Her Ideal nº 23 Março 2014

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ÍNDICE 3 - carta da directora 4 - Júlia custódio 12 - Sandra Sá a Nú 20 - A ARTE DE BEM ENGANAR 22 - Aguardente de Medronho 26 - A saudade não é eterna 28 - girls night out 36 - A harmonia entre o antigo e o novo 44 - HER 46 - Miguel Godinho 50 - JAPEUCH 54 - Novo look? 56 - MODA 62 - Sarenza, Zalando, JustFab... 64 - A mensagem 66 - EXFOLIANTE CASEIRO 70 - Algumas Estratégias para ir para Cima 74 - MULHERES que pensam diferente

80 - Conseguem proferir Mler Ife Dada? 82 - Maçã e Canela 84 - GADGETS 86 - PEUGEOT 3008 88 - FICHA TÉCNICA


Carta da Directora Estamos a pouco tempo de completar o nosso segundo aniversário. Com ele muitas novidades estão para chegar, a primeira começa aqui. A Her Ideal reestruturou-se e passa agora a ser uma publicação mais centrada na região do Algarve. Queremos no entanto continuar a revelar o que de melhor se faz em todo o país. Vai notar que algumas seções terminaram, mas ganhámos outras igualmente interessantes. Continuamos a falar de moda, lifestyle, a ter as crónicas de opinião entre outras. Nesta edição contamos-lhe a história de uma mulher de negócios cheia de garra e determinação, para quem o trabalho é um prazer. Com esta conversa com Júlia Custódio tive, mais uma vez, a confirmação de que o segredo do su-

cesso está em fazermos aquilo que gostamos. Cruzo-me diariamente com pessoas que se dizem frustradas, desanimadas, desmotivadas e ao fim de meia dúzia de palavras trocadas descubro que são pessoas que estão ao sabor do tempo, à espera de que algo aconteça. Depois cruzo-me com as que têm sucesso e verifico que essas pessoas não se conformaram, arriscaram, lutaram pelo que mais gostam e fizeram acontecer. No fundo foi preciso uma dose de coragem, que muitas vezes está apenas adormecida em nós... Faça acontecer, arrisque, nem que seja um passo de cada vez. Por experiência própria garantolhe...vale a pena! Boa leitura.

Inês Pereira


Júlia custódio

Quando o trabalho é um prazer. texto de inês pereira fotografias Virgílio Rodrigues

D

e sorriso tímido mas com uma energia contagiante logo pela manhã, Júlia Custódio recebeu a Her Ideal para uma conversa aberta e como nunca tinha feito. Define-se como uma “mulher independente, trabalhadora, ativa e direta”.

A partir deste ponto Júlia não parou mais. “Todas as amigas tinham de ter uma casa. Eu ia com elas, dava conselhos. Depois começaram a desafiar-me para abrir uma imobiliária. Mas, na altura, era a formação que me dava bom ordenado”.

Formou-se em Informática em Beja e passou 10 anos a dar aulas na área da formação profissional. Chegou a ter uma empresa de formação informática. Continua a dar formação, mas agora na área do empreendedorismo, marketing e formação de empresas. O mundo dos software fascinava-a mas o gosto pelas casas falou mais alto.

Não colocou a ideia de lado e decidiu que iria vender casas a tempo parcial. “Trabalhava numa empresa ligada ao turismo. Pedi uma semana de férias ao meu chefe e tratei de todas as burocracias necessárias. Fiz tudo com muita calma.

Desde pequena que sempre foi apaixonada pelo imobiliário. “O meu pai tinha uma empresa de pinturas e eu acompanhava-o muito nas obras que fazia na Quinta do Lago e em Vale do Lobo. Sempre gostei muito de decoração também. Aos 20 anos comprei uma casa (risos), na altura juntei uns 500 contos e fui ao banco. Comprei uma casa em Faro”.

A primeira casa que vendi foi a um senhor com aspeto de sem abrigo, cheio de sacos e cães, nunca ninguém lhe tinha mostrado uma casa. Pediu-me uma quinta. Já tinha uma para vender, meti-o no meu carro, mostrei-lhe a propriedade e dali à escritura foi tudo muito rápido. Fiquei muito entusiasmada e passadas 3 semanas pedi a demissão ao meu chefe.” Há 10 anos que a Janela Imobiliária existe.




Conta com uma dezena de funcionários. O primeiro que contratou, logo na altura em que estava a montar a empresa, ainda se mantém como o seu braço direito. “Comecei do zero. Abri a loja de Faro em Abril, em Setembro já tinha uma agência em Olhão e no ano seguinte foi a vez de Almancil. Cheguei a ter também loja em Lisboa, mas agora só mantenho Faro. Os primeiros anos foram muito bons. Agora com a crise vamos mantendo pois temos vários clientes fiéis que nos continuam a procurar e estamos a explorar novos mercados para angariar clientes”. França, China e Angola fazem parte do leque. A empresa que esta algarvia abriu há 10 anos, já viu muitas concorrentes abrir e fechar portas, o segredo para se manter e sem ter de reduzir o número de funcionários está como Júlia Custódio diz “ na proximidade com o cliente, na atenção que lhe dedico, na disponibilidade, no árduo trabalho, na dedicação... posso estar na fila do supermercado e estar a falar com um cliente, até de madrugada respondo às solicitações. Não faço nada disto forçado, nada disto é planeado. Sou mesmo assim, está em mim comunicar e dar atenção. O meu trabalho é um prazer, faço o que gosto”, remata.

A completar uma década de existência e experiência reconhecida, na venda e arrendamento de imobiliário, a Janela Imobiliária é a única empresa do género em Portugal a ter o certificado “Carbono Neutro”. Preocupada com o ambiente e sempre atenta às questões ecológicas Júlia Custódio, faz questão de todos os anos, com as próprias mãos, plantar sobreiros. O número é equivalente à quantidade de energia gasta pela empresa ao longo de um ano, desde o combustível das viaturas, o ar-condicionado, eletricidade, etc. Uma das últimas ações neste âmbito decorreu na Serra do Caldeirão, devastada por um incêndio no verão de 2012. Através da associação LARA e com a ajuda da população local foi possível reflorestar boa parte do território do concelho de São Brás de Alportel. Mas Júlia Custódio faz na sua empresa muito mais do que a venda e arrendamento de imóveis. É uma empresa onde tudo acontece. Ao cliente só basta confirmar a compra ou arrendamento, tudo o resto é a equipa que trata. Desde obras de remodelação interior e exterior, decoração e até é possível, na loja de Faro, fazer reuniões entre proprietário e fornecedores. É um serviço chave na mão que conta com a confiança reconhecida de cen-

tenas de clientes nacionais e estrangeiros. A cultura também tem espaço. Na própria decoração da sede chama-nos a atenção um antigo piano que muitas vezes fazse soar pelas mãos de clientes ou amigos. Para além disso são muitas as exposições organizadas por Júlia Custódio em conjunto com artistas locais. A última, ainda a decorrer, com JAPEUCH, pintora francesa de renome que vive no Algarve (ler entrevista nesta edição da her ideal). Para Júlia Custódio “o lar é o mais importante” e é por isso que o seu trabalho não começa e termina na sede da empresa em redor dos imóveis. São inúmeros os workshops e outras iniciativas que realiza sempre em redor da temática da Casa. Já foram realizados diversos cursos como “Porta 65” para aconselhamento sobre arrendamento jovem; “Feng ShuiCasa arrumada, mente sã” onde se debateu a influência das cores da casa para o bem-estar de quem a habita. Outros estão já agendados para os próximos meses e as inscrições para estes eventos esgota sempre. “Chá das 5” foi também uma iniciativa com grande adesão. Durante um ano e uma vez por mês, Júlia Custódio proporcionava aos seus parceiros um



contato e convívio informais onde se “trabalhou o network e desenvolveram novas formas de negócio e parceria”. Neste negócio tão imprevisível o arrendamento é agora o mais procurado, mas “em termos de faturação iguala as vendas”, revela. Alguns “poucos” portugueses ainda compram casa de férias no Algarve mas “são os estrangeiros quem mais investe em imobiliário”. O telefone de Júlia está sempre a tocar, são clientes que querem mais um conselho, a

página pessoal de Facebook “também ajuda a vender casas”. Sorri e diz que “estou sempre a trabalhar, mas faço o que gosto”. Pergunto como consegue ter tempo para tudo: empresária, mãe e mulher? “Todos os dias almoço com as amigas ou família, à noite e ao jantar estou com a minha filha, aos fins-de- semana também trabalho mas combino programas culturais, uma saída à noite com as amigas. Não vejo televisão, não vou ao ginásio como queria, mas faço outras coisas de que gosto muito. Adoro correr, fazer caminhadas no campo e jogar golfe”.

Apesar de gostar do desafio e da falta de rotinas, que é o que mais gosta neste negócio, Júlia já tem boa parte do seu futuro delineado, com uma enorme gargalhada revela que “gostava de me reformar aos 50 anos. Passar mais tempo a jogar golfe, continuar a fazer a parte do marketing na empresa e a gerir claro está, mas sem estar aqui a tempo inteiro. Continuar a dar atenção ao cliente, mas na retaguarda” e, com um olhar mais nostálgico, revela “gostava que a minha filha continuasse o meu legado”.





