A NO 2 - N º 15
Junho 2017
EDITORA
Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções
Construção sustentável Destaque
Mão de obra
Cresce número de opções de cursos para instaladores de sistemas de aquecimento solar térmico
Universo dos green buildings ganha espaço na construção civil, abrindo oportunidades para empresas e profissionais. Para avançar nesse mercado, instaladores precisam entender essa nova filosofia e investir em qualificação técnica
Mercado
Água quente
ANO 2 – Nº 15 – Revista da Instalação
Sistema para circulação de água quente exige aplicação de tubos e conexões adequados
Fórum 2017
o naçã n e d r Coo f. Hilto Pro eno
Mor
Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.
CIDADES QUE VÃO RECEBER O
Fotos: Divulgação
FÓRUM POTÊNCIA 2017 REALIZADO
REALIZADO
REALIZADO
Brasília (DF)
Rio de Janeiro (RJ)
Campinas (SP)
AGOSTO
15/08
Salvador (BA)
SETEMBRO
14/09
Porto Alegre (RS)
OUTUBRO
26/10
Maringá (PR)
JULHO
06/07
São Paulo (SP) NOVEMBRO
21/11
Ribeirão Preto & Sertãozinho (SP)
Informações sobre patrocínio:
(11) 4225-5400
publicidade@hmnews.com.br
Fórum 2017
Principais Temas Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão, Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação
Fórum Potência 2015-2017 (19 etapas)
9.500 Empresas inscritas: 2.800
Profissionais inscritos:
PROFISSÃO
RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%
Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%
Projetos 15%
Outros 6%
Professores/ Estudantes 3%
Outros Engenheiros 8%
Autônomo 8%
Engenheiros Eletricistas 39%
Instalação 11% Outros 8%
Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%
Manutenção 11% Indústria 9%
Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%
Serviços Públicos 10%
Divulgação Revista
Organização
www.forumpotencia.com.br linkedin.com/company/revistapotencia facebook.com/revistapotencia
Índice
| Edição15 | Junho 2017
10
Matéria de Capa
Universo dos green buildings ganha espaço na construção civil, abrindo uma série de oportunidades para empresas e profissionais. Além de apresentar qualificação técnica, instaladores precisam conhecer e se adequar a essa nova filosofia.
Mercado
Sistemas prediais de água quente exigem a aplicação de tubos e conexões adequados para este fim.
30
22
Evento
Enersolar e Exposec, organizadas em São Paulo no mês de maio, geram oportunidades de negócios e diversificação de tecnologias em energias renováveis e em sistemas de segurança eletrônica.
Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 38 Espaço Sindinstalação ■ 40 Abrasip ■ 42 Abrinstal ■ 43 Seconci ■
46
Destaque
Cresce no Brasil o número de iniciativas que oferecem cursos e treinamentos aos profissionais instaladores de sistemas de aquecimento solar térmico.
4 Revista da InstalaçÃO
44 HBC ■ 52 Artigo Lâmpadas LED ■ 54 Artigo Rede Óptica ■ 56 Produtos ■ 58 Link / Agenda ■
editorial
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Expediente
Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno
ano 2 • nº 15 • Junho'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.
Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon
Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.
Redação
Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa edição: Clarice Bombana
Departamento Comercial
Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo
Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto
Gestora Administrativa Maria Suelma
Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC
Impressão Grupo Pigma
Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400
Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330
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Fechamento Editorial: 20/06/2017 Circulação: 27/06/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
Marcos orsolon
Diretor de Redação |
Hilton Moreno
| Diretor
Oportunidades e um mundo melhor
A matéria de capa da Revista da Instalação desse mês trata de um segmento de mercado que não para de crescer no Brasil e no mundo: o de construções verdes, ou sustentáveis. Esse segmento da construção civil ganha corpo à medida que as pessoas e governantes se conscientizam que, no século XXI, não há mais espaço para desperdícios e que executar uma obra com parâmetros sustentáveis é um ótimo caminho para economizar recursos, ampliar o bem-estar dos usuários e, no médio e longo prazo, também economizar dinheiro. No mundo, a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), promovida pelo GBC, tem sido utilizada como principal plataforma para qualificação dos green buildings (edifícios verdes). Trata-se de um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, cujo objetivo é incentivar a transformação dos projetos, obras e operações das edificações, sempre com foco na sustentabilidade. Para nós, a boa notícia é que o Brasil tem se destacado nessa certificação. No ranking dos 165 países que adotaram o LEED, o Brasil ocupa a quarta posição, com 1.237 projetos registrados (433 já certificados). Em outro tipo de certificação, denominada CASA, o país tem 44 projetos registrados (3 já certificados). No ano de 2016, mesmo diante da crise econômica e política, a construção sustentável seguiu sua rota de crescimento no País. Foram 205 projetos novos (LEED e CASA), sendo que o recorde é de 2012, com 209 projetos. Além de contribuir para um mundo melhor, as construções verdes também geram oportunidades de trabalho, inclusive para empresas e profissionais da área da instalação. Tanto, que muita gente tem buscado qualificação para atuar nessa área. E aí vem a pergunta: você, profissional da instalação, está preparado para atender a esta crescente demanda? Se ainda não se preparou fique atento, busque informações sobre este mercado e corra atrás de qualificação. Afinal, em tempos de crise, oportunidades como essa valem ouro. Boa leitura! Revista da InstalaçÃO 5
NOTAS
NOTAS Ações e novidades dos players do setor.
News Activities and news from main sector players.
Notas
Foto: Divulgação
Actividades y noticias de los principales actores del sector.
6 Revista da InstalaçÃO
Biogás em destaque
A nova Biblioteca Digital do Centro Internacional de Energias RenováveisBiogás (CIBiogás) foi lançada especialmente para reunir os principais artigos, livros, fotos e vídeos sobre pesquisas na área de energias renováveis, com enfoque em biogás. O portal (biblioteca.cibiogas.org) é colaborativo, ou seja, é possível enviar conteúdo para fazer parte do acervo digital. O espaço tem como objetivo organizar, compartilhar e promover a troca de conhecimento na área, voltado para o enriquecimento de pesquisas nacionais e internacionais. O conteúdo inovador da página vem atraindo usuários de países como Argélia, Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Nova Zelândia, Paraguai, Portugal, África do Sul e Uruguai. “Com o crescimento das pesquisas e tecnologias voltadas ao uso do biogás no Brasil, é importante ter uma fonte de conhecimento com diversidade de dados sobre o tema. Pensando nisso, o CIBiogás lançou esse projeto que já conta com o apoio de importantes instituições que promovem o uso das energias renováveis, como a Itaipu Binacional e a Embrapa”, explicou o gerente do Núcleo de Relações Institucionais e Núcleo Pedagógico do CIBiogás, Marcelo Alves de Sousa. Na Biblioteca Digital é possível encontrar um acervo de conteúdo e agenda com os principais eventos e notícias relacionadas às energias renováveis, disponibilizados gratuitamente por especialistas e pesquisadores do setor. Para acessar o conteúdo basta realizar o cadastro prévio, que não tem custo. Antes da publicação, os artigos enviados passam por uma análise para avaliar a autenticidade e a qualidade do conteúdo sugerido.
Portfólio ampliado
Sempre atenta à evolução do mercado e ao desenvolvimento de novas tecnologias, a Tramontina segue ampliando seu portfólio de materiais elétricos. Em 2016 deu um passo importante na consolidação da marca com o lançamento de linhas de disjuntores e quadros de distribuição. Agora, se prepara para dar um novo salto, desta vez com a entrada no segmento de lâmpadas LED. A explicação da Tramontina para o investimento é simples: o segmento de LEDs no País cresce de forma significativa ano a ano, e vem aliado a dois fatores determinantes para a sua consolidação - a economia de energia proporcionada pelo LED (cerca de 85%), e a durabilidade do produto, em torno de 25 mil horas. Por outro lado, o mercado vive um momento transitório e conturbado com a comercialização de produtos com e sem certificação do Inmetro, órgão responsável pela regulação da qualidade das lâmpadas. Tendo como diretriz a satisfação de seus clientes, desde o início deste projeto a Tramontina teve a qualidade como premissa fundamental, com o objetivo de oferecer um amplo mix de soluções em iluminação com produtos que propiciem durabilidade, economia e bem-estar. Além das lâmpadas em diversos modelos, constarão do catálogo da Tramontina plafons, refletores e luminárias, sempre de LED. Dessa forma, oferecerá ao mercado as principais famílias, que serão comercializadas pela estrutura de vendas da empresa, que conta com cinco centros de distribuição e cinco escritórios regionais, além da ampla rede de representantes e promotores. Antes do lançamento nacional, no entanto, a Tramontina tomou a decisão de realizar um período de laboratório para avaliar a grandeza e aceitação do mercado. Devido à proximidade com a sede da empresa, localizada em Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul, os Estados da Região Sul do País foram escolhidos para esta primeira experiência. Dessa forma, fica mais fácil e rápido efetuar qualquer ajuste de distribuição ou reposição que se mostre necessário. A previsão é que o pré-lançamento nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul aconteça neste último trimestre do ano e terá a duração de tempo suficiente para que a empresa tenha sua logística ajustada para atender de forma plena a demanda e expectativa do mercado nacional. O que deve acontecer ao longo de 2018.
40 anos de atividades Com foco inicial em projetos elétricos e hidráulicos para grandes construções, a Temon, fundada pelo engenheiro mineiro Álvaro Assumpção, iniciou suas atividades em 1977, com o propósito de investir em qualidade e eficiência na prestação de serviços, pontos de partida para um projeto de longo prazo. Com solidez, a empresa expandiu sua área de atuação e no decorrer de sua trajetória de quatro décadas de serviços prestados ao mercado passou a desenvolver também montagens eletromecânicas, montagens de termoelétricas de cogeração, prevenção e combate a incêndios, além de manutenção predial e industrial através da empresa Temon Serviços. O êxito dos projetos executados pela Temon – sempre atrelados à gestão e tecnologias de ponta – foi fundamental para que a empresa se tornasse uma referência do setor. Nesses 40 anos, a Temon desenvolveu know-how para construir obras de grande porte, subestações elétricas, estações de tratamento de água e esgoto, sistemas especiais para Data Centers e para telecomunicações e dados.
A empresa também está presente em projetos para centros empresariais, shoppings centers, cinemas, hotéis, clubes e parques, sedes corporativas, galpões e centros de distribuição. “Tornamos as edificações habitáveis e as indústrias prontas para operar em plena carga, utilizando as instalações da melhor maneira possível, sem comprometer o trabalho e a segurança das pessoas envolvidas”, afirma Assumpção. Segundo o empresário, os desafios técnicos, comerciais e financeiros são vencidos por meio de uma política que é desenvolvida pela empresa desde o início de sua atuação. “Planejamos nossas ações com valores éticos, técnicos e profissionais muito bem definidos”, diz. Com modernidade e dinamismo, a Temon implementou o que há de mais inovador em seus processos e vem, ao longo dos anos, acompanhando as mudanças e transformações de seu setor. “Sempre vimos o Brasil como um cenário de oportunidades, principalmente no que diz respeito à infraestrutura, indústria e novos processos”, observa Álvaro.
Aquisição no setor O Grupo Danfoss anuncia a aquisição da Prosa, empresa de software com sede em Veneza, na Itália, e com experiência em IoT, equipamentos inteligentes e design de interface de usuário. Com esse passo, a Danfoss posiciona-se para oferecer mais produtos e serviços inovadores e de ponta. “Adquirir novas tecnologias e competências digitais é uma parte importante da nossa transformação digital, e a aquisição da Prosa é mais um excelente passo nessa jornada. Combinar as fortes competências de software da Prosa com a experiência de aplicação da Danfoss nos permitirá fornecer soluções de resfriamento novas e conectadas em benefício de nossos clientes”, diz Kim Fausing (foto), vice-presidente executivo e COO da Danfoss. A Prosa fornece uma solução completa de telemetria, conhecida como VeBox, para o mercado de alimentos e bebidas. A VeBox é uma infraestrutura baseada em nuvem que consiste em dispositivos de telemetria para instalação em vários tipos de equipamentos de alimentos e
bebidas (máquinas de refrigerantes, refrigerador vertical, gabinetes de congelados) que oferecem conectividade de ponta a ponta. Juntamente com o software de gerenciamento corporativo, a VeBox permite recursos de monitoramento remoto, diagnóstico, marketing e análise de vendas. A solução VeBox complementa o portfólio Danfoss de controladores eletrônicos de refrigeração que oferece uma proposta convincente para clientes que buscam soluções conectadas em aplicações de serviços alimentares. “A Prosa possui uma sólida experiência em design para experiência de usuário e velocidade em trazer novas soluções para o mercado. No curto prazo, as fortes competências adquiridas por meio da Prosa nos ajudarão a expandir nossa oferta com o desenvolvimento de soluções de conectividade para aplicações ao longo da cadeia de frio. Em longo prazo, esperamos ver muitas soluções de resfriamento conectadas resultantes dessa aquisição”, completa Jürgen Fischer, presidente do segmento Danfoss Cooling. Foto: Divulgação
Revista da InstalaçÃO 7
NOTAS
Construção sustentável A sustentabilidade é parte integrante da visão e valores da Johnson Controls, e seu compromisso com a criação de edifícios inteligentes, soluções de eficiência energética e infraestrutura integrada para proporcionar cidades e comunidades do futuro está mais forte do que nunca. A Johnson Controls anuncia que entrou em um acordo com o World Green Building Council como seu primeiro parceiro na Rede Regional das Américas. A Rede Regional das Américas do WorldGBC representa uma comunidade de 19 Conselhos de Construção Verde (GBCs) e milhares de empresas membros em todo o Norte, Centro e América do Sul. Em 2017, a Rede Regional das Américas se concentrará em apoiar as cidades no desenvolvimento de políticas de eficiência construtiva em parceria com o Instituto de Recursos Mundiais, compartilhando boas práticas sustentáveis com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e fortalecendo o negócio global para a construção sustentável. “GBCs bem-sucedidos em todas as Américas têm sido a demanda do mercado para a construção de edifícios e comunidades mais sustentáveis. A Johnson Controls orgulha-se de ser o primeiro parceiro da Rede Regional
das Américas do World Green Building Council. Neste papel, estamos ansiosos para participar de debates que destacam os benefícios econômicos, sociais e ambientais de edifícios sustentáveis como uma plataforma crítica para a criação de cidades mais inteligentes, seguras e sustentáveis”, afirma Clay Nesler (foto), vice-presidente de relações com a indústria da Johnson Controls. Dominika Czerwinska, diretora da Associação e Redes Regionais da WorldGBC disse: “A Johnson Controls é um verdadeiro líder global em edifícios verdes e iniciativas mais amplas de sustentabilidade, evidenciadas pela sua inclusão em mais de 40 índices de sustentabilidade nos últimos anos”. O compromisso da Johnson Controls com a sustentabilidade vem desde 1885, quando o fundador da empresa, Warren S. Johnson, inventou o primeiro termostato elétrico. Mais de 130 anos depois, a companhia continua empenhada em proteger as pessoas e o meio ambiente e está na vanguarda da condução de tecnologias, ideias e debates que ajudam os clientes a tornarem-se mais eficientes em termos de recursos. Foto: Divulgação
Saneamento ambiental
Como uma das novidades do Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS), a ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) lança nesta edição 2017 o Selo Qualidade da Prestação de Serviços de Saneamento Ambiental, destinado às organizações fornecedoras de serviços e insumos do setor de Saneamento Ambiental sediadas em território nacional, cujos perfis de negócio incluam o fornecimento ou prestação de serviços de qualquer natureza em benefício da população. O SQFSA é um programa de iniciação e desenvolvimento gradual da melhoria da gestão em três níveis de excelência, com reconhecimento da qualidade da gestão, outorgado pela ABES, em parceria com o CNQA, na cerimônia de premiação do PNQS. A iniciativa, coordenada pela Câmara Temática Prestação de Serviços e Relacionamento com Clientes do Saneamento Ambiental, reconhecerá as organizações fornecedoras (nos segmentos de água, esgoto, manejo de água pluvial, manejo de resíduos sólidos, serviços operacionais e comerciais, administrativo/instalações e insumos, entre outros) que se destacarem na busca da melhoria da gestão e, desta forma, contribuam para a melhoria do Saneamento Ambiental no País. “O grande objetivo deste trabalho é oferecer à sociedade um serviço de Saneamento Ambiental de Qualidade”, ressalta Samanta Salvador Tavares de Souza, coordenadora da Câmara.
