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Plugues e tomadas industriais Plugues e tomadas industriais
Ano XI Edição 105 Agosto’14
Robustez e
segurança
Fabricantes esperam que economia volte a crescer para impulsionar vendas de plugues e tomadas industriais. Mas mercado não para.
Reportagem: Paulo Martins
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olução básica para garantir a alimentação elétrica de equipamentos na indústria, no comércio e na construção civil, os plugues e tomadas industriais constituem uma linha de produtos de aplicação bastante versátil. Eles estão presentes nos mais diversos ambientes, que vão desde um modesto canteiro de obras, até uma complexa refinaria de petróleo, passando por supermercados, instalações portuárias e plantas de mineração. A diversidade de modelos disponíveis no mercado brasileiro é grande. Consequentemente, a qualidade também pode apresentar variações, o que exige atenção para a correta especificação e aquisição desses itens, a fim de obter o melhor desempenho da instalação e não comprometer a segurança dos usuários. No momento, os fornecedores que atuam no Brasil mantêm-se na expectativa da retomada do crescimento da economia do País em um ritmo mais forte, de maneira a impulsionar novos pedidos. Mas, enquanto esperam, eles não estão de braços cruzados. Muito pelo contrário: é grande a movimentação nas empresas em torno do desenvolvimento de produtos melhores e na conquista de novos mercados e clientes. O País conta hoje com apenas dois fabricantes locais, ambos instalados na
capital paulista: Steck, que detém cerca de 70% do mercado, e Strahl, que fica com outros 20%. O restante do bolo é disputado por aproximadamente uma dezena de empresas brasileiras e multinacionais que importam essa linha. Não existem estatísticas precisas, mas calcula-se que as vendas de plugues e tomadas industriais no Brasil movimentem pelo menos R$ 70 milhões por ano. Entretanto, há quem arrisque uma estimativa ainda mais otimista. Para essa corrente do mercado, o volume comercializado pode chegar a R$ 100 milhões. Conforme mencionado, a utilização dos plugues e tomadas industriais é bastante ampla. Eles são necessários para a conexão elétrica de diversos tipos de máquinas e equipamentos na indústria em geral, em quadros e painéis elétricos, na agricultura, no comércio e nas dependências de portos e aeroportos. A solução é instalada até mesmo no baú de caminhões frigoríficos, que eventualmente precisam se conectar a uma fonte externa de energia, quando o veículo está com o motor desligado. Novas fábricas, estabelecimentos comerciais e empreendimentos imobiliários, bem como a realização de serviços de manutenção e adequação da estrutura existente são fundamentais para gerar demanda. “Esses produtos têm forte aplipotência
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Plugues Plugues ee tomadas tomadas industriais industriais
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cação no desenvolvimento de máquinas. Portanto, a modernização de instalações e a consequente compra de novas máquinas para aumento de produtividade ajudam as vendas”, comenta Carla Flores, gerente de Produto da Steck. Outro segmento importante para o escoamento dessa linha é a construção civil, graças à maior exigência de atendimento à segurança e cumprimento de normas nesse ambiente - pelo menos em relação às instalações elétricas. Os plugues e tomadas industriais são res-
ação
ponsáveis pela ligação de uma série de equipamentos, como betoneiras, motores, martelos demolidores, serras e quaisquer tipos de ferramentas elétricas. “Este tipo de produto é utilizado para dar segurança às instalações elétricas. Logo, é imprescindível no canteiro de obras de qualquer nova planta, seja um edifício comercial ou residencial”, complementa Carla. Atenta às necessidades do mercado, algumas empresas passaram a oferecer unidades portáteis para distribuição de energia contendo diver-
sas tomadas, além de dispositivos de proteção. Existem modelos no formato de caixa, com alça, para serem pegos com a mão. Outros, em formato de torre, são afixados a um carrinho com rodas; há ainda aqueles com suporte estático, tudo para facilitar o transporte e a alocação no ambiente de trabalho. “Nos canteiros de obras não pode mais haver aquela madeirinha servindo de suporte para as tomadas. Isso é proibido, pois houve muitos acidentes, inclusive envolvendo choque elétrico”, alerta Fabrizio Ferro, diretor da Strahl. As unidades portáteis também são indicadas para utilização em eventos temporários onde haja necessidade de mobilidade, como shows e feiras, pois proporcionam rapidez de manuseio e instalação.