Sandra Sá a Nú entrevista de ANDREIA ROBERTO fotografias dxl



Apresentadora, relações públicas, organizadora de eventos, Sandra Sá é uma mulher do Norte e revelou um pouco de si à Her Ideal.

minhas particularidades é a minha descontração em todas as situações, dai o facto de preferir fazer diretos em detrimento de formatos gravados.

Sobra-lhe tempo para a família e amigos? Claro que sim, tem que sobrar para minha estabilidade emocional.

A Sandra, atualmente, é um dos rostos da MVM TV e assume funções de apresentadora no talkshow Chá das 4. O que fez despertar o gosto pela televisão? Tudo começou numa experiência de produção e apresentação no Porto Canal e nos 8 anos seguintes se tornou uma coisa seria.

Para além de apresentadora, a Sandra também trabalha como relações públicas, marcando presença em vários eventos nacionais e internacionais. O que a atrai nesta área? Assim como em televisão, o fascínio da área das relações públicas é o poder de contactar com pessoas nas mais variadas áreas.

É fácil conjugar a vida privada com a vida profissional? Muito, porque a minha vida profissional faz parte da minha vida pessoal.

Desde sempre foi uma preferência manifestada? Não , foi obra do acaso, até porque a minha primeira licenciatura foi em Desporto. Como encara o seu percurso neste ramo? Um percurso de aprendizagem e maturação nesta área. Cada uma de nós tem uma marca que se destaca e nos diferencia das demais. Qual o seu “símbolo idiossincrático” que a distingue de outras profissionais do panorama televisivo? Esta resposta é sempre mais fácil ser dada por outros que pela própria, mas, uma das

Existe uma ligação entre o trabalho e o contacto com as pessoas? Invariavelmente para mim trabalhar é comunicar com pessoas. Acaba por ser uma forma de juntar o útil ao agradável e promover o networking? Sem dúvida, no Século XXI não há uma sem a outra. Como consegue conciliar o papel de apresentadora com o de relações públicas? Quando gostamos do que fazemos, conciliar tudo é extremamente simples até porque tudo se interliga.

O que, ainda, falta atingir, para se sentir realizada? Tem algum sonho que me possa revelar? Os sonhos não se revelam, concretizam-se mas são muitos na minha área . Qual a melhor recompensa que pode ter, fruto do trabalho desenvolvido? Realização e conhecimento . Algumas curiosidades: Cor favorita: Vermelho Viagem de sonho: Índia Peça de roupa que não pode faltar no seu closet: bons casacos Maquilhagem sempre ou só em trabalho: Só em trabalho Truque para estar sempre bela: Sorrir imenso e muito hidratante.


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CRÓNICA

A ARTE DE BEM ENGANAR Peripécias de uma família pouco convencional CRÓNICA de ANDREIA RODRIGUES

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Mãe podes dar-me um saco para levar uns brinquedos para a escola?- pergunta o Gonçalo de manhã bem cedo, antes de sairmos de casa.

- Tens um de papel no teu quarto que trouxeste ontem do carro – respondi-lhe enquanto vigiava as torradas na cozinha. Passo pelo Gonçalo uma, duas, três vezes… até que anuncio: - Está na hora de lavar os dentes! E lá vem ele com o seu saco pela mão. – Filho, encosta o saco ao sofá e já o levas quando sairmos- aconselho-o na inocência de uma mãe de um anjinho de 4 anos (acabados de fazer). E ele assim o fez.


Chegados à escola e já a vestir a bata, o Gonçalo exclama muito preocupado: - Esqueci-me do saco com os brinquedos no carro! - Calma! Qual é o brinquedo que queres que te traga? – perguntei na tentativa de terminar o assunto por ali. - Ah…traz o saco todo – pede ele. Quando chego ao carro e olho para dentro do dito saco vejo uma pistola de plástico que sinceramente nem sei de onde veio, já que em casa só se tropeça em carros, aviões, camiões, tartarugas ninja e homens aranha…peguei na arma e levei-a até ele. - Achas mesmo que te ia dar esta pistola para trazeres para a escola? – interroguei naquele tom que o obriga a baixar o olhar. Perante o seu silêncio, expliquei-lhe: - A escola é como a nossa casa. É um lugar de paz e amizade, onde aprendes a ser um bom menino, a ajudares os teus amigos, a seres feliz. Aqui não há espaço para guerras, armas e coisas más. E ele devolveu-me o olhar. Mudei de assunto e despedimo-nos com o nosso beijo e mega abraço que me aquecem o coração. Até àquele momento ainda não tinha tido tempo de pensar seriamente no assunto. Na viagem entre a escola do Gonçalo e o meu trabalho, que mais não são do que 5 minutos, cheguei a uma conclusão estonteante: o meu bebé enganou-me! Desde o primeiro instante que ele soube que eu não o deixaria levar a

pistola para a escola, daí tê-la escondido no saco quando poderia facilmente levá-la na mão. Por segundos esbocei um sorriso orgulhoso com um balão de pensamento a pairar-me por cima da cabeça: “Malandro, tão pequenino e já com esta esperteza toda”. Mas, logo a seguir, a nuvem desfez-se e uma enxurrada de interrogações inundou-me os pensamentos: Será que ele mentiu deliberadamente? O que o levou a fazê-lo? Estarei a ser demasiado opressiva? Mas depressa percebi que o meu filho omitiu uma informação porque tem a clara noção de que estava a transpor uma regra. E o sorriso voltou-me ao rosto. Alegrei-me ao pensar que o Gonçalo está em pleno desenvolvimento das suas habilidades cognitivas, essenciais ao crescimento. Em vez de dramatizar, desliguei o “complicómetro”, que teima em andar sempre atracado às mulheres, e optei por falar abertamente com ele sobre os aspetos negativos da mentira e as vantagens da verdade. Em vez do tradicional “raspanete” fi-lo perceber que existem outras formas de atingir os seus objetivos, sem mentiras. E que pode brincar aos polícias e aos ladrões com o seu amigo Vasco, usando a imaginação para transformar lápis em pistolas e construir algemas de papel. Porque é fundamental que os nossos filhos se sintam seguros para dizerem a verdade, sem receio de severas repressões ou ameaças. O contributo mais importante que um pai pode dar no sentido de educar uma criança na verdade é desenvolver uma relação baseada na confiança. E a confiança conquista-se todos os dias através do exemplo.


Aguardente de Medronho

A transformação de um dos melhores frutos que a serra algarvia dá. TEXTO e fotografias de inês pereira

O

Outono está a chegar ao fim e a serra do Algarve, pintada de verde, ganha um colorido diferente. Pequenos pontos ou manchas vermelhas espalhados aqui e ali. Temos de olhar com mais atenção e chegar bem perto para percebermos que são as copas de pequenas árvores, mais parecidas com arbustos, as responsáveis por estes tons vermelhos. São os medronheiros que estão carregados de fruto pronto a ser colhido por mãos experientes. Quem não conhece a arte de colher medronho arrisca-se a estragar um ramo ou uma árvore inteira e estas são preciosas, pois não estão em linha como em qualquer pomar. Estão espalhadas pela serra, muitas vezes, em locais íngremes de difícil acesso. Por trilhos raramente pisados pelo Homem seguimos atentos os passos de Jorge Lima, produtor de licores e aguardente de medronho. Vai de cesto de verga na mão, é suficiente para o que se pretende, é apenas uma formalidade para “mostrar como se apanha bem o fruto” explica. Não costuma ser ele a apanhar medronhos pois tem vários fornecedores, “cada vez mais escassos”, refere, para logo a seguir acrescentar que “aquilo que se paga de impostos (pois qualquer pessoa que se dedique à agricultura tem de estar coletada) não justifica andar pela serra em busca do medronho. Antigamente é que havia muita gente espalhada por esses montes na apanha do medronho. Era uma ajuda aos restantes rendimentos e agora já não há jovens que queiram estes trabalhos duros e que rendem pouco”. Mas Jorge Lima ainda conta com alguns resistentes e são esses que lhe garantem o tão desejado fruto. Assim que se encontra a árvore ideal passamos a escutar a explicação desta primeira arte de colher medronho. O já experiente produtor explica que “só os maduros, aqueles bem vermelhos é




que são bons para fazer aguardente, são esses que têm o melhor sabor”. Depois passa a exemplificar como devem ser retirados da árvore, “tem de ser com muita suavidade para não ferir tudo o resto porque queremos voltar a vir aqui e encontrar novos frutos no próximo ano”. “Isto se houver, porque a Natureza é que dita se é ou não um bom ano de produção, não há explicação científica para isto. Não é o calor, a chuva ou falta dela. Tanto pode ser um bom ano e no seguinte não termos nada, como podemos ter dois ou três seguidos com muita produção, é sempre uma incógnita”, remata. Depois disto os medronhos são colocados em potes onde irão ficar a repousar, no mínimo, 45 dias, durante os quais é sempre monitorizada a entrada de oxigénio e saída de dióxido de carbono. Um pequeno furo na tampa onde é colocado um tubo fino de plástico que deixa correr o vapor para uma garrafa é o engenho ideal. Passado o período da fermentação os medronhos transformam-se numa pasta de cor forte, um amarelo torrado, que está pronta a entrar na caldeira. Um forno rasteiro ao chão é das partes mais importantes

deste processo. Tem de ser forte o suficiente para fazer ferver a mistura, mas suave para não a queimar. “Só quem aprendeu esta arte com os antigos é que consegue fazer boa aguardente de medronho”, diz Jorge Lima. “O meu mestre foi o meu pai, o dele o meu avó. É uma coisa que está na família há cerca de 70 anos”.

bém de alfarroba, de tudo um pouco. O cliente gosta mais do licor porque é mais em conta. A aguardente de medronho, pelo processo demorado e pelo IVA a 23%, acaba por ser um produto caro, consumido apenas pelos verdadeiros apreciadores. O português gosta o estrangeiro também está a começar a apreciar”, revela.

