Iguarias do Centro
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Da “descoberta” do bacalhau à epopeia portuguesa da pesca do fiel amigo O bacalhau terá sido descoberto pelos vikings, dado ser um peixe muito abundante nos mares por eles navegados. No entanto, após a sua captura, limitavam-se a secá-lo ao ar livre até endurecer, sem qualquer recurso ao sal. De forma a garantir a durabilidade do bacalhau seco, os bascos, cujas frotas terão sido, segundo os historiadores, das primeiras a pescar tão nobre peixe, começaram a promover a sua salga antes de o secarem. Este método revolucionário fomentava uma melhor conservação, mantinha os nutrientes e apurava o paladar daquele peixe. Numa época em que os métodos de conservação eram altamente precários e em que os alimentos se degradavam facilmente, o bacalhau agitou violentamente os hábitos alimentares das populações. Os portugueses, senhores de uma frente costeira imensa e de uma vasta experiência na arte da navegação, depressa seguiram aquele exemplo, tendo iniciado no século XVI também a pesca longínqua daquele apetecido peixe. O empenho com que abraçaram esta actividade foi de tal ordem que a pesca do bacalhau pelas frotas portuguesas atingiu picos ainda hoje considerados históricos.
Gadus mohrua Bacalhau é a designação portuguesa para a espécie Gadus morhua, peixe de águas frias pertencente à família dos gadídeos. Vive nos mares do Hemisfério Norte, perto do círculo polar, circulando em cardumes que podem deslocar-se da região da Terra Nova para a Islândia e Noruega. Cada fêmea produz entre quatro a nove milhões de ovos que coloca em zonas específicas do oceano, com fundos relativamente baixos e temperatura entre os 4 e os 12 graus. É um peixe com baixo teor de gordura, o que lhe permite ser conservado com sal e seco ao sol. Para isso é preparado de uma forma especial que começa a bordo no navio e acaba na seca, em terra. 2
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Origens do nome
“Bacalhau”
O nome de bacalhau deriva do latim baccalaureu, que significa bacharel. Ao bacalhau também era dada a designação de badejo, palavra que vem do diminutivo espanhol de abad, abade. Curadilo, outra designação dada ao bacalhau em espanhol, provirá, segundo Carolina Michaelis, de cura – conservar por meio de fumo, sal ou exposição solar. Outros autores defendem que bacalhau terá derivado do neerlandês kabeelauw, bakeljauw, o que se julga improvável, por, como esclarece G. Viana, portugueses e espanhóis terem tido primeiro contacto com este peixe. O vocábulo é relativamente recente na Península Ibérica, tendo sido a primeira vez referenciado no século XVI. A designação de gadus na classificação taxonómica do bacalhau do Atlântico Norte – Gadus morhua – provém da forma latinizada do grego gados, que significa pescada. Morhua será a forma latinizada de morue (bacalhau em francês), cuja origem, por sua vez, vem do celta mor (mar) e do francês antigo – Ius do latim lucius, peixe de água doce. 3
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A Faina Maior A dureza da pesca do Bacalhau à linha
Todos os anos, no início da Primavera, uma frota de diversos veleiros rumava aos mares da Terra Nova e Gronelândia, onde procuravam carregar os seus porões de bacalhau. Durante a viagem, cada pescador preparava a sua pequena embarcação – o Dori - que iria utilizar naquele mar longínquo e gelado para pescar o “ Fiel Amigo”. Depois de alcançado o destino esperado, era altura de colocar (arriar) os doris no mar e cada pescador, castigado diariamente pelas agruras do frio e de uma disciplina rigorosíssima, iniciar a sua faina solitária, dia a dia, pescando e transportando para o seu lugre o peixe com que carregava, até mais não poder, a sua pequena embarcação…até os porões dos navios estarem repletos de peixe. Terminada a pesca diária, era chegada a hora de preparar (escalar) o bacalhau, retirando-lhe diversas partes, (as línguas, as caras e os samos) que constituem também outros elementos da cozinha tradicional. A primeira operação era efectuada pelo troteiro, que degolava o peixe e lhe abria a barriga.
