Jéssica Oliveira “Personagem Sete Covas, o irmão da morte. Os sete covas é uma entidade ancestral. Ele é um elemental que é a junção da terra com a água, que é argila. Ele ajudou deus a construir o universo. Para ele se manifestar aqui na Terra, ele precisa de hospedeiros humanos. Ele é feito de sombras e precisa da noite para se manifestar, a luz o afeta.” - André Sabre. SETE COVAS MEDIEVAL O DRAGÃO LEGENDÁRIO Há milênios que uma luz chegou a Terra e transformou o corpo de um Rei em um dragão de ouro. Este é legendário e representa a vida do Reino de Camelot. Há uma alma superior, sublime e cheia de benevolência que faz com que as águas dos céus corram no sangue dos seres da Terra. Os deuses da magia conceberam a vida ao Sete Covas, o irmão da morte, uma entidade que usa espíritos de outros corpos para se manifestar. Nesta vida ele se hospeda em Arthur. “Será que eu posso tocar uma rosa sem me ferir? Ela é formosa como os belos cantos das sereias... Morgana tem a pele macia, sua voz é doce como o fruto mais delicioso de todos os pomares. Seu espírito sopra sobre meu corpo que sem ela seria um mero cadáver. Ela é tudo para mim. É como as portas de um templo que se abre para que as águas eternas da humanidade se espelhem em sua luz que me cega os olhos. Eu preciso tocá-la nas noites mais frias, adormecer em seus braços, sentir os seus lábios tão suaves quanto às pétalas das mais cálidas flores das mais gloriosas primaveras.”pensa Sete Covas. Uma trombeta toca: “As chamas dos vulcões estão explodindo aos poucos. É hora de começar a se levantar com os leões gigantes! Nesta terra, ouvimos o esplendor das amazonas e dos guerreiros da terra. Elas se arrastam para marcar o tempo que o dragão foi descoberto. Mas tememos o que pode vir. Sem o dragão legendário o Reino de Camelot pode ser destruído”. – diz Sete Covas. “Neste solo onde pisamos, encontramos os maiores mistérios magníficos, porém uma serpente maldosa veio e fechou as portas do paraíso. Muitos engoliram o fogo e se transformaram em criaturas do inferno. Mas nada poderá, pela força dos deuses, afetar a arma da Justiça!”. – diz Sete Covas. “Há uma feiticeira muito maldosa chamada Adávira que possuiu sem consentimento dos deuses o dragão de ouro. Ela quer seus poderes para seus obeliscos terem cada vez mais energia para dominar todo o Reino e retirar toda a força dos seres vivos para se fortalecer”. - diz Sete Covas.
“Mas eu, o irmão da morte, terei que enfrentá-la com minhas próprias forças. Aqui por sorte temos crédulos na magia, mas muitos infelizmente são incendiados por causa da Igreja”. - diz Sete Covas. “Os reinos podem entrar em conflito imediatamente. Povo de Arthur, Reino de Camelot! Levantemos nossas faces para a verdadeira luta! Estamos agora de olhos abertos e de corações vorazes pelo combate contra nossos inimigos! Nossos corpos não são mera carne, não mais que isto! Temos os céus para ocupar pelas promessas divinas! Nossos espíritos têm gritos sufocados pelo mal que esta maldita nos causou! Devemos combater esta miséria! A praga dessas bruxas nos trouxe esta maldição e agora nosso reino não deverá ser destruído pelas pragas! O dragão de ouro é a Ordem pela qual devemos empunhar a espada! Ele é o símbolo de nossa vida, nossa proteção! De nossa Justiça!”. – diz Sete Covas. De repente, no horizonte das montanhas de onde Sete Covas grita, se vê uma luz se pondo e guerreiros com armas se reúnem aos para gritarem juntos o grito de guerra. “Guerra, guerra, guerra!”