Em ritmo lento, economia atrapalha negócios
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do desenvolvimento do País, com a concretização de novas construções, investimentos em infraestrutura e a modernização do parque industrial brasileiro. “Isso nos ajudaria não só em termos de crescimento em nível nacional, mas também seríamos mais competitivos, abrindo-se desta forma as portas para o mercado internacional”, destaca. De acordo com ela, a linha de plugues e tomadas industriais é de extrema importância para a Steck, pois ajudou a tornar a empresa conhecida. “Hoje em dia abastecemos mais de 70% do mercado nacional e já temos bastante representatividade em outros países da América Latina”, comemora. A executiva acredita que a economia brasileira tem tudo para deslanchar e que certamente isso acontecerá nos próximos
anos, graças aos investimentos em infraestrutura necessários ao desenvolvimento do País e à volta da confiança do setor privado. “Com certeza a consequência será muito positiva, inclusive com um bom crescimento neste setor”, prevê Carla. Outro problema mencionado pela porta-voz da Steck é a grande competitividade das empresas asiáticas, que em alguns casos estariam fornecendo produtos de qualidade inferior. “Providências como a criação de políticas de incentivo fiscal para a produção nacional; a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados
Crescimento do mercado depende do desenvolvimento do País, com novas construções, investimentos em infraestrutura e a modernização do parque industrial. Carla Flores | Steck
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A venda de plugues e tomadas industriais depende diretamente do desempenho da atividade econômica do País como um todo. O problema é que o Brasil passa por um período de baixo crescimento, com o setor industrial em recessão e a construção desaquecida em muitas cidades. Para complicar, é ano de eleição presidencial. Isso acaba intimidando os investimentos do setor privado, que normalmente prefere esperar o desfecho da situação para depois tomar decisões. Como consequência desse quadro macroeconômico, a exemplo de outras linhas de produtos, o mercado de plugues e tomadas industriais apresenta desempenho apenas discreto no momento. Mas há exceções, com algumas empresas comemorando resultados acima da média. Apesar dos problemas relatados, os fornecedores do setor tentam não se deixar abater e procuram dar continuidade ao trabalho, na expectativa de alcançar melhores resultados mais à frente. Carla Flores confirma que um crescimento maior deste mercado depende
Monumento ao Cristo Redentor
IIuminado e protegido com a tecnologia da Phoenix Contact
O monumento ao Cristo Redentor é constantemente atingido por descargas atmosféricas que causam danos ao monumento, como também danos ao seu sistema eletrônico de iluminação. A Phoenix Contact participou do projeto que modernizou suas instalações elétricas através da utilização de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) de Classe I e II nos sistemas de energia que alimentam a iluminação e garantem a proteção contra descargas atmosféricas. A instalação de fibra óptica, garantiu a comunicação sem interrupções dos sistemas de controle de iluminação temática. Com a tecnologia inovadora da Phoenix Contact, o Monumento ao Cristo Redentor agora conta com o funcionamento seguro e ininterrupto de sua iluminação. Assim, ele poderá iluminar nossa população ainda mais e sempre.
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Para maiores informações acesse: www.phoenixcontact.com.br ou ligue para: (11) 3871-6400
Plugues e tomadas industriais Plugues e tomadas industriais