Seguia-se o retirar das vísceras e guelras, separando a cabeça do corpo e preparando-o para a operação mais delicada: a escala. O escalador abria-o ao meio, retirava-lhe uma parte da espinha dorsal e dava-lhe o formato que conhecemos. Escalado e lavado, o bacalhau ia para o porão, onde era espalmado e coberto com sal. Com o aproximar do Outono... o tempo começava a refrescar... os porões estavam quase cheios... era chegado o momento de rumar até ao porto de origem onde o bacalhau sofreria a sua penúltima etapa. Retirado dos porões, o bacalhau era descarregado nas secas onde era lavado e colocado ao Sol (trabalho que era efectuado exclusivamente por mulheres), em redes próprias que permitiam a ventilação. Esta secagem permitia a desidratação do peixe até que perdesse, pelo menos, 54% da água do organismo. Só nessa altura estava pronto para ser colocado nos meios de distribuição e entrar no lar de cada um de nós. 4
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Ílhavo
Capital Portuguesa do Bacalhau A situação geográfica de Ílhavo condicionou de forma inevitável a sua história. A proximidade do mar definiu, para além de uma fértil agricultura, a pesca e a salga como principais sectores económicos.
agruras de uma faina de dureza incomparável. Sem nunca proferirem palavras de desencanto ou de lamúria, estes homens suportaram, em meses e meses de ausência de terra firme, condições de extrema adversidade atmosférica e de grande carência alimentar. O objectivo era só um… conseguir o ganha-pão de toda uma família que aguardava expectante o seu regresso. Por tudo isto, e muito mais, a pesca do bacalhau, iniciada em mares longínquos durante o século XVI, converteu-se num dos mais importantes pilares da riqueza dos ilhavenses.
O bacalhau, peixe precioso e universalmente conhecido pelo seu paladar requintado, encontra-se intimamente relacionado com o Município de Ílhavo, terra de lendários e corajosos marinheiros que, nos mares frios da Terra Nova e da Gronelândia, sofreram na pele as
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O Bacalhau iguaria imprescindível na mesa de todos os portugueses
À época das grandes navegações e descobertas, o bacalhau foi de imediato incorporado nos hábitos alimentares dos portugueses, passando a ocupar um lugar de destaque na sua alimentação, sendo ainda hoje um dos pratos símbolo da cultura gastronómica do nosso País e, muito provavelmente, o alimento com mais formas de receitas do mundo inteiro. Se por um lado o método de conservação do bacalhau constituiu um estímulo ao seu consumo, também o calendário cristão, imposto pela Igreja Católica a partir da Idade Média, contribuiu sobejamente para o aumento do consumo desse peixe. Estando os cristãos impedidos de consumir carne durante os dias de jejum, o bacalhau, por ser mais barato, constituiu-se como o alimento por excelência do povo durante as festas religiosas como o Natal e a Páscoa. Aquando da Segunda Guerra Mundial a escassez de alimentos que se fazia sentir em toda a Europa levou à subida dos seus preços. O bacalhau tornou-se então um produto de difícil aquisição, apenas acessível às camadas mais altas da sociedade. Os mais carenciados apenas se davam ao luxo de o consumirem nas principais festas cristãs, nomeadamente no Natal. Com o passar dos séculos, muitas alterações foram sentidas em Portugal a nível religioso e financeiro, mas a tradição do consumo do bacalhau, com especial destaque para a Ceia de Natal, manteve-se inabalável até aos dias de hoje. 6
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As Categorias do Bacalhau O conhecimento das categorias em que se encontra dividido o Bacalhau permite ao consumidor realizar uma melhor escolha. De acordo com a legislação portuguesa o bacalhau salgado e seco é classificado de primeira ou segunda categoria, dependendo da forma como é apresentado, ou seja, se apresenta ou não lesões exteriores. Assim, considera-se de primeira categoria o bacalhau que esteja bem cortado e escovado e que tenha sido salgado e seco de acordo com o método correcto. Dessa forma, deve apresentar uma cor amarela ou creme clara (o que por regra se designa por cor palha, nunca demasiado branca). Dentro da primeira categoria, podemos encontrar cinco subclassificações:
ESPECIAL - COM 3 KG OU MAIS GRAÚDO - DE 3KG A 2KG CRESCIDO - DE 2KG A 1 KG CORRENTE - DE 1KG A 0,5 KG MIÚDO - ATÉ 0,5 KG
O bacalhau de segunda categoria é classificado dessa maneira porque apresenta lesões ou defeitos na pele. Porém, a classificação de segunda categoria não é indicativo de falta de qualidade, mas apenas de pouco cuidado no manuseamento. A subclassificação desta categoria é sempre Sortido, podendo variar o seu peso de cerca de 3 a 0,5Kg.
