Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Page 1

A NO 1 - N º 03

ANO 1 – Nº 03 – Revista da Instalação

Junho 2016

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Entrevista

DESTAQUE

Fala sobre a atuação do Deconcic em prol da construção

Falta de cuidado na instalação gera problemas nos sistemas prediais de água

CARLOS AURICCHIO

HIDRÁULICA

Especial elétrica

Certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas procura ainda é pequena

Carência de mão de obra qualificada Déficit de profissionais especializados leva instaladoras a investirem no treinamento de funcionários para suprir suas necessidades




Índice

| Edição 03 | Junho 2016

08

Entrevista

Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, diretor titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP, fala sobre a atuação da entidade em prol da cadeia da construção.

Especial 32 certificação

Processo de certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas procura ainda é baixa.

Destaque 36 hidráulica

De forma equivocada, usuários e instaladores muitas vezes subestimam os sistemas hidráulicos prediais e não adotam os devidos cuidados para que eles sejam eficientes e seguros.

50

Mercado

18

Matéria de Capa

Falta de mão de obra é um problema comum a diversos ramos de atividades das instaladoras. Situação pode ser verificada em áreas tradicionais, como elétrica e hidráulica, e também em segmentos mais novos, como o de energia fotovoltaica.

Sempre aqui

A área de energia solar fotovoltaica tem crescido no mundo todo, mas o Brasil, em particular, possui um dos maiores potenciais do planeta.

Evento

58 ExpoPredialTec Sétima edição do evento agrega novos segmentos de mercado, que englobam várias tecnologias para sistemas e instalações prediais.

4 Revista da InstalaçÃO

06 Editorial ■ 12 Notas ■ 42 Espaço Sindinstalação ■ 44 Abrinstal ■ 45 Abrasip ■ 46 Seconci ■ 47 HBC ■ 62 Artigo-ClickSoftware ■ 64 Produtos ■ 66 Link / Agenda ■


Informe Publicitário

BIM: Além do 3D e da compatibilização de projetos

R

epresentar um espaço e como algo deve ser fabricado ou construído através de desenhos é uma técnica milenar. Ao longo do tempo ela foi evoluindo, desde a redução das escalas até chegar na prancheta e, mais recentemente, ao computador, através de softwares que permitiam projetar modelos 2D e depois, finalmente, em 3D. Porém, com a evolução da tecnologia, os modelos em 3 dimensões deixaram de ser suficientes. Havia a necessidade de ter informações integradas aos desenhos, como custos e materiais, por exemplo. O Building Information Modeling (BIM), em português, Modelagem da Informação da Construção, é um conceito que veio para resolver estas questões. Softwares como Revit, Vector Works e Archicad foram desenvolvidos para consolidar essas informações em um único modelo, permitindo mais do que 3 dimensões, tornando o 4D, 5D e mesmo 6D, uma realidade. Cada uma destas outras dimensões estão relacionadas a informações como planejamento da execução, custo, ANAURI MARAFON

Engenheiro Civil e especialista em Sienge

Fotos: Divulgação

FERNANDO RAMOS

Arquiteto, Consultor de Implementação do conceito BIM em escritórios de AEC e instrutor certificado de ferramentas Autodesk®

orçamento, etc. Estamos falando de usar o BIM em níveis mais aprofundados, indo além do confronto de interferências e compatibilização de projetos. Para atingir estas outras dimensões, o modelo em BIM precisa de um maior desenvolvimento e detalhamento. Existe um conceito adotado na área chamado LOD: Level of Development, ou traduzindo, Nível de Desenvolvimento.. Originalmente o conceito LOD vai de 100 a 500. Modelar em LOD 100 significa estar em BIM em um nível de Estudo Preliminar, onde as soluções técnicas não foram amplamente definidas, detalhadas, testadas e aprovadas. Como exemplo, pensemos uma parede. Para verificar interferências de um projeto, podemos ter simplesmente a forma geométrica e posicionamento da parede definidas. Para poder extrair quantitativos e custos, precisamos modelar as diversas camadas da parede, como o tijolo, reboco, tinta, etc. Esta modelagem em camadas já caracteriza um estágio de LOD mais alto. Outra característica de BIM é a interoperabilidade, ou seja, todos os profissionais envolvidos no projeto interagem com BIM, direta ou indiretamente. Engenheiros, construtores e fornecedores, dentre outros, podem extrair informações ou tomar decisões baseadas nas simulações e análises feitas diretamente no modelo. Além disto, toda alteração de projeto e seus impactos são processados imediatamente. Isto significa economia de tempo e dinheiro. Com o BIM, a construção é “resolvida” ainda no projeto e não no canteiro de obra. A adoção do BIM impacta em investimentos e mudança cultural nas organizações, e para auxiliar nessa transição surge uma nova profissão, o BIM Manager ou Gerente

de BIM. O ideal é que este profissional tenha curso superior em Arquitetura ou Engenharia Civil, experiência em construção, gerenciamento de projetos e certo conhecimento em TI. Ele terá papel fundamental no gerenciamento do modelo, extração de informações para as mais diversas áreas e repasse destes conhecimentos para os demais profissionais da empresa.

O BIM pode contribuir também com a Gestão da Obra, e não somente na fase de projetos. O software Sienge, ERP voltado para a Indústria da Construção, com mais de 2.500 clientes, está trabalhando em uma funcionalidade que integra ferramentas BIM ao módulo de Orçamento do ERP. Será possível vincular informações e gerar automaticamente planilhas de Orçamento dentro do ERP. O trabalho de levantamento de quantitativos e cadastramento do orçamento, que antes poderia levar semanas, poderá ser feito em minutos! Concluindo, o recado é simples: o BIM já é uma realidade e veio para ficar. Os profissionais que investirem agora neste mundo, garantirão uma vantagem competitiva enorme em curto prazo. Visite: www.sienge.com.br


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 03 • Junho'16

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Muito conteúdo na terceira edição E a Revista da Instalação decolou com sucesso, como diz o nosso próprio anúncio. Lançada no auge da crise econômica e política que insiste em atingir a todos que querem apenas trabalhar de modo sério e responsável, chegamos à terceira publicação com muito conteúdo para os profissionais e empresas direta ou indiretamente ligados ao mundo das instalações prediais. O apoio que temos recebido do Sindinstalação-SP, que tem nossa revista como veículo oficial, além de outras entidades, patrocinadores e leitores nos estimula a fortalecer a publicação cada vez mais. Nesta edição, preparamos uma matéria de capa que trata da falta de mão de obra no Brasil, que é um problema sério tanto em áreas tradicionais, como elétrica, hidráulica, mecânica e refrigeração, quanto em segmentos mais novos, como o de energia fotovoltaica. Incluímos ainda uma reportagem sobre o mercado de energia solar fotovoltaica, que tem crescido no mundo todo, mas no Brasil, em particular, deve crescer mais ainda, pois possuímos um dos maiores potenciais do planeta. Entretanto, o País precisa resolver uma série de questões que atrapalham o pleno desenvolvimento dessa fonte de energia. Tratamos também em outra matéria da forma equivocada que usuários e instaladores muitas vezes subestimam os sistemas hidráulicos prediais e não adotam os devidos cuidados para que eles sejam eficientes e seguros. Destaque para o Fórum Predialtec 2016, que tem a coordenação técnica da Revista da Instalação, que acontecerá em São Paulo no mês de julho, que é um evento inédito no Brasil. Pela primeira vez, um congresso técnico reúne várias instalações prediais em um único evento, com palestras apresentadas por renomados profissionais de elétrica, hidráulica, gás, ar-condicionado, incêndio, aquecimento de água solar e energia fotovoltaica. Na entrevista do mês, o Dr. Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, diretor titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP, fala sobre a atuação da entidade como catalisadora de ações e ideias que visam o fortalecimento da cadeia da construção no Brasil. O executivo cita alguns projetos em andamento e algumas conquistas do departamento ao longo dos anos. Boa leitura! 6 Revista da InstalaçÃO

Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito e Viviane Venâncio Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Willyan Santiago, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 22/06/2016 Circulação: 28/06/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.



Entrevista

| Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio

U

Em defesa do setor da construção

m dos pilares da economia nacional, o mercado da construção também tem sofrido com a atual crise econômica vivida pelo Brasil. No entanto, as iniciativas para fortalecer este setor não param. Ao contrário, elas são contínuas e envolvem uma série de empresas e entidades, incluindo o Sindinstalação. Nesse contexto, o Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP tem atuado como catalisador das várias ações e ideias. Como explica nessa entrevista Carlos Eduardo

Pedrosa Auricchio, diretor titular do departamento, o Deconcic busca a implementação de medidas estruturantes para a cadeia produtiva da construção, trabalhando para remover entraves e melhorar a competitividade do setor. Auricchio também cita alguns projetos em andamento em torno do Deconcic e fala sobre algumas conquistas da entidade desde que foi criada, em 2007, com destaque para o ConstruBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, que está em sua 11ª edição.

Entrevista a Marcos Orsolon

cerca de 10% do PIB brasileiro e cerca de 14% da força de trabalho ocupada no País. A indústria da construção sempre teve atuação expressiva na Fiesp, e se consolidou como departamento em 2007. O Deconcic busca a implementação de medidas estruturantes para a ca-

deia produtiva da construção, trabalhando para remover entraves e melhorar a competitividade do setor.

Foto: Divulgação

Faça um apanhado geral sobre o que é o Deconcic, quando foi criado e seus principais objetivos. O Departamento da Indústria da Construção – Deconcic reúne mais de 100 entidades representativas de todos os elos da cadeia produtiva, que hoje representa

Como o Deconcic está estruturado hoje? O Deconcic conta, em sua estrutura, com um corpo diretivo composto por diretor titular, diretores titulares adjuntos e diretores, além da equipe, composta por um gerente e colaboradores das áreas técnica e administrativa. O departamento trabalha em sinergia com as demais áreas da Casa, em especial com o Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic), do Instituto Roberto Simonsen (IRS), e com o Comitê da Cadeia Produtiva da Mineração (Comin), da Fiesp. Qual a importância do Deconcic para a evolução da indústria da construção no Brasil? Ao longo de sua atuação, o Deconcic tem apresentado sistematicamente uma agenda propositiva nas áreas de desenvolvimento urbano e infraestrutura econômica, temas considerados prioritários para o crescimento do setor e da economia brasileira. Dessa forma,

8 Revista da InstalaçÃO


o departamento trabalha na elaboração de políticas públicas e ações de fomento para a redução do ciclo de obras, desburocratização do setor, ajustes no setor tributário, qualificação da mão de obra, busca por fontes alternativas de recursos para habitação e infraestrutura, entre outros fatores. Quais foram as principais conquistas do Deconcic, desde a sua criação? Entre as principais conquistas do Deconcic, desde o início de sua trajetória como comissão na Fiesp, está a consolidação do ConstruBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, um dos principais fóruns de discussão de políticas públicas para a cadeia produtiva. O evento, realizado desde 1997 e atualmente em sua 11ª edição, conta com a participação ativa de empresários e representantes da iniciativa privada, do Poder Público e do meio acadêmico, sendo fonte de referência abrangente para o setor, com diagnósticos, projeções e propostas para o aprimoramento do ambiente de negócios. Atualmente em sua 11ª edição, o ConstruBusiness está pautado no lema “Brasil 2022: planejar, construir, crescer”, apresentando a necessidade de investimentos em obras de desenvolvimento urbano e infraestrutura econômica no Brasil até o ano do Bicentenário da Independência. Para que o País possa efetivamente atingir o patamar de investimentos em obras, a Fiesp apresentou o Programa “Compete Brasil”, conjunto de ações voltadas à redução do ciclo de obras e ao crescimento do setor da

Entrevista

Interview

Entrevista

Entrevista com autoridades e profissionais do setor.

Interview with authorities and professionals of the sector.

Entrevista con autoridades y profesionales del sector.

construção. Outra conquista importante para a construção paulista, por meio da articulação do Deconcic, foi a criação da Frente Parlamentar da Indústria da Construção – FPIC, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida pelo Deputado Estadual Itamar Borges, que possui o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do setor, por meio de ações que melhorem a previsibilidade, a segurança jurídica e a atratividade para a construção paulista. Quais são as principais atividades do Deconcic no momento? Atualmente, o Deconcic coordena grupos de trabalho nas seguintes áreas: ambiente de negócios no setor imobiliário, BIM – Building Information Modeling (Modelagem de Informação da Construção), ciclo de vida de materiais e componentes da construção, responsabilidade com o investimento (abordando os fatores que causam atrasos em obras no País) e sistemas construtivos industrializados. Além desses, temos o GT segurança em edificações, coordenado pelo diretor do Deconcic, Valdemir Romero, que conta com a participação do Sindinstalação, representado pelo diretor Luiz Carlos Veloso. Cada um desses grupos busca a implementação de uma agenda de trabalho com o setor público e a iniciativa privada nesses temas, com base nas diretrizes do Programa Compete Brasil da Fiesp. Além disso, o Deconcic coordena o portal Observatório da Construção, que reúne diversas informações, como indicadores, análises e estudos setoriais sobre a cadeia produtiva. O Deconcic também

Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, Director of the Department of the Construction Industry (Deconcic) of FIESP, talks about the role of the organization as a catalyst for actions and ideas aimed at strengthening the construction chain in Brazil. The executive mentions some ongoing projects and some achievements of the department over the years.

promove e apoia eventos e missões empresariais sobre temas de interesse do setor, para promover o conhecimento de novas tecnologias, estruturas produtivas e políticas públicas que possam contribuir para o desenvolvimento da construção brasileira. O Deconcic tem algum programa em torno da qualidade das construções no País? O que tem sido feito nesse sentido? A busca pela melhoria na qualidade das construções é algo fundamental e deve ser tratada de forma sistêmica pelo setor, buscando uma evolução contínua com a implementação de novas tecnologias e investimentos em capacitação, esta visão deve passar por todos os elos da cadeia, desde a elaboração dos projetos até a entrega dos empreendimentos. Neste sentido, o Deconcic coordena alguns projetos como o incentivo ao uso do BIM (Building Information Modeling), um sistema que integra todos os projetos (arquitetura, estrutura, instalações, etc.) em uma plataforma 3D, que além de evitar erros oriundos dos projetos, garante a excelência das informações para todo o ciclo de vida dos projetos, desde a elaboração de orçamentos/licitações até sua manutenção. Outro projeto em andamento, visa a capacitação dos profissionais da cadeia da construção, focado no aumento na qualidade dos serviços e na redução de acidentes do trabalho e, em contrapartida, as empresas que investirem em capacitação e treinamento de seus funcionários receberão uma redução na alíquota do FAP

Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, Director del Departamento de la Industria de la Construcción (Deconcic) de FIESP, habla sobre el papel de la organización como un catalizador para las acciones e ideas para fortalecer la cadena de la construcción en Brasil. El ejecutivo cita algunos proyectos en marcha y algunos logros del departamento en los últimos años. Revista da InstalaçÃO 9


Entrevista

| Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio

A busca pela qualidade nas construções é uma das bandeiras do Deconcic no momento? Por quê? Sim. Como já abordado acima, a qualidade na construção é algo fundamental e sua evolução é primordial para garantir a competitividade da cadeia, seja para redução de custos com retrabalhos, para redução de prazos das etapas construtivas ou mesmo para implementação de novas tecnologias que agreguem valor e garantam maior sustentabilidade aos empreendimentos. Uma tendência de mercado é termos construções cada vez mais eficientes, que consomem menos energia e água, por exemplo? O Deconcic desenvolve, ou faz parte, de algum programa em torno desse tema (eficiência)? Qual? O conceito da construção sustentável está ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional e se difere da construção convencional principalmente pelo cuidado com o planejamento e racionalidade, priorizando a eficiência e durabilidade, para obtenção de um melhor desempenho. Podemos destacar vários exemplos de aplicação neste sentido, como a padronização das construções, sistemas de captação e reuso de água, energia limpa como a solar e eólica, utilização de materiais reciclados, dentre outras tantas iniciativas. Para exemplificar o envolvimento do Deconcic neste assunto, destaca-se a coordenação do grupo de trabalho Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), uma ferramenta capaz de quantificar os impactos ambientais desde a fabricação dos insumos, sendo essencial para minimização dos danos ao meio ambiente, buscando produtos e processos menos impactantes ou mais sustentáveis. Outro trabalho coordenado pelo 10 Revista da InstalaçÃO

Deconcic é o incentivo à industrialização da construção, onde é possível aplicar um rigoroso controle de qualidade, reduzindo as perdas e, em consequência, os impactos ambientais da construção, além da geração de resíduos. A crise econômica vivida pelo Brasil tem atrapalhado bastante o setor da construção. De que maneira o Deconcic tem atuado para amenizar os efeitos da crise na indústria da construção? Desde a piora da crise econômica no País, que tem sido sentida principalmente pela construção civil e pela indústria de transformação, o Deconcic tem pautado sua agenda de trabalho dentro dos temas e ações considerados prioritários para a retomada do crescimento, tais como a busca por novas fontes de recursos para o investimento em obras, a regularização de pagamentos de obras realizadas e o aumento da participação da iniciativa privada em empreendimentos públicos, por meio de concessões e parcerias público-privadas. Até que ponto fazer parte da Fiesp facilita no dia a dia do Deconcic? Quais as principais vantagens da entidade? O Deconcic é um departamento integrante da estrutura organizacional da Fiesp, que conta com áreas especializadas em diversos setores da indústria, como mineração, defesa, agronegócio, petróleo e gás, infraestrutura, entre outras. Quais as projeções do Deconcic para os próximos três anos da indústria da construção no Brasil? Apesar do setor ser um dos que mais sente a atual crise econômica, a expectativa é que gradativamente haja a retomada dos investimentos e então a cadeia da construção poderá ser uma das primeiras a se recuperar, seja pela sua capacidade de gerar emprego ou pela necessidade de investimentos em infraestrutura para

Foto: Divulgação

(Fator acidentário de prevenção). Estes são apenas dois exemplos dentre várias iniciativas coordenadas pelo Deconcic, no âmbito da qualidade.

diminuir os gargalos para crescimento do País. As medidas na área econômica anunciadas pelo novo governo, com destaque para o limite do crescimento do gasto público, são boas para a retomada do crescimento a longo prazo. Somada a isso, fica a expectativa pelo avanço da MP que criou o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), que poderá alavancar os investimentos em infraestrutura e habitação. Outro ponto importante para retomar o crescimento da indústria da construção é a produtividade. Dessa forma, o investimento em inovação é essencial. As ações para reversão do quadro deverão ser baseadas no incentivo à industrialização das atividades da construção, na redução de ineficiências produtivas, na qualificação profissional, no investimento em novos métodos construtivos e na correção de distorções tributárias existentes para o setor. Medidas de curto e médio prazo estão sendo aguardadas com apreensão, porém, uma das expectativas para o setor é que aconteçam ajustes necessários, como um plano que garanta condições jurídicas mais seguras e ágeis, assim como condições financeiras adequadas, como a diversificação de linhas de crédito a taxas mais justas, a fim de incentivar a retomada dos investimentos privados.


