CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Tem início no Brasil o trabalho que tende a CADERNO elevar o nível da mão de obra para ATMOSFERAS EXPLOSIVAS áreas classificadas
SETEMBRO’2014
INTERRUPTORES E TOMADAS RESIDENCIAIS Depois dos avanços no design e na qualidade das peças, empresas investem na inclusão de recursos de automação em suas linhas
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ELÉTRICA, ILUMINAÇÃO, AUTOMAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
ANO 11 – Nº 106 • POTÊNCIA
Smart Grid Projetos-piloto espalhados por todo o País colaboram para o avanço das Redes Inteligentes na distribuição de eletricidade. Tendência natural é que, em breve, usuário final também seja beneficiado, inclusive com a possibilidade de gerenciar seu consumo e gerar energia
RODRIGO AGUIAR, da Abesco, enfatiza a necessidade de se criar no Brasil uma cultura de uso racional de insumos como água e energia Capa Potência Set’14 (A).indd 1
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OUTRAS SEÇÕES
10 ENTREVISTA
Rodrigo Aguiar, da Abesco, destaca a necessidade de se criar no Brasil uma cultura de combate ao desperdício e uso racional de insumos como água e energia.
08 › AO LEITOR
08 › PONTO DE VISTA
20 MATÉRIA DE CAPA
14 › HOLOFOTE
Projetos-piloto espalhados por todo o País colaboram para o avanço do Smart Grid na distribuição de eletricidade. Tendência natural é que, em breve, usuário final também seja beneficiado pelas Redes Inteligentes, inclusive com a possibilidade de gerenciar seu consumo e gerar energia.
52 › PAINEL DE PRODUTOS
58 › ESPAÇO ABREME
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66 › RADAR SIEMENS
38 DESTAQUE
Projeto Prédio Eficiente, criado pela Aureside, reúne empresas para estimular a aplicação da automação predial no Brasil.
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80 › RADAR TS SHARA
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82 › PROJETO CONECTAR
42 MERCADO
84 › ECONOMIA
Depois de avançarem no design e na qualidade das peças, fabricantes de interruptores e tomadas residenciais investem na inclusão de recursos de automação em suas linhas.
88 › VITRINE
92 › OPINIÃO
64 PRÊMIO ABRACOPEL
Revista Potência e Portal HMNews recebem três prêmios no tradicional evento que chama a atenção para a necessidade de termos instalações elétricas mais seguras.
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64 96 › LINK DIRETO
70 98 › RECADO DO HILTON
Tem início no Brasil o trabalho de certificação profissional no setor de áreas classificadas e expectativa dos especialistas é que nível da mão de obra melhore nesse setor.
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94 › AGENDA
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E X P E D I E N T E AO LEITOR Fundadores: Elisabeth Lopes Bridi Habib S. Bridi (in memoriam) ano XI • nº 106 • setembro 2014
Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a indústrias, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharias, instaladores, integradores e demais profissionais que atuam nos segmentos de elétrica, iluminação, automação e sistemas prediais. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares Peixinho, Daniel Tatini, Francisco Simon, José Jorge Felismino Parente, José Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic, Nemias de Souza Noia, Paulo Roberto de Campos, Roberto Said Payaro, Roberto Varoto, Nelson López, José Roberto Muratori e Juarez Guerra. Redação Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor-assistente: Paulo Martins Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231)
EQUIPE HMNEWS
UM PROJETO, VÁRIAS MÃOS!
Nomes da esquerda para a direita Pietro Peres, Renato Andrioli, Marcos Orsolon, maria suelma, Cecília bari, Décio norberto, Paulo martins e Hilton moreno.
Normalmente reservo este espaço para falar sobre as reportagens da edição. Mas dessa vez será diferente. Hoje, dedico o espaço para apresentar a equipe que está por trás dessa nova fase da Revista Potência. Uma equipe que, em pouco tempo, já disse a que veio e que tem sido fundamental para construirmos uma publicação cada vez melhor e mais forte. Quando encaramos o desafio de assumir a direção da Potência, sabíamos que tínhamos um longo caminho pela frente. E, nesse percurso, graças ao time montado, conseguimos ultrapassar os primeiros obstáculos com naturalidade. O trabalho de todos foi essencial para mostrarmos ao setor que não rompemos com o passado. Ao contrário, deixamos claro desde a primeira edição sob nossa gestão que os dez anos de história servem de base para os voos que pretendemos alçar nessa nova fase. E o mercado entendeu bem nossa mensagem. Mais que isso, fontes, leitores, clientes e parceiros já começam a notar nosso estilo de atuar, onde a atenção e o respeito vêm sempre em primeiro lugar. Montamos uma equipe coesa, dinâmica e com muita vontade de vencer. Um grupo que abraçou o projeto como se fosse seu e que está sempre pronto para ouvir e receber os amigos que há mais de uma década acompanham o trabalho da Potência. E que venham novos amigos, leitores, clientes e parceiros. Nossas portas e páginas estarão sempre abertas a todos. Podem entrar sem bater! MARCOS ORSOLON
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Departamento Comercial Executivos de Vendas: Cecília Bari, Renato Andrioli e Joaquim Vitorino Contato Publicitário: Pietro Peres Atendimento e Relações Institucionais Décio Norberto Administrativo Maria Suelma Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC Impressão Garilli Equipe Portal HMNews Diretor: Gustavo Tikao Redes Sociais: Ricardo Sturk Motion Design: Rafael Paes Design: Raissa Santana Contatos Geral Caixa Postal 75.002 - CEP 09521-970 contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 3436-6063 Redação redacao@hmnews.com.br Fone: +55 11 4746-1330 Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 3436-6063
Fechamento Editorial: 13/10/2014 Circulação: 20/10/2014 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
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Onde o Brasil mostra sua força, a IPCE está presente
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” Peter Drucker
A IPCE acredita que o futuro é moldado segundo as ações que são criadas e postas em prática a cada dia. Por isto, há 48 anos, tem como foco constante, o aperfeiçoamento de sua linha de produtos e do perfil de relacionamento com clientes de diversos segmentos. Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usuários de seus produtos, além de contribuir para a construção de um país mais forte, moderno e arrojado. Se o futuro é moldado segundo nossas ações, a IPCE tem orgulho de participar deste esforço coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, é o país do presente e o futuro, um universo de oportunidades.
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ENTREVISTA
RODRIGO AGUIAR
Combate ao desperdício
ENTREVISTA A PAULO MARTINS
ESCOS TRABALHAM PARA CRIAR NO BRASIL UMA CULTURA DE USO RACIONAL DE INSUMOS COMO ÁGUA E ENERGIA. Foto: Divulgação
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escassez cada vez maior de recursos naturais como a água, bem como a tendência de alta dos preços de energia, deveriam ser motivos suficientemente fortes para convencer qualquer um de que é preciso fazer o possível e o impossível para evitar o desperdício. Mas nem todos têm esse nível de consciência. Assim, o uso racional desses insumos, que deveria ser uma prática constante, muitas vezes acaba se limitando a ações esporádicas de determinadas corporações. Felizmente, outra tendência tem ganhado corpo no Brasil, nos últimos 10
anos: a busca pela eficiência energética. Na linha de frente desse trabalho é que surge a figura das Escos, as Empresas de Serviços de Conservação de Energia. Graças a elas, aos poucos o mercado vai assimilando a importância de adotar uma nova postura, essa sim centrada na cultura da redução do desperdício. “São as Escos que disseminam e aplicam a revisão de processos, a renovação tecnológica e a mudança dos hábitos de consumo”, sintetiza Rodrigo Aguiar, presidente da Abesco Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia.
Nesta entrevista o executivo fala sobre as ações desenvolvidas pelas empresas nesse campo e as dificuldades encontradas para levar esse trabalho adiante. De acordo com Aguiar, o potencial de economia de energia do mercado brasileiro ultrapassa 100TWh/ano. Entretanto, apenas uma pequena parte dessa economia é colocada em prática. Entre os principais desafios do Brasil, o porta-voz da Abesco destaca a necessidade de disponibilizar benefícios fiscais e linhas de crédito mais atrativas, de forma a permitir que mais empresas sintam-se estimuladas a investir
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em eficiência energética, fomentando a competitividade do País como um todo. Aguiar destaca que as perspectivas futuras para o mercado de energéti-
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Quais as principais ações da Abesco, enquanto associação representativa de classe? Destaco a atuação e representação junto às entidades governamentais e privadas; a articulação em busca de adequação de políticas públicas que promovam a eficiência energética e a facilitação do acesso às parcerias realizadas entre a associação e entidades governamentais. Periodicamente promovemos cursos, palestras, treinamentos e aperfeiçoamentos. Além, é claro, do inter-relacionamento entre as Escos, fornecedores de produtos e serviços, agentes financeiros, entidades correlacionadas, agentes do setor e o mercado-alvo. Que tipo de empresa pode se associar à Abesco? As Escos; empresas fornecedoras de equipamentos, produtos e serviços; agentes do setor elétrico e entidades acadêmicas ligadas à eficiência energética.
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Que nível de especialização ou conhecimento uma Esco precisa apresentar para atuar no mercado? Uma Esco, ou Energy Services Company, é uma empresa de engenharia especializada em promover a eficiência energética e de consumo de água nas instalações do cliente final. A Abesco possui o programa QualiEsco, que busca qualificar essas empresas. O QualiEsco oferece ao mercado brasileiro uma lista de Escos qualificadas, divididas por sistema
cos são de elevação de preços, o que por tabela revela aqueles que deverão ser os principais motivadores do movimento de busca de melhor aprovei-
consumidor de energia, visando garantir a tranquilidade do consumidor final de energia quando da contratação de uma Esco. E estamos trabalhando para criar uma certificação de Escos no País, em 2015.
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Que normas regulam o trabalho de eficientização energética no País? A principal norma é a ISO 50.001, que fala exatamente sobre a gestão de energia para uma empresa. A ISO 14.001, que está ligada à sustentabilidade, possui um tópico específico sobre eficiência energética.
A ESCO TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL REDUZIR OS GASTOS COM ENERGIA NAS SUAS VÁRIAS FORMAS DE UTILIZAÇÃO, ALÉM DE AVALIAR A CONFIABILIDADE DO SEU FORNECIMENTO.
tamento da energia: “Com certeza, a principal razão para se implantar projetos de eficiência energética será em função da redução de custos”.
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Qual a importância do trabalho das Escos para o fomento da eficiência energética? É fundamental para a expansão e desenvolvimento do uso racional dos insumos naturais, importante inclusive para o crescimento da economia e segurança energética nacional, uma vez que promove a competitividade e a redução do desperdício. São as Escos que disseminam e aplicam a revisão de processos, renovação tecnológica e a mudança dos hábitos de consumo.
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E como se dá a atuação de uma Esco? A Esco tem como objetivo principal reduzir os gastos com energia nas várias formas de utilização, além de avaliar a confiabilidade do fornecimento e a possibilidade de substituição parcial ou integral do insumo energético em consumo. Também faz parte do trabalho de uma Esco a avaliação das vantagens econômicas, incluindo as sugestões viáveis, a assessoria na contratação de financiamentos e a implantação das oportunidades identificadas.
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Que aspectos são considerados nesse tipo de avaliação? As análises e avaliações de oportunidades geralmente são focadas em quatro pontos: o primeiro envolve o tipo de insumo, que pode ser energia elétrica - incluindo cogeração e questões como parâmetros de demanda, consumo, fator de potência e harmônicos -, gás natural e liquefeito de petróleo, energia solar, águas, etc. O segundo ponto envolve POTÊNCIA
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os tipos de carga e sistemas, como iluminação interna e externa, condicionamento de ar, ventilação, refrigeração e aquecimento, bombeamento, transporte de materiais, máquinas operatrizes, tratamento superficial de metais, prensas, caldeiras e fornos, produção e distribuição de ar comprimido, armazenamento e distribuição de gases industriais, etc. O terceiro aspecto envolve o tipo de uso que se faz nas edificações - industrial, comercial, residencial e serviços. O quarto ponto engloba os tipos de benefícios financeiros, como tarifas adequadas, crédito de carbono e contratos de performance, entre outros. Quais são as principais ações implantadas pelas Escos para aumentar a eficiência energética nos clientes? É preciso gastar muito dinheiro para colocar um projeto como esse em prática? Ações nos sistemas de climatização, iluminação, troca de motores por outros de alto rendimento e automação são as mais comumente realizadas. Os projetos têm um tempo de retorno médio de dois a quatro anos e o gasto está diretamente ligado ao tamanho do sistema. Projetos de iluminação variam de R$ 300 a R$ 800 mil; projetos de climatização, de R$ 1 a R$ 3 milhões; projetos de troca de motores, de R$ 250 a R$ 1,5 milhão, e de automação, de R$ 100 a 500 mil.
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Existem linhas de financiamento destinadas à promoção da eficiência energética? Diversas agências regionais de fomento vêm implantando linhas de financiamento bem atrativas. O BNDES possui ações
na área do cartão BNDES. Os diagnósticos energéticos e os produtos adquiridos podem ser financiados pelo cartão, e existe a linha PROESCO. O Banco do Brasil iniciou uma linha e a Caixa Econômica Federal irá lançar uma linha para o segmento industrial.
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Normalmente as Escos oferecem seu trabalho ao mercado ou os clientes é que procuram por esses serviços? O contato inicial pode ser feito por ambas as partes. No entanto, para ter uma dimensão dos valores de economia e as áreas de atuação é necessário o interesse do cliente para que se possa realizar a auditoria energética nas suas instalações. Dessa forma é possível identificar as oportunidades de redução do consumo e estabelecer os critérios econômicos. Havendo interesse, é realizado um diagnóstico energético determinando a redução do consumo e da economia e o investimento necessário. O que, normalmente, motiva os clientes, ao encomendar um projeto de eficiência energética: reduzir custos, contribuir para o meio ambiente, reconhecimento institucional, etc? Neste ano de 2014 se iniciou uma alta dos preços da energia pelas modificações de regras que o governo realizou. O mercado já sabe que para os próximos cinco anos haverá aumentos altos nos energéticos. Portanto, nos próximos anos, com certeza a principal razão para se implantar projetos de eficiência energética será em função da redução de custos.
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NOS PRÓXIMOS ANOS, A PRINCIPAL RAZÃO PARA SE IMPLANTAR PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SERÁ A REDUÇÃO DE CUSTOS. 12
Foto: Divulgação
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Geralmente o cliente de uma Esco já sabe exatamente o que quer ou ele precisa de orientação para definir o projeto adequado para o seu caso? O cliente, quando procura uma Esco, normalmente sabe que o custo da energia está impactando os resultados de seu negócio e/ou que necessita modernizar um sistema, e/ou quer realizar uma ação que tenha um impacto positivo, garantindo uma redução dos impactos ambientais. Muitas vezes as equipes técnicas têm uma grande noção/visão sobre o que necessita ser feito. Mas há a necessidade de organizar tudo isto, portanto, o primeiro caminho é sempre fazer um pré-diagnóstico da unidade, ou, se já existe realmente a certeza do que precisa ser realizado, fazer um diagnóstico energético.
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De forma geral, como está, no Brasil, o nível de consciência do mercado profissional a respeito da questão da eficiência energética? No mercado profissional já existe uma consciência sobre o desperdício de energia e as possibilidades de redução de custo com energia. O ponto principal é que, no dia a dia das empresas, as prioridades em torno de sua atividade-fim, ou
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seja, seu core business, acabam se sobrepujando sobre as ações de eficiência energética, que vão sendo postergadas. Portanto, existe a necessidade de criar benefícios fiscais e financeiros, como linhas de crédito mais atrativas, para fortalecer o interesse dos profissionais responsáveis pela área de energia, tanto da parte técnica quanto da área financeira.
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Onde essa consciência é mais forte: na indústria, no comércio, na área de serviços, etc? E em relação ao porte das empresas, onde é maior ou menor essa consciência? Na indústria de grande porte existe uma consciência maior. Elas, inclusive, possuem comissões internas de conservação de energia, as CICEs. Mas um relatório recente da ACEEE, o Conselho Americano
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por uma Economia com mais Eficiência Energética, mostrou que a pior nota dada no estudo para o Brasil foi justamente na área industrial. Isto ocorre não só pela postergação de investimentos, mas pela acomodação dos profissionais por terem realizado em algum momento a implantação de um projeto de eficiência energética e considerarem que não necessitam realizar mais. No setor comercial, principalmente na área de shopping centers e edificações, vem aumentando cada vez mais o interesse e essa consciência.
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Considerando o tamanho do mercado brasileiro, é possível dizer que ainda há muito trabalho a ser feito, no que diz respeito à eficientização energética? O número de Escos existentes no País é adequado?
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O potencial de economia de energia do mercado brasileiro é de mais de 100 TWh/ano, envolvendo energia elétrica, gás, combustível e renováveis. Hoje, infelizmente, fazemos de 6% a 8% deste potencial e as Escos que temos atendem esta necessidade. Atualmente ‘jogamos’ fora R$ 20 bilhões devido ao desperdício. Temos que acabar com isso para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas e do nosso País. É preciso criar medidas de incentivo e linhas de crédito mais atrativas para que haja uma expansão do mercado. Quando conseguirmos realizar e implantar planos que alavanquem o aumento deste volume de trabalho, tenho certeza de que teremos um aumento no número de Escos, pois haverá uma atratividade neste mercado.
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HOLOFOTE
NOTÍCIAS DO SETOR
Cursos online
Planos audaciosos
A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, já alcançou mais de 400 mil inscritos em todo o mundo no seu programa Energy University, que oferece cursos online gratuitos sobre práticas de gestão de energia. No Brasil, o programa foi implantado em 2009 e até o primeiro semestre deste ano, mais de 4.800 pessoas já se inscreveram no Energy University. “Estamos muito satisfeitos com este resultado. Se compararmos com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento no número de interessados de 94% em todo o mundo. A participação do Brasil é imensa, ocupando a segunda posição do ranking entre os países que mais recebem interessados no programa”, afirma João Carlos Salgueiro, gerente Nacional de Vendas – Energia e Sustentabilidade. A iniciativa global tem o objetivo de fornecer informações atualizadas e treinamento profissional por meio de cursos atrelados ao conceito de eficiência energética. As aulas são voltadas para gestão de energia dos segmentos de indústria e infraestrutura, centros de processamentos de dados e redes, edifícios comercias e residências. Há desde aulas básicas, como ‘Fundamentos da Eficiência Energética’ às mais técnicas, como ‘Instrução para Auditorias de Energia’. “A demanda por profissionais com conhecimento em eficiência energética tem crescido no mundo todo e o Energy University é uma oportunidade para estas pessoas se atualizarem às novas tendências do mercado. Os cursos são gratuitos e online, o que permite que os interessados escolham o melhor dia e horário para realizarem os mesmos”, completa João Carlos Salgueiro. Todo conteúdo do portal foi desenvolvido por especialistas da Schneider Electric com o apoio de empresas e consultores parceiros. Em menos de uma hora é possível concluir um módulo de curso. São mais de 100 cursos voltados para profissionais que desejam atualizar seus conhecimentos sobre eficiência energética. Atualmente, mais de 670 mil cursos foram realizados, em 13 idiomas e em mais de 180 países. Para realizar os cursos, basta se inscrever no site da Schneider Electric e clicar na página do Energy University. A cada curso concluído, o profissional recebe um certificado digital. Foto: DollarPhotoClub
Instalações aparentes
Foto: Divulgação
Duas das maiores empresas do segmento elétrico, a Cobrecom Fios e Cabos Elétricos e a Wetzel, especializada em produtos para linhas elétricas e luminárias, uniram-se para promover no dia 23 de setembro um Workshop na Villa Dei Colori, em Araraquara (SP). Um dos destaques do evento foi a Palestra Técnica sobre Instalações Elétricas Aparentes conforme a NBR 5410, ministrada pelo engenheiro eletricista, professor e consultor da Cobrecom e da Wetzel, Hilton Moreno. Na ocasião também houve a exposição de produtos de ambas as empresas.
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A Distribuidora Cummins Minas (DCML) tem atuado de forma cada vez mais próxima dos clientes que buscam soluções em geradores e sistemas de energia, seja para situações de emergência ou no horário de ponta. Com a contratação de Carlos Henrique de Paula como gerente geral, a empresa quer ampliar ainda mais sua participação nos estados do Amapá, Minas Gerais, Maranhão e Pará, não somente em volume de vendas, mas também na qualificação de toda equipe de consultores e técnicos. “Desenvolvemos um projeto de Gestão de Conhecimento na DCML que será implantando ainda este ano, tendo como suporte os recursos tecnológicos, físico e humano, para disseminação, equalização e elevação do conhecimento técnico dos produtos Cummins. Assim, conseguiremos promover a melhoria contínua dos processos e, principalmente, levar informações de interesse aos clientes”, afirma Carlos de Paula. Atualmente com 23% de market share, a DCML, que integra a rede de distribuidores da Cummins Power Generation, projeta um aumento nas vendas no último trimestre de 2014 de 6% em relação ao trimestre anterior e de 83% em relação ao último trimestre de 2013, para atender projetos voltados para as mais diversas aplicações: Data Centers, indústrias, mineração, siderurgia, hospitais, entre outros segmentos do mercado.
