Revista da instalação ed 20

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A N O 2 - N º 20

Novembro 2017

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, HVAC-R, iluminação, fotovoltaica e incêndio

Edificações Seguras? Mercado

DPS Fotovoltaico

ANO 2 – Nº 20 – Revista da Instalação

Instalações elétricas fotovoltaicas precisam usar DPS específico para corrente contínua, que é diferente dos dispositivos tradicionais

Instalações antigas, muitas vezes fora de norma, preocupam especialistas da área da construção no Brasil, que defendem o estabelecimento de uma rotina de inspeções periódicas nas edificações para aumentar a segurança no setor

Evento

Gases combustíveis

Revisão da NBR 13525 trouxe mudanças importantes que foram discutidas em seminário que reuniu especialistas da área em São Paulo


Fórum da

Instalação 2018

ação n e d n r Coo f. Hilto Pro oreno

M

Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.

Etapas São Paulo Maio Setembro INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

HVAC-R

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

GÁS


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Índice

| Edição 20 | Novembro 2017

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Matéria de Capa

Mercado

Instalações elétricas fotovoltaicas precisam usar DPS específico para corrente contínua, que é diferente dos dispositivos tradicionais, que se destinam às instalações que funcionam em corrente alternada.

A qualidade das instalações antigas, muitas vezes fora de norma, preocupa especialistas da área da construção no Brasil, que defendem o estabelecimento de uma rotina de inspeções periódicas nas edificações e a exigência do uso de produtos certificados para aumentar o nível de segurança no setor.

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Evento

Seminário em São Paulo reúne especialistas dos segmentos de GLP e gás natural. Mudanças impostas pela revisão da norma NBR 13525 estiveram entre os assuntos discutidos durante o evento.

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Destaque

Divulgada lista dos trabalhos que se destacaram na 8ª edição do Prêmio Abilux Projetos de Iluminação. Concurso contou com a participação de 50 escritórios do País, que inscreveram 149 soluções.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 32 Espaço Sindinstalação ■ 34 Abrinstal ■

35 Abrasip ■ 36 HBC ■ 48 Produto ■ 50 Link / Agenda ■


editorial

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 2 • nº 20 • Novembro'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa edição: Clarice Bombana

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão nywgraf

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

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Fechamento Editorial: 22/11/2017 Circulação: 27/11/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Segurança no centro das atenções “Neste exato momento, moradores e ocupantes de milhares de residências, lojas, fábricas e estabelecimentos de serviços espalhados por todo o País podem estar com sua segurança ameaçada. Os riscos que pairam sobre essas pessoas decorrem de um problema comum no Brasil: o mau estado de muitas edificações, situação essa que pode envolver desde a estrutura dos prédios, até os sistemas internos de eletricidade, gás e combate a incêndio”. Esse é o parágrafo que abre nossa matéria de capa desse mês, assinada pelo jornalista Paulo Martins. Você acha que ele pegou pesado ou que exagerou um pouco? Não, amigo leitor. Na verdade, ele pegou até ‘leve’. Infelizmente, no Brasil, temos um quadro estarrecedor no que tange à segurança de nossas edificações, especialmente as mais antigas, acima de 30 anos. A parte visível do problema pode ser verificada nas condições de conservação (ou falta de conservação) da construção, com fachadas caindo aos pedaços, paredes ‘bambas’, etc. No entanto, o perigo maior geralmente está ‘escondido’ no piso e nas paredes, com instalações elétricas e de gás completamente inseguras, mal executadas ou defasadas e que podem causar acidentes terríveis. Como tratamos internamente em nossa editora, trata-se de uma bomba relógio, ou várias, que podem explodir a qualquer momento, em qualquer lugar, destruindo prédios e colocando vidas em risco. E não faltam motivos para essa situação. Como se lê na reportagem, as causas passam por fatores diversos, que incluem desde a falta de um projeto adequado, até a utilização de materiais de má qualidade (para economizar), contratação de mão de obra desqualificada para executar as instalações ou simplesmente a falta de manutenção periódica. A boa notícia é que tem gente interessada em mudar essa realidade. Pessoas ligadas a diversas áreas da construção civil que defendem a criação de uma lei que torne obrigatória a realização de inspeções periódicas nas edificações antigas para verificar as reais condições de suas instalações. E, dependendo do resultado da inspeção, uma lei que obrigue eventuais reparos e atualizações. Infelizmente, ainda estamos um pouco longe dessa ‘legislação do bem’. Mas, como se vê na reportagem, cada vez mais profissionais e entidades se engajam nessa batalha em busca pela segurança. E nós também estamos nessa luta. Boa leitura!