O LANÇAMENTO DA REVISTA DA INSTALAÇÃO FOI UM SUCESSO!!! A única publicação brasileira dedicada 100% ao mercado de instalação nas áreas de gás, hidrossanitária, elétrica, fotovoltaica, eletromecânica, HVAC, solar, incêndio, dados e manutenção. Finalmente a área de instalação passa a ter uma revista exclusiva onde os profissionais da área têm acesso a um canal de comunicação e informação próprio do segmento.

A Revista da Instalação foi escolhida pelo Sindinstalação-SP como seu veículo oficial de comunicação. CARACTÉRISTICAS: ✶ Tiragem: 8.000 exemplares ✶ Circulação: Nacional ✶ Periodicidade: Mensal ✶ Distribuição gratuita MAIS INFORMAÇÕES: PUBLICIDADE@HMNEWS.COM.BR

(11) 4225-5400 FACEBOOK.COM/REVISTADAINSTALACAO WWW.REVISTADAINSTALACAO.COM.BR

Realização: EDITORA


NOTAS

Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Foto: Fotolia

12 Revista da InstalaçÃO

A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou no dia 01 de junho o relatório anual Solar Heat WorldWide, edição de 2016 (base 2014), que reúne informações de m² de coletores solares térmicos instalados por tipo, energia produzida, contribuições ao meio ambiente de emissões evitadas, dentre outros dados do desempenho do setor de 61 países. O Brasil, mais uma vez, foi referência no estudo, ocupando a 3ª posição em capacidade instalada adicionada no ano com novos 1.009 MWth (Megawatts Térmicos), e a 5ª no ranking mundial com 2.712 MWth, dado que considera os coletores solares térmicos em operação nos últimos 25 anos. A contribuição do setor brasileiro ao meio ambiente em 2014 foi de 2,5 milhões de toneladas de emissões evitadas de CO2. Os 61 países incluídos no relatório representam 4,5 bilhões de pessoas, cerca de 63% da população mundial. A capacidade instalada nesses países é estimada em 95% do total do mercado de aquecimento solar global. A América Latina, capitaneada pelo Brasil, mostra ser hoje a região mais constante e dinâmica de todas as apuradas. O mercado brasileiro é dominante, mas também os mercados mexicano e chileno estão sendo responsáveis por números positivos e um crescimento considerável nos últimos 6 anos consecutivos. Em 2014, estes mercados juntos somaram crescimento de 8,1%. “Estes números mostram o potencial do nosso mercado e a relevância da produção brasileira no cenário mundial”, comenta Amaurício Gomes Lúcio, presidente do Dasol (Departamento Nacional de Energia Solar Térmica) da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento). Dos dez maiores mercados de 2014, o Brasil (+4,5%), a Índia (+7,0%), os Estados Unidos (+0.9%), o México (+18,2%) e a Grécia (+19,1%) apresentaram crescimento. Já a China (–17,6%), a Turquia (–0,8%), a Alemanha (–9,8%), a Austrália (–21,1%) e Israel (–13,4%) sofreram retração.

Foto: Divulgação

NOTAS

Energia solar térmica

Centro Sustentável

A Fundação Alphaville entregou no dia 16 de junho para o prefeito de Carapicuíba, Sergio Ribeiro, a chave do CES Granja Viana, o primeiro Centro Sustentável do País. O objetivo é que o espaço de uso coletivo possa ser utilizado por instituições do terceiro setor e pela Prefeitura de Carapicuíba para realização de palestras, eventos e feiras para as comunidades vizinhas e para os alunos das escolas municipais e estaduais, todas voltadas à sustentabilidade. Além disso, o local também deve servir como espaço de coworking. O CES Granja Viana ficará sob gestão da Prefeitura de Carapicuíba. A Fundação Alphaville atuará como apoiadora do espaço, através da capacitação técnica e transferência de conhecimento aos profissionais do município que assumirão a administração do local. O Centro é o primeiro no Brasil a receber a certificação AQUA. O certificado, aplicado no Brasil exclusivamente pela Fundação Vanzolini, garante que o espaço é uma construção sustentável. Projetado pelo arquiteto Marcelo Leal, o CES Granja Viana possui diversos elementos sustentáveis, como placas solares, captação e reúso da água pluvial e reciclagem de resíduos. Outra característica do espaço é a utilização de um biodigestor, que processa o esgoto dos banheiros e transforma em fertilizante para as plantas locais. Além disso, o mobiliário utilizado possui selo de certificação ecológica e características arquitetônicas para fornecer melhor aproveitamento de luz solar, circulação de ar, conforto térmico e acústico. Para a certificação, foram avaliados também itens como a proveniência e composição dos materiais de obra, alguns específicos para construções sustentáveis, e o processo de trabalho dos fornecedores contratados.



NOTAS

A Torre de TV do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, recebeu durante sua construção cerca de 10 mil m² de manta acústica para equipar os estúdios que serão utilizados durante a transmissão dos jogos. A tecnologia é da Armacell, empresa especializada em isolamentos acústicos e termoacústicos, e deve atenuar qualquer tipo de vibração e ruído entre os estúdios das emissoras ali instaladas. A estrutura temporária, erguida em light steel frame tem 3 mil m² de área construída pela Green Coast. O projeto foi desenvolvido de acordo com as normas SiAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil, Nível “A”, do PBQP-h - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat, e da ABNT NBR ISO 9001:2008. O grupo possui em seu portfólio grandes obras como o Maracanã, o Pavilhão Olímpico, IBC Parque Olímpico e estúdios de produção televisiva para a FIFA, e mais de 350 obras por todo Brasil.

Novo diretor

Líder global em tecnologia, a Samsung apresenta ao mercado Manoel Gameiro, que assumiu recentemente a diretoria da divisão de Ar-Condicionado, conhecida como System Air-Conditioning SAC. Com vasta experiência profissional nessa área, o executivo passa a coordenar todas as atividades da marca na América Central e América do Sul. “Estou muito feliz com esse novo desafio. Juntamente com a equipe, vamos trabalhar da melhor forma para atender às demandas do mercado e manter a Samsung entre os mais notáveis fabricantes de ar-condicionado. Quero exercer minha liderança de forma inspiradora, contribuindo para a equipe e para grandes conquistas futuras”, afirma Gameiro. Manoel Gameiro é formado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia Industrial - FEI (Brasil) e tem mais de 30 anos de experiência em seu currículo. Com escopo regional, o executivo ficará baseado em São Paulo, onde a Samsung possui seu escritório-sede na América Latina.

14 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

Isolamento acústico

Medição inteligente

A Telit anuncia para o mercado o Konect, nova proposta de medição inteligente, com o objetivo de reduzir os gastos com energia, água e gás. A solução foi integrada em menos de duas semanas à Plataforma IoT da Telit. O Konect foi desenvolvido pela Kron Medidores, responsável pela automação de 90% dos Shoppings Centers e Edifícios Inteligentes (building automation) no Brasil. A solução é composta de hardware e software para gerenciar e monitorar o consumo nos mais diversos segmentos. Com os recursos fornecidos pela Telit, os usuários podem visualizar todas as informações remotamente, com acesso em tempo real. O objetivo da solução, além reduzir os gastos, é concentrar outras informações como temperatura e nível de umidade do ar no ambiente de trabalho. Organizações poderão ter uma estimativa do que foi consumido antes do final do mês e reduzir custos na conta. Além disso, o medidor inteligente visa reforçar a conscientização do consumo em diversos segmentos de mercado, podendo ser utilizado para estimular o consumo consciente em indústrias, prédios comerciais, condomínios e shopping centers que tenham o interesse em possuir uma visão holística dos negócios. “O Konect apresenta uma nova abordagem para o segmento de medidores de energia elétrica, pois é extremamente versátil, integrando outros dispositivos presentes em sistemas de automação e incorporando múltiplas funções. A energia, um dos principais insumos industriais, requer uma gestão eficiente que consiste na obtenção de melhor desempenho na produção e menor gasto, o que torna a organização mais competitiva”, avalia Roberto Bedicks, CEO da Kron. Uma das funcionalidades do dispositivo é o rateio de custo da energia elétrica. Com medição individualizada do consumo, o empresário pode tomar conhecimento das variáveis de um departamento específico em setores de uma fábrica, loja, prédio comercial (rateio por andar), condomínio etc.


Cartilha Abilumi A Abilumi (Associação Brasileira dos Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação) tem recebido inúmeras reclamações sobre empresas do setor de produtos de iluminação que descumprem seus deveres legais, realizando importações e vendas de produtos sem a regular documentação fiscal de suas operações. Considerando o prejuízo causado por essas práticas ilícitas às empresas do setor que observam suas obrigações legais, a Abilumi desenvolveu o guia “Prevenção a Práticas Irregulares no Comércio de Produtos de Iluminação” para os lojistas com informações sobre as responsabilidades do comerciante. “O objetivo é coibir ações que prejudicam tanto as empresas idôneas (fabricantes, importadores e comerciantes) quanto o consumidor e conscientizar os lojistas que eles também têm suas responsabilidades. O barato pode acabar saindo caro para todos”, afirma o presidente da Abilumi, Georges Blum. Há empresas, por exemplo, praticando o crime de descaminho, realizando subfaturamen-

to em importações e vendas sem nota fiscal ou com “meia nota”. Outra irregularidade comum é o desrespeito às obrigações perante o consumidor, vendendo produtos com rótulos que não atendem aos requisitos legais, sem informações mínimas sobre a mercadoria e sobre o fornecedor, e, consequentemente, sem garantia. Além da conscientização, a associação encaminhará as denúncias às autoridades públicas competentes, para que tomem as medidas cabíveis para coibir as práticas irregulares. A iniciativa conta com o apoio institucional da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), Abreme (Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos), Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), SincoElétrico (Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo) e Instituto Brasil Legal. Para ler a cartilha na íntegra e imprimir o documento, acesse: http://www.abilumi.org.br/abilumi/images/pdf/cartilha%20abilumi%5B3%5D.pdf

Movimentação de executivos de negócios é responsável pelo desenvolvimento de soluções para energia crítica, oferecendo produtos e serviços para aplicações residenciais, pequenos e médios escritórios, indústrias e infraestrutura física de data centers (nobreaks, racks e acessórios, ar-condicionado de precisão e softwares de gerenciamento).

Fotos: Divulgação

A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e automação, anuncia a movimentação de executivos na unidade de negócios de TI da companhia. João Carro Aderaldo (foto) é o novo Vice-Presidente de IT Business para a América do Sul e Luciano Santos assume a diretoria de IT Business para o Brasil. Essa importante unidade

Campanha institucional

Está no ar uma campanha da Alsol Energias Renováveis que visa estimular a produção própria de energia. Por meio da página www.energiafeitaporvoce.com.br, a empresa divulga em pequenos vídeos e banners os benefícios do uso da energia renovável solar ou por meio do biogás, com destaque para as possibilidade de geração de energia em casa, no trabalho ou no campo. O conteúdo ainda explica que a energia extra gerada é convertida em bônus para o cliente, na conta de luz. Produzida pela agência Yellow Monkey, a campanha também está sendo divulgada na TV Integração.

Revista da InstalaçÃO 15


NOTAS

Fotos: Divulgação

Comunidades rurais A Havells Sylvania, uma das cinco maiores companhias de iluminação do mundo, se orgulha em comunicar uma parceria de extrema importância com a Vaga Lume, organização sem fins lucrativos que promove o acesso ao livro e à leitura a 22 mil crianças da Amazônia Legal brasileira. Ao comprar as lâmpadas LED A60 da Sylvania, o consumidor irá colaborar diretamente com a educação rural em 23 municípios da Amazônia, onde a ONG mantém 150 bibliotecas comunitárias. “Este é o tipo de projeto que nos orgulhamos em apresentar. A Sylvania busca constantemente formas de cooperar com o desenvolvimento do País, não apenas oferecendo soluções para a economia de energia, mas também chamando a atenção para projetos que realmente fazem a diferença e sem dúvida ajudarão a construir um Brasil melhor para os nossos filhos”, afirma Tiago Pereira de Queiroz, CEO da Havells Sylvania para a América Latina. A Amazônia Legal brasileira, composta pelos estados Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão, é mundialmente conhecida

por seu vasto território e suas riquezas naturais. Mas esta mesma região com tanta abundância em biodiversidade investe pouco na qualidade da educação. Hoje, embora a Lei nº 12.244/2010 disponha que as instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País deverão contar com bibliotecas até 2020, 87% das escolas rurais do Brasil não têm bibliotecas. E para modificar este cenário, a Vaga Lume, com ajuda de seus parceiros, atua há quase 15 anos na região criando bibliotecas comunitárias e apresentando a leitura como forma de transformação das vidas de milhares de crianças e jovens da Amazônia. Além da doação de livros novos de literatura, a Vaga Lume forma mediadores de leitura, incentiva a gestão comunitária da biblioteca e a valorização da cultura local. “A Vaga Lume está muito feliz com a parceria com a Sylvania! Estamos otimistas, pois acreditamos que os consumidores saberão reconhecer o valor dessa iniciativa conjunta”, destaca Sylvia Guimarães, fundadora e atual presidente da Vaga Lume.

Comércio eletrônico Se preparando para o período de maiores vendas de ar-condicionado no País, que tradicionalmente vai de setembro a fevereiro, a Poloar Ar Condicionado, empresa que se posiciona entre as maiores distribuidoras de condicionadores de ar do Brasil, renova sua central de e-commerce. O objetivo é aumentar em 8% o faturamento acumulado de R$ 32 milhões com vendas online no ano passado. O novo site foi desenvolvido especialmente para que o consumidor tenha uma melhor navegabilidade e experiência de compra de seus produtos. Hospedado em uma plataforma V-Tex, o site (http://www.poloar.com. br) agora tem uma interface mais moderna e interativa, tornando a experiência do consumidor algo mais agradável e cativante. Por possuir um formato responsivo, é possível realizar compras através do celular

16 Revista da InstalaçÃO

ou tablets, sem perder a qualidade na visualização do site. Durante a navegação o consumidor encontrará todas as informações da empresa, de suas filiais e dos produtos que ela oferece, separados adequadamente por filtros que facilitam a visualização de informações técnicas. “Com esta nova plataforma esperamos ultrapassar os R$ 32 milhões de vendas realizadas pelo canal de e-commerce em 2015, que foi o melhor ano em vendas online de nossa história. Para tanto, pensamos cuidadosamente em cada detalhe, a fim de oferecermos uma maior gestão de negócio por parte do lojista, permitindo que nossos clientes e parceiros tenham uma interface mais amigável e completa”, afirma Anderson Teixeira, gerente de e-commerce da Poloar Ar-Condicionado. “Agora é possível integrar a plataforma de e-commerce junto com o Market Place, gerando novos negócios e atingindo um público que antes não conhecia a Poloar”, finaliza.


GT Postos de Serviços “A nossa missão é lutar pela indústria nacional. É dessa maneira que vamos liderar a mudança de cultura no segmento de postos de serviços e abastecimento”. Com essas palavras, José Fernandes assumiu a coordenação do Grupo de Trabalho de Máquinas e Equipamentos para Postos de Serviços e Soluções de Abastecimento (GT-MEPS), no dia 15 de junho, na sede da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Para Fernandes, o objetivo do Grupo é inovar com tecnologia, sistemas e soluções sustentáveis que visem o crescimento do mercado. “A Abimaq vai nos ajudar a profissionalizar esse segmento de maneira ética, correta e técnica com o intuito de defender os interesses do setor”.

Cesar Prata, vice-presidente da Abimaq, ressaltou a importância da criação do GT-MEPS. “A formação do Grupo é significativa não apenas aos membros que acompanham, mas para entidade, pois aumentará a representatividade da Associação”. Além de José Fernandes, a diretoria do GT-­ MEPS será composta pelos vice-coordenadores Lincoln Cesar Dalfre Lourenço, Sérgio Cintra Cordeiro, Hector Trabucco, Carlos Alberto Zeppini, Eduardo Gonçalves. Na foto, aparecem Itamar Borges, deputado estadual; Luiz Fernando Chaves, do Instituto Ambiental Ong; Cesar Guimarães, do Sindicom; Celso Guilherme, da Fecombustíveis; Sérgio Andreta, da Fiesp e Genaro Maresca, do Sincopetro.