Passadas duas horas, o fogo fez o seu trabalho e a mistura da massa com vários litros de água começa então a ferver, é nesta fase que se fecha o alambique selado com a primeira camada da pasta de medronho. É preciso esperar mais um par de horas até ver um líquido transparente correr pela bica para dentro de um pote de inox, tapado por um pano de linho para coar a mínima impureza que por ali possa estar.

Mas nem as dificuldades demovem este produtor. Está a remodelar e ampliar o espaço onde faz o engarrafamento e venda dos seus licores e aguardentes e juntamente com um jovem barman vai inovando. Em feiras e eventos onde costuma apresentar os produtos faz demonstrações de cocktails que podem ter como base a aguardente de medronho e depois, como conta orgulhoso Tiago Laginha, “é puxar pela imaginação, fazer testes, provar e descobrir quais os melhores sabores que combinam.

A aguardente está feita e precisa de repousar numa pipa de carvalho. Um mês de estágio se for para vender como corrente, cerca de quatro para se considerar envelhecida. Jorge Lima diz que na sua loja, em São Marcos da Serra, concelho de Silves, o produto mais procurado é o licor. “Fazemos aqui licores de muitos sabores, desde chocolate, canela, figo, amêndoa, poêjo e há tam-

Os que já usamos e sabemos que funcionam são os típicos algarvios, como a laranja, o limão e até a flor de sal”. Uma nova roupagem e interpretação que surge como alternativa ao típico copo de shot que permite, de um gole só, beber a aguardente de medronho.


CRÓNICA

A saudade não é eterna CRÓNICA de luís pinto da silva

C

ostumamos acreditar que a grandeza de um homem se mede pela falta que ele faz.

Todos nós sem exceção, durante a nossa curta existência, vamos perdendo pessoas de quem gostamos profundamente. Não é fácil sentir desabar o nosso pequeno mundo, ver morrer aqueles que consideramos indispensáveis , os pilares do nosso equilíbrio. As saudades que sentimos apagam a maioria dos defeitos e enaltecem todas as qualidades, agravando a falta sentida. Lentamente o tempo apaga a dor, mas também desvanece a memória, e aos poucos vamos esquecendo aquilo que parecia inesquecível. Não apenas meros pormenores,


mas verdadeiras marcas da presença, como o cheiro, o riso, os hábitos, a voz, forçando um luto necessário mas não desejado, que permite adquirir defesas, transferir os afectos substituir a presença e apaziguar a mágoa que a separação nos causa. Todas as formas mudam, decaem e perecem ou se transformam, são todas efêmeras e caducas. É uma lei da vida, tendemos a ser esquecidos porque a saudade não é um sentimento que se ensine ou se transmita. Todos nós um dia, não passaremos de uma fotografia velha, abandonada no fundo de uma gaveta, que uma mulher a dias descuidada resolve deitar fora. Só nessa altura é que verdadeiramente morremos, quando deixamos definitivamente de ser recordados. Mas isto nem sempre é assim, alguns privilegiados, por conta do mérito ou da popularidade que atingiram, conquistam um definitivo lugar na história. O critério parece ser injusto e pautado por emoções. Só assim se percebe que os golos de um jogador de futebol, possam conceder maior notoriedade do que um contributo médico para o avanço da ciência. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os

poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Por vezes a história recorda tiranos implacáveis, homicidas cruéis, vândalos sanguinários, que à conta dos horrores que cometeram conquistaram uma dimensão perene e universal. Parece ser o caminho mais fácil para atingir a intemporalidade, com inscrição direta nos anais da história, porque o apreço demonstrado por quem deu um exemplo de vida, é muito mais modesto, resume-se a ter um nome numa rua ou a ser uma decorativa estátua no centro de uma praça. Com efeito, tal cortesia é na maior parte das vezes um presente envenenado, porque a honra não sobrevive à medida do tempo e vai-se desvanecendo em cada geração que passa, até que dela mais nada reste. Depois é assistir à humilhação de ver os mais novos questionarem sobre quem é o c..alho que dá nome à rua ou o cromo encardido que serve de poleiro às pombas. A honra não se renova quando é protegida por outros, como no poema de Tvardóvski “Respondo pelo que é meu e somente, uma coisa me ocupa a vida inteira, o que sei bem melhor que toda gente, quero dizê-lo e da minha maneira.”


Fotografia: Carlos Vidigal Jr. Modelos: Sara Ramalho, Joana Silva Produção: Her Ideal Guarda-roupa: Flame

girls night out




Fotografia: Carlos Vidigal Jr. Modelos: Sara Ramalho, Joana Silva Produção: Her Ideal Guarda-roupa: Flame



Fotografia: Carlos Vidigal Jr. Modelos: Sara Ramalho, Joana Silva Produção: Her Ideal Guarda-roupa: Flame


Fotografia: Carlos Vidigal Jr. Modelos: Sara Ramalho, Joana Silva Produção: Her Ideal Guarda-roupa: Flame



PUBLI-REPORTAGEM


A harmonia entre o antigo e o novo POR Ambientes & Detalhes


Pormenor da escrivaninha com artefactos africanos e arranjo floral campestre em jarra da Vista Alegre.


O vão das escadas de acesso à zona privada e o hall dos quartos receberam ainda papéis de parede da coleção Gracia da Eijjfinger. Em pleno centro de Faro, uma moradia de área generosa reflete uma forma de estar onde o presente e o passado convivem em harmonia. A proprietária, empresária e com um quotidiano bastante ocupado, recorreu à Ambientes & Detalhes no sentido de conseguirmos “dar um toque“ de contemporaneidade a um espaço que já estava

mobilado. Sem hesitações e com muito carinho de imediato aceitámos o desafio. Uma das peças que a cliente viu e pela qual se apaixonou logo no nosso atelier, foi um candeeiro/biombo todo em fundição de origem 100% nacional e que encaixou na perfeição por cima da lareira. Ainda na sala, para dar um

toque fresco e de jovialidade ao ambiente que por si só transpirava “classicidade”, as decoradoras optaram por tecidos estampados com motivos florais em linho da recente coleção Closer da Pedroso & Osório e veludos brancos e azul petróleo e ainda umas riscas da Soleil Bleu que utilizaram nos abat-jours e nas almofadas que compõem os sofás.



Conjunto de potes em cer창mica azul aqua com arranjo floral de rosas Champanhe comp천em o aparador de cerejeira.


No recanto da lareira da sala, as paredes receberam ainda um revestimento mural em Mica a imitar pedra, um exclusivo da Ambientes & Detalhes que proporcionou requinte e grande conforto visual.


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Ambientes & Detalhes Tlf: 289 090 678 Rua Ferreira Neto, nยบ5 8000-342 Faro


CRÓNICA

Her

CRÓNICA de adriano cerqueira

“ Falling in love is a crazy thing to do. It’s like a socially acceptable form of insanity. Amy, Her (Spike Jonze, 2013)

Uma história de amor”. Um título adequado para um filme que é, na sua mais pura simplicidade, e antes de qualquer outra designação, um filme sobre Amor. Um amor impossível, talvez, mas real naquele singular universo, retratado sob a visão de Spike Jonze.

Her conta a história de Theodore Twombly, um escritor de cartas, um intermediário de emoções reais entre pessoas fictícias. Um instrumento de contacto, uma ferramenta de proximidade, para quem há muito desistiu de procurar em si próprio algo real para partilhar com a pessoa que ama. Cartas reais, escritas à mão por computadores. Fictícios pedaços de papel. Objetos da imaginação, da inspiração, das emoções de um intermediário escritor. Só, entre uma multidão de fictícias personagens, desligadas entre si. Mas Her não é uma crítica social.