- grita Sete Covas junto com os guerreiros. No cemitério: Sete covas vai até o cemitério com um tamborim e entoa um som de morte para acordar os mortos que saem das suas covas para dançar. “Este é o som da dança da morte, pois sábio é aquele que se espelha bem no fim de sua vida. Esse é o ritmo de seus esqueletos que veneram o crepúsculo da lua. Suas vestes são os musgos e fungos da terra, sua carne já apodreceu e ficou para os vermes. Em quem essas figuras reencarnarão?” – diz Sete Covas. “Ainda não temos respostas. Você quer nos entregar seu corpo para reencarnar ou quer fazer parte da nossa roda?” – diz um esqueleto da dança da morte. “Olhe bem para você, já viveu várias vidas e agora quer mais a minha? Não acredito que você está cheio de pactos...”. – diz Sete Covas. “Não estou, a menos que eu herde um...” – diz o esqueleto. “Oh....”- diz Sete Covas. “Mas agora me diga, o que você quer de nós?”- diz o esqueleto. “Eu quero saber em qual direção encontro a feiticeira Adávira.” – pergunta Sete Covas. “Ora, ora, a feiticeira Adávira. Ela está com o nosso medalhão de ouro e fez algumas promessas... Ela vive no Bosque das Sombras, escondida da luz”. – diz o esqueleto. “Agradeço”. - diz Sete Covas. “E nada posso lhe garantir. Pode ser um caminho sem volta. Lá existem criaturas tenebrosas e seres maléficos que podem querer abocanhá-lo. Mas eu não tenho provas
de que isto realmente exista. Só sei de algumas lendas macabras... Há-há-há! [...] Agora, já que nos acordaram, vamos dançar!” – diz o esqueleto. Sete Covas deixa os esqueletos e segue o rumo de sua vida. Sete Covas vai ao lago de Camelot e avista Morgana se banhando como se fosse uma ninfa, seu grande amor, porém não pode tocar nela devido ao pacto. Logo se esconde atrás de uma árvore. “Como a beleza de Morgana me encanta. Meu amor, eu quero você para mim. Se não fosse esse pacto, poderíamos estar juntos agora. Eu vivo para poder te encontrar talvez depois de minha morte. Ah morte, se você viesse eu sucumbiria sem o meu prazer em vê-la. Eu não posso tocá-la, simplesmente não posso. Quem sabe se eu acabar com a bruxa, eu receba um prêmio: o de poder apreciá-la em meus braços”. – pensa Sete Covas. Sete covas se encontra com o sábio merlin: “Você foi encantado pela magia do amor. Não se se sabe quando ela vem e quando vai embora. O importante é que aqui você tem uma missão e logo vai descansar. Mas este pacto foi a sua vida dada para o demônio”. – diz merlin. “Para o demônio, mestre?”- diz Sete Covas. “Sim, ele só o quer lhe ver mais fraco para se fortalecer. Ele o induz ao engano, ele quer que você coma da árvore proibida...” – diz merlin. E quanto aos sonhos que tive, o que eles querem dizer?”- pergunta Sete Covas. “Conte-me sobre eles.”- diz o sábio merlin. “Um mostra um horror assassino dentro de mim que não teve outra escolha senão cravar uma espada no coração de uma bruxa muito má.”- diz Sete Covas. “Este sonho pode ser profético, pode estar mostrando uma chave da porta do futuro”.diz o sábio. “E o que eu devo fazer?”- pergunta Sete Covas. “Você deve desfazer o pacto para voltar a ser livre. Morgana é o amor de sua vida. Acho que eu tenho a resposta para o que você deseja. Retire o coração da bruxa e o traga-me. Você deve acordar o dragão de ouro. Seu sopro é vida, seu fogo é alimento para a alma. Suas chamas são destruição do mal. Lembre-se que você caiu numa armadilha: o pacto. E precisa desfazê-lo”. - disse Merlin. “Mestre... Eu encontrei uma cova no cemitério, de lá saíram uns esqueletos dançantes. Às vezes me perco com o irreal ou outros acham que eu vivo uma ilusão, dizem quem eu nunca vou alcançar meus sonhos. Dizem que estou aqui apenas para lutar e sangrar... O que eu faço?”