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NOTÍCIAS DO SETOR
Portfólio na palma da mão A partir de agora, usuários do iPad e do iPhone terão acesso ao portfólio completo da multinacional alemã Osram, já atualizado com os lançamentos mais recentes. Para acessar o conteúdo, basta selecionar o ícone “Apple Store”, digitar “OSRAM Kiosk” e, após instalar o aplicativo, escolher a opção “OSRAM”. Na sequência, deve ser selecionado o quinto catálogo na lista: “Linha de Produtos 14/15”. Nas demais tecnologias, o mesmo portfólio pode ser acessado em versão PDF através do link www.osram.com.br/download. O portfólio apresenta detalhes de toda a linha de produtos disponível atualmente no mercado brasileiro, dividida por categorias. No documento, é possível encontrar desde lâmpadas até módulos LED para aplicações profissionais, entre outras soluções de iluminação, com breves descritivos, fotos e fichas técnicas completas.
“Catálogos impressos são importantes fontes de consulta, mas a Osram prioriza a praticidade. Cada vez mais criamos ferramentas para interagir com nossos consumidores de forma online, de qualquer lugar. Tenho certeza de que o nosso catálogo no Kiosk tornará muito mais simples a consulta de muitos especialistas e até mesmo pessoas comuns interessadas em iluminação”, comenta Inês Ferreira, analista de Marketing da Osram Brasil. Outros dispositivos, relacionados aos mais variados temas de iluminação, podem ser encontrados em versões para iPhone e Android na página http://www.osram.com.br/ osram_br/ferramentas-e-servicos/ferramentas/index.jsp.
Material escolar
Foto: DollarPhotoClub
No portfólio da Carbinox, empresa do segmento de tubos, barras, chapas, eletrodutos e conexões em aço inoxidável, aço liga e ligas especiais, estão produtos que fazem parte do dia a dia de diversos setores, como as indústrias sucroalcooleira, petrolífera e de papel e celulose. Assim, em um simples caderno também existe desenvolvimento tecnológico Carbinox. Nada mais natural, portanto, que entre os diversos benefícios da empresa se destaque a oferta de kits de materiais escolares para filhos de funcionários com idades entre 3 e 14 anos. Os kits são compostos por lápis, caneta, estojo, cola, lápis de cor, canetinha, giz de cera, tesoura, régua, cola, apontador, pasta e, é claro, papel sulfite e cadernos. Para a empresa, ofertar papel e cadernos às crianças trata-se de um reconhecimento simbólico do valor do trabalho de seus colaboradores – que, como funcionários da Carbinox, deram sua contribuição para a cadeia produtiva de papel e celulose no País. É, também, uma ação de cunho social: um pequeno, mas significativo, investimento na educação das famílias de seus colaboradores. “Acreditamos que a iniciativa seja uma forma de aliviar os gastos de nossos funcionários na compra de materiais e também um incentivo para garantir que seus filhos possam alcançar seus objetivos e prosseguir num caminho de sucesso com tranquilidade e qualidade”, afirma Joel Navarro, porta-voz da Carbinox. A iniciativa da empresa, que teve início em 2009, contempla mais de 140 crianças com kits de materiais escolares. Os materiais são resultado de reciclagem, feita pelos próprios funcionários, de papel, plástico e papelão, que retornam para a empresa, garantindo os recursos para a compra dos novos kits. Dessa maneira, o benefício é ecologicamente sustentável e ajuda a conscientizar os colaboradores da importância da coleta seletiva.
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Mudanças internas A unidade brasileira da Cummins Power Generation anunciou mudanças em seus quadros das áreas de Logística e Aftermarketing. Marco Bologna, que ocupava o cargo de gerente de Compras de Geradores e Componentes, passa a responder como gerente Executivo de Supply Chain e Operações, tendo também a responsabilidade direta sobre os times de Logística e OMCS (Order Management e Customer Service) de Power Generation. Há 10 anos na empresa, ele foi estagiário do setor de usinagem da unidade de Motores, de 1998 a 2000, e a partir de 2006 conseguiu uma oportunidade para atuar como supervisor de Produção na área de Geradores de Energia. De acordo com Bologna, a busca de desenvolvimento em diversos países da América do Sul, especialmente em infraestrutura, demandará cada vez mais investimentos no mercado de energia. Já a gerência de Aftermarketing de geradores para América Sul será liderada por Fábio Balesteros, responsável por todas as atividades que sucedem a instalação de um produto Cummins, tais como serviço, reposição de peças, garantia, treinamento e desenvolvimento de negócios de serviços.
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NOTÍCIAS DO SETOR
De olho nos profissionais que ainda não conhecem os seus produtos, mas, especialmente, cuidando daqueles que já utilizam e não abrem mão, a Wago, empresa alemã especializada em conexões elétricas e automação, preparou ações por todo o País para comemorar o Mês do Eletricista. Em parceria com as principais revendas de materiais elétricos, a empresa participa de vários eventos distribuindo amostras e brindes e mostrando ao público toda sua linha de Conexão Automática. A iniciativa, que faz parte do calendário da empresa desde 2012, tem como principal objetivo divulgar o conceito de conexão a mola em substituição às emendas feitas com fita isolante. A experiência tem mostrado que basta uma rápida demonstração para que o profissional consiga perceber, na prática, a rapidez e a praticidade dos produtos. E, ao tatear, consegue ainda ter a percepção de robustez e confiabilidade. Carlos Eduardo Demonte, consultor de Vendas da Wago, explica que as conexões elétricas feitas com conectores de emenda a mola dominam o mercado europeu e, a
João Geraldo Ferreira é o novo presidente da FLC, que assume o cargo em um momento de crescimento e expansão da empresa. A companhia agora faz parte do fundo de investimentos Victoria Capital Partners e aproveita o momento para apresentar o novo executivo. A chegada de Ferreira à FLC acontece no momento em que a empresa busca crescer e se prepara para entrar em novos mercados, como o de iluminação pública e corporativa, além de fortalecer sua atuação nos setores onde já atua por meio de inovação e novas tecnologias para seus produtos. Ferreira diz estar feliz em assumir esse desafio nesse momento de expansão e crescimento para a FLC. “O objetivo é preparar a companhia para entrar em novos negócios, fortalecer a marca e reforçar a busca constante pela inovação”. João Geraldo Ferreira foi presidente da GE Oil&Gas para América Latina e tem mais de 25 anos de experiência em negócios no Brasil, Venezuela e EUA.
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cada dia, crescem no segmento elétrico brasileiro como tendência na busca por maior produtividade e segurança nas instalações elétricas prediais: “Este é o tipo de ação que fazemos questão de participar pelo fortalecimento da rede revendedora e, também, para atualizar o profissional local com o que existe de mais moderno e eficiente em conexões elétricas no mundo. Por outro lado, o eletricista é o principal consumidor dos produtos da linha de Conexão Automática e queremos agradá-lo, além de oferecer àqueles que ainda não utilizam nossas conexões a oportunidade do primeiro contato com a tecnologia a mola”. No mês de outubro, a Wago participou de festas do eletricista nas cidades de Caxias do Sul (RS), Florianópolis e Joinville (SC), Curitiba (PR) e São José do Rio Preto (SP). Também foram feitas ações com promotores no ponto de venda em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), além de campanhas de incentivo a balconistas em Fortaleza (CE), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Difusão de tecnologia O Sistema Firjan, através do Senai Rio, firmou um convênio com a Finder Componentes, uma das maiores empresas de materiais de automação predial e industrial da Itália. O acordo foi assinado pela diretora Regional do Senai, Maria Lucia Telles, junto ao diretor da filial da Finder no Brasil, José Juarez Guerra, e ao diretor da matriz italiana, Carlo Palmieri. Carlo Palmieri, líder da empresa que está no Brasil há 17 anos, afirma que “o trabalho feito aqui é importante para enfrentar a dificuldade que temos em levar a tecnologia a todas as pessoas. Estamos felizes em compartilharmos esse nosso compromisso com o Senai”. Já José Guerra se diz orgulhoso com a aproximação com o Senai Rio. “Este é um passo importante, firmarmos uma parceria com o estado do Rio”. A parceria estende a cessão de diversos componentes incialmente para as unidades do Senai na Tijuca e em Jacarepaguá, com aparelhos de eletricidade predial; Niterói, com o foco no setor naval; e em Macaé e Volta Redonda, com componentes da parte de indústria predial. Os cursos contemplados com a parceria são o técnico em Eletrotécnica, além das turmas de qualificação e aprendizagem: Eletricista Predial de Baixa Tensão, Eletricista Industrial e Eletricista Naval. O contrato inicial é válido por dois anos. Maria Lucia Telles demonstrou satisfação com mais essa parceria. “Melhorar cada vez mais e garantir que nossos ambientes estejam sempre atualizados. Estamos fazendo uma parceria com uma empresa séria”, comemora. Foto: DollarPhotoClub
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Da rua
para dentro AVANÇO DO SMART GRID DEVERÁ EXTRAPOLAR OS LIMITES DAS CONCESSIONÁRIAS E CHEGAR AO CONSUMIDOR FINAL, QUE TERÁ COMO GERENCIAR SEU CONSUMO E ATÉ GERAR SUA PRÓPRIA ENERGIA.
POR PAULO MARTINS
N
ão é novidade que as concessionárias de energia elétrica vêm investindo fortemente no Smart Grid como ferramenta para reduzir os custos operacionais, combater as perdas técnicas e comerciais e melhorar a qualidade do serviço prestado. Entretanto, esse não é um assunto que diz respeito unicamente a elas. Mais cedo ou mais tarde, a transformação que está em andamento irá extrapolar os limites das companhias e chegará ao consumidor. As mesmas tecnologias que estão sendo utilizadas para viabilizar a implantação das chamadas Redes Elétricas Inteligentes nas empresas também precisarão entrar na casa dos clientes - uma zona onde até então as concessionárias nunca puderam atuar de maneira mais próxima. Recursos de TI, telecomunicações e automação passarão a fazer parte da vida do consumidor. Com o advento do Smart Grid, o usuário de energia elétrica ganha um papel de destaque em todo o processo. Mais do que poder contar com novos serviços, 20
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logia e o consumidor. “Não conseguiremos obter avanço nenhum, caso se implante a tecnologia e o consumidor fique inerte a ela”, alerta. Também para João Brito Martins, gestor executivo de Inovação e Sustentabilidade da concessionária EDP, a participação do consumidor é fundamental para a consolidação das Redes Inteligentes. “Somente com a interação dos clientes nos testes e levantamentos poderemos identificar quais as necesFoto: Divulgação
ele assumirá responsabilidades inimagináveis há algumas décadas, como o gerenciamento do próprio consumo e até mesmo a geração de eletricidade. Naturalmente, ainda existem muitas dúvidas sobre qual será a participação do cliente nas Redes Inteligentes. Que benefícios serão oferecidos, efetivamente? Ele poderá exercer seu direito de opinar? E mais: como fazer para inseri-lo nesse turbilhão de novas ideias da maneira menos traumática possível? Nesta matéria procuramos abordar questões como essas, sempre com base na opinião de especialistas e autoridades do setor. É preciso ressaltar que a implantação do Smart Grid é um processo dinâmico, sujeito a mudanças de rota e de estratégia. Portanto, é possível que nem todas as perguntas tenham resposta, neste momento. De qualquer forma, todos concordam com uma coisa: os usuários precisam ser reconhecidos como o elemento-chave de todo esse processo. Na opinião de André Pepitone da Nóbrega, diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o “sentido de existir” do Smart Grid depende do sucesso da interação entre a tecno-
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sidades e quais produtos e serviços os mesmos anseiam que a concessionária disponibilize”, destaca. Dona de uma concessão que abrange 28 municípios no Estado de São Paulo e 78 no Espírito Santo, a EDP comanda aquele que é considerado o mais avançado programa de Smart Grid do País: o Projeto InovCity, lançado em 2011 na cidade paulista de Aparecida (leia mais na página 34). As ações começaram pela informação da população sobre o que iria acontecer na cidade e pelo estímulo à prática da eficiência energética. Foram distribuídas cartas explicativas a todos os clientes da cidade, momento esse em que foi fornecido a cada unidade consumidora um kit com seis lâmpadas eletrônicas, folhetos de orientação sobre o consumo racional de energia e a forma de integração entre a empresa e os clientes, após a implantação da medição inteligente. Além disso, as comu-
O sentido de existir do Smart Grid depende do sucesso da interação entre a tecnologia e o consumidor. ANDRÉ PEPITONE DA NÓBREGA | ANEEL
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nidades de baixa renda foram beneficiadas com a doação de 540 geladeiras e 460 kits para aquecimento solar da água do chuveiro. Outro trabalho importante foi a capacitação de todos os professores da rede pública de ensino de Aparecida sobre os conceitos de cidade inteligente, eficiência energética e uso racional de energia elétrica. Também foram ministradas palestras nas escolas e comunidades locais, envolvendo aproximadamente 25% da população da cidade. De acordo com Martins, essa experiência comprovou que um forte trabalho de esclarecimento das vantagens e benefícios que as Redes Inteligentes podem oferecer é capaz de despertar no cliente o interesse em participar do processo: “Assim ele entende que o objetivo maior deste investimento é o aumento da qualidade e da confiabilidade do serviço prestado. Quando isso fica claro, o cliente passa a ter uma postura de parceiro e a trabalhar conosco para o sucesso do projeto”. Mas afinal, o que irá mudar no dia a dia do consumidor, com o advento das Redes Inteligentes? Martins aponta que o Smart Grid permitirá maior interação entre clientes e concessionárias, não somente por conta das informações relativas ao consumo, mas também envolvendo a gestão do uso da energia. “Isto acontecerá porque estarão disponíveis ferramentas que permitirão ao cliente o uso racional da energia elétrica”, observa o executivo da EDP. Conforme destaca André Pepitone, a ideia é que o consumidor deixe de ser um agente passivo e interaja mais com os novos equipamentos inteligentes, como o medidor eletrônico de energia. Com o Smart Grid será possível gerenciar o consumo em tempo real, saber quanto a tarifa estará custando a cada momento e até traçar
O Smart Grid permitirá maior interação entre clientes e concessionárias, inclusive na gestão do uso da energia. uma projeção de gastos. Com o apoio das novas tecnologias, o usuário poderá inclusive diminuir os valores de sua fatura mensal. “Respondendo aos estímulos econômicos que vão ser apresentados, assim como acontece hoje na área de telefonia, o consumidor terá oportunidade real de reduzir
sua conta”, diz o porta-voz da Aneel. Outros dois instrumentos regulatórios deverão ajudar o consumidor a gerenciar melhor o uso da eletricidade: a Tarifa Branca e o Sistema de Bandeiras Tarifárias. A primeira consiste em uma nova opção de tarifa que sinaliza a variação do valor da energia conforme o
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Uma grande novidade decorrente das Redes Inteligentes é a geração distribuída, onde o usuário pode produzir sua própria energia elétrica.
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SINDUSTRIAL AVANÇO
dia e o horário do consumo. Ou seja, o cliente que aderir à modalidade passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana. O início da aplicação da Tarifa Branca depende da certificação dos novos medidores pelo Inmetro. Já o Sistema de Bandeiras Tarifárias, que aparecerá nas contas enviadas aos consumidores, indicará se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração. A Bandeira Verde significará condições favoráveis de geração, não implicando em acréscimo à tarifa. A Amarela significa condições menos favoráveis, o que acarreta acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora consumido. A Vermelha representa condições mais custosas de geração, incorrendo em acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 quilowatt-hora consumido. A Aneel observa que o mecanismo é apenas uma forma diferente de apresentar um custo que já existe na conta de energia, mas acaba passando despercebido pelas pessoas. Atualmente os custos com compra de energia pelas distribuidoras são repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. Com as bandeiras, haverá a sinalização mensal do custo de
A Tarifa Branca e o Sistema de Bandeiras Tarifárias deverão ajudar o consumidor a gerenciar melhor o uso da eletricidade.
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geração da energia que será cobrada do consumidor. “A Bandeira Tarifária não representa em hipótese alguma um custo maior a ser incluído na conta de luz. É um mecanismo regulatório que vai deslocar no tempo o momento do recolhimento do custo da geração. Esse é um instrumento importante, porque vai sinalizar o preço para o consumidor, que vai poder responder ao sinal econômico no sentido de consumir menos para pagar menos energia no final do mês”, explica André Pepitone. Cyro Boccuzzi, presidente do Fórum Latino-Americano de Smart Grid e diretor da ECOee, empresa de consultoria especializada na área de energia, também mantém a expectativa de que os clientes venham a aprender a usar a eletricidade de forma mais racional, compreendendo não só o valor que é pago, mas também o verdadeiro custo que esse insumo tem para toda a sociedade. O executivo cita um problema comum envolvendo o uso de energia nas grandes cidades - decorrente do estilo de 26
A participação do consumidor é fundamental para a consolidação das Redes Inteligentes.
vida moderno -, e traça um paralelo com a área de transporte aéreo. Ele refere-se à simultaneidade de uso, quando um grande número de pessoas chega em casa e no trabalho mais ou menos na mesma hora todos os dias, provocando o sobrecarregamento do sistema elétrico naquela região. Uma das saídas para combater esses picos é justamente a diferenciação de preços conforme o horário, estimulando a redistribuição do consumo, Por exemplo: é comum uma passagem aérea entre duas importantes cidades ter preços diferentes, às 7 e às 10 horas. Naturalmente, viajar no meio da manhã é mais barato, porque a procura é menor. Assim, o cliente que aceitar deslocar aquele horário pode vir a ter um gasto menor. Para Boccuzzi, o mesmo fenômeno se repetirá na área de energia. “O consumidor pode ter tarifas menores, desde que use a energia de forma mais consciente e em horários mais adequados. Quem não puder mudar o horário de uso vai pagar um preço maior, necessário
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Junção entre soluções de Smart Grid e de automação predial será um processo natural.
para assegurar a expansão do sistema para atendimento da demanda simultânea. Mas haverá a opção de obter um
preço melhor se conseguir se adequar e tiver alguma flexibilidade na mudança de hábitos”, vislumbra o especialista.
Quem se habilita a gerar a própria energia? Outra grande novidade decorrente das Redes Inteligentes é a geração distribuída, sistema pelo qual cada usuário poderá produzir sua própria energia elétrica. Foram criadas duas categorias, conforme a potência instalada da planta: microgeração (potência menor ou igual a 100kW) e minigeração (potência superior a 100kW e menor ou igual a 1MWp). Detalhe: é preciso fazer o uso de fontes ‘limpas’, como solar, eólica, hidráulica e biomassa. Apesar da geração distribuída já estar devidamente regulamentada pela
Resolução Normativa Nº 482 da Aneel, a modalidade ainda não ‘decolou’ no Brasil, o que intriga e decepciona os especialistas e autoridades do setor elétrico. “Apesar de ser algo que já está solidificado, do ponto de vista regulatório, e de ter grande atratividade, o número de consumidores que adotaram o sistema é muito pequeno”, lamenta André Pepitone. Ele disse que a Aneel irá estudar o caso e tomará providências para contribuir para a difusão dessa tecnologia. “Essa medida é bastante benéfica para toda a sociedade”, acredita. POTÊNCIA
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Características geralmente atribuídas às Redes Elétricas Inteligentes Autorrecuperação: capacidade de automaticamente detectar, analisar, responder e restaurar falhas na rede; Participação proativa dos consumidores: habilidade de incluir os equipamentos e comportamento dos consumidores nos processos de planejamento e operação da rede; Tolerância a ataques externos: capacidade de mitigar e
resistir a ataques físicos e cyberataques; Qualidade de energia: prover energia com a qualidade exigida pela sociedade digital; Capacidade para acomodar uma grande variedade de fontes e demandas: capacidade de integrar de forma transparente (plug and play) uma variedade de fontes de energia de várias dimensões e tecnologias; • Menor impacto ambiental do sistema produtor de eletricidade, reduzindo perdas e utilizando fontes renováveis e de baixo impacto ambiental; • Resposta da demanda mediante a atuação remota em dispositivos dos consumidores; • Viabiliza e beneficia-se de mercados competitivos de energia, favorecendo o mercado varejista e a microgeração. Fonte: CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos)
Segundo dados fornecidos pela Aneel, em agosto de 2014 o País registrava 197 sistemas de geração distribuída. “A maioria fica nas áreas de concessão da Cemig e da Coelce, porque esses dois estados (Minas Gerais e Ceará) adotaram a política de desoneração do ICMS na geração. Existe uma decisão do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) que diz que a energia gerada e injetada na rede deve ser tarifada pelo ICMS, o que tira um pouco a atratividade do negócio”, constata o diretor da Aneel. O dirigente discorda da cobrança do imposto. Afinal, ao gerar sua pró28
pria energia a partir de fontes limpas, o consumidor contribui para a redução dos índices de emissão de poluentes e também para a postergação de novos investimentos em geração em grande escala. “Nada mais justo que ele seja beneficiado com a desoneração do ICMS”, defende Pepitone. Na opinião de Cyro Boccuzzi, o esperado boom da geração distribuída no Brasil foi ‘adiado’ pelo advento da Medida Provisória nº 579, instrumento criado pelo governo federal para tratar da renovação das concessões de energia e que estabeleceu a redução do valor das tarifas. De qualquer forma, ele ain-
da acredita que a modalidade irá deslanchar nos próximos anos. “Só não vai acontecer se a economia der sinais de andar para trás”, prevê. Para quem tem dúvidas sobre que tipo de geração adotar, o especialista aponta que para empreendimentos de pequeno porte, como residências e estabelecimentos comerciais, o sistema mais simples de implantar, principalmente em áreas urbanas, é o solar fotovoltaico. Dependendo do tipo de empreendimento, prossegue ele, há outras opções interessantes, como biomassa, resíduos sólidos e gás, além de soluções combinadas - de eólica e solar, por exemplo. “Teremos minicentrais produtoras de energia com alto grau de desempenho e nível de suficiência muito bom. Essa é uma transformação que não vai demorar os cem anos que a indústria levou para chegar até aqui, nem cinquenta anos. Acredito que em dez, quinze ou vinte anos iremos ter soluções de geração local de energia com bastante proficiência, inclusive no armazenamento de energia”, vislumbra o diretor da ECOee.