8 Revista da InstalaçÃO
Frente Parlamentar
Lançada no dia 25 de maio, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a Frente Parlamentar de Apoio ao Desenvolvimento do Gás Natural defende que representantes de órgãos governamentais e sociedade civil ajudem a criar um ambiente que estimule investimentos, disponibilidade em grande escala e expansão da utilização do Gás Natural. O deputado João Caramez (PSDB), que presidirá a Frente, afirmou que o Gás Natural deve ser entendido como grande instrumento de desenvolvimento econômico. “Nossa intenção é que a Frente Parlamentar seja o passo decisivo para que essa fonte de energia limpa e barata ganhe cada vez mais espaço e substitua outras fontes poluentes e caras, tanto nas residências quanto no comércio e nas indústrias”, disse Caramez. “Fala-se sobre o uso de biodiesel nas frotas públicas, mas ainda não há menção ao Gás Natural, que é uma fonte muito mais limpa, sustentável e barata. Nosso papel será também levar essa discussão adiante”, completou Caramez.
Certificação ambiental O ritmo frenético em que novas construções foram erguidas nos últimos anos provocou rápidas e profundas alterações no meio ambiente. As estatísticas disponíveis deixam clara a necessidade de que o crescimento das cidades traga cada vez menos impactos à natureza. É nesse contexto que a Isover Saint-Gobain se destaca. Como desenvolvedora de materiais para isolamento térmico e acústico, a empresa cuida para que cada etapa de seu processo produtivo seja o mais sustentável possível. Tamanha preocupação rendeu à companhia o status de única empresa brasileira do segmento com a certificação EPD (Declaração Ambiental de Produto). O selo é concedido após rigorosa verificação de uma série de critérios, que vão desde a extração, processamento de matéria-prima e consumo de energia até às distâncias de transporte e geração de resíduo de materiais na instalação do produto.
Edifícios erguidos utilizando produtos com essa chancela ainda contribuem com pontuação nos critérios de avaliação para a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), da U.S. Green Building Council, que estabelece padrões mundiais de sustentabilidade e eficiência de um projeto arquitetônico. Para o cliente que adquire qualquer produto da Isover, a certificação significa que ele estará contribuindo indiretamente com o meio ambiente, pois o selo é um verdadeiro atestado de transparência quanto à questão da sustentabilidade. Além disso, o EPD corrobora o que a empresa afirma em seu material de divulgação a respeito do reaproveitamento de 100% do efluente líquido usado na fabricação de seus produtos e a utilização de 65% de material reciclado na composição de suas principais soluções.
Trabalho reconhecido
Manutenção industrial
Ingersoll Rand®, líder mundial na criação de ambientes confortáveis, sustentáveis e eficientes, é nomeada pela lista anual da Revista Corporate Responsibility como um dos 100 melhores cidadãos corporativos pelo quarto ano consecutivo. “A Ingersoll Rand está empenhada em melhorar todos os aspectos da sustentabilidade - empresarial, social e ambiental - com o objetivo de criar valor a longo prazo para os nossos colaboradores, os nossos clientes e as comunidades em que vivemos e trabalhamos”, ressaltou Michael W. Lamach, presidente e diretor-executivo da Ingersoll Rand. “Conseguir a colocação na lista dos 100 melhores cidadãos corporativos pelo quarto ano consecutivo é uma tremenda honra, e temos o prazer de ser novamente reconhecidos por nossas práticas comerciais transparentes e responsáveis”. A Corporate Responsibility é a principal revista dos Estados Unidos da América sobre responsabilidade corporativa, fornecendo estudos de caso, analisando as melhores práticas e monitorando tendências nos cinco principais segmentos da revista: energia e meio ambiente, gerenciamento de risco, governança e conformidade, relações com funcionários e direitos humanos. A Ingersoll Rand assumiu um Compromisso Climático para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de seus produtos e operações até 2030. Até o momento, a iniciativa da empresa já ajudou a evitar a emissão de aproximadamente 2 milhões de toneladas métricas de CO2 em todo o mundo.
A Unidade de Negócio Manutenção da Manserv tem um novo presidente. Trata-se de Roberto Busato Belger, executivo com mais de 30 anos de atuação em posições executivas e como conselheiro em importantes grupos empresariais, como Bunge, Fosfertil e Ipiranga-Serrana Fertilizantes, Itafós e B&A Mineração. Em sua nova função, ele terá o desafio de dirigir as operações de manutenção industrial da empresa, que conta com um time dedicado à execução de soluções que garantam eficiência e segurança em todos os processos. Roberto Busato é graduado em Engenharia de Minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e possui pós-graduação em Beneficiamento Mineral pela Escola Politécnica da USP; Information Technology, pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT-USA); Contabilidade Gerencial, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e também o Curso Conselheiro de Administração pelo (IBGC). Fundada em 1985, a Manserv é uma empresa transnacional líder em serviços de Manutenção Industrial, Facilities e Logística. Com mais de 20 mil colaboradores, a Manserv registrou um crescimento expressivo nos últimos anos e, atualmente, possui mais de 300 contratos com empresas nacionais e multinacionais, de grande e médio porte, dos mais diferentes setores da economia. Foto: Divulgação
Revista da InstalaçÃO 9
Matéria de Capa
| Construção Sustentável
Ilustração: Fotolia
Mercado em alta
10 Revista da InstalaçÃO
Por PAULO MARTINS
Universo dos green buildings ganha cada vez mais espaço na construção civil, abrindo uma série de oportunidades para empresas e profissionais diferenciados. Além de apresentar qualificação técnica, instaladores precisam conhecer e se adequar a essa nova filosofia.
C
om população atual superior a 7 bilhões, a Terra deverá concentrar quase 10 bilhões de habitantes, em 2050. Esse crescimento, aliado à tendência de migração para os centros urbanos, irá multiplicar o tamanho de um desafio que já ganha contornos importantes hoje: proporcionar moradia em quantidade e qualidade para atender a todos. Uma das questões a serem equacionadas é o fato da construção civil estar entre os maiores devoradores de recursos naturais do Planeta. Estima-se que o setor responda por algo entre 25% e 40% do consumo de energia e por um quinto do consumo de água. O grande problema é que a disponibilidade de materiais como os minerais (água, areia, pedra, etc.) é limitada e em alguns casos já atinge níveis preocupantes. Outro dado impactante é que a construção produz sozinha algo entre 25% e 40% dos resíduos gerados. Diante desse quadro, utilizar os recursos disponíveis de maneira inteligente tornou-se condição obrigatória para preservar o futuro da humanidade, e é justamente nesse aspecto que a construção sustentável surge como alternativa para ajudar a sociedade a atender uma de suas maiores demandas do momento. “É urgente a mudança na concepção dos edifícios para diminuir os impactos ao longo do ciclo de vida dessas estruturas”, defende Paulo Perez, diretor de Projetos Marketing Habitat da Saint-Gobain, que juntamente com suas marcas comerciais possui uma ampla oferta de soluções para aplicação em construções sustentáveis. Nesse contexto, o processo de certificação das construções vem se tornando um instrumento cada vez mais importante para conduzir a transformação dessa indústria em busca da almejada sustentabilidade. Revista da InstalaçÃO 11
Matéria de Capa
| Construção Sustentável
Creche Hassis (SANTA CATARINA)
Foto: Divulgação
Na opinião de Felipe Faria, diretor- executivo do Green Building Council Brasil (GBC Brasil), o mercado de construções verdes tem se consolidado nos últimos dez anos no País, com o engajamento de toda a cadeia produtiva da
construção civil, que envolve construtoras, engenheiros, arquitetos e fornecedores de produtos e serviços, entre outros players. Presente em 80 países, o GBC é uma organização sem fins lucrativos que, entre outras atividades, promove a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental). Principal plataforma utilizada para qualificação dos green buildings (edifícios verdes), o LEED é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações. O intuito dessa ferramenta é incentivar a transformação dos projetos, obras e opera-
É urgente a mudança na concepção dos edifícios para diminuir os impactos ao longo do ciclo de vida dessas estruturas. PAULO PEREZ SAINT-GOBAIN
12 Revista da InstalaçÃO
Bndes (RIO DE JANEIRO)
Fotos: Divulgação/GBC Brasil
Edificações com certificação leed
Bacen (BAHIA)
ções das edificações, sempre com foco na sustentabilidade. O certificado é concedido aos empreendimentos que atenderem a oito pré-requisitos: Localização e transporte; Espaço sustentável; Eficiência no uso da água; Energia e atmosfera; Materiais e recursos; Qualidade ambiental interna; Inovação e processos e Créditos de prioridade regional. Estão disponíveis quatro tipos de certificação: para Novas Construções (BD+C), Design de Interiores (ID+C), para Edifícios Existentes (O+M) e para Bairros (ND). No ranking dos 165 países que adotaram o LEED, o Brasil ocupa a quarta posição, com 1.237 projetos registrados - 433 já certificados. Em outro tipo de certificação, denominada CASA, há 44 projetos registrados - 3 já certificados. Segundo Faria, em 2016, mesmo diante de aspectos pessimistas, do ponto de vista econômico e político do País, a construção sustentável apresentou outra realidade, com um dos melhores de-
SHOPPING BOSQUE DOS IPÊS (MATO GROSSO DO SUL)
Fotos: Divulgação/GBC Brasil
Sinduscon (PARANÁ)
sempenhos, em termos de novos projetos registrados buscando uma certificação. “Foram 205 projetos novos (LEED e CASA), sendo que o recorde é de 2012, com 209 projetos”, compara. O executivo do GBC informa que a certificação internacional LEED lançou recentemente uma nova versão, tornan-
do todo o processo ainda mais exigente. Com isso, os primeiros meses após essa iniciativa foram mais tímidos, no que tange a novos projetos registrados. “Mas o mês de maio já contou com sete novos registros e no total temos vinte projetos registrados no LEEDv4, sendo um certificado. Acredito que os empre-
endedores se adaptarão velozmente às novas exigências técnicas e o número de novos projetos crescerá, em consonância com a recuperação do mercado da construção e aumento do número de lançamentos”, comenta Faria, que preside ainda o Comitê dos GBCs das Américas pelo World Green Building Council. Em todo o mundo, um segmento onde a certificação LEED tem avançado bastante é o de edificações corporativas de alto padrão. De acordo com Felipe Faria, esse fato acontece também no Brasil. “Com segurança, podemos afirmar que praticamente todas as novas edificações corporativas de alto padrão foram certificadas ou estão em processo de certificação”, revela. Além de motivadores como responsabilidade social, responsabilidade ambiental e boa governança, os ganhos econômicos também contribuem para a adesão a esse movimento. Conforme destaca o GBC Brasil, uma pesquisa de mercado realizada pela empresa Geoimovel comprovaria os diferenciais econômicos dos green buildings no Brasil. “Comparando edifícios corporativos de alto padrão certificados LEED com aqueles não certificados no mesmo bairro, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, identificou-se que as edificações certificadas possuem 7% de
Matéria de Capa
| Construção Sustentável
Expectativa do Green Building Council Brasil é fortalecer a presença da certificação LEED em áreas como varejo, hoteleira e residencial.
Foto: Divulgação
melhora na vacância no Rio e 9,5% em São Paulo; também possuem melhor valor por metro quadrado, ao mesmo tempo em que as taxas de condomínio são menores”, divulga o Green Building Council. A certificação LEED tem contemplado outros tipos de empreendimentos, como centros de distribuição e logística, data centers, shoppings, escolas privadas, estádios de futebol e até mesmo escolas, creches e bibliotecas públicas. Para os próximos anos, a expectativa do GBC Brasil é continuar o processo de penetração e fortalecimento da presença da certificação em setores diversos do mercado, tendo como destaques o varejo, o hoteleiro e o residencial. “Estamos começando a ingressar mais fortemente na área residencial multifamiliar, tanto vertical quanto horizontal”, informa Felipe Faria. O GBC Brasil destaca ainda o aumento na demanda por certificação de edificações existentes, que em 2016 cresceu expressivos 30%. A certificação LEED EB O&M é focada na eficiência operacional e manutenção das edificações existentes e promove a máxima eficiência da operação e o mínimo impacto ao meio ambiente, além de economia.
Para obter essa certificação é necessário documentar a operação e manutenção do empreendimento no qual a infraestrutura e as práticas de gestão estejam alinhadas com questões de sustentabilidade, tais como a tipologia de transporte utilizada pelos ocupantes do edifício, eficiência energética, eficiência hídrica, utilização de materiais, gestão de resíduos e qualidade ambiental interna. “Quem procura esse tipo de certificação tem um olhar além da redução de custos operacionais. Considerando que 51% da energia elétrica produzida no País é consumida nas edificações comerciais, públicas e residenciais, corroborado aos desafios e anseios da nossa política nacional de mudanças climáticas, que possui capítulo próprio sobre eficiência energética em edificações, temos que estas edificações certificadas LEED EB O&M despontam como exemplos de lideranças a serem seguidos e fomentados pelo governo”, sugere Faria. De acordo com o executivo, os benefícios para o empreendimento vão desde a melhora da sensação de bem-estar dos ocupantes, podendo refletir positivamente na produtividade, até a redução
Mercado de construções verdes tem se consolidado nos últimos dez anos no Brasil e conta com o engajamento de toda a cadeia produtiva da construção civil. FELIPE FARIA GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL
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dos custos operacionais, além da diminuição dos riscos do empreendimento em face às oscilações de mercado. “Recentemente, edificações icônicas foram certificadas no LEED EB O&M, como a sede do BNDES, no Rio de Janeiro, a sede do Citibank, em São Paulo e a sede do Sincredi, em Porto Alegre”, menciona o diretor-executivo do GBC Brasil. Entre as novas tendências da construção sustentável no Brasil, o Green Building Council pretende fomentar os conceitos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e de Declaração Ambiental de Produto (DAP), a fim de estimular no mercado a total transparência a respeito dos impactos ambientais e sociais dos produtos, desde a fase de extração de sua matéria-prima. “Queremos ampliar a cultura da sustentabilidade voltada à construção civil no País e acreditamos que o envolvimento da cadeia de suprimentos nesse processo é fundamental”, diz Felipe Faria. Em tempo: a certificação LEED oferece pontos para empreendimentos que buscarem produtos com DAP, o que pode levar esse diferencial a ser mais buscado pelos empreendedores interessados na obtenção do selo do Green Building Council. Outra novidade nesse mercado é que o GBC Brasil está preparando o lançamento de um sistema de certificação que irá reconhecer as iniciativas voltadas a tornar as edificações autossuficientes em energia. A meta é levar o conceito de Net Zero Energy Building (autossuficiência em energia) às edificações novas até 2030 e a todas as edificações até 2050.