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NOTAS

Foto: ShutterStock

Maior agilidade A ABSpk (Associação Brasileira de Sprinklers) recebeu em sua sede, no dia 1º de novembro, o tenente-coronel Frank Itinoce, chefe do Departamento de Prevenção do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para esclarecer as novas funcionalidades e recursos do Via Fácil Bombeiros, portal que disponibiliza serviços para a segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo. A novidade é que serviços como análise de projetos estão informatizados a partir de agora. Segundo o tenente-coronel Itinoce, atualmente, uma análise de projeto leva, em média, 15 dias úteis para ser concluída. Isso porque a entrada na papelada do projeto se dá na cidade onde a edificação está localizada. Um transporte do CBPMESP passa então para pegar o projeto (em papel) e levá-lo para a central, que faz a análise em aproximadamente 7 dias. Depois disso, ainda leva-se um tempo para o projeto retornar para a cidade de origem, por transporte rodoviário. Com a informatização do sistema de análise, além de garantir a segurança dos documentos, o processo cairá para 5 dias, em média. “Os cidadãos que requerem a análise de projetos de obras ganham em tempo, acessibilidade, transparência no processo, redução de custo para legalização e redução de papel com a automação desse processo. E nós, do Corpo de Bombeiros,

ganhamos em padronização, segurança da informação, melhor aproveitamento do nosso efetivo e consequentemente, na diminuição do número de incêndios”, diz Itinoce. Padronização é um tópico muito importante que está sendo resolvido com a informatização do Via Fácil. Isso porque havia muitas diferenças de interpretação nas análises de cidade para cidade. E o efetivo responsável pelas análises chega em até 100 pessoas. Com o novo processo, além da redução do número de pessoas envolvidas nas análises (de 100 para 16), os documentos estarão todos registrados em sistema, evitando assim duplas interpretações. Consultas públicas para verificação de autenticidade dos projetos, acesso a pesquisas de satisfação e insatisfação qualitativa e quantitativa, além de agendamento de atendimento técnico, também são serviços que já estão disponíveis no Via Fácil. “A automatização dos serviços de análise de projetos e dos demais que o Corpo de Bombeiros está disponibilizando para a sociedade é de extrema importância para garantir a universalização da segurança contra incêndios. Por isso, nosso total apoio à corporação”, garante José Carlos Paiva, gerente-executivo da ABSpk. As novas funcionalidades já estão disponíveis e podem ser usadas, porém, em caráter facultativo. A compulsoriedade de uso será a partir de janeiro de 2018.

Foto: Divulgação

Novos parceiros

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Um projeto que começou na garagem de casa, a partir da insatisfação de um cliente em relação aos ralos comuns, hoje representa uma marca conceituada. Pioneira no segmento de sistemas de escoamento, a Ralo Linear, que já conta com mais de 3 mil pontos de vendas em todo o Brasil, comemora significativos novos parceiros para as suas mais de 100 referências. A companhia catarinense acaba de fechar contrato com três dos principais home centers brasileiros. A partir de agora, os ralos da empresa poderão ser encontrados no mix das lojas da Leroy Merlin, Balaroti e Ferreira Costa. Sul, Sudeste e Nordeste são as principais regiões de atuação das redes.

Regina Montandon, diretora-executiva da Ralo Linear destaca que a novidade agrega ainda mais força ao planejamento da marca, que em 2017 começou também a atuação internacional. “O crescimento da Ralo Linear é motivo de orgulho para todos nós, que fazemos parte da empresa e acreditamos na ideia de que um produto pode ser, sim, revolucionário”, destaca. Juntas, Leroy Merlin, Balaroti e Ferreira Costa somam mais de 60 lojas instaladas em mais de 15 estados brasileiros. Só no primeiro semestre de 2017 a Ralo Linear teve crescimento de 56% nas vendas, em comparação a 2016. No período houve ainda um incremento de 25% no número de pontos de vendas ativos da marca.