Geração Distribuída no Brasil
• Até agosto de 2014, o País contabilizava a existência de 197 projetos de microgeração distribuída de energia elétrica. • Quanto à fonte utilizada, esses projetos dividem-se da seguinte forma: Solar fotovoltaica = 177 projetos Eólica = 17 projetos Biogás = 1 projeto Solar/Eólica = 2 projetos Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
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Créditos de energia, como na telefonia celular Também tem gerado grande expectativa no setor a implantação do sistema de pré-pagamento de energia elétrica. André Pepitone informou que a questão já foi regulamentada. Para ser adotada na prática, esta medida também depende da pendência envolvendo os medidores eletrônicos de energia. O diretor da Aneel falou sobre os benefícios esperados. Para ele, essa modalidade de faturamento proporcionará maior transparência para o consumidor e o ajudará a melhorar a gestão do consumo. Já as distribuidoras poderão reduzir os custos de atividade comercial, decorrentes do sistema de faturamento convencional.
Projetos de Redes Inteligentes no Brasil • De 2008 até o final de 2013, foram identificados 273 projetos de desenvolvimento de Redes Elétricas Inteligentes no Brasil, catalogados em dez temáticas. • Os investimentos previstos declarados nas propostas de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel superam a marca de R$ 1,09 bilhão.
Cyro Boccuzzi se diz um entusiasta do sistema de pré-pagamento de energia. Ele conta que uma concessionária em que trabalhava nos anos 90 chegou a implantar a solução em São Paulo, para atender algo entre 2,5 mil e 3 mil clientes. Segundo o especialista, quando precisavam mudar de casa, os consumidores que tinham o equipamento ligavam para a companhia para pedir a instalação também no novo endereço. “Havia uma aprovação entre 90% POTENCIAL
Benefícios do Smart Grid superam os limites das redes de distribuição de energia.
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Fonte: ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)
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e 95%, entre as pessoas que usavam esse tipo de sistema”, lembra. O diretor da ECOee acredita que o pré-pagamento ajudará o consumidor a gerenciar a velocidade de consumo de energia, pois funcionará como o indicador do reservatório de combustíveis de um carro, que informa a quantidade de líquido disponível. “Na minha avaliação, essa é uma excelente ferramenta para o cliente que quer controlar o uso de energia”, destaca. Apesar de apostar no sucesso desse mecanismo, Boccuzzi demonstra certa preocupação em relação à conotação que será dada ao modelo de ne-
gócio a ser implantado no Brasil. Segundo ele, algumas concessionárias estariam falando em direcionar o sistema para aqueles clientes que apresentam histórico de inadimplência. Se isso acontecer, prossegue, o usuário estaria recebendo automaticamente um carimbo de mau pagador, o que despertaria a ira dos órgãos de defesa do consumidor. “Se colocar o pré-pago como mais uma opção para qualquer cliente, da mesma forma que se dá o pré-pago da te-
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lefonia, para a pessoa poder gerenciar os créditos dele, isso vai ser uma ferramenta fantástica, que ajudará o consumidor”, contrapõe Boccuzzi.
A ‘conversa’ entre Automação Residencial e Smart Grid Ao contrário, muitos possuem bastante familiaridade com os equipamentos e softwares destinados ao gerenciamento de sistemas como ar-condicionado (controle de temperatura) e iluminação (acendimento, dimerização, composição de cenários, etc.).
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Para um determinado grupo de consumidores, que já utilizam os recursos da Automação Residencial, a implantação das Redes Inteligentes não será novidade total, pois eles certamente não partirão do zero.
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Boccuzzi lembra que entre os primeiros recursos de Automação Residencial estavam comandos como levantar e descer cortinas e ligar e desligar eletroeletrônicos como o home theater. Depois, agregaram-se aspectos que visavam aumentar a segurança patrimonial. Com o passar do tempo, cresceu a disciplina em torno do uso de energia. Ou seja, a partir da integração com equipamentos de última geração, como LEDs e eletrodomésticos inteligentes, o
Para os consumidores que já utilizam os recursos da Automação Residencial, a implantação das Redes Inteligentes não será novidade.
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sistema voltou-se bastante para a eficiência energética. “Existe, sim, uma convergência tecnológica entre essas duas ondas de transformação, o Smart Grid e a Automação Residencial. As empresas de energia precisam estar atentas a isso, pois precisam oferecer as interfaces de integração entre esses sistemas”, comenta o especialista. Conforme destaca o diretor da ECOee, quando falamos em gerenciamento da demanda, ou seja, o consumidor ‘afastar’ seu uso de energia da coincidência com os horários de pico para usufruir uma faixa especial de tarifa, isso não significa que ele terá que ficar programando seu eletrodoméstico, mas sim que ele precisará dispor de funcionalidades em seu sistema de automação que permitam fazer a in-
Existe uma convergência tecnológica entre essas duas ondas de transformação, que são o Smart Grid e a Automação Residencial. CYRO BOCCUZZI | ECOEE
tegração com a grade tarifária da concessionária. “Existe toda uma linha de serviços que podem surgir e que vão ajudar o consumidor a tomar as decisões corretas. Ele não vai ficar programando a cada dia o uso de energia para o dia seguinte, mas vai apertar um botão no sistema de automação dele que irá enquadrá-lo em determinado regime tarifário da concessionária, que é a melhor opção de tarifa para o tipo de uso que ele quer fazer”, explica Boccuzzi.
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Transformações no setor serão profundas
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ração do Smart Grid. Estima-se que o País tenha hoje por volta de 78 milhões de unidades desse equipamento, sendo
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“Os projetos estão em pleno desenvolvimento pelas distribuidoras, inclusive usando recursos da Aneel, que tem obrigação de investir meio por cento de sua receita operacional liquida em pesquisa e desenvolvimento. Uma das áreas contempladas é a de Smart Grid”, informa André Pepitone. Entre 2008 e o final de 2013, foram identificados 273 projetos de desenvolvimento de Redes Elétricas Inteligentes no Brasil, catalogados em dez temas. Os investimentos previstos declarados nas propostas de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel superam a marca de R$ 1,09 bilhão. Os projetos-piloto são importantes para testar os mais diversos tipos de tecnologias que compõem um sistema inteligente. É o caso do medidor de energia, considerado o coFoto: DollarPhotoClub
No contexto geral, a implantação das Redes Elétricas Inteligentes no Brasil está ocorrendo por meio de projetospiloto que envolvem concessionárias de energia, universidades, laboratórios, fabricantes de equipamentos e desenvolvedores de softwares.
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Smart Grid ajuda no combate às perdas e ao furto de energia elétrica.
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que aos poucos a tecnologia eletromecânica terá de ser substituída pela eletrônica. “Do ponto de vista da Aneel a regulamentação está pronta. Hoje o desafio é a certificação dos medidores pelo Inmetro”, reforça Pepitone. Outro ponto bastante importante que está sendo testado, e comum a todas as empresas, envolve a comunicação. Ou seja, que sistema será empregado para fazer a comunicação entre o medidor das residências e o concentrador que vai agrupar uma série de medidores, e também desse concentrador para o backhaul, que por sua vez irá reunir uma série de concentradores. “Hoje em dia existem várias tecnologias, com suas vantagens e desvantagens”, pondera o diretor da Aneel. Sobre os motivadores do Smart Grid, é preciso destacar que cada país tem as suas necessidades. Se na Europa uma das maiores preocupações é tornar a matriz elétrica limpa e reduzir a emissão
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EDP revela detalhes das REIs em SP e no ES O programa de Redes Elétricas Intediferencial deste projeto em relação ligentes desenvolvido pelo grupo EDP ao de Aparecida está na tecnologia em Aparecida (SP) é considerado um adotada para comunicação de última trabalho de vanguarda por especialismilha. Optamos por testar um padrão tas da área. Até o momento, foi feita a mais moderno de comunicação RF, basubstituição de mais de 13.500 mediseada em IPV6 para equipamentos de dores convencionais pelos eletrônicos, baixa potência, conhecido como 6Loo que representa 98,6% dos clientes wPAN”, informa Martins. impactados pelo Projeto InovCity. O porta-voz comentou como está Conforme informa João Brito Marsendo o processo de implantação das tins, gestor executivo de Inovação e Redes Inteligentes. Em Aparecida, uma Sustentabilidade da EDP, está em andas dificuldades encontradas até o damento o processo de comissionamomento foi a falta de capacidade mento dos medidores à rede ZigBee, da infraestrutura pública de telecomurede de comunicação de dados RF nicações das empresas que prestam com topologia Mesh. “Esta camada, estes serviços na cidade. “Como não chamada última milha, se conecta ao houve interesse, na época, em potensistema de gerenciamento via rede cializar os serviços de disponibilidade WiMAX, implantada exclusivamente de banda para tráfego de dados via para atender a telecomunicação dos GPRS, tivemos que alterar o escopo medidores inteligentes em Aparecida solução de comunicação de GPRS da”, explica. Também já foram instapara uma solução própria de comunilados os primeiros 150 relés que darão cação, através da criação de uma rede ao sistema a possibilidade de executar proprietária de WiMAX. Esta situação remotamente o corte e a religação de provocou um atraso significativo no energia. Os testes com essa solução cronograma do projeto, pois tivemos iriam começar ainda em outubro. que alterar a tecnologia embarcada Em fase bem mais recente está o em alguns dispositivos de comunicaProjeto InovCity realizado pela EDP em ção da rede”, relata Martins. duas cidades do Espírito Santo: DoUm novo problema, prossegue o mingos Martins e Marechal Floriano. O executivo, foi a necessidade de exprojeto foi iniciado oficialmente em junho deste ano, com a entrega de scooters elétricas e com as ações de eficiência energética, que envolvem a conscientização da sociedade, palestras nas escolas e capacitação dos professores da rede pública. Está sendo criada a infraestrutura de telecomunicação que atenderá a medição inteligente nos dois municípios, bem como encaminhará VEÍCULOS ELÉTRICOS Scooters doadas pela EDP e que estão os dados coletados até a sede em uso em Aparecida (SP) da EDP em Carapina (ES). “O
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teriorização do dispositivo de corte e religação dos medidores inteligentes. Devido a impossibilidade do Inmetro testar os novos medidores com módulo de corte embarcado, a EDP teve que modificar o projeto do medidor inteligente e criar um novo produto, o ‘relé de corte externo’. Essas alterações geraram mais atraso no cronograma geral do projeto. “Outro desafio que estamos superando neste momento está relacionado ao comissionamento dos medidores inteligentes. Temos atualmente aproximadamente 6 mil medidores em comunicação com a nossa infraestrutura de comunicação de dados”, conta. Ao ser indagado sobre a avaliação que a empresa faz dos principais pontos do Projeto InovCity, Martins destaca que os medidores inteligentes instalados vêm apresentando bons indicadores de qualidade, tanto relacionados à vida útil, quanto à precisão da medição. Ele ressaltou também a solidez do sistema de comunicação adotado, pois os índices de sucesso de comunicação com os medidores comissionados são satisfatórios. Além disso, a companhia está aferindo dados para verificar os ganhos relacionados à diminuição das perdas Foto: Divulgação não técnicas. Os possíveis novos serviços serão testados em outros dois projetos de P&D (Observatório do Cliente e Testes de Opções Tarifárias), que estão em fase inicial e mostrarão quais produtos e serviços poderão ser oferecidos aos clientes do Grupo EDP em um futuro próximo, com o auxílio das Redes Inteligentes e adequação da regulação pela Aneel.
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SMART GRID
de carbono, nos Estados Unidos o principal drive é a busca por maior eficiência energética. No Brasil, o foco é combater as chamadas perdas não técnicas, ou seja, o furto de energia. “Quando se melhora a gestão da rede, consegue-se combater com mais eficácia e precisão essas perdas”, observa Pepitone. De acordo com ele, outro objetivo a ser atingido é a melhoria da qualidade dos serviços. Na Europa, a duração das interrupções tolerada é de até 300 minutos ao ano. Nos Estados Unidos, são 500 minutos. No Brasil, o número apurado pelas empresas é absurdo: 16 horas. “Melhorando a gestão da rede, com certeza a gente vai conseguir diminuir isso significativamente e almejar ficar próximo dos padrões mundiais de interrupção. A média do País, de 16 horas, é um valor muito alto”, aponta o dirigente. Cyro Boccuzzi demonstra grande preocupação ainda em relação aos preços da energia praticados no Brasil e sentencia: para termos Redes Inteligentes, precisamos de tarifas inteligentes. Ele destaca que esses valores pre36
Motivadores do Smart Grid no Brasil • Reduzir as perdas técnicas e comerciais (fraudes); • Melhorar a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras; • Reduzir os custos operacionais; • Melhorar o planejamento da expansão da rede; • Melhorar a gestão dos ativos; • Promover a eficiência energética; • Fomentar a inovação e a indústria tecnológica. Fonte: CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos)
cisam estar alinhados com a realidade de mercado, espelhando os custos reais de suprimento, mas reclama que a eletricidade está sendo ofertada a um preço artificialmente baixo. “O que está sustentando o setor são subsídios governamentais, sejam diretamente financiados pelo Tesouro, sejam
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financiados por aumentos futuros da tarifa. Todo esse aprendizado (projetos-piloto de Smart Grid) já deu às empresas uma base de conhecimento tecnológico e econômico, para que elas possam estruturar planos muito realistas de implementação. Mas esses planos só vão ser viáveis economicamente se houver uma tarifa que realmente espelhe os custos de fornecimento”, argumenta o especialista. Toda essa situação, aliada a outros revezes, levaram as empresas do setor elétrico a viverem uma crise financeira sem precedentes, o que acabou obrigando a protelação de determinados investimentos em Smart Grid. Entretanto, André Pepitone destaca que tem havido avanços ano a ano e que não há dúvida de que esse fenômeno irá se concretizar. A questão seria apenas de timing, para buscar uma equação benéfica entre investimento e resultado. “Não se deve perguntar se vamos avançar ou não, isso é algo inexorável. As Redes Elétricas Inteligentes serão adotadas”, garante.
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AURESIDE REÚNE EMPRESAS EM TORNO DO PROJETO PRÉDIO EFICIENTE PARA DIVULGAR INFORMAÇÕES E ESTIMULAR A APLICAÇÃO DA AUTOMAÇÃO PREDIAL E
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RESIDENCIAL NO BRASIL.
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ivulgar, capacitar e incentivar a utilização de tecnologias inovadoras de automação para tornar toda e qualquer edificação mais eficiente, desde a sua concepção no projeto, até sua operação e manutenção durante o seu ciclo de vida útil. Com este objetivo em mente, a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) criou, em março de 2014, o Projeto Prédio Eficiente, iniciativa que tem o apoio institucional da International Copper Association Brazil e conta com a participação das empresas ABB, Schneider Electric, Z-Wave Tecnologia & Automação, Finder, Neocontrol e Biltech. Vários fatores estimularam a Aureside a desenvolver este projeto. No entanto, deve-se destacar o crescimento dos investimentos em edificações eficientes e sustentáveis no Brasil, tanto para imóveis novos como para retrofits; os custos crescentes de operação e manutenção, que geram uma necessidade imediata de implantar sistemas de supervisão, gestão e controle automatizados; assim como as mudanças iminentes na política energética que tendem a forçar alterações nas relações de consumo entre condomínios e concessionárias de energia. Ou seja, são aspectos que se relacionam diretamente com as tecnologias
de automação. “Devido ao crescimento de projetos sustentáveis no Brasil, à mudança no perfil de usuários e ao aumento do custo operacional e dos recursos naturais, sentimos a necessidade de divulgar as novas tecnologias e soluções que propõem o uso racional destes recursos e que aumentam a facilidade na operação do dia a dia, bem como criar capacitação para estes novos usuários”, comenta Antonio Caramico, da Biltech. Vanessa Dezordi, da Z-Wave, completa: “O projeto consiste em apresentar novos conceitos e soluções para edificações eficientes e sustentáveis, utilizando produtos já existentes no mercado e pouco difundidos tanto para imóveis novos como para retrofits”. Rogério Ribeiro, gerente de Produtos da Schneider Electric, destaca ainda que o Prédio Eficiente tem o intuito de aproximar os administradores de edifícios comerciais e residenciais dos fabricantes de soluções inteligentes para economia de energia e para o gerenciamento do condomínio. “A aplicação destas tecnologias diminui as ocorrências de manutenção, melhorando assim o serviço prestado para os condôminos e padronizando suas instalações, diminuindo a curva de aprendizado para os administradores”, explica Ribeiro.
Para atingir estes objetivos, a iniciativa prevê a realização de diversas ações, como a realização de eventos para a divulgação técnica dos novos conceitos de projeto para edificações eficientes e sustentáveis, voltados para profissionais como arquitetos, engenheiros e projetistas; eventos para divulgação dos aspectos de operação e manutenção de edificações eficientes e sustentáveis voltadas a administradores de condomínios, profissionais de manutenção predial e prestadores de serviços prediais em geral; criação de site (www.predioeficiente.com.br) para publicação do conteúdo apresentado nos eventos e artigos de interesse dos participantes do projeto; e impressão e distribuição de material gráfico respectivo. José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside, destaca que o Prédio Eficiente não é só teórico e conceitual, uma vez que tem a disposição de gerar novos “cases” no decorrer do projeto. “A Aureside coordena e os patrocinadores disponibilizam equipes técnicas e equipamentos para criar projetos de eficiência energética em edificações onde os resultados possam ser mensurados e apresentados à comunidade de profissionais da área, como exemplos de redução de custos e de maior eficiência operacional”, ressalta Muratori.
Iniciativa inovadora agrada empresas participantes
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as empresas é amigável e cooperativo. Apesar delas, em certo nível, terem alguns produtos concorrentes, na maioria das vezes elas se complementam nas soluções e garantem uma proposta mais robusta. O papel principal de cada companhia é divulgar as novas tecnologias,
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soluções e a necessidade de capacitação para os novos usuários, elaborando projetos, apresentações e eventos”, afirma Antonio Caramico, da Biltech.