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Demolha
do Bacalhau
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demolha do bacalhau serve não só para retirar o excesso de sal, mas também para que aquele peixe volte a ganhar volume. A demolha de bacalhau é, resumidamente, o processo mediante o qual o peixe salgado seco retoma o nível de água que perdeu durante o processo de secagem. Como, em regra, o bacalhau perdeu metade do seu peso, ele irá voltar a ganhar peso e dimensão.
Ao ser demolhado, as fibras musculares do bacalhau irão ficar mais soltas e, quando cozinhadas, irão separar-se mais facilmente. Para que a demolha seja eficaz, ela deve ser feita em água fria, trocando-se a água de 6 em 6 horas. O ideal é que essa demolha seja feita em água abaixo dos 8º de temperatura. O tempo de demolha para um bacalhau crescido ronda as 48 horas.
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Receitas regionaisde bacalhau Chora
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
1 Kg de caras de bacalhau salgado ou fresco 1 dl de azeite 4 Dentes de alho 1 Cebola grande (ou 2 cebolas pequenas) 1 colher (sopa) de polpa de tomate 1 Kg de batatas 100 g de massa macarronete Sal q.b.
Descasque as batatas, corte-as em rodelas finas com cerca de 5mm e lave-as. Descasque os alhos e lasque-os. Descasque as cebolas e corte-as em rodelas muito finas. Deite o azeite numa panela, leve ao lume e junte-lhe os alhos e a cebola. Mexa até estar quase a alourar. Depois, junte a polpa de tomate e mexa bem. Adicione 2 l de água e as batatas. Tempere de sal, tape e deixe cozer. Quando as batatas estiverem quase cozidas, junte-lhes a massa e as caras de bacalhau demolhadas e escorridas, se forem salgadas, ou lavadas do sal, se forem frescas. Volte a tapar e deixe ferver mais 7 a 10 minutos. Servia-se com muito pão.
Nota:
A Chora teve origem a bordo dos veleiros da frota bacalhoeira, mais não sendo do que uma sopa que era servida aos pescadores após a dureza do trabalho heróico de pescar, escalar e salgar o bacalhau apanhado diariamente. Dada a compreensível escassez de vegetais e outros Se as caras forem salgadas, demolhe-as conve- alimentos frescos, a Chora era feita quase nientemente. Se forem frescas, lave-as apenas sempre apenas com arroz ou massa e caras de e tempere-as com bastante sal, deixando re- bacalhau. Também se fazia com os ossos do bacalhau. pousar durante duas horas.
Caras de Bacalhau fritas
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
700 g de Caras de bacalhau pequenas
(congeladas ou salgadas) Sal q.b. Pimenta q.b. Sumo de limão q.b. 3 Dentes de alho Azeite (para fritar)
Lave e enxugue as caras de bacalhau (ou demolhe as caras salgadas). Tempere-as com sal, pimenta, alhos esmagados e um pouco de sumo de limão. Deixe repousar assim durante uma hora. Em seguida, sacuda os alhos e frite-as em pouco azeite. AF_Guia_Bacalhau_03.indd 9
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Caras de Bacalhau panadas
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
700 g de Caras de bacalhau pequenas (congeladas ou salgadas) Sal q.b. Pimenta q.b. Sumo de limão q.b. 3 Dentes de alho Farinha Ovo batido Pão ralado Azeite (para fritar) Lave e enxugue as caras de bacalhau (ou demolhe as caras salgadas). Tempere-as com sal, pimenta, alhos esmagados e um pouco de sumo de limão. Deixe repousar assim durante uma hora. Em seguida, sacuda os alhos, passe as caras por farinha, retirando o excesso, depois por ovo batido e em seguida por pão ralado. Aconchegue com a palma das mãos e frite em azeite.