Foto: Divulgação

Prêmio de Inovação

A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) realizou no começo de junho a cerimônia do “Prêmio Comgás de Inovação”, evento criado para incentivar estudantes e o público em geral a desenvolver ideias inovadoras para aplicação no setor de gás natural. Os vencedores nas duas categorias - Estudantes (maior ou igual a 14 anos e até Ensino Médio) e Não Estudantes (Público em Geral) - receberam, por cada ideia, R$ 12 mil. “O Prêmio tem o intuito de oferecer oportunidades para a sociedade e trazer novas ideias para a Companhia na aplicação do gás natural em diversas vertentes de atuação. Acreditamos muito na força da inovação”, comentou Nelson Gomes, diretor-presidente e de Relações com Investidores da Comgás. Na categoria “Público em Geral”, a ideia vencedora é da dupla Iran Marianno, 48, e Sandra Cordeiro, 40, de São Bernardo do Campo. Ambos desenvolveram o conceito do “APP para Rede Externa e Ramais”. O aplicativo visa permitir que pessoas autorizadas (funcionários, terceiros e concessionárias) utilizem, no trabalho de campo, um sistema de localização da rede Comgás com informações precisas como profundidade da tubulação, pressão da rede, entre outros.

Linha�Duto�Slim Qualidade�alinhada�com�praticidade.

Canaleta�em�alumínio�extrudado�com�encaixe�rápido. A�Linha�Duto�Slim�foi�desenvolvida�com�foco�principal em�instalações�de�piso�e�pequenas�instalações.

Opte�pela�melhor��escolha�Dutotec.

Acesse�www.dutotec.com.br�e�conheça a�linha�completa�Duto�Slim.

+55.51.�2117�6600���0800�7026828�


Matéria de CApa

| Mão de Obra

The manpower shortage is a common problem to many types of activities in Brazil. This situation can be observed both in traditional sectors, such as electrical, hydraulic, mechanical and cooling and in newer segments, such as photovoltaic energy. A possible solution to this problem involves some investment in qualification of workers.

En Brasil, la falta de mano de obra es un problema común a muchas actividades. Esta situación se puede encontrar tanto en áreas tradicionales como la eléctrica, hidráulica, mecánica y refrigeración, como en los segmentos más nuevos, como la energía fotovoltaica. Una de las posibles soluciones a este problema podría ser a través de inversiones en la calificación de los trabajadores. 18 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

Problema


estrutural

Reportagem: Paulo Martins

País apresenta déficit de profissionais especializados em diversos segmentos da instalação, obrigando empresas a investir no treinamento dos funcionários para suprir suas necessidades.

I

ndependentemente da crise econômica que assola o Brasil no momento, o país mantém boas perspectivas de crescimento futuro, inclusive com chances de se tornar referência global em determinadas áreas, como energias renováveis, eficiência energética e construções sustentáveis. Entretanto, esse processo esbarra em um fato recorrente, que costuma atrapalhar o desenvolvimento de vários mercados: a falta de mão de obra especializada. O déficit envolve praticamente todas as funções, incluindo o quadro administrativo, gerencial e operacional, e o problema é bastante evidente em segmentos menos amadurecidos, como o de energia solar fotovoltaica e o de automação residencial e predial, entre outros. Entretanto, mesmo áreas mais consolidadas, como o setor de soldagem, a elétrica e o mercado de drywall registram carência de profissionais que estejam a par das recentes técnicas e inovações tecnológicas. Revista da InstalaçÃO 19


Matéria de CApa

Como consequência desse quadro, aumentam as chances dos serviços apresentarem falhas de execução, gerando retrabalho, desperdício de materiais, aumento de custos e atraso nos cronogramas das instaladoras. E, mais importante, existe o risco de comprometimento da segurança, tanto de quem executa o trabalho sem o devido conhecimento, quanto de quem utilizará as instalações. Com um contingente superior a 900 mil trabalhadores, o Brasil é hoje um dos maiores empregadores do mundo na área de energias renováveis. Entretanto, no segmento de energia fotovoltaica o número de profissionais atuantes ainda é pequeno em torno de 4 mil -, o que contrasta com o forte ritmo de desenvolvimento dessa atividade. “A energia solar fotovoltaica constitui uma área nova, que ainda não possui mão de obra qualificada suficiente para atender o crescimento do mercado”, destaca Paulo Frugis, gerente de Treinamento da empresa Neosolar Energia. A carência de funcionários é registrada em toda a cadeia fotovoltaica, mas principalmente no campo operacional e de instalação. “Temos notado uma defasagem grande em relação à função de instalador fotovoltaico, motivo pelo qual iniciamos os investimentos e ações para melhorar a formação nessa área. Também há defasagem de projetistas de sistemas fotovoltaicos para minigeração”, completa Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A falta de mão de obra especializada no segmento pode resultar em instalações mal executadas, comprometendo desta forma a qualidade dos projetos e dos equipamentos e gerando riscos de acidentes durante a execução e operação do sistema e também para o cliente. “Um sistema solar é projetado para vida útil acima 20 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

| Mão de Obra

Segurança

Profissionais da área elétrica são responsáveis pela segurança de usuários leigos no assunto, o que exige grande compromisso na execução dos trabalhos.

de 30 anos. Porém, se mal executado, já terá problemas nos primeiros meses de funcionamento. Não esquecendo que um eventual retrabalho gera custos adicionais não previstos”, observa Paulo Frugis. Evangelista alerta ainda para o risco de destruição da imagem positiva que a energia solar vem construindo. “Se começarem a surgir problemas por erros de projeto ou na instalação, ou até mesmo devido à utilização de equipamentos de baixa qualidade, a

percepção do mercado irá se alterar negativamente, acontecendo o mesmo que ocorreu no início do mercado solar térmico no Brasil. Uma parcela achará que os sistemas fotovoltaicos ‘não funcionam’, que são improvisados ou fadados a dar problemas. Isso não é verdade e não podemos deixar essa falsa percepção tomar o mercado”, defende o presidente da ABGD. O engenheiro eletricista Eduardo Daniel, diretor da MDJ, empresa especializada em assessoria empresarial e engenharia consultiva, chama atenção ainda para o novo cenário que se criou com o advento da Geração Distribuída de energia no Brasil. Afinal, através desse sistema passa a haver uma interação no campo técnico, en-


Foto: Divulgação

tre concessionárias e consumidores, que antes não acontecia. Até então, as empresas prestavam o serviço de

fornecimento de energia e os usuários se limitavam a pagar a conta. Como se sabe, um dos preceitos da GD é que o consumidor pode produzir a eletricidade para seu consumo próprio a partir de painéis fotovoltaicos instalados em sua residência ou empresa. Existe também a possibilidade desse consumidor fornecer o excedente para a rede de distribuição, e é nesse ponto que reside o perigo. “Agora temos uma rua de duas mãos, pois envolve o fato de o consumidor poder transferir energia para dentro do sistema da distribuidora”, alerta Eduardo. Obviamente, toda a estrutura necessária para fazer a geração e a transmissão dessa energia de modo seguro precisará ser planejada, projetada e construída por especialistas devidamente preparados, até porque existem diferenças entre as instalações elétricas convencional e fotovoltaica. Com larga experiência nas áreas de normalização e certificação de produtos e de instalações elétricas, Eduardo Daniel diz que ainda se depara com problemas sérios no mercado, por conta da falta de qualificação de determinados profissionais. “A preocupação com mão de obra é constante. Na área de instalação predial, tanto residencial quanto comercial - sem considerar a indústria, que é um mercado diferente -, a mão de obra continua muito ruim”, critica. O diretor da MDJ observa que as construtoras normalmente acompanham a qualidade das obras e enfrentam muitos casos em que é necessário refazer o trabalho, gerando altos custos. “Segundo as empresas, o problema mais

A energia fotovoltaica é uma área nova, que ainda não possui mão de obra qualificada suficiente para atender o crescimento do mercado. PAULO FRUGIS NEOSOLAR ENERGIA

Falta de profissionais especializados no mercado pode acarretar problemas como retrabalho, desperdício de material, atrasos na execução dos serviços e comprometimento da segurança das instalações. frequente envolve as instalações hidráulicas. Porém, os maiores custos são da área elétrica”, comenta. A qualidade da mão de obra das empresas instaladoras é uma questão que influencia também o setor de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar. De acordo com Carlos Eduardo M. Trombini, presidente do Sindratar-SP, sindicato que representa essa indústria em São Paulo, para que um sistema de climatização funcione dentro dos parâmetros projetados, independentemente de tamanho e uso (do residencial ao industrial), é necessário o envolvimento de engenheiros e técnicos qualificados desde o projeto até a construção, e também no treinamento do usuário final, quando este fica responsável pela operação. Revista da InstalaçÃO 21


Matéria de CApa

Foto: Fotolia

| Mão de Obra

Foto: Marcos Orsolon/HMNews

O executivo destaca que cada vez mais os pequenos sistemas são controlados por dispositivos eletrônicos, visando alcançar a eficiência energética estabelecida para o equipamento e os parâmetros de conforto projetados. Entretanto, prossegue Trombini, se houver dimensionamento inadequado da ca-

pacidade, ou a instalação não seguir requisitos técnicos estabelecidos em normas técnicas, o sistema irá operar consumindo mais energia e provocando desconforto para o usuário. “Nos sistemas comerciais e industriais, a qualificação do instalador é ainda mais exigida. Instalações hidráulicas, elétricas e de automação são de maior complexidade, e onde erros cometidos causam custos de operação inadmissíveis e queda da qualidade dos serviços prestados”, comenta. Trombini diz ainda que a falta de qualificação acarreta prejuízo de imagem para o setor como um todo e aos agentes participantes do mesmo. O

Segundo as empresas, o problema mais frequente envolve as instalações hidráulicas. Porém, os maiores custos são da área elétrica. EDUARDO DANIEL MDJ

22 Revista da InstalaçÃO

Qualificação

Instalador fotovoltaico precisa ter conhecimento específico na área e também sobre as normas de instalações elétricas e de trabalho em altura.

executivo observa que na maioria dos casos as empresas de instalação também são responsáveis por cuidar da imagem das marcas de equipamentos e periféricos que utilizam em seus serviços, e, sendo assim, a eventual má qualidade de uma instalação pode afetar a forma como o mercado vê esses produtos e a própria empresa. “Não podemos esquecer que boa parte dos clientes que contratam diretamente as empresas instaladoras, e indiretamente os equipamentos e periféricos, não são conhecedoras de sistemas de climatização, refrigeração, ventilação e aquecimento, e ao menor deslize na qualidade dos serviços prestados isto causará muitos ruídos no setor”, analisa o presidente do Sindratar-SP.


Instalações eletromecânicas Outra área que se mantém permanentemente atenta à qualidade da mão de obra dos trabalhadores é a que envolve as empresas que fazem instalações eletromecânicas. O segmento envolve os serviços de elétrica, hidráulica e mecânica e no Estado de São Paulo é representado pelo Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas (GSEL) do Sindinstalação (Sindicato da Indústria de Instalação - SP). Segundo o engenheiro Mário Mendes Júnior, presidente do GSEL, há casos em que determinados serviços acabam reprovados nas inspeções regulares feitas na obra para efeito de controle da qualidade. Normalmente essas vistorias são realizadas pelo contratante ou pela própria instaladora. Caso seja constatado um problema decorrente de falha da mão de obra, é necessário refazer o trabalho, o que pode gerar prejuízos para a empresa executante, por conta do uso extra de materiais e de horas de trabalho. A carência de mão de obra no segmento de instalações eletromecânicas é mais evidente longe dos grandes centros urbanos. Quando uma instaladora de São Paulo, por exemplo, precisa realizar determinados serviços pelo interior do An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55

País, é comum que ela tenha que deslocar especialistas de sua matriz para o site, devido à escassez dessa mão de obra na região onde o trabalho será executado. Desta forma, a empresa acaba tendo que arcar com custos extras para garantir moradia, transporte e alimentação a seus profissionais, o que não aconteceria, se houvesse disponibilidade local de mão de obra.

Outro inconveniente decorrente das falhas na formação dos profissionais é a baixa produtividade. No Brasil, a quantidade de horas empregadas para fazer um trabalho (quantificada pelo índice denominado homem-hora) chega a ser 20% maior do que em países mais desenvolvidos. Antes de citar os profissionais que estão em falta na área de instalações

Em alta

O soldador é uma das profissões mais valorizadas do mercado, mas especialistas precisam estar atentos à evolução tecnológica desse segmento.

Foto: Fotolia


Matéria de CApa

| Mão de Obra

eletromecânicas, convém explicar que a mão de obra nas instaladoras divide-se em duas categorias: área de engenharia e os trabalhadores de campo. Uma figura da qual as empresas têm grande dependência é o profissional responsável por entender o processo completo e gerenciar o trabalho como um todo (normalmente um engenheiro). Com capacidade para liderar equipes, eles são o que se pode chamar de “mosca branca”, por serem raros. Não há formação acadêmica que dê a ele esse conheciAtualização

Avanços tecnológicos da área de refrigeração e aquecimento exigem que as empresas instaladoras mantenham equipes com maior conhecimento.

24 Revista da InstalaçÃO

mento, que é fruto de anos de experiência prática. Ainda que a empresa disponha de uma excelente equipe de campo, o resultado final pode acabar comprometido, se não contar com esse ‘cabeça’ para gerenciar o serviço. “Quem determina a qualidade do trabalho é o engenheiro gestor e seus supervisores. Eles é que dão a cara da empresa para a obra”, comenta Antonio Celso Padovani, responsável pelo departamento de Engenharia da GTEL (Grupo Técnico de Eletromecâ-

Foto: Fotolia

O frequente registro de problemas na execução dos serviços especializados pode fazer com que um setor inteiro ou uma determinada tecnologia caia em descrédito junto à população.

nica S.A.), empresa de São Paulo que há mais de 40 anos presta os serviços de montagem, instalação e manutenção. A área de soldagem é um dos segmentos onde a mão de obra especializada é mais escassa e valorizada. Essa é uma profissão que requer grande habilidade manual, precisão, prática e até conhecimento de materiais como o metal. Em determinados tipos de instalações, como indústrias alimentícias e de medicamentos, por exemplo, não se admite que haja rugosidades nas soldas das tubulações, portanto, o trabalho tem que ser perfeito. Outro profissional estratégico para as instaladoras, e difícil de se encontrar, ou mesmo de formar internamente, é o orçamentista especializado na área. Vale lembrar que um orçamento errado pode gerar grandes prejuízos para uma empresa, pois os projetos nessa área normalmente envolvem valores altos. A elaboração de um orçamento é um trabalho bastante meticuloso e que precisa considerar variáveis como o


Foto: Fotolia

custo dos materiais e também da mão de obra (homem-hora). O cálculo do custo do homem-hora, por sua vez, é um pouco mais complicado, pois considera elementos como salários e encargos dos funcionários, gastos com estadia, transporte e alimentação das equipes, etc. O orçamentista de instalação precisa também dominar determinados conhecimentos técnicos usuais da área, ainda que básicos. É preciso cuidado, por exemplo, para não fazer confusão com as grandezas e escalas usadas para quantificar determinados materiais em um projeto. “Em um projeto são utilizadas diversas unidades para quantificar um mesmo tipo de material, tais como metro, barra ou quilograma, usadas para

dimensionar uma tubulação. O orçamentista tem que ser cuidadoso ao fazer o levantamento para não trocar as unidades e causar eventuais prejuízos”, expli-

ca Mário Mendes, que, além de presidir o Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas do Sindinstalação, atua como responsável comercial da empresa GTEL.

Investir no treinamento de pessoas vira rotina para muitas empresas Quando não há tempo hábil para moldar o trabalhador conforme o padrão da empresa, pode-se tentar ‘recrutar’ um funcionário já ‘pronto’ que esteja atuando no mercado. Entretanto, até para isso existem regras. “Tem cliente que especifica em contrato que não se pode contratar funcionário de outra companhia que esteja atuando no mesmo site durante certo período, para evitar que haja disputas por funcionários entre as empresas”, conta Padovani. Além do treinamento promovido pelas próprias empresas, seria interessante para o País a criação de mais programas de capacitação profissional, de forma a atender à demanda

do mercado. Essa, aliás, tem sido uma das preocupações do Sindinstalação, que vem se empenhando no combate à falta de capacitação profissional. “Estamos atuando contra esse pro-

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Diante da carência de mão de obra especializada e qualificada no Brasil, é grande o número de empresas que se veem obrigadas a investir na qualificação de seus funcionários, preparando-os não só no aspecto técnico, mas também para atendimento às legislações de segurança e meio ambiente. “Na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas dependem única e exclusivamente de mão de obra formada internamente”, confirma Mário Mendes, presidente do GSEL. A GTEL, por exemplo, procura aproveitar o vasto conhecimento adquirido ao longo de sua atuação no mercado para transmitir a filosofia da companhia aos novos contratados. “Dispomos de pessoal antigo na empresa, que já conhece nossa maneira de trabalhar. Quando ganhamos uma obra, procuramos inserir as novas pessoas junto aos mais experientes para que elas captem isso e adquiram nossa cultura”, conta Antonio Padovani.