Nova diretoria As empresas associadas da ABSpk (Associação Brasileira de Sprinklers) elegeram, no dia 8 de novembro, os membros que irão compor a nova Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho de Ética, cujo mandato iniciará em 1º de janeiro de 2018 e terminará em 31 de dezembro de 2019. Felipe Santamaria de Melo, sócio da ICS Engenharia, assumirá como presidente da entidade, e terá o apoio de Ruy Germek, da Germek Equipamentos, como diretor vice-presidente, e Diana Araújo, da Tecfire Consultoria, como diretora Financeira. “Minha intenção é continuar contribuindo para a Associação. Eu, que já era diretor Financeiro e membro do comitê técnico da entidade, candidatei-me para o cargo de presidente porque pretendo dar andamento às diversas iniciativas lideradas pela atual gestão, visando a disseminação da cultura do uso de sprinklers. Além disso, pretendo continuar trabalhando muito alinhadamente com os Corpos de Bombeiros Militares e a Frente Parlamentar de segurança contra incêndio para definir a legislação que determinará o uso compulsório de sprinklers nas edificações”, declara Felipe Melo. O novo presidente também tem intenção de fortalecer outros temas, como inspeção e manutenção de sprinklers, com o apoio da IFSA; proteção em patrimônios históricos, segmento que o executivo vê muitas oportunidades de contribuição por parte da entidade; e incremento de alianças com outras associações. Diana Araújo é a primeira mulher eleita na diretoria executiva da entidade, e sente-se bastante segura para enfrentar os desafios de sua nova posição. “Já sofri muito preconceito nesse mercado, predominantemente masculino, mas

acho que a mulher precisa ser representada”, afirma Diana, complementando que pretende conhecer e estreitar o relacionamento com outras entidades para fazer a ABSpk crescer ainda mais no próximo biênio. Para Ruy Germek, o mercado ainda entende sprinklers como equipamentos caros e complexos de serem instalados. “Precisamos desmistificar os sprinklers. Por isso, vamos criar diversos conteúdos didáticos para que o mercado consumidor de sprinklers entenda a importância do uso dos dispositivos, saiba como eles funcionam e que a instalação não é um processo complexo”, conclui Germek. Os representantes das associadas presentes também elegeram, por votação, os cinco novos membros do Conselho Deliberativo e outros cinco que irão compor o Conselho de Ética da Associação. Confira abaixo os eleitos. Conselho Deliberativo Empresa Representante FM Global Marcelo Lima Skop Sprinklers Felipe Decourt Detecta SDCI Engenharia Mariana Junqueira Gamafire Claudemir Basso Decan 3 Oswaldo Decanini Conselho de Ética Empresa Representante Senior Proteção Contra Incêndio João Cavallari Ipê Consultoria João Carlos Wollentarski Jr. Tyco FPP Ricardo “Pesce” Pereira Alvenius Marcus Magalhães Tupy Mauro Peres

Atenção à nomenclatura O uso equivocado de um fluido refrigerante no aparelho de ar-condicionado ou no sistema de climatização pode comprometer o seu desempenho e a vida útil do aparelho. Para facilitar a sua identificação, a American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers (ASHRAE) universalizou a nomenclatura dos produtos.“A classificação leva em consideração a composição química de cada molécula, por isto, o profissional de refrigeração deve estar atento para saber se o fluido refrigerante adquirido corresponde ao código da categorização. Quando o produto não estiver classificado conforme as normas da ASHRAE, corre-­ se o risco de ser de qualidade duvidosa”, destaca o CEO da RLX, Ramon Lumertz. Os fluidos refrigerantes são classificados por três algarismos e antecedidos sempre da letra “R”, oriunda da palavra “refrigerant”. O primeiro algarismo indica o número de átomos de flúor na molécula; o segundo aponta o número de átomos de hidrogênio mais um, e o terceiro designa o número de átomos de carbono menos um. O primeiro algarismo nulo a partir da esquerda não é escrito por convenção. Exemplificando, o tetrafluoretano (C2H2F4) é identificado pela nomenclatura R-134. Para um hidrocarbono, usa-se a mesma regra, porém, sem omitir o zero no final, como no caso do etano (CH3CH3) R-170. Foto: Divulgação