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Grupo líder do mercado mantém expectativa positiva
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contribuem para a preservação do meio ambiente ao mesmo tempo em que visam proporcionar conforto aos usuários das edificações. Afinal, prossegue Perez, o homem passa, em média, 90% do tempo no interior dos ambientes. “Não se pode falar de sustentabilidade sem pensar no ser humano. Ao mesmo tempo em que preservamos o planeta, temos que oferecer qualidade de vida e bem-estar às pessoas. São duas coisas indissociáveis”, aponta. A Saint-Gobain reúne marcas como Brasilit, Isover, Norton, PAM, Placo, Sekurit, Telhanorte e Weber Quartzolit. O Grupo oferece um portfólio diversificado de soluções e serviços concebidos de forma a ter menos impacto ambiental e que são voltados para todos os tipos de construções: novas ou em reforma; residenciais (habitações individuais e coletivas, sejam elas moradias populares ou de alto padrão) e comerciais. Uma das soluções consagradas no mercado são os vidros de controle solar da Cebrace - joint-venture entre a Saint- Gobain e a NSG/Pilkington. “O produto bloqueia a entrada das radiações responsáveis pelo aumento da temperatura interna dos ambientes e, portanto, ajuda a economizar energia, sendo um dos fatores preponderantes na eficiência energética das edificações”, explica Paulo Perez. Outro destaque é a lã de vidro da Isover, que proporciona desempenho
As indústrias, associações como o GBC e a Imprensa têm um papel extremamente importante, que é educar a cadeia construtiva brasileira. THIERRY FOURNIER SAINT-GOBAIN
térmico e acústico, além de possibilitar economia de energia. Ela é aplicada nas fachadas, ar-condicionado, forros removíveis, painéis de absorção sonora, paredes e forros de drywall, entre outros. De acordo com o executivo, as soluções de construção a seco para áreas internas, como o drywall, e os sistemas construtivos e fachadas com base em estruturas leves de aço ilustram a distância que ainda existe entre o Brasil e os países mais avançados, em termos de construção. “Esses sistemas são pré-industrializados e de fácil execução, precisos, reduzem perdas, aumentam a velocidade da obra e têm performance modulável para cada necessidade, reduzindo os desperdícios ligados aos sistemas mais artesanais, como a alvenaria. Esses sistemas têm crescido bastante nos últimos anos no Brasil, porém, ainda representam uma fatia pequena na construção civil brasileira”, analisa Perez. Para acelerar a penetração dessas soluções no mercado brasileiro, a Saint- Foto: Divulgação
Líder mundial no mercado de habitat sustentável, a Saint-Gobain entende que um dos grandes desafios da atualidade é construir de maneira inteligente, protegendo os recursos naturais e contribuindo desta forma para preservar o futuro do planeta. Thierry Fournier, presidente da Saint- Gobain para o Brasil, Argentina e Chile, destaca que o movimento da construção sustentável vem crescendo bastante no Brasil e acredita que o País está adiantado, em se tratando do nível de conscientização a respeito desse tema. Entretanto, o executivo observa que ainda existe certa relutância, por parte de alguns agentes, para adentrar nesse universo, e sugere a ação conjunta do mercado para levar mais informação à sociedade. “Nós, industriais, associações como o Green Building Council e a Imprensa temos um papel extremamente importante, que é educar a cadeia construtiva brasileira”, opina. Para a Saint-Gobain, a construção sustentável apresenta um potencial econômico importante e ainda irá crescer significativamente nos próximos anos. “Essa tendência vai continuar seguindo forte no Brasil, mesmo que em momentos de recessão esfrie um pouco, como todo o mercado”, prevê Paulo Perez, diretor de Projetos Marketing Habitat da companhia. Segundo Perez, a ambição do Grupo é contribuir com seus materiais para tornar os edifícios mais sustentáveis e econômicos em energia, além de oferecer conforto e bem-estar aos ocupantes. “Esse compromisso está diretamente ligado ao posicionamento estratégico da Saint-Gobain nos mercados e na sua visão de longo prazo em prol da sustentabilidade”, garante. De acordo com o executivo, as soluções desenvolvidas pela Saint-Gobain
Gobain tem atuado fortemente nos últimos anos no sentido de oferecer uma grande variedade de componentes, divulgando amplamente os produtos, re-
alizando capacitação de instaladores e outros profissionais e até mesmo providenciando a certificação técnica dos sistemas. “Acreditamos fortemente que
este será o futuro da construção civil também aqui no Brasil, e temos investido continuamente para isso”, completa Perez.
Sendo a construção sustentável diferenciada dos métodos tradicionais, naturalmente esse sistema exige profissionais diferenciados para trabalhar. Além da capacitação técnica, é essencial que os especialistas procurem entender a filosofia que move esse mundo. Quem quer se especializar nesse universo pode contar com algumas opções de qualificação mantidas por empresas e entidades setoriais. Para Felipe Faria, diretor-executivo do Green Building Council Brasil, a contratação de profissionais qualificados e experientes que participem de forma integrada da discussão dos projetos diversos e da instalação dos sistemas é condição mandatória para o sucesso de uma edificação verde, que visa maximizar ganhos e eliminar desperdícios. “Este fator auxilia até na concepção de edificações verdes sem o acréscimo de custos de construção. O papel das ferramentas de certificação é elevar o padrão técnico do mercado dentro de uma visão integrada e colaborativa”, observa. O executivo conta que tanto a certificação LEED quanto a certificação CASA possuem diversos créditos e pré-requisitos que exigem projetistas e instaladores experientes em todos os sistemas relacionados em uma edificação. “As categorias de Energia, Água e Qualidade Interna do Ar são o coração das ferramentas de certificação, e o papel dos instaladores é de suma importância”, destaca. Sobre os requisitos para que um instalador possa atuar com competência no mercado de construções sustentáveis, Faria diz que, além da capacitação técnica, é preciso possuir a habilidade de agir pauta-
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Especialistas destacam importância do instalador nas construções verdes
do em uma visão holística a respeito das interferências que o seu sistema produz nos demais sistemas da edificação, tendo como premissa principal oferecer eficiência e conforto aos ocupantes da edificação. “Assim, a multidisciplinariedade dos profissionais que atuam no mercado das construções certificadas e sua capacidade de atuar de forma integrada são pontos a serem destacados”, conclui Faria. Paulo Perez, diretor de Projetos Mar keting Habitat da Saint-Gobain, diz que toda a cadeia da instalação é fundamental para o desempenho da construção civil, de forma geral. Entretanto, ele destaca que essa importância ganha ainda mais força nas edificações sustentáveis, pois as soluções precisam ser adequadamente aplicadas para que se obtenham a performance e os benefícios esperados. Como exemplo, o especialista cita que a má aplicação de um impermeabilizante
pode causar infiltrações e afetar a saúde das pessoas. Já uma isolação incorreta pode gerar desperdício de energia, assim como um vidro aplicado em caixilhos inadequados. “São diversas as possibilidades de perda de características sustentáveis ligadas a uma deficiência de instalação. Por vezes uma construção é concebida e construída de forma sustentável, mas sua operação e manutenção deixam muito a desejar, gerando desperdícios e problemas, somente por falta de orientação e formação das pessoas envolvidas no processo de administração”, alerta Perez. O executivo informa que a Saint-Gobain investe continuamente na formação de pessoal nos setores em que atua e pretende inclusive aumentar esses esforços: “Entendemos que esses profissionais devem ser valorizados, pois cada vez mais terão um papel fundamental no ciclo da construção”. Revista da InstalaçÃO 17
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Todas as empresas do Grupo têm seus programas específicos de capacitação de profissionais, que variam de acordo com o setor de atuação. A Saint-Gobain possui diversos centros de treinamento para formação teórica e prática de aplicação de produtos, como telhas, placas cimentícias, argamassas, revestimentos exteriores e interiores, impermeabilizantes, drywall, isolação, tubulações em ferro fundido, etc. Também é feita formação técnica através de palestras e/ou treinamentos sobre sistemas e produtos, segurança, desempenho e outros temas. Anualmente, dezenas de milhares de profissionais são beneficiados pelos treinamentos, palestras e demonstrações feitas em todo o Brasil. “As nossas marcas fortes e reconhecidas, como Weber Quartzolit, Brasilit, Cebrace, Placo, Isover, PAM e outras, aliadas aos 80 anos de presença do Grupo Saint-Gobain no Brasil e uma cobertura geográfica nacional, nos permitem atingir todos os níveis de profissionais em todas as regiões do País. E vamos continuar ampliando, pois entendemos que a transferência do conhecimento é a forma mais contundente de aprimorar a construção civil brasileira”, complementa Paulo Perez. De acordo com Felipe Faria, o pilar educacional do Green Building Council Brasil é um catalisador do processo de aceleração da transformação do mercado da construção civil e da cultura da sociedade em prol da sustentabilidade. O fato pode ser comprovado pelo número de empreendimentos registrados após a implementação dos cursos do GBC Brasil em determinada localidade. “Existem regiões, como o Nordeste, onde o número de empreendimentos triplicou, pois há quebra de paradigmas, como em relação ao custo da certificação e aos benefícios gerados, e aumento na percepção de oportunidades de trabalho de maneira transversal nos processos de Certificação LEED e CASA”, relata. Atualmente o GBC mantém 12 treinamentos em sua grade, sendo 7 focados na aplicação da ferramenta de Certificação 18 Revista da InstalaçÃO
Espaço Sensorial Saint-Gobain Dentro do Centro transversal de Pesquisa & Desenvolvimento da Saint- Gobain, na cidade paulista de Capivari, foi montado um amplo espaço sensorial que possibilita ao visitante passar por uma série de experiências inéditas no Brasil, envolvendo a demonstração prática de soluções que proporcionam conforto e bem-estar e promovem a eficiência energética nos
ambientes internos. O espaço sensorial é aberto a um público diversificado de especificadores e profissionais da construção, como arquitetos, engenheiros, construtores, interessados de todas as áreas da construção civil, além de professores e alunos de universidades e escolas técnicas e também às startups. A seguir, as demonstrações disponíveis no local.
✘ Experiência de atenuação sonora com isolamento de paredes; ✘ Experiência sonora de atenuação de reverberação por absorção; ✘ Experiência térmica de transmissão de calor através de diferentes materiais: cimento, gesso, lã de vidro e vidros; ✘ Simulação de consumo energético em função da envoltória dos edifícios; ✘ Demonstração do sistema EPAMS de captação de águas pluviais; ✘ Demonstração de sistema de poço de visitas de redes de águas pluviais; ✘ Experiência em realidade virtual do uso de materiais abrasivos; ✘ Área de demonstração de produtos da Saint-Gobain ✘ Identificação do uso dos materiais Saint-Gobain na construção do Centro de P&D; ✘ Linha do tempo da Saint-Gobain no Brasil e no mundo. LEED e 2 sobre a Certificação CASA. Os demais são complementares ou transversais à Certificação LEED e CASA, envolvendo temas como Energias Renováveis, Simulação Computacional Energy Plus e Paisagismo, entre outros. Para otimizar o pilar educacional, o Green Building Council trabalha com uma forte rede colaborativa formada por associações de classes e sindicatos espalhados em seis capitais, contemplando as cinco regiões do Brasil: Sinduscon-PE, em Recife; Secovi Rio, no Rio de Janeiro; Sebrae-MT, em Cuiabá; ASBRAV, em Porto Alegre; FAS, em Manaus e Sinduscon-GO, em Goiânia. “Desta forma, conseguimos elaborar uma estratégia de treinamentos focada na necessidade específica de cada região, desenvolvendo uma curva de aprendizagem, respeitando o momento do mercado em relação às novidades de Green Building e potencializando a nossa efetividade em
relação à capacitação dos profissionais, ou seja, elaboramos uma grade de treinamento de acordo com a necessidade deles, é isso só é conseguido através da troca de experiência junto à nossa rede de colaboradores”, comenta Felipe Faria. Além disso, prossegue o executivo, devido a essa rede de parceiros, o GBC consegue extrapolar a barreira dos cursos e contribui na elaboração de conteúdo para eventos realizados pelos próprios sindicatos. “Essa estratégia de compartilhamento existente entre o GBC Brasil e nossa rede colaborativa enriquece o repertório de conteúdo e diminui a curva de aprendizagem e evolução dos mercados locais”, relata o especialista. Outra importante ação realizada pelo GBC é o Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional e Expo, maior evento da América Latina relacionado ao mercado de Green Building. Agendado para os
CUBO NORTON
SISTEMAS EPAMS E PASSUS ÁREA DE PRODUTO
LINHA DO TEMPO
VIVÊNCIA ACÚSTICA
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TOTENS INTERATIVOS
dias 8, 9 e 10 de agosto, em São Paulo, o evento tradicionalmente oferece um congresso com conteúdo altamente inovador, palestrantes nacionais e internacionais e formadores de opinião. “Consideramos
esse como o ponto de encontro dos ‘green builders’ que desejam trocas experiências, realizar networking, se atualizar sobre as tendências do mercado e se mostrar engajados ao movimento”, comenta Faria.
O GBC mantém ainda treinamentos cujo conteúdo auxilia os instaladores a ampliar sua rede de conhecimento e vislumbrar oportunidades no ambiente LEED e CASA, bem como agregar valor aos seus serviços, focando em questões como Energia, Água e Qualidade Interna do Ar. “O exemplo é a nossa patrocinadora de curso LG Electronics, que possui um curso bem específico focado nos instaladores, e na proposta de trabalho deste ano esteve a inclusão do LEED como oportunidade para que o público possa se atualizar, inovar e vislumbrar oportunidades em um mercado que cresce de forma célere”, exemplifica Faria. Segundo o executivo, os profissionais da área têm demonstrando interesse em participar dos programas promovidos pela entidade. “A demanda em nossos treinamentos é considerável e vem crescendo. As empresas ligadas aos processos de eficiência energética, como ar-condicionado e automação, de eficiência hídrica e de qualidade ambiental interna do ar solicitam aos seus colaboradores ou instaladores que realizem nossos cursos para que tenham conhecimento sobre como sua atividade está correlacionada com os processos de certificação LEED e CASA e também quais são as qualificações necessárias com o intuito de se integrar nesse nicho de mercado”, completa Faria.
A acessibilidade elétrica em pisos subiu pelas paredes e chegou às mesas.
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O Centro transversal de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Saint- Gobain no Brasil recebe a certificação LEED, outorgada pela U.S. Green Building Council dos Estados Unidos. Para essa conquista foram analisados quesitos como projeto de construção; implantação geográfica; uso racional da água, materiais e recursos; eficiência energética; qualidade dos ambientes internos da edificação; inovação e tecnologia e gestão eficiente do canteiro de obras, entre outros. O projeto arquitetônico e as instalações do centro já seguiam os padrões mundiais da Saint-Gobain de sustentabilidade e conforto, o CARE:4®, cujo objetivo é melhorar a eficiência energética e dividir por quatro o consumo de energia dos edifícios, e o Multiconforto, conjunto de referências desenvolvidas pela Saint-Gobain para a construção ou reforma de edifícios que combinam eficiência energética, conforto e sustentabilidade.