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Um ponto relevante desse projeto consiste em atender as necessidades das empresas participantes, de modo que elas possam agregar valor aos trabalhos e iniciativas desenvolvidas, mesmo que, em alguns casos, elas sejam concorrentes entre si. “O relacionamento entre
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AUTOMAÇÃO PREDIAL
Foto: Divulgação
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O Prédio Eficiente não é só teórico e conceitual, uma vez que tem a disposição de gerar novos “cases” no decorrer do projeto. JOSÉ ROBERTO MURATORI | AURESIDE
Gustavo Vazzoler, da ABB, observa que, apesar de concorrentes, as empresas trabalham em conjunto para propagar cada vez mais o conceito de automação no Brasil. “Esperamos que cada vez mais as pessoas compreendam o que é automação e seus benefícios não somente para os usuários, como economia, conforto e segurança, mas também para a sociedade, que está cada vez mais consciente da necessidade de redução do uso da energia nas edificações”. Rogério Ribeiro, da Schneider Electric, completa: “Cada empresa tem como objetivo divulgar, capacitar e incentivar a utilização de tecnologias inovadoras de automação para tornar toda e qualquer edificação mais eficiente”. Obviamente, o projeto também se configura numa boa oportunidade para que as companhias participantes se apresentem ao mercado como provedoras destas soluções. “Patrocinamos o Prédio Eficiente por acreditar que é uma iniciativa inovadora e um projeto muito promissor. Participamos de todas as edições levando ao público os 40
conceitos Finder, que são soluções simples para eficiência energética e pré-automação”, destaca Camila Guerra, gerente de Marketing e Tecnologia da Finder. Camila afirma que, para a Finder, é importante abraçar esta iniciativa da Aureside e se apoiar na força da associação para levar ao mercado muito mais do que produtos, mas conceitos e inovações. “Desta forma, os próprios profissionais estarão capacitados a analisar e adotar as tecnologias mais adequadas ao usuário final, de acordo com seu perfil e necessidade”, ressalta a gerente de Marketing da Finder. Em relação à participação da ABB, Gustavo Vazzoler cita que os ganhos em torno do projeto ocorrem em duas frentes: no fomento dos negócios da própria companhia e na formação de uma cultura em torno da automação predial no Brasil. “Ambos são importantes, pois gerando negócios as pessoas poderão vivenciar a automação e seus benefícios. E a formação também é muito importante, pois serão mais profissionais no mercado trabalhando na divulgação do sistema”, observa Vazzoler. Vanessa Dezordi explica que, pelo lado da Z-Wave, essa é uma oportunidade para demonstrar as diversas soluções de automação residenciais e coorporativas utilizando o seu protocolo de comunicação sem fio. “Esperamos difundir ainda mais a tecnologia Wireless, disponibi-
O objetivo desse projeto é difundir a ideia de automação predial no mercado brasileiro, que ainda é um pouco tímida.
lizando soluções fáceis, sustentáveis e de valor acessível. Nosso principal objetivo é aumentar a divulgação e o conhecimento sobre as soluções sustentáveis já existentes no mercado, multiplicando o conceito nas suas diferentes esferas”, declara. Já para a Schneider Electric, a participação é importante para mostrar de uma forma ampla todo o potencial da empresa para este segmento de mercado e se tornar conhecida por suas soluções. “O Brasil tem um potencial muito grande para automação predial, não só de edifícios de grande porte, mas também para edifícios de médio e pequeno porte. Neste momento, o objetivo é difundir a ideia de automação no mercado brasileiro que ainda é um pouco tímida. Por consequência deste trabalho, também acabamos reforçando a marca da empresa neste segmento”, comenta Rogério Ribeiro. E ele completa: “É importante que se crie uma cultura de resultados de longo prazo. O valor da implementação destas soluções ainda é alto e o brasileiro tem a visão de curto prazo, querendo o retorno imediato do investimento, não enxergando o retorno durante toda a vida útil do edifício”. Antonio Caramico também ressalta a importância de se educar o mercado. E comenta que a ideia também é posicionar a Biltech como uma das fornecedoras destas soluções. Como principais ganhos nesse momento, ele acredita que eles deverão ocorrer simultaneamente entre os avanços para a empresa e para o amadurecimento do próprio mercado como um todo. “Mas haverá mais ganhos iniciais na formação de uma nova cultura, a qual poderá determinar melhor suas necessidades de acordo com as mudanças do cenário tecnológico e econômico e, consequentemente, distinguirá melhor as facilidades que estas novas tecnologias proporcionam. Após termos esta nova cultura disseminada, acreditamos que o ganho nos negócios será ainda maior”, explica Caramico.
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INTERRUPTORES E TOMADAS AVANÇAM NO DESIGN E NA QUALIDADE DAS PEÇAS. Foto: DollarPhotoClub
EVOLUÇÃO DAS LINHAS PASSA PELA INCLUSÃO DE RECURSOS DE AUTOMAÇÃO.
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urante muito tempo, os interruptores e tomadas eram lembrados apenas no momento de acender uma lâmpada ou ligar um eletrodoméstico. Tanto, que por décadas o mercado foi dominado por produtos simples, principalmente pela tradicional linha com espelho cinza e teclas e tomadas amareladas. Hoje, no entanto, a situação é bem diferente. Graças à iniciativa dos fabricantes, e com a natural ajuda de arquitetos e decoradores, o consumidor descobriu que as peças podem se integrar ao ambiente, valorizando os espaços e a decoração. De outro lado, as linhas também se tornaram mais sofisticadas, oferecendo novas funções e a já consolidada modularidade. Resultado: principalmente nos últimos dez anos, o mercado se transformou. Quanto ao comportamento das vendas, o setor de interruptores e tomadas residenciais geralmente acompanha o mercado da construção civil e seus índices de desempenho, incluindo nesse contexto o segmento coberto pelas construtoras, a autoconstrução e as reformas. Por isso, mesmo com uma relativa desaceleração nos dois últimos anos, as vendas têm se mantido em leve alta, inclusive em função do aumento do poder aquisitivo dos consumidores. Este ano, em função da realização da Copa do Mundo de futebol, o setor também sofreu nos primeiros seis meses, mas já voltou a registrar aquecimento. “O mercado de materiais de construção teve uma retração de pouco mais de 4% no primeiro semestre de 2014, quando comparado com o mesmo período de 2013. Entretanto, para o segundo semestre já percebemos a re-
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Foto: Divulgação
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tomada das vendas e acredita-se que a maioria das industrias vai fechar o ano com crescimento”, comenta Daniel Gatti, gerente de Marketing da divisão Residencial da Schneider Electric. Uma característica desse segmento é a concorrência acirrada. Especialistas da área estimam que o número de competidores pode ultrapassar a marca de 40 empresas, que são responsáveis por um faturamento de quase R$ 800 milhões. Obviamente, assim como ocorre em outros mercados com um número grande de concorrentes, nem todos disponibilizam produtos de alto nível de qualidade. Ao contrário, alguns players reclamam com frequência de fabricantes que optam por competir com preços baixos e qualidade duvidosa, mesmo o mercado sendo bem coberto por normas técnicas. Entre os competidores que buscam oferecer qualidade e segurança, o caminho para se destacar frente a concorrência geralmente passa pelo desenvolvimento de novas tecnologias e
investimento no design das peças. Há ainda empresas que oferecem linhas com acabamento em alto brilho e antiaderente à sujeira. Sem contar, é claro, na variedade de cores. “Os consumidores estão ávidos por novidades, por diferenciais e até mesmo pela exclusividade. Ainda que as indústrias não possam oferecer um produto único a um determinado consumidor, a grande variedade de modelos, formatos, texturas, cores e materiais, com possibilidade inclusive de personalização, permite que cada um crie seu próprio projeto decorativo”, comenta Roberto Aimi, diretor da Tramontina Eletrik. Aimi explica que, quando esses itens estão instalados, o design é um grande diferencial para o cliente, o que não significa que ele não busque qualidade também na estrutura interna do produto. Já a modularidade das peças possibilita mudanças rápidas e fáceis das placas, simplificando também o estoque e a comercialização por parte dos lojistas.
Design, acabamento e funcionalidade são itens fundamentais para a escolha de uma linha. DANIEL GATTI | SCHNEIDER ELECTRIC
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Carlos Nonatto, coordenador de Marketing do Grupo Legrand, explica que o design é um dos pontos que mais têm evoluído nos últimos anos nessa linha de produtos porque a busca por ambientes personalizados é cada vez maior, principalmente quando a qualidade e o design das peças estão atrelados a funções que proporcionem bemestar e economia de energia. “É também uma preocupação do Grupo Legrand criar harmonia e compatibilização com o ambiente onde são empregados os interruptores e tomadas. Por isso investimos pesado na questão de design para acompanharmos as tendências da arquitetura e também dos móveis em nosso País”, afirma Nonatto, que destaca que a atividade de design na empresa não visa apenas o aspecto estético e o acabamento dos produtos. “Os quesitos de segurança e ergonomia também estão em nosso ckeck-list, garantindo um produto final seguro, bonito, funcional e fácil de usar e instalar”, completa. Naturalmente, o design diferenciado também ajuda no momento da venda, especialmente em função do crescente poder de decisão das mulheres. “As linhas de interruptores e tomadas são parte integrante da decoração de um ambiente e, por meio de pesquisas com consumidores, percebemos uma forte evolução da mulher na decisão de qual modelo comprar. Em função disto, acreditamos que o design, acabamento e funcionalidade são itens fundamentais para a escolha de uma linha”, destaca Daniel Gatti.
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Evidentemente, as matérias-primas utilizadas nos processos produtivos são fundamentais para evolução do design das linhas de interruptores e tomadas residenciais, sem abrir mão da qualidade e segurança necessárias em um produto elétrico. “O desenvolvimento de produtos (nessa área) é constante e as matérias-primas fazem parte desse contexto. Num mercado exigente como o nosso, matérias-primas de qualidade fazem toda a diferença. A Tramontina utiliza o termoplástico para a confecção de placas e módulos de suas linhas, que é um excelente isolante elétrico e térmico, e com elevada resistência a impactos. Os componentes metálicos, que compõem 24% do conjunto, são feitos basicamente de liga de cobre, contatos de prata e parafusos, sempre com foco na eficiência do desempenho e energética”, destaca Roberto Aimi. Ainda sobre as matérias-primas, Daniel Gatti, da Schneider Electric, observa que os contatos não mudaram muito, porém, alguns fabricantes apostam em diferentes acabamentos das placas e módulos para se destacarem e posicionarem suas linhas em segmentos ‘high end’.
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Matéria-prima é fundamental para o avanço do design
“Linhas com proteção antibacteriana, placas com liga metálica Zamac com acabamentos nobres como cromo, níquel e cobre, e módulos com acabamento em alumínio estão se destacando no mercado de arquitetura e decoração. As placas em madeira natural ou tabaco também são destaques nestas linhas”, cita Gatti. Carlos Nonatto comenta ainda que, graças ao uso de materiais como
plástico, metais, madeira, vidro, couro e cristais, a empresa hoje oferece linhas que vão do branco básico ao colorido. “A tendência é a personalização de ambientes feita pelo próprio usuário”, destaca Nonatto, que afirma que a linha New LivingLight, lançada pela Bticino, atende a essa necessidade, uma vez que conta com 48 cores e três acabamentos diferentes de placas para criar diversas combinações. Os materiais utilizados na produção também são essenciais para o combate de um problema clássico nessas linhas de produtos:
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Estima-se que mais de 40 empresas atuam no Brasil nesse setor, movimentando quase R$ 800 milhões por ano.
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A qualidade é indispensável neste tipo de produto e fundamental para a segurança das instalações elétricas.
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o amarelamento das peças como passar dos anos. Ocorre que este amarelamento ocorre em alguns plásticos que não são resistentes ao envelhecimento precoce. Aliás, mesmo adicionando proteção UV, existem materiais que amarelam naturalmente. “O que alguns fabricantes estão fazendo é trocar estes materiais por plásticos mais nobres, que já são an-
tichamas, têm a proteção contra raios UV e, por natureza, resistem ao envelhecimento e amarelamento precoce. É o caso do policarbonato, que não amarela e já tem em suas propriedades a função antichama, proteção UV e retarda o envelhecimento das peças”, afirma Daniel Gatti.
Segurança: lado a lado com a evolução tecnológica
EVOLUÇÃO
gética como um motivador da evolução. “A Tramontina Eletrik entende que se a eficiência energética é um aspecto primordial na produção, é também na utilização dos produtos, seja em fins residenciais, comerciais ou públicos. Por isso realizamos investimentos regulares no desenvolvimento de interruptores, plugues e tomadas com os mais altos índices de qualidade, segurança e efi-
O design é um dos pontos que mais têm evoluído nos últimos anos porque a busca por ambientes personalizados é cada vez maior. CARLOS NONATTO | GRUPO LEGRAND
Fotos: Divulgação
Nos últimos anos, o segmento de interruptores e tomadas se desenvolveu bastante em função das certificações e da própria adoção do novo padrão de tomadas no País.
atendidos e o mercado se desenvolve continuamente”, afirma Roberto Aimi. O diretor da Tramontina cita que, nos últimos anos, o segmento de interruptores, plugues e tomadas se desenvolveu bastante em função das certificações e da própria adoção do novo padrão de tomadas no País. Sem contar, é claro, com a própria concorrência do setor, que penaliza as empresas que ficam paradas no tempo. “Durabilidade, facilidade de instalação, flexibilidade de integração a diferentes projetos, modularidade, adequação à variedade de produtos eletrônicos disponíveis, matérias-primas de maior resistência mecânica, química e a intempéries, além do design, são os pontos relevantes no desenvolvimento desses itens”, completa Aimi, que também aponta a busca por mais eficiência ener-
Foto: Ricardo Brito/HMNews
Se o design das peças chama a atenção e revela evolução nos últimos anos, as partes que não aparecem também seguem avançando. E elas visam, basicamente, o tripé segurança, qualidade e praticidade. “A qualidade é indispensável neste tipo de produto e fundamental para a segurança das instalações, sendo um dos fatores que mais incentivam a evolução deste mercado, das matérias-primas às tecnologias integradas e design. É desta forma que as necessidades e desejos dos consumidores são
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Mudanças nos processos produtivos de interruptores e tomadas também proporcionaram o uso mais racional de insumos, como a energia.
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USB, controle de iluminação por cenários, termostatos, timer programável, módulos bluetooth, detectores de gás GLP, detector de inundação e luz de emergência”, exemplifica Daniel Gatti. Importante ressaltar que através de algumas dessas tecnologias é possível levar conforto e comodidade ao consumidor, além de permitir que ele reduza o consumo de energia.
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Falta de qualidade de alguns fornecedores ainda preocupa grandes players desse setor.
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ciência energética, contribuindo para a redução do consumo de energia elétrica, fator da máxima importância na vida dos brasileiros”, afirma. Um aspecto relevante é que, cada vez mais, as linhas de interruptores agregam elementos de automação predial, fato que, muitas vezes, também atende à necessidade do uso racional de energia. “A tendência deste mercado evolui para automação residencial, embora no Brasil esta tecnologia ainda tenha um custo muito alto e poucos consumidores tenham acesso a ela. Alguns dos destaques de novas tecnologias neste mercado são os interruptores wireless, tomadas com bornes automáticos, carregadores
“As últimas novidades do mercado visam proporcionar conforto, segurança e comodidade do usuário. E a consciência sustentável é uma das prioridades do Grupo Legrand. Todos nossos produtos são desenvolvidos para diminuir o uso de energia e proporcionar cada vez mais facilidades para instalação, gerando assim menos sobras de obra. Na questão do consumo de energia, as soluções que oferecemos vão desde um sensor de presença que aciona a iluminação somente quando ela for necessária, até soluções combinadas com dispositivos de automação dentro da linha de interruptores e tomadas, que permitem o controle, medição de consumo e até prévia de gasto com a energia elétrica em um ambiente”, afirma Nonatto. Jacques Toutain, coordenador de Desenvolvimento de produtos da Fame, destaca ainda que as mudanças nos processos produtivos de interruptores e tomadas também proporcionaram o uso mais racional de insumos. “Gran-
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des modificações ocorreram nos processos de fabricação destes produtos, onde mudanças de processos, materiais
e novas técnicas possibilitaram economia de energia e tempo. Isto contribui para a diminuição das emissões de
gás carbônico na fabricação e ajudou a compensar o aumento do custo da matéria-prima”, comenta Toutain.
Produtos devem reunir qualidade e segurança Carlos Nonatto, do Grupo Legrand, explica que a qualidade pode ficar comprometida pela busca de preços baixos, daí a necessidade de termos as normas e uma fiscalização atuante para coibir esta prática por parte de alguns fabricantes. Além disso, ele entende que o consumidor também deve ter um papel ativo neste sentido, não comprando produtos não conformes com as normas, que garantem a qualidade mínima necessária para o bom funcionamento dos dispositivos. Até porque não são poucos os riscos ocasionados pela baixa qualidade dos produtos. Entre eles, podemos citar o aquecimento e sobrecarga na instalação, choques para o usuário, descargas e picos de energia que ocasionam a queima de equipamentos e lâmpadas e infiltrações. A baixa qualidade das matériasprimas também pode gerar desperdício de energia.
Roberto Aimi, da Tramontina Eletrik, completa: “Este é um problema bastante sério, pois coloca em risco a vida das pessoas. Ainda se observam empresas que apostam no preço em detrimento da qualidade dos produtos e serviços. Divulgar e orientar lojistas, instaladores e consumidores quanto aos riscos dos produtos fora de norma é um dos melhores caminhos para reverter esse quadro”. Daniel Gatti, da Schneider Electric, também comenta que, neste cenário, as empresas já consolidadas no mercado buscam alternativas em outros Fotos: DollarPhotoClub
Se o grande número de fornecedores que atuam nesse mercado traz opções aos consumidores, ele também causa alguns problemas, visto que nem todas as empresas primam pela qualidade dos produtos. E isso ocorre mesmo com a exigência de certificação dos mesmos. “É um mercado bastante concorrido. E, embora a certificação do Inmetro para estes produtos seja compulsória e os artigos certificados, a princípio, devem atender as normas, há diferenças de qualidade e preço significativas entre as marcas. Algumas diferenças na qualidade podem até ser percebidas pelo consumidor, mesmo sem qualquer tipo de ensaio. Colocando um produto ao lado do outro, nota-se, dentre outros atributos, que um é melhor acabado, tem mais peso, é mais prático para ser instalado, suas partes metálicas são mais robustas, etc”, alerta Jacques Toutain.
Baixa qualidade dos produtos pode ocasionar aquecimento e sobrecarga na instalação, choques para o usuário, descargas e picos de energia que ocasionam a queima de equipamentos. 50
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segmentos, com produtos inovadores e tecnológicos para fugir da briga constante por redução de preços. Para escolher a linha correta de interruptores e tomadas e o produto mais adequado para cada situação e ambiente, Carlos Nonatto orienta que o cliente deve verificar o ambiente onde o produto será aplicado, observar os requisitos de tensão de utilização e a corrente nominal, se a tomada ou interruptor serão instalados embutidos em parede ou na versão sobrepor. Ele também cita a tomada padrão brasileiro de três pinos (2 polos + terra) como aliada nesse contexto, pois ela conferiu vários pontos de segurança para o usuário que, muitas vezes, passam desapercebidos, como a necessidade de instalação de aterramento em todas as instalações residenciais; o fato do terceiro pino fazer o contato antes dos demais para evitar eventuais descargas, evitando choque; o “poço” afundado e recuado dos furos que impede que o contato elétrico seja estabelecido enquanto o usuário ainda esteja com a mão segurando a parte metálica, e, por fim, a diferenciação entre 10 e 20A que permite o correto dimensionamento dos circuitos elétricos e proteção com as interfaces de tomadas de energia dos equipamentos e/ou eletrodomésticos que serão energizados naquele ponto. POTÊNCIA
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A linha de tomadas e interruptores Finesse possui acabamento alto brilho e acabamento do corpo e da placa na cor branca, sendo incorporada em ambientes de maneira discreta e funcional. Oferecendo o melhor custo benefício do mercado, possui teclas com funcionamento suave, com diferencial de quatro opções de cores (branca, marfim, amarela, preta e vermelha) para as tomadas, facilitando a diferenciação das tensões nas instalações.
A Linha “Ei” de tomadas, interruptores e acessórios possui módulos formados por tomadas de 10 e 20A e interruptores simples e paralelos. Também compõem a linha acessórios como módulo cego, passa-fio, antena (coaxial) e telefone. São cinco modelos de placas 4x2” e cinco modelos 4x4”, que são de cor branca, com acabamento acetinado e proteção UV. Não amarelam com o tempo e com a exposição ao sol, têm aditivo antichamas e não deixam os parafusos à mostra, proporcionando melhor acabamento e harmonia com a decoração.
Os interruptores da Linha Unno são adequados para as novas lâmpadas econômicas, incorporando a proteção infantil nas tomadas 2P+T em todos os seus produtos. Acabamentos em: Branco, Preto, Cinza, Dourado, Chocolate, Tangerina, Cereja, Lilás, Menta, Mostarda e Azul. Tecla de 46x22mm e altura do mecanismo de 27mm. Fabricado em policarbonato, material de alta resistência e rigidez, com sistema de conexão por contato direto que impede que o cabo se solte.
FAME
FC FIOS E CABOS
DICOMPEL
A empresa ampliou seu mix de produtos com a nova Série Evidence, uma linha de tomadas, interruptores e dispositivos com acabamento perfeito, sem parafusos aparentes e tratamento especial que permite maior resistência aos raios ultravioleta e embeleza qualquer ambiente.
A linha de Interruptores e Tomadas Modular Newtouch possui um diferencial no sistema de encaixe, permitindo até cinco opções de montagem, dando ao cliente a liberdade de fazer a combinação que achar melhor. O produto é confeccionado em ABS; possui tratamento UVA e UVB, dando maior solidez e resistência à luz, evitando o amarelamento da peça.
A Linha Novara é fabricada com tecnologia de última geração com novos formatos e cores, dando elegância e charme ao ambiente. Cores disponíveis: branco, prata, grafite e dourado. As peças são fabricadas em termoplástico – ABS e um sistema inovador de borne. Possui garantia de cinco anos.
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Monumento ao Cristo Redentor
IIuminado e protegido com a tecnologia da Phoenix Contact
O monumento ao Cristo Redentor é constantemente atingido por descargas atmosféricas que causam danos ao monumento, como também danos ao seu sistema eletrônico de iluminação. A Phoenix Contact participou do projeto que modernizou suas instalações elétricas através da utilização de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) de Classe I e II nos sistemas de energia que alimentam a iluminação e garantem a proteção contra descargas atmosféricas. A instalação de fibra óptica, garantiu a comunicação sem interrupções dos sistemas de controle de iluminação temática. Com a tecnologia inovadora da Phoenix Contact, o Monumento ao Cristo Redentor agora conta com o funcionamento seguro e ininterrupto de sua iluminação. Assim, ele poderá iluminar nossa população ainda mais e sempre.