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NOTAS

Foto: ShutterStock

Obras de saneamento

A portaria federal que autoriza a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) a captar mais de R$ 610 milhões para a realização de novas obras em 71 municípios paulistas foi assinada no dia 8 de novembro pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo. O aval do ministério era passo indispensável para que a empresa pudesse avançar no projeto de lançamento de debêntures incentivadas. Esses papéis são títulos de renda fixa, utilizados pelas empresas de diversos setores como forma de captar recursos. O dinheiro a ser obtido pela Sabesp com a operação vai permitir a realização de obras de adequação e modernização de sistemas de abastecimento, beneficiando 19,9 milhões de pessoas. “Visualizamos empreendimentos prioritários, de vital importância para o bem-estar da população”, aponta o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Todas as operações previstas estão inseridas no contexto do Programa Corporativo de Redução de Perdas da Sabesp. Tal linha de trabalho

foca na diminuição da necessidade de investimentos na produção de água, ampliação da eficiência dos sistemas já existentes e fortalecimento da saúde financeira da empresa de saneamento. O cronograma prevê atividades até dezembro de 2021. Do valor total a ser captado com a emissão de debêntures, R$ 304,43 milhões serão aplicados na troca de cavaletes por unidades de medição de água, substituição de ramais e de hidrômetros, reparos em redes e em ramais, pesquisas de vazamentos não visíveis e inspeção de ligações irregulares. Outra parcela de R$ 306,46 milhões será destinada à substituições de redes, execução de redes para fechamento do setor, instalador de macromedidores, além de válvulas redutoras de pressão, boosters e implementação de distritos de medição e controle. As obras deste grupo de atividades receberão suplementação de outros R$ 123,42 milhões, advindos da Japan International Cooperation Agency (Jica).

Iluminando vidas

A Philips Lighting, líder mundial em iluminação, anunciou a criação da Philips Lighting Foundation, uma organização sem fins lucrativos e independente, cuja missão será fornecer acesso sustentável à iluminação para as pessoas em comunidades que ainda não possuem rede elétrica. Para alcançar esta missão, a fundação vai formar parcerias com diversos atores da cadeia de valor de iluminação. “Construindo nosso legado de iluminar vidas ao redor do mundo por mais de 125 anos, a Philips Lighting está orgulhosa em apoiar a fundação com recursos, perícia e conhecimento sobre iluminação”, disse Eric Rondolat, diretor-presidente de Philips Lighting. O executivo incentiva a participação e o apoio dos empregados da Philips Lighting nas atividades da fundação. Atualmente, pelo menos uma, em cada sete pessoas em todo o mundo, não posFoto: Divulgação

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sui acesso à eletricidade, sendo que mais da metade desse grupo vive em comunidades rurais de países cujas economias estão em desenvolvimento. A iluminação é um catalisador para o desenvolvimento equitativo, melhorando o acesso a serviços de saúde, educação e oportunidades de subsistência. A fundação irá financiar projetos que atendem às necessidades de iluminação nas casas, ruas e instituições, garantindo que as comunidades permaneçam ativas e economicamente viáveis após o pôr do sol. “Nós vamos completar nossa missão de apoiar o desenvolvimento de um ecossistema orientado para o mercado onde as comunidades estejam capacitadas para se iluminarem”, disse Shalini Sarin, presidente da Philips Lighting Foundation e vice-presidente sênior de Recursos Humanos e CSR da Philips Lighting. Para mais informações sobre a fundação, seus parceiros e os projetos iniciais, visite http://www.lighting. philips.com/main/company/philips-lighting-foundation.


Uso do BIM

Para atender a uma solicitação da Sabesp, que exige que suas obras nas Estações Elevatórias de Esgoto sejam gerenciadas e fiscalizadas utilizando o BIM (Modelagem da Informação na Construção), a JHE, empresa de engenharia consultiva especializada no gerenciamento e supervisão de obras de infraestrutura, contratou a consultoria do Construtivo, empresa de Tecnologia da Informação especializada no setor de engenharia e construção, para apoiar dois projetos localizados na região de Santana do Parnaíba, em São Paulo. A primeira etapa envolveu a modelagem em BIM 3D, na qual foram estabelecidos modelos interativos com informações inseridas em cada propriedade do projeto, como estrutura, arquitetura, hidráulica e elétrica. Nesta fase, o efeito imediato foi no planejamento da execução. “O modelo permitiu uma melhor compreensão do objeto a ser construído por parte dos envolvidos, o que certamente irá contribuir para a excelência no desempenho durante a execução”, aponta Orlando Cassettari, engenheiro da JHE. Com a modelagem parametrizada, passou-se para a fase BIM 4D, na qual foi realizada a integração dos modelos 3D com o planejamento e cronograma da obra por meio de vídeos que retratam o avanço da construção ao longo do tempo, separando ações de edificação, demolição

