Foto: Bรกrbara Aguiar
Tocantins tem sua primeira representante em concurso de beleza nacional Bárbara Aguiar
Acontece no dia 21 de maio, na cidade de Itú, São Paulo, o concurso Miss Brasil Intercontinental 2016. Com o tema “Muito além do tchauzinho de Miss”, o concurso deste ano busca mostrar o empoderamento feminino. O Miss Intercontinental é um dos principais concursos de belezas do mundo. No Brasil, o concurso é coordenado pelo grupo Casting Misses, empresa que busca preparar e lançar novas meninas no mundo miss. Entre as revelações feitas neste concurso está a Miss Universo 2007 Natália Guimarães. Pela primeira vez o estado do Tocantins terá uma representante no certame nacional. A modelo e estudante de direito Mary Caroline de Queiroz, de 19 anos, tenta fazer história e ser a primeira tocantinense eleita em concurso de beleza nacional. Mary é modelo há mais de 8 anos e já fez trabalhos para diversas marcas em todo o estado do Tocantins. Com 1,75 m de altura, 52 kg, 90 cm quadril, 82 cm de busto e 63 cm de cintura, é considerada uma das 100 mulheres mais belas do Tocantins. Para viver nesse mundo, Mary precisa de uma preparação intensa todos os dias. A rotina de ensaios fotográficos, trocas de roupas e
cuidados com o exaustiva.
corpo
pode
ser
“É um trabalho muito duro, é realmente muita preparação. O preparo do corpo, principalmente, é intenso e indispensável. É preciso se cuidar, manter os cabelos bem hidratados e a pele sempre linda. É muito complicado manter a forma e estar sempre apresentável. Todo cuidado é pouco. Nesse universo tem sim muito glamour, mas também tem muito trabalho duro”, explica Mary. O amigo e preparador da tocantinense, Jorge Honorato, explica como foi o processo de preparação da modelo para entrar nesse mundo e ser conhecida como a primeira representante do Tocantins no concurso. “Por ter uma carreira de modelo consolidada aqui no estado, a Mary sempre teve o sonho de ser miss. Eu demonstrei interesse em prepará-la para representar o Tocantins no concurso e ela aceitou. Começamos uma intensa preparação de postura, passarela, etiqueta e preparação de mudança do corpo. Hoje, depois de seis meses de preparação, ela é uma das favoritas ao concurso juntamente às representantes do Acre e do Amapá. Mary não era conhecida no mundo miss e, já em seu primeiro concurso, tem grandes chances
de trazer a coroa para o nosso estado. É motivo de muito orgulho”, diz o preparador. Diante de tanta preparação, a expectativa de que Mary tenha um bom desempenho no concurso só aumenta, mas a modelo se mostra preocupada em também dar visibilidade ao estado e não somente com o título. “Eu estou muito focada nesse concurso, realmente espero que a coroa venha para o Tocantins. No entanto, eu espero mesmo é destacar o nosso estado no concurso”, ressalta Mary. A vencedora desta edição nacional representará o país na etapa internacional do Miss Intercontinental, que ocorre ainda este ano. A segunda e terceira colocada também representarão o Brasil nos concursos Miss Peace Humanity e Miss Top Model World, respectivamente.
Mary Caroline se prepara para fazer seu último ensaio fotográfico antes de viajar para o concurso Foto: Henrique Lopes
O lema é ser livre Por Bárbara Aguiar e Henrique Lopes
Inaugurada há 2 meses, a Serreal vem ganhando espaço na noite alternativa palmense. Dirigida pelos estudantes de comunicação social Paula Suzane e Viuller Bernardo, o espaço se propõe a ser muito mais que apenas uma casa de shows. Descrita como um espaço a ser ocupado por diferentes públicos e suas particularidades culturais, o projeto surgiu a partir da vontade dos organizadores de trazer ao cenário da noite palmense algo diferente. As primeiras festas, feitas na casa onde moravam, reuniram um público que, ao longo do tempo, foi se expandido e aceitando a proposta de festa que iam além da curtição e proporcionavam uma diversão diferenciada. Com uma programação tão variada, é difícil encontrar alguém que não se sinta acolhido pela Serreal. A agenda abrange desde festas temáticas, rodas de conversa e oficinas até momentos recreativos. Além da cozinha, que funciona todos os dias à partir das 18 horas, os domingos são mais dedicados às famílias, que podem apreciar o almoço enquanto as crianças aproveitam o espaço recreativo. Para Viuller Bernardo, responsável pela comunicação e agendado espaço juntamente com Paula, a Serreal acaba por ser muito além de um bar ou casas de shows, mas sim um estilo de vida para aqueles que a frequentam.