Na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas dependem única e exclusivamente de mão de obra formada internamente. MÁRIO MENDES JÚNIOR GSEL

Revista da InstalaçÃO 25


Matéria de CApa

Procuramos inserir os novos contratados da empresa junto aos mais experientes para que eles captem nossa maneira de trabalhar. ANTONIO CELSO PADOVANI GTEL

blema promovendo cursos em diversas áreas, por meio do GSEL”, informa Mário Mendes. O Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas tem procurado organizar cursos para formar justamente os profissionais considerados estratégicos para o segmento, como orçamentista de instalações e especialista administrativo de obras. Para o mês de julho, por exemplo, está marcado um workshop no Sindinstalação sobre sistemas de proteção contra incêndio - mais especificamente sobre sprinklers -, promovido em parceria com a Associação Brasileira de Sprinklers. Um detalhe curioso comprova a dificuldade de se encontrar especialistas em determinados setores: nos cursos para preparação de orçamentista e administrativo de obras, não havia professores no mercado para aplicar os programas. Desta forma, as próprias companhias do setor tiveram que ceder seus especialistas para administração das aulas, cuja 26 Revista da InstalaçÃO

grade curricular também foi desenvolvida por essas empresas. Para o presidente do Sindratar-SP, Carlos Eduardo M. Trombini, a solução para as empresas de instalação melhorarem a qualidade da mão de obra é investir no treinamento de seus profissionais. “Os avanços tecnológicos têm demandado que os instaladores tenham equipes com maior conhecimento”, justifica. O executivo diz que ainda é habitual que os profissionais que atuam no segmento aprendam na prática, em vez de passarem por qualificação formal, mas observa que essa situação vem mudando rapidamente. “A era digital está se encarregando desta mudança. O acesso à internet tem proporcionado transferência de conhecimento imediato através de cursos à distância e acesso a muitas informações disponíveis em sites, vídeos, blogs e páginas web de fabricantes e entidades de ensino”, aponta. O dirigente destaca ainda que entidades como o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) disponibilizam bons cursos voltados para a área, que conta ainda com os programas de

Foto: Fotolia

Foto: Ricardo Brito/HMNews

| Mão de Obra

graduação e pós-graduação oferecidos pelas faculdades de engenharia. “Além disso, as empresas fabricantes de equipamentos, ferramentas e periféricos transferem muita informação sobre como aplicar, instalar e operar suas soluções. Elas oferecem muito da experiência que acontece com seus produtos em campo. O número de publicações especializadas também é grande para atender ao público. Eventos presenciais têm ocorrido com muito mais frequência, o que permite ao profissional estar em contato direto com outros especialistas, pesquisadores e divulgadores de novas tecnologias”, complementa. De acordo com Trombini, a área de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar necessita de profissionais com formação técnica e universitária. As principais habilidades requeridas são: conhecimento das leis da física voltadas para a termodinâmica; mecânica dos fluidos; eletrotécnica, eletrônica e resistência dos materiais. “Somam-se a estes conhecimentos o acompanhamento de temas da modernidade, como sustentabilidade e meio ambiente, seus efeitos e consequências”, revela o presidente do Sindratar-SP.


Segmento de energia fotovoltaica mira certificação de profissionais energia e outros mais específicos de renováveis, onde a área fotovoltaica já faz parte da grade curricular. Existem também MBAs em energias renováveis e programas de mestrado voltados para o segmento solar”, enumera. A Neosolar oferece cursos na área desde 2012, período no qual formou cerca de 700 alunos. No início deste ano inaugurou seu Centro de Treinamento próprio e atualmente oferece quatro cursos diferentes. De acordo com Paulo Frugis, o conteúdo dos cursos é definido com base em vários parâmetros, como a experiência e vivência de mercado da empresa; sugestões citadas pelos alunos e tendências e necessidades do mercado. “Os cursos teóricos dão uma noção geral do segmento e capacitam o aluno a atuar

: Foto lia Foto

Em franco crescimento, e com boas perspectivas para o futuro, o setor de energia solar fotovoltaica constitui hoje um enorme campo de trabalho. Mas não basta ter vontade, é necessário apresentar determinados conhecimentos para conquistar uma vaga na área. De acordo com Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, é recomendável que um instalador fotovoltaico tenha, no mínimo, cursos de NR10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR35 (Trabalho em Altura), além de formação na área elétrica (engenharia, técnico eletricista, etc). Além disso, também são bem-vindos conhecimentos de eletrônica de potência e de instalações de baixa e média tensão e/ou curso específico do setor fotovoltaico com uma carga horária de pelo menos 40 horas. “Claro que isso é uma definição genérica e aberta, pois há inúmeras competências que permitem ao profissional atuar nesse setor. No entanto, é fundamental a experiência teórica e prática com sistemas solares fotovoltaicos devido às suas particularidades e especificidades”, finaliza o dirigente. Na opinião do gerente de Treinamento da Neosolar, Paulo Frugis, com a demanda cada vez maior por qualificação na área fotovoltaica, as próprias instituições de ensino brasileiras tendem a criar cursos mais segmentados para atender os interessados em ingressar no setor. “Atualmente existem alguns cursos de formação em engenharia de

na área como indicador de negócios, prospectar mercado em sua região e dimensionar sistemas de microgeração distribuída ou isolados. Os cursos de instalação capacitam o aluno com relação à instalação dos equipamentos e estruturas dos sistemas fotovoltaicos, porém, ele precisa ter capacitação em eletricidade, NR10 e NR35, que deve ser adquirida em instituições de ensino técnico”, explica o porta-voz da Neosolar. Uma notícia excelente para esse mercado é que a Associação Brasileira de Geração Distribuída criou a certificação do instalador de sistemas fotovoltaicos. De acordo com Carlos Evangelista, o profissional que se inscrever passará por uma entrevista, precisará comprovar que possui cursos de NR10 e NR35 e treinamento e/ou experiência no setor fotovoltaico e fará uma prova (prática e teórica) aplicada por instituição reconhecida do mercado. No caso de São Paulo, esse trabalho caberá ao IEE (Instituto de Energia e Ambiente) da USP (Universidade de São Paulo). “Se o profissional tirar nota igual ou acima de sete nessa prova, receberá a Certificação do Instalador Fotovoltaico”, garante. Ainda segundo Evangelista, em uma segunda fase, já em estudo, e com o apoio da TÜV Rheinland (organismo de certificação), a associação promoverá a certificação das instalações. Futuramente será criada a certificação de empresas. “Também há estudos para certificar profissionais que atuam com sistemas de Geração Distribuída envolvendo outras fontes de energia, como biomassa e biogás”, adianta. Revista da InstalaçÃO 27


Destaque

| Instalações Hidráulicas

lia

to : Fo

o Fot

Reportagem: Marcos Orsolon

28 Revista da InstalaçÃO


Instalações hidráulicas devem ser bem-feitas para evitar dor de cabeça De forma equivocada, usuários e instaladores muitas vezes subestimam os sistemas hidráulicos prediais e não adotam os devidos cuidados para que eles sejam eficientes e seguros. Resultado: em poucos meses os problemas começam a aparecer.

I

magine a situação: depois de economizar durante anos, a família finalmente realiza o sonho de comprar seu imóvel. Ao pegar as chaves, renova a pintura, instala os equipamentos de iluminação, aplica um lindo piso de madeira na sala e nos quartos e compra móveis novos. Muda e, depois de um mês, surge um inesperado vazamento de água na parede entre o banheiro e a sala. Lá se foram a nova pintura e parte do piso de madeira. Essa cena, fictícia, tem muito de verdade. E, com algumas variações, é mais comum do que se imagina. E revela como é importante prestar atenção nas instalações hidráulicas, que podem gerar estragos consideráveis em um imóvel. Mas como se encontram, hoje, as instalações hidráulicas prediais no Brasil? A resposta a essa pergunta pode ser dividida em duas partes. A primeira envolve as empresas instaladoras que, em linhas gerais, têm melhorado o nível dos serviços prestados nos últimos anos. Esse pessoal ainda apresenta alguns problemas, mas boa parte das empresas estão mais preocupadas com a qualidade das obras do que no passado. O problema maior envolve

Users and installers often underestimate the building plumbing systems and do not take the proper care in order to make them efficient and safe. This lack of attention results, in a few months, in many problems that can be serious, such as leakages and breakages of pipes.

Equivocadamente, los usuarios e instaladores a menudo subestiman los sistemas hidráulicos de las edificaciones y no adoptan el cuidado apropiado de manera que sean eficientes y seguros. El resultado de la falta de atención es la aparición, en unos pocos meses, de problemas que pueden ser graves, tales como fugas y rotura de la tubería. Revista da InstalaçÃO 29


Destaque

Foto: Fotolia

| Instalações Hidráulicas

Equívoco

as instalações executadas por profissionais autônomos, que, infelizmente, nem sempre têm a devida qualificação para o trabalho. Isso quando não ocorre do próprio pedreiro ‘faz tudo’ botar a mão na massa, fato comum em construções residenciais autogeridas. “Nas instalações prediais residenciais, erroneamente, as instalações hidráulicas são vistas como instalações simples, e na grande maioria não se realizam nem os projetos hidráulicos. Fato este que ocasiona, como consequência, várias patologias nas instalações”, observa Toshio Kiwara, coordenador de Engenharia de Aplicação da Tubos Tigre, que completa: “Cerca de 80% dos problemas em uma obra predial são decorrentes de problemas na instalação hidráulica”. Entre os erros mais comuns durante a instalação, Kiwara cita as montagens 30 Revista da InstalaçÃO

de tubulações tensionadas por desalinhamento; excesso de aperto em roscas em tubos e conexões de PVC; juntas soldáveis malfeitas que não apresentam estanqueidade; execução de caixas de esgoto sem vedação hermética; execução de juntas e desvios em tubulações de PVC com o uso do fogo; apoio e ancoragem deficientes que causam a vibração e deformação das tubulações; e instalações sem projeto hidráulico e sem acompanhamento de um engenheiro. O problema é que esses equívocos na instalação podem gerar transtornos grandes, tanto para os imóveis, quanto para os próprios usuários. Como explica Fabiana Castro, gerente de Produto e Inovação da Mexichem Brasil, geralmente o principal impacto é financeiro, com

Cerca de 80% dos problemas em uma obra predial são decorrentes de patologias na instalação hidráulica. Toshio Kiwara Tubos Tigre

a perda de tempo e de bens do usuário – sem contar o investimento necessário para reparar a parte hidráulica. Mas há riscos também para as pessoas. “O ideal é que não haja problemas deste tipo em nenhuma obra, já que eles Foto: Divulgação

Um erro comum no mercado é ver a instalação hidráulica como algo simples, que qualquer um faz.


TO O N EVEATUIT GR

A B I T I R U C , H B , P S , RJ

OS MELHORES PROFISSIONAIS DO MERCADO ESTARÃO LÁ. E VOCÊ? INSCRIÇÕES ATRAVÉS DO SITE: WWW.KNAUF.COM.BR/DIADOINSTALADOR 13/09 - RIO DE JANEIRO 05/10 - BELO HORIZONTE

26/10 - SÃO PAULO 23/11 - CURITIBA

www.knauf.com.br


Destaque

| Instalações Hidráulicas

Atenção

colocam vidas em risco (tanto dos profissionais, quanto das pessoas que irão usar a estrutura depois de pronta). As falhas geram vazamentos, infiltrações e, em uma situação mais grave, até mesmo o desabamento da estrutura, além das perdas financeiras. Em algumas situações, a residência fica meses sem perceber um vazamento, o que só agrava o cenário”, alerta a especialista. Toshio Kiwara, da Tigre, cita ainda que a instalação hidráulica malfeita pode comprometer o pleno desempenho da edificação. Além disso, “os vazamentos causam danos no ambiente e podem até comprometer a estabilidade da construção; obstrução parcial de tubulações por resíduos deixados durante a instalação; ruptura iminente de conexões com alagações de alto grau nos ambientes; alto grau de ruídos nos ambientes adjacentes às tubulações e o não funcionamento adequado do sistema”.

Foto: Fotolia

Uma instalação hidráulica malfeita pode comprometer o pleno desempenho da edificação.

Aspectos a serem considerados na execução de uma instalação hidráulica Para evitar problemas com a instalação hidráulica, alguns passos devem ser dados, a começar pela elaboração de um bom projeto. “Esse é um bom começo. Além disso, a obra, desde seu planejamento, deve ser feita por profissionais. Depois, a escolha do material deve levar em conta não apenas o cumprimento do que foi definido durante a concepção do projeto, mas o tempo de vida útil dos materiais necessários, já que transportarão grandes volumes de água e de forma constante. Por fim, outro aspecto essencial é o respeito às orientações de segurança no trabalho e ao tempo de execução da obra em si, sem pular etapas ou deixar incompletos 32 Revista da InstalaçÃO

processos necessários”, comenta Fabiana Castro, da Mexichem. Obviamente, não basta ter em mãos um bom projeto. É preciso executá-lo corretamente. Nesse sentido, Toshio Kiwara afirma que é preciso ter obediência ao traçado do projeto, preservando as condições de nível e prumo das tubulações, execução de juntas roscáveis, mecânicas e soldáveis de acordo com as recomendações dos fabricantes para a garantia da estanqueidade. “E também observar as condições de ancoragem e apoio recomendadas em norma ou em catálogo técnico do fabricante”. Para auxiliar nesse trabalho, a NBR 5626 - Instalação predial de água fria é a

norma que estabelece os critérios e condições para projeto, execução e manutenção das instalações hidráulicas. Mas nem todos seguem suas especificações. “As empresas instaladoras buscam o seu cumprimento, porém, em termos de profissionais avulsos, não há conhecimento suficiente sobre a norma para pô-la em prática”, adverte Kiwara. Uma recomendação importante para assegurar que a instalação foi bem-feita e está funcionando adequadamente é a realização do teste de estanqueidade, que garantirá se a instalação está apta a ser aprovada ou se há anomalias que necessitem de ações corretivas para que a instalação esteja em condições de desempenho pleno.


Foto: Divulgação

Um dos fatores que explica os erros cometidos nas instalações hidráulicas diz respeito às deficiências na formação de mão de obra. Isso quando o dito profissional tem algum tipo de formação, já que muitos ‘aprendem’ o trabalho na própria obra, geralmente com uma pessoa que também não tem o devido conhecimento técnico e normativo. “A mão de obra normalmente está aquém do desejável, com pouca qualificação e poucos investimentos em capacitação, em especial dos instaladores hidráulicos”, comenta Toshio Kiwara, da Tigre. Diante desse quadro, as próprias empresas têm investido, já há algum tempo, em ações de treinamento e conscientização dos profissionais e clientes que necessitam de seus serviços. “É muito importante a conscientização não só dos profissionais, mas também do contratante em exigir materiais de qualidade e não permitir adaptações em sua obra”, afirma Fabiana Castro, citando o SENAI como boa opção para os profissionais buscarem qualificação: “Os profissionais que atuam com instalações na construção civil têm a oportunidade de

Foto: Fotolia

A importância da capacitação profissional

capacitação por intermédio de centros especializados, como o SENAI, onde somos parceiros há anos. Os módulos dos cursos trazem, em aulas práticas e teóricas, todas as etapas de planejamento e instalação desses sistemas”. Fabiana destaca ainda que a Amanco, uma das marcas da Mexichem, possui profissionais qualificados para treinar e orientar seus clientes, além da parceria com o SENAI voltada à capacitação profissional de instaladores hidráulicos e elétricos. “O resultado dessas ações é a melhor qualidade do serviço executado nas obras. Além dos profissionais formados, a Amanco assegura ao mercado seu compromisso com a qualidade e o fomento à formação de mão de obra, um dos principais gargalos operacionais do País. Desde 2006, quando começou a parceria com o SENAI, 70 mil profissionais foram formados”, ressalta.

A busca por instalações que ajudem a reduzir o consumo de água é uma tendência crescente no mercado brasileiro. Fabiana Castro Mexichem Brasil

Capacitação

Um dos fatores que explica os erros cometidos nas instalações diz respeito às deficiências na formação da mão de obra.

A Tigre também mantém uma atuação forte em torno de treinamentos e capacitação profissional na área hidráulica. A empresa disponibiliza em todos os estados do Brasil cursos e palestras para profissionais instaladores autônomos e de empresas instaladoras, que capacitam os referidos profissionais para que executem instalações de qualidade superior, aplicando soluções técnicas inovadoras que resolvem problemas diversos, típicos de instalações executadas com qualidade inferior. “Os resultados obtidos através dessas ações incluem a execução de instalações com melhor qualidade, com a aplicação de soluções técnicas que possibilitam que a edificação tenha o seu uso com desempenho pleno, como recomenda a NBR 15575, conhecida como Norma de Desempenho”, afirma Toshio. O especialista também observa que a Tigre possui um programa de relacionamento chamado Mundo Tigre, que Revista da InstalaçÃO 33


Destaque

| Instalações Hidráulicas

Erros comuns nas instalações hidráulicas ➧ Montagens de tubulações tensionadas por desalinhamento ➧ Excesso de aperto em roscas em tubos e conexões de PVC ➧ Juntas soldáveis malfeitas que não apresentam estanqueidade ➧ Execução de caixas de esgoto sem vedação hermética ➧ Execução de juntas e desvios em tubulações de PVC com o uso do fogo

➧ Instalações sem projeto hidráulico e sem acompanhamento de um Engenheiro promove diversas ações com o objetivo de ajudar no desenvolvimento de profissionais e estudantes na área da construção civil e vendas. “Os cursos são gratuitos e direcionados com o perfil e a

Foto: Fotolia

➧ Apoio e ancoragem deficientes que causam a vibração e deformação das tubulações

necessidade dos participantes. Abordam temas como: Água Fria, Água Quente, Esgoto e Drenagem Pluvial, sendo que cada um tem módulos de ensino específicos, conforme sua complexidade.

A Tigre oferece também uma série de cursos presenciais por todo o País. Nessa programação destacamos os cursos para mulheres, síndicos e o curso de 100 horas”.