Meia desfeita de Bacalhau Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
700 g de bacalhau, de preferência do lombo 350 g de grão de bico 2,5 dl de azeite 2 Cebolas cortadas em rodelas finas 3 Dentes de alho picados Salsa picada fresca q.b. Colorau e pimenta q.b. 1 Folha de louro
Demolhe convenientemente o bacalhau, juntamente com o grão. Em cru, retire as peles e espinhas ao bacalhau e, em seguida, desfaça-o em lascas, à mão ou com a faca. Coza o grão, lavado em água temperada com sal. Num tacho, deite ¼ da cebola e dos alhos e um pouco de salsa picada. Por cima, espalhe 1/3 do bacalhau e do grão escorrido. Cubra com outra camada igual de cebola, alhos picados e salsa, mas adicione, a esta e às seguintes, uma pitada de colorau e de pimenta. Repita as camadas até que a última seja de cebola, alhos, salsa, colorau e pimenta. Adicione o azeite de modo a que fique um pouquinho abaixo do nível da última camada. Coloque a folha de louro, tape e leve ao lume, para que ferva, e deixe cozer entre 10 e 15 minutos.
Nota:
O nível do azeite deve ficar cerca de 4 cm abaixo dos bordos do tacho. 10
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Sopa de Bacalhau
(Sexta-feira Santa) Arquivos antiga Região de Turismo Rota da Luz
Bacalhau Couves Cebola Alho Pimenta Colorau Coze-se o bacalhau com as couves. Escoa-se a água, que se reserva. À parte faz-se um estrugido com cebola, alho, pimenta, colorau que se junta à água de cozer o bacalhau. Serve-se o caldo com pão torrado.
Bacalhau à Confraria
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
4 Postas de bacalhau graúdo com cerca de 160gr cada Farinha 1 Ovo batido Pão ralado 1 Cebola grande cortada em rodelas finas 3 Dentes de alho cortados em rodelas finas 1,5 dl de azeite 1kg de batatas Óleo para fritar as batatas Presunto Azeitonas Salsa picada
Demolhe convenientemente o bacalhau. Esco-rra-o e escalde-o em água a ferver, retire-o com cuidado e tire-lhe as espinhas sem deformar as postas. Enxugue-as e passe-as primeiro por farinha, depois por ovo batido e em seguida por pão ralado. Aconchegue-as e sacuda os excessos. Num tabuleiro, espalhe um pouco de azeite, metade dos alhos e metade da cebola e, por cima, coloque as postas de bacalhau. Em seguida espalhe por cima deste o resto dos alhos e da cebola e regue com o restante azeite. Leve a assar no forno a 170º durante 20 a 30 minutos, regando uma vez por outra com o próprio azeite, sem deixar assar demais até o bacalhau ficar lourinho. Frite algumas fatias de presunto em óleo quente. Depois de tudo pronto o bacalhau é servido com o presunto frito e é acompanhado com batatas fritas em rodelas e azeitonas, polvilhando tudo com salsa picada. Também pode ir ao forno já com as batatas fritas em volta e a cebola por cima.
Nota do Grão-mestre:
A receita é simples, o “segredo” faz parte do património gastronómico da Confraria Gastronómica do Bacalhau. 11
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Feijoada de Samos
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
1 Cebola média 2 Dentes de alho 1 Latinha de tomate pelado 0,5 Kg de Samos 2 Latas de feijão branco cozido Azeite q.b. Salsa q.b. Piripiri q.b. Sal q.b. Rodelas de chouriço vermelho q.b. 1 Copo de vinho branco maduro
Em primeiro lugar lavam-se os Samos e limpa-se das peles escuras, cartilagens e alguma impureza. Depois escaldam-se em água a ferver, passando-os em seguida por água fria e cortando-os aos pedacinhos. Num tacho fazer um refogado com o azeite, a cebola, o alho e a salsa, tudo muito bem picadinho. Depois de aloirado, deita-se o vinho branco, o tomate pelado, as rodelas de chouriço e os samos aos pedaços. Quando tudo estiver cozido, deita-se o feijão branco até ferver. Temperar com sal e piripiri a gosto. Não esquecer a água do feijão que também é necessária.