“Acima de tudo, a Serreal é um espaço, neste espaço existe cultura, diversão, diversidade. Existe de tudo dentro desse espaço que vai além do físico”, explica Viuller. “Serreal, como o próprio nome já sugere, é um lugar onde as pessoas podem ser o que elas quiserem”, completa. Preocupada em não apenas proporcionar entretenimento aos diversos grupos, mas também em apoialos, o espaço traz uma contribuição política e sociocultural para os discursos dos seus públicos. Temas relacionados aos diretos humanos, como feminismo e comunidade LGBT, fazem parte da sua programação. Em uma sociedade machista e sexista, uma mulher ser proprietária de um “bar” ainda gera conflitos. É daí que nasce a preocupação da equipe em abordar temas como o empoderamento feminino. “Tem essa coisa de empoderar as mulheres. É um lugar para as mulheres se divertirem porque, às vezes, se divertir parece uma coisa tão simples, mas pode ser muito difícil para uma mulher. Isso é algo irreal. Como pode ser tão difícil para uma mulher se divertir, dançar, ser ela mesma sem ser abusada?”, argumenta Viuller.
Tocando de Reggae a Funk, a Serreal se apresentam como uma opção para aqueles que buscam sair da mesmice.
coisas diferentes, acho que isso é interessante para o cenário. Os bares, que dividem o mesmo público com a gente, tem investidos em inovações e criando uma agenda diversificada”, frisa Viuller.
Para a jornalista, e professora da Universidade Federal do Tocantins, Carol dos Anjos, um dos lugares de memória da população jovem que tece a identidade cultural palmense é a Serreal.
A proposta do espaço é perceptível para seu público, a estudante Carolyne Dias por exemplo, é uma frequentante assídua e explica o seu interesse.
Identidade Cultural
“Quando um ambiente proporciona uma atmosfera musical diversa ele cria oportunidade e incentiva a comunidade artística. Isso unido as discussões e ideologias humanitárias que exalam, até mesmo das paredes do local, fazem com o bar esteja pintando sua identidade na história da capital”, comenta a estudante.
Foto: Bárbara Aguiar
“O lugar, o espaço físico, onde a Serreal se localiza, também, possibilita muito esta contribuição para a identidade cultural da cidade, pois é próximo da universidade onde está a galera que tece a identidade cultural tocantinense, que produz e consome cultura”, ressalta. Já para Viuller, outro ponto importante nesta construção cultural é o estímulo que a Serreal trouxe para o cenário de entretenimento palmense, a partir de suas ideias inovadoras. “Nós percebemos que podemos estimular outros lugares a fazerem
Foto: Henrique Lopes
5 anos sem
Por Luiz Filho
A voz considerada como uma das mais influentes do século, o talento natural e o sorriso inocente são hoje lembrados com saudade. Quase cinco anos após a partida de Amy Winehouse, a memória de sua irreverência ainda está viva. A cantora revolucionou o jazz britânico com seu timbre único e interpretações épicas, e presenteou o cenário musical com seu talento através de obras como Rehab, Back to Black, You Know I’m No Good e Love is a Losing Game. Com uma personalidade ímpar, Amy rapidamente conquistou uma legião de fãs e ganhou espaço no cenário musical. O sucesso veio acompanhado do assédio da mídia e era difícil para a cantora lidar com essa situação. Por ter problemas relacionados à bulimia, uso exagerado de entorpecentes e por ter um casamento
Foto: Reprodução Internet
conturbado, a imagem de Amy foi exageradamente explorada. Fotos da cantora e do marido Blake Fielder-Civil completamente bêbados e drogados pelas ruas de Londres já não eram mais novidade.
um álbum de músicas inéditas da cantora, intitulado “Lioness: Hidden Treasures”. O álbum de compilação póstumo recebeu duas indicações ao Grammy, ganhando uma delas com o Body & Soul, e uma ao Brit Awards.
O assédio da imprensa, o casamento mal sucedido e todos os problemas psicológicos que enfrentava foram determinantes para que Amy sucumbisse à pressão.
Em 2015, o cineasta britânico Asif Kapadia lançou um documentário biográfico da cantora, intitulado Amy. O sucesso foi tanto que a trilha sonora do documentário levou o grammy de melhor música de filme e Winehouse foi indicada para a categoria de melhor cantora no Brit Awards. O filme também foi o vencedor na categoria de melhor documentário do Oscar.
