão marcante na urbanização de Itu que foi objeto de estudo em vários trabalhos acadêmicos de geógrafos e arquitetos urbanistas. É possível notar no mapa de expansão urbana a construção de bairros a partir de 1964 que conectam áreas urbanas descontínuas criadas no período anterior (Miyazaki, 2012) e também verificase a implantação de loteamentos em locais bastante distantes do centro como os atuais condomínios Terras de São José na rodovia Itu-Sorocaba e City Castelo, estrategicamente adjacentes às rodovias Waldomiro Corrêa de Camargo e Castelo Branco. Os eixos rodoviários importantes que passam pelo município de Itu (que ligam as regiões metropolitanas de Sorocaba e Campinas, e também o interior do estado e a Capital) atraíram a presença de diversos condomínios fechados de médio e alto padrão7 além de importantes empresas de médio e grande porte. A presença do condomínio City Castelo serviu como agente estimulador da ocupação urbana nas imediações do Bairro do Pirapitingui, onde desde a década de 1930 funcionava uma das maiores colônias de tratamento de hansenianos do Brasil, o Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes, que por conta do estigma social que esta doença trazia, se instalou em um local bem distante do centro de Itu. A recente regularização de vários assentamentos marginais nesta região fez com que ela se consolidasse como um segundo núcleo dentro do municipio e fosse classificada como macrozona de urbanização II no Plano Diretor Participativo de 2006. O zoneamento proposto no Plano Diretor Participativo de Itu de 2006 formalizou o interesse industrial para toda a região ao longo
das duas rodovias que fazem o trajeto Itu-Sorocaba. Desde então diversas empresas se alojaram nesta região de cruzamento das rodovias justamente por ser um ponto estratégico para o escoamento da produção através do transporte rodoviário. Inserida no contexto da cidade marginal, a Vila da Paz surge numa região já marcada historicamente pela exclusão social. É um loteamento irregular que se inicia na decada de 1990 onde na época era uma região de chácaras próxima à recentemente desativada cerâmica Vasatex na Rodovia Waldomiro Corrêa de Camargo que liga Itu a Sorocaba.
A Vila da Paz é um aglomerado “invisível“ física e socialmente. Da rodovia não se vê sinal de sua existência2. Parte da Vila deixou de ser irregular em 2011, no mesmo momento em que uma nova ocupação estava prestes a acontecer. Ela é carente de infraestrutura e de equipamentos, ainda depende dos bairros vizinhos e do centro de Itu para diversos serviços básicos - como, por exemplo, o acesso à saúde, ao emprego e à educação - e por nem todos terem o endereço reconhecido, há dificuldade em utilizar uma série de outros serviços. O único equipamento público presente na Vila hoje é uma escola de ensino fundamental construída pela Prefeitura em parceria com instituições privadas. A Vila é um exemplo claro de cidade segregada, fruto de uma lógica de produção da cidade4 onde aqueles que não têm oportunidade de ter o poder aquisitivo necessário para entrar no “jogo do mercado” vêm-se forçados a procurar outros caminhos para abrigarem-se em comunidade. Procuram portanto, habitações em ocupações, em favelas ou em assentamentos irregulares.
O acesso ao emprego também é dificultado. As empresas instaladas no entorno da Vila são de médio ou grande porte e geralmente exigem formação especializada. Muitos moradores vêem uma oportunidade de renda na oferta de serviços e na produção em pequena escala para uso e consumo da própria comunidade. As casas da Vila da Paz encontram-se envolvidas pela presença marcante das empresas: uma cerâmica desativada, uma madeireira, uma fábrica de alumínio e alguns depósitos “protegem” a Vila ao mesmo tempo que servem de barreira, isolando-a do mundo externo e segmentando seus espaços internos. Existe ainda, no caso da Vila da Paz, o problema do acesso. Pela rodovia são necessários 20 minutos de carro para chegar ao centro de Itu, e quase 5 minutos para se chegar ao Pirapitingui (o bairro mais próximo). Não há caminhos seguros para se fazer a pé ou de bicicleta em direção a esses lugares. Os ônibus até acessam o interior da Vila, mas em poucos horários. Isto leva parte da população a ter que reservar preciosas quantias de dinheiro para os próprios veículos motorizados. A Vila da Paz é um lugar à margem, e também é um lugar de potências, de vida na rua e com muito a se fazer.