pois ela necessita de uma política específica de desenvolvimento em função do estado em que se encontra atualmente”. Fabrizio Ferro destaca que o segmento de plugues e tomadas industriais é bastante importante também para a Strahl, até porque constitui a área que se destacou na criação da empresa, há quase 30 anos. E, até hoje, responde por boa parte do faturamento. “Apesar de fabricarmos mais de 40 linhas de produtos, muitos clientes nos conhecem por esses itens”. A Strahl disponibiliza ao mercado tomadas de 16 a 200 ampères e identifica que o ano pode ser considerado positivo, apesar de ter havido queda de vendas em função de existirem mais empresas comercializando essa linha no País. O executivo confirma que este segmento depende muito dos investimentos, que se retraíram. Inevitavelmente, essa situação acaba refletindo nos negócios: “O primeiro semestre foi difícil, mas no segundo já houve uma melhora”, revela. Fabrizio observa que os plugues e tomadas industriais são consumidos durante todas as etapas de uma obra - desde o canteiro, ou seja, a construção em si, até a operação final das máquinas e equipamentos de uma instalação comercial ou industrial. Isso garante um volume uniforme de pedidos, ao contrário de determinados itens - como iluminação -, que só entram após tudo terminado. Gustavo Luis Boff, coordenador Corporativo da empresa gaúcha Soprano, conta que as perspectivas de crescimenFoto: DollarPhotoClub
e a fiscalização para saber se os produtos atendem às normas que regem o mercado ajudariam muito as empresas do nosso País”, aponta Carla. Marcelo Soares, diretor de outra companhia de São Paulo, a SOB Brasil, cita mais problemas que atravancam o crescimento do segmento de plugues e tomadas industriais: a falta de conhecimento dos usuários sobre a necessidade de as instalações respeitarem as normas e a falta de punição para os responsáveis pelas instalações irregulares. “É necessário que exista maior fiscalização e que as normas de segurança sejam melhoradas e, principalmente, cumpridas”, defende o executivo. Apesar de tudo, as vendas da SOB Brasil nessa área vêm crescendo nos últimos anos. Em 2014 o resultado deve ficar abaixo da meta planejada, mas ainda assim com um aumento de dois dígitos, em termos percentuais, em relação ao ano passado. “Para 2015 temos a expectativa de continuarmos nessa direção”, adianta o porta-voz. Para o diretor da SOB, as perspectivas para esse mercado nos próximos anos são positivas, mas com moderação. Tende a haver crescimento, pois a atualização das estruturas existentes é uma necessidade inadiável em muitos casos, e o setor de construção civil deve voltar a ficar aquecido após o período eleitoral. Entretanto, pondera Soares, ainda existirão pendências a serem resolvidas: “A incógnita maior ficará a cargo de quando e se teremos a recuperação da indústria,
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Quando se estabelece a compulsoriedade, a intenção não é eliminar concorrentes, mas melhorar a qualidade dos produtos. Fabrizio Ferro | Strahl
to para esta linha de produtos são boas, em função da maior exigência e mesmo conscientização do mercado quanto à melhoria da qualidade das instalações elétricas. “O desempenho de vendas desta linha vem crescendo acima da média do mercado, visto que a Soprano tem uma tradição de 35 anos na comercialização de disjuntores e outros produtos para proteção elétrica, e o segmento de plugues e tomadas industriais torna-se um complemento de nosso portfólio junto a nossos clientes”, analisa. Boff informa que a Soprano lançou a linha de plugues e tomadas industriais no ano de 2011 e, desde então, praticamente tem dobrado o volume de vendas nessa área a cada ano. “Nossa expectativa para 2014 e próximos anos é manter este ritmo de crescimento, em função de ainda estarmos entrando com a linha em clientes atuais que não conhecem os plugues da Soprano, além do desenvolvimento de novos clientes e do lançamento de novos produtos”, complementa.
Construção civil
Os plugues e tomadas industriais são imprescindíveis para a segurança no canteiro de obras. 50
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Inovar sempre é possível e necessário Para quem não é especialista da área, nem está familiarizado com o tema, vale o esclarecimento: os plugues e tomadas industriais são bem diferentes daqueles destinados ao uso residencial. Para começar, os dois tipos são regidos por diferentes normas, o que os torna completamente distintos, dos pontos de vista estético e técnico. A linha industrial destina-se a aplicações com maiores exigências, em termos de tensão e corrente de trabalho. Enquanto os plugues e tomadas residenciais estão limitados por norma a uma corrente de 20 ampères e a uma tensão de trabalho de 250 Volts, em corrente alternada, seus ‘primos’ voltados ao serviço mais pesado são projetados para atender correntes de até 800 ampères e tensões de até 1.000 Volts.