É preciso manter as instalações em ordem Para quem pensa que a instalação bem-feita seja suficiente, vale lembrar que ela também precisa ser utilizada adequadamente e, principalmente, bem conservada. E aí entra o trabalho de manutenção, que, via de regra, ocorre apenas quando a instalação apresenta algum tipo de problema. “Como as instalações normalmente estão embutidas e não são visualizadas, não é hábito a manutenção preventiva, embora haja casos pontuais em que ela seja praticada. No entanto, percebe-se que a grande maioria só toma ações de manutenção quando já ocorreu alguma patologia que compromete o funcionamento dos dispositivos hidráulicos ou 34 Revista da InstalaçÃO

causam danos aos ambientes”, afirma Toshio, que cita que as instalações devem ser vistoriadas com inspeção visual das tubulações quanto à integridade das paredes, juntas e deformações (caso de tubulações expostas). Fabiana Castro também lamenta a ocorrência rara de manutenções preventivas. “Infelizmente, manutenções preventivas ainda são pouco realizadas e os usuários costumam fazer manutenções corretivas apenas quando necessário”. E completa: “Defendemos que, por mais simples que pareça um problema, o ideal é ter sempre um profissional para executar qualquer intervenção na obra e realizá-la o mais rápido possível, pois

a área de reparo pode aumentar com o tempo, danificando outras partes da instalação”. Ela observa ainda que em imóveis mais complexos é necessário definir um padrão de manutenção preventiva para evitar prejuízos, já que a manutenção corretiva sempre é mais cara do que a preventiva. Em imóveis menores também é possível realizar algumas ações, como a limpeza dos reservatórios, eliminação de possíveis golpes na rede, etc. “E sempre fique atento ao funcionamento dos equipamentos. Vazamentos, barulhos e movimentação das instalações são sinais de que há algo mais sério acontecendo”, alerta.


Busca por eficiência avança nesse mercado Uma tendência clara nesse segmento é a aplicação, cada vez maior, de instalações hidráulicas que favorecem a redução do consumo de água. Com a recente crise hídrica que atingiu vários estados brasileiros, esse movimento ganhou força, com nítido aumento no consumo de produtos economizadores, como torneiras e vasos sanitários. “A busca por instalações que ajudem a reduzir o consumo de água é uma tendência crescente no mercado. O Brasil tem evoluído nesse caminho consideravelmente. A Mexichem Brasil, por exemplo, apoia o projeto Hydros, uma iniciativa global que visa a conscientização sobre o uso racional da água. Como parte das ações, a Amanco, uma das marcas comerciais do Grupo, apoiou, nos últimos três anos, o piloto de paramotor Lu Marini, que sobrevoa os principais rios brasileiros para avaliar a situação dos recursos hídricos e educar a população local sobre a importância da preservação do meio ambiente. Sua mais recente aventura, realizada neste ano, abrangeu o Rio Paranapanema, em São Paulo”, comenta Fabiana.

Toshio Kiwara observa, no entanto, que ainda há bastante espaço para evoluir nesse campo da eficiência. Em sua opinião, os avanços ainda ocorrem em ritmo relativamente lento no País, embora reconheça que a preocupação com o consumo de água tem, de fato, aumentado. “Isso está mais concentrado em projetos de grandes edificações de uso comercial e institucional, não sendo ainda observado esse objetivo em obras de menor porte e moradias

Ilus

traç ão

: Fotol

ia

em geral. No entanto, há uma variedade de produtos disponíveis no mercado brasileiro que possibilitam reduzir fortemente o consumo de água”, afirma. Quanto aos custos de uma instalação hidráulica mais eficiente, se pensarmos apenas no curto prazo eles realmente são mais altos, por envolverem itens mais sofisticados e que requerem cuidado com mais detalhes que uma instalação comum. Porém, em médio e longo prazos torna-se um investimento mais compensador, já que proporciona a economia de água e consequentes custos menores ao usuário. “Além disso, a tecnologia produtiva avançou significativamente nos últimos anos e prolongou a vida útil dos produtos, fazendo com que sejam necessárias menos manutenções nas obras ou troca de materiais. É difícil falar em quanto tempo uma instalação mais eficiente se paga, pois as instalações podem conceber diferentes projetos que levam a um maior ou menor investimento. Em geral, os maiores investimentos trazem maiores economias e é preciso balancear esta conta e ajustá-la a cada necessidade”, explica Fabiana.


Especial

| Certificação de eletricistas

Competência

Foto: Fotolia

El sistema de certificación de competencias laborales ha desarrollado gradualmente en Brasil. En el área de Construcción, finalmente los electricistas pueden ahora solicitar el dicho reconocimiento. La demanda es aún pequeña. En el Estado de São Paulo, el más grande del país, sólo nueve profesionales han sido certificados por el Senai (Servicio Nacional de Aprendizaje Industrial) hasta ahora. Certificación para esta ocupación es voluntaria.

36 Revista da InstalaçÃO

The Personnel Certification system has been evolving gradually in Brazil. In the Construction sector, electricians can finally apply for such recognition. The demand is still small. In the State of São Paulo, the largest of the country, only nine professionals have been certified by Senai (National Service of Industrial Learning) so far. Certification for this occupation is voluntary.


profissional reconhecida Processo de certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas procura por parte dos profissionais ainda é pequena.

Reportagem: Paulo Martins

C

ertificação é um mecanismo adotado pelos mais diversos setores da economia para atestar, com base em normas técnicas, a qualidade de produtos, serviços, processos e sistemas de gestão. Nos últimos anos, tem crescido o debate sobre a importância da certificação também de pessoal, a fim de avaliar as habilidades e os conhecimentos dos profissionais que atuam no mercado. Na área da Construção Civil, esse reconhecimento já pode ser buscado pelos eletricistas, mas a procura ainda é pequena. A certificação nada mais é do que um processo de avaliação destinado a fazer o reconhecimento formal das competências que uma pessoa possui, independentemente da forma como essa bagagem foi adquirida. Trata-se de uma declaração - dada por uma entidade reconhecida - de que uma pessoa possui a qualificação necessária para exercer uma profissão em um ramo de atividade. Tradicional formador de mão de obra especializada para a indústria, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)

Revista da InstalaçÃO 37


Especial

| Certificação de eletricistas

Perfil Profissional Nacional do Eletricista instalador predial de baixa tensão Competência geral: executar, manter e reparar instalações elétricas prediais de baixa tensão, de acordo com projetos e em conformidade com normas técnicas, regulamentadoras, ambientais e de segurança vigentes, selecionando, manuseando, instalando e operando equipamentos, componentes e instrumentos, com uso de ferramentas apropriadas à execução das atividades. Fonte: Guia do Candidato da Construção Civil - Senai

única impossibilidade que temos de medir é o seu caráter. Ele prova que sabe fazer, mas vai depender de querer fazer bem-feito, como nos mostrou que sabe”, observa Vania Aparecida Caneschi, coordenadora de Atividades Técnicas da Escola Senai ‘Orlando Laviero Ferraiuolo’. A unidade, que fica no bairro do Tatuapé, em São Paulo (SP), é um dos Centros de Exames para Certificação (CEC) de eletricistas mantidos pelo Senai. Sendo aprovado no exame, o candidato receberá um certificado e carteirinha. O reconhecimento é válido por

Vantagens

A certificação de eletricistas beneficia a sociedade como um todo, incluindo as empresas contratantes e os usuários finais das instalações elétricas.

Ilustração: DollarPhotoClub

está habilitado a promover também a certificação do chamado eletricista instalador predial de baixa tensão. O reconhecimento é feito por meio do Sistema Senai de Certificação de Pessoas (SSCP), que atua como um Organismo de Certificação de Pessoas (OPC 0011), em conformidade com a norma ABNT NBR ISO/ IEC 17024:2013. O processo de certificação está aberto a qualquer profissional da área que queira atestar suas competências profissionais, independentemente de já ter feito ou não curso na área. Para buscar o reconhecimento o candidato precisa se inscrever, entregar todos os documentos exigidos e pagar a taxa da prova. No momento, este valor é de R$ 300,00. Na sequência será feito o agendamento da prova para avaliação do candidato. A avaliação consiste em um exame prático que verifica o desempenho profissional do candidato em situação de trabalho. Quando o candidato realiza a prova, que dura 8 horas, é medido criteriosamente tanto o seu desempenho técnico quanto de organização, planejamento e segurança no trabalho. Assim é possível saber se ele tem as competências de um eletricista de acordo com o Perfil Profissional Nacional. “A

38 Revista da InstalaçÃO

cinco anos, desde que trinta meses após receber o certificado, o candidato apresente comprovante de atuação na área. “Após os cinco anos, o profissional deve fazer novamente a prova, como garantia de que continua sabendo realizar o processo e que está acompanhando a evolução da profissão”, informa Vania. Será possível comprovar se a carteirinha do profissional é válida ou não através de consulta ao site do Sistema Senai de Certificação de Pessoas. Além de constituir uma vantagem competitiva importante para o próprio eletricista, a certificação de pessoas proporciona uma série de benefícios também aos demais atores da sociedade, incluindo as empresas contratantes e os usuários finais das instalações elétricas. Para começar, a certificação atesta que o trabalhador teve interesse de se manter atualizado com relação às técnicas de trabalho e ao uso de materiais, máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas. “O sistema agrega um diferencial para o profissional no mercado de trabalho, auxiliando na manutenção da sua empregabilidade”, comenta a porta-voz do Senai. Para as empresas e prestadoras de serviços, o trabalho de um eletricista certificado pode ajudar a reduzir os custos operacionais de tempo de atendimento aos clientes internos e externos e racionalizar o trabalho, diminuindo assim o desperdício de materiais e a geração de resíduos. Outros benefícios possíveis são a



Especial

redução de retrabalho - que muitas vezes decorre de imperícia técnica - e diminuição dos riscos de acidentes do trabalho. As próprias indústrias também tendem a ser beneficiadas com a medida. Afinal, não são poucos os casos em que os materiais elétricos são utilizados in-

corretamente, gerando repercussão negativa que acaba se voltando contra a marca. “A certificação do eletricista favorece que os produtos sejam utilizados de acordo com o estabelecido pelos fabricantes e pelas normas técnicas”, diz Vania.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

| Certificação de eletricistas

Patamares distintos Até por ser um processo relativamente novo, a certificação de eletricistas ainda tem sido pouco procurada no Brasil. Curiosamente, esse cenário contrasta com o grande interesse das pessoas que querem se qualificar para atuar na área. Somente no Senai do Tatuapé, na capital paulista, são qualificados em torno de 800 eletricistas todo ano. Conforme conta Vania, a procura por esse tipo de formação segue em níveis elevados: “Na nossa unidade, os cursos de eletricista têm suas vagas preenchidas no mesmo dia em que abrimos as inscrições, e sempre resta uma lista de interessados com cerca de 60 pessoas”. Já o interesse dos eletricistas em buscar a certificação tem sido muito

pequeno. Até o momento, em todo o Estado de São Paulo existem apenas nove profissionais certificados pelo Senai. Pelo que se sabe, nenhum segmento do mercado estaria estabelecendo a certificação como condição para a contratação de eletricistas - até porque ela é voluntária. Mas Vania não descarta que isso venha a acontecer no futuro. “É possível, sim, desde que se comece um trabalho de ‘formiguinha’ ou de uma política que queira elevar o nível do setor”, opina. Enquanto isso, no Chile, já há algum tempo existem mecanismos para controlar a qualidade do trabalho dos eletricistas. Naquele país, existe uma recomendação da Superintendência de Electricidad y Combustibles (SEC) para

Centros de Exames para Certificação (CEC) de eletricistas › CEC SENAI Pernambuco Recife (PE)

› Centro de Educação e Tecnologia Alexandre Figueira Rodrigues Maracanaú (CE)

› Centro de Educação Profissional e Tecnológica - CEPT São Luis (MA)

› Centro de Tecnologia da Madeira e do Mobiliário Rio Branco (AC)

› Escola SENAI Orlando Laviero Ferraiuolo São Paulo (SP)

› SENAI/Núcleo de Exames para Certificação Belo Horizonte (MG)

› SENAI Taguatinga Taguatinga (DF) Fonte: Senai

40 Revista da InstalaçÃO

A certificação do eletricista favorece que os produtos sejam utilizados de acordo com o estabelecido pelos fabricantes e pelas normas técnicas. Vania Aparecida Caneschi Senai

que toda instalação, manutenção e reparação de instalações elétricas sejam feitas apenas por instaladores por ela autorizados. De acordo com o tipo de licença que é solicitada ao referido órgão federal, é exigida do profissional a formação de engenheiro ou técnico ou que se tenha algum título na especialidade de eletricidade. Mesmo quem não teve acesso aos estudos acadêmicos ainda pode requisitar sua licença, se comprovar que tem grande experiência nessa atividade. Se o instalador não desempenhar corretamente sua função, a única forma do usuário ou da própria SEC fiscalizar o trabalho depende de que ele esteja registrado e autorizado; do contrário, não se pode fazer valer nenhuma garantia legal e, dificilmente, civil ou penal, em caso de acidente. Como resultado do sistema implantado, o Chile conta com milhares de instaladores elétricos devidamente autorizados.



Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Eleições em 12 de julho Nossa representação está formatada. Empresas instaladoras, queremos sua

Foto: Divulgação

contínua participação na entidade!

José Antonio Bissesto

Diretor-Executivo

P

or força de nossos Estatutos, a cada três anos acontece uma nova eleição no Sindinstalação, quando são eleitos o Presidente da entidade, os Diretores Vice-Presidentes, Membros do Conselho Fiscal Efetivos e Suplentes e também são empossados os Delegados Representantes junto à FIESP. Para fazer parte e mesmo candidatar-se à Chapa, os concorrentes deverão ser proprietários de empresas instaladoras que participem como associadas da entidade há pelo menos dois anos consecutivos. Todos cargos eletivos são de engajamento voluntário e não percebem qualquer remuneração por seus trabalhos em favor do Sindinstalação e de toda a cadeia de empresas instaladoras durante todo o período eletivo. Todo um operacional legal é executado, desde a publicação em jornal de grande circulação para elaboração de chapas candidatas, sua efetiva candidatura (chapa na íntegra ao lado), assim como a convocação de representantes das empresas associadas ao Sindicato para proferirem seu voto, confirmando o apoio aos membros eleitos. 42 Revista da InstalaçÃO

Neste ano, a eleição se dará na sede do Sindinstalação em 12 de julho, das 9:30 às 17:30h, lembrando que somente representantes de empresas instaladoras associadas à Entidade têm direito a voto, onde os diretores eleitos contribuirão para a Entidade por três anos, de 31/08/2016 a 30/08/2019. O trabalho voluntariado dos diretores eleitos se traduzem em participação ativa da Entidade, ou seja, em benefício de todo um segmento de empresas, estes diretores estarão sempre presentes nas reuniões de pautas de ações e

projetos do Sindinstalação, nos eventos realizados pela Entidade e os externos (comuns à atividade de instalação), e participando de toda uma representatividade que não só foca atingir os interesses econômicos e de negócios das instaladoras, mas visam também contribuir e colaborar com os meios políticos e órgãos competentes destinados a suprir as necessidades do dia a dia do setor de instalações deste Estado e País. Notadamente, via Eleição da Entidade, quero destacar a importância dos Membros Eleitos para a representação

ELEIÇÕES SINDINSTALAÇÃO 2016/2019 FORMULÁRIO DE REGISTRO DE CHAPA DIRETOR PRESIDENTE

José Silvio Valdissera Hidrelplan Engenharia e Comércio Ltda. DIRETOR VICE-PRESIDENTE DE

3°. Setor: I nstalações Prediais Hidráulicas e Gás Luiz Carlos Veloso Sanhidrel Cimax Engenharia Ltda.

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Carlos Frederico Hackerott Vitalux Eficiência Energética Ltda. DIRETORES VICE-PRESIDENTES SETORIAIS

1°. Setor: Sistemas de Aquecimento Luiz Antonio Alvarez Sena Ecal Equipamentos e Instalações Ltda. 2°. Setor: Instalações Prediais Elétricas Marcos Antonio Paschotto Superinstal Engenharia Ltda.

4°. Setor: Instalações Industriais Marco Alberto da Silva Engemon Comércio e Serviços Técnicos 5°. Setor: I nstalações Prediais de Sistemas Complementares Victor José Ronchetti Ronchetti Instalações Hidráulica e Elétrica Ltda.


Espaço Sindinstalação

Espaço Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

no Sindinstalação de toda uma atividade industrial, mas enfatizar mais uma vez que o Sindicato Patronal Sindinstalação precisa e depende de toda a coletividade das empresas, tanto associadas como filiadas, para levar avante, com mais êxito e força, as ações e projetos voltados ao benefício comum das mesmas empresas. O fruto dos investimentos transformados em projetos, logicamente advindos das contribuições patronais financeiras exercidas pelas empresas, vem diretamente beneficiar todo segmento de instalações. Acreditamos que os trabalhos exercidos por nossa Diretoria e Gestão serão melhores agregados se contarem com a participação mais ativa dos representantes das empresas de toda nossa base estadual.

CONSELHO FISCAL MEMBROS EFETIVOS Presidente do Conselho Fiscal: Nelson Gabriel Camargo

A nossa diretoria eleita tem alguns de seus membros representando o Sindinstalação efetivamente no ambiente da FIESP voltados no próprio ambiente da construção civil. Dentre os Departamentos em destaque: o Deconcic, Concic, Deinfra e até na própria Diretoria Eleita da Federação. Além da Diretoria Executiva da Entidade, participando nas Plenárias da Federação e nas diversas ações desta, que visam promover a indústria paulista no cenário econômico do País. Desejamos uma boa leitura desta edição e firmamos que o Sindinstalação está diariamente interessado e apto a ouvir sua sugestão, basta ligar para o telefone (11) 3266-5600 ou enviar e-mail para diretoria@sindinstalacao.com.br.

DELEGADOS REPRESENTANTES DO SINDICATO JUNTO À FIESP

Camargo Engenharia Ltda. Ivan Machado Terni

Terni Engenharia Ltda. Ramon Nicolas Olmos

FR Instalações e Construções Ltda.