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Centro de P&D recebe certificação LEED
Para atingir todas as performances exigidas pelo U.S.Green Building Council foram utilizadas várias soluções das empresas do grupo, no isolamento de paredes, tetos, pisos, além de vidro de alta performance, em particular o SageGlass®, um vidro eletrocrômico inédito no Brasil que equipa as duas fachadas do centro, cuja transparência pode ser alterada por meio de um comando eletrônico. “A certificação LEED Gold reconhece a expertise do Grupo Saint-Gobain em desenvolver materiais e soluções inovadoras que contribuem para tornar os edifícios no Brasil e no mundo mais sustentáveis e econômicos em energia, além de oferecer conforto e bem-estar aos usuários”, comentou o presidente da Saint-Gobain para o Brasil, Argentina e Chile, Thierry Fournier. O executivo complementou: “Nós construímos este prédio para obter a certificação LEED Gold e conseguimos. Sabemos que a única maneira de construir um futuro é desta maneira: enNosso consumo energético médio anual será de 55 kWh por metro quadrado, o que representa uma redução de 65%, quando comparado com as melhores edificações brasileiras. PAUL HOUANG SAINT-GOBAIN
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tregando conforto, mas de maneira inteligente, preservando os recursos naturais”. Para o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Saint-Gobain, Paul Houang, o Centro de P&D do Grupo é um exemplo do que se faz de melhor, em termos de construção sustentável e eficiência no Brasil: “Nosso consumo energético médio anual será de 55 kWh por metro quadrado, o que representa uma redução de 65%, quando comparado com as melhores edificações brasileiras”. De acordo com Houang, apesar do prédio estar em uma região onde normalmente as temperaturas são mais elevadas (interior paulista), a estrutura recebeu soluções de isolação que controlam o calor. “Isso faz com que se gaste menos ar-condicionado, aparelho que geralmente responde pelo maior consumo de energia nos prédios de escritório”, destaca. Inaugurado em 2016, na cidade de Capivari, o Centro de P&D é o oitavo do grupo no mundo e o primeiro do Hemisfério Sul. A unidade possui área construída de 3 mil metros quadrados e consumiu investimento de R$ 55 milhões na construção e projetos.
Mercado
| Sistemas prediais de água quente
Instalações Prediais de Água Quente O que deve ser previsto no projeto hidráulico e quais as opções de tubos e conexões oferecidas pelo
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mercado.
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Reportagem: Clarice Bombana
A
instalação do sistema hidráulico de uma edificação exige atenção. E quando envolve a circulação de água quente, os cuidados são ainda maiores, visto que é preciso aplicar tubos e conexões adequados para este fim. O sistema de tubulação para a distribuição de água quente se aplica em residências, no comércio, na indústria, em hotéis, restaurantes, clubes, hospitais e escolas, entre outros.
Quando se pensa em uma instalação de água quente, alguns aspectos devem ser considerados para que o projeto hidráulico seja o mais exato possível. São eles: garantir o fornecimento contínuo de água, em quantidade e qualidade suficientes; preservar a qualidade da água conduzida; fornecer o conforto adequado aos usuários da instalação; e focar o melhor uso da água quente, levando em conta o consumo de energia elétrica.
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Mercado
| Sistemas prediais de água quente
Daí a importância em adotar a tubulação correta, tendo em vista o objetivo final da utilização de um determinado sistema de aquecimento. Basicamente, o sistema predial de água quente é constituído pelos seguintes componentes: ➧ Tubulação de água fria para alimentar o sistema de água quente. ➧ As fontes de aquecimento da água: aquecedores de passagem ou de acumulação (elétricos ou a gás), aquecedor solar. ➧ Dispositivos de segurança: juntas de expansão, termostato. ➧ As peças de utilização para os pontos de consumo: chuveiro, torneiras, ducha. Sobre os detalhes que precisam ser previstos no projeto de uma instalação desse tipo, Paulo Cezar Martins Pereira, gerente de Vendas e Marketing da Termomecânica, indústria de transformação de metais não ferrosos (cobre e suas ligas), lista alguns: limites de
temperatura na condução da água; tipos de sistema de aquecimento (aquecedor central, aquecedor de passagem, aquecimento solar); taxa de ocupação (quantidade de pessoas/m2); taxa de utilização (quantidade de pessoas utilizando a água quente ao mesmo tempo na instalação); vazões e pressões envolvidas na operação; comprimento total da instalação para avaliar a perda térmica. Hoje, a oferta de produtos para instalações de água quente está mais diversificada. É possível encontrar com facilidade no mercado os seguintes tipos de termodutos e conexões: cobre FG (ferro galvanizado), CPVC (policloreto de vinila clorado), PPR (poli-
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propileno copolímero random) e PEX (polietileno reticulado). Cada material que compõe esses sistemas apresenta vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas caso a caso. Durante a fase de definição do projeto hidráulico, vários fatores devem ser estudados, a fim de escolher o melhor tipo de material para cada necessidade ou objetivo. Entre eles: durabilidade da instalação, temperatura máxima de utilização, facilidade na execução e preço dos tubos e conexões.
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Tubos de cobre
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Algumas características: Em alguns casos, requer isolamento térmico; tem custo elevado se comparado a outros materiais; exige mão de obra especializada, conhecimento técnico e equipamento de instalação apropriado; processo de
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instalação mais longo. Um ponto forte, ressaltado pelos fabricantes, é que o cobre é um excelente isolante térmico, tornado a instalação mais eficiente, ou seja, com um consumo menor de energia.
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As instalações de tubos de cobre são feitas por processo de soldagem ou rosqueamento e podem conduzir água fria, água quente ou gás. Sendo um material durável, o cobre resiste bem a altas pressões e à corrosão. Vantagens: Ótima perspectiva de vida útil; suporta bem altas temperaturas (superiores a 100°C). Excelente resistência mecânica à pressão. Material atóxico, resiste ao fogo; raramente exige manutenção.
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Mercado
| Sistemas prediais de água quente
Tubos de CPVC (Policloreto de Vinila Clorado) Atualmente, a tubulação em CPVC é uma das mais utilizadas no mercado de instalações prediais de água quente. A sua facilidade de instalação, aliada ao seu custo, seduz a maioria dos instaladores. O sistema de instalação é semelhante ao do tubo soldável de água fria (PVC marrom), porém, com algumas diferenças, como, por exemplo, o tipo
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de adesivo plástico. As conexões e os diâmetros dos tubos de CPVC não precisam ser lixados. Vantagens: Facilidade de instalação, pois dispensa equipamentos especiais; possui bom isolamento térmico; custo atrativo; vida útil média de 50 anos e é livre de corrosão e oxidação. Atenção: Nas juntas de dilatação para instalações em água quente, é utilizado adesivo plástico (cola) para a união entre o tubo e a conexão que, com o tempo e a exposição a altas temperaturas, pode sofrer ressecamento, ocasionando eventuais pontos de vazamentos.
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Tubos de PEX (Polietileno Reticulado) A instalação hidráulica com este tipo de material inerte e flexível segue os mesmos conceitos de uma instalação elétrica por meio de conduítes. Portanto, não é necessária a quebra de paredes e a manutenção do sistema também é facilitada. Vantagens: Dispensa o uso de conexões como joelho, “T” e outros; suporta temperaturas que variam de -100°C a 95°C; os tubos são versáteis e fáceis de transportar, por serem leves; oferece rapidez na instalação devido à alta flexibilidade dos tubos; resistente a altas pressões; e não sofre corrosão. Algumas características: A tu-
bulação necessita de mão de obra especializada e ferramentas especiais para executar as juntas; grande desconhecimento por parte dos profissionais; e baixa resistência a impactos. O sistema PEX pode ser utilizado na distribuição de água quente aos sistemas de calefação residenciais e comerciais, sendo indicado para grandes obras que dependem de velocidade e produtividade na execução. Possui baixa condutividade térmica, o que significa pouca perda de calor. Os tubos de PEX também podem ser utilizados para o transporte de água fria e conduzir gás devido à sua resistência mecânica.
Tubos de PPR
(Polipropileno Copolímero Random) Os tubos em PPR são constituídos por uma resina plástica atóxica e de baixa condutividade térmica, que 26 Revista da InstalaçÃO
evita a transmissão de calor para a parte externa do tubo, dispensando a necessidade de isolamento térmico.
Um dos exemplos de sistema de tubos de CPVC é a linha de tubulação Aquatherm®, da Tigre, que possui diâmetros de 15 a 114 mm e atende qualquer sistema de aquecimento residencial ou comercial, podendo ser utilizada em instalações de recalque com água fria. “O CPVC Aquatherm® não sofre ataque químico das substâncias da água, por isso evita a oxidação, ferrugem ou corrosão dos componentes e incrustações que comprometem a vazão e a pureza da água conduzida na tubulação. Além disso, garantimos estanqueidade com o sistema simples de solda a frio”, pontua Rene Kuhnen, gerente de Marketing de Produtos da Tigre.
SOLUÇÃO
Linha de tubulação Aquatherm, da Tigre, voltada para sistemas de aquecimento residenciais e comerciais.
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Podem ser utilizados em instalações residenciais e prediais que necessitam de alta durabilidade e o mínimo de manutenção. Lembrando que cada parada para manutenção da rede hidráulica gera um enorme transtorno para os usuários. Os tubos e conexões em PPR operam com temperatura média de até 80°C e são projetados para uma média de vida útil de 50 anos, com ótima relação custo-benefício para aplicações de água quente. Eles apresentam praticidade de instalação e são isentos de roscas, anéis de borracha ou adesivo plástico. Mais usados em obras verticais. Sua conexão é feita pelo processo de termofusão, onde o tubo e a conexão são aquecidos e se fundem,
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Mercado
| Sistemas prediais de água quente
tornando-se uma tubulação contínua. Essa união é feita através do termofusor, a uma temperatura aproximada de 260°C. A linha PPR Termofusão da Tigre, por exemplo, é utilizada em residências, hotéis, clubes e hospitais. Entre os seus benefícios estão a resistência a altas temperaturas, a menor perda de carga e a possibilidade de operar com diferentes classes de pres-
Profissionais precisam dedicar atenção especial ao processo de instalação das tubulações para evitar problemas. RENE KUHNEN TIGRE
são. A linha também pode ser utilizada em sistemas de calefação e nas instalações navais e industriais.
De acordo com Martins Pereira, adquirir materiais de fabricantes consolidados e/ou distribuidores autorizados é pré-requisito para ter sucesso nas instalações prediais de água quente. “Também é fundamental checar se os tubos atendem às especificações de projeto, no que diz respeito às medidas e espessuras de parede”, diz o gerente da Termomecanica. Mas, o principal cuidado, independente do
material da tubulação, é a instalação, que, na maioria dos casos, deve ser realizada por profissionais capacitados e treinados, seguindo as prescrições normativas. Atualmente, os projetos e execuções de instalações prediais de água quente são regulamentados pela NBR 7198/93. Alguns fabricantes disponibilizam treinamento referente às aplicações e instalações dos produtos através dos
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Cuidados na Instalação
seus programas de capacitação profissional. Precauções com o armazenamento da tubulação na obra também devem ser observadas, de modo a não deixar o material exposto às ações do tempo. Segundo Kuhnen, da Tigre, os maiores problemas ocorrem durante o processo da instalação dos tubos, como, por exemplo, o uso excessivo de adesivo na solução CPVC ou erros na soldagem com a termofusão do PPR. “A termofusão não deve ser submetida a movimentações durante a fase de resfriamento e nem executada na presença de água”, adverte. Cuidados também são exigidos na crimpagem das conexões da linha PEX. Para os tubos e conexões de sistemas de água quente, não há uma obrigatoriedade com relação à frequência de intervenção para inspeção e manutenção. A recomendação é que, para os sistemas de água quente, seja realizada a manutenção dos equipamentos periféricos aos sistemas, como aquecedores, boilers, termostatos, entre outros. Deve-se atentar ainda para a potabilidade da água e para a manutenção periódica da rede hidráulica.
Você é nosso convidado!
EVENTOS PARALELOS CONFIRMADOS: 5º Seminário de Tecnologia e Inovação da Construção Civil
SINDUSCON-NH
Palestra “Governança Tributária no Mundo Digital”
REVISTA REVENDA
Seminário “Patologia das Edificações”
ITT PERFORMANCE
Ciclo de Palestras
ULBRA
12º PREVESST – Encontro Sul-Rio-Grandense de Prevenção, Segurança e Saúde do Trabalho
ARES
1° Encontro de Arquitetura, Decoração e Design Sustentável
RB DESIGN & UPS DESIGN
Palestra “Como aumentar a vida útil e confiabilidade de estruturas através da Galvanização”
ICZ
Palestra “Avaliação do Ciclo de Vida e os Produtos Cerâmicos”
ANICER
REALIZAÇÃO:
Evite filas! Credenciamento pelo site:
APOIADORES CONSTRUSUL 2017
Evento
| Energias renováveis e segurança
Enersolar e Exposec
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onhecimento, debates e inovação marcaram a 6ª edição da EnerSolar + Brasil - Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar e a 20ª edição da Exposec - Feira Internacional de Segurança, realizadas, concomitantemente, de 23 a 25 de maio, no São Paulo Expo (SP), com organização da Cipa Fiera Milano. Mais uma vez, a Enersolar mostrou seu potencial ao trazer novidades tecnológicas para toda a cadeia de energia solar, eólica, biomassa, GTDC e afins, e se consolidou como plataforma única de conteúdo qualificado através da realização simultânea do 7º Ecoenergy
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Feiras apresentam oportunidades de negócios e diversificação de tecnologias em energias renováveis e em sistemas de segurança eletrônica, respectivamente.
Reportagem: Clarice Bombana Fotos: Ricardo Brito
- Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia, que contou com mais de 40 palestras. “A EnerSolar + Brasil 2017 trouxe resultados expressivos, acompanhando a tendência do setor de energias limpas. Foram mais de 80 expositores, nacionais e internacionais, com tecnologia de ponta e produtos diferenciados”, afirmou Rimantas Sipas, diretor Comercial da Cipa Fiera Milano. Segundo ele, a Enersolar é um reflexo do setor nos últimos anos, uma vez que as alternativas renováveis de geração de energia têm apresentado bons resultados no País. De acordo com os especialistas, o setor de energia reno-
vável foi menos afetado pela crise econômica do que outros. Abrange modalidades como a geração hidráulica, por biomassa, lenha, eólica e solar e se caracteriza pelo baixo custo de implantação, o que torna este mercado ainda mais atrativo para investidores. Os investimentos no setor chegam a US$ 30 bilhões por ano. Já a Exposec reuniu, em uma área de 40 mil m2, mais de 42 mil visitantes, o que representou um crescimento de 30% em relação à última edição. Consolidada como o maior evento para o setor de segurança da América Latina, a mostra apresentou inúmeros lançamentos e novas tecnologias, e agregou
conhecimento através de palestras, cursos, workshops e demonstrações gratuitos durante o evento. As principais tecnologias que compõem o mercado são videomonitoramento (47%), sistemas de intrusão/alarmes (24%), controle de acesso (24%, incluindo portaria remota) e detecção e combate a incêndio (5%). “O que se viu ao longo dos anos foi a consolidação da Exposec como principal centro gerador de negócios para o segmento e ponto de encontro dos profissionais de todo o País”, ressaltou Sipas. “Fechamos 2016 com mais de 26 mil empresas de sistemas eletrônicos de segurança instaladas no Brasil; o setor cres-
ceu 5% e faturou R$ 5,7 bilhões. Mas iniciamos 2017 ainda diante da incerteza do cenário econômico brasileiro. E aí está a grande importância da Exposec, como um espaço privilegiado de fomento de negócios para o setor, ajudando a vislumbrar novos caminhos para quem precisa rever estratégias e estimulando o crescimento de quem está bem no mercado”, comentou Selma Migliori, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), parceira da Cipa na organização da exposição. Veja, nas próximas páginas, uma amostra do que as empresas apresentaram nos dois eventos. Revista da InstalaçÃO 31
Evento
| Energias renováveis e segurança
CONDUMAX
DNI Um dos lançamentos da DNI na Exposec foram os cabos coaxiais HD para sistemas de instalação de CFTV, produzidos com cobre flexível de 0,50 mm2 VM/ PT (foto). Descrição técnica: alimentação externa, que elimina interferências elétricas nas imagens; núcleo sólido reforçado de cobre Ø 0,60 mm2 com dupla blindagem composta por malha trançada e fita aluminizada, com alimentação bipolar flexível; condutor central em polietileno, que elimina interferências; cor externa branca. Disponíveis em rolos de 100 m (DNI CCX HD60A) e bobinas com 300 m (DNI CCX HD60AB). Outro lançamento foi o sinalizador Strobo solar com LED, que utiliza energia solar para carregar duas pilhas tipo AA. Por meio de um sensor fotoelétrico, o sinalizador é acionado ao anoitecer.