FOTO: DANIEL COELHO/RIOLUZ
Para maiores informações acesse: www.phoenixcontact.com.br ou ligue para: (11) 3871-6400
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INTERRUPTORES, PLUGUES E TOMADAS RESIDENCIAIS
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MERCADO
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STECK
SCHNEIDER ELECTRIC
ABB
Fabricada dentro do mais rigoroso controle de qualidade e em conformidade com as normas de segurança da ABNT, a Linha Stella atende aos mais exigentes públicos, sem abrir mão da sofisticação. São mais de 50 produtos, entre interruptores e tomadas, configurados em módulos individuais, que se encaixam às mais diversas necessidades, de forma a satisfazer os diversos ambientes.
A Linha Miluz conta com peças com design contemporâneo, placas em ABS branco brilhante de alta resistência e com proteção UV, o que torna a limpeza fácil. Este produto possui indicação dos terminais, gabarito para cabos e um sistema de conexão por parafusos que garante a durabilidade do produto e da instalação.
A Linha Zenit é voltada ao mercado de alto padrão, sendo dedicada para empreendimentos que primam pela qualidade, estética e harmonização de ambientes com ampla variedade de acabamentos. Tomadas desenvolvidas com proteção infantil e placas com tamanhos de 4x2” ou 4x4”. Todos os mecanismos de 16A para cargas mistas.
WEG
PEESA
RADIAL
Inspirada na natureza e em suas linhas orgânicas, a linha modular GranBella une a estética e a funcionalidade em um design exclusivo. Suas linhas fluídas representam o movimento e a leveza da peça. Possui acabamento sem parafusos aparentes e está disponível em diversas cores e módulos, permitindo inúmeras configurações. As peças são divididas em suporte, mecanismo e placa, todas de fácil montagem e limpeza.
A Linha UNA foi desenvolvida para unir beleza, qualidade e facilidade na instalação, pois utiliza somente dois parafusos. As peças possuem superfície lisa, têm cinco anos de garantia e todas as tomadas e interruptores possuem certificação do Inmetro/TÜV. Placas em ABS de alta resistência. A linha é completa, com soluções em elétrica, telefonia e informática.
A linha modular Pérola é composta por suporte, módulos e placas que facilitam a substituição. Ela conta com design moderno, que esconde os parafusos da instalação e tem proteção UV, não perdendo sua cor original com o decorrer do tempo. Está disponível nas cores branca e bege em conjuntos completos nos formatos 4x2” e 4x4”.
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TRAMONTINA ELETRIK
BTICINO
SCHNEIDER ELECTRIC
A Linha Tablet conta com formato moderno, um pouco mais largo, e contornos arredondados, as placas desta linha oferecem acabamento em alto brilho, estão disponíveis nos formatos 4x2” e 4x4”, em dez diferentes configurações de interruptores e tomadas, proporcionando versatilidade na composição dos conjuntos e atendendo todas as necessidades de uma instalação residencial. A linha traz ainda a vantagem da superfixação escondida sob uma tampa incorporada ao design da placa.
A New Living Light substitui as linhas atuais Living e Light. A novidade tem foco em design, explorando a personalização do ambiente com inúmeras combinações de acabamentos, além de funções que proporcionam bem-estar e economia de energia. As placas têm design redondo e quadrado, distribuídas em 48 cores com destaque para Neutras, Essenze, Deep, Naturalia, Metais, Silk, Glossy, Twin e Classy e três cores de acabamentos/mecanismos (White, Antracite e Tec).
A Linha Única apresenta as séries Top, Plus e Basic, que reúnem um novo padrão de sofisticação, simplicidade e elegância. A série Top tem aplicação de madeira natural e metais nobres, segundo as mais recentes tendências da arquitetura de interiores. São seis cores de placas de metal: cromo brilhante, cromo satinado, níquel mate, cobre onix, negro mate e branco; placa de madeira com acabamento tabaco, e duas cores de módulos: alumínio e grafite.
MEC-TRONIC
LEGRAND
ENERBRAS
A Linha Rapid de tomadas e interruptores é modular e conta com um sistema diferenciado de fixação dos fios, bornes sem parafusos, que possibilitam um engate rápido. Características: duas opções de cores, branca e preta; disponível nos formatos 4x2” e 4x4”; placas em plásticos de engenharia, ABS de alto impacto e resistência; parafusos bicromatizados com cabeça de fenda combinada e rosca auto-atarraxante.
A Linha Nereya integra modernidade e beleza com seus traços arredondados, que se adaptam aos ambientes contemporâneos gerando bem-estar e conforto visual. Além disso, Nereya oferece facilidade, rapidez e segurança na instalação elétrica e ainda conta com mecanismo de tomada Carregador USB, que permite carregar dispositivos eletrônicos como MP3 Player, GPS, smartphones, tablets, notebooks e câmeras fotográficas.
A nova linha de interruptores e tomadas Beleze alia design e economia em uma linha modular. Com 20 módulos funcionais diferentes para montagem de inúmeras composições 4x2” e 4x4”, a linha é produzida em material nobre e concentra boa estabilidade às radiações UV. Seus interruptores possuem um toque suave. As placas e teclas têm acabamento espelhado e são extremamente lisas. A linha conta com funções superiores como dimmer, controle para ventilador e tomada para carregamento USB. POTÊNCIA
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INTERRUPTORES, PLUGUES E TOMADAS RESIDENCIAIS
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MERCADO
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PEESA
SIEMENS
IRIEL
A Linha ALFA tem design moderno e elegante para todos os ambientes, alta qualidade, robustez e duplo contato de prata nos interruptores. Possui cinco anos de garantia e todas as tomadas e interruptores possuem certificação do Inmetro/TÜV. Placas em ABS de alta resistência. Disponível nas cores prata, champanhe, titânio, grafite e branca, a linha é completa com soluções em elétrica, telefonia e informática.
Atenta ao mercado de construção, decoração e design, a empresa oferece interruptores e tomadas exclusivos com toques de brilho para realçar a arquitetura interna de ambientes. A companhia criou a linha DELTA mondo LX Crystal, uma série especial de interruptores feitos com cristais Swarovski Elements, que traz elegância aos detalhes. As peças customizadas com cristais legítimos já estão disponíveis em grandes lojas de iluminação e nos principais home centers do País.
Criada para se adaptar aos mais distintos ambientes, a linha Brava apresenta charmosas curvas, que combinam com qualquer tipo de ambiente. O alto brilho presente nas peças permite ainda que a superfície não retenha poeira e seja fácil de limpar. Outra solução importante para a durabilidade de toda a linha é a aplicação de um agente antiraios ultravioleta para evitar o amarelamento das peças e mantê-las sempre com aparência de novas.
MARGIRIUS
PLUZIE
TRAMONTINA ELETRIK
A empresa oferece uma ampla variedade de plugues e tomadas, que compreende modelos 2P e 2P+T, com correntes de 10 e 20A e diversas opções de cores. Os produtos são fabricados em termoplásticos resistentes e ligas condutoras selecionadas e incorporam diferenciais como a compatibilidade com cabos paralelos, PP planos e PP circulares, além da indicação de comprimento dos decapes e amplo espaço interno, que facilitam a aplicação.
A Pluzi é uma linha completa de tomadas e interruptores, incluindo o lançamento de sensores e tomada USB. Material feito em ABS com protetor UV nas opções de cores branca e colorida. Linha modular disponível nas placas 4x2” e 4x4”.
A Linha Liz alia o design contemporâneo ao prático sistema de encaixe por simples pressão, que acopla suporte e placa, com opção de tecla tanto na posição vertical, como na horizontal. Disponível na cor branco brilho, nos formatos 4x2” e 4x4”, em onze diferentes configurações de interruptores e tomadas.
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EDITORIAL
Roberto Varoto Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
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hegou mais um ano de eleição em nosso País e nós - representantes do mercado de distribuição de materiais elétricos e a sociedade - gostaríamos que os candidatos aos cargos políticos fossem mais claros e objetivos em seus programas econômicos a serem executados a partir dos próximos mandatos, pois até o momento os discursos são os mesmos do passado, onde as promessas de mudanças para a política industrial e demais áreas já são nossas conhecidas de campanhas anteriores e infelizmente nunca cumpridas. Se nossos candidatos melhorassem o conteúdo dos programas, firmassem compromissos verdadeiros com a sociedade e executassem o prometido caso eleitos, poderíamos ter esperanças e contar com uma nova perspectiva com relação ao nosso mercado, pois estamos caminhando para uma dependência quase total de importação dos produtos comercializados bem como o enfraquecimento do nosso parque industrial. Estudos mostram que 25% dos produtos consumidos no Brasil são importados. Mais uma vez, estamos na expectativa de que a carga de impostos e contribuições do País - extremamente alta para os padrões mundiais – seja reduzida, pois, os setores produtivos são os mais taxados, chegando a 40% do faturamento. De nada adiantaram as desonerações concedidas nos últimos anos para estimular a economia, pois a nossa carga tributária é extremamente punitiva, com 58
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Ano de eleição é impactante para o setor de material elétrico? isso, o peso dos tributos faz com que as indústrias nacionais percam competitividade no mercado exterior e interno. De acordo com estudos feitos pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, a maior média de tributação fica por conta da energia elétrica, com 38,65%, o que agrava ainda mais o custo das cadeias produtivas. O transporte vem logo em seguida, com 29,65%, e por fim os combustíveis, com 32,74%. Com apenas estas três taxações o resultado médio impactante na indústria é de 35,47% e no nosso segmento, o comércio, é de 23,23%. Em ano eleitoral o governo vigente tem interesse de se manter no poder, então, do ponto de vista econômico, não vivenciamos em 2014 um cenário muito diferente de 2013, os prognósticos negativos para 2014 não se tornaram realidade, porque o governo vem segurando, maquiando contabilidades como, por exemplo, a questão dos combustíveis, que tiveram aumento no último momento para não estourar as metas de inflação. Vamos continuar convivendo com o controle inflacionário e com o não crescimento da economia, mesmo porque já sabemos - por parte das indústrias que os investimentos não irão acontecer, posto que não temos infraestrutura para comportar um crescimento. A cada novo governo que se instala, sempre renovamos a esperança que ações mais justas serão adotadas de forma ampla e irrestrita como, por exemplo, a redução do IPI e do ICMS de todos os produtos,
para os diversos segmentos de mercado como forma de incentivo para o aumento do consumo e consequente fortalecimento do comércio – entretanto, infelizmente, nunca vemos isso se concretizar. Já sabemos, na prática, que ações como redução do IPI e do ICMS são de grande incentivo para a população consumir mais a um preço mais justo e o governo, por sua vez, também arrecada mais, mesmo com os impostos reduzidos. Haja vista o resultado positivo que tivemos com tais reduções para a linha branca, automóveis e construção civil, então, porque não ampliar tais benefícios para todos os setores? É de primordial importância para o nosso segmento o fim da guerra fiscal existente entre os estados da união. O próximo governo terá de ser capaz de unir todas as lideranças num mesmo objetivo: o de promover e fixar o desenvolvimento no âmbito nacional, sem privilégios, e com justiça para quem trabalha e movimenta a máquina chamada Brasil, visando única e exclusivamente o desenvolvimento de todos os estados de forma uniforme e próspera, pois, somente assim, poderemos construir um mercado interno forte para enfrentar os fabricantes externos numa concorrência para futuras exportações. Finalizando, desejo que todos os brasileiros votem com muita consciência e responsabilidade, pois, ao elegerem os nossos representantes através do nosso voto, estamos assinando pelo bem-estar e crescimento tão esperados, de toda uma nação, já cansada de ser iludida por falsas promessas.
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Prêmio
ABREME
FORNECEDORES A pesquisa relativa ao Prêmio
Abreme Fornecedores 2014, realizada pela New Sense,
foi encerrada. O resultado que apontará as empresas finalistas será divulgado no evento, a ser realizado no dia 04 de dezembro, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo (SP).
Revendedor
A Diretoria da Abreme agradece a sua participação na pesquisa, de fundamental importância para a qualidade do trabalho. Realização
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Pesquisa
Entidade Beneficiada
Apoio de Divulgação
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PERFIL DO ASSOCIADO
JMC
Sinônimo de excelência e tradição
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Trabalhar com produtos diversificados e certificados, atendimento de qualidade, pronta entrega, preços competitivos, estoque e logística adequados, são alguns dos fatores que contribuíram enormemente na conquista da fidelização de seus clientes e fornecedores nesses quarenta e três anos de atuação no mercado de material elétrico. Fotos: Divulgação
undada em 1972, por seu atual diretor-presidente Sergio M. Camelo, a JMC está entre as maiores empresas de distribuição de materiais elétricos do País. Com 43 anos de existência, desde o início de suas atividades a JMC sempre acreditou no mercado brasileiro e enfrentou diversas dificuldades, passou por vários planos de governo, mudanças radicais na política monetária e fiscal, períodos inflacionários elevadíssimos, recessões e instabilidades. Entretanto, mesmo assim a empresa manteve o foco no aperfeiçoamento constante da qualidade no atendimento ao cliente. A trajetória de sucesso da JMC é compartilhada e comemorada no dia-a-dia da empresa, entre diretores e funcionários que reconhecem, mutuamente, a importância do trabalho em equipe e a harmonia no ambiente de trabalho como pontos chave para a superação das dificuldades.
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Pioneira no aprimoramento do sistema de logística e atendimento - através de sistemas de gestão integrados - a JMC continua investindo maciçamente nesta área e, atualmente, todos os processos de negociação envolvendo clientes, fornecedores e colaboradores são informatizados. A empresa conta com duas lojas instaladas na região do centro de São Paulo. Uma de varejo, na Rua Santa Efigênia, 727; e outra interligada ao seu Centro de Distribuição, na Rua Aurora, 525, ambas com localização privilegiada, que favorece o acesso às principais vias que interligam as regiões de São Paulo, tais como marginais e Avenida do Estado. Os espaços para armazenagem, atendimento a clientes e área administrativa, somam mais de 6.000 metros quadrados, destacando-se com um diferencial na região: o estacionamento próprio para clientes. A proximidade entre as duas unidades constitui outro diferencial e contribui para a agilidade no atendimento aos
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Foto: Divulgação
PERFIL DO TRABALHO
Com aproximadamente 110 colaboradores, a filosofia da JMC é colocar as relações humanas em primeiro plano.
clientes, possuindo 18.000 itens em estoque à disposição para venda no balcão ou para entrega através de frota própria, composta por veículos leves e caminhões. Com aproximadamente 110 colaboradores, a filosofia da JMC é colocar as relações humanas em primeiro plano, acreditando que o reconhecimento das qualidades de cada um torna-se um fator multiplicador para que cada etapa ou ação realizada seja um sucesso e motivo de orgulho para seu autor. Tratando, ainda, das relações humanas, a JMC investe no treinamento constante de seus colaboradores, através de parcerias com as indústrias (fornecedores), e possui um auditório próprio para a realização destes eventos. Esta ação garante ao cliente que ao ser atendido por qualquer colaborador da JMC, será orientado sobre todas as especificações e principalmente das novidades que surgem constantemente no mercado. A JMC atua num mercado bastante amplo, pois sua diversidade de itens
assim o permite, tendo em sua carteira de clientes condomínios, construtoras, instaladoras, indústrias, bancos, hospitais e shoppings, além de consumidores em geral, como arquitetos, decoradores e eletricistas. Desta maneira, com o apoio de seus colaboradores e fabricantes parceiros, a empresa foi estabelecendo um importante posicionamento no mercado tornando-se uma referência em material elétrico no Brasil e um grande provedor das mais diversas soluções para a área elétrica. Dentre as soluções oferecidas aos clientes citamos: engenharia de automação, projetos luminotécnicos, conectividade, quadros e painéis, contratos de fornecimento e suporte técnico para automação e iluminação, inclusive, com visitas técnicas identificando as necessidades e propondo alternativas adequadas para aplicações em áreas comerciais e industriais, reduzindo custos, aumentando a eficiência das instalações e preservando o meio ambiente. Outros diferenciais da empresa são as ações de marketing direcionado, com constantes campanhas em mala direta, revistas, rádio, TV, entre outros, pois a JMC
tem certeza que sua marca está consolidada no mercado, porém, a manutenção da mesma aliada ao aprimoramento de suas ações é fator primordial para que seja sempre lembrada como a melhor distribuidora de material elétrico. O amplo estoque de mercadorias também facilita e permite o atendimento nas diversas regiões do País e o planejamento logístico garante que as mesmas cheguem ao destino certo e no tempo combinado com total transparência e acompanhamento do cliente. Esse é o perfil da JMC: uma empresa sólida, que valoriza o material humano, dinâmica e inovadora, comprometida com os princípios da ética e qualidade total - o que caracteriza a filosofia de trabalho do seu fundador - objetivando manter-se, sempre, como referência comercial e técnica para seus clientes.
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda.
José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda.
José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda.
Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.
Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.
Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.
Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda.
Daniel Tatini Sonepar
Secretária Executiva Nellifer Obradovic
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AO LEITOR
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Luiz Henrique Cabanellos Schuh Advogado e sócio-fundador do Escritório Cabanellos Schuh / Advogados Associados
A lei anticorrupção e os seus impactos no ambiente corporativo - a necessidade do compliance
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stá em vigência, desde fevereiro do corrente ano, a Lei nº 12.846, de 01 de agosto de 2013, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, além de outras providências contempladas naquele texto. Dita norma legal, de recente convívio e ainda não consolidada, especialmente no âmbito da atividade privada empresarial, passou a ser conhecida como “Lei Anticorrupção”, notadamente pelo conteúdo legislativo chancelado nos seus artigos, que tratam, fundamentalmente, da responsabilização objetiva administrativa e civil das pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos à administração pública. É importante que se diga que esta lei não criou condutas novas, nunca antes tipificadas pelo Código Penal ou por legislação especial, haja vista que, fraudar licitações, oferecer ou dar vantagem indevida a agente público, utilizar-se de interposta pessoa (“laranja”) para ocul-
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tar ou dissimular seus reais interesses ou a identidade do beneficiário, já eram condutas consideradas ilícitas pelo Código Penal, pela Lei de Improbidade e pela Lei de Licitações. A novidade, e aqui o destaque, trazida pela Lei nº 12.486 é, de fato, a mudança de perspectiva dada pelo legislador no combate aos crimes contra a administração pública, substituindo o direito penal e a persecução do agente pessoa física, pelo direito administrativo sancionador, que visa a pessoa jurídica, ainda que continue a se valer de conceitos e instrumentos oriundos do direito criminal. Em realidade, o que se quer atingir agora é a empresa favorável a quem atuou como corruptor. Sabemos que viver honestamente, não lesar outrem e dar a cada um o que é seu, numa síntese das exigências da convivência humana, antes traduzida de forma semelhante em diversas doutrinas religiosas, seguramente, até hoje, anima o comportamento da maioria das pessoas.
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No entanto, a luta pelo poder – e por sua manutenção – ao longo dos tempos é uma guerra sem quartel e sem regras, muitas vezes se confundindo com a história do crime. Assim, o que se vê é que a honestidade convive com a valorização política da corrupção, criando uma cultura, se não de incentivo, pelo menos de tolerância a atitudes ilícitas. Nesses momentos, a sociedade tende a reagir, exigindo normas mais duras contra o crime, seja ele de corrupção ou outro. Inovação relevante trazida pela Lei Anticorrupção, que merece atenção, refere-se à questão da responsabilidade objetiva atribuída à pessoa jurídica, conforme texto do seu artigo 2º. Por meio desse dispositivo, a nova lei permite a punição da pessoa jurídica, independentemente da comprovação de dolo ou culpa por parte da companhia. Agora, na vigência desta Lei, a pessoa jurídica poderá ser punida independentemente da sua efetiva concordância com a infração. No tocante às punições, a Lei Anticorrupção prevê pesadas sanções às condutas ilícitas, não mais se limitando à figura do administrador ou do representante legal. A lei dispõe de uma série de mecanismos para recuperação do patrimônio público, uma vez que a maior parte das sanções é de natureza pecuniária, com caráter punitivo indenizatório. As sanções se dividem em administrativas e judiciais. As primeiras abrangem as multas, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, que nunca poderão ser inferiores à vantagem auferida, e a publicação extraordinária da decisão condenatória. Na hipótese de não ser possível calcular o montante referente ao valor do faturamento bruto, a lei prevê a aplicação de multa no valor de R$ 6 mil a R$ 60 milhões.