e contração. Por fim, entrou o BIM 5D, que se refere à extração de quantitativos e vínculo com o orçamento. “Todas as fases do projeto foram realizadas com o objetivo de integrar o setor de gerenciamento de obra, facilitar a troca de informações de forma segura e fidedigna, auxiliar no processo de medição de obra e melhorar a visualização dos projetos para suas inevitáveis compatibilizações e tomadas de decisão”, explica o presidente do Construtivo, Marcus Granadeiro. Segundo o executivo, o modelo impacta não apenas na construção devido à sua melhoria na eficiência, mas também no gerenciamento e na fiscalização. Para a JHE, o BIM, quando utilizado na elaboração do projeto, produz um salto de qualidade na realização dos empreendimentos. “Seguindo essa modelagem em todas as suas etapas - concepção, projetos básico e executivo e execução da obra, os empreendimentos terão qualidade de construção, prazo e custos compatíveis com o que foi previsto. Temos a consciência de que, como empresa gerenciadora, devemos nos preparar para acompanhar a evolução dos processos técnicos de elaboração de projetos e execução de obras e com isso melhor atender as necessidades dos clientes”, complementa Cassettari.

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Alto desempenho A divisão de Ciência dos Materiais da DowDuPont anuncia que os aditivos de silicone da Dow Corning, empresa que foi integrada à Dow em 2016, serão comercializados pela companhia sob a marca VORASURF™. As soluções são destinadas aos mercados de conforto (colchões e calçados) e eficiência energética (espumas em spray) e contribuirão com o atendimento à crescente demanda por materiais de alto desempenho. “São mais de 100 produtos da antiga Dow Corning voltados ao setor de poliuretanos que foram incorporados pela Dow, expandindo nosso portfólio de surfactantes de silicone para espumas de poliuretano com desempenho superior”, afirma Andres Posada, gerente de Marketing de Performance Silicones da divisão. “Além de ampliar nossa linha, continuamos investindo em inovação, como os novos surfactantes automoti-

vos, com baixo composto orgânico volátil (COV) e novas soluções para espumas rígidas compatíveis com os novos agentes de expansão hidrofluoroolefina (HFOs)”. A transição à marca VORASURF™ está começando em novembro de 2017 e será concluída no final de 2018. Todos os produtos de silicone da Dow Corning continuarão sendo oferecidos e para ajudar a garantir uma passagem tranquila, os nomes atualizados dos produtos apresentarão o “DC” da Dow Corning e manterão os números originais de grau do produto (como DC 193, DC 2525 e DC 5950). A lista com todos os nomes atualizados está disponível no centro de informações da Dow Corning e para mais informações os clientes podem entrar em contato com os representantes de vendas ou visitar http://www.dowcorning. com/content/polyuret/. Revista da InstalaçÃO 9


NOTAS

Doação à comunidade

Foto: Divulgação

Famílias em vulnerabilidade social, moradoras do interior do município de Caiçara (RS) foram beneficiadas com a doação de 10 caixas d’água, com capacidade de 500 litros cada. Os produtos, entregues pela Bakof Tec, irão proporcionar a essas pessoas uma condição melhor de vida e de saúde. “Temos uma visão muito clara da participação que devemos ter na comunidade e da importância que nossos produtos têm para as famílias do Brasil inteiro. Enquanto empresa, o mínimo que temos que fazer é, quando pudermos e tivermos condições, apoiar as comunidades, como nesse caso de Caiçara, onde estamos concedendo a essas 10 famílias uma condição melhor de vida e de saúde”, ressalta o gerente Administrativo-Financeiro da Bakof, Alex Knapp Bakof.