Nota:
Os sames, designados pelos bacalhoeiros por “samos”, fazem parte do baú das recordações dos antigos pescadores do bacalhau nos mares da Terra Nova e mais não são do que as bexigasnatatórias daquele peixe. Esta era uma das poucas iguarias a que os pescadores tinham acesso durante o tempo da faina. Os samos eram extraídos da parte da espinha rejeitada na escala do peixe, sendo depois limpos e salgados pelos “cães de bordo”, os moços de convés.
Pataniscas de Bacalhau
Receita cedida pela Confraria Gastronómica do Bacalhau
300 g de bacalhau do lombo salgado 100 g de farinha de trigo Sal fino q.b. Pimenta q.b. 3 Ovos ¼ de sumo de um limão Azeite ou azeite e óleo (para fritar) Raminhos de salsa Lave o bacalhau e retire-lhe a pele e as espinhas. Em seguida, desfie-o finamente e lave-o em várias águas frias, espremendo-o até perder o sal quase todo. No final, esprema-o bem. Numa taça, deite a farinha, sal e pimenta q.b. e os ovos e mexa tudo muito bem, até não ter grumos.
Adicione o sumo de limão e volte a mexer. Em seguida, junte o bacalhau e misture bem. Frite ás colheradas em azeite, ou em azeite e óleo, poucas de cada vez. Volte-as quando for preciso e escorra-as. Sirva as pataniscas acompanhadas com raminhos de salsa. 12
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Confrarias e Associações Em defesa da qualidade e da tradição
CONFRARIA GASTRONÓMICA DO BACALHAU A referência económica, social e cultural do Bacalhau no Concelho de ílhavo motivou o aparecimento, durante 1999, da Confraria Gastronómica do Bacalhau, cujo principal objectivo é o de preservar os pratos regionais feitos à base do bacalhau e promovê-los junto das gerações mais novas. Assim, pretende a Confraria Gastronómica do Bacalhau não deixar morrer tão rica gastronomia não só na região litoral mas de todo o País, onde o “fiel amigo” sempre foi o peixe de todos, ricos e pobres. Pretende também preservar a memória de toda a epopeia que foi a “Faina Maior”.
T 919239747 APARTADO 85 3834-909 ILHAVO grão.mestre@confrariabacalhauilhavo.org mestre.capitular@confrariabacalhauilhavo.org www.confrariabacalhauilhavo.org
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS CONFRARIAS GASTRONÓMICAS A Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas surgiu em Junho de 2001, como Associação Cultural sem fins lucrativos, e tendo como finalidade principal a promoção, divulgação e defesa da Gastronomia Tradicional Portuguesa. Actualmente constituída por 68 Confrarias Gastronómicas, todas elas Associações Culturais de profundo significado para as regiões que representam, a FPCG tem vindo a consolidar a sua estrutura organizativa, para dar resposta a todos os desafios que hoje se colocam, quer no panorama nacional, quer no que respeita à projecção internacional. Hoje, a Federação integra um conjunto de entidades com intervenção directa e indirecta na Gastronomia enquanto produto estratégico da nossa Economia e particularmente no Turismo, sempre na defesa dos nossos produtos, dos produtores e do receituário tradicional O nosso lema será sempre a defesa das Artes Culinárias, Património Cultural do nosso País, sinónimo da convivialidade, de saber comer, de valorização das memórias, da nossa história, enfim, de um Povo.