Com relação às sanções judiciais, a lei prevê a possibilidade de perdimento de bens, direitos ou valores, suspensão ou interdição parcial das atividades da empresa, dissolução compulsória da pessoa jurídica ou proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de entidades financeiras públicas ou controladas pelo poder público. Outrossim, a pena de dissolução compulsória da pessoa jurídica, por tratar-se de punição irreversível, merece cautela em sua análise. Uma vez que a lei estabelece a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica, haverá a necessidade de o juiz seguir critérios rigorosos para não ensejar abusos no momento da aplicação da pena. Importante referir ainda, o “acordo de leniência”, previsto na lei. Por este mecanismo, que segue a mesma linha da Lei de Defesa da Concorrência, a pessoa jurídica poderá celebrar acordos de leniência, que efetiva colaboração da pessoa jurídica responsável pela prática da infração, ou parte dela, nas investigações. Cumpridas as exigências previstas na referida norma, o “acordo
NO TOCANTE ÀS PUNIÇÕES, A LEI ANTICORRUPÇÃO PREVÊ PESADAS SANÇÕES ÀS CONDUTAS ILÍCITAS, NÃO MAIS SE LIMITANDO À FIGURA DO ADMINISTRADOR OU DO REPRESENTANTE LEGAL.
de leniência” isentará a pessoa jurídica da sanção de publicação extraordinária da decisão condenatória, bem como de proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicos e de instituições financeiras públicas. Ademais, reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável. A nova lei cria, ainda, o Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP), que reunirá e dará publicidade às punições aplicadas segundo a Lei 12.846, facilitando, assim, a consulta de informações sobre instituições empresariais. Por fim, é fundamental que as empresas privadas atentem para as mudanças trazidas pela “Lei Anticorrupção”. O conceito de compliance, importado do direito americano, é um procedimento a ser implantado por pessoas jurídicas para garantir a conformidade de suas condutas às exigências de determinada jurisdição ou setor. Trata-se, em outras palavras, de ato de cumprir, de estar em conformidade e executar regulamentos internos e externos, impostos às atividades da instituição, buscando mitigar o risco atrelado à reputação e ao regulatório/legal. O principal objetivo de um programa de compliance é o planejamento de atividades, tais como a revisão de políticas internas, código de ética e conduta e gestão de risco, para obter uma difusão da cultura da integridade no ambiente da empresa. O momento propõe aos empresários uma tarefa intrasferível: adaptarem-se às inovações trazidas pela Lei Anticorrupção, implantando suas ferramentas e mecanismos de prevenção e planejamento estratégico, para, assim, monitorarem seu relacionamento com a Administração Pública. Ademais, o mecanismo ligado à integridade permitirá alçar um novo patamar de cultura cidadã e empresarial de transparência e honestidade, que reforçará o conceito de cidadania e sociedade. POTÊNCIA
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PRÊMIO ABRACOPEL DE JORNALISMO
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EVENTO
Segurança nas
instalações REVISTA POTÊNCIA E PORTAL HMNEWS SÃO HOMENAGEADOS NO PRÊMIO ABRACOPEL DE JORNALISMO.
REPORTAGEM: PAULO MARTINS
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A
produção de reportagens e artigos que difundem a importância da segurança no uso da energia elétrica rendeu mais uma vez à Revista Potência e ao Portal HMNews o reconhecimento do mercado. Os dois meios de comunicação alcançaram posição de destaque na 8ª edição do Prêmio Abracopel de Jornalismo, promovido pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.
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Sobre a Abracopel
A associação tem como missão atuar na conscientização da população brasileira sobre os perigos gerados pela eletricidade, quando mal utilizada. Parte da atuação da entidade está voltada para a formação de profissionais, através da realização de seminários, palestras e workshops. A difusão de informações - por exemplo, através dos prêmios de jornalismo - também têm grande importância para a Abracopel. Nesse aspecto, um dos trabalhos mais conhecidos é a estatística de acidentes envolvendo eletricidade, compilada e divulgada anualmente pela entidade. momento muito especial para nós, pois acabamos de fazer a integração entre a Revista Potência e o Portal HMNews. Agradeço a Abracopel pelo prêmio, que nos motiva a trabalhar ainda mais em prol da segurança nas instalações elétricas. E principalmente à equipe Potência HMNews, pois as conquistas são de Fotos: Divulgação
Tradicional concurso de abrangência nacional, o Prêmio Abracopel de Jornalismo recebeu neste ano um número recorde de inscrições. Ao todo, foram 191 participantes, distribuídos em nove categorias: TV, Rádio, Jornal, Revista, Internet (Áudio, Vídeo e Texto), Empresarial e Artigo Técnico. Os trabalhos foram julgados por comissões compostas por profissionais de várias especialidades, além de julgadores leigos, como donas de casa e estudantes. O Portal HMNews foi o grande vencedor da categoria Internet Áudio, com a matéria ‘Acidentes envolvendo eletricidade’, de autoria do engenheiro eletricista Hilton Moreno e do jornalista Marcos Orsolon. O portal foi finalista ainda na categoria Internet Vídeo, com dois trabalhos assinados por Hilton Moreno: NBR 13570 (Parte 3) e NBR 13570 (Parte 5). Nessa categoria o engenheiro recebeu Menção Honrosa. Finalista na sua categoria, a Revista Potência também foi agraciada com Menção Honrosa pela matéria ‘Portaria 51 – Um passo rumo à segurança’, escrita pelo jornalista Marcos Orsolon. “Este reconhecimento ocorre em um
todos os que colaboram com o site e a revista”, declara Marcos Orsolon. Paralelamente à competição foram realizadas também a 5ª edição do Prêmio Especial Programa Casa Segura e a 1ª edição do Prêmio Especial Eletricidade Segura para Todos. Houve ainda uma homenagem ao Destaque Abracopel 2014. Neste ano a honraria foi concedida ao Inmetro, devido ao trabalho do instituto em benefício da população e em prol da segurança em eletricidade. Conforme menciona a Abracopel, o Inmetro foi o órgão responsável pela publicação da Portaria 51, instrumento que que estabelece os critérios para a certificação das instalações elétricas. O prêmio Destaque Abracopel 2014 foi entregue pelo vencedor do ano passado, Hilton Moreno, ao diretor de Comunicação Institucional do Inmetro, Afonso Ribeiro. A premiação foi realizada no dia 22 de setembro, no auditório do Instituto Itaú Cultural, em São Paulo (SP). Na ocasião, a presidente da Abracopel, Elizabeth Faria de Souza, apresentou em um vídeo o resumo das ações desenvolvidas pela entidade em quase uma década de existência e revelou que será lançado um livro comemorativo. O engenheiro Edson Martinho, diretor-executivo da Abracopel apresentou o cronograma de ações que a entidade pretende desenvolver em 2015, ano em que a associação completa seu 10º aniversário. POTÊNCIA
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INVESTIMENTO
Estrutura
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SIEMENS INVESTE EM SEU COMPLEXO INDUSTRIAL EM JUNDIAÍ (SP) E INAUGURA SUA 14ª FÁBRICA NO BRASIL.
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REPORTAGEM: MARCOS ORSOLON
P
restes a completar 110 anos de presença no mercado brasileiro, a Siemens mantém o fôlego e segue investindo no País. A última ação nesse sentido foi o início das operações, em agosto desse ano, de sua décima quarta unidade fabril no Brasil. A fábrica, que está localizada no seu complexo industrial de Jundiaí (SP), é a primeira da empresa na América Latina, e a sétima no mundo, destinada à produção de inversores de frequência de baixa tensão.
José Luís De la Rosa, diretor de Divisão de Drives Technologies da companhia, explica que a inauguração dessa unidade está em sintonia com o plano de crescimento da Siemens no País. “A demanda por inversores tem crescido no mercado brasileiro, tendo como motivador básico a busca por eficiência e a redução dos custos de energia para os clientes”, comenta o executivo, destacando que, hoje, a empresa figura entre as líderes do mercado de inversores no Brasil e busca aumentar ainda mais sua participação, sendo mais com-
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petitiva, ágil e com conteúdo local para melhor atender os clientes. Através da nova fábrica, a companhia traz para o Brasil a linha SINAMICS G150 e aumenta o seu índice de nacionalização de produtos e serviços com alto valor agregado, possibilitando suprir as crescentes necessidades do mercado brasileiro em alguns setores em expansão, como os de Papel e Celulose, Mineração, Química, Petróleo
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e Gás, Saneamento e Açúcar e Etanol. O executivo da empresa comenta que o SINAMICS G150 é um inversor de baixa tensão que oferece alta qualidade e variedade de funções de segurança, sendo uma solução econômica, silenciosa e de tamanho compacto. De la Rosa destaca ainda que a introdução da linha SINAMICS G150 no portfólio local soma-se ao sucesso da produção de inversores de média tensão no País, o SINAMICS Perfect Harmony GH180, que já superou a marca de 550 unidades entregues. “A Siemens produz em Jundiaí (SP) este equipamento desde 2008, com índices de localização de até 95%, possibilitando assim vantagens como linhas de crédito FINAME/BNDES e redução de IPI”, ressalta. O mercado externo também faz parte da estratégia da empresa. Tanto, que parte da produção será destinada às vendas para países vizinhos. “Por se tratar de um produto global, essa unidade poderá suprir a necessidade de qualquer país onde a Siemens atua. Mas o foco para exportação é o mercado Latino Americano”, afirma De la Rosa. Quanto aos próximos investimentos, a companhia já trabalha, nessa mesma planta, em Jundiaí, a nacionalização de outras famílias da linha SINAMICS
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Nos últimos dez anos, cerca de US$ 700 milhões foram investidos pela Siemens no Brasil. Em 2015, a empresa completa 110 anos de atuação no País.
A inauguração dessa unidade está em sintonia com o plano de crescimento da Siemens no Brasil. JOSÉ LUÍS DE LA ROSA | DIRETOR DE DIVISÃO DE DRIVES TECHNOLOGIES
que, a partir de 2015, também estarão disponíveis com produção local. Nos últimos dez anos, cerca de US$ 700 milhões foram investidos pela Siemens no Brasil.
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reconhecimento e
segurança trabalho de certificação de profissionais tem início no brasil e tende a ganhar força nos próximos anos.
reportagem: paulo martins
O
dia 1º de agosto de 2014 representa um marco na história do universo das atmosferas explosivas no Brasil. A data marca o lançamento do esquema de certificação de profissionais ‘Ex’ no País, fato que deverá contribuir consideravelmente para aumento da segurança nos ambientes sujeitos a risco de explosão. A Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas será feita pela Abendi (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção). Sediada em São Paulo (SP), a entidade técnico-científica terá a responsabilidade de efetuar o reconhecimento dos profissionais com destacada atuação nessa área, aplicar os exames para os candidatos à certificação e conceder o devido título aos aprovados. Para atender às determinações da ISO (International Organization for Standardization), que exiPOTÊNCIA
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Unidades de Competências Pessoais “Ex” Ex 001: aplicação dos princípios básicos de segurança em atmosferas explosivas Ex 002: execução de classificação de áreas Ex 003: instalação de equipamentos com tipos de proteção “ex” e respectivos sistemas de fiação Ex 004: manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas Ex 005: reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “ex” Ex 006: ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas Ex 007: execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivas Ex 008: execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas Ex 009: projeto de instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
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Ex 010: execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
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O esquema brasileiro de certificação de competências pessoais na área ‘Ex’ é composto por dez Unidades de Competências (veja Box acima), que engloFoto: DollarPhotoClub
ge independência entre as atividades de treinamento e certificação, a Abendi firmou uma parceria com a ABPEx (Associação Brasileira para Prevenção de Explosões), visando a formatação do processo de certificação e a capacitação de profissionais. O modelo brasileiro de certificação de profissionais ‘Ex’ obedece aos preceitos da norma NA-017 da Abendi “Qualificação e Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas” e está alinhado com o Documento IECEx OD 504 do IECEx, sistema global de certificação de competências pessoais para atmosferas explosivas mantido pela IEC (International Electrotechnical Commission). A certificação está aberta aos profissionais que trabalham com instalações e equipamentos em atmosferas explosivas, abrangendo pessoal dos mais variados segmentos industriais, como petróleo, química, petroquímica, farmacêutica, tintas e vernizes, resinas, borracha, cosméticos, agroindústria, gases industriais e biocombustíveis, entre outros.
bam as diversas atividades relacionadas às áreas classificadas. Entretanto, neste primeiro momento, a certificação foi lançada especificamente para a Unidade de Competência Ex 001: “Aplicação dos princípios básicos de segurança em atmosferas explosivas”. De acordo com a programação informada pela Abendi, a certificação para as demais UCs está sendo implementada gradativamente. O objetivo é contemplar todas as atividades, como identificação de riscos; orientação às equipes; monitoração de ambientes; participação em classificação de áreas; gerenciamento de riscos; especificação e controle de EPIs/EPCs; instalação, manutenção e ensaios de equipamentos e sistemas; revisão e modificação de equipamentos e desenvolvimento, projeto e inspeção de equipamentos, sistemas e instalações para áreas classificadas. Estão disponíveis dois processos de certificação: por reconhecimento ou por exames. Na primeira modalidade, é feita uma análise completa do currículo do candidato, que recebe pontos conforme o estágio que ele atingiu em oito requi-
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS A abrangência do sistema de certificação de competências pessoais na área ‘Ex’ é suficiente para proporcionar maior segurança em todo o ciclo de vida útil das instalações. SÉRGIO RAUSCH | ABPEx
o profissional pode solicitar a renovação do documento por mais três anos. No sexto ano de certificação, é preciso fazer a recertificação junto à Abendi. Para outras UCs, está prevista a realização de prova prática em CEQ Abendi, onde estão sendo instaladas baias para avaliação de montagem.
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sitos. São avaliados aspectos como formação acadêmica, cursos realizados e tempo de experiência profissional. Para pleitear a certificação por exames o candidato precisa ter concluído o ensino fundamental e passado por treinamento específico. A avaliação dos conhecimentos será feita por meio de duas provas: uma com 30 questões, no sistema de múltipla escolha, e outra com 10 questões dissertativas. Nas duas modalidades, em caso de aprovação, o candidato receberá a carteira e o certificado da Abendi, válidos por 36 meses, a contar da data de certificação. No terceiro ano da certificação,
Benefícios esperados para o mercado Saiba mais
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no site www.abendici.org.br/ atmosferaexplosiva/ é possível obter mais informações sobre o programa de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas, bem como conferir todos os passos necessários para se inscrever. informações sobre os programas de treinamento visando o processo de certificação podem ser obtidas no site www. project-explo.com.br, empresa associada à abpex com mais de 30 anos de serviços especializados, ministrando cursos para centenas de profissionais envolvidos com esses ambientes.
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No Brasil, os equipamentos elétricos destinados à instalação em áreas contendo atmosferas explosivas precisam, obrigatoriamente, passar por certificação. O fato sem dúvida contribuiu para elevar os padrões de segurança no País. Entretanto, para reduzir ainda mais os riscos de acidentes é preciso que os referidos equipamentos sejam corretamente especificados, instalados, inspecionados, mantidos e reparados. Nesse contexto, a certificação de profissionais ‘Ex’ é o elo que faltava para a efetiva formação da cultura da segurança no ambiente das atmosferas explosivas. Conforme mencionado, o sistema de certificação de competências pessoais na área ‘Ex’ é composto por dez Unidades de Competências. Na opinião de Sérgio Rausch, consultor Técnico da ABPEx, a abrangência dessa classificação é suficiente para proporcionar maior segurança em todo o ciclo de vida útil das instalações. “Desta forma estarão cobertos os aspectos onde usualmente ocorre maior vulnerabilidade em uma instalação”, considera o especialista. Vale lembrar que a Unidade de Competência ‘Ex 001’, já lançada, é
pré-requisito para obtenção da certificação nas demais UCs. Considerando os pré-requisitos, bem como o andamento da estruturação do sistema,
Neste primeiro momento a Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas é voluntária. Mas é provável que o processo caminhe naturalmente para a compulsoriedade.
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o cronograma atual dos trabalhos da Abendi prioriza a seguinte ordem: Ex 009, Ex 003, Ex 004, Ex 007 e Ex 008. Assim, pela sua função, o técnico de elétrica ou instrumentação deverá solicitar, no mínimo, de forma gradual ou completa, certificação nas unidades Ex 001, Ex 003, Ex 004 e Ex 007. É importante destacar ainda que neste primeiro momento a Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas é voluntária. Entretanto, é bem provável que, com o passar do tempo, o processo caminhe naturalmente para a compulsoriedade. A tendência é que inicialmente as grandes indústrias comecem a exigir a certificação de seus colaboradores e prestadores de serviços. Na sequência, o mesmo deve acontecer com as empresas de menor porte. Quer dizer, o próprio mercado tende a ditar o ritmo de possíveis alterações e aperfeiçoa-
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tmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
A certificação de profissionais ‘Ex’ tende a se tornar uma espécie de garantia para quem contrata trabalhos nessa área. HÉLIO RODRIGUES | ABENDI
mentos na legislação em vigor. A certificação de profissionais ‘Ex’ tende a se tornar uma espécie de garantia para quem contrata o trabalho de instaladoras, empreiteiras, oficinas de reparos, profissionais de inspeção e escritórios de projetos, pois uma indústria química, por exemplo, pode estipular em contrato que seus prestadores de serviços comprovem que passaram pelo processo. “Esta é uma maneira de os clientes se assegurarem que estão contratando uma empresa cujos profissionais são comprovadamente competentes”, destaca Hélio Rodrigues, consultor Técnico da Abendi. Os possíveis benefícios podem se estender também para o profissional certificado, seja ele autônomo ou funcionário de uma indústria ou prestadora de serviços. O título será um importante diferencial, que o ajudará a se destacar perante o mercado.
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revisão publicada Foi publicada pela ABNT no dia 08 de outubro a revisão da NBR IEC 60079-31: Atmosferas explosivas - Parte 31: Proteção de ignição de equipamento para poeira por invólucros “t”. Esta parte da Série NBR IEC 60079 é aplicável aos equipamentos elétricos protegidos por invólucros e com limitação de temperatura de superfície para utilização em atmosferas de poeiras combustíveis. A norma especifica requisitos para o projeto, construção e ensaios de equipamentos elétricos e componentes Ex. Ela suplementa e
modifica os requisitos gerais da ABNT NBR IEC 60079-0. Confira as mudanças técnicas mais significativas com relação à edição anterior: Um requisito foi incluído para “ta”, para determinar que a marcação de temperatura seja com base no valor mais alto da temperatura gerada por componentes internos ou da temperatura de superfície externa. Requisitos foram incluídos para equipamentos “ta” que contêm uma parte normalmente centelhante, para indicar a necessidade de um invólucro interno suplementar ao redor da parte
centelhante. Estabelecer um ensaio de impacto sobre o invólucro suplementar para equipamentos “ta”. A Comissão de Estudo CE 03:031.06 do Subcomitê SC-31 do COBEI, responsável pela elaboração desta norma técnica brasileira equivalente, acompanhou o processo de atualização, comentários, revisão e aprovação da respectiva norma internacional. Esta norma da Série NBR IEC 60079 é idêntica em conteúdo técnico, estrutura e redação e sem desvios técnicos nacionais em relação à respectiva norma internacional.
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Se analisarmos historicamente as funções e responsabilidades dos profissionais de segurança que operaram no País a partir de 1930, época em que se iniciou o desenvolvimento industrial e a era do petróleo, observamos que, em decorrência da falta de legislação e de normas relativas aos ambientes de risco desses locais, bem como pela falta de conhecimento decorrente de uma formação sem estes temas, estes profissionais sempre se restringiram à elaboração de procedimentos, operação e teste de sistemas de proteção e combate a incêndios, definição, distribuição e controle de EPIs, EPCs, etc. Entretanto, com o advento da legislação federal, estadual e municipal; com o aparecimento de normas técnicas baseadas no sistema internacional IEC, e a publicação das Normas Regulamentadoras (NR-33, NR-10 e NR20), os profissionais de segurança passaram a ter posição de destaque nos setores industriais sujeitos a riscos de explosão, visto que cabe agora a eles a gestão global da segurança, bem como as responsabilidades decorrentes desta gestão. 76
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Profissionais de segurança
Analisando as suas atribuições, baseadas no Art. 1º da NR-27, com foco na prevenção contra explosões, eles é que deveriam sair na frente para a identificação de riscos, monitoração e liberação de serviços para as demais equipes por meio das Permissões de Serviço exigidas legalmente, resultando na caracterização de responsabilidades civis e criminais assumidas pessoal e conjuntamente.
Adicionalmente, esses profissionais devem participar de análises de riscos de processos e equipamentos, análise e prevenção de acidentes, gerenciar a manipulação de inflamáveis e/ou combustíveis, orientar os trabalhadores sobre medidas de proteção, avaliar a integridade dos dispositivos de proteção, zelar pelo atendimento dos requisitos de segurança e higiene do trabalho em projetos, construção, ampliação e, espe-
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pela IECEx, com base na definição de Competências, Experiência e Habilidades requeridas para serviços em Áreas Classificadas, lançada no Brasil em primeiro de outubro pela Abendi, onde estão inseridos também os profissionais de projeto, montagem, manutenção, reparos, fiscalização, inspeção e comissionamento na Unidade de Competência Ex 001. Uma das empresas que já oferecem treinamentos ligados à Unidade de Competência EX-001 é a ProjectExplo. No caso, a companhia oferece os
cialmente, os decorrentes de alteração de produtos, insumos ou reposicionamento de fontes de risco. Portanto, eles são de fundamental importância na gestão e melhoria das condições de segurança das industrias onde operam, com ações que possam, inclusive, mediante controle da atmosfera de trabalho, minimizar as áreas classificadas. Por todas estas razões, se faz necessário que tais profissionais participem do processo de Certificação de Profissionais que foi implantado internacionalmente
curso
nov.