Construtivamente, os produtos industriais são bem maiores e robustos, sem grande apelo de design. Como eventualmente é preciso fazer a conexão de equipamentos em ambientes sujeitos a pó, água, umidade, respingos quentes, agentes químicos, impactos e vibrações, foram desenvolvidos modelos resistentes às intempéries e à corrosão. “O ambiente industrial é muito mais agressivo do que o residencial. Logo, os plugues e tomadas industriais possuem características e especificações mais rígidas para suportar esses ambientes”, reforça Gustavo Boff, da Soprano. O coordenador da empresa informa que os plugues industriais também se diferenciam pela segurança de operação, já que impedem o contato acidental com partes energizadas, prote-
gendo assim a vida dos usuários. “Eles também impedem a conexão acidental de equipamentos em tensões erradas, pois uma tomada de 220Vac não encaixa em uma tomada de 380Vac. Além disso, elas possuem cores diferentes para cada tensão”, completa Boff. O executivo da Soprano lembra que especificar e comprar corretamente uma tomada ou plugue industrial é fundamental para a adequada aplicação e utilização dos produtos. De acor-
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Plugues Plugues ee tomadas tomadas industriais industriais
Especificar e comprar corretamente uma tomada ou plugue industrial é fundamental para a adequada aplicação e utilização dos produtos. Gustavo Luis Boff | Soprano
do com ele, as principais especificações que devem ser observadas são a tensão de funcionamento (127, 220, 380V, etc.), a corrente nominal da carga/equipamento que será alimentada através do plugue/tomada e o número de polos utilizados pela carga/equipamento. “E, talvez o mais importante, porém, menos solicitado: o Índice de Proteção da tomada”. Marcelo Soares, da SOB Brasil, lembra que a especificação dos produtos precisa ser definida por meio de cálculos e deve ser feita por um engenheiro especialista responsável. “Depois é preciso comparar os produtos oferecidos, pois todos são intercambiáveis. Portanto, irão funcionar mesmo que o par da conexão tenha dois fabricantes diferentes em cada uma de suas extremidades. Porém, existem diferenciais e vantagens que poucos produtos oferecem”, alerta o diretor. O curioso é que apesar de configurarem uma tecnologia já 52
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consagrada, os plugues e tomadas industriais têm conseguido agregar inovações ao longo dos anos, não só pela exigência das normas, mas também pela necessidade dos usuários em ter um produto mais funcional e seguro. As novas aplicações surgidas mais recentemente, como os veículos elétricos, também obrigam as empresas a buscarem soluções. Carla Flores garante que a Steck está atenta às necessidades dos consumidores e focada em melhorar o tempo de instalação dos produtos, para que o cliente consiga instalar mais plugues e tomadas em menos tempo. “O encaixe rápido da base com a carcaça, o tipo de prensa-cabos e o sistema de aparafusar são coisas que constantemente estudamos como melhorar. Tanto que há pouco tempo lançamos a linha Albany Wave II, com novas características de instalação”, informa. A executiva da Steck destaca também os recursos da Linha Quasar, destinada a canteiros de obras e indústrias. A solução é totalmente modular e pode ser montada de acordo com a necessidade de cada ambiente. Equipado com chassis removíveis, o quadro vem com a furação pré-marcada, o que permite a montagem de equipamentos e cabos com mais facilidade para instalação. Além disso, o produto possui um amplo espaço interno que possibilita fácil acesso das mãos e ferramentas. Fabrizio Ferro, diretor da Strahl, destaca os benefícios proFoto: Divulgação
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porcionados pela tomada de bloqueio mecânico e proteção elétrica. Em carga, o equipamento não permite a conexão nem a desconexão do plugue, evitando inclusive o arco voltaico. “Isso oferece maior segurança ao operador e ao equipamento”, aponta. Outra solução destacada pelo executivo é a tampa trava. Todas as tomadas da Strahl contam com este elemento, que garante hermeticidade à peça e atua como trava mecânica, que impede desconexões acidentais. Além disso, os pinos de contato utilizados nos plugues são construídos em uma só peça de latão maciço niquelado, o que assegura um contato perfeito. Gustavo Boff informa que os plugues da Soprano possuem corpo na cor cinza, o que garante a manutenção da aparência de novo por evitar que a peça absorva pó e sujeira. Além disso, possuem prensa-cabo com indicação de diâmetro que pode ser ajustado de acordo com a bitola do cabo, facilitando sua instalação. A Soprano possui uma linha com toda a grade de plugues, acopladores, tomadas de embutir e sobrepor e está trabalhando na ampliação do portfólio com o desenvolvimento de quadros e caixas plásticas, voltados para o segmento da construção civil, dotados de tomadas industriais e disjuntores. As novidades não param por aí. “Recentemente lançamos uma grade de produtos com tomadas invertidas e linha de 125A. Estamos ampliando a grade com modelos para utilização em 110V e lançando em breve uma nova linha com IP67, incluindo plugues para uso em container refrigerado”, destaca Boff. Marcelo Soares, diretor da SOB Brasil, garante que os produtos da companhia primam por serem pioneiros em conveniência e praticidade ao usuário, com a substituição de parafusos para montagem por elementos
Onde o Brasil mostra sua força, a IPCE está presente
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” Peter Drucker
A IPCE acredita que o futuro é moldado segundo as ações que são criadas e postas em prática a cada dia. Por isto, há 48 anos, tem como foco constante, o aperfeiçoamento de sua linha de produtos e do perfil de relacionamento com clientes de diversos segmentos. Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usuários de seus produtos, além de contribuir para a construção de um país mais forte, moderno e arrojado. Se o futuro é moldado segundo nossas ações, a IPCE tem orgulho de participar deste esforço coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, é o país do presente e o futuro, um universo de oportunidades.