SUPLENTES Fernando Belotto Ferreira

Hersa Engenharia e Serviços Ltda. Odil Porto Junior

Citel Montagens Elétricas Ltda. Surahia Maria Jacob Chaguri

Caltherm Sistemas de Aquecimento Ltda - EPP

EFETIVOS 1º Delegado: José Silvio Valdissera

Hidrelplan Engenharia e Comércio Ltda. 2ª Delegado: Carlos Frederico Hackerott

Vitalux Eficiência Energética Ltda.

SUPLENTES 1º Delegado: Luiz Carlos Veloso

Sanhidrel Cimax Engenharia Ltda.

2ª Delegado: Luiz Antonio Alvarez

Sena Ecal Equipamentos e Instalações Ltda.

Convite aos associados Sob iniciativa do GSEL – Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas e da ABSpk – Associação Brasileira de Sprinklers, com apoio e divulgação do Sindinstalação, convidamos as empresas associadas a se inscreverem, gratuitamente, no workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers”. O evento dá continuidade ao ciclo de treinamentos em “Produtos e Tecnologias”, beneficiando diretamente as instaladoras, agregando conhecimento aos gestores das empresas, além de ampliar a visão da oportunidade de uma nova atividade e negócios. Contamos com a sua participação.

Informações: Workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers” Data: 20/07/2016 Local: Av. Paulista, 1.313 – auditório 10º andar – Prédio Fiesp Objetivo: Promover a atualização de conhecimento em sistemas de proteção por sprinklers Público-alvo: Gestores de empresas instaladoras (orçamentistas, compradores, engenheiros de obras, analistas de projetos e projetistas Inscrições: Até 15/07 através do telefone (11) 3266-5600 ou comunicacao@sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 43


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Alberto Fossa representa o Brasil em comitê internacional de gestão de energia

O

Brasil tem agora assento em uma das organizações mais reconhecidas e respeitadas do mundo no tema normalização e padronização, relativas às questões de gestão e economia de energia. No final de maio passado, o Conselho de Gerenciamento Técnico (TMB - Technical Manager Board) da ISO (International Organization

for Standardization) aprovou oficialmente o nome de Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações), para vice-chair do TC301. Esse comitê técnico trata da gestão e economia de energia. Fossa irá coordenar, junto com um representante da China, Geng Wang, os trabalhos relati-

vos ao tema gestão e economia de energia. O TC301 é liderado pelo americano Roland Risser. A nomeação de Fossa é para o período de 2016 a 2019. Em meados de junho, foi realizada em Stocolmo, na Suécia, a primeira reunião plenária da TC301 e Fossa vai nos contar um pouco sobre o encontro que reuniu especialistas no tema de todo o mundo.

›› Quais os principais trabalhos e ações previstas para o TC301? O TC301 é a junção do TC242 - que foi o comitê técnico responsável pela criação da ISO 50001, que trata da gestão de energia - e do TC257, que estava desenvolvendo normas vinculadas ao tema de economia de energia. Os temas tratados por esses dois comitês estavam muito próximos, por este motivo o TMB decidiu juntar os dois TCs em um único,

com o objetivo de otimizar trabalhos e focar o desenvolvimento das normas internacionais.

de participação dos especialistas internacionais nos diversos temas de interesse a serem desenvolvidos. Foi um movimento político, para que se possa ter condições de avançar num plano de trabalho concreto. Foram realizadas diversas reuniões, mas a mais importante foi a do antigo WG1/TC242 que tratou da revisão da ISO 50001.

Foto: Divulgação

Alberto Fossa (segundo da esquerda para a direita) em Stocolmo, com demais integrantes de comitês técnicos da ISO.

›› Qual é a importância dessa nomeação para o avanço do tema gestão e economia de energia no País? A posição de vice-chair nesse comitê internacional garante ao País uma posição estratégica dentro do novo TC. Os dois coordenadores, Brasil e China, irão liderar a análise de temas e priorização do desenvolvimento das novas normas. Além disso, fazemos parte do novo grupo criado para o desenvolvimento do plano de negócios, que tem o objetivo de racionalizar as atividades, em função dos recursos disponíveis nos diversos países, e estabelecer uma agenda consistente para as necessidades globais vinculadas aos temas de gestão e economia de energia. ›› Como foi a primeira reunião plenária do TC301, em Stocolmo? Foi formalmente criado o TC, com aprovação unânime dos representantes dos diversos países presentes. Também foi aprovada a estrutura de trabalho, contemplando a priorização e otimização

44 Revista da InstalaçÃO

›› Os trabalhos desse comitê preveem aplicação direta no mercado, por exemplo, para a indústria? Sim. O desenvolvimento das normas desse TC tem aplicação direta tanto para a indústria como para as demais organizações interessadas em gerenciar a energia utilizada em seus processos, bem como contribuir com ações para combater os efeitos das mudanças climáticas. Uma série grande de normas têm sido sugerida, com o objetivo de iniciar uma discussão sobre a economia de energia em diversas escalas, além de uma organização, avançando para setores, comunidades, cidades e países. Trata-se de uma discussão profunda sobre o futuro da sociedade e sua relação com o consumo de energia e produção de bem-estar.


CUIDADO, AS APARÊNCIAS ENGANAM

A QUALIFIO atua há mais de 20 anos para zelar pela segurança dos consumidores de fios e cabos elétricos. A QUALIFIO monitora, identifica e notifica as autoridades competentes, as certificadoras e os fabricantes que operam de maneira irregular (em desacordo com as exigências das normas e regulamentos pertinentes).

Fios e cabos elétricos destinados à construção civil devem ser certificados compulsoriamente (obrigatório), ou seja, tem seu processo regulamentado pelo INMETRO. Os produtos certificados devem apresentar na embalagem e diretamente no produto o símbolo de identificação do Sistema Brasileiro de Certificação, que deve ser acompanhado do nome ou logo do Organismo de Certificação de Produtos credenciado pelo INMETRO.

NÃO SE ARRISQUE: FIOS E CABOS ELÉTRICOS SÓ COM CERTIFICAÇÃO W W W. Q U A L I F I O . O R G . B R


Espaço Sindinstalação

| Seconci

Prêmio destacará melhores práticas em SST, essencial para a produtividade da construção

Q

uando se fala em qualidade e produtividade na indústria da construção, a primeira associação que se faz é com a implementação de inovações visando a melhoria contínua dos processos construtivos e de gestão dos canteiros de obras e das construtoras. Mas igualmente importante é cuidar preventivamente da Saúde e Segurança do Trabalho (SST), pela simples e boa razão de que não fazê-lo deixará os trabalhadores vulneráveis a doenças ocupacionais e acidentes, e a empresa suscetível ao insucesso. Uma gestão eficaz dos procedimentos relativos à SST pelas construtoras não se limita ao cumprimento das exigências das Normas Regulamentadores do Ministério do Trabalho, por si só bastante detalhadas e que exigem profissionais bem qualificados para implementá-las a contento nas empresas. A gestão desses procedimentos precisa ir além e implementar uma série de boas práticas nos canteiros de obras. Para seu sucesso, elas devem buscar permanentemente o engajamento de todos os níveis hierárquicos da empresa, desde os ajudantes nas obras até a alta direção. Outra condição indispensável é que essas práticas estejam sintonizadas com as necessidades do momento. Exemplos recentes são as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e as orientações sobre a utilização do celular nos canteiros. Com o objetivo de reconhecer e divulgar as melhores práticas em SST das construtoras paulistas, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção), em parceria com o SindusCon-SP (Sindicato da Construção) e com o apoio do Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação), abriu as inscrições para a quarta edição do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho. Poderão concorrer obras de edificações residenciais, comerciais, industriais, esportivas, portuárias, aeroportuárias, educacionais e hospitalares, bem como obras de arte, tais como pontes e viadutos, em três categorias: ✖ Controle de Perigos e Riscos no Canteiro, premiando as melhores ações 46 Revista da InstalaçÃO

adotadas em favor da segurança dos trabalhadores; ✖ Controle da Saúde no Canteiro, reconhecendo as práticas exemplares de manutenção da saúde coletiva dos trabalhadores; ✖ Gerenciamento Ambiental do Entorno da Obra, destacando as ações meritórias que minimizem os transtornos à vizinhança e diminuam o impacto ambiental. Também serão premiados o(a) Trabalhador(a) Modelo e a Personalidade do Ano. A Comissão Julgadora será composta por profissionais de notório saber em SST da Poli-USP, Engenharia do Mackenzie, Santa Casa-SP, Ciências Médicas-Unicamp, IPT, Senai-SP e Sesi-SP. Nesta edição, o prêmio terá uma novidade para incentivar a participação de empresas de todos os portes. O Estado de São Paulo foi dividido em sete regiões. Assim, os cases inscritos concorrerão somente com projetos de sua região. Isso permitirá às empresas competirem em maior igualdade de condições. As três edições anteriores mostraram que a participação no Prêmio Seconci-SP funciona como altamente mobilizadora das equipes de cada empresa. Além disso, a premiação terá ampla divulgação, para que toda a construção e a opinião pública conheçam os bons exemplos e práticas na prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais em nossos canteiros. As inscrições estão abertas e devem ser feitas até 22 de julho pelo site www.premioseconci-sp.com.br. Inscreva as obras de sua empresa, pois, neste tempo de crise, a Saúde e a Segurança do Trabalho são indispensáveis para a sobrevivência, o fortalecimento e a elevação da produtividade das nossas empresas. Sérgio Porto

Presidente do Seconci-SP e representante do SindusCon-SP junto à Fiesp José Romeu Ferraz Neto

Presidente do SindusCon-SP e vicepresidente da CBIC e da Fiabci Haruo Ishikawa

Vice-presidente do Seconci-SP e do SindusCon-SP e líder de SST da CBIC


| HBC Advogados

“Pejotização” será alvo da Receita Federal em 2016

D

esde o advento da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os modelos de produção passaram por grandes transformações. Hoje, é comum que profissionais altamente especializados e com liberdade de atuação, reúnam-se para constituir estruturas empresariais destinadas à prestação de serviços de alta complexidade intelectual. Uma das principais características dessa sistemática de agremiação em torno de uma só pessoa jurídica é a flexibilidade do modelo tradicional de trabalho e dos termos contratuais, com mais autonomia e dinamicidade na execução das atividades e liberdade de auto-organização. A Receita Federal, por sua vez, tem produzido diversas autuações em relação a essa “pejotização” das relações

de trabalho, encarando-a como fraude à legislação trabalhista por entender que o único propósito seria a redução dos encargos trabalhistas. Com isso, a Receita tenta constituir vínculos empregatícios com base em presunções genéricas e tendenciosas. Nos relatórios fiscais que acompanham as autuações vê-se a tendência de reduzir o ônus da prova à seleção, por amostragem, de fragmentos analisados fora do contexto, negligenciando técnicas desejáveis de fiscalização, como a chamada circularização, em que o auditor fiscal busca obter provas junto a terceiros. Deve-se ter em vista, contudo, que não se trata apenas de possíveis fraudes, em um movimento deliberado de “fuga” do direito do trabalho, mas de profundas transformações na área trabalhista, não

absorvidas pela CLT. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), contudo, tem se posicionado no sentido de que a Receita Federal não pode ignorar o elemento indispensável para suas autuações: a comprovação de que a contratação é fraudulenta, tendo como intuito apenas esconder a relação de emprego existente. Foi nesse sentido que se orientou o acórdão nº 2401004.063, de janeiro de 2016, proferido por aquele órgão administrativo. Muito embora seja absolutamente importante a proteção contra o abuso à legislação trabalhista, espera-se do Fisco uma abordagem mais em conformidade às evoluções das relações de trabalho, evitando-se ao máximo as espoliações da discussão desses temas perante os tribunais administrativos ou judiciais.

Oportunidade de Regularização de Ativos no Exterior Com prazo de adesão até 31/10/2016, o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) vem sendo amplamente discutido no âmbito jurídico, principalmente em razão dos obstáculos impostos pela Receita Federal quando da regulamentação da Lei nº 13.254/16. O RERCT permite a regularização de bens e ativos existentes em 31/12/2014 ou em data anterior, por pessoas físicas e jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil, mesmo que não mais residentes na data de apresentação da declaração, que não tenham sido condenadas em nenhum grau em ação penal pelos crimes listados no § 1º do art. 5º da Lei nº 13.254/16.

Em que pesem os diversos pontos controvertidos da regulamentação da lei, é importante destacar que se trata de uma boa oportunidade de regularização de patrimônio mantido no exterior por pessoas físicas e/ou jurídicas, cabendo ao contribuinte uma análise quanto à viabilidade de adesão e benefícios do RERCT, principalmente no que se refere à anistia penal relacionada aos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e falsificação e uso de documento público. Caso não se faça a adesão ao RERCT, o contribuinte que tiver patrimônio no exterior não declarado ao Fisco Brasileiro, certamente ficará sujeito a grandes riscos

fiscais e criminais, em razão da transparência fiscal que vem sendo imposta por diversos países e adotada pelo Brasil. Sendo assim, aqueles que estiverem nesta situação de risco podem recorrer ao RERCT para, mediante recolhimento de imposto e multa que totalizam 30% sobre o montante dos bens e ativos, evitando assim possíveis sanções administrativas e penais. Para aderir ao RERCT, o contribuinte deverá apresentar a Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat), feita por meio eletrônico – através do sítio online da Receita Federal – e efetuar o pagamento integral do imposto e multa correspondentes.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 47


Mais de 3.800 profissionais já passaram pelas 13 etapas do Fórum

Centro de Eventos do Ceará Av. Washington Soares, 999 Edson Queiroz Fortaleza (CE)

INFORMAÇÕES SOBRE PATROCÍNIO PUBLICIDADE@HMNEWS.COM.BR (11) 4225-5400 PATROCINADORES:

Data

16/08 08H-18H

público elo

ad

ore

s

O D A ROV

APpel e

LOCAL

p

FORTALEZA

AGORA É A VEZ DE RECEBER O FÓRUM QUE FALA DIRETO COM OS PROFISSIONAIS DOS DIFERENTES RAMOS DE ATUAÇÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.

o s p a t r o cin

INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA O FÓRUM WWW.FORUMPOTENCIA.COM.BR


Etapas Realizadas

RIO DE JANEIRO (RJ)

BRASÍLIA (DF)

BELO HORIZONTE (MG)

15/09

PRÓXIMAS

CAMPINAS (SP)

18/10

22/11

Etapas

2016

PORTO ALEGRE (RS)

SÃO PAULO (SP)

RECIFE (PE) COORDENAÇÃO PROFESSOR HILTON MORENO

WWW.FORUMPOTENCIA.COM.BR | FACEBOOK.COM/REVISTAPOTENCIA | LINKEDIN.COM/COMPANY/REVISTAPOTENCIA REALIZAÇÃO:

MÍDIAS OFICIAIS:


Mercado

| Geração Distribuída

Revolução em curso Mais do que uma promissora atividade econômica,

Reportagem: Paulo Martins

mercado fotovoltaico propõe a criação de um novo modelo de sociedade a partir da democratização da geração e da distribuição de energia a partir de fontes renováveis.

The photovoltaic solar energy market has been growing in the world, but Brazil, in particular, has one of the largest potentials of the planet. However, the country needs to address a number of issues that hinder the full development of this energy source. Among the aspects that need further development, the most important are regulatory issues and incentive policy. 50 Revista da InstalaçÃO

El mercado de la energía solar fotovoltaica ha crecido en el mundo, pero Brasil, en particular, tiene uno de los mayores potenciales del planeta. Sin embargo, el país necesita resolver una serie de cuestiones que dificultan el pleno desarrollo de esta fuente de energía. Entre los aspectos que necesitan de un mayor desarrollo están la cuestión regulatoria y la política de incentivos.


Mercado

MArket

Mercado

Perfil de importantes setores do mercado, baseado em entrevistas com executivos, profissionais e usuários.

Profile of key market sectors, based on interviews with executives, professionals and users.

Perfil de los sectores clave del mercado, basado en entrevistas con ejecutivos, profesionales y usuarios.