Capacitação em Áreas Classificadas para Profissionais de Segurança Capacitação em Áreas Classificadas para Profissionais de Elétrica/ Instrumentação. (Projetista, Montadores, Manutenção e Reparos)
datas
25/26/27
dez.
02/03/04 e 16/17/18
cursos de Capacitação de Profissionais de Segurança e de Capacitação de Profissionais de Elétrica e Instrumentação (para projetos, montagem, manutenção e reparos). Os programas têm como objetivo: › Atender a legislação vigente, representada pelas Normas Regulamentadoras NR-10, NR-20 e NR-33; › Atender ao Programa de Certificação de Profissionais Ex; › Trazer segurança efetiva ás instalações industriais sujeitas a riscos de explosão. Os programas foram concebidos em módulos (básico, intermediário e avançado), sendo que a carga horária de cada curso corresponde a 24 horas (oito horas para cada módulo), divididas em três dias. Informações no site HTTP:// treinamentos.project-explo.com.br ou no telefone (11) 5589-4332.
Foram realizadas na cidade de Haia, na Holanda, entre os dias 25 e 29 de agosto, as reuniões plenárias do IECEx - IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres. Na ocasião, foram discutidos diversos assuntos referentes à atualização dos sistemas internacionais de certificação de empresas de prestação de serviços, de competências pessoais e equipamentos “Ex”, com destaque para o ciclo total de vida das instalações contendo atmosferas explosivas. Estiveram presentes nas reuniões 144 delegados, representantes de 29 países, incluindo Brasil, Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Estados Unidos, Rússia e França, apenas para citar alguns. Estes delegados representam organismos de certificação de pessoas, organismos de certificação
de produtos, provedores de treinamento, laboratórios de ensaios, centros de pesquisas, fabricantes de equipamentos “Ex”, empresas usuárias de serviços e equipamentos “Ex” dos setores químico, petroquímico e de petróleo (marítimo e terrestre), oficinas de serviços de reparos de equipamentos para atmosferas explosivas e instituições de ensino. Os sistemas do IECEx visam fornecer uma certificação de conformidade única, reconhecida internacionalmente, tendo como base as Normas técnicas da IEC elaboradas pelo Comitê Técnico TC-31 – Equipment for Explosive Atmospheres. O IECEx tem por objetivo atender às necessidades do mercado da certificação não somente de produtos “Ex”, mas também de empresas de prestação de serviços para atmosferas explosivas, tais como empresas projetistas, de montagem, de inspeção, de manutenção e
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reuniões do IECEx
de reparos, bem um sistema de certificação de competências pessoais para trabalhos em áreas classificadas. Foram destacados pelo Secretário do IECEx, durante as reuniões realiza-
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sem desvios nacionais, em relação às respectivas normas internacionais IEC ou ISO. Os Documentos Operacionais em português, idênticos em conteúdo técnico, formato e apresentação em relação aos respectivos Documentos Operacionais originais em inglês, encontram-se disponíveis na página dos Documentos Operacionais do IECEx (http://www.iecex.com/operational.htm). Com relação ao sistema de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas, foram aprovadas nestas reuniões as novas Edições 3.0 dos Documentos Operacionais IECEx OD 503: Procedimentos de ExCB para a emissão e manutenção de Certificados de Competências Pessoais IECEx; e IECEx OD 504: Especificações para a avaliação dos resultados das unidades de competência. Estes documentos foram atualizados para incluir a Unidade de Competência Ex 000 (Conhecimentos básicos e compreensão para adentrar uma instalação
que inclui uma área classificada) e para revisar a quantidade de questões de múltipla escolha e de respostas dissertativas a serem utilizadas nos exames teóricos de conhecimento para cada uma das Unidades de Competências Ex. Foi ressaltada ainda a necessidade de haver uma independência entre as atividades de treinamento e de certificação de pessoas. Esta independência tem como objetivo evitar a ocorrência de um possível conflito de interesse. Não é considerado adequado que uma mesma organização de certificação de competências pessoais realize também as necessárias atividades de treinamento. Desta forma, para o sistema IECEx, não importa como e onde o treinamento tenha sido obtido pelo candidato, contanto que este possua os conhecimento, habilidades e experiências requeridas pelo processo de certificação de competências pessoais “Ex”.
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das na Holanda, os trabalhos realizados pelo Brasil na elaboração de diversos Documentos Operacionais, escritos em português, sobre a certificação de empresas de prestação de serviços “Ex” (incluindo serviços de projeto, instalação, inspeção, manutenção e também as oficinas de serviços de reparo de equipamentos “Ex”) e sobre a certificação de competências pessoais “Ex”. Em cada um destes Documentos Operacionais do IECEx escritos em português foi incluída uma nota sobre a referência às normas brasileiras NBR IEC e NBR ISO, publicadas pela ABNT, transcrita a seguir: Ao longo deste Documento Operacional IECEx, escrito em português, as Normas IEC ou ISO referenciadas são indicadas como Normas NBR IEC ou NBR ISO. Isto se deve ao fato de que tais normas são também escritas em português e são idênticas, em conteúdo técnico, forma e apresentação,
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DE OLHO NO AQUECIMENTO DO MERCADO, TS SHARA INVESTE EM LINHA DEDICADA AO SETOR DE CIRCUITO FECHADO DE TV.
Para aumentar a
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I
dentificar oportunidades no mercado nem sempre é tarefa fácil para uma empresa. No entanto, para aqueles que se mantêm atentos, o cliente pode ser uma fonte importantíssima de informações e, mais que isso, o indicador de novas possibilidades de negócios. E foi exatamente o feedback dos usuários de seus produtos que levou a
TS Shara a investir em uma nova linha, voltada para o setor de segurança eletrônica, ou melhor, de Circuito Fechado de TV (CFTV). Como explica Pedro Al Shara, CEO da companhia, a TS Shara já vem acompanhando o aquecimento dessa área no Brasil há algum tempo e, com ele, o aumento da demanda por nobreaks mais
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ação
dedicados. De outro lado, alguns clientes já solicitavam equipamentos com maior autonomia, capazes de manter um circuito fechado de TV em funcionamento por períodos mais longos no caso de queda de energia. Resultado: a demanda evidente levou a empresa a investir cerca de 20% do seu faturamento no desenvolvimento e fabricação de uma linha especial de nobreaks para atender os mercados de segurança eletrônica e vídeo-monitoramento. “Sentimos que tem muita demanda nesse setor. E nosso cliente reclamava que os produtos (tradicionais) não seguravam a energia nem por meia hora. A partir dessa constatação, sentimos que era preciso desenvolver um equipamento mais adequado, pois, dependendo da aplicação, o CFTV precisa funcionar por 24 horas. Então, foi o retorno dos próprios clientes que nos levou a focar nesse assunto”, afirma o executivo. Pedro Al Shara comenta que, até o desenvolvimento dessa linha, a empresa até atuava na área de CFTV, no entanto, isso ocorria através dos equipamentos tradicionais que possui no portfólio, que nem sempre são adequados a este segmento. “Agora estamos fazendo um produto dedicado a este setor. O que ocorria
antes é que o pessoal usava nessa área um produto que segurava a energia por cinco ou dez minutos, o que não é o ideal. Os circuitos de câmeras de segurança às vezes precisam de duas, cinco horas. Mas, por falta de opção, eles acabavam usando um produto que era inadequado. Agora é diferente, pois estamos oferecendo um produto especialmente desenvolvido para CFTV que segura por, no mínimo, uma hora a energia do circuito de câmeras, com opção de até cinco horas”, destaca Al Shara. Para melhor atender o cliente, a companhia disponibiliza não apenas opções diferentes de autonomia nos equipamentos, mas também de potência. Por isso, Pedro Al Shara explica que cada caso é analisado individualmente para se chegar ao melhor nobreak para as aplicações. “Dependendo da empresa a gente estuda a situação e indica a potência e a autonomia certas. Temos potências de 300VA até 20kVA nessa linha”, ressalta o executivo. A expectativa em relação ao desempenho de vendas dos novos produtos, que já estão disponíveis no mercado, é bastante positiva. Inclusive para que a empresa encerre o ano com crescimento no faturamento. “Acreditamos que com essa nova linha poderemos alcançar 15% de aumento em nossas vendas. Porque
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Empresa projeta crescimento de 10% nas vendas em 2014.
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Solicitações dos clientes e demanda crescente foram fundamentais para o investimento na nova linha de nobreaks.
Acreditamos que com essa nova linha poderemos alcançar 15% de aumento em nossas vendas. PEDRO AL SHARA | CEO
esse mercado representa um nicho enorme. Raramente você vê um estabelecimento sem Circuito Fechado de TV”, observa Pedro Al Shara, que completa: “Tivemos crescimento em torno de 30% no primeiro trimestre. Depois caímos e voltamos a nos recuperar agora. Acredito que fecharemos o ano com 10% de aumento em relação a 2013”. Além da nova linha de equipamentos, as vendas da companhia são puxadas pelo mix de estabilizadores, que é o carro-chefe da empresa, representando quase 30% do faturamento total. Outro item que tem se destacado é o nobreak para contas corporativas, que é um nobreak de média potência, acima de 3kVA até 80kVA, cujas vendas têm registrado avanço significativo no momento. POTÊNCIA
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PROJETO CONECTAR
NOTÍCIAS DE AUTOMAÇÃO PREDIAL
II Fórum Aureside no Rio de Janeiro Durante a Feira Construir Rio 2014, realizada de 1 a 3 de outubro no Riocentro, a Aureside organizou a segunda edição do Fórum Aureside na capital carioca. O evento contou uma série de apresentações ligadas aos temas de automação residencial e predial para um público composto, entre outros, por integradores, projetistas, construtores, arquitetos e designers. Os destaques desta edição do Fórum foram: ◗ Apresentação do projeto Prédio Eficiente (www.predioeficiente.com.br) pela Aureside e pelos patrocinadores desta edição (ABB, Finder, Flex Z-Wave, Neocontrol e Schneider Electric). Os principais temas foram ligados à utilização de sistemas
Curso de integrador agora tem site exclusivo
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A Aureside lançou em outubro o site www.cursodeintegrador.com.br, onde o profissional interessado em automação residencial pode consultar, as próximas turmas, as condições de inscrição e todas as informações pertinentes a este programa. O curso de integrador foi criado de forma pioneira pela associação em 2001 e, até outubro de 2014, já contava com
82 turmas realizadas. O programa ganhou reconhecimento nacional e é hoje a principal porta de entrada para profissionais que desejam participar do mercado e conhecer seu potencial e suas particularidades. As empresas fabricantes participam ativamente deste projeto, fazendo apresentações presenciais durante o curso e oferecendo cursos à distância como complemento curricular prático aos participantes. As turmas são realizadas alternadamente em diversas regiões do País. A próxima turma, que será a de número 83, está programada para acontecer em novembro no Rio de Janeiro. Interessados podem consultar mais detalhes no site www.cursodeintegrador.com.br.
III Fórum Aureside em São Paulo já tem data
Foram iniciados os preparativos para o III Fórum Aureside que vai acontecer durante a ISC Brasil 2015, de 10 a 12 de março no Expo Center Norte, em São Paulo. Temas ligados à integração entre sistemas de segurança e automação, rodadas de negócios e apresentação de tecnologias emergentes estão incluídos no programa. Acompanhe mais detalhes pelo site da associação: www.aureside.org.br.
Instituto da automação
Lançado no início de outubro, o Instituto da Automação é uma inciativa da Aureside para a capacitação e a atualização dos profissionais da área de automação residencial e predial. De um catálogo com mais de 50 cursos que compõem os quatro núcleos temáticos do instituto, diversos deles já estão sendo oferecidos, a maioria na sua versão à distância, com a participação de instrutores em tempo real. Em breve, serão disponíveis também “on demand”, ou seja, com horários flexíveis. Entre a primeira seleção de temas, destaque para os cursos na área de Negócios (voltados a empreendedorismo e marketing) e na área Técnica, principalmente dedicados a normas e regulamentações de instalações. O download do catálogo completo de cursos pode ser feito no site www.institutodaautomacao.com.br.
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Apoio:
automatizados para melhorar a eficiência das edificações. A apresentação teve tanto aspectos teóricos como apresentação de “cases” de sucesso que se tronaram referência na área. ◗ Apresentação da Associação KNX sobre implantações de sistemas baseados na solução KNX para automação predial, contando com a presença de suas empresas associadas no Brasil. ◗ No terceiro dia do Fórum foi apresentado o tema “Automação residencial: conceitos inovadores para projetos de arquitetura e design de interiores”. O tema foi desenvolvido pela Aureside, que contou com a participação da Flex Z-Wave a da Legrand ilustrando aplicações práticas dos sistemas em projetos de interiores.
Parceria com a CasaE da Basf Inaugurada em setembro de 2013, em São Paulo, a CasaE é a primeira Casa de Eficiência Energética da Basf no Brasil. Atrab Clu h ot o P r a l l vés do projeto, a compao Foto: D nhia procura mostrar ao mercado soluções e produtos inovadores desenvolvidos para tornar as construções mais sustentáveis e eficientes. No modelo desenvolvido no Brasil, a economia de energia chega a quase 70%, graças ao uso de materiais diferenciados. A construção utiliza produtos e técnicas construtivas mais sustentáveis e eficientes, fato que tornou a CasaE uma referência mundial em sustenta-
bilidade e tecnologias inovadoras para a construção civil. No Brasil, a casa já recebeu mais de 5 mil visitantes. Depois de um ano de sua inauguração, a casa receberá diversas atualizações nos próximos meses, e sua reabertura para visitação está prevista para março de 2015. Através de uma parceria firmada com a Aureside, durante este processo de retrofit serão instaladas diversas soluções de empresas que participam do projeto Prédio Eficiente, visando ampliar ainda mais a eficiência da casa e proporcionar maior conforto e segurança aos usuários. A casa dispõe de auditório e sala de reunião que poderão ser utilizados para os eventos do projeto Prédio Eficiente ao longo de 2015. O projeto de automa-
Sustentabilidade Com 400 metros quadrados, a CasaE recebeu investimento de cerca de R$ 3 milhões. Trata-se de um projeto inovador que apresenta soluções para redução do consumo de água, energia e emissão de CO2. A CasaE ainda responde questões fundamentais do mercado de construção sustentável relacionadas à rapidez dos processos, moradias mais acessíveis, à durabilidade dos materiais utili-
zados e seu reaproveitamento, além da saúde e conforto das pessoas que habitarão os espaços. Seu diferencial começa pelo sistema construtivo, que consiste em blocos de poliestireno expandido que proporcionam isolamento térmico. Espumas especiais foram aplicadas nas paredes e no teto para dar conforto acústico e térmico. No processo de construção ainda foram utilizados tintas, vernizes e adesivos com pigmentos especiais.
ção integrada está em elaboração e, nas próximas edições, a revista Potência HMNews vai acompanhar este processo e documentar o passo a passo da implantação. Depois de colocados em funcionamento, os sistemas instalados serão monitorados para que sejam registrados os indicadores de performance da edificação e os resultados obtidos.
AURESIDE Associação Brasileira de Automação Residencial Rua Hilário Ribeiro, 121 CEP 04319-060 São Paulo-SP Fone: (11) 5588-4589 E-mail: contato@aureside.org.br Site: www.aureside.com.br
DIRETORIA José Roberto Muratori Diretor-Executivo Edison Puig Maldonado Diretor Técnico Raul Cesar Cavedon Diretor Administrativo e Financeiro Fernando Santesso Diretor de Marketing
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FINANÇAS E INVESTIMENTOS
Produção local
A Bonfiglioli se prepara para produzir no Brasil a linha planetária de redutores eólicos da marca. Segundo a empresa, esse tipo de redutor alia alto torque, robustez e compacidade, características fundamentais em aplicações eólicas. De acordo com Mateus Botelhos, diretor da unidade brasileira da Bonfiglioli, foram investidos cerca de R$ 15 milhões na planta instalada em São Bernardo do Campo (SP), que fabricará os redutores eólicos no Brasil a partir de outubro, incluindo equipamentos para linha de montagem, treinamento de plantel interno, treinamento de fornecedores e ferramental. “Este montante não inclui a reestruturação que tivemos em alguns departamentos da empresa, como Qualidade, Engenharia e Operações, que agora estão mais alinhados às necessidades para o fornecimento de produtos seriados de forma contínua, com forte monitoramento de todas as etapas da cadeia de abastecimento”. O investimento do grupo previsto para 2014 no setor de energias renováveis é de € 6,8 milhões mundialmente. “Iniciaremos nossa operação com capacidade para atender todo o planejamento dos nossos clientes para 2015. A expectativa para os anos seguintes é a de que a demanda possa aumentar. Caso este fato se concretize, ainda teremos como aumentar o número de turnos de trabalho, além de eventualmente agregarmos linhas de montagem adicionais”, destaca o executivo.
Nacionalização de produtos Atenta à crescente demanda mundial por petróleo e gás e ciente da potência do Brasil na exploração e produção, cada vez maior, dessa commodity, a Eaton, empresa global de gerenciamento de energia, está investindo na nacionalização de produtos hidráulicos e elétricos. Os projetos, que abrangem quatro unidades localizadas no estado de São Paulo, serão executados neste e no próximo ano. Até o fim de 2014, a fábrica em Guaratinguetá do Grupo Hidráulico passará a produzir mangueiras de alta pressão para aplicação subsea. Este produto, até então, era fabricado pela empresa apenas nos Estados Unidos. Já na unidade de Guarulhos será concentrada a fabricação de cilindros de grande porte para sistema de compensação de movimento de sondas de perfuração; antes sua fabricação era realizada somente na Holanda. Em 2015, o foco da nacionalização será de soluções do Grupo Elétrico. Está prevista a produção de luminárias LED para uso em refinarias e plataformas de petróleo, na unidade de Votorantim; e a fabricação de Centros de Controle de Motores (CCM) de baixa tensão linha CXH que atenderão aos requisitos do segmen-
to de óleo e gás e poderão ser aplicados em refinarias. “A Eaton vê o Brasil em longo prazo. Quando olhamos dessa maneira para o País, nós o consideramos um mercado muito positivo e temos prazer em participar dele. De fato, enxergamos o grande potencial do pré-sal e estamos investindo na localização dos nossos produtos para servir o mercado nacional e estarmos cada vez mais preparados para novos negócios”, declarou Craig Arnold, vice-presidente e COO da Eaton, em sua visita ao País. Outra novidade para o setor de óleo e gás é a inauguração do Centro de Serviços da Eaton no Brasil. Previsto para acontecer até o fim deste ano com o objetivo de servir os clientes do setor, ele ficará na cidade de Macaé, reconhecida como centro de plataformas de petróleo e gás. Esse escritório na região vai oferecer suporte técnico e comercial com resposta rápida às necessidades do mercado de O&G, além de serviços de reparo. Contará também com representantes das linhas de produtos das áreas de Hidráulica, Filtração e Elétrica da Eaton.
Foto: DollarPhotoClub
ECONOMIA
Modernização da Indústria
Com o objetivo de melhor capacitar as indústrias brasileiras que atuam no segmento de iluminação, a Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) preparou e fez chegar às mãos dos presidenciáveis um documento com propostas para a implementação de um plano nacional de modernização das empresas aqui instaladas (e as que futuramente aqui se instalarem) para que se tornem mais competitivas em relação à concorrência internacional, tanto no mercado interno como no externo. Além da desoneração de impostos, da simplificação do sistema tributário, de medidas de defesa comercial e a correção de deficiências na infraestrutura, demandas necessárias para a implementação de políticas setoriais de estímulo à produção nacional como um todo, o plano elaborado pela Abilux concentra suas reivindicações na adoção de medidas que permitam que o setor atinja os mais altos níveis de eficiência energética, sustentabilidade ambiental e socioeconômica por meio de uma política de desenvolvimento produtivo local. O documento, segundo o presidente da Abilux, Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, alerta os presidenciáveis sobre a necessidade de se adotar, com urgência, medidas que permitam a sobrevivência da indústria de iluminação local. A adoção das medidas propostas é fundamental para que a indústria brasileira de iluminação retome a sua posição no mercado internacional, evite o fechamento de empresas e volte a gerar empregos. “Há ainda que se considerar que com o desenvolvimento de uma indústria local forte e moderna o setor se transformará em um importante aliado na redução do consumo de energia, da emissão de CO2 e do custo da energia direcionada à iluminação para a população de menor poder aquisitivo”, argumenta Uchôa Fagundes.
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Terceiro turno
A Alstom anunciou o terceiro turno de sua fábrica eólica localizada em Camaçari, no estado da Bahia, que agora atingirá uma capacidade de fabricação e montagem de até 900MW por ano. Quando a fábrica foi inaugurada, em 2011, a capacidade total de produção era de 300MW. Essa capacidade foi incrementada em 2012 para 600MW. Três anos após sua inauguração, a fábrica já triplicou a capacidade. Como consequência, o investimento adicional na planta de Camaçari será no valor de €3 milhões nos próximos 4 meses. O crescimento da produção levará a uma atualização das linhas existentes e gerará aproximadamente 50 postos de trabalho. Esta extensão suporta o mercado de energia local e o aumento da demanda por soluções de energia eólica, que está crescendo rapidamente nos últimos anos, especialmente no Brasil. “Esta expansão demonstra o compromisso da Alstom em construir um cluster eólico no estado da Bahia e em ajudar o mercado brasileiro a ter uma matriz energética sustentável e ecologicamente correta. Demonstra também o nosso desejo de ser um grande protagonista econômico nacional e de criar postos locais de trabalho qualificado”, informa Pierre-François Chenevier, vice-presidente Wind da Alstom na América Latina.