O cabo Solarmax Flex foi desenvolvido para aplicação em sistemas de geração fotovoltaica, conectados ou não na rede elétrica, na interligação entre os módulos, módulos-controlador de carga, módulos-string box, módulos-inversor, string box-inversor e interligação com as baterias. O condutor é formado por fios de cobre eletrolítico estanhado, têmpera mole, encordoamento classe 5, conforme IEC 60228. Isolamento em HEPR (composto termofixo elastomérico não-halogenado), 120ºC, resistente a UV, na cor preta, conforme TÜV 1169 e EN 50.618. Cobertura em XLPO-HFFR (composto termofixo elastomérico não-halogenado), baixa emissão de fumaça, retardante de chama, 120ºC. Temperatura ambiente: -40 a 90ºC; temperatura máxima do condutor: 120ºC (20 mil horas); temperatura de curto circuito: 250ºC, 5 seg.
INSTRUTHERM
ELGIN Um dos destaques da Elgin na feira foram as câmeras de alta definição (foto) com quatro tipos de saída de vídeo (linha 4 em 1). Mais versáteis, são compatíveis com as tecnologias AHD, CVI, TVI e Analógico. Características técnicas: resolução de até 720p (1.0 Mp); lentes Dome (2,8 mm) e Ballet (3,6 mm); alcance de IR de até 25 m; sensor digital de ¼”; ângulo de visão dome (82º) e bullet (67º); filtro IR automático; AGC. Também foi divulgado o kit Elgin de energia solar fotovoltaica para uso residencial ou comercial. O kit é composto por painéis FV, inversores; string box (caixas de proteção); estruturas ou suportes de fixação; cabos de corrente contínua; conectores. Vantagens: autoconsumo, crédito de energia do excedente; economia imediata; manutenção mínima; instalação de fonte renovável de energia. 32 Revista da InstalaçÃO
O novo modelo de detector de metais DM600 é utilizado para indicar a presença de metais ferrosos e não-ferrosos através de sensor. O aparelho é portátil; possui ajuste de sensibilidade; alerta sonoro, visual (LED) e vibratório; acompanha alça de segurança e coldre para suporte. Trata-se de um equipamento muito útil para segurança em aeroportos, empresas, bares, casas de shows, etc. Dimensões: 410x85x45 mm; temperatura de operação: -5 a 55ºC; peso 409 g. Funciona à bateria recarregável ou pilha alcalina.
MOURA Durante a Enersolar e Exposec 2017, a Moura mostrou suas linhas de baterias Nobreak e Nobreak VRLA, com equipamentos capazes de suportar picos de descarga e com grande aceitação de cargas. As baterias Nobreak VRLA (foto) podem ser aplicadas em centrais de alarme, UPS/nobreaks, estações centrais de telecomunicações, equipamentos médicos e hospitalares, caixas eletrônicos 24h, caixas de lojas, entre outros. Já as baterias estacionárias Nobreak são indicadas para nobreaks, estabilizadores, vigilância eletrônica e sistemas de segurança, circuitos fechados de TV, caixas eletrônicos 24h e caixas de lojas, além de sistemas de geração solar e eólica. Livres de manutenção, as baterias Moura possuem de 12 a 24 meses de garantia, com tensão de 12 V.
PHB
SERRANA Entre as novidades, o inversor solar off-grid híbrido, disponível em dois modelos: Torrontes 1.000 28 H TI e Torrontes 2.400 29 H TI, de 1.400 e 3.300 W, respectivamente. Principais características: controlador de carga com MPPT integrado; onda senoidal; conexão direta do painel solar; estabilizador modo rede (CA); carregador de bateria inteligente e configurável; proteção de sobrecarga e rede (CA); software de monitoramento local e remoto; suporte de fixação; e garantia de 18 meses. Também foi apresentado o nobreak para portão eletrônico Syrah, com garantia de 60 ciclos. Descrição: desenvolvido para motores 1/4, 1/3, 1/2, 1 cv ou 2 de 1/4 cv; onda senoidal pura; bypass manual; estabilizador; carregador de bateria inteligente e configurável; disjuntor rearmável; aviso sonoro inteligente; proteção de sobrecarga e surto de tensão; proteção contra surtos.
A empresa apresentou a nova Bike On-Grid, projetada para uso em academias de ginástica. Com um alternador de ímã permanente adaptado ao quadro da bicicleta e utilizando um sistema de correia acoplado entre a roda da bicicleta e a polia do alternador, a energia gerada pelo movimento do exercício físico carrega as baterias como acontece num veículo. A energia das baterias, por sua vez, é injetada na rede elétrica através de um inversor, gerando créditos na conta de energia. Especificações: potência de 400 W; rotação 1.200 rpm; tensão de saída 48 V; rendimento 86%; torque de partida 0,25 Nm; peso 5 kg; vida útil de até 20 anos.
BRAMETAL A linha de suportes para painéis fotovoltaicos do tipo fixo é composta de estruturas que podem ser monopostes, com uma fundação por seção, ou bipostes, com duas fundações por seção. A distância entre as fundações, que na média é de 3 a 4 metros, varia de acordo com a configuração das mesas e as dimensões dos painéis. A inclinação dos suportes varia de acordo com a localidade onde as mesas serão instaladas (entre 5 e 30º). Orientação dos painéis: retrato ou paisagem; altura mínima dos painéis em relação ao solo: 0,50 m; tipos de fundação: perfil metálico cravado no solo ou fundações em concreto; material utilizado para os perfis: aço galvanizado a quente; método de instalação: montagem em campo sem utilização de solda.
CROSSFOX A empresa anunciou que está distribuindo a linha de caixas e acessórios para instalações solares fotovoltaicas da Weidmüller Conexel (foto). A gama de produtos inclui caixas de proteção CA e CC 1.000 V, de 1 a 32 Strings, conectores, ferramentas, bornes para fusíveis e protetores contra surtos. Além disso, também mostrou sua linha própria de cabos de cobre nu, para aplicações em sistemas de energia, aterramento, controle, instrumentação e blindados.
Revista da InstalaçÃO 33
Evento
| Energias renováveis e segurança
IDEAL ENGENHARIA A empresa mostrou o painel solar fotovoltaico KS3B, de 250 W, fabricado no Brasil, com o inovador e exclusivo sistema welding plus WP, de redução interna de resistência entre as conexões das células, que propicia a liberação máxima de energia. Composição: sistema de envelopamento IP65, caixa de junção com 3 diodos, vidro temperado 3,2 mm jateado, moldura de alumínio estruturado, moldura resistente sem rebites e carga de vento de até 2.400 Pa, sistema antirreflexo. Projetado para instalações e ambientes agressivos de vento, poeira ou maresia. Geração de até 30 kWh/mês.
TOREX/YINGLI Importadora e exportadora de produtos, a Torex firmou parceria com a chinesa Yingli Green Energy para distribuir painéis solares fotovoltaicos de 10 a 320 W. De acordo com o fabricante, as placas FV possuem alta durabilidade e são testadas sob condições adversas, como ambientes salinos, amônia e outros fatores de risco. Os painéis são dotados de vidro de alta transmissão, com uma única camada antirreflexo, que direciona mais luz sobre as células, resultando em maior eficiência energética. Com tamanho ampliado, permite economia de custo, facilidade de manuseio e redução no tempo de instalação. Testados de acordo com as normas IEC 62804, os painéis Yingli possuem resistência à PID (Degradação Induzida por Potencial), com garantia de 10 anos. A empresa forneceu 1.500 painéis para a cobertura do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
POWERSAFE A empresa mostrou as baterias estacionárias Freedom by Heliar, fabricadas pela Johnson Controls. As baterias, distribuídas pela Powersafe, destinamse às aplicações em UPS, PABX, centrais telefônicas, sinalização, iluminação de emergência, sistemas de geração solar, geração eólica, monitoramento remoto, alarmes, vigilância eletrônica, subestações, telecomunicações e outras. Características construtivas: tampa, filtro antichama, grades, eletrólito fluido, solda intercelular, separador, indicador de teste (charge eye), vários tipos de terminais. Projetadas para uma vida útil superior a quatro anos, a uma temperatura de 25ºC e profundidade de descarga de 20%.
SEGURIMAX Dentro da linha CFTV, as novidades são as câmeras Dome e Bullet (multifunção 4 em 1) para sistemas HD-TVI, HD-CVI, AHD e Analógico CVBS, disponíveis em HD e Full HD. As câmeras Dome foram desenvolvidas para uso interno, dia e noite, sensibilidade de 0 lux, 12 Vcc e botão seletor rápido. As câmeras Bullet, com grau de proteção IP66, atendem aplicações interna e externa. As HD possuem 24 LEDs IR com case metálico, enquanto as Full HD possuem 30 LEDs IR. Integra a linha o gravador digital DVR (multifunção 5 em 1) para sistemas AHD, CVI, TVI, IP e CVBS, com compressão H.264, plataforma de gerenciamento CMS, app mobile, interface web, entrada e saída de áudio (RCA), suporta 1 HD SATA até 6T e processador HiSilicon. 34 Revista da InstalaçÃO
IDEALSE
UNIPOWER/UNICOBA O Unicharger by Unipower, da Unicoba, é um carregador inteligente, indicado para sistemas e equipamentos de segurança. Entre as vantagens oferecidas pela bateria selada VRLA estão: proteção contra inversão de polaridade, contra curtocircuito e contra sobrecarga da bateria com LED indicador de status. Os carregadores inteligentes Unicharger são compatíveis com vários modelos de bateria usados em centrais de alarme, sistemas de iluminação de emergência, elevadores, controles de acesso, nobreaks, entre outras aplicações de segurança. Disponíveis em cinco modelos com tensão nominal de 6 a 12 V e capacidade de 0,5; 1,0; 3,0; e 6,0 Ah.
A empresa apresentou o copiador de controle remoto, que permite fazer a cópia de um controle Code Learn, da mesma forma como é feita uma cópia de chave. De acordo com a IdealSE, o sistema é simples, rápido, seguro e eficiente, e com ele, não é necessário ir até o local para codificar, cadastrar ou habilitar o controle remoto, economizando tempo e combustível. Outras vantagens: não ocupa espaço na memória do receptor do portão, podendo codificar número ilimitado de controles no mesmo receptor; permite copiar um portão e um alarme no mesmo controle, com o funcionamento igual ao original.
VAULT/ASSA ABLOY A Vault, marca da Assa Abloy Brasil, empresa especializada em sistemas integrados de segurança e barreiras físicas de alta segurança apresentou na Exposec seus mais recentes lançamentos em controles de acesso, alarmes, CFTV, equipamentos blindados e bollards. Foram destaques acessórios e periféricos como fechaduras elétricas, eletromagnéticas (foto) ou eletromecânicas, botoeiras, molas, passa-cabos e operadores de porta de última geração, especialmente desenvolvidos para integrar sistemas que operam portarias virtuais. No estande, foram demonstrados produtos de proteção perimetral para uso em condomínios industriais que precisam de alta segurança, como bollards e cancelas de alta segurança. E ainda: portas blindadas, antiarrombamento e portas corta-fogo.
ZAGONEL Entre os produtos para iluminação, a Zagonel expôs a nova luminária solar para iluminação pública com tensão de alimentação de 12 e 24 Vcc, desenvolvida para utilização junto a painéis fotovoltaicos. O produto possui 5 anos de garantia, grau de proteção IP 66 e pode ser instalado em áreas externas sem danificar seu desempenho e durabilidade. Com potências de 30, 50 e 100 W, possui ainda proteção contra sobrecorrente e sobretensão.
LACERDA O novo nobreak solar, de 500 a 10.000 W, com transformador isolador e fator de potência igual a 1, é de fácil instalação e operação (não necessita de aprovação junto à concessionária de energia), informa a Lacerda. Possui modo de operação selecionável: prioridade nobreak ou prioridade solar. Alta confiabilidade: controle microprocessado DSP, combinando tecnologia SPWM e chaveamento de potência em alta frequência. Alimentação CA com sincronismo on-line, minimizando o tempo de transferência e garantindo o fornecimento de energia à carga. Seleção automática de frequência (50/60 Hz). Gerenciamento de baterias: carregador com MPPT integrado, que carrega a bateria em três estágios, reduzindo o tempo de recarga e protegendo contra descarga profunda. Comunicação inteligente: RS232 ou USB (SNMP opcional). Disponível também nas potências de 5 ~10 kW. Revista da InstalaçÃO 35
Evento
| Energias renováveis e segurança
MINIPA SENSE A empresa atua hoje com tecnologias de sensoriamento acústico ou térmico de fibra óptica, oferecendo um leque de soluções de monitoramento, como alarme perimetral, prevenção a furtos de cabos, proteção de dutos de óleo e gás, detecção de incêndios, monitoramento geológico e hídrico, entre outros. Durante a Exposec, a empresa expôs a solução Minipa Point, sistema de segurança de perímetro bastante avançado, indicado para condomínios horizontais e verticais, centros de distribuição, indústrias e escolas. Nessa solução, a fibra ótica é sensoriada em toda sua extensão, e qualquer muro, cerca ou alambrado que tenha contato com a fibra passa a ser monitorado. Isso permite detectar qualquer tipo de intrusão da área protegida, tornando toda a extensão do perímetro monitorado em tempo real, sem riscos de alarme falso, como chuvas e ventos. A instalação é simples e segura. A central de controle computadorizada fica protegida em uma sala ou ambiente interno e o cabeamento em fibra ótica é imune a interferências elétricas, eletrônicas e climáticas, com vida útil acima de 25 anos, alto desempenho e baixa manutenção.
RCG Os automatizadores para portões basculantes BV-Taurus possuem caixa de central dedicada (fechada); fuso Æ1/2” e Æ5/8”; trilho de alumínio; coroa de náilon. Modelos de centrais de comando: soft, 1/4, maxi, maxi plus, fast, super fast (destaque da linha) e high. Outros produtos da Divisão de Segurança da RCG: cancelas, travas eletromagnéticas, controles/transmissores, alarmes, sensores magnéticos e digitais, sirenes, centrais de comando, filtros de linha Rack, nobreaks para automatizadores de portão e nobreaks CFTV UCF.
ELSYS A empresa lançou o conversor e gravador digital HD (foto), indicado para televisores que não têm conversor integrado e estão nas áreas afetadas pelo desligamento do sinal analógico terrestre. Características: multimídia center, gravação e pausa ao vivo, canais em alta definição e controle parental. Outro lançamento foi o link 4G, que permite conexão à Internet inclusive em regiões afastadas dos grandes centros urbanos.
INTELBRAS A empresa lançou, oficialmente, durante a Exposec, sua linha de incêndio endereçável. Esse sistema é projetado para grandes ambientes, pois é capaz de detectar o local onde está ocorrendo o princípio de incêndio e agir pontualmente. Entre os seus diferenciais está a instalação flexível, ou seja, em sistemas Classe A ou B. São três novos modelos para atender as diversas necessidades e projetos: a CIE 1125, que comporta até 125 dispositivos em seu laço; a CIE 1250, que comporta até 250 dispositivos; e a CIE 2500, até 500 dispositivos divididos em dois laços. Outras características são proteção contra surtos na rede elétrica, fonte chaveada, gabinete exclusivo, painel com display, software de programação, setorização de ambientes, nível de acesso por senha, bivolt automático. Esta é uma linha completa, que conta com dispositivos que complementam a solução, entre eles, acionador manual endereçável (AME 520), detector de fumaça endereçável (DFE 520), detector de temperatura endereçável (DTE 520), sinalizador audiovisual endereçável (SAV 520E), módulo de entrada ou saída (MIO 520), isolador de laço (IDL 520) e módulo de entrada (MDI 520). Além disso, a empresa está lançando um software exclusivo e gratuito para o endereçamento e a instalação do sistema de incêndio.