Por ser a Ăşnica via de acesso Ă s partes 1 e 2 da Vila, a rua de entrada presencia a passagem constante
de carros e caminhões das empresas. Por isso, também, esta rua é uma das que mais apresentam movimento na vila (ver diagrama da página 40). Os jogos das crianças, os bancos à sombra, as feirinhas e os bazares, as festas juninas, os encontros casuais, todos estes competindo pelo mesmo espaço dos veiculos. Os moradores da ocupação do outro lado da linha férrea utilizam ou uma via asfaltada de serviço das empresas ou uma via de terra para chegar em suas casas. Em relação ao parcelamento do solo, a ocupação antiga da Vila, fruto da divisão de uma chácara, possui lotes estreitos de 5 ou 6m por 10 a 20m de fundo. As construções são térreas ou assobradadas de alvenaria. O aglomerado da parte 1 é denso e abriga hoje por volta de 115 famílias. As ocupações mais recentes possuem um parcelamento mais racionalizado. São mais de 100 lotes de 8x25m, reflexo de um planejamento interessado no valor financeiro da terra e que, por prever ruas largas e uma praça ao centro, dá indícios de que já considerava a futura regularização. A área estava em disputa na Justiça e, quando loteado em 2012, o terreno ainda não possuia proprietário legal. Enquanto muitos chegaram à Vila com intenção de ali investirem seus recursos e se instalarem, outros viram os lotes baratos como uma oportunidade de faturar com a compra e a venda de lotes. A grande demanda de pessoas que não podem arcar com gastos como aluguel e serviços básicos levou à rápida ocupação destes lotes. No início deste ano, o aglomerado já se encontrava como na imagem de satélite apresentada, abrigando por volta de 250 famílias. Ali prevalescem as residências térreas e as edículas. Recentemente, em um trecho de terreno deixado livre na divisão da nova vila, alguns moradores começaram a cultivar hortaliças orgânicas para venda e consumo local. Outras atividades já haviam surgido como forma de subsistência e para suprir as necessidades básicas dos moradores - até mesmo para a populaçao dos bairros vizinhos e parentes migrantes dos habitantes da vila inicial - como mercearias e bares, mecânicas, copiadoras, doceiros, manicures etc.
lotes regulares de 6x25m início: 2013 aprox. 250 famílias
lotes irregulares ~5x20m início: 1990 aprox. 115 famílias
1 VASATEX – Cerâmica que está sem atividade 2 SAPA – Laminação, folhas e chapas de alumínio 3 MADEIREIRA SANTA RITA 4 ALPUNTO IMBERA – Equipamentos e peças para refrigeração 5 KANAFLEX – Tubos lisos e corrugados de grandes diâmetros 6 TECSIS – Fabricação de pás eólicas 7 CNC – CIA NACIONAL DE CILINDROS – Fabricação de cilindros para gás
Planejar um bairro é planejar a cidade em sua escala microlocal. A importância do planejamento nesta escala encontra-se na aproximação com os utilizadores cotidianos do espaço, suas reais demandas, a história do local e suas dinâmicas. Potencializar as relações pessoais entre os moradores e destes com a área é o impulso para a transformação dos espaços em que vivem e, por consequência, a transformação na escala da cidade ou da metrópole. O planejamento de bairro é responsabilidade delegada aos municípios, que podem distribuir a função para distritos ou subprefeituras. Neste caso, é desejado um diagnóstico mais próximo à população, através da pesquisa, entrevistas, assembléias a fim de entender as minúcias do território e da população. A partir da compilação final dos dados a que se teve acesso, recorrese à análise dos problemas e das potencialidades identificados na área, permitindo que estes norteiem a concepção de diretrizes do plano e dos projetos.
Entre os trabalhos que ispiraram as leituras, abordagens e linguagens estão os dos escritórios venezuelans Pico Estudio, LAB.PRO.FAB., e colombiano Arquitectura Expandida. Além do escritório brasileiro SIAA que fez um trabalho participativo junto a comunidade de Lajeado/SP.
A Vila da Paz exige um planejamento que garanta atenção às suas questões peculiares. A partir da ocupação do novo trecho da Vila, as relações se transformaram. A nova “identidade” da Vila ainda está em formação, as relações entre os novos e os antigos não foi fortalecida e algumas barreiras impedem que isso aconteça. Tendo em vista que o processo transformação do bairro deve ser um processo coletivo (caso contrário seria uma imposição, uma ação autoritária), a participação ativa dos moradores é considerada essencial para se chegar a um desenho que represente os seus interesses, que seja passível de apropriação e que estimule a identificação deles com o próprio bairro. É possivel notar da leitura do território que apesar de estar conectada com a cidade por vias rápidas para veículos, a Vila da Paz ainda não tem a acessibilidade inclusiva garantida. Sua invisibilidade impede que as relações entre a Vila e a Cidade cresçam e a ausência de organização social dos moradores faz com que não construam uma visão comunitária do próprio bairro, nem tenham voz no campo político. A grande distância que precisa ser percorrida desestimula o encontro entre os moradores da parte 1 com a parte 2 e 3 da Vila. A ausência de bons espaços para atividades comunitárias e do espaço “público” em geral que sejam seguros e confortáveis para o encontro das pessoas atrasa o fortalecimento das relações sociais e a construção de uma identificação com o lugar (incluído o “gostar de morar ali”). O que se pretende com as intervenções é criar uma rede de espaços públicos conectados aos equipamentos essenciais e com os acessos facilitados por vias arborizadas e qualificadas para o andar a pé e para a bicicleta. Além disso, pretende-se estimular a conexão da Vila da Paz com os núcleos urbanos vizinhos, principalmente o Bairro Pirapitingui e as
cidades de Itu e de Sorocaba, reforçando laços existentes e criando novos, a fim de promover o acesso, a visibilidade para a Vila e o contato entre moradores externos e internos. A criação de uma Cooperativa localizada no edifício da antiga Cerâmica Vasatex é estruturadora dessa relação. Com um viés tecnológio, criativo e sustentável, a cooperativa servirá como geradora de empregos para moradores da região e um centro de educação técnico-criativa que receberia materiais residuais ou nãoresiduais provenientes das inúmeras indústrias da região e os utilizaria reconvertendo-os em construções de arquitetura, mobiliário, peças de arte, e outras produções para a utilização do município ou para sua venda.