www.ipce.com.br
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de fixação já integrados ao corpo do conector. Além disso, os prensa-cabos são integrados; os contatos, tanto dos pinos quanto dos insertos são na tecnologia Lamella, aumentando o número de pon-
tos de contato e garantindo uma melhor conexão. “Somos os únicos com a opção dos contatos serem fixados pelo sistema de mola, possibilitando a montagem do plugue sem a necessidade de nenhuma
ferramenta, nenhum parafuso sequer. Isso, para o usuário, é um avanço muito grande”, considera Soares.
Mercado quer compulsoriedade para melhorar qualidade
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Ainda não existe no Brasil uma legislação que torne compulsória a certificação de plugues e tomadas industriais. Como não há fiscalização específica para verificar o atendimento às especificações estabelecidas, o mercado nacional acaba ficando sujeito à circulação de produtos de qualidade duvidosa. Convém aos compradores compararem aspectos que vão desde os materiais utilizados na fabricação dos dispositivos até detalhes como a espessura da parede de uma tomada. Marcelo Soares, da SOB Brasil, destaca que em geral os produtos desse segmento são compatíveis com o padrão mundial e intercambiáveis entre si. Porém, prossegue ele, “é uma grande questão”, se todos os itens possuem de fato os padrões mínimos desejáveis, em termos de segurança elétrica. Para o executivo, há casos em que a qualidade dos artigos vendidos no Brasil deixa a
desejar. “Algumas marcas oferecem produtos com tecnologia ultrapassada, não se importando em oferecer algo melhor ao consumidor”, lamenta. Gustavo Boff, da Soprano, também denuncia a existência no País de itens de baixa qualidade fabricados com materiais reciclados e que não oferecem a mesma durabilidade e desempenho de produtos comercializados por empresas sérias. “A maioria dos fabricantes informa que o produto está de acordo com a norma, porém, não há fiscalização para a verificação do cumprimento ou não dos requisitos da norma. De forma geral o mercado tem conhecimento da existência da norma, porém, desconhece os requisitos da mesma”, relata. Marcelo Soares, da SOB, também destaca a falta de informação como um grande problema: “Além da falta da norma compulsória para esses produtos, as normas que regularizam os serviços e instalações que se utilizam deles, como por exemplo a NR-10, também não são muito divulgadas e de conhecimento do público geral, atrapalhando bastante o desenvolvimento do mercado”. Fabrizio Ferro, da Strahl, destaca que os plugues e tomadas precisam ser fabricados com material autoextinguível. “No caso de curto-circuito ele derrete mas não propaga chamas. Se o material não é autoextinguível, pode haver propagação das chamas e gerar um inHá casos em que a qualidade dos artigos vendidos no Brasil deixa a desejar. Marcelo Soares | Sob Brasil
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cêndio. Muitas vezes o comprador não enxerga isso, ele pensa apenas nos custos”, lamenta. Antes de fazer a escolha do produto, o executivo recomenda exigir do fabricante ou importador a relação de ensaios executados e de normas seguidas pelos produtos. Conforme observa Carla Flores, da Steck, foram criadas no Brasil comissões de estudo que trabalham para nacionalizar as normas IEC que regem estes produtos (IEC 60309-1, IEC 60309-2 e IEC 60309-4). “Atualmente já está publicada a norma NBR IEC 60309-1, que está em processo final de revisão para acompanhar a última revisão da IEC. Além disso, já estão em trabalho de tradução as normas IEC 60309-2 e IEC 60309-4”, informa. A executiva lembra que, apesar de não existir no País uma legislação específica que torne compulsória a certificação dos plugues e tomadas industriais, o Código de Defesa do Consumidor na prática ‘obriga’ o atendimento às normas. De qualquer forma, comenta-se que finalmente há uma movimentação no mercado para estabelecimento da certificação compulsória desse tipo de produto, o que seria altamente positivo para todos os agentes sérios. “Quando se estabelece a compulsoriedade, a intenção não é eliminar concorrentes, mas melhorar a qualidade dos produtos. Se começam a surgir produtos de má qualidade do mercado isso se torna um problema para todos nós, porque os consumidores vão associar que esse não é um produto bom, não importando a marca”, comenta Fabrizio Ferro, da Strahl.