TS-SHARA Uma novidade mostrada na exposição foram os nobreaks microprocessados para portões eletrônicos residenciais e comerciais (de 100 a 500 ciclos), da linha UPS Professional Gate, disponível em três modelos: UPS 1000 VA 1BA, para motores de até 0,5 HP; UPS 2200 VA 2BA, para motores de até 1 HP; e UPS 3200 VA 4BA, para os motores de até 1,5 HP. Eles oferecem tensão de entrada full-range inteligente, inversor sincronizado com a rede, detecção eletrônica de sobrecargas e curtos circuitos, além de proteção contra sub e sobretensão e descarga total das baterias. Tempo de transferência: 1 ms. E mais: estabilizador e filtro de linha integrados, carregador de baterias inteligente, alarme audiovisual, painel de LED com informação da rede e inversor. 36 Revista da InstalaçÃO
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Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.
Sindinstalação orienta sobre contratos de empreitada
O
A especialista lembra que mesmo que o contrato não tenha essa negociação existe uma jurisprudência para proteger. Independente disso é muito importante, antes de aceitar uma obra, planejar junto com uma equipe jurídica, com o comercial, com as pessoas responsáveis todas as cláusulas. Ela lembra que o advogado não está ali só para brigar, ele tem que ser visto como uma forma de prevenir qualquer litígio. “É importante acionar os advogados no início, para prevenir o litígio ou a desavença. Você coloca o advogado Fotos: Divulgação
Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação do Estado de São Paulo) realizou no dia 23 de maio um workshop apresentando o projeto de consolidação das cláusulas de Contrato de Empreitada por Preço Global, visando o fortalecimento do segmento das Instaladoras. O sócio da BMM Law, Rafael Buzzo de Matos e a advogada Camila Cristina Togni, falaram sobre a relevância do aprofundamento nas questões de maior adversidade no âmbito da empreitada, com o objetivo de transmitir segurança jurídica, minimizando os riscos para o empresário do ramo de instalações. Segundo Camila, esse trabalho é uma consolidação de tudo que vem sendo discutido com os empresários no sentido de verificar as dificuldades que eles encontraram dentro da construção civil. “Há dificuldade contratual, há dificuldade de retenção, medição. Então o nosso intuito era justamente administrar toda essa dificuldade dos instaladores, tanto em relação à lei, quanto da jurisprudência e assim mostrar o quanto é importante formular um contrato sólido e equilibrado entre as partes”.
38 Revista da InstalaçÃO
como um mediador entre o instalador e o contratante para que eles alinhem o que vai ser previsto no contrato”. Rafael de Matos lembra que ocorrem várias situações que não estão resolvidas no contrato ou que estão resolvidas de forma incompleta. A própria legislação a respeito da empreitada dedica poucos artigos para tratar especificamente desses assuntos. “O Código Civil dedica apenas 16 artigos para tratar de um contrato tão complexo como o processo de empreitada global. O dia a dia é que vem revelando
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News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.
Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.
através da jurisprudência as soluções dadas para esse tipo de problema. Por se tratar de uma legislação muito limitada, as instaladoras enfrentam muitas dificuldades. Então acho que conseguimos alcançar nosso objetivo, contínuo, com este primeiro workshop”.
Para a diretoria do Sindinstalação esse projeto, o qual vem sendo trabalhado há mais de dois anos, contribui muito para orientar o associado fornecendo informação diferenciada, que não está disponível no mercado e foca diretamente seus negócios.
“É importante que o associado saiba que o Sindicato, além da defesa diária de seus interesses, está preocupado também em garantir a competitividade para as instaladoras”, afirma o diretor-executivo José Antonio Bissesto.
Sua empresa está coberta? Muitas empresas não prestam atenção à Convenção Coletiva de Trabalho. Na negociação, o que fica evidente é o percentual de reajuste salarial, mas há outros aspectos que são muito importantes e não podem deixar de ser avaliados. Um deles é a obrigatoriedade de indenizar as famílias em caso de morte do trabalhador. Há aí um passivo que pode comprometer em muito a atividade de uma empresa, principalmente das menores. Na Convenção Coletiva do Sindinstalação, há uma cláusula que prevê a indenização de R$ 35.000,00 para a
família do trabalhador e o pagamento de despesas com sepultamento. Para atender as empresas que desejam transferir este risco, o Sindinstalação firmou parceria com a FBN Consultoria de Benefícios e a Mapfre Seguradora. Com esta parceria, as empresas contam com a contratação simplificada, um pós- venda especializado e um custo inferior ao praticado no mercado. Muitas empresas acabam recorrendo aos bancos para fazer a contratação e, no final, quando mais precisam de atendimento não têm o suporte necessário para ser indenizadas.
Para saber mais entre em contato com a FBN pelo fone (11) 4828-9065 ou pelo e-mail benefícios@fbnseguros.com.br.
Instalação do Comitê de RHs – Participe! O Sindinstalação vê nos comitês setoriais uma forma de agregar qualidade e conhecimento quando em sua sede se reúnem os representantes das empresas visando estabelecer uma pauta e discussão sobre um tema específico de cada comitê. Desta vez, estamos criando o comitê de RHs das empresas instaladoras, buscando auxiliar em sua
gestão assim como nas resoluções das demandas do dia a dia do departamento. Atenção: Gerentes, Assistentes e Coordenadores de RH, participem deste novo comitê, que se reunirá mensalmente em nossa sede a partir de 26 de abril, sob a coordenação do Dr. Igor Bicudo da BMM Advocacia Personalizada.
Inscrições com a Silvana pelo telefone: (11) 3266-5600.
Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br
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| Abrasip
Sistema pressurizado de água fria e quente: por que não adotar?
N
o Brasil, devido à falta de constância no abastecimento de água, criou-se a figura dos reservatórios de armazenamento, um inferior e outro superior, e a distribuição era feita de forma gravitacional. O sistema de pressurização de água fria e quente é uma solução hidráulica que existe há várias décadas, e largamente utilizada mundialmente. No início, a utilização de sistemas pressurizados estava ligada a sistemas industriais. Posteriormente, iniciou-se sua utilização em edificações comerciais, tais como: academias, teatros, casas de show, edifícios comerciais e, finalmente, em prédios residenciais. Até o final dos anos 1990, os sistemas, em sua grande maioria, eram compostos de sistemas hidropneumáticos com bombas e tanques. A partir do início de 2000 iniciou-se a utilização de sistemas pressurizadores com bombas com motores elétricos com rotação variável. Neste instante houve um ‘turnpoint’, pois o argumento de que o sistema hidropneumático possuía baixo rendimento em relação ao sistema de bombas de recalque com caixas elevadas caía por terra, tendo em vista que com a possibilidade de variar a rotação do motor, surgia também a possibilidade de ajustar a curva de rendimento. Atualmente, a utilização de bombas com rotação variável já é bem aceita em prédios industriais e comerciais, porém, nos prédios residenciais a utilização de sistemas pressurizados para água potável ainda é pouco utilizada. Qual seria o motivo: insegurança, desconhecimento, custo ou barreira cultural? Para elucidar dúvidas, faremos um demonstrativo comparando os prós e contras de cada solução técnica, conforme tabela a seguir: 1. Componentes de cada sistema, incluindo todos os principais subsistemas envolvidos: 1.1 Sistema Convencional ✖ Caixa d´água inferior ✖C aixa d´água superior e barrilete hidráulico ✖ Conjunto de bombas de recalque ✖P ainel elétrico da bomba de recalque ✖ Chaves de boias elétricas nas caixas inferiores e superiores, bem como fiações e tubulações respectivas ✖1 barrilete de água potável para caixa inferior ✖1 barrilete de água potável para caixa superior ✖ 1 barrilete de sistema de combate a incêndio na caixa superior ✖1 conjunto de bomba de recalque para combate a incêndio, com painéis elétricos, cabos elétricos e prumada des-
40 Revista da InstalaçÃO
de a portaria até a casa de bomba no barrilete superior à prumada de botoeira para os últimos 12 pavimentos para acionamento da bomba de incêndio ✖ 1 conjunto pressurizador para abastecimento dos últimos 4 pavimentos com seu respectivo alimentador e quadro elétrico ✖ 1 prumada duplicada para atender os últimos 4 pavimentos ✖ Cabos de supervisão do status das caixas d´água indo até a portaria (caixa inferior e caixa superior) 1.2 Sistema Pressurizado ✖ Caixa d´água inferior ampliada para conter todo o volume de armazenamento ✖ Ausência de caixa superior ✖ 1 conjunto pressurizador completo com painel elétrico e cabos de alimentação ✖ Ausência de chaves de boia com exceção para as boias de aviso de transbordamento ✖ 1 barrilete de água potável na caixa inferior ✖ 1 barrilete de combate a incêndio na caixa inferior ✖ 1 conjunto de bomba de recalque para combate a incêndio e bomba jockey com painéis elétricos, cabos elétricos ✖ Caixa d´água superior e barrilete hidráulico ✖ Supervisão da caixa d´água inferior e status das bombas de pressurização
Sistema Convencional
Sistema Pressurizado
Para ilustrarmos com uma situação real, fizemos um comparativo entre um sistema convencional com caixa superior e um sistema pressurizado, em um prédio de apartamentos com as seguintes características:
Número de andares: Número de apartamentos por andar: Número de quartos por apartamento: Cômodos: População por apartamento: Consumo diário: Consumo diário: Autonomia: Caixa superior: Caixa inferior: Bomba de recalque: Booster de pressurização: Rendimento de bomba de recalque: Rendimento do booster de pressurização:
25 pavimentos tipos 6 apartamentos 3 quartos 1 cozinha, 1 área de serviços, 1 lavabo e 2 banhos 5 pessoas 200 l/ dia 150 m3/ dia 1,5 dias 90 m3 135 m3 19 m3/ h x 98 m.c.a 30 m3/ h x 108 m.c.a 55% 68%
Análise do custo para vida útil de 20 anos Custo
Sistema Convencional
Sistema Pressurizado
Caixa d´água e fachadas superiores Bombas Instalações elétricas e hidráulicas Energia (20 anos) Manutenção de todo sistema, civil, elétrica e hidráulica (20 anos)
R$ 225.000,00 R$ 20.000,00 R$ 105.000,00 R$ 140.000,00
R$ 112.000,00 R$ 120.000,00 R$ 65.000,00 R$ 107.000,00
R$ 240.000,00
R$ 120.000,00
Vantagens e desvantagens de cada sistema
PRESSURIZADO
CONVENCIONAL
SISTEMA VANTAGENS
OBSERVAÇÕES
✹ A reserva superior garante uma autonomia em caso de quebra do sistema de recalque ou falta de energia
✹ Normalmente esta vantagem não é percebida, pois quando é notada a falta d´água em caixa, ela já se encontra vazia ✹ Olhando para um horizonte de 20 anos, a duplicação da caixa d´água e seus componentes elétricos gera necessidade de Retrofits bem maiores e bem desconfortáveis para suas implementações no futuro
✹ Menor custo de implantação ✹ Menor custo de operação ✹ E liminação da caixa superior liberando espaço para construção ✹M enor custo de manutenção em função do menor número de componentes ✹ E liminação de prumadas verticais de força e comando ✹ S implificação no sistema hidráulico que não possui caixa superior ✹V ida útil das bombas bem maior que as bombas convencionais (12 anos) ✹M inimiza o problema de contaminação e limpeza
✹ Sistema com menos caixas d´agua gera menor probabilidade de contaminação. ✹ A questão de paradas por falta de energia é compensada pelo uso de geradores em quase 100% das edificações atuais
Concluindo, o sistema pressurizado torna as instalações prediais mais simples, mais econômicas, com custos de manutenção e de Retrofit menores, e aumento da confiabilidade pelo fato das bombas de pressurização possuírem vida útil maior e tecnologia avançada. Acredito que já passou da hora do mercado adotar este sistema. Sergio Koiti Kasazima - SKK
Engenharia de Sistemas Prediais Revista da InstalaçÃO 41
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| Abrinstal
World Plumbing Council busca fortalecer indústria de instalações hidráulicas Planejamento estratégico da entidade prevê ações para ampliar sua atuação global e relaciona encanamento com saúde pública e preservação do meio ambiente.
A
mpliar a atuação global do World Plumbing Council (WPC - Conselho Mundial de Instalações Hidráulicas) e fortalecer a união da indústria de encanamento, sempre com o objetivo de proteger a saúde das pessoas e também preservar o meio ambiente. Esta é a principal estratégia do WPC para os próximos anos e, para isso, a diretoria da organização fez um planejamento de suas ações que, periodicamente, são discutidas, checadas e revisadas. Na próxima reunião dos diretores do WPC, que ocorrerá no segundo semestre, em Doha, capital do Qatar, o plane-
WPC
jamento estratégico volta a ser discutido e também entra em pauta a organização do 12th World Plumbing Council Triennial Conference, que ocorrerá em Melbourne, na Austrália, de 11 a 13 de setembro de 2019. “Acompanhar as ações do planejamento estratégico é fundamental para o avanço do WPC e também para fortalecer essa indústria”, conta Alberto J. Fossa, diretor-executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações – Abrinstal, e integrante da diretoria do WPC. Uma das principais ações do planejamento estratégico é desenvolver e promo-
O World Plumbing Council (WPC) é uma organização internacional que tem o objetivo de desenvolver e promover a imagem e as normas da indústria mundial de instalações. Entre suas iniciativas estão o desenvolvimento de estudos de caso, promoção do profissionalismo, divulgação das melhores práticas, disseminação de informações, identificação de oportunidades para a promoção e integração com outras entidades. O WPC atua no sentido de incentivar, participar e facilitar o intercâmbio de informações, pesquisa e tecnologia aplicadas à indústria de instalações hidráulicas. A Abrinstal, como integrante brasileira do WPC, busca estabelecer no País uma agenda vinculada às principais ações internacionais associadas ao tema de instalações hidráulicas, como por exemplo participar dos maiores eventos internacionais, incluindo feiras de produtos e inovação no setor de canalização de água; acompanhar as discussões internacionais relativas às construções e questões de sustentabilidade, entre outras.
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ver a imagem e os padrões profissionais de setor de encanamento para o mundo, sempre relacionando essa atividade com a importância desse setor na proteção da saúde pública. Umas das ações nesse sentido tem sido a intensificação de divulgação do Conselho na imprensa, sites especializados e nas redes sociais. Outra ação do WPC é a de incentivar, participar e facilitar o intercâmbio de informações, pesquisas e tecnologias aplicáveis ao setor de encanamento mundial, visando promover a compreensão dos avanços tecnológicos e as melhores práticas do setor em todo o mundo.