Energia fotovoltaica O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. A projeção é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade nacional que representa o segmento. De acordo com a associação, o Brasil deverá atingir a marca histórica de 1 mil megawatts (MW) da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, saltando de aproximadamente 90 MW em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período. Com a evolução do setor em 2017, a ABSOLAR projeta a criação de cerca de 20 mil novos empregos no País. Segundo estatísticas internacionais do setor, para cada megawatt instalado em um determinado ano, são gerados de 25 a 30 novos postos

de trabalho qualificados. O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo e, com um programa nacional estruturado para desenvolver este setor, poderá se tornar um dos dez maiores mercados fotovoltaicos nos próximos anos. Hoje já somos referência em energia hidrelétrica, biomassa e eólica e não podemos ficar para trás na área solar, cada vez mais estratégica no setor elétrico internacional”, comenta Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR.

Emissões acústicas Os Institutos Lactec e a Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA) lançaram a primeira edição de um livro sobre o uso da técnica de emissão acústica no monitoramento de materiais e equipamentos. A obra tem o objetivo de tornar mais difundido o uso do método, ainda limitado no Brasil. A técnica consiste na utilização de emissões acústicas de alta frequência para identificar falhas em equipamentos, apontando a eventual necessidade de intervenção preventiva. Nessa abordagem, um software monitora, a partir de sensores, as ondas elásticas emitidas por equipamentos. Mudanças nos sinais sugerem alterações físicas e, considerada a posição dos sensores que os captam, é possível determinar com boa precisão a localização e tipo da falha. Resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) executado pelos Institutos Lactec para a UEGA, o material é o primeiro texto do gê-

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nero publicado em língua portuguesa. Para Flávio Chiesa, diretor Técnico da UEGA, a ideia era que os conhecimentos obtidos com o projeto não ficassem restritos a relatórios técnicos. “No Brasil, a técnica é aplicada de maneira mais difundida no monitoramento de transformadores, detectando descargas parciais, e no monitoramento de vasos de pressão durante o teste hidrostático”, explica Carlo Giuseppe Filippin, gerente da Divisão de Sistemas Mecânicos dos Institutos Lactec e um dos autores do trabalho. “Mas há outras aplicações que não são muito difundidas”, diz. Além de Filippin, são autores do livro os pesquisadores João Borba, José Alberto dos Reis Neto, Leonardo Meneghini Pires, Leonardo Sirino, Luis Gustavo Tomal Ribas, Marco Aurélio Luzio, Nestor Carlos de Moura, Paulo Cristiano Moro e Vagner Silvério.


Consumo de energia A Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento) apresenta dicas sobre o melhor uso do ar-condicionado e sua relação com o consumo de energia elétrica, não só em dias quentes, mas no dia a dia. No mês de outubro a Aneel anunciou que a bandeira tarifária será vermelha (patamar 2), o nível mais alto, mas, com alguns cuidados, é possível fazer uso do equipamento e administrar adequadamente o consumo de energia. O engenheiro Arnaldo Lopes Parra, membro do DN de Instalação e Manutenção da Abrava e especialista da área de ar-condicionado informa que a indústria já oferece uma sensível evolução tecnológica do ponto de vista da eficiência energética, o que permite que os sistemas de climatização apresentem níveis de consumo de eletricidade de até 40% a menos com relação aos sistemas produzidos na década de 90. Para a Abrava, um sistema de ar-condicionado bem projetado e dimensionado, corretamente instalado, com operação e manutenção realizadas periodicamente, significa um consumo de energia adequado e um ambiente climatizado com controle de temperatura, umidade, filtragem, renovação de ar, controle da velocidade e distribuição uniforme do ar no ambiente, fatores que aumentam a produtividade, e filtram ar respirado, apresentando sensação de bem-estar, o que propicia melhores condições de trabalho, incrementando a produtividade e ao mesmo tempo uma melhor qualidade de vida, além de propiciar um ambiente silencioso e sem ruídos externos. Hoje em dia existem no mercado diversos modelos de condicionadores de ar, e alguns requisitos devem ser observados para que o custo-benefício seja interessante para o comprador, como a capacidade térmica do equipamento, geralmente utilizando o BTU/h (Unidade Térmica Britânica) que define a carga térmica que deverá ser removida do