AIB – ASSOCIAÇÃO DOS INDUSTRIAIS DO BACALHAU A Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) foi fundada em Novembro de 1993, em Lisboa, tendo posteriormente transferido a sua sede para a Gafanha da Nazaré onde se mantém actualmente. A AIB, que conta actualmente com 19 companhias associadas, é uma associação de empregadores cujo objectivo é a promoção e desenvolvimento da actividade industrial do bacalhau e a defesa e promoção dos interesses empresariais do sector. Tem, igualmente, incumbência de representar os seus associados e assegurar a sua representação nos organismos em que se encontra inserida. A AIB concentra a sua actuação em temáticas que se apresentam de uma forma transversal ao sector. As questões relacionadas, por exemplo, com o ambiente ou as relações com outras organizações com interesses comuns aos da AIB levam-nos a integrar a Fileira do Pescado ou o Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar na defesa dos interesses das companhias nossas associadas. Visando a promoção do bacalhau e a defesa das suas indústrias, a AIB promoveu uma candidatura do “Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa” ao reconhecimento como Especialidade Tradicional Garantida enquanto instrumento de preservação e garantia das características distintivas deste produto.
T 239 428 149 RUA PEDRO DE SANTARÉM, Nº 102 2000-223 SANTARÉM MORADA DA SEDE FUNCIONAL LARGO DR. DANIEL DE MATOS EDIFÍCIO DO MERCADO MUNICIPAL 3350 VILA NOVA DE POIARES fpcg.geral@gmail.com www.fpcg-online.com
T 234 368 002 AVENIDA DOS BACALHOEIROS, Nº 290 2º ESQUERDO 3830-553 GAFANHA DA NAZARÉ aib@aibportugal.com www.aibportugal.com/
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Recursos
associados
Ílhavo
MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO O Museu Marítimo de Ílhavo é um lugar da memória dos Ilhavenses, do seu papel na abertura de Portugal ao mundo. Nascido em 1937, habita desde Outubro de 2001 num moderno e atraente edifício da autoria dos Arquitectos Nuno Mateus e José Mateus. Nele residem três belas exposições permanentes: Sala Capitão Francisco Marques, dedicada à pesca do bacalhau à linha; Sala da Ria, testemunho das fainas agro-marítimas da laguna de Aveiro; Sala dos Mares, onde se exibe um rico conjunto de embarcações antigas em miniatura, instrumentos de pesca e outros artefactos. Uma colecção de milhares de conchas, recolhidas por todo o mundo completa as exposições do museu.
LUGRE SANTA MARIA MANUELA O Navio Santa Maria Manuela com comprimento de 62,83 m era um lugre de 4 mastros construído nos estaleiros da Companhia União Fabril, em Lisboa no ano de 1937 com destino à pesca do bacalhau tendo feito parte da famosa “Portuguese White Fleet”. É irmão gémeo do lugre “Creoula”, actualmente operado pela Marinha Portuguesa como navio de treino de mar. O navio iniciou a sua recuperação em Março de 2007, dando origem a um projecto de Turismo Cultural de Vocação Marítima, realizando viagens temáticas de turismo alternativo. Estas definem-se como turismo experience, uma vez que é possível participar activamente na vida a bordo e aprender as várias vertentes da navegação. Dirige-se a apreciadores de turismo aventura em geral, que procurem soluções de viagem ou férias didácticas e vivenciais, sendo cada viagem subordinada a um tema: aspectos históricos e identitários de Portugal, turismo natureza, expedições científicas, acções e eventos como team building, focus meeting, apresentação de marcas ou produtos, festas, etc. O Santa Maria Manuela está ancorado no Cais dos bacalhoeiros, na Gafanha da Nazaré em Ílhavo, tem capacidade para 50 participantes activos em viagem e 200 pessoas para eventos ao cais.