Oportunidade: Bolsa de estudo
O WPC está oferecendo duas bolsas de estudo, uma para candidatos de países desenvolvidos e outra para países em desenvolvimento. Todos os membros da indústria de encanamento podem participar do processo de seleção (veja mais informações no site da WPC: http://www.worldplumbing.org/scholarship/ e também no site da Abrinstal: www.abrinstal.org.br). Cada uma das bolsas fornece até US$ 10.000 em financiamento para cobrir despesas aprovadas durante o período de duração do programa. As bolsas de estudo destinam-se a proporcionar um intercâmbio educacional entre países que se concentram no treinamento da indústria de encanamento, ao mesmo tempo em que expõe os participantes a novas tecnologias e inovações em sistemas de treinamento. Eles também oferecem uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a contribuição que o encanamento fez para a saúde global e para o meio ambiente. As inscrições vão até 22 de setembro de 2017.
| Seconci
Seconci-SP orienta sobre a importância do exame ocupacional para novo sistema do eSocial Para auxiliar as empresas no envio dos dados para o sistema eSocial, que entrará em vigor em 2018, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) implantou um novo software, que permite compilar as informações referentes à Medicina Ocupacional na forma que elas precisam ser repassadas. Na prática, isso trará mais facilidade e tranquilidade às companhias, que precisarão apenas encaminhar os dados. O software contribuirá com as empresas em um dos pontos que mais exigirá atenção no eSocial, que são os exames ocupacionais. Conforme indicação da Norma Regulamentadora (NR) 7, esses exames devem constar no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), um documento elaborado por um médico após analisar os riscos aos quais um determinado fun-
cionário está exposto. Os tipos de avaliações às quais o empregado precisará ser submetido podem variar de acordo com as especificidades da função na qual ele atua, mas existem cinco exames que são obrigatórios a todos os trabalhadores admitidos no regime CLT, independentemente da atividade: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional. O Seconci-SP dispõe de um método de avaliação que permite examinar o trabalhador de forma completa e, se for o caso, encaminhá-lo para o tratamento com o especialista indicado. Esse cuidado resguarda a saúde do trabalhador e protege as empresas contra processos por acidente de trabalho.
Mais informações: (11) 3664-5884 / relacoesempresariais@seconci-sp.org.br
Como reduzir o seguro de acidentes do trabalho
Foto: Divulgação
Fiesp, Seconci-SP e SindusCon- SP lançaram em 30 de maio um novo serviço de apoio às empresas para o gerenciamento de suas ações de Saúde e Segurança do Trabalho, visando à redução do valor do RAT (seguro de Riscos Ambientais do Trabalho, antigo SAT). No evento realizado no Teatro Seconci-SP, o vice-presidente Haruo Ishikawa afirmou que, na conjuntura atual, “não podemos descuidar da saúde e da segurança do trabalho,
essenciais para mantermos a motivação e a produtividade dos nossos colaboradores”. Ele ressaltou, no entanto, que é preciso fazer muito mais. “Um estudo do Seconci-SP mostrou que, das 1.508 doenças consideradas doenças ocupacionais da construção civil, 508 não o são. Trata-se de uma metodologia incorreta do NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário). Muitas empresas acabam sendo prejudicadas por este critério Honda, Ishikawa e Barros destacam a importância da Central de Inteligência para reduzir os custos do RAT.
da Previdência Social. Porém, esse risco será bastante reduzido, se as empresas fizerem uma gestão dos afastamentos do trabalho”. Também integraram a mesa do evento Sylvio Alves de Barros Filho e Hélcio Honda, diretores da Fiesp. O novo serviço consiste de produtos e serviços oferecidos por uma Central de Inteligência. Aderindo à iniciativa, a empresa ganhará acesso a um programa para conferir e monitorar seus afastamentos do trabalho. Poderá economizar até 50% de seu RAT e recorrer a orientações de advogados, médicos do trabalho e técnicos de segurança. Informações: (11) 3334-5703 ou spelegrino@ sindusconsp.com.br
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| HBC Advogados
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Regularização Tributária
m 31 de maio de 2017, foi publicada a Medida Provisória (MP) nº 783, instituindo o denominado PERT – Programa Especial de Regularização Tributária, que permite descontos dos juros e das multas (de mora, de ofício ou isoladas), concedendo a possibilidade de parcelamento de débitos de natureza tributária e não tributária, vencidos até 30 de abril de 2017. O contribuinte que aderir ao PERT observará as seguintes premissas: confissão irrevogável e irretratável dos débitos indicados para compor o PERT; aceitação plena de todas as suas condições; dever de pagar regularmente as parcelas do PERT; vedação ao reparcelamento dos débitos que compõem o PERT, ressalvado o reparcelamento previsto na legislação do Parcelamento Ordinário; e cumprimento regular das obrigações com o FGTS. Ainda, insta salientar que o PERT prevê 3 (três) modalidades distintas de liquidação de débitos no âmbito da Receita Federal do Brasil (RFB), e 2 (duas) modalidades distintas de liquidação dos débitos no âmbito da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a saber: Modalidade 1 – Parcelas iniciais (RFB) Pagamento de 20% da dívida consolidada à vista, em 5 parcelas mensais e sucessivas vencíveis de agosto a dezembro de 2017; compensando o saldo remanescente com créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL (apurados até 31/12/2015 e declarados até 29/07/2016) ou outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela RFB, com possibilidade de pagamento de eventual saldo remanescente até 60 prestações adicionais, vencíveis a partir do mês seguinte ao do pagamento à vista. Modalidade 2 (RFB e PGFN) 120 prestações mensais e sucessivas com atenção aos percentuais mínimos: ✖ (i) da 1ª à 12ª prestação: 0,4%; ✖ (ii) da 13ª à 24ª: 0,5%; ✖ (iii) da 25ª à 36ª: 0,6%; ✖ (iv) 37ª em diante: percentual correspondente ao saldo remanescente em até 84 prestações mensais sucessivas. Modalidade 3 – Parcelas iniciais (RFB e PGFN) Pagamento de 20% da dívida consolidada à vista, em espécie, em 5 parcelas mensais e sucessivas vencíveis de agosto a dezembro de 2017, podendo ser o saldo remanescente quitado da seguinte forma: (i) liquidação integral até janeiro de 2018, em parcela única com redução de 90% dos juros de mora e 50% das multas de mora, de ofício e isoladas; (ii) parcelamento em até 145 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos juros de mora e de 40% das multas de mora, de ofício ou isoladas; ou (iii) parcelamento em até 175 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis
a partir de janeiro de 2018, com redução de 50% dos juros de mora e de 25% das multas de mora, de ofício ou isoladas (cada parcela será calculada com base no valor correspondente a 1% da receita bruta da pessoa jurídica, referente ao mês anterior ao do pagamento, não podendo ser inferior a 1/175 do total da dívida). Observação: para devedores com dívida total, sem reduções, igual ou inferior a R$ 15 milhões, ficam assegurados (i) a redução do pagamento à vista e em espécie para, no mínimo 7,5% do valor da dívida consolidada, sem reduções, em 5 parcelas mensais sucessivas vencíveis de agosto a dezembro de 2017; e (ii) após aplicação da redução da multa e dos juros, a possibilidade de utilização de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa de CSLL e outros créditos próprios relativos aos tributos administrados pela RFB, e, para os débitos no âmbito da PGFN, a possibilidade de oferecimento de dação em pagamento de bens imóveis, desde que previamente aceita pela União, para quitação do saldo remanescente. Nas modalidades 1 e 3, em que há a possibilidade de utilização de créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativas de CSLL, serão aplicadas as seguintes alíquotas: (i) 25% sobre o montante do prejuízo fiscal; (ii) 20% sobre a base de cálculo negativa da CSLL, no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização, bancos de qualquer espécie, distribuidoras de valores mobiliários, corretoras de câmbio e de valores mobiliários, sociedades de crédito, financiamento e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, administradoras de cartões de crédito, sociedades de arrendamento mercantil e associações de poupança e empréstimo; (iii) 17%, no caso das cooperativas de crédito; e (iv) 9% sobre a base de cálculo negativa da CSLL, no caso das demais pessoas jurídicas. Por fim, o Contribuinte deverá se atentar às hipóteses de exclusão do PERT, assim como de exigibilidade imediata da totalidade do débito confessado e não pago, e execução automática da garantia prestada, sendo elas: (i) a falta de pagamento de três parcelas consecutivas ou seis alternadas; (ii) a falta de pagamento de uma parcela, se todas as demais estiverem pagas; (iii) a constatação, pela RFB ou pela PGFN, de qualquer ato tendente ao esvaziamento patrimonial como forma de fraudar o cumprimento do parcelamento; (iv) a decretação de falência ou extinção, pela liquidação, do contribuinte optante pelo PERT; (v) concessão de medida cautelar fiscal; (vi) a declaração de inaptidão da inscrição no CNPJ; (vii) a falta de pagamento regular das parcelas dos débitos consolidados no PERT e dos débitos vencidos após 30 de abril de 2017, inscritos ou não em Dívida Ativa da União, por três meses consecutivos ou seis alternados; ou (viii) a falta de cumprimento das obrigações relativas ao FGTS, por três meses consecutivos ou seis alternados. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.
*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br 44 Revista da InstalaçÃO
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Destaque
| Aquecimento Solar
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Capacitação Profissional Reportagem: Clarice Bombana
Iniciativas oferecem cursos e treinamentos aos profissionais instaladores de sistemas de aquecimento solar térmico, visando agregar qualificação ao setor
Foto: Fotolia
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xistem hoje no Brasil algumas iniciativas significativas em termos de qualificação da cadeia produtiva voltada ao setor de aquecimento solar térmico. Uma delas, e de grande amplitude, é o Programa Qualisol Brasil - Qualificação de Fornecedores de Sistemas de Aquecimento Solar, que envolve empresas fornecedoras de produtos/serviços e profissionais que atuam na implantação e instalação de sistemas de aquecimento solar. Fruto de um convênio entre a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento), o Inmetro e o Procel/Eletrobrás, o programa traz benefícios diretos ao consumidor, que, ao optar por empresas e profissionais certificados, terão garantia de qualidade do produto adquirido e dos serviços de projeto, instalação ou manutenção contratados. Assim como em diversos países do mundo, no Brasil, as revendas e instaladoras possuem uma posição estratégica em relação à difusão do aquecimento solar. Na maioria das vezes, estão Revista da InstalaçÃO 47
Destaque
| Aquecimento Solar
Apesar da evolução e crescimento do mercado, atualmente, no Brasil, há uma forte carência de profissionais capacitados para atuar no mercado de aquecimento solar térmico. tes fases previstas em projeto: análise das condições do imóvel para receber o sistema; adequação do imóvel para receber o sistema; adaptação e ajustes do equipamento para compensar as características do imóvel; dimensionamento do sistema; instalação física do sistema; e eventuais correções e ajustes necessários após a instalação do sistema. Assim como em outras áreas da construção civil, é comum os profissionais do segmento de aquecimento solar aprenderem na prática ou “na raça”, sem passarem por um treinamento sistematizado. Logo, os problemas gerados pela falta de capacitação profissional não são poucos. Segundo José Eduardo Castilho, gerente da Universidade do Sol/Soletrol, o maior deles é a generalização ou taxação. “Quando um sistema de aquecimento de água é
instalado de forma incorreta, ele não aquece e, então, todos os aquecedores e equipamentos do mercado levam a fama de ineficientes”, sublinha. É recomendável que o profissional que atue neste segmento seja alfabetizado, tenha conhecimento nas áreas de hidráulica, elétrica, cobertura/telhado, saiba o que prescreve as normas NR-35 (Trabalho em Altura) e NR-33 (Segurança e Saúde em Espaços Confinados), além de conhecimento específico de projetos e instalações de aquecedor solar. Veja a seguir, algumas instituições que oferecem cursos e treinamentos ao profissional instalador de sistemas de aquecimento térmico solar.
Ilustração: Fotolia
em contato direto com o consumidor no momento da decisão da compra e instalação. Em alguns casos, também planejam e entregam os equipamentos e são responsáveis diretas por garantir uma instalação eficiente, com funcionamento, durabilidade e estética assegurados e comprovados. Além das revendas e instaladoras, os profissionais autônomos e os fabricantes de equipamentos solares executam instalações e estabelecem contratos diretos de prestação de serviços com os consumidores finais. No entanto, atualmente, há uma forte carência de profissionais capacitados para atuar no mercado de aquecimento solar térmico no Brasil. “A qualificação dos profissionais ainda é baixa, devido à falta de divulgação voltada ao setor, e ainda existem as pessoas que se acham autodidatas, ou seja, acreditam que podem aprender as técnicas sozinhas e acabam adquirindo vícios de trabalho”, afirma o professor Edivaldo F. Silva, instrutor de formação profissional da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, onde são oferecidos cursos para Instalação de Aquecedor Solar. A instalação de sistemas de aquecimento solar de água pode ser dividida em aplicação residencial de baixa pressão, ou seja, para reservatórios de água de cerca de 1.000 litros; e para aquecimento de piscinas. A execução dessas instalações passa pelas seguin-
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Universidade do Sol A instituição está situada numa área de 5000 m2, doada pela Soletrol, na cidade de São Manuel, interior do Estado de São Paulo. Com uma estrutura completa para treinamento teórico e prático em aquecimento solar de água, o local abriga um auditório para 100 pessoas, instalações de aquecedores para diversas modalidades e laboratórios de hidráulica e elétrica. “A Universidade do Sol está instalada na Praça do Sol, espaço que abri-
Fotos: Divulgação
Criada pela empresa Soletrol em 2004, a Universidade do Sol - Fundação Augusto Mazzon, oferece cursos para instaladores hidráulicos, técnicos em aquecimento solar, engenheiros, arquitetos, revendedores, estudantes e demais profissionais envolvidos com os sistemas de aquecedores solares de água em seu dia a dia. Os cursos são ministrados por profissionais especializados do setor.
ga o maior Centro de Treinamento em Sistemas de Aquecimento Solar Térmico do mundo”, destaca Castilho. A iniciativa partiu dos proprietários da Soletrol, que entenderam a necessidade de qualificação de mão de obra, não apenas de seus instaladores, mas de todos os interessados, independente de serem profissionais de outras empresas (até mesmo concorrentes), afinal, trata-se de uma ação voltada à qualificação do setor. Quem pode ser capacitado na Universidade do Sol? Instaladores hidráulicos, encanadores, engenheiros, arquitetos, estudantes e demais profissionais envolvidos com o mercado de aquecimento solar de água ou que queiram ingressar neste segmento. Na média, a instituição qualifica entre 200 e 300 profissionais por ano. A Universidade oferece cursos presenciais e externos, cursos on-line, visitas a estudantes, palestras externas, além de aulas de vídeo grátis. Saiba mais em www.universidadedosol.org.br
Números
Em média, a Universidade do Sol qualifica entre 200 e 300 profissionais por ano.
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Destaque
| Aquecimento Solar
Senai O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferece o curso presencial de Aperfeiçoamento Profissional – Instalação de Aquecedor Solar, na Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, no Tatuapé (SP), de 60 horas. O curso tem por objetivo desenvolver competências relativas à execução de instalações de aquecedor solar de água em edificações, conforme projeto, procedimentos e normas técnicas vigentes. Para se candidatar ao treinamento, os interessados devem atender aos seguintes pré-requisitos: ter concluído a 4ª série do Ensino Fundamental; ter no início do curso, no mínimo, 18 anos de idade; comprovar conhecimentos e ex-
Capacitação
em utilizar produtos certificados pelo Inmetro. Mais informação em https:// construcaocivil.sp.senai.br/
O instalador de sistemas de aquecimento solar habilitado pelo Senai apresenta conhecimentos técnicos fundamentais para atuar nessa área.