“Isso não é verdade... A vida traz muitas coisas belas, como a bondade e é para ela que devemos viver. Devemos estar com um coração puro para encontrar o amor verdadeiro sempre, pois este nos guia para onde devemos ir. Mas sabemos que não somos seres perfeitos e somos muitas vezes somos desvirtuados do nosso caminho. Mas isso depende de cada ser. Seja paciente, em breve o caminho revelará qual é a sua missão e quantos ainda tem que enfrentar. Preste atenção nos sonhos, eles tem muito a lhe dizer”.- disse Merlin. Sete Covas vai ao vilarejo e se prepara para combater Adávira com seus soldados guerreiros. “O sol está se pondo, agora temos total escuridão”.- diz Sete Covas para os soldados. “Ah!” – grito de guerra. “Estamos aqui nos reunindo povo, para finalmente encontrar o dragão de ouro e acordá-lo para a vida do povo de Camelot. Se não fizermos isso, a este reino estará totalmente destruído devido à maldição da bruxa”. “Nossas colheitas estão sempre destruídas devido à maldição!”- diz um dos camponeses. “Nós não temos escolhas. Prestem atenção em seus sonhos, em suas conquistas. Temos que enfrentar esta maldita feiticeira antes que seja tarde demais!”- diz Sete Covas. “Essas feiticeiras deixaram nosso gado louco! Temos que condená-las perante a luz da Igreja!” – diz um dos guerreiros. “Ou é isto, ou é o fim do mundo!” – diz um camponês. “Matem a bruxa! Matem a bruxa! Matem a bruxa!” – gritam os guerreiros. O povo vai até o Bosque das Sombras liderado por Sete Covas. Eles estão dentro do bosque e de repente escutam alguns ruídos... “Mas o que é isto?” – disse o guerreiro. “Desembainhem as espadas! Fiquem atentos” – disse Sete Covas. “Que cheiro é esse?” – pergunta Sete Covas. “De repente Sete Covas avista um bicho sacrificado no meio do bosque. Tudo indicava o caminho para a casa da bruxa”. “Por aqui.”- diz Sete Covas. Sete Covas avista ao longe uma casinha no meio do bosque, com luzes ligadas. “É ali que ela só pode estar”.- pensa Sete Covas. Sete Covas não espera duas vezes e queima a casa da maldita.
“Queimem a bruxa!” – grita Sete Covas. De repente se avista Adávira saindo de sua casa as pressas. Sete Covas vai atrás dela e a golpeia. Ele crava a espada no coração e o ergue como um triunfo. “A bruxa está morta” – diz Sete Covas. Sete covas encontra o dragão de ouro e o leva consigo junto com os guerreiros. Agora o sábio merlin o recebe. “Está aqui mestre, o dragão de ouro.” “Vejam só, então você decidiu dar um fim a vida de Adávira”. – diz Melin. “Adávira era uma jovem bruxa. Na infância sempre usou magia como usufruto. Agora ela está morta. E sua casa desabando sob o fogo. Vitória ao Reino de Camelot”. – diz Merlin. “Mestre, eu sinto em meu peito um aperto muito grande. Em meu coração ressoa a angústia. O que devo fazer?” “Você deve seguir o caminho verdadeiro dos sábios. Deve desfazer o pacto”. – disse Merlin. “Como faço isso?”- pergunta Sete Covas. “Enfim, mas não se sabe se a morte não vai recusá-lo para os seus propósitos”. “Eu só tenho uma alternativa: tentar”. “Tome a água mais pura e doce que puderes e peça para que a morte o deixe”. - disse Merlin. “E o dragão de ouro?” “Desta vez, você conseguiu recuperá-lo graças à morte. Mas você deu a alma para ela fazer o que bem entende com você”. – disse o sábio. “A morte parece sábia, mas ela é astuta. Ela leva todos e dela ninguém foge, ninguém escapa. A morte não venera a ninguém, se não ela própria. Você não quis dançar com os mortos, eles não o aguardam para a última dança”. – disse o sábio. “Aqui está o coração da feiticeira má”. – disse Sete Covas. “O coração. Eu não sou nenhum deus para lhe mostrar o que é certo ou errado. Mas o coração da feiticeira estava podre demais e poderia lhe contaminar com sua maldade. Ela queria o dragão de ouro para ter todo o poder de um reino para si. E tudo que ela atraiu foi miséria, dor e morte. Era isso que ela queria para nós e ela se tornou nosso sacrifício humano.” – diz Merlin. “Eu não posso ver a luz, mestre. Não posso tocar minha amada. Eu me sinto na pior das prisões: a minha própria pele”. – diz Sete Covas.