AV. DR. ROCHA MADAHIL 3830 – 193 ÍLHAVO T 234 329 990 | F 234 321 797 museuilhavo@cm-ilhavo.pt www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt Outras Informações Horário Verão (Julho e Agosto): Dias Úteis: 10h00 | 19h00 Fim-de-semana: 14h30 | 19h00 Encerra: Segundas Horário Inverno (Setembro a Julho): Dias Úteis: 09h30 | 18h00 Fim-de-semana: 14h30 | 18h00 Encerra: Segundas
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SANTA MARIA MANUELA CAIS DOS BACALHOEIROS APARTADO 12 3834-908 GAFANHA DA NAZARÉ T 234 390 290 | F 234 390 299 santamariamanuela@gmail.com www.santamariamanuela.pt http://santamariamanuela.blogspot.com
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LUGRE CREOULA 0 «Creoula» é um lugre de quatro mastros, com um comprimento de 67,4m. Construído no início de 1937 nos estaleiros da CUF para a Parceria Geral de Pescarias, no tempo recorde de 62 dias úteis. Lançado à água no dia 10 de Maio efectuou, ainda, nesse ano, a sua primeira campanha de pesca. As obras-vivas a vante, com particular destaque para a roda de proa, tiveram construção reforçada uma vez que o navio iria navegar nos mares gelados da Terra Nova e Gronelândia. Até à sua última campanha, em 1973, o navio possuía mastaréus, retrancas e caranguejas em madeira. Todo o interior do navio era revestido a madeira de boa qualidade e o porão calafetado para evitar o contacto da moura com o ferro. O mastro de vante (traquete) servia de chaminé à caldeirinha e ao fogão a carvão, fogão este que se encontra hoje no Museu Marítimo de Ílhavo. Actualmente operado pela Marinha Portuguesa como navio de treino de mar, tem proporcionado o contacto com a navegação à população civil, nomeadamente às camadas jovens num perpetuar das tradições marinheiras do País.
NAVIO MUSEU SANTO ANDRÉ Este antigo arrastão bacalhoeiro, que nasceu para a pesca em 1948, é hoje um museu que pretende mostrar como se vivia e trabalhava a bordo dos barcos que iam ao bacalhau nos mares gelados do Atlântico Norte. JARDIM OUDINOT – FORTE DA BARRA 3830 GAFANHA DA NAZARÉ Reservas: MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO AV. DR. ROCHA MADAHIL 3830 – 193 ÍLHAVO T 234 329 990 | F 234 321 797 museuilhavo@cm-ilhavo.pt www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt Outras Informações Horário Verão (Julho a Setembro): Dias Úteis: 10h00 | 19h00 Fim-de-semana: 14h30 | 19h00 Encerra: Segunda-feira Horário Primavera (Março a Junho): Dias Úteis: 10h00 | 19h00 Fim-de-semana: 14h30 | 19h00 Encerra: Segunda-feira Horário Inverno (Outubro a Fevereiro): Dias Úteis: 09h30 | 17h30 Fim-de-semana: 14h30 | 17h30 Encerra: Segunda-feira
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Figueira
da Foz
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO SAL Apresenta cinco grandes temas: O que é o Sal; O Sal na Natureza; História do Sal em Portugal; A Tecnologia do Sal na Figueira da Foz e O Ciclo de Produção; e As Salinas e a Conservação da Natureza. ARMAZÉNS DE LAVOS, SALINA MUNICIPAL DO CORREDOR DA COBRA 3090-451 LAVOS T 233 402 840 / 966 344 488 museu@cm-figfoz.pt www.figueiradigital.com Outras Informações Horário de Verão Quarta a Domingo: 10h30 | 12h30 – 14h30 | 18h45 Fim-de-semana e feriados: 14h00 | 18h45 Encerra: Segundas e Terças Horário de Inverno Quarta, Fim-de-semana e feriados: 10h00 | 12h30 – 14h00 | 16h00 Encerra: Segundas, Terças, Quintas e Sextas
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO MAR Sob a dependência orgânica do Museu Municipal Santos Rocha, o Núcleo Museológico do Mar encontra-se estruturado em 3 grandes áreas temáticas: Actividade piscatória do concelho da Figueira da Foz; A pesca do bacalhau; Gentes do Mar, a Arte e a Fé. RUA GOVERNADOR SOARES NOGUEIRA, 32 3080-296 BUARCOS T 233 413 490 / 966 344 488 / 233 402 840 F 233 402 857 nucleo.mar@cm-figfoz.pt www.figueiradigital.com Outras Informações Horário de Verão Terça a Sexta: 09h30 | 12h45 – 14h00 | 16h45 Fim-de-semana e feriados: 14h00 | 18h45 Encerra: Segundas Horário de Inverno Terça a Sexta: 09h30 | 12h30 – 14h00 | 17h00 Fim-de-semana e feriados: 09h30 | 12h30 – 14h00 | 17h00 Encerra: Segundas