Her conta a história de Theodore Twombly, um divorciado, desligado do resto do Mundo. Vítima das suas falhas de comunicação, da sua incapacidade de encarar os problemas. Da profunda depressão do seu dia-a-dia, e de uma relação que há muito não partilha qualquer sentimento de paixão, de desejo, ou de amor. Mas Her não é o percurso de um Homem pelos diversos estágios de luto, e de aceitação. Her conta a história de Theodore Twombly, um Homem que compra o primeiro Sistema Operativo regido por uma Inteligência Artificial. Uma existência que questiona o que faz de alguém, ou de algo, Humano. Uma existência que redesenha a definição de alma. De vida. De consciência. De existir. Da essência do próprio ser. Mas Her não é um filme de ficção científica, nem tão pouco um ensaio filosófico. Her conta a história de Theodore Twombly, um escritor de cartas divorciado, e de Samantha, um Sistema Operativo com Inteligência Artificial. Uma história de amizade, de descoberta. A história de um amor improvável. Um amor impensável. Um amor tão puro e honesto como qualquer outra história alguma vez contada, e ainda por contar. Uma história de paixão, de desejo. De encontros. De namoro. De descoberta. Uma história de amor. Um guião construído sob as subtilezas do percurso natural, que orienta o romancismo de uma relação. Uma cenografia bela na sua simplicidade. Futurista, mas próxima. Tão real como o menos distante dos amanhãs. Um design de produção discreto e inteligente. Tão sólido como a transição das cores da roupa de Theodore ao longo das estações. Do salmão da Primavera da sua relação com Samantha, ao

amarelo do Verão do amor que ambos partilham. Do castanho, e promíscuo Outono, até ao branco Inverno deste seu novo mundo. Uma interpretação a rasar o perfeito. Um elenco de luxo, protagonizado por um Joaquin Phoenix, sem medo de sentir. Sem medo de chorar. Sem medo de amar. Um mundo tão próximo de nós. Um mundo que é já nosso, sem nos apercebermos. Um mundo interligado na sua solidão. Sempre em contacto, mas eternamente sós. Sempre próximos, mas a uma distância constante. Um mundo onde é mais simples criar emoções, do que senti-las. Isolar-nos em nós próprios, em vez de enfrentar os nosso problemas. Fugir, em vez de falar. Mas Her também é um mundo de possibilidades. De novas formas de amar. De estar presente, mas ausente. De dar valor ao sentimento, ao diálogo. À profundidade do coração, e da alma de cada um. À essência. Ao doce sabor de partilhar a tua vida com alguém. De sentir uma ligação mais forte do que os limites do real, e do imaginário. De sermos um, sem as barreiras do preconceito, do fútil, do físico, do visual. Um mundo onde é possível apaixonarmo-nos tão completamente, que até o mais céptico dos cínicos não consegue ficar indiferente. Her é um filme sobre Amor. Não sobre a relação Homem/Máquina. Não sobre a falsa sociedade em rede. Não sobre a depressão, ou o isolamento. Mas sim, sobre um Amor à distância. Um Amor real. Um Amor completo. Her é uma história de amor.


Jovem promessa da poesia no Algarve

Miguel Godinho

fala-nos do jogo de cintura que é a vida

Texto de susana helena de sousa fotografias cedidas

N

ão teve uma apresentação formal o livro de Miguel Godinho. Intencionalmente, porque o autor não se revê nas apresentações institucionalizadas, nas «sessões de apresentação pública». Gosta das coisas mais desalinhadas e no seu mais recente livro de poesia fala-nos de «O tempo por entre as fendas». Conta-nos o que encontra, do que o prende e do que se desvia o mais que consegue. O título do livro de Miguel Godinho diz-nos que o autor tem cada vez mais “a noção que a vida é um jogo de cin-


tura, que o mundo e as pessoas têm um lado negro e um lado luminoso, que o tempo tem uma dinâmica própria, ou que nós lhe atribuímos uma noção que se vai alterando ao longo dos tempos; que à medida que vamos envelhecendo, tendo filhos e contas para pagar, ganhamos outro tipo de preocupações que não apenas deixarmos o tempo correr, e então tendemos a ver a vida com outros olhos, tentando aproveitar todos os minutos e tirar dela o máximo possível, porque sabemos que caminha-

mos em contraciclo, sabemos que não tarda já vivemos tudo aquilo a que tínhamos direito”. A mensagem central do livro “é a de que devemos aproveitar todos os segundos da vida porque isto é tudo uma passagem. Não tarda, já se acabou. E muito provavelmente, temos coisas celestes ao nosso lado e ainda não lhes demos a atenção devida. A felicidade, se calhar, está mesmo ali ao virar da esquina”. Tal como nos conta escre-

ver é “é gerir emoções. A palavra traduz a emoção, a palavra é a própria emoção. É quase como a respiração, ainda que em convulsão”. Para Miguel Godinho “escrever é de facto um exercício muito duro, muito exigente”, porque, sublinha “é muito difícil sentirmos que aquilo que escrevemos corresponde efectivamente ao que queremos dizer. Há uma distância muito grande entre uma e outra coisa”. Escritor de todos os dias, falanos de «O Tempo por entre



as Fendas» que começou a ganhar forma no Verão de 2013. Questionado se tem poemas na gaveta é peremprório e afirma que “há sempre poemas na gaveta”. Miguel Godinho compara a poesia a “ uma gaveta que abrimos sempre que queremos vestir uma peça de roupa lavada”. Lermos este autor jovem do Algarve, que já tem muitos admiradores, é lermos sobre “a vida, a vidinha, o dia-a-dia, as rotinas, os afectos, a importância dos afectos, a violência do mundo de agora, a adolescência, as febres adolescentes, o tempo que não volta para trás, o facto de estarmos a ficar velhos e não termos as ferramentas emocionais para lidar com isso”. No que toca à poesia e a sua proliferação o autor algarvio fala numa “ certa desmistificação da Poesia”. Explica que do seu ponto de vista “as novas gerações conseguem já olhá -la, senti-la, apropriar-se dela de outra forma. A Poesia não é já aquela coisa indecifrável,

impenetrável, insondável, ao alcance apenas de alguns iluminados. A poesia é a vontade de dizer, de fazer, de nos exprimirmos. Há tantas formas de poesia. A poesia está presente em tudo e as novas gerações são já bastante descomplexadas em relação a isso, felizmente. E isso vê-se na quantidade de jovens (e bons poetas) que por aí andam”. Por outro lado, critica “editoras que podiam ser empresas de fotocópias. As editoras devem fazer selecções, ter critérios editoriais e depois fazerem revisão de textos, divulgar, promover, apoiar os seus autores e não apenas editar tudo quanto lhes aparece à frente. Se não, mais vale dedicaremse à impressão de documentos”. «O Tempo por entre as fendas» é uma edição da 4Àguas, editora algarvia. «Carrego dias à cabeça mas o que mais me custa é resistir ao infinito, a poesia maniqueísta na bal-

búrdia dos telejornais» em O tempo por entre as fendas, s/l: 4Águas, 2013, p. 67. Miguel Godinho Nota Biobibliográfica Trinta e quatro anos. Nascido e criado no Algarve. Licenciado em Património Cultural, mestrando em História do Algarve. Autor de vários trabalhos de investigação, colabora frequentemente em alguns jornais com artigos de opinião e crónicas. Em termos literários, está representado nas antologias “Algarve: 12 poetas a sul do séc.XXI”, “Os dias do Amor”, “Alquimia de la tierra – Antología heterogénea de poesia, prosa poética y micrirrelato”, e em várias revistas nacionais e estrangeiras. Publicou os livros de poesia “Os nossos dias seguido de Os lugares Antigos” pela Ed. 4 Águas (2009), “Poemário prostibular”, ed. de autor (2012) e “O tempo por entre as fendas”, Ed. 4Águas (2014). Para entrar em contacto com o autor: miguelangelogodinho@ gmail.com


JAPEUCH

a pintora francesa apaixonada pelo sul de Portugal

Texto E FOTOGRAFIAS de INES PEREIRA

P

ortugal é um bom lugar para se inspirar para a pintura? Para a inspiração sim, mas não para a venda. Os portugueses são um pouco duros. Aqui não é o meu mercado. A minha filha apresentou-me um escultor extraordinário que me mostrou-me São Brás de Alportel. Fiz uma exposição em 2005 ou 2007 e correu muito bem. Mas habitualmente vendo os meus trabalhos pela Europa. O que é que é preciso fazer para conquistar mais os portugueses para a arte? Eu creio que talvez daqui a 50 anos. Uma vez disseram-me: talvez não achem simpático eu dizer isto mas, “vocês nasceram em Portugal, e eles estão atrasa-


Há 11 anos que vive no Algarve. Escolheu o sul de Portugal pelo clima. Durante a inauguração de mais uma exposição, desta vez na sede da Janela Imobiliária, em Faro, JAPEUCH falou com a Her Ideal para descrever um pouco de si.

dos 50 anos”. Mesmo assim quando me disseram achei um pouco exagerado. Eu penso que talvez os portugueses sejam mais desportivos. Depende também da região de Portugal, porque há pessoas que são muito sensíveis à cultura, à arte.. Depende da região onde se faz a exposição. Mas mesmo quando se faz, consegue-se mostrar e a sensibilizar as pessoas. Porque há lugares em Portugal que se pode ver que há conhecedores de arte.

Como se descreve como pintora? É difícil de dizer. Tenho a impressão que sempre vivi assim. Comecei aos 6 anos. Tive um pai que desenhava muito bem Foi ele que me inscreveu na escola superior de arte de Toulon que fazia parte da escola nacional de belas artes de Paris. Eu exponho no Louvre todos os anos. O meu professor dizia: “pequena nós somos uns condenados porque numa paramos de pintar, porque as pessoas reformamse e nós não. Porque toda a

nossa vida levamos o pincel na mão. Até à nossa morte. O que é que a inspira? As pessoas, a natureza, os objetos... Eu faço muito retratos. Eu amos os retratos. Vocês viram o da Angelique. Da minha filha mais nova. Gosto muito de entrar nas personagens. Mas as flores, o mar…oh meu Deus o mar... Sim, o mar aqui (Algarve) é magnífico… “Ohh la la la la”!


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CRÓNICA

Novo look?