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O Senai Tatuapé (SP) deverá formar 160 instaladores de aquecimento solar de água em 2017.
periências anteriores referentes à execução de instalações hidráulicas, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou em outros meios informais. A unidade capacita, por ano, cerca de 60 profissionais nesta área. Em 2017, este número deve aumentar, pois o Senai fechou uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para ministrar o curso de Instalação de Aquecedor Solar aos Microempreendedores Individuais (MEI), com uma carga horária menor (40 horas). “Com isso, este ano, teremos a formação de pelo menos 160 profissionais instaladores”, conta o professor Edivaldo Silva. Segundo ele, o instalador de sistemas de aquecimento solar habilitado pelo Senai apresenta conhecimentos técnicos fundamentais na área, adquire percepção de mercado a ser explorado e se torna consciente da importância
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Como ser Qualisol
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O Programa de Qualificação de Fornecedores de Produtos e Serviços para Sistemas de Aquecimento Solar (Qualisol Brasil) tem o objetivo de fortalecer uma base de compromissos para que seus afiliados possuam competência técnica e habilidade necessária para dimensionar, fornecer e implantar com qualidade e distinção sistemas de aquecimento solar, respeitando normas, recomendações de fábrica e padrões preeestabelecidos para garantir desempenho, durabilidade e estética, por meio do Certificado de Conformidade Qualisol Brasil. A adesão ao Programa Qualisol é voluntária. Atualmente, o programa está em fase de pré-qualificação. Futuramente, os profissionais e empresas serão submetidos a exames de qualificação (provas de conhecimentos práticos e teóricos) para serem certificados. A partir dos resultados, as empresas serão classificadas de acordo com o porte das obras as quais estarão aptas a atender. Esses testes serão repetidos periodicamente, a fim de fomentar o
aumento da capacitação das empresas e seus profissionais, e auditorias serão realizadas nas obras instaladas para averiguar indicadores como satisfação do cliente com atendimento pós-venda, funcionamento do equipamento solar, etc. A implantação sustentada do Qualisol Brasil conta com o apoio de centros formadores e de qualificação como Senai, Cefet, Sebrae, institutos de tecnologia e a Rede Eletrobrás Procel. A participação das empresas fabri-
cantes no Qualisol Brasil está condicionada ao atendimento ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro, e ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades. Desta forma, o Programa Qualisol incentiva a melhoria contínua das empresas e dos profissionais do setor de aquecedores solares, estimulando a competitividade do mercado. Para saber mais sobre, acesse as informações disponíveis no site www.qualisol.org.br Revista da InstalaçÃO 51
artigo
| Direitos do consumidor
O desafio da fiscalização e o mercado irregular de lâmpadas LED no Brasil
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tador ao seu fornecedor estrangeiro), a aplicação de tratamento tributário/ classificação fiscal manifestamente incorreto ao produto, tributariamente mais benéfico. Essas práticas ilícitas resultam na redução indevida dos tributos incidentes sobre tais produtos e, consequentemente, na redução artificial dos preços praticados pelo importador. Essas práticas ilegais para reduzir a carga tributária do produto não trazem só prejuízos para o fisco, mas também para toda a sociedade e prejudicam a livre concorrência no mercado de lâmpadas e luminárias LED. Isso porque empresas sérias e idôneas não têm condições de concorrer com preços artificialmente reduzidos pelo não pagamento de tributos. Além do não pagamento de tributos, alguns importadores também não cumprem normas Foto: Fotolia
barato sai caro”. O ditado popular se aplica perfeitamente ao segmento de iluminação. Ao se deparar numa gôndola com lâmpadas e luminárias LED de especificações similares, o consumidor pode ser tentado a optar por aquela de preço mais acessível - em alguns casos extremos até abaixo do custo -, porém não imagina o que está por trás dessa “oportunidade”. Diversos produtos, como lâmpadas e luminárias LED, são importados irregularmente e entram no País, na maioria das vezes, como legais, por artifícios e declarações falsas prestadas por alguns importadores, como a subvaloração aduaneira, o subfaturamento (exemplo: o produto custa US$ 1, mas é declarado por valor inferior àquele efetivamente pago pelo impor-
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técnicas, de qualidade e segurança dos produtos, o que pode configurar crime contra as relações de consumo. No caso, para entrarem no País, as lâmpadas LED estão sujeitas à fiscalização aduaneira e tributária pela Receita Federal do Brasil e também à anuência do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Os produtos devem também respeitar outras normas, tais como as normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o Código de Defesa do Consumidor. As exigências podem variar de material para material. Se o importador age de má-fé e declara um valor muito abaixo do real para a carga, ele possivelmente pagará tributos sobre o valor declarado (e não sobre o valor real da carga), sonegando tributos. Para evitar isso, é necessário que o controle aduaneiro e tributário seja aprimorado e as autoridades saibam identificar o produto importado e seu respectivo valor. Nesse sentido, um trabalho importante que fazemos para os clientes (alguns deles associações de classe, como a Abilumi – Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação) é munir os órgãos fiscalizadores, como a Receita Federal do Brasil, de um material de suporte (laudos e elementos técnicos) para que referidos órgãos possam identificar diferentes tipos de produtos e conseguir adequadamente valorá-los e classifica-los fiscalmente. Alertamos as autoridades e as auxiliamos a iden-
Além do não pagamento de tributos, alguns importadores também não cumprem normas técnicas. dor é obrigado a também classificar seu produto em um dos 7 destaques criados nesse NCM, o que torna a declaração do importador mais precisa e completa. O mesmo esforço está sendo dispendido em relação às luminárias, para as quais solicitamos 16 novos destaques. Todos esses subsídios visam tornar o trabalho da fiscalização ainda mais eficiente, o que é bom para o consumidor e para o mercado. Um ponto que visa tornar esse procedimento mais ágil é o treinamento realizado com as equipes de fiscalização da Receita Federal do Brasil, que abrange todos os portos e que auxilia no entendimento a respeito das questões técnicas e parâmetros a serem obedecidos. Com isso, fornecemos elementos para que consigam bloquear muitas importações irregulares. Desde o início da adoção de práticas de controle mais efetivas já se percebe um aumento no índice de apreensão de cargas, assim como o endurecimento da fiscaFoto: Fotolia
tificar os locais de maiores riscos e incidências de tais práticas. Na lâmpada levantamos os reais valores pagos pelos importadores junto aos fornecedores estrangeiros, bem como levantamos o custo mínimo de tais produtos, identificando o valor dos seus componentes/materiais de fabricação – como alumínio, plástico, vidro, diodo – e calculamos o mínimo que ela pode custar. Com o apoio de diversas organizações, dentre elas a Abilumi, esse trabalho ficou menos difícil, pois criamos um material técnico, de consulta rápida e com uma linguagem acessível para os fiscais entenderem como identificar corretamente produtos, modelos, materiais utilizados, e verificarem se as declarações feitas pelo importador são verdadeiras e a classificação fiscal indicada é correta. Com esses dados, os órgãos envolvidos tornam-se mais eficientes, pois é humanamente impossível conhecer o valor de cada mercadoria que entra no País. Outro trabalho importante dos advogados foi desenvolvido junto ao Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para criação de outros mecanismos de controle aduaneiro para lâmpadas e luminárias LED, como a solicitação de licenciamento não automático e a criação de destaques específicos para tais produtos. Tais destaques obrigam o importador a enquadrar seu produto em uma descrição mais específica, que auxilia a fiscalização a verificar os valores dos produtos importados. Antes tínhamos um só código (NCM) para identificar a lâmpada LED e hoje o importa-
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lização, com o crescimento no número de importações submetidas ao canal cinza, que acarretaram atrasos, perdas e multas a importadores fraudulentos. Mais que isso, é preciso atentar também para o comércio. É importante atuar também com os grandes varejistas do setor de construção e iluminação, buscando conscientizá-los sobre os prejuízos de ter uma mercadoria que não observou as normas vigentes. Percebemos que muitas lojas deixam de vender produtos irregulares quando sabem de uma denúncia.
Felipe Mastrocola
Advogado e sócio do escritório MMR – Mastrocola, Marcondes Rocha Advogados Revista da InstalaçÃO 53
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| Telecomunicações
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O futuro das redes ópticas definidas por software
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os dias de hoje, as redes ópticas são geralmente implementadas como estruturas rígidas e estáticas. Embora muitos avanços tenham acontecido para permitir o comportamento óptico dinâmico, a capacidade final da rede ainda é projetada com uma mentalidade de “tamanho único”, onde o “tamanho” é pensado com base na melhor estimativa do pior caso. No mundo em constante evolução e sob demanda que vivemos hoje, esse modo de operar não é mais sustentável. Tal mentalidade gera ineficiências significativas e desperdício de investimentos nestas redes por causa da grande probabilidade de existirem equipamentos subutilizados e uma capacidade pouco utilizada. Mas, se uma operadora subestima a demanda, corre o risco de não conseguir atender picos de tráfego, o que pode resultar em longas e complexas implantações não planejadas. Até o momento, as operadoras da América Latina se restringiram a esse modelo de operação porque não dispõem em tempo real de dados da rede, de análises acuradas ou das ferramentas de software e da visibilidade que necessitam para fazerem as coisas de maneira diferente. Elas acabam implementando um tipo de abordagem “configure e esqueça” pelo fato de ser manualmente exaustivo e demasiadamente complexo alterar os comprimentos de onda implantados ao longo do ciclo de vida da rede. Estamos agora entrando em um novo momento com a introdução de plataformas definidas por software que permitem às redes prever e solucionar os desafios de conectividade e capacidade à medida que eles surgem. Essas plataformas mudam a forma de projetar, operar e monetizar as redes ópticas. Elas exploram e utilizam a margem disponível do sistema – uma variável que muda ao longo do ciclo de vida da rede – para obter capacidade óptica sob demanda, melhorar o alcance de um canal específico ou ainda aumentar a disponibilidade de um serviço.
A rede autônoma: um quebra-cabeças há anos em construção Embora esse tipo de plataforma não tenha surgido até agora, o conceito de uma rede óptica programável e definida por software vem sendo construído há anos. De fato, muitas das principais inovações em produtos e tecnologias vistas nos últimos anos são peças de quebra-cabeças dentro dessas soluções mais abrangentes. Esses vários elementos podem ser agrupados em duas categorias gerais: hardware programável e software avançado. O software abstrai a complexidade ligada a avançadas e flexíveis tecnologias 54 Revista da InstalaçÃO
e à engenharia óptica para que as operadoras possam operacionalizar a próxima geração de tecnologias e utilizar as suas redes de uma maneira muito mais dinâmica. Todos esses fatores se unem para simplificar de maneira dramática como as redes ópticas são projetadas, construídas e operadas, permitindo que os sistemas sejam escaláveis para atender às demandas significativas atuais de largura de banda, e ao mesmo tempo abertos e programáveis para fornecerem o desempenho exato de serviço que possa ser exigido a qualquer momento.
Consistência em uma região em evolução Esses recursos passaram a ser uma exigência nos dias de hoje. É impossível prever o impacto na rede de aplicativos que ainda não foram inventados ou dos bilhões de dispositivos que deverão ser conectados na América Latina. Tampouco conseguimos visualizar completamente os padrões de tráfego decorrentes de aplicativos de realidade virtual e aumentada, nem as implicações totais da evolução para 5G. Mas uma coisa é certa nas redes atuais: a demanda por largura de banda em qualquer local é dinâmica e fluida e mudará à medida que novos dispositivos e aplicativos de usuários finais entrem no mercado. Outro fator crítico em nossa região é a diversidade de condições das plantas de fibra, onde a modernização gradual de tipos, reparos constantes após cortes e condições muito desafiadoras apresentam uma outra dimensão, em que o hardware programável e o software avançado dão às operadoras uma vantagem para maximizarem seus recursos com base nas condições específicas de rede. A América Latina está experimentando um rápido crescimento na conectividade e a rede deve não apenas escalar um enorme crescimento de capacidade, mas também necessita ser mais ágil e programável para lidar com a natureza cada vez mais imprevisível das necessidades de tráfego. As operadoras devem melhorar a sua infraestrutura no sentido das redes autônomas sem adicionar custos e parece que finalmente começamos a ver este quebra-cabeças tomar forma.
Hector Silva
Diretor de Tecnologia da Ciena para a América Latina
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❱❱ Reparos emergenciais
Indústrias dos mais diversos segmentos precisam estar preparadas para reparar vazamentos inesperados em tubulações. Pensando nisso, e sentindo a demanda do mercado, a Quimatic Tapmatic lança a bandagem industrial TAPEREPAIR® high strength, uma solução de ponta para reparo em tubulações, de fácil aplicação. O reparo é realizado em até 5 minutos, com cura funcional em 30 minutos. TAPEREPAIR® é uma bandagem impregnada com resina polimérica, hidroativada com água doce ou salgada. O kit contém a bandagem reparadora, um par de luvas e um tubete de massa epóxi, que pode ser moldada em qualquer formato para preencher rachaduras, furos ou vazamentos, para um reparo seguro. Não inflamável, TAPEREPAIR® é indicado para uso nos mais diversos tipos de tubulações: metal, aço inox, PVC, cobre, fibra de vidro, concreto, cerâmica, poliéster, etc. Pode ser aplicado em superfícies com rachaduras, corrosão, danificadas ou furadas, em estado seco ou úmido e também sobre áreas irregulares, incluindo conexões em T e cotovelos, desde que a bandagem abrace a superfície.
produtos Divulgação de novos produtos e soluções.
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❱❱ Desempenho e sustentabilidade
A Johnson Controls - Hitachi Ar-Condicionado lança globalmente um novo sistema de climatização, o VRF Set Free ∑ (Sigma). Desenvolvido no Japão, com lançamento simultâneo no Brasil, o novo VRF apresenta ganhos em desempenho, eficiência, sustentabilidade e segurança. Entre as principais características técnicas destacam-se a alta eficiência energética (EER) em plena carga e em cargas parciais, o gabinete reforçado e com opção para instalações próximas ao mar (corrosion resistence), além de possibilitar combinações de módulos até 72 HP por circuito e módulo único até 24HP. Com relação aos ventiladores das unidades condensadoras, o VRF Set Free ∑ (Sigma) apresenta novo duto de descarga de ar (boca de sino), que reduz as perdas e opera eficientemente em ampla faixa de vazão, ventilador com hélice de lâmina longa e estrutura aprimorada de multi estágios, entre outros avanços, como melhora da eficiência, redução de ruído em funcionamento à noite e maior pressão estática disponível, para melhor aproveitamento de áreas técnicas em edificações.
Promotion of new products and solutions.
productos Promoción de nuevos productos y soluciones.
❱❱ Conforto e praticidade
A Divina Ducha eletrônica da Astra foi desenvolvida para oferecer ao consumidor um banho confortável e relaxante. Seu diferencial está no sistema de regulagem de temperatura, que fica ao alcance das mãos e permite a alteração sem que a ducha precise ser desligada. Seu formato possibilita a saída distribuída da água, pois possui um crivo de 19 centímetros de diâmetro. Além disso, a fiação é embutida e não fica aparente, o que gera mais segurança e também mais beleza ao ambiente. A Divina Ducha eletrônica da Astra é produzida em polipropileno e tem garantia de dois anos nos componentes plásticos. 56 Revista da InstalaçÃO
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agenda
| Julho/Agosto 2017
Eventos e Cursos Comandos elétricos em sistemas pneumáticos Data/Local: 24 a 28/07 – São Paulo (SP) Informações: (11) 5013-1616 e treinamento.br@festo.com
Projetando sistemas de áudio e vídeo residenciais Data/Local: 01 a 03/08 – São Paulo (SP) Informações: (11) 5588-4589
Greenbuilding Brasil Conferência Internacional & Expo Data/Local: 08 a 10/08 – São Paulo (SP) Informações: www.expogbcbrasil.org.br
Fórum Potência – Etapa Salvador Data/Local: 15/08 – Salvador (BA) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br
Integrador de Sistemas Residenciais Data/Local: 22 a 24/08 – São Paulo (SP) Informações: (11) 5588-4589 e contato@aureside.org.br
Simulação computacional termoenergética: EnergyPlus® Data/Local: 23 a 25/08 – São Paulo (SP) Informações: (11) 4191-7805 e cursos@gbcbrasil.org.br 58 Revista da InstalaçÃO
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