MARINHA DA TRONCALHADA Marinha de sal, onde se podem observar os ancestrais métodos de salicultura da região aveirense, actividade já referenciada em Aveiro, no testamento da Condessa Mumadona Dias, datado do ano 959. Para além da sua actividade de produção de sal é, também, um excelente local para a observação da avifauna. MARINHA DA TRONCALHADA CAIS DAS PIRÂMIDES 3800 AVEIRO Horário: Espaço aberto de entrada livre
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Contacto para visitas guiadas MUSEU DA CIDADE DE AVEIRO RUA JOÃO MENDONÇA, 9-11 3800 – 200 AVEIRO T 234 406 485 | T 234 406 307 museucidade@cm-aveiro.pt www.cm-aveiro.pt
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Eventos do Centro
relacionados com o bacalhau ÍLHAVO FESTIVAL DO BACALHAU Integrado nas Festas do Município de Ílhavo – Mar Agosto – o Festival do Bacalhau decorre no mês de Agosto no espaço único e privilegiado do Jardim Oudinot (Gafanha da Nazaré), junto ao sexagenário Navio-Museu Santo André, e traduz-se na maior mostra gastronómica nacional em que o “fiel amigo” constitui o prato principal. Durante 5 dias, este espaço ribeirinho recebe milhares de apreciadores da gastronomia tradicional regional que vêm degustar os inúmeros pratos de Bacalhau acompanhados dos Vinhos da Região Demarcada da Bairrada e das famosas Padas de Vale de Ílhavo. O evento conta paralelamente com um programa de animação variado e aliciante integrando diversas actividades e espectáculos como mostras de artesanato, sessões de cinema ao ar livre, exposições, animação para crianças e concertos de música com presença de artistas consagrados.
VILA DE REI FESTIVAL GASTRONÓMICO DO BACALHAU E DO AZEITE Este evento, que tem lugar na semana que antecede a Páscoa nos restaurantes aderentes do concelho de Vila de Rei, é dedicado a dois produtos tipicamente portugueses: o bacalhau e o azeite. Desde os pratos mais tradicionais, aos pratos mais recentes como o Bacalhau à Vila de Rei (com receita do ilustre Chefe Silva), passando pelas especialidades de cada restaurante Vilarregense, é impossível ficar indiferente a todos os deliciosos pratos de bacalhau. Também o azeite tem especial atenção neste Festival através dos seus temperos, entradas especiais e sobremesas de fazer crescer água na boca. 18
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RUA JOÃO MENDONÇA, 8 3800-200 AVEIRO T +351 234 420 760 F +351 234 420 326 geral@turismodocentro.pt
www.turismodocentro.pt
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Gastronomia & Vinhos A1
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VISEU A 25
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LISBOA
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O Centro de Portugal é sinónimo de experiências gustativas diferentes e inesquecíveis! Numa Região de vastíssimos contrastes culturais e paisagísticos, a vivência árdua das gentes de antigamente, aliada ao engenho e arte daqueles a quem foi reservada a difícil incumbência de preparar os alimentos, por vezes escassos, traduziu-se na descoberta de receitas magníficas e de requinte inquestionável. Entre os pratos de cariz mais frugal e aqueles que, pela elaboração mais engenhosa, estiveram desde os primórdios associados aos dias de festa e de alegre convívio, o difícil é escolher! E o que dizer do enorme saber e talento acumulados dos grandes chefs que, com a determinação das gentes do Centro, aproveitam os muitos produtos endógenos e certificados existentes na Região para produzir refeições simplesmente fantásticas?! No Centro de Portugal a gastronomia é um misto inebriante de imagens, paladares e aromas…
FARO
FICHA TÉCNICA • Textos ERTCP • Créditos Fotográficos Arquivo ERTCP e Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Ílhavo • Design Traços Leves Tiragem 5 000 exemplares • Edição Agosto 2011
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