Os astros explicam

Texto de Raquel Fialho Astróloga, escritora e formadora Raquelfialho.com

D

izem que as primeiras impressões contam muito. Tentamos mostrar-nos bonitas e confiantes em cada evento profissional, em cada encontro amoroso. Não se trata tanto de “esconder” quem somos, mas de conseguir mostrar visualmente “o melhor” do que somos. A imagem que projetamos no mundo estendese muito para além da roupa, dos acessórios, do penteado ou da maquilhagem. Essa imagem é como uma “segunda pele”, uma “máscara” que usamos para contactar com os outros. Sem ela, sentir-nos-íamos nuas, indefesas! A roupa, os acessórios, o penteado ou a maquilhagem integram uma espécie de armadura pessoal que nos transmite (ou não) a confiança necessária para enfrentar cada nova situação: as pessoas com quem nos cruzamos no quotidiano, os desafios e oportunidades que nascem desses encontros. Olhando a posição dos astros no momento do nosso nascimento, esta “máscara” surge representada no signo Ascendente – ou seja, o signo

que cruzava o horizonte a Oriente. É aí que nasce o Sol e tem início um novo dia, refletindo o modo como nós, seres humanos, nos abrimos ao mundo exterior e com ele contactamos numa primeira impressão. Para algumas pessoas, essa primeira impressão é marcante. Gostam de looks arrojados, de padrões exóticos e cores fortes. É como se dissessem “Cheguei! E vim para deixar a minha marca pessoal em tudo e em todos!”. Outras pessoas fazem questão de passar despercebidas na multidão: adoptam uma atitude mais prudente, mais reservada. Observam e refletem antes de iniciar qualquer contacto. Entre um e outro caso, muitos estilos possíveis existem, deste as fashionistas às minimalistas, das hippie chic às amantes do vintage. Em qualquer caso, o look é um reflexo direto da forma como estabelecemos um primeiro contacto com as circunstâncias à nossa volta. Nesse sentido, mudar de look não é apenas tornarmo-nos mais atraentes ou modernas. É


principalmente uma reconfiguração da forma como encaramos o mundo – e da forma como queremos que o mundo nos veja. Como se, apostando num novo projeto (seja uma nova carreira ou um novo relacionamento), precisássemos da “armadura” adequada para lutar pelo objectivo final. A melhor forma de procurar o look ideal talvez dependa menos da moda atual e mais de aprendermos a jogar com os nossos pontos fortes. Nesse sentido, uma astróloga pode ser tão útil como uma consultora de imagem! Ascendentes em Signos de Fogo (Carneiro, Leão ou Sagitário) quase nem precisam de styling: dão nas vistas por si mesmos! O seu look deve ter qualquer coisa de muito pessoal, ser extrovertido e confiante, demonstrando alegria e carisma em todas as situações. Ascendentes em Signos de Terra (Capricórnio, Touro ou Virgem) beneficiam de uma imagem profissional que transmita competência e seriedade. Podem optar por um look minimalista/andrógino, cal-

çado confortável e acessórios discretos mas de boa qualidade. Ascendentes em Signos de Ar (Balança, Aquário ou Gémeos) preferem um visual polido e elegante. O seu look exprime um profundo desejo de comunicar mas também a necessidade de estar sempre alinhado com as novas tendências da moda e da beleza. Finalmente os Ascendentes em Signos de Água (Caranguejo, Escorpião ou Peixes) vestemse conforme o estado de espírito. O seu guarda-roupa deve ter um pouco de tudo, para que em cada momento sejam capazes de se vestir de acordo com o que sentem. Um look mais hippie chic/boho-chic pode fazer sentido na maior parte dos dias, excepto para os Ascendentes Escorpiões que tendem a preferir cores escuras, padrões marcantes (tipo zebra ou leopardo) e até acessórios punk/góticos. Muitas mulheres passam demasiado tempo desligadas do seu look: ou porque tiveram filhos e engordaram, ou porque se habituaram a

vestir sempre o mesmo fatofarda para o trabalho, etc. Mas quando os planetas mais lentos do Sistema Solar (de Júpiter a Plutão) cruzam o seu Signo Ascendente, voltam a sentir necessidade de olhar para a sua “máscara” – afinal, até que ponto o seu look e a sua atitude estão alinhados com a pessoa que hoje são? Estarão a criar as “primeiras impressões” de que precisam para progredir em termos profissionais ou pessoais? Ou será que escondem as suas inseguranças por detrás de um visual desalinhado e desatualizado? Da próxima vez que folhear uma revista de moda, pense nisso. Muito para além da moda e da beleza exterior, o look certo pode ajudá-la a transformar a sua relação com o mundo e a causar uma primeira impressão positivamente inesquecível. Nota: Um agradecimento especial à consultora de imagem Anita Silvestre do “Looka-Day”, pela inspiração para este artigo e pela renovação do meu próprio look!


mODA por alexandra brito


Look Riscas

Tommy Hilfiger (preço sob consulta)

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Look Floral

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Look Branco

Massimo Dutti (preço sob consulta)

Camisola Mango Mala Parfois Calças Mango Sabrinas Mango Echarpe H&M

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Tendências Branco / Azul

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Must Have Vestidos

Vestido preto/branco floral Vestido H&M risca Vestido comprido Mango Vestido branco Mango Vestido floral azul Mango

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JUSTFAB KENA SANDAL 29 €

Sarenza, Zalando, JustFab... SHOES VICTIM

por fernanda hilário (CRÓNICA)


P

ara as “ shoes victim” que adoram comprar mas que nem sempre a bolsa permite, uma nova possibilidade existe : os sites na internet! Existem sites que vendem uma vasta gama de sapatos de marca a preços mais acessíveis, de homem ou mulher, e depois temos igualmente sites que vendem sapatos que não são de marca mas acessíveis, “in” e de qualidade. Um dos sites com grande sucesso em França neste momento é o site Zalando (empresa alemã especializada em sapatos e roupas e que existe atualmente em 14 países da Europa) onde os portes de envio são grátis e no qual encontramos uma vasta gama de marcas, tais como Adidas, Nike, Levi`s, Desigual entre outras. Se inicialmente este site era essencialmente focado na venda de sapatos, atualmente este oferece uma escolha de moda mais vasta, incluindo roupas, acessórios, sacos, entre outros. Um outro site que começa igualmente a fazer furor é o Sarenza (empresa francesa de comércio electrónico especializado na venda de sapatos e acessórios e que está presente em 25 países da Europa). Com

mais de 700 marcas e mais de 45 mil modelos de sapatos (homem, mulher ou criança ), com preços acessíveis e várias promoções tornou-se um dos sites mais visitados e solicitados em França. Depois temos igualmente outros sites onde encontramos sapatos com preços mais em conta, que não são de marca mas que estão na moda e que fazem as delícias das consumistas de sapatos e outros. Como exemplo temos o JustFab (todos os sapatos são vendidos a 29 €), no qual Kimora Lee Simmons é presidente e diretora das tendências ( sapatos, carteiras, acessórios e jeans). Mas atenção! é um site no qual somos consideradas clientes VIP desde o primeiro comando e subscritas diretamente (o que quer dizer que todos os meses recebemos um novo artigo em casa e que um pagamento em linha se faz automaticamente a partir da nossa conta). Depois temos igualmente o site Modatoi e Infinie passion, site de venda de sapatos, roupas e acessórios. Artigos acessíveis e com uma vasta escolha de estilo que convém a cada uma de nós e às nossas diferentes personalidades. Estes sites, entre outros, permitem às clientes comprarem

sem saírem de casa. Permitem igualmente a possibilidade de experimentar e se não agradar de reenviar gratuitamente. E por vezes de conseguir o tão desejado artigo sem gastar muito dinheiro e ter os tais sapatos que tanto queríamos, de uma certa marca ou não muitos caros. Mas devemos sempre ter atenção e ler muito bem as legalidades dos sites, sobretudo quando os utilizamos pela primeira vez. Um prazer para umas um desprazer para outras. Eu já experimentei o site Modatoi e fiquei satisfeita com os produtos. Mesmo se prefiro as lojas, o poder experimentar, os cheiros e o tocar devo admitir que os sites nos permitem encontrar um determinado artigo que já não existe nas lojas ou encontrar a pérola rara que tanto procuramos. Vivemos numa nova era, uma nova geração, na qual a internet começa cada vez mais a ocupar uma grande parte da nossa vida. Devemo-nos abrir a novos horizontes e a realizar novas experiências. Sejam Shoes victims virtuais ou reais mas sempre fieis a vocês mesmas.


opinião

A mensagem

CRÓNICA de ana amorim dias

E

la mandou-me uma mensagem a sugerir um tema de crónica. Recordei de imediato como foi que a conheci. Lembrei-me da sua atitude vivaça e da confluência da nossa maneira encantada e curiosa de olhar para a vida.