N

o Brasil, o mercado de energia solar fotovoltaica cresce a taxas que podem chegar a 300% ao ano. O número expressivo se deve à pequena base de partida, mas indica o potencial gigantesco do setor. Existem hoje cerca de 3 mil instalações de energia fotovoltaica conectadas à rede das concessionárias, mas a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que até 2024 o número de conexões será de 1,2 milhão. Estamos diante de uma fonte de energia inesgotável, gratuita e limpa, e a queda substancial dos custos ao longo do tempo ajuda a alimentar as boas perspectivas, mas o País ainda carece de um planejamento consistente e sustentável para se tornar um player que transmita maior confiabilidade aos investidores. Entre os desafios a serem vencidos, destaca-se a necessidade de promover avanços no campo regulatório, consolidar uma cadeia produtiva e formar mão de obra especializada. Pelo menos dois fatores foram fundamentais para a arrancada do setor nos últimos anos: a instituição do sistema de geração distribuída, no qual o consumidor pode implantar micro e minis pontos de geração em sua própria casa, fornecendo o

Foto:

Fotoli a

Revista da InstalaçÃO 51


Mercado

| Geração Distribuída

Foto: Foto

lia

excedente para a rede de distribuição, e a realização de leilões para contratação de grandes volumes de energia produzida pelas usinas. Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), comemora o fato do Brasil aparecer na lista da EPIA (Associação de Indústrias Fotovoltaicas Europeias) entre os seis melhores países do mundo para se investir em energia solar fotovoltaica. O executivo atribui à Aneel a informação de que somente a área residencial reúne 30 milhões de potenciais clientes com capacidade para instalar sistemas solares na modalidade de Geração Distribuída. “Existe um mercado fantástico, enorme, para acontecer nos próximos anos”, vislumbra. Carlos Café, diretor do Studio Equinócio - empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de energia solar térmica e fotovoltaica -, destaca que o Brasil ‘entrou’ na área com ao menos uma década de atraso, mas concorda que o potencial e a importância da geração distribuída a partir das tecnologias solares é imenso. “A potência das usinas solares fotovoltaicas conec-

52 Revista da InstalaçÃO

a Fotoli Foto:

tadas à rede é de 24 MW. Segundo estudo do Greenpeace, temos potencial para alcançar cerca de 29,6 mil MW em potência instalada até 2030 se mantido o cenário atual, o que representaria mais de 6 milhões de instalações solares no Brasil”, menciona. Um dos motivos do grande crescimento das instalações solares é a queda vertiginosa dos custos envolvidos nessa tecnologia, em contraposição ao aumento das tarifas de energia proveniente de outras fontes. De acordo com Evangelista, a recuperação do investimento em energia fotovoltaica tem ocorrido em prazos cada vez mais curtos. “Há alguns estudos que preveem o retorno do inves-

timento em menos de cinco anos, dependendo da região do País. A média fica em torno de sete anos”, informa. O executivo destaca que existem no mercado algumas linhas de financiamento disponíveis para aplicar nessa área, mas com juros altos, a ponto de inviabilizar um retorno do investimento em menos de dez anos. Outras linhas mais acessíveis, prossegue ele, possuem restrições na área geográfica de atuação, ou seja, são válidas somente para regiões específicas. “O ideal seria uma linha de financiamento em que as condições de garantia, carência e juros fossem acessíveis a todos os interessados e que as parcelas mensais fossem menores do que o custo da energia economizada pelo usuário final”, diz Evangelista. Para o presidente da ABGD, um planejamento consistente e sustentável para estimular o crescimento do setor tem que contemplar quatro áreas: 1-Conhecimento técnico, englobando pesquisa, desenvolvimento e investimento em inovação; 2-Regulamentação, implementando e atualizando toda a parte regulatória que influencie a GD no Brasil, retirando os empecilhos e dubiedades ainda existentes; 3-Aspectos financeiros, criando condições para que seja possível financiar sistemas de


Arte sob Medida!

PROJETOS PERSONALIZADOS ◗ Gesso ◗ Iluminação ◗ Drywall ◗ Portas de Embutir ◗ Automação Residencial ◗ Papel de Parede

Rua Basílio da Cunha, 369 - Aclimação - 11.5571-5152

www.ettorehd.com.br


Mercado

| Geração Distribuída

GD, com parcelas de financiamento equivalentes ou menores que a economia financeira alcançada pela redução da fatura de energia e 4-Planejamento e incentivo consistente da demanda, pensando a médio e longo prazo. “Somente com uma previsibilidade mínima da demanda é que será possível investir e assumir os riscos, o que é inerente a toda atividade empresarial”, finaliza o executivo. Para Carlos Café, este é um momento histórico que pode ser visto como uma revolução, pois reúne a convergência de uma nova forma de operar e compartilhar informações com uma nova forma de gerar e distribuir ener-

: Foto

a

li Foto

gia. Isso tudo, prossegue ele, associado à necessidade de descarbonização da energia face às mudanças climáticas em curso. “Diante disto, nosso governo deve estar atento à formatação de um plano que primeiro reconheça que hoje planejamos, produzimos, gerimos e consumimos energia de forma insustentável

e irresponsável. O foco desse planejamento deve trazer o consumidor que agora se torna um agente ativo da produção e compartilhamento da própria energia, que vamos chamar de prosumidor (produtor e consumidor), e uni-lo de forma democrática à nova rede de distribuição de energia, as smart grids, para as quais serão necessários novos modelos econômicos e parâmetros de qualidade, confiabilidade e desempenho. O modelo de planejamento deve funcionar como a nova economia distribuída e compartilhada. Portanto, velhos modelos de planejamento, baseados em centralização e monopólios, devem ser abandonados”, analisa.

Novas profissões requerem preparo técnico ência em instalações elétricas de baixa e média tensão, investirem em treinamento e capacitação e seguirem à risca as normas de segurança. Segundo o dirigente, o desenvolvimento do setor solar propiciou o surgimento de funções como projetistas fotovoltaicos e instaladores desses sistemas. “Mas há de se atentar para uma gama muito maior de especialidades, inclusive de profissionais que trabalham com outras fontes de

energia em Geração Distribuída, como biomassa e eólica”, exemplifica. Carlos Café observa que uma instalação solar é multidisciplinar e exige conhecimento em vários ramos de atividades, o

Oportunidade

O crescimento do setor solar fotovoltaico abriu um leque de oportunidades para o mercado em geral, permitindo o surgimento de novos negócios e profissões.

Foto: Fotolia

O crescimento do setor solar fotovoltaico abriu um leque de oportunidades para o mercado em geral, permitindo inclusive o surgimento de novos negócios e profissões. Naturalmente, a tendência é que muitos aventureiros apareçam para tentar a sorte no setor. Mas, para Evangelista, deverão se manter no ramo, proporcionando produtos e serviços seguros e de qualidade, aquelas empresas que possuírem experi-

54 Revista da InstalaçÃO


CARLOS EVANGELISTA ABGD

Foto :

Foto li

a

que torna a área ainda mais interessante e intensa geradora de empregos. “É necessário que qualquer um que vá trabalhar com o segmento faça cursos de energia solar que ofereçam embasamento conceitual sólido sobre o tema. Instalar um painel sobre uma cobertura ou telhado exige conhecimentos dos movimentos do Sol e estudos de sombreamentos”, explica.

Ilustração: Fotolia

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Planejamento consistente e sustentável para o setor tem que contemplar aspectos como conhecimento técnico, regulamentação, financiamento e incentivo da demanda.

Os painéis solares devem ser instalados e fixados por meio de estruturas metálicas que não sofram com corrosão e resistam a grandes velocidades de vento. Vale lembrar que tudo isto adiciona carga ao telhado, portanto, é preciso ter conhecimento também da área civil. E mais: os profissionais solares precisam trabalhar em altura, logo, devem saber se proteger, fazendo bom uso dos equipamentos de proteção individual e coletiva. Com o passar do tempo, também deverão surgir oportunidades para especialistas que promoverão as intervenções necessárias para manter as adequadas condições de funcionamento do parque produtor de energia solar fotovoltaica. “Apesar dessa ser uma tecnologia de baixíssima manutenção, quando comparada às demais, a operação da usina solar deve ser acompanhada pelos profissionais que a instalaram ou por empresas que o façam, pois estamos falando de uma tecnologia que tem de produzir energia por no mínimo vinte anos”, complementa o diretor do Studio Equinócio. Conforme destaca Carlos Café, apesar da energia solar ser tema de projetos e pesquisas há mais de 30 anos no Brasil, a geração distribuída fotovoltaica nasceu como mercado somente a partir

de 2012, ou seja, trata-se de uma área extremamente jovem. Consequentemente, existe uma carência grande de profissionais em todos os segmentos, e somente agora a disciplina começa a fazer parte do currículo de cursos técnicos e universitários. O executivo avisa aos interessados em atuar nessa área que é preciso muita seriedade e organização. “Qualquer pessoa ou empresa que queira instalar um sistema de energia solar fotovoltaica em sua casa deve entender que o que está sendo instalado ali é uma usina solar. O termo ‘usina’ exige grande responsabilidade em várias etapas do processo. Antes de tudo é obrigatório para qualquer instalação solar que seja desenvolvido um projeto de engenharia devidamente registrado junto aos CREAS (Conselhos Regionais de Engenharia) e aprovado pelas companhias de energia. Após esta etapa, vamos à parte que talvez represente o maior desafio do mercado de energia solar, que é a qualidade da instalação e da mão de obra”, relata Carlos Café. O diretor do Studio Equinócio relata que a falta de qualificação dos profissionais pode ocasionar danos como incêndios, problemas na rede elétrica e choques. “Estes desafios podem ser vencidos com qualificação profissional, em conjunto com o programa de certiRevista da InstalaçÃO 55


Mercado

| Geração Distribuída Preços

Foto: Fotolia

Um dos motivos do grande crescimento das instalações solares é a queda vertiginosa dos custos envolvidos nessa tecnologia.

ficação. Ambos são necessários para a crescente credibilidade e profissionalismo que este mercado exige. Não há espaço para improvisos nem para o ‘jeitinho brasileiro’. O programa de certificação de instaladores que eu coordeno dentro da ABGD vai começar por um

item muito importante, que é a segurança”, completa. Segundo Carlos Evangelista, o sistema de certificação do instalador fotovoltaico criado pela ABGD era uma necessidade do setor: “Existem várias empresas iniciando no mercado, algu-

São Paulo sediou em maio a 5ª edição da EnerSolar + Brasil / Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar e simultaneamente o Ecoenergy / Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia. Os eventos receberam cerca de 12 mil visitantes. Thomas Steward, gerente da EnerSolar + Brasil, destacou que a feira mostrou ao mercado o que há de mais recente em soluções tecnológicas. “O Brasil possui grande potencial no setor de energias renováveis. Além da excelente incidência solar, temos ventos contínuos para a geração de energia eólica em diversos estados, e estas oportunidades devem ser aproveitadas. É neste sentido que atua a feira, trazendo inovação, conhecimento e o mais importante de tudo, soluções para que estas oportunidades possam se concretizar”, comentou. Na ocasião, a empresa SolarFX fez o lançamento oficial do Selo “QuiloWatt do Bem”. O objetivo é criar um banco de doação entre empresas participantes, onde, a cada 100 kWp vendido em produtos ou serviços, haverá a doação de 1 kWp em equipamento. A empresa doadora poderá utilizar o Selo “QuiloWatt do Bem” em seu site. Qualquer empresa pode doar. Empresas com atividade regular poderão ser membro do conselho. Já o Selo de Parceiro é destinado apenas a empresas do setor fotovoltaico e estas podem contribuir com a prestação de serviços especializados.

56 Revista da InstalaçÃO

mas oriundas de outras áreas, outras do nada. Até pela situação econômica do País, foram ingressando no mercado. Então, é natural que muita gente qualificada em nível não suficiente para trabalhar com instalação fotovoltaica, ou até desqualificada para isso, entre nesse mercado e faça instalações, comprometendo a segurança e a qualidade. Pensando nisso, ABGD lançou a certificação do principal ator fotovoltaico para garantir que ele tenha as condições mínimas de fazer uma instalação com segurança e qualidade”. Com o amadurecimento do segmento, o próprio sistema educacional voltado para essa área tende a passar por uma transformação. “Estamos preparados para oferecer mais cursos de acordo com a evolução do mercado”, diz Carlos Café. Ele se refere ao Studio Equinócio, que atua na capacitação de profissionais há mais de 10 anos por meio da Academia Solar. Nesse tempo, mais de 800 alunos participaram da rodada número um de capacitação em conceitos de projetos de energia solar fotovoltaica. Neste ano a Academia Solar passou a ofertar cursos práticos de formação do instalador e a modalidade in company para concessionárias de energia elétrica e empresas que desejam investir no setor.


Programa Eletricista Consciente.

Você precisa se ligar nessa ideia.

O Programa Eletricista Consciente é uma rede de relacionamento desenvolvida para profissionais do setor elétrico. A cada experiência compartilhada, o eletricista aprimora seus conhecimentos e troca informações constantemente com outros colegas de profissão. Além disso, os visitantes podem participar de palestras online e responder enquetes onde os pontos são acumulados e valem prêmios. Acesse www.eletricistaconsciente.com.br PARTICIPE!

Iniciativas:


Evento

Fotos: Divulgação

| Expopredialtec 2016

ExpoPredialTec 2016 chega com novo perfil Renovada, sétima edição do evento passa a agregar novos segmentos de mercado, envolvendo várias tecnologias para sistemas e instalações prediais. Um dos destaques será a primeira edição do Fórum PredialTec, organizado pelo Grupo HMNews. Reportagem: Marcos Orsolon

A

ExpoPredialTec chega à sétima edição totalmente remodelada. A feira, que até 2015 estava voltada para o mercado de automação predial, ampliou o escopo e, a partir desse ano, passa a atuar no setor de tecnologias para sistemas e instalações prediais. Com essa significativa mudança, o evento, com data marcada para os dias 12, 13 e 14 de julho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi (SP), vai abranger as mais novas tendências em auto-

58 Revista da InstalaçÃO

mação, sistemas elétricos, energia solar, incêndio, gás, segurança eletrônica, áudio e vídeo, iluminação e redes, entre outros. Segundo Edilberto Almeida, diretor da Cardoso Almeida Eventos, que é a empresa organizadora da ExpoPredialTec, nessa edição serão apresentadas as últimas novidades do mercado. Além disso, o evento vai oferecer ao público visitante e expositores a oportunidade de realização de novos negócios e parcerias.


“O propósito do evento é promover a integração entre os profissionais e empresas ligados às novas áreas abordadas, o que permitirá elevar o nível de serviço, qualidade, segurança e eficiência das edificações. Com isso, os profissionais, construtoras, empreendedores e incorporadoras poderão reduzir custos e melhorar sua produtividade, competitividade e imagem no mercado”. O público da ExpoPredialTec, aliás, é um destaque à parte. “É um público qualificado e setorizado, reunindo especialistas, empreendedores e investidores que buscam estratégias para o crescimento de seus negócios no mercado”, destaca Edilberto. Simultaneamente à Feira, acontecem três fóruns técnicos, que contarão com palestras de profissionais renomados do setor. São eles: IV Fórum Aureside de Tecnologias de Infor-

Predialtec Forum 2016, which is going to be held in São Paulo in July, is an unprecedented event in Brazil. For the first time, a technical congress brings together different building installations in a single event, with lectures presented by renowned professionals from electrical, hydraulic (plumbing), gas, air conditioning, fire, solar water heating and photovoltaic energy.

El Foro Predialtec 2016, que se realizará en Sao Paulo en julio, es un evento sin precedentes en Brasil. Por primera vez, un congreso técnico reúne a diversas instalaciones de una edificación en un solo evento, con conferencias presentadas por reconocidos profesionales de eléctrica, hidráulica, gas, aire acondicionado, fuego, agua caliente por energía solar y energía fotovoltaica.

Revista da InstalaçÃO 59


Evento

| Expopredialtec 2016

mação, o Fórum PredialTec e o Fórum Direcional Condomínios. “O Fórum PredialTec 2016 é um evento inédito e inovador na área de instalações e sistemas prediais. Com a coordenação técnica da Revista da Instalação, trata-se de um congresso técnico que reúne várias áreas das instalações prediais em um único evento, com palestras apresentadas por renomados profissionais de elétrica, hidráulica, gás, ar-condicionado, incêndio, aquecimento de água solar e energia fotovoltaica”, comenta Hil-

Setores da ExpoPredialtec 2016 ➧ Áudio e Vídeo ➧ Automação Predial ➧ Climatização ➧ Elétrica ➧ Elevadores ➧ Energia Eólica

➧ Energia Solar ➧ Fotovoltaica ➧ Gás ➧ Hidrossanitária ➧ HVAC ➧ Iluminação

ton Moreno, diretor do Grupo HMNews e responsável pela organização do Fórum. Hilton observa ainda que um dos objetivos da ExpoPredialTec é anteci-

➧ Incêndio ➧ Internet das Coisas ➧ Montagens Eletromecânicas ➧ Redes ➧ Segurança Eletrônica

par tendências e discutir o avanço das novas tecnologias e que, nesse sentido, o Fórum será uma excelente vitrine, onde os participantes terão acesso a novidades tanto em termos de solu-

FÓRUM PREDIALTEC 2016 | GRADE DE PALESTRAS 12/07/2016 ➧ 08h00 - 08h30: Credenciamento ➧ 08h30 - 09h00: Cerimônia de Abertura: Silvio Valdissera - Presidente do Sindinstalação-SP

Instalação Solar Térmica ➧ 09h00 - 10h00: A importância das técnicas de instalação de sistema de aquecimento solar Leonardo Chamone Cardoso (Solis) ➧ 10h00 - 10h30: Capacitação profissional do instalador solar térmico Vania Aparecida Caneschi Oliveira (SENAI) ➧ 10h30 - 11h00: Intervalo ➧ 11h00 - 11h30: Qualinstal Solar Danielle Johann Guilherme (Abrinstal) ➧ 11h30 - 12h00: A revisão da norma NBR 15569 Rodrigo Cunha Trindade (Agência Energia) ➧ 12h00 - 12h30: Sistemas de aquecimento solar para edificações de grande porte Rafel Campos (Bosch/Abrava-DASOL) 60 Revista da InstalaçÃO

12/07/2016 Instalação Fotovoltaica

13/07/2016 Instalação de HVACR

➧ 14h00 - 15h00: Mercado, regulamentação brasileira, geração compartilhada e consumo remoto e oportunidade de negócios em microgeração distribuída fotovoltaica Mediador: Carlos Café (Studio Equinócio) Debatedores: Carlos Evangelista (ABGD Associação Bras. de Geração Distribuída) Marina Meyer Falcão (Décio Freire Advogados Associados) Marco Aurélio (ANEEL) ➧ 15h00 - 15h30: Novo projeto de norma NBR em elaboração sobre instalações elétricas prediais fotovoltaicas - Marcelo Almeida (IEE USP) ➧ 15h30 - 16h00: Intervalo ➧ 16h00 - 16h30: Programa Brasileiro de Certificação de instaladores e instalações prediais fotovoltaicas - Carlos Café (Studio Equinócio) ➧ 16h30 - 17h00: Aspectos polêmicos da conexão de instalações prediais fotovoltaicas com os padrões de entrada das distribuidoras de energia elétrica Marcelo Rodrigues (Passo Padrão) ➧ 17h00 - 17h30: Instalações fotovoltaicas prediais - problemas, desafios, experiência internacional TÜV na Alemanha e outros países Daniel Vilhena (TÜV)