“Meu coração não é tão bom assim mestre. Parece que eu nasci apenas para morrer enquanto vejo os outros tendo vidas felizes. Eu gostaria de ter uma vida nova, mas a morte me impede”. – diz Sete Covas. “O espírito do dragão descansa e logo ele se torna uma lembrança para a vida em Camelot: a vida que sempre almejou o Rei”. – diz o sábio. Agora podemos ver o dragão de ouro brilhando novamente em Camelot. Podemos ver os rostos das crianças sorrindo, correndo e saltitando. Podemos ouvir novamente os pássaros que antes não mais cantavam. Podemos ver casais amorosas contemplando a natureza e os rios cantando junto com as árvores das florestas. Agora podemos ficar mais contentes Sete Covas. Não deixe sua alma cair em prantos desnecessários. Tudo tem um propósito, basta crer. – diz Merlin. “Sim, obrigado. Eu sonhei com um anjo nestes dias. O anjo queria me dizer algo, mas eu parecia incapaz de ouvi-lo. É como se eu fosse surdo”. – diz Sete Covas. “Um anjo. Não era o anjo da morte?”. – pergunta o sábio. “Eu não sei lhe dizer”. - diz Sete Covas. “Ele dizia: Se entregue a luz divina, assim você estará no caminho”.- diz Sete Covas “Há um caminho que é o do Espírito. Você se sente como um fantasma, mas há brilho em seus olhos... Você precisa se libertar do mal que escolheu para si. Livre-se das escolhas da morte”. – diz o sábio. “Mas e agora mestre, o que farei? Minha alma está presa nesse corpo e eu não posso acabar com o pacto”. – diz Sete Covas. “O que você quer com o coração da maldita?” – pergunta Sete Covas. “Eu quero que você acorde o dragão de ouro”. – disse o sábio. “Eu gostaria de saber a resposta para tudo, mas eu careço de respostas. Eu me sinto desamparado e fraco demais para lutar novamente. Minha angústia parece eterna e eu não posso feri-la”. “Sim, mas use a angústia como uma arma letal para crescer. Ela vem e vai. Nada é para sempre aqui na Terra, meu caro. [...]. Sopre o dragão e sinta-se mais liberto. Depois de soprado, luzes brilhantes aparecem em torno do dragão que volta a vida. “Então era isso que Arthur devia ter feito. Eu estou no corpo dele”. – diz Sete Covas. “Era isso. Você escolheu um pacto e não pode se desfazer. Mas tenha esperança, é possível sonhar com a beleza da vontade do espírito. Olhe para o horizonte e descubra o que há lá”. “Se é isso que devo fazer, então seguirei os conselhos do mestre”. - diz Sete Covas. Eu olho para o horizonte
E fujo do sol Você quer fazer despertar uma alma que se sente vazia? Escolha o crepúsculo do amanhecer E peça para que os deuses lhe concebam um caminho. Entre pactos e pactos, se você estiver livre de um Você se sentirá liberto como um pássaro. Eu marcho para a guerra Minha vida é mórbida e não apaixonante Eu me curvo ao que o merlin quer Mas nada pode me arrancar do que a morte me fez Eu respiro e vagarosamente me encontro Na neve, no fogo Eu piso firme e me pergunto o que eu posso oferecer para os anjos voltarem”.