Narrou-me que recentemente tinha defendido, perante o pai e amigos, a sua visão da vida: para ela a felicidade é viajar e viver cada ano num lugar diferente do mundo. O pai replicou-lhe que pode viver nesse “mundo da fantasia” porque não tem responsabilidades com família, filhos, casa e carro. Ela respondeu que, caso tivesse responsabilidades, iria ser feliz à mesma e continuaria a seguir a sua filosofia de vida. Só que no fim... bem, no fim da mensagem, a Ângela aca-


bou por me pedir para escrever sobre isto: a responsabilidade retira a liberdade de opção das filosofias de vida? Quero começar por duas premissas básicas que talvez não estejas a ter em conta, Ângela. A primeira é que, apesar de teimarmos em resistir à mudança, somos seres em constante mutação interior. O que hoje é de suprema importância, amanhã pode já não ser; aquilo a que hoje não ligamos nenhuma pode ser, no futuro, a génese da nossa felicidade. A segunda premissa é que a esmagadora maioria da humanidade é profundamente sedentária. Por mais que sejamos rebeldes, sedentos de mundo e nos vejamos como nómadas inveterados, na verdade temos uma falta imensa de raízes e de um lar para onde voltar. O mundo só faz sentido se houver um cantinho de afetos que é nosso. Mas deixa-me formular a minha opinião num contexto bem mais geral, que não se prenda só com a filosofia de conhecer o planeta inteiro. A liberdade de opção é limitada pelas responsabilidades. Isto não é uma teoria, é mais uma fórmula matemática do que outra coisa qualquer. As responsabilidades trazidas pelo emprego, pelo sustento da casa e criação de uma famí-

lia (entre muitas outras responsabilidades que escolhemos ou que nos são impostas) implicam necessariamente uma diminuição drástica da liberdade de viver os anos ao sabor da nossa vontade. Contudo as responsabilidades que tomamos nas mãos são, por si mesmas, um produto da nossa liberdade de escolha (pelo menos é assim que deveria ser). Casar e constituir família, por exemplo, são “projetos” de vida que jamais devíamos aceitar tomar sem ter a certeza absoluta de o querermos. Mas, posto isto, nem tudo está perdido para todos os nossos outros sonhos. É preciso inteligência, coragem e dedicação; é preciso que nos desdobremos como super-humanos; é preciso alguma dose de loucura, até. E, a meio do caminho, descobrimos que as responsabilidades não nos cortaram a liberdade de seguir com as nossas filosofias de vida: descobrimos que elas foram ampliadas, reformuladas e negociadas com nós próprios. É aí que a nossa existência se começa de facto a tornar repleta do seu mais completo sentido... e podemos erguer o copo num agradecido brinde.


EXFOLIANTE CASEIRO

Nem a preguiça resiste A FLOR DA PELE

Texto de EMME (CRÓNICA)

S

ou preguiçosa. Desde sempre. Lembro-me da minha mãe ralhar comigo para fazer os trabalhos de casa. Lembro-me de empurrar os ténis com os pés, para os descalçar sem me baixar, e sem ter de os desatar. Lembro-me de adormecer no sofá, por ter preguiça de ir para a cama!!! A preguiça para uma criança é normal e desculpável. Mas quando crescemos descobrimos, entre outras coisas traumatizantes da idade, que ser preguiçoso não é compatível com o mundo dos adultos. Um dia acordamos e temos tarefas a cumprir. Horários para respeitar.


Trabalhos que nos ocupam o dia de manhã à noite. Filhos para levar à escola. Refeições para planear e, nos intervalos, ainda temos de resolver todos os problemas de adultos que nos rodeiam a qualquer hora do dia, de telemóvel na mão, que é assim que acreditamos que iremos salvar o mundo. O planeta continua a demorar os mesmos 365 dias na translação. Mas o “nosso” mundo parece hoje rodar a uma velocidade estonteante. Preguiçar é um verbo luxuoso. Um privilégio de alguns. Ou de todos, mas apenas em raros momentos. Para consegui-los,

é preciso aprender a conquistá-los.

uma forma de poupar tempo, para poder preguiçar mais.

E eu depressa percebi que as máquinas podem ser aqui uma ajuda fundamental. Lavar roupa à mão…não sei o que é. O meu grande desafio de lavar loiça é conseguir acomodar tudo muito direitinho dentro da máquina de forma a conseguir que nem um garfo fique cá fora e ando a planear comprar um daqueles aspiradores que andam sozinhos pela casa à procura do pó e a perseguir os tufos de pelo do meu gato. Comprar o que já está feito e se apresenta fácil, pode parecer uma fraqueza. Mas sempre encarei essa escolha como

E sempre apliquei esta fórmula a quase tudo. Mesmo à cosmética. É entrar na perfumaria e comprar. Ou melhor do que isso, ultimamente, é encomendar pela internet à noite, já na cama, e acordar daí a uns dias com o carteiro a bater à porta. Nunca me passou pela cabeça fazer os meus próprios cremes de rosto. Até porque não saberia como. Mas há uns tempos descobri que no youtube quase tudo se pode aprender.



Quer cortar o seu próprio cabelo? fácil! Quer saber como consertar um eletrodoméstico? na boa! Quer fazer o seu próprio exfoliante? Porque não? tendo em conta as outras hipóteses, esta até parece fácil. Aventurei-me pois, num serão destes, nessa pequena loucura que é, para uma preguiçosa incorrigível, a tarefa louca de fazer o meu próprio exfoliante caseiro. E devo dizer que se não tivesse corrido bem, não estava agora aqui a partilhar convosco o resultado. Ora a receita é simples e eficaz e é só misturar dois ingredientes que, arrisco dizer, não há nenhum português que não tenha na sua cozinha. AZEITE e AÇUCAR. Estranho? Pois. Mas experimentem para ver que pode bem ser um investimento a longo prazo. O azeite é dos óleos naturais mais usados na cosmética, sobretudo nos produtos naturais. E mesmo em casa, usando um algodão, é fácil usa-lo como óleo facial e até para remover maquilhagem. Mesmo numa

pele sensível e oleosa, resulta. E o açúcar é o melhor exfoliante natural. É um daqueles pequenos truques de modelos e maquilhadores, por exemplo, para remover a pele seca dos lábios. Com um pouco de açúcar e uma escova de dentes suave, é muito fácil ficar com a pele dos lábios sedosa, lisa, e pronta para receber batons, mesmo os mate, que costumam secar mais. Ora juntando o poder do açúcar ao azeite que ajuda a formar uma pasta mais uniforme, temos um exfoliante bastante eficaz mesmo para o rosto. Eu experimentei com açúcar mascavado (mas com açúcar refinado também resulta) e é até melhor se for para uma pele sensível, porque os grãos são mais pequenos. Basta juntar um pouco de açúcar a uma colher de chá de azeite, misturar um pouco e aplicar no rosto em movimentos circulares suaves. O azeite tem dois problemas: a pele fica muito oleosa, como é óbvio. E ficamos com um cheiro pouco glamoroso. Mas o perfume pode ser suavizado

se juntarmos umas gotas de um outro óleo essencial, como alfazema, ou laranja. E a questão da oleosidade, desaparece porque depois da exfoliação, devemos lavar o rosto com água quente em abundância. No final limpei com uma toalha suave. E depois voltei a molhar o rosto, mas aí já com água bem fria para fechar os poros. E a verdade é que a pele ficou com um aspecto bem mais saudável e fresco. Quando faço a exfoliação costumo fazê-la ao final do dia e como o azeite acaba por deixar a pele suave e hidratada, não aplico mais nada no rosto. Mas cada pele será um caso. No meu resulta bastante e no dia seguinte acordo com pele de bebé. Dá trabalho? Dá um pouquinho mais do que abrir um boião de creme! Mas não custa dinheiro. E se tempo é dinheiro, neste caso poupar dinheiro também nos deixa “tempo” para outras coisas. Como um belo SPA… para preguiçar à vontade!


Algumas Estratégias para ir para Cima

ajude-se a si própria

Texto de ivo dias de sousa professor universitário e autor do livro “Um Coelho Cheio de Sorte”

A

s estratégias que apresento aqui estão longe de esgotar o assunto. Apenas apresento três estratégias que resultam comigo e poderão resultar com o leitor. Não existe nada como experimentar. As três estratégias são: * salientar os aspetos positivos dos azares; * evitar a etiqueta de “mau”; * modificar o estilo da explicação. Salientar os aspectos positivos dos azares (ver, por exemplo, o livro “The Luck Factor: The Scientific Study of the Lucky Mind” do doutor Richard Wiseman) nem sempre é fácil. Porém, na minha experiência é mais um “músculo” que outra coisa na maioria das ocasiões. Ou seja, à medida que fazemos uso desse “músculo” ele cresce. Quanto mais procuramos salientar os aspectos positivos dos azares, mais fácil fica fazê-lo. Não estou a sugerir de forma nenhuma que ignore a realidade à sua volta. Simplesmente que foque a sua atenção, principalmente, nos aspectos positivos. Vou colocar a questão de forma simples. Suponha que teve um acidente de carro. O seu carro ficou todo partido e saiu dele ileso. Na lógica do que lhe estou a sugerir, deve focar a sua atenção na sorte em que teve em sair do carro sem feridas.

Acho que já entendeu o que quero dizer. Mesmo assim, vou dar um exemplo diferente. Suponha agora que foi demitido. Se for como eu, em “piloto-automático”, tenderá a notar mais as coisas negativas do emprego antes de ser demitido. Talvez pense que ganhava pouco e o seu ex-chefe é um imbecil. Agora, depois de perder o emprego, provavelmente, só nota o que o emprego tinha de bom: o salário (nota agora que lhe faz muita falta) e até gostava muito de estar com os companheiros


de trabalho, nomeadamente. Agora, já não é possível recuperar o emprego que perdeu. Atrevo-me a sugerir que o melhor é fazer um esforço consciente para se focar no que ser demitido tem de bom. As hipóteses são muitas. Por exemplo, o seu ex-chefe é um imbecil e perdia muito tempo na viagem diária para o emprego, entre muitas outras possibilidades. Concentrar a sua atenção nos aspetos positivos tem, pelo menos, duas vantagens. Por um lado, tem a vantagem de recuperar emocionalmente mais rapidamente. Sentir-se-á infeliz por menos tempo e terá

ânimo mais rapidamente para procurar um novo emprego ou iniciar um novo projeto. Por outro lado, poderá aprender algo de útil com o que se passou. Terá maior facilidade em analisar o que se passou. No caso do acidente de carro, poderá mais facilmente responder a perguntas sobre o que se passou: “Terei bebido demais? Para a próxima, não bebo?” “Choveu?