Vento a favor
A Associação Mundial de Energia Eólica (WWINDEA) publicou o relatório Half-year Report 2014, atualizando o status da indústria global quanto às capacidades instaladas no primeiro semestre do ano de 2014, em todo o mundo. A entidade informou que a capacidade eólica instalada ultrapassou os 336GW. Apenas no primeiro semestre de 2014, foram 17,6GW de nova capacidade instalada, contra 14GW em 2013. Os destaques para estas novas instalações foram da Ásia, em especial a China, país que instalou um montante próximo aos 100GW, e para o Brasil, que foi o terceiro maior mercado de novas turbinas eólicas. Até o final do ano de 2014, espera-se instalar 360GW. “Pela primeira vez o Brasil fez parte do pódio, se tornando o terceiro maior mercado mundial de turbinas eólicas, com 1,3GW de nova capacidade, o que representa 7% da venda mundial de turbinas. Com isso, o Brasil é capaz de expandir sua liderança isolada neste segmento por toda a América Latina”, diz o estudo. Foto: DollarPhotoClub
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ECONOMIA
FINANÇAS E INVESTIMENTOS
tricidade e o de Iluminação Básica de LED. Ainda neste ano será realizado também o curso de Iluminação Avançada em LED. Focado principalmente na qualificação profissional, o Avant Lighting Center contemplará cursos de formação, capacitação e reciclagem profissional, abertos ao público que atua nas áreas de iluminação e tecnologia da luz – entre clientes, consumidores, lighting designers, profissionais e formandos em iluminação, arquitetura, engenharia, vitrinismo e decoração. Clientes poderão receber cursos em caráter exclusivo, ministrados no novo espaço ou em suas próprias instalações. Os treinamentos serão apresentados por profissionais da Avant com formação e especialização em Vendas, Marketing, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Lighting Design e Projetos Luminotécnicos. Renomados especialistas da área de iluminação do Brasil e do exterior também serão convidados para ministrar cursos. “Deter o conhecimento técnico e sobre cada produto é fundamental para prestar um serviço de qualidade”, declara Grosso.
Fotos: Divulgação
Especialista do segmento de lâmpadas, a Avant inaugurou no começo de outubro, em São Paulo (SP), o Avant Lighting Center, espaço que reúne um centro de treinamento de profissionais do setor, área dedicada à exposição dos produtos comercializados pela empresa e um avançado laboratório de testes e análises de lâmpadas, que é um dos mais completos do Brasil. O objetivo é disponibilizar uma área onde o desenvolvimento e a capacitação dos profissionais do setor, principalmente em iluminação e vendas, sejam a atividade principal. “O Avant Lighting Center foi pensado para ser um centro irradiador de informações sobre o que acontece em iluminação e tecnologia luminotécnica no mundo. Com isso, estreitamos o relacionamento com clientes e consumidores”, afirma o CEO da companhia, Gilberto Grosso. Para comemorar o início das atividades do Avant Lighting Center já estão programados os primeiros cursos no novo auditório, que tem capacidade para 70 pessoas: Iluminação Básica e Conceitos de Ele-
Eficiência energética
A AES Eletropaulo começou a desenvolver em outubro um projeto de eficiência energética em prédios públicos da cidade de Cotia (SP). A ação, que é uma parceria com a prefeitura do município, será viabilizada em 33 edifícios e deve contribuir com uma economia de energia de 480MWh/ano. A concessionária investiu cerca de R$ 600 mil neste projeto. Dentre as melhorias previstas está a utilização de equipamentos mais eficientes, como lâmpadas fluorescentes do tipo T5, que consomem de 60% a 80% menos energia em relação a uma incandescente, e luminárias com refletores de alumínio de alta eficiência. Outra melhoria é a redução da manutenção de lâmpadas, já que as novas lâmpadas possuem vida útil de até oito anos. A distribuidora fornecerá todos os materiais e a mão de obra necessária para a substituição de aproximadamente 3 mil pontos de iluminação. As reformas serão durante os meses de outubro a dezembro de 2014, beneficiando 19 escolas, 10 unidades básicas de saúde, entre outros prédios públicos.
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Espaço da iluminação Consumo consciente
A AES Eletropaulo e o Instituto Akatu lançaram o segundo vídeo da série de oito animações sobre Consumo Consciente de Energia que, com linguagem simples e acessível, revela os impactos individuais, sociais, econômicos e ao meio ambiente dos consumos relacionados ao tema. A segunda animação explica a importância do uso de lâmpadas LED e está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=9hWwO3NYHvw&fe ature=youtu.be e no Facebook da distribuidora com a hashtag #SejaMaisConsciente. O vídeo explica, entre outras questões, a vida útil dessas lâmpadas, quatro vezes maior do que uma lâmpada convencional e 25 vezes maior que uma lâmpada incandescente. O objetivo dos vídeos é fornecer informações importantes para que os cidadãos possam entender, de maneira lúdica e didática, a importância do uso consciente da energia e também conhecer os impactos das escolhas de consumo. Os vídeos permitem que as pessoas compreendam que a mudança de comportamento individual é importante para o processo de construção de uma sociedade mais sustentável, que depende de toda a população. “Estamos comprometidos em educar as gerações atuais e futuras sobre a importância do Consumo Consciente de Energia. Se queremos uma sociedade desenvolvida e mais sustentável para todos, é nosso papel contribuir de forma permanente para que isso aconteça. Um dos caminhos é por meio da informação, do engajamento e das iniciativas que contribuam para mudança de hábito de cada um”, informa Paulo Camillo, vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da AES Brasil.
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A S&C Electric Company, especialista global em soluções Smart Grid, anunciou a inauguração de sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná. A nova instalação, na qual a empresa investiu mais de R$10 milhões, tem 10 mil m² e equivale ao dobro do tamanho da planta anterior que a companhia possuía no Brasil. O local terá a primeira linha de produção da Chave de Distribuição Subterrânea Vista® fora dos Estados Unidos, onde a sede global da companhia está localizada, e possuirá capacidade
inicial de produção para atender às necessidades do mercado da região. “A inauguração é parte de um processo de investimento contínuo da empresa no País, no qual estamos operando há mais de 50 anos. Inicialmente, a produção irá abastecer o mercado local e, eventualmente, se expandirá para suprir a crescente demanda por produtos de qualidade de comutação, proteção e controle na América do Sul”, afirma Diego Elizalde, gerente-geral da S&C Electric do Brasil. Além da Chave de Distribuição Subterrânea Vista®, a nova unidade também pos-
sui operações para customizar e entregar outros produtos S&C importados dos Estados Unidos. “A nova fábrica permite a nós suprir os requisitos do mercado local com ainda mais velocidade e suporte especializado”, comenta Elizalde. A nova planta da S&C começou a ser erguida em 2013 e, após a conclusão, possui agora 65 funcionários em vendas, engenharia, administração e produção. Além de dobrar o espaço fabril, ela também quadruplica o espaço de engenharia e administrativo da organização.
Foto: Divulgação
Nova fábrica
Lei do Bem
Foi publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de outubro a Medida Provisória Nº 656/2014, que, entre outros temas, prorroga, em seu Artigo 5º, a Lei do Bem até 31 de dezembro de 2018. Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a formalização da prorrogação é de extrema importância para dar previsibilidade e segurança para as empresas em suas decisões de investimentos. Em agosto, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, em audiência ao presidente Humberto Barbato, confirmou a prorrogação. Desta feita, ao invés de ser prorrogada através da MP 651, foi utilizada uma nova MP, a 656. A medida, que expiraria no final deste ano, isenta de PIS/Cofins os produtos relacionados na Lei nº 11.196/2005.
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PRODUTOS E SOLUÇÕES
TESTE EM INSTALAÇÕES A Fixtil incluiu em seu portfólio o aparelho Multi Teste de Voltagem (foto). O produto tem como função medir a passagem de corrente elétrica e auxiliar nas diversas instalações de baixa tensão realizadas em residências, empresas, fábricas, shoppings, escolas, etc. É fabricado em material plástico e metal, na cor azul, com os fios de teste em cores diferenciadas, preto e vermelho para identificação de fases. Outro produto da linha é a Chave de Fenda Teste, que possui semelhante função de realizar testes de segurança e identificar corrente elétrica de baixa tensão, em 110 ou 220V. A linha de Elétrica da Fixtil é composta por produtos direcionados para segmentos diversificados, como: eletrodomésticos, eletroeletrônicos, instalações elétricas, telefonia e áudio e vídeo.
MICROINVERSOR Especialista global no desenvolvimento de soluções para movimento e controle, a Parker Hannifin, através da Divisão Automação, está lançando o AC10 (foto), um microinversor desenvolvido para aplicações simples de controle de velocidade em malha aberta. Indicado para bombas, ventiladores, esteiras e centrífugas, o inversor garante elevada confiabilidade e economia de energia, além de ter formato bem compacto. Outro destaque da mesma divisão é o AC30. Trata-se do inversor de frequência global da Parker. Com conceito modular, filtros, redes e proteções de hardware opcionais, o equipamento atende à maioria das condições agressivas ambientais das instalações industriais.
CONTROLE DE ALTO DESEMPENHO Com o controlador de automação programável (PAC) Armor GuardLogix, a Rockwell Automation passa a oferecer controle multidisciplinar de alto desempenho em um equipamento que pode ser instalado diretamente na máquina. O Armor GuardLogix junta-se ao portfólio de soluções que leva os controles industriais e os componentes físicos para mais perto das aplicações ou para as máquinas, propriamente ditas, minimizando a quantidade de componentes no gabinete. Isso reduz o tempo de fiação e ajuda a aumentar o tempo operacional, pois a manutenção e os reparos são feitos mais rapidamente, com sistemas pré-configurados de conexão rápida e com layouts de fiação simplificados.
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PRODUTOS E SOLUÇÕES
QUALIDADE NA ENERGIA A SMS amplia sua linha de nobreaks senoidais e lança os modelos Atrium, desenvolvidos para uso em diversos tipos de equipamentos que necessitem de energia ininterrupta e de qualidade, principalmente servidores e ambientes de TI. Os nobreaks chegam ao mercado com potências de 2.200VA na versão bivolt e 3.000VA em versão bivolt e monovolt 220V, fator de potência igual a 1 e possibilidade de aumento de autonomia (módulo de bateria externo). O nobreak interativo senoidal Atrium oferece seis proteções para a carga contra problemas da rede elétrica: queda de rede (blackout), ruído da rede elétrica, sobretensão de rede elétrica, subtensão de rede elétrica, surtos de tensão na entrada, correção de variação da rede elétrica por degrau.
ILUMINAÇÃO COM ESTILO A Avant lançou a linha de Luminárias Arandela. Em aço, vidro, tecido ou cromada, a gama conta com diversos modelos e estilos e fino acabamento. Os modelos são indicados para ambientes internos, como salas, quartos, banheiros, corredores, halls, restaurantes, bares ou outros da preferência do consumidor. Dentre as principais características técnicas do produto estão a potência máxima da lâmpada, que deve ser de até 60W, e a base do soquete nas configurações E14, E27 e G9, de acordo com o modelo. Todos os fios elétricos têm cobertura isolante cristal.
GABINETES EM VÁRIOS TAMANHOS A nova linha de gabinetes Synergy, da SOB-Brasil, combina as vantagens do plástico ao alumínio, em um único conceito. Trata-se de uma moderna gama de gabinetes em quatro formas geométricas básicas - quadrado, retangular, circular e oval. Ao todo são 36 tamanhos de gabinetes, com muito espaço para os componentes eletrônicos e elementos de comando. A ligação é feita através de parafusos de aço inoxidável. As peças possuem espaço para interfaces e são de fácil montagem. A linha destina-se à aplicação em sistemas de dados de engenharia, medição, tecnologia de rede, sistemas de serviços de construção, engenharia de segurança, aplicações médicas e terapêuticas, entre outras.
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MARKETING
Deixe que seu
cartão de visita fale b
POUCOS SE DÃO CONTA, MAS ELE TAMBÉM PODE SER UMA IMPORTANTE FERRAMENTA DE
pois ele carrega a credibilidade de sua empresa, quer para a venda de produtos ou serviços. Ele tem que deixar uma marca, que reflita a missão da empresa e ajude a identificá-la rapidamente. Por isso, selecionei algumas dicas interessantes para deixar que seu cartão fale bem de você:
➧ Faça a impressão de seu cartão em uma gráfica profissional.
MARKETING.
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ciais. Ele é essencial para que a pessoa lembre-se de você e de sua empresa. Visto que em todo primeiro contato, normalmente deixamos um cartão, vale o ditado: “A primeira impressão é a que fica”. Assim, é extremamente importante ter um cartão de visita estratégico,
o que tudo indica, os cartões de visitas apareceram inicialmente na França durante o reinado de Louis XIV. Eram usados com o objetivo de se apresentar a uma outra pessoa. Com o tempo, passaram a ser usados com objetivos comerciais na Inglaterra, no início do século XVII. Alguns deles possuíam mapas que mostravam como chegar até as lojas, pois não existia um sistema de ruas identificadas por nomes e números como temos hoje. Mesmo tendo-se originado há muito tempo, o cartão de visita continua sendo necessário e muito utilizado nos relacionamentos comer-
O custo para mandar uma gráfica imprimir seu cartão de visita não é alto. Por isso, fuja da tentação de querer imprimir o cartão em casa. A qualidade fica péssima e pode prejudicar a sua empresa.
➧ Certifique-se de que ele seja feito em um material de boa qualidade. Um papel de boa qualidade, além de conferir dignidade ao cartão, também proporciona maior durabilidade.
➧ O visual do cartão deve ser “clean”. Evite colocar imagens de fundo, letras de tamanhos diferentes, cores em excesso, calendários no verso, etc. Lembre-se: em um cartão de visita, menos é mais. As pessoas confundem cartão de visita com panfleto. Mas, na verdade, a função do cartão é passar a identificação. Ele é pessoal. Ele deve conter, no máximo: logotipo, nome, ocupação profissional, telefone, endereço, site e e-mail. Também não é bom colocar várias tipologias de fontes. O ideal é usar uma única fonte em todo o cartão.
GABRIEL GARRIDO Foto: Divulgação
Especialista em Marketing da OBO BETTERMANN do Brasil Ltda. 92
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e bem de você! ➧ Destaque o seu nome. Seu nome deve ser colocado em uma área de destaque do cartão, e normalmente deve estar em “negrito”.
➧ Use o formato padronizado. O cartão possui o formato padronizado de 9,5x5,5cm. Pode ser tanto na horizontal quanto na vertical, mas não deve fugir dessa medida. Um cartão fora do padrão impede a pessoa de colocá-lo no seu porta-cartões, correndo o risco de parar no lixo.
Nós lemos da esquerda para a direita e de cima para baixo. Respeite esse sentido ao dispor as informações no cartão. Procure se certificar de que a logomarca da empresa esteja no canto superior esquerdo, o primeiro lugar aonde olhamos quando pegamos um cartão.
➧ Utilize um porta-cartão. Não guarde os cartões no bolso ou na carteira. Possua um porta-cartão de boa aparência. Isso valoriza seu cartão e a pessoa que irá recebê-lo perceberá isso. Além disso, ele protegerá seus cartões, evitando que fiquem sujos ou amassados.
➧ Seja criativo. Seu cartão precisa ser diferente e chamar a atenção.
➧ Regra de Etiqueta. Ao receber um cartão de alguém não o guarde imediatamente. Mantenha-o em suas mãos e segure-o firme. Isso demonstrará que você deu valor por recebê-lo.
Foto: DollarPhotoClub
➧ Respeite o sentido da leitura.
Você só existe como profissional quando tem um cartão de visita. Por isso, dê a devida atenção e importância a ele. O cartão é uma poderosa ferramenta de marketing e, se criado de maneira estratégia, pode fortalecer sua marca. E lembre-se: ele deverá estar com você em todos os lugares, afinal as oportunidades de negócios podem surgir a qualquer hora!
O cartão é uma poderosa ferramenta de marketing e, se criado de maneira estratégica, pode fortalecer sua marca. POTÊNCIA
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AGENDA
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V Rodeio Nacional de Eletricistas Data/Local: 07 a 09/11 – Santos (SP)
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Informações: sendi@cpfl.com.br
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XXI Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica Data/Local: 08 a 13/11 – Santos (SP) Informações: sendi@cpfl.com.br
Seminário Elétrica Segura RS Data/Local: 11/11 – Rio Grande do Sul Informações: (11) 4028-5451
Painel Energia Eólica 2014 Data/Local: 12/11 – São Paulo (SP) Informações: tabatha@artsim.com.br
4º Encontro Anual sobre Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas Data/Local: 12/11 – Rio de Janeiro (RJ) Informações: zmsilva@firjan.org.br
CURSOS Edifícios Hospitalares Sustentáveis – LEED for Healthcare Data/Local: 10 e 11/11 – São Paulo (SP) Informações: cursos@gbcbrasil.org.br / (11) 4191-7805
Check-list das Normas NBR 5410 e NBR 13570 Data/Local: 13 e 14/11 - Palmas (TO) Informações: www.hiltonmoreno.com.br
Manutenção Elétrica Data/Local: 24 a 27/11 – Itajubá (MG) Informações: fupai@fupai.com.br / (35) 3629-3500
Gestão de Energia Data/Local: 12/11 – São Paulo (SP) Informações: cursos@abnt.org.br / (11)2344-1722
Tecnologia LED Data/Local: 12/11 – São Paulo (SP)
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Informações: treinamentos@expersolution.com.br / (11) 4704-3540
Instalador Fotovoltaico
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Data/Local: 24 a 28/11 – São Paulo (SP) Informações: www.neosolar.com.br
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LACERDA SISTEMAS DE ENERGIA
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(11) 2147-9777
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RECADO DO HILTON
BOAS PRÁTICAS
Mal, Bem ou enho tido a sorte e a oportunidade de viajar a trabalho por todas as regiões do Brasil. Em todas as ocasiões encontro situações similares: o dilema dos profissionais que têm por princípio fundamental realizar seus trabalhos da melhor maneira possível, seguindo as boas práticas de engenharia, as normas técnicas e regulamentações vigentes. No entanto, colocar em prática este conjunto de ações, que parecem tão evidentes, não é tão fácil assim no dia a dia. No mundo real, o mercado, seja ele de fornecedores de produtos ou serviços, infelizmente conta com inúmeros participantes que praticam exatamente o oposto dos princípios enunciados no parágrafo anterior. Seja por ganância ou simplesmente por ignorância, travase diariamente uma batalha sem fim entre aqueles que querem entregar as coisas bem-feitas ou, quando possível, perfeitas, e aqueles que se contentam em fazê-las mal feitas. Em relação a diferentes aspectos, geralmente a diferença entre fazer algo mal feito, bem-feito ou perfeito é quase a mesma. Porém, no que diz respeito ao preço, à qualidade e à segurança do produto ou serviço, a diferença é abismal! Apesar de temos no País um valioso sistema de avaliação de conformidade de profissionais, produtos, serviços, sistemas e instalações em funcionamento, ele ainda está bastante aquém da quantidade necessária de itens a serem monitorados. O resultado é que o consumidor final, seja ele um profissional 98
ou uma “dona de casa”, fica à mercê dos fornecedores. Resta ao consumidor reclamar junto às autoridades públicas ou aos conselhos profissionais quando algo de errado acontece. Porém, nestes casos, algo errado já aconteceu e prejuízos à saúde ou materiais já foram contabilizados. Os malfeitores levam evidente vantagem nos preços que praticam quando comparados aos benfeitores ou aos “perfeitores” (sic), o que resulta em um evidente e compreensível desânimo
É enorme a sensação de frustração experimentada por um profissional ou empresa que valoriza fazer o certo ao perder uma concorrência para aqueles que visam apenas o lucro fácil.
destes últimos. É enorme a sensação de frustração experimentada por um profissional ou empresa que valoriza fazer o certo ao perder uma concorrência para aqueles que visam apenas o lucro fácil. A mensagem que fica nesta coluna, e que também faz parte do DNA de toda equipe da Revista Potência - HMNews, é que os benfeitores e “perfeitores” devem persistir no caminho de sempre fazer a coisa certa. Este caminho é, sem dúvida, mais longo e mais difícil, mas os resultados são duradouros e recompensadores. Nada vale mais do que a credibilidade e a gostosa sensação de colocar a cabeça no travesseiro e dormir com a certeza de que o dever foi cumprido da melhor forma possível. Entre fazer mal feito, bem-feito ou perfeito, escolha a última opção. É por esta escolha que você será lembrado para sempre! Em tempo: quando estiver lendo esta coluna, o Brasil já terá escolhido seu novo presidente. Que ele seja um “perfeitor”! Até a próxima edição!
HILTON MORENO
Foto: Ricardo Brito/HMNews
T
Per....feito.
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