Plugues e tomadas industriais Mercado Plugues e tomadas industriais
Painel de Produtos
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Nutsteel
SOB Brasil
Foxlux
As Tomadas e os Plugues Nutsteel são desenvolvidos para uso nos mais adversos ambientes. Eles são à prova d´água, à prova de explosão e resistentes à corrosão e vibração. A Série PRE possui modelos de 16, 32, 63 e 125A e é utilizada com equipamentos elétricos portáteis ou fixos, tais como sistemas de iluminação, transportadores, geradores e compressores. Trata-se de produtos de segurança aumentada para Zonas 1 e 2, 21 e 22, com grau de proteção IP66.
A Tomada com Bloqueio Mecânico e Disjuntor 16/32A da fabricante austríaca PCE está disponível com 3, 4 ou 5 polos até 690V (5h). O produto possui grau de proteção IP44 e IP66/67, trava com cadeado, com ou sem proteção (DIN-rail e janela). Há duas opções de tamanho: H=230mm (sem proteção) e H=340mm (com proteção). Quanto ao sistema de bloqueio mecânico, depois de ligar e conectar, o plugue fica bloqueado, não permitindo sua remoção sem antes desligar a chave.
As Tomadas Industriais de Sobrepor Foxlux são disponibilizadas nas tensões de 220 a 240V e 380 a 440V e corrente de 16 ou 32A. A tampa dos produtos conta com um dispositivo que facilita sua abertura, e ainda uma estrutura que impede a inversão de polos e erros de inserção com tensões diferentes.
Soprano
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Strahl
A linha de Plugues e Tomadas Industriais da Soprano é formada por plugues, acopladores, tomadas de embutir, tomadas de sobrepor e tomadas de embutir invertidas e está disponível nas correntes de 16, 32, 63 e 125A e nas tensões de 110/130 e 220/240 ou 380/440Vca. Os produtos podem ser utilizados em diversos equipamentos, tanto na indústria quanto em instalações comerciais. Possuem grau de proteção IP44 até 32A e IP 67 na corrente de 63 e 125A.
A linha Surelock® é composta por Tomadas com Bloqueio Mecânico em duas versões: com carcaça em termoplástico ou alumínio e também com proteção adicional de disjuntor ou diazed. As tomadas evitam problemas como toque acidental nos pinos, pois só poderão ser ligadas com o plugue conectado. Além disso, evitam faíscas (arco voltaico) na retirada do plugue, pois o mesmo só poderá ser desconectado com a tomada desligada.
As Unidades de Distribuição Portáteis da Strahl foram desenvolvidas para utilização em locais temporários, podendo ser armazenadas e reutilizadas por inúmeras vezes. São recomendadas para canteiros de obras na construção civil, shows, eventos e para quaisquer situações em que haja necessidade de mobilidade, segurança, versatilidade, rapidez e economia. As unidades podem ser produzidas de acordo com o projeto do cliente.
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Painel de Produtos
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Strahl
Eaton
Shock Tite® é a linha completa de Plugues, Tomadas de embutir/ sobrepor e Acoplamentos, indicada para lugares onde existe a necessidade de proteção total contra umidade. Adequada para instalações elétricas em portos, onde existe constante corrosão, bem como lugares de contínuo contato com a água, a Shock Tite® foi desenvolvida de acordo com as principais normais internacionais. Disponível com graus de proteção IP 65 e 67; nas correntes de 16 até 250A.
Produzidas segundo normas nacionais e internacionais, as Tomadas e Plugues Strahl são aplicáveis a instalações elétricas comerciais e industriais. Robustas, oferecem segurança máxima aos usuários. Evitam curto-circuito, ligações com inversão de polos e incêndios. A Tomada de Bloqueio Mecânico e Proteção Elétrica possui grau de proteção IP55. Em carga, não permite a conexão nem a desconexão do plugue, dando segurança ao operador e ao equipamento. Evita arco voltaico.
Os Plugues e Tomadas para Áreas Classificadas (foto) são fabricados em poliéster reforçado com fibra de vidro. Estão disponíveis nas versões de 16, 32, 63 e 125A. Possuem marcação Ex de IIC T6 Gb e grau de proteção IP66. A Eaton tem também uma ampla linha de Conectores Elétricos Ex-Link para Áreas Classificadas. As peças são fabricadas em poliamida, latão niquelado ou aço inox, nas versões para instrumentação ou iluminação e para motores e bombas.
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