➧ 09h00 - 10h00: Norma técnica NBR 16401 - Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários Oswaldo Bueno (Oswaldo Bueno Engenharia) ➧ 10h00 -10h30: Fundamentos e execução de projetos de arcondicionado para os setores residencial, comercial e industrial Claudio Kazuo Misumi (Planenrac Engenharia Térmica) ➧ 10h30 11h00: Instalações de sistemas de ar-condicionado Afonso Carlos de Carvalho (Sistherm Sistemas Térmicos) ➧ 11h00 - 11h30: Intervalo ➧ 11h30 - 12h00: Manutenção de sistemas de ar-condicionado Régis Servilha (Masstin Engenharia) ➧ 12h00 - 12h30: Operação de sistemas de ar-condicionado Marcio Bert (WH Engenharia) ➧ 12h30 - 13h00: PMOC Plano de Manutenção, Operação e Controle de sistemas de ar-condicionado Arnaldo Parra (Pósitron Engenharia)


Perfil do público da ExpoPredialtec 2016 Profissionais da indústria, de empresas de serviços públicos e de administrações municipais, estaduais e federal, administradores prediais, arquitetos, construtoras, consultores, decoradores, designers de interiores, distribuidoras de energia elétrica, engenheiros, integradores, instaladores, projetistas, profissionais de manutenção, lojistas de materiais elétricos, prestadores de serviços, tecnólogos, técnicos em geral, professores e estudantes em fase de conclusão de seus cursos. ções, como de aspectos normativos e de boas práticas profissionais. O credenciamento para o Fórum é gratuito

e pode ser realizado pela internet, através do site http://revistadainstalacao. com.br/forum.html

13/07/2016 Instalação de Incêndio

14/07/2016 Instalação Elétrica

➧ 14h00 - 15h00: Visão geral dos Sistemas de Sprinklers e Estatísticas; Capacitação/Qualificação Profissional José Carlos Paiva (ABSpk Associação Brasileira de Sprinklers) ➧ 15h00 - 16h00: Nova Legislação do Estado de São Paulo; Evolução do Sprinkler, Pirataria/ Falsificações, Certificação de Produtos Kazuo Watanabe (SKOP) ➧ 16h00 - 16h30: Intervalo ➧ 16h30 - 17h30: Problemas em Projetos e Instalações de Sistemas de Sprinklers Felipe Melo (Diretor ICS ENG)

➧ 09h00 - 10h00: Revisão da norma NBR 5419 Proteção contra descargas atmosféricas Hélio Sueta (IEE USP) ➧ 10h00 - 10h30: Projetos de lei sobre segurança em edificações existentes Valdemir Romero (FIESP DECONCIC) ➧ 10h30 - 11h00: Intervalo ➧ 11h00 - 11h30: A tendência crescente das plataformas integradas nos sistemas de segurança eletrônica - Renato Prado (consultor) ➧ 11h30 -12h00: Qualinstal Elétrica André Ramos de Andrade (TECNISA) ➧ 12h00 - 12h30: A futura norma NBR sobre eficiência energética das instalações elétricas e situação da revisão da NBR 5410 Hilton Moreno (consultor da Cobrecom)

14/07/2016 Instalação Hidrossanitária e Gás ➧ 14h00 -15h00: A revisão da norma NBR de água fria e água quente - Sergio Frederico Gnipper (Secretário da CE da ABNT) ➧ 15h00 - 15h30: Eficiência e qualidade dos sistemas hidráulicos prediais Orestes Gonçalves (Tesis; Escola Politécnica da USP) ➧ 15h30-16h00: Qualinstal Água e Qualinstal Gás Léo Fábio de Barros (Hidrelplan) e Renata Mendes Pelicer (Abrinstal) ➧ 16h00 - 16h30: Intervalo ➧ 16h30 - 17h00: Inspeções de redes de gás em edificações Carlos Bratfisch (Bratfisch) ➧ 17h00 - 17h30: Boas práticas de instalações de tubulações e aparelhos a gás Clever Approbato Bueno de Souza (Comgas) ➧ 17h30 - 18h00: Boas práticas de instalação de aquecedores de passagem e fogões - requisitos de adequações de ambientes Clever Approbato Bueno de Souza (Comgas) Revista da InstalaçÃO 61


artigo

| Mobilidade Corporativa

Tecnologia Móvel O futuro do gerenciamento dos trabalhadores em campo

Organizations that take advantage of mobile technology will be successful, because mobile applications support smarter decisions and serve as a trusted advisor to business.

Las organizaciones que saben aprovecharse de la tecnología móvil tendrán éxito, ya que las aplicaciones móviles ayudan a la toma de decisiones más inteligentes, además de servir como un asesor de confianza para el negocio.

62 Revista da InstalaçÃO

A

tecnologia móvel invadiu nossas vidas e a utilização de dispositivos móveis tornou-se uma realidade no mercado corporativo, ocupando um lugar de destaque no ambiente de trabalho. Desta maneira, as organizações que souberem tirar proveito desta tecnologia serão bem-sucedidas, uma vez que os aplicativos mobile auxiliam de forma mais inteligente a tomada de decisão, além de servir como um conselheiro de confiança para os negócios. Mediante a proliferação da tecnologia para consumidores de dispositivos móveis, os usuários corporativos passaram a esperar cada vez mais funcionalidades da mobilidade corporativa. Os aplicativos evoluíram tanto que hoje já é possível eliminar completamente o uso de papel no campo. As telas podem ser personalizadas para acomodar quaisquer funções de relatórios desejadas, desde mudanças de medidores, até pedidos de serviços, passando por inspeções e manutenções agendadas, de modo que todos os dados para os relatórios são capturados eletronicamente no campo e a entrada de dados redundantes é eliminada. Esses recursos também fornecem atualizações instantâneas para os gerentes de serviços, que passam a ter visibilidade em tempo real de sua equipe de trabalho em campo. A crescente tendência da incorporação de dispositivos móveis no ambiente de trabalho – seja em celulares, tablets ou até mesmo smartwatches, está atrelada a uma enorme quantidade de dados que são reunidos e armazenados, de forma muitas vezes considerada invasiva. A mobilidade possibilitou o acesso a informações de onde os funcionários estão e o que estão fazendo durante todo o dia.

O armazenamento de dados aprimora as decisões gerenciais

Ter acesso a tanta informação – mesmo que de forma um pouco invasiva – pode auxiliar em melhores decisões de negócios. Com a tecnologia móvel, é possível ajustar os cronogramas, localizar os funcionários menos produtivos para reduzir despesas. Isso aumenta a visibilidade de todos, mas não é tão ruim quanto parece. Mais visibilidade significa que, quando o cliente precisa transmitir informações preliminares ao técnico, pode contatá-­lo diretamente ao invés de perder tempo e recursos ligando para o serviço de atendimento. Essa velha prática de contatar o serviço de atendimento é dispendiosa no que diz respeito às ligações telefônicas e normalmente resulta em um fraco atendimento devido à má comunicação. Um exemplo prático desse novo modelo de atendimento ao cliente seria o de uma clínica veterinária que utiliza serviço de vans para tratar de diferentes animais. O cliente liga para o veterinário, através do celular ou até mesmo por um smartwatch, pois seu cachorro comeu algo que não devia. Depois de um rápido diagnóstico, se o médico constatar que é melhor não deslocar o animal, pode optar pelo envio de um veículo da clínica para a casa do cliente. Com o acesso à informação de onde está o veículo mais perto, é possível enviá-lo diretamente para a casa do cliente,


Utilização de dados além do simples gerenciamento de prazos A informação reunida no banco de dados pode ser ainda mais útil em outras situações. Se uma empresa conhece os hábitos de seus funcionários, é possível gerenciar atividades como férias, licença médica e folgas remuneradas. Se um funcionário possui dias de folga remunerada por mês ou ano, o acesso direto a esse tipo de informação pode ser benéfico no momento do planejamento das férias. Além disso, garante que os empregados não requisitem folgas indevidas. Se a organização for adepta à mobilidade, é possível dar liberdade para que os funcionários enviem pedidos de férias e de licença médica via smartphone, agilizando o pedido o mais cedo possível – seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar. Uma plataforma móvel na qual todos os funcionários podem ter acesso ao cronograma geral, semelhante ao Google Docs ou o Dropbox, pode, potencialmente, permitir que os funcionários expressem a preferência ao escolher horas extras ou mudança de turno. A tecnologia móvel e, particularmente, os smartphones, realmente chegaram para ficar, especialmente no setor de serviços. De acordo com recente pesquisa realizada pela Revista Field Technologies, 49% das empresas utilizam os dispositivos móveis como forma primária de comunicação em campo, e 75% consideram a adoção deste tipo de tecnologia. Os softwares de gerenciamento móvel de serviços em campo contêm funcionalidades que otimizam a eficiência, a satisfação do cliente e a transparência em campo. Os recursos de agendamento planejado permitem aos técnicos atualizar sua agenda conforme as circunstâncias, aumentando ou diminuindo a duração de cada trabalho. Alertas e notificações inseridas pelo técnico permitem que o programa atualize esse cronograma. Os clientes se beneficiam por serem capazes de contatar os técnicos diretamente e acompanhar a atualização de sua agenda em tempo real. Já o empregador beneficia-se por cortar custos desnecessários e aumentar a satisfação do cliente, que normalmente resulta de uma boa publicidade boca a boca. Existem muitas opções de melhorias para esse sistema móvel, incluindo novos recursos de agendamento para os funcionários, acesso à informação sobre os dias de férias, folga remunerada e disponibilidade de mudança de horas extras. Com 38% dos funcionários apontando que o uso dos dispositivos móveis tem contribuído para o crescimento da eficiência no trabalho, e essa estimativa cresce a cada ano, não é de se admirar que isso esteja se tornando o futuro da gestão dos trabalhadores em campo.

artigo Artigos exclusivos escritos por reconhecidos especialistas do mercado.

article Exclusive articles written by recognized market experts.

artículo Artículos exclusivos escritos por reconocidos expertos del mercado.

Foto: Divulgação

ao invés dele ter que entrar em contato com o serviço de atendimento e agendar uma consulta, economizando tempo. Esse procedimento é viabilizado por meio do GPS do celular ou smartwatch do funcionário, ou simplesmente de um aplicativo de rastreamento.

Alexsandro Labbate

Gerente Sênior de Marketing da ClickSoftware para as Américas. Revista da InstalaçÃO 63


produtos

❱❱ Adaptador 2P+T

A B-LUX apresenta seu novo adaptador 2 Polos + Terra Universal. Os adaptadores 2P+T são fabricados em 10 A e atendem à norma NBR 14136. Os produtos possuem garantia exclusiva de 6 anos e estão disponíveis nas cores branco, cinza e preto, com acabamento fosco.

❱❱ Linha residencial

A Altronic tem diversos lançamentos para a linha elétrica residencial. Entre as novidades estão os disjuntores residuais (DRs) Bipolares e Tetrapolares com correntes nominais com funcionamento de 25, 40, 63, 80, e 100 A e com tensão nominal de 230 V para 2 polos e 400 V para 4 polos. Outra novidade é a linha de Minidisjuntores com correntes nominais de 2 a 125 A e com curva de disparo C. Os Minidisjuntores possuem certificação do Inmetro e atendem à norma ABNT NBR 608980. Podem ser aplicados em instalações prediais, comerciais, residenciais e, em alguns casos, industriais. Ambos os produtos são instalados em quadros de distribuição elétrica, que também é um lançamento da marca.

❱❱ Múltiplas aplicações

A bomba padronizada in-line para uso geral KSB Megaline atende ampla gama de aplicações, como sistemas de ar condicionado, circuitos de refrigeração, abastecimento de água, construção civil, instalações prediais, entre outros. Bastante versátil, a Megaline é flexível na instalação devido ao projeto in-line e traz conceito otimizado de componentes com alta confiabilidade e tecnologia incorporada. É projetada para pressão de operação de até 16 bar.

64 Revista da InstalaçÃO


❱❱ Misturador monocomando A Codda Metais apresenta Valkyrie, um misturador monocomando de cozinha, nas versões níquel escovado e cromado. Com design próprio, Valkyrie garante praticidade e funcionalidade na hora de lavar a louça e alimentos, pois possui mangueira retrátil, duplo jato em spray ou contínuo, com acionamento por pressão ao toque. A obra imortal “A Cavalgada das Valquírias”, de autoria de Richard Wagner, inspirou o design da torneira Valkyrie. O misturador monocomando Valkyrie foi criado para alto desempenho e local de destaque em cozinhas lindas e de alta performance.

produtos Divulgação de novos produtos e soluções.

products Promotion of new products and solutions.

productos Promoción de nuevos productos y soluciones.

❱❱ Válvula de expansão

A Danfoss lança a válvula de expansão eletrônica ETS Colibri®, projetada para injeção precisa de líquido no evaporador para aplicação em ar-condicionado, bomba de calor e refrigeração comercial. As válvulas Colibri® são aprovadas para operação sem óleo, como, por exemplo, nos sistemas com os compressores Danfoss Turbocor. Graças ao seu design único, as válvulas Colibri® também podem ser usadas como válvulas de modulação em aplicações como transporte e supermercados. Seu esquema de controle mais simples permite maior rapidez no desenvolvimento do seu algoritmo e o tempo de reação mais rápido no start-up leva a uma baixa probabilidade de funcionamento do compressor em vácuo.

❱❱ Solução de comunicação

A Intelbras apresenta o modelo TS 5150, telefone sem fio que tem como principal diferencial a entrada para duas linhas, solução que permite que o aparelho seja usado com duas linhas telefônicas diferentes ou que uma das linhas seja usada como interfone residencial. Com tecnologia DECT 6.0 e identificação de chamadas, o produto poderá ser uma importante ferramenta para profissionais que trabalham em sistema de home office. Graças à sua proposta, que permite independência das linhas, o consumidor pode ter uma linha exclusiva para seus negócios profissionais, enquanto a outra pode ficar reservada para uso pessoal. Outro diferencial do TS 5150 é a mobilidade, pois o aparelho possibilitará atender o interfone de qualquer lugar da residência. Uma das entradas do equipamento pode ser utilizada pela linha do interfone residencial (função disponível para condomínios que dispõem de central condominial). Este recurso pode ajudar pessoas com dificuldade de locomoção ou com criança em casa. Revista da InstalaçÃO 65


Link Direto

| Revista da Instalação facilita o contato rápido e direto, sem intermediários, entre leitores e anunciantes desta edição.

Empresa anunciante

pág.

telefone

site

e-mail

Casa do Coração - ACTC

41

(11) 3088-2286

www.actc.org.br

flaviana@actc.org.br

CIMAX ENGENHARIA

7

(11) 3933-2000

www.cimaxengenharia.com.br

jrmoreira@cimaxengenharia.com.br

ELETRICISTA CONSCIENTE

57

-

www.eletricistaconsciente.com.br

-

ETTORE

53

(11) 5571-5152

www.ettorehd.com.br

contato@ettorehd.com.br

48 e 49

(11) 4225-5400

www.forumpotencia.com.br

contato@hmnews.com.br

GESCON

5

(11) 99201-1287

http://www.portalgescon.com.br/

zanchi@gescon.eng.br

Haenke Tubos Flexíveis Ltda.

35

(11) 4092-7722

www.haenke.com.br

marketing@haenke.com.br

2 e 3

(11) 4225-5400

www.revistapotencia.com.br

contato@hmnews.com.br

IFC COBRECOM

68

(11) 2118-3200

www.cobrecom.com.br

cobrecom@cobrecom.com.br

Knauf do Brasil

31

(21) 2195-1172

www.knauf.com.br

mattos.fernanda@knauf.com.br

NAMBEI IND CONDUTORES ELÉTRICOS

23

(11) 5056-8900

www.nambei.com.br

NEXANS BRASIL S.A.

67

PREDIALTEC

39

QUALIFIO

45

QT DUTOTEC

17

(51) 2117-6600

www.dutotec.com.br

dutotec@dutotec.com.br

REVISTA DA INSTALAÇÃO

11

(11) 4225-5400

www.revistadainstalacao.com.br

publicidade@hmnews.com.br

Tecnowatt Iluminação

61

(31) 3359-8248

www.tecnowatt.com.br

marketing@tecnowatt.com.br

ZEUS DO BRASIL

13

(47) 3231-1111

www.zeusdobrasil.com.br

cristian@zeusdobrasil.com.br

FÓRUM POTÊNCIA

HMNEWS

(11) 3084-1600 / 3048-0800 www.nexans.com.br (22) 2648 9751

www.predialtec.com

- www.qualifio.org.br

vendas@nambei.com.br nexans.brasil@nexans.com info@predialtec.com -

agenda

| Julho 2016

EVENTOS Expo PredialTec 2016 e Fórum PredialTec Data/Local: 12 a 14/07 – São Paulo (SP) Informações: www.predialtec.com

Expo Elevador 2016 Data/Local: 13 e 14/07 – São Paulo (SP) Informações: www.expoelevador.com.br

Automação Residencial – Como criar e consolidar seu negócio Data/Local: 15 e 16/07 – São Paulo (SP) Informações: (11) 5588-4589 e contato@aureside.org.br

Curso de Refrigeração Aplicada Data/Local: 18 a 22/07 – Osasco (SP) Informações: treinamentora@danfoss.com

Workshop Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers Data/Local: 20/07 – São Paulo (SP) Informações: (11) 3266-5600 e comunicacao@sindinstalacao.com.br 66 Revista da InstalaçÃO




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.