As diretrizes por fim são:
Pretende-se com as diretrizes encorajar a ocupação e o uso efetivo do espaço público, explorar o potencial articulador da circulação de pedestres e bicicletas, integrar atividades atuais e propor novas possibilitades e dinamicas sociais que não estão presentes hoje. A implementação destas diretrizes se dá através da rede de ações que respondem à um programa. Espaços livres, espaços de lazer e de permanência; cooperativa; horta orgânica comunitária; circulação e acessos qualificados; centro comunitário; maior infraestrutura para a área esportiva; píer e creche, são elementos do programa pensados para a Vila. A autoconstrução serve como uma alternativa econômica, e que promove uma aproximação maior das pessoas com o objeto de projeto. Além disso resgata o valor coletivo e individual da contribuição para a construção do espaço comunitário, estimula a interação entre os moradores e o sentido de pertencimento. Sobre a materialidade das construções, busca-se trabalhar com as questões de reaproveitamento e reapropriação. Deseja-se trabalhar com os materiais industrializados e com os de fontes naturais, desde que sejam de origem próxima e de fácil acesso. A marcante presença das empresas na Vila da Paz e na região sugere a utilização de materiais produzidos por elas, tanto as mercadorias como os resíduos. Há diversos projetos que serviram como referência de experimentação com materiais industrializados ou não, feitos de maneira participativa em comunidades carentes ou bairros em metrópoles. Entre eles podemos citar os projetos dos venezuelanos Pico Estudio e LAB. PRO.FAB e o escritório colombiano Arquitectura Expandida.
cooperativa
espaços livres qualificados
habitação
creche
centro comunitário
escola fundamental existente
área de esportes
agricultura orgânica
píer
possĂvel vetor de crescimento
As intenções para o espaço do centro comunitário são de criar um espaço desburocratizado, polivalente, que possa abrigar os conflitos e potencias da comunidade, possibilite o fortalecimento das relações entre as pessoas das duas partes da vila e o fortalecimento da relação das pessoas com a própria vila. Um espaço onde a fluidez de percurso se confunde com as ambiencias geradas e possa abrigar as diversas escalas do encontro entre pessoas, com espaços de estar sob a sombra e lugares para atividades comunitárias como a cozinha e o salão multiuso.
No centro comunitário estão presentes banheiros, espaço coberto para feira, cozinha comunitária, bar, salão multiuso, sala administrativa, arena, espaços para atividades ao ar livre sobreadas e não sombreadas. As técnicas construtivas propostas são três: - série de postes de eucalipto engastados no chão espaçados de 60, 90 e 120cm. Marcam o terreno e seu declive, sugerindo olhares e percursos e, mesmo assim, permitindo a passagem através deles. Os espaços podem ser fechados de diversas maneiras, desde tecido, madeira ou chapas de alumínio que geram quebra-sóis e até taipa de mão, abrigando do sol e vento; - cobertura independente de lona tensionada. É leve e pode ser desmontada. Possibilita a própria instalação pelos moradores e serve como marco na paisagem; - bloco de terra comprimida. Alternativa econômica e mais sustentável, a construção dos equipamentos da cozinha banheiros e administração e o piso com o BTC pode ser preparada pelos próprios moradores.
10m
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2 perspectivas
AJONAS, A C. S. Centro e centralidade em Itu-SP. Dissertação de Mestrado. Presidente Prudente: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, 2009. __________. Metropolização do Espaço: Itu, Salto e Sorocaba - SP. Tese de Doutorado. Presidente Prudente: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, 2015. HARVEY, David. O Direito à Cidade. New Left Review, n. 53, 2008. Disponível em <http://www4.pucsp.br/neils/downloads/neils-revista-29port/david-harvey.pdf>. Acesso em junho de 2016. MIYAZAKI, Vítor. Estruturação da cidade e morfologia urbana em cidades de porte médio da rede urbana paulista. Tese de doutorado. Presidente Prudente: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, 2013. MONTANER, Josep Maria. Arquitetura e política: ensaios para mundos alternativos. São Paulo: Gustavo Gili, 2014. Prefeitura da Estância Turística de Itu. Lei complementar nº 770 de 10 de outubro de 2006: dispõe sobre o Plano Diretor Participativo da Estância Turística de Itu e dá outras providências. Itu: Prefeitura da Estância Turística de Itu, 2006.