Evitar a etiqueta de “mau” é outra possível estratégia (ver o livro “Happiness at work Rao” do doutor Srikumar S. Rao). Antes de apresentar a estratégia, vou fazer uma ressalva. É muito difícil evitar a etiqueta de “mau” em situações extrema como a perda de familiares próximo. Infelizmente, já tive essa experiência e é mesmo muito difícil evitar o rótulo de mau.

Quando chover outra vez, conduzo mais devagar”, são alguns exemplos. Se não se focar nos aspetos positivos do que aconteceu será mais difícil analisar o que se passou e aprender algo útil para o futuro.

Porém, para a maioria das situações (mesmo a perda de um emprego ou um divórcio) é possível evitar (não estou a dizer que seja fácil) o rótulo de mau. Uma coisa que facilita colocar a etiqueta é notar que, por vezes, o “mau” do presen-



te conduz bons resultados no futuro. Tenho vários amigos que o melhor que lhes aconteceu foi terem sido despedidos. Uns iniciaram negócios de sucesso e outros encontraram empregos melhores. Na maioria dos casos, o que nos acontece de negativo pode acabar por ser bom, sobretudo se dermos espaço para isso acontecer. Ou seja, pelo menos admitirmos que os acontecimentos negativos do presente podem acabar por ser positivos no futuro.

e pessoas. Tem diversas vantagens. Uma das mais imediatas é sentir-se mais “leve” (sem toda a carga emocional negativa normalmente associada).

Evitar a etiqueta de “mau” em relação a situações e pessoas tem, pelo menos, duas vantagens. Por um lado, é bom para a nossa felicidade. Contribui, por exemplo, para sermos mais otimistas. Por outro lado, evitar a etiqueta de “mau” é menos paralisante. Se alguém fica doente à nossa volta, sem o rótulo de “mau” é mais fácil fazer o que temos a fazer. Ou seja, tomar medidas para, pelo menos, diminuir as consequências negativas da situação.

Podemos explicar a realidade com um estilo otimista, pessimista ou algo intermédio entre os dois. Vou “esquecer” os estilos intermédios para não complicar as coisas.

Por experiência própria, colocar o rótulo de “mau” numa situação ou pessoa tende a ser paralisante. A etiqueta de “mau” dificulta-me analisar de forma adequada o que se está a passar. Mais, leva-me a ficar demasiado tempo parado sem tomar medidas adequadas ao que está acontecer. Talvez seja como eu. Evite colocar a etiqueta de “mau” em situações

Outra estratégia é modificar o estilo da explicação à volta do que nos sucede (ver, por exemplo, o livro “The Happiness Advantage” do Shawn Achor). A explicação que damos aos acontecimentos afeta não só a nossa felicidade como o sucesso futuro.

Se tem um estilo pessimista de explicação, vê uma adversidade como global e permanente. Ou seja, pensamos que a situação é mesmo má e nunca irá melhorar. Naturalmente, sentimo-nos indefesos e cruzamos os braços. Para quê fazer um esforço se temos certeza que resultará em nada. Voltando ao caso do estudante que não passou num exame. Se a explicação é pessimista, irá pensar que nunca irá passar no exame. Dessa forma, tenderá a não estudar mais (“não serve para nada”) e evitar ir a novos exames (“Para quê? Nunca vou passar”). Logo, tenderá a nunca passar no exame – se não estu-

da e nem sequer aparece nos exames é muito difícil que algo positivo suceda. O estudante deverá ficar onde está ou ir para baixo. Já as pessoas com um estilo de explicação otimista vêem as adversidades como locais e temporárias. Ou seja, a adversidade é vista como não sendo tão má como isso e que a situação irá melhorar. Esse tipo de explicação leva-nos a ter um melhor desempenho. Se acreditarmos que a situação irá melhorar, sentimos que os nossos esforços contam – iremos fazer mais para melhorar a nossa situação. Voltando ao estudante que não passou no exame. Supondo agora que o estudante tem uma explicação optimista, irá pensar que acabará por passar no exame. Assim, irá continuar a estudar e a ir aos exames. O leitor pode dizer que uma explicação optimista não garante que o estudante passe à mesma. É verdade. Porém, sendo tudo o resto igual, quem acha que tem mais hipóteses de passar no exame? O estudante com a explicação otimista, claro. Procure ter uma explicação otimista das contrariedades e crises da sua vida. Deverá não só sentir-se mais feliz como deverá ter mais sucesso. A realidade ajuda mais quem se se ajuda a si próprio. Ajude os outros, mas comece por si.


PUBLI-REPORTAGEM

MULHERES que pensam diferente

rui madeira (Personal Trainer) www.personaltrainers.com.pt

A

Personal Trainers Algarve tem vindo a servir, ao longo dos tempos, todo o tipo de pessoas, desde as mais determinadas em atingir os seus objetivos até às mais resistentes e céticas em relação à área do exercício físico e, mais especificamente, do Treino Personalizado. Aliás, estes últimos perfazem a maioria do universo de pessoas que encontramos no dia-a-dia, no que toca à forma como encaram o exercício. A mentalidade vai muito ainda, sem dúvida, ao encontro do conforto e das soluções fáceis.




Isto acontece, em geral, tanto com homens como com mulheres, mas, cara leitora, tem que reconhecer (tal como comprovam alguns estudos) que os homens têm, na sua maioria, uma maior pré-disposição e adesão ao exercício físico encarando-o de melhor forma que as mulheres, NO GERAL. Destacamos o “no geral” porque também existem exceções, cada vez mais e com mais regularidade. A nossa equipa pode congratular-se com o fato de conseguir ajudar pessoas em relação à sua saúde e estilos de vida e constatamos que, nessa população, ultimamente o sexo feminino começa a equilibrar as contas. Com este artigo pretendemos (através de testemunhos reais) precisamente dar ênfase a essas “novas mentalidades” que contrariam a grande maioria e mostram aqui novas formas de pensar e, sobretudo, de agir, o que as ajuda a obter uma nova forma de viver, muito mais autónoma e enérgica! Ora, como é sabido, com o passar dos anos a sociedade foi mudando e as mulheres, antes encarregadas das lides domésticas, são agora muito mais autónomas e ocupam grandes cargos empresariais, bem ao nível de tantos outros homens. As tarefas entre casais são

agora repartidas e as responsabilidades são idênticas. Como tal, a disponibilidade horária cabe à gestão de cada uma, de forma a ocupar os tempos livres com tarefas que realmente preencham as suas necessidades e que a façam sentir-se bem, cuidando de si mesmas. “Não tinha tempo para treinar, arranjando sempre a desculpa de que o trabalho estava à frente. Mas desde que comecei a treinar consegui mudar! Comecei a pensar mais em mim, comecei a programar melhor o tempo para incluir o treino na agenda. Mudei também a vontade e a motivação que aumentaram com a melhoria dos resultados do meu desempenho e voltei a ter hábitos de treino, algo que sempre me acompanhou ao longo de 30 anos e que nos últimos dois anos se foi perdendo.” (Susana, 33 anos) Como dar este passo e começar, então, a pensar diferente? Quando uma cliente decide vencer a inércia e nos procura, analisamos a sua realidade e as suas necessidades, definimos objetivos reais a atingir (grandes e pequenos) e definimos as melhores soluções a colocar em prática para atingir o pretendido. Durante todo este processo, as “pequenas” mudanças

vão ocorrendo de forma gradual e, quando dão por elas, o seu estilo de vida mudou completamente, tornandose pessoas muito mais confiantes, alegres e saudáveis. “Tinha um estilo de vida mais sedentário, do trabalho para casa e vice-versa, alimentação desequilibrada, sobretudo porque saltava refeições e bebia muito pouca água. Neste momento, graças à Personal Trainers Algarve, ganhei muito mais resistência, mais massa muscular, perdi massa gorda, perdi 10cm no abdómen, aumentei a percentagem de hidratação. Diminui a minha idade metabólica e, uma coisa extremamente importante para mim, passei a conseguir descomprimir do stress e da ansiedade e adquiri espírito de calma. Especialmente ganhei o gosto pelo desporto, ganhei motivação e gosto de participar noutros eventos desportivos proporcionados, sem ser apenas nos treinos.” (Patrícia, 30 anos) Para nós é fantástico poder acompanhar todo este processo de mudança e, sobretudo, ver que, passados uns meses, parecem pessoas distintas, tais as diferenças não apenas físicas mas também pelas novas formas de pensar, as quais, inclusivamente deixam de se identificar com o seu passado.


“Antes, eu era uma pessoa super sedentária e agora sinto falta de treinar no meu dia-a-dia. Quem diria?!” (Carina, 38 anos)

sempre os mesmos comportamentos repetidamente, então não fará sentido esperar obter resultados diferentes dos que tem alcançado”.

Aos poucos, os progressos ultrapassam barreiras (inconscientemente criadas) e levam-nas a descobrir forças desconhecidas, o que as eleva a patamares de felicidade enormes, o que para nós é indescritível e gratificante!