A morte de Amy já estava premeditada, faltavam alguns meses para completar 27 anos, quando a imprensa já perguntava se a cantora, seria mais uma do hall dos artistas que morreram aos 27 anos, como Kurt Cobain, Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison. Faltando aproximadamente dois meses para seu aniversário de 28 anos, Amy faleceu em sua casa. Vítima do abuso de álcool, o motivo parecia o mais obvio, mas para surpresa de muitos, a morte foi “acidental”, como consta no seu laudo. Amy estava a quase um mês se tratando do vício alcoólico, e estava em abstinência, e apesar da quantidade de álcool em seu sangue ser, cinco vezes a mais da permitida para se dirigir em Londres, a morte se deu de fato, pelo seu corpo, que na época estava muito debilitado e culminou em uma parada respiratória. Em julho deste ano, completa-se cinco anos da morte de Amy. Apesar do tempo, o nome da cantora britânica ainda está vivo em premiações. No mesmo ano de sua morte, foi lançado
Cinco anos se passaram e as pessoas estão sempre relembrando a Amy. Este ano, por exemplo, um amigo pessoal da cantora, o fotógrafo britânico Charles Moriarty, lançou uma campanha online para o financiamento coletivo de um livro de fotos inéditas da cantora. O livro, intitulado "Before Frank”, reunirá fotos de 2003, de uma sessão fotográfica que o britânico fez com a cantora. Moriarty foi o responsável por toda a fotografia do álbum de estreia de Amy, “Frank”, por isso o nome do livro. Buscando mostrar um lado mais íntimo da cantora, o livro deve fazer com que os fãs matem um pouco da saudade de ver uma Amy alegre, com o seu topete imponente sobre a cabeça.
A cara da nova MPB
Por Henrique Lopes
Ninguém consegue, ao certo, definir quando ela chegou por aqui, mas de uma coisas todos têm certeza, ela faz toda a diferença. Questionadora, poética, militante, politizada, singular. Ela transcende, como forasteiros, o seu lugar de brilho para se impor em outras áreas, onde achar que seu grito deve ser ecoado. Em cada fase da sua vida, uma forma de resignificar e lidar com os problemas do cotidiano. Não importa se vai falar de um amor marginal, de chegadas e partidas, de guerra ou calmaria, de marcas de dor ou orgulho, ela está preparada para enviar a sua mensagem, com tons que variam dos mais graves aos mais doces, como se perguntasse se preferimos açúcar ou adoçante, enquanto faz com que sintamos a adrenalina pulsar junto com a sua batida. Ah, mas não se engane e não pense que ela tem papas na língua, pois, se não é pra causar um tombamento, ela nem sai de casa, ou melhor, a casa é o lugar em que ela menos está. Ela, que saiu das ruas, dos guetos, deixou emergir de si mesma todos os gritos que, outrora, eram abafados. Uma pequena herança de alguns anos em que, marcados por uma violência sem igual, era preciso andar mascarados e dizer, ocultamente, o que se queria. Agora, gritando “a gente voltou” ela chega para mostrar que a vida é bélica e para isso é preciso se
desprender de preconceitos e padrões. Redefinir-se, para, então, evoluir. Crer-sendo ao som de ícones como Cazuza, Caetano, Gil, Bethânia, Chico, Gal, Ney, Cássia e tantos outros, a sua evolução, foi tão fluída que a transformou em algo maior e mais intenso que antes. E não importa se veste saia, vestido, se é homem ou mulher. Se tem horas com aquela malemolência brasileira e em outras pula como se festa fosse um desbunde geral e como se todos os loucos do mundo estivessem reunidos para dizer eu sambo mesmo. Como quem faz uma visita apenas para um papo banal ela nos toma por completo e torna o nosso dia especial. E na hora de dizer olá, uma dúvida cruel. Eu chamo de Phill Veras ou Céu? Tiago com Iorc ou só Silva? Casttelo Branco, Caio Prado ou Leniker? ÉJeneci e Johnny ou Clarice, Malu e Roberta Sá? Anavitória é mesmo junto? Porque, se for, quero juntos também Tulipa, Ana Cañas, Tiê e Rubel. Leo Fressato e Cícero pra completar e assim fomar a nova geração da música popular brasileira e mostrar que, até no inverno, eles nos fazem veranizar.