Mude de paradigma, obtenha uma visão diferente e foque-se nos objetivos que realmente pretende atingir!

“Desejo e tenho esperança que o meu testemunho sirva para motivar outras pessoas que, tal como eu há seis meses atrás, correm no máximo 10 minutos e ambicionam secretamente um dia conseguir correr uma hora de seguida, ou simplesmente sentir que não há limites à sua capacidade!” (Laura, 31 anos) Ora, todos estes testemunhos, voltamos a frisar, reais, são proferidos por autênticas “heroínas” que decidiram enfrentar os seus receios, os estereótipos da sociedade, as crenças de algumas pessoas que as rodeiam, entre outros. Mas tratar-se-ão elas de uns seres extraterrestres oriundos de uma gama muito superior ou serão apenas simples mulheres que, como você, apenas decidiram sair das suas zonas de conforto, enfrentando o fascinante mundo da descoberta e do desconhecido, difícil de enfrentar mas onde a superação as leva ao crescimento e a reais sensações de vivência? Já pensou nisso? Enfim, cara leitora, esperamos sinceramente que este artigo a tenha encorajado e feito ver que só não consegue quem não tenta. Basta dar o primeiro passo! O resto acontece naturalmente… Não se esqueça daquela velha máxima, “se tiver

Todas as nossas clientes passaram por medos, receios e limitações, tal como pode acontecer consigo, mas elas destacam-se das demais porque tomaram a decisão, um dia, de mudar algo nas suas vidas (independentemente das suas razões/objetivos). A verdadeira gratidão da Personal Trainers Algarve é ver casos de clientes e ex-clientes que, independentemente da idade, não perdem uma oportunidade para se exercitarem e, mais importante, também incentivam os outros sendo excelentes exemplos de influência para amigos, colegas e família, estando agora bem mais sensíveis, por exemplo, à importância de uma alimentação saudável dos seus filhos e da importância de contrariar a, cada vez mais em voga, obesidade infantil. Em suma, é fantástico proporcionar saúde às pessoas e torná-las mais felizes mas, sobretudo, mudar as suas vidas, pois esta nova mentalidade acompanhá-las-á também noutras áreas das suas vidas, sem dúvida! E a si, o que lhe falta para também ser uma mulher que pensa diferente? Pode consultar estes e outros testemunhos dos nossos clientes na integra em: www.personaltrainers.com.pt



CRÓNICA

Conseguem proferir Mler Ife Dada? CRÓNICA de nuno silva

O

s regressos ao ativo de qualquer banda, são momentos sempre mágicos. E por cá, pelo nosso país, esses recontros não são exceção.

Se é certo que ainda choramos o rotundo falhanço da reunião dos Heróis do Mar, por tudo o que significava, olhar para o lado e ver o regresso de um projeto diferente e essencialmente estético, como é o caso dos Mler Ife Dada, é de alguma forma reconfortante. A banda portuguesa, “uma súmula das culturas mediterrânicas a que se juntavam jazz, surrealismo e raspas da música contemporânea, faziam já algo que nenhum algoritmo seria capaz de inventor”, conforme descrevia a Time Out Lisboa, na sua edição de fevereiro passado, foi criada em Cascais, no ano de 1984, por Nuno Rebelo, Augusto França,


Pedro D’Orey (que seria substituído, dois anos depois por Anabela Duarte) e Kim. Apesar de terem “apagado a luz” em 1990, porque, entre outras coisas, se “zangaram a sério”, os anos de produção dos Mler Ife Dada, revelaram uma sonoridade assente nas músicas tradicionais, étnicas, nas músicas do passado, noutras que apontavam para o futuro, músicas ligeiras e kitsch. Era, nas próprias palavras dos seus membros, aquando da entrevista ao Jornal I (edição 11 fevereiro de 2014), “um espírito de abertura total em relação às diferentes linguagens musicais do mundo inteiro”. Os primeiros passos do percurso musical da banda, foram referenciados pelo Jornal Blitz, na altura, como a “grande revelação dos últimos tempos da música moderna portuguesa” e, tal distinção, valeu um convite para a festa do 2.º aniversário do hebdomadário, no Rock RendezVous, onde esgotaram a lotação.

O jornal Público também não fez por menos. Considerou o LP Coisas Que Fascinam como “um dos melhores discos de sempre da música feita em Portugal”. Na sua discografia, os Mler Ife Dada, contam o maxi single Zimpó; o single L’amour va bien, Merci; os LP’s Coisas Que Fascinam e Espírito Invisível e a compilação Pequena Fábula 19841989. Todavia, indubitavelmente, há uma música que está por cima de todas: Zuvi Zeva Novi, de 1987. Zuvi! zuvi zevá, vá vanovi!
Zuvi zevá! vá, vá, vá vanovi.
Zuvi zeva novi? zuvi zeva novi.
Zuvi zava zivi zeva novi… lembram-se? Eles estão de volta e com vontade de permanecer. Para já, subiram ao palco no dia dos namorados, no CCB, em Lisboa, para celebrar os 30 anos de carreira. Conta-se que o espetáculo “Pintar Um Vai-Vem 1984-2014” foi um sucesso.


Ingredientes: Para a tarte: 12 maçãs 160g açúcar 160g manteiga 1 emb. Massa folhada 2 unid. Canela em pau Para o chá: Casca de 12 maçãs Açúcar e canela em pó q.b

1

Descasque as maçãs com a ajuda de um descascador, reserve as cascas num tabuleiro em cima de papel absorvente e polvilhe com açúcar e canela em pó.

2

Corte as maçãs em quartos, limpe de caroços. Numa frigideira de pega metálica, derreta a manteiga com o açúcar, coloque as maçãs ordenadamente e junte a canela em pau, deixe cozinhar lentamente até que o molho seque e comece a caramelizar, mas sem deixar escurecer.

3

Pré-aqueça o forno a 180. Cubra as maçãs com a massa folhada e leve a frigideira ao forno por 15m ou até a massa ganhar cor e volume, para desenformar basta colocar o prato de servir por cima e inverter a sua tarte de maçã.


Maçã e Canela Chefe Pedro Arranca proprietário do restaurante flor de sal

Este mês em que se acrescenta uma hora ao seu relógio dando-lhe o prazer de desfrutar mais longos dias na companhia de flores e andorinhas que dão a conhecer a chegada da primavera. Celebra-se também o dia da Mulher e o dia do Pai, datas que por vezes, nos passam ao lado, consequência de um ritmo de vida que vertiginosamente passa por nós. O dia da mulher ( 8 de Março ) serve para que relembremos a conquista das mulheres, em suas lutas contra o preconceito, assim sendo, não se esqueça de elogiar as mulheres da sua vida, não apenas neste dia, mas sempre!

4

5

Coloque o tabuleiro Para o chá basta fazer das cascas no forno a infusão normal colopor cinco minutos, desli- cando as casacas em água gue o forno deixando o quente, deixar repousar e tabuleiro no seu interior está pronto a beber. até o forno estar completamente frio e deste modo secar completamente as cascas.

Dia 19 de Março, dia do Pai, na Babilónia há mais de 4000 anos um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão de apreço para oferecer ao seu pai, em que lhe desejava sorte, saúde e longa vida. Faço então um repto para que cedam cinco minutos do vosso dia, para falar com os vossos pais digam-lhes que os amam. Desafio todos os homens, a que preparem a receita que lhes proponho este mês, a Tarte e o Chá de Maça e Canela e junto da sua família, sua mulher e seus pais, desfrutem deste doce momento, partilhando o quanto são importantes para si. Bom Março e Bom Apetite!


GADGETS

1

samsung galaxy s5 Smartphone com câmara de 16 megapíxeis, sensor de batimentos cardíacos e tecnologia Download Booster (sob consulta)


2

mophie space pack Capa com bateria e armazenamento adicional de 16 ou 32 Gb para iPhone 5 e 5S desde 149,95 €

3

Canon Powershot D30 Câmara de desporto com 12,1 MP e video Full HD 339,00 €

4

Sony HandyCam HDR -PJ240E Câmara de video Full HD com projetor incorporado 354,90 €


PEUGEOT 3008 ACCESS 1.6 HDi 115 FAP

Fotografias da marca

Texto de hUGO OLIVENÇA

Potência máxima Caixa Consumos (misto) Emissões de CO2 PREÇO TOTAL

115 cv Manual de 6 velocidades 4,8 l/100 Km 125 g/km 28.385,00 €

CROSSOVER FUTURISTA


PEUGEOT 3008 ACCESS 1.6 HDi 115 FAP

O

3008 original surgiu em 2009.

Apesar de possuir um design que não é consensual, o crossover francês conquistou o público e as publicações especializadas, muito à custa do seu vanguardismo tecnológico, seja pelo headup display ou pela versão híbrida diesel “Hybrid4” com tração integral e 204 cv de potência. O novo 3008 tem um ar mais moderno para responder à ofensiva de novos modelos que estão a surgir no mercado.

No exterior é visível a grelha cromada idêntica à do 508, novas óticas dianteiras e traseiras, faróis de nevoeiro e novos modelos de jantes. Estão disponíveis as versões Access, Active e Allure, todas com a já conhecida motorização 1.6 HDi diesel, com preços entre 28.385 e 31.535 euros. Na fase de lançamento, a marca francesa oferece uma promoção de 3.000 euros. A já mencionada versão Hybrid4 tem um preço base de 36.855 euros.



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