ambiente. Para o cálculo certo da necessidade de refrigeração, vários fatores devem ser observados, tais como: área (m²) local, circulação de pessoas, insolação, entre outros aspectos que se não forem atendidos, sobrecarregam o equipamento e desta forma consomem mais energia; tipo de modelo, tais como (ACJ) janela ou Mini-Split (formado por uma condensadora e uma evaporadora); tipo de tecnologia - que só esfria ou esquenta/esfria; com tecnologia inverter (capacidade variável) ou convencional (rotação fixa) etc. A Abrava recomenda sempre consultar um especialista na hora da compra, e, se necessário for, a contratação de um projetista para definição destes parâmetros. A seguir, mais algumas dicas para o melhor desempenho do ar-condicionado e melhor eficiência energética: ✖ Manter a temperatura em 24ºC (conforme indicado pela Organização Mundial da Saúde), em conformidade com a Portaria 3.523/98 e ANVISA RE-09, evitando temperaturas muito abaixo ou mesmo muito acima, como forma de ampliar a vantagem do ar-condicionado como fator de aumento da produtividade e bem-estar dos ocupantes dos recintos climatizados. ✖ Limpeza dos componentes: Filtros de ar, trocadores de calor, ventiladores, gabinetes e acessórios. A boa manutenção assegura uma operação do sistema livre de problemas com máxima eficiência e mínimo consumo de energia, desta forma garantindo a longevidade dos equipamentos, excelente qualidade do ar de interiores e podendo economizar até 50% de energia, se comparado com sistemas sem a devida atenção de manutenção preventiva. Foto: ShutterStock

Novo endereço

A Eletro-Star Indústria e Comércio Ltda. (Daisa) informa aos parceiros e clientes que já está atendendo em novo endereço. A nova sede da empresa fica no bairro da Vila Olímpia, Zona Sul da capital paulista. O endereço é: Rua Funchal, 203, 8º Andar, Conjunto 82, Edifício Concorde, CEP 04551-904. O telefone permanece o mesmo: (11) 4785-5522.

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Matéria de Capa | Edificações Seguras

À espera de novas leis O estabelecimento de uma rotina de inspeções periódicas nas construções mais antigas e a exigência do uso de produtos certificados podem contribuir para aumentar a segurança das edificações.

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por PAULO MARTINS


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Na tentativa de tentar combater essa situação, agentes ligados ao setor da construção civil defendem a criação de uma lei que torne obrigatória a realização de inspeções periódicas nas edificações antigas para verificar as reais condições a que está sujeita a população. Acredita-se que esse instrumento, ainda que gradativamente, proporcionará maior segurança à sociedade. Pelo menos em tese, as edificações mais novas tendem a ser mais seguras, por conta do surgimento de novos regulamentos. É o caso de três normas técnicas relativamente recentes: ABNT NBR 15.575:2013 - Edificações Habitacionais - Desempenho; ABNT NBR 5.674:2012 - Gestão de Manutenção e ABNT NBR 16.280:2014 - Gestão de Reformas. Outro fator que tem contribuído para o melhor desempenho da construção civil é o desenvolvimento contínuo de novos materiais, equipamentos e processos construtivos, além de técnicas mais modernas de manutenção e retrofit.

Foto: ShutterStock

este exato momento, moradores e ocupantes de milhares de residências, lojas, fábricas e estabelecimentos de serviços espalhados por todo o País podem estar com sua segurança ameaçada. Os riscos que pairam sobre essas pessoas decorrem de um problema comum no Brasil: o mau estado de muitas edificações, situação essa que pode envolver desde a estrutura dos prédios até os sistemas internos de eletricidade, gás e combate a incêndio. Distúrbios capazes de comprometer o uso seguro dessas utilidades normalmente são consequência de fatores como falta de projeto, utilização de materiais de má qualidade, contratação de mão de obra desqualificada ou simplesmente da falta de manutenção periódica. Mas hoje é praticamente impossível calcular a dimensão exata do problema, pois não há no País nenhum tipo de levantamento específico sobre as condições em que se encontra cada imóvel.

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Matéria de Capa | Edificações Seguras

tricas prediais no Brasil’, publicado em 2014 pelo Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), comprovam que a realidade nos edifícios mais antigos é crítica e, portanto, merece atenção especial. Mantido pelo Procobre, o Programa Casa Segura comandou um censo, na cidade de São Paulo, entre os anos de 2005 e 2006, através do qual constatou a existência de 16 mil edifícios residenciais com mais de 20 anos. Desse universo, foram escolhidos 150 prédios que teriam suas instalações elétricas avaliadas. Segundo o levantamento, nenhum dos edifícios apresentou condições totalmente seguras, de forma a atender aos requisitos das normas técnicas em vigor. Da amostra de 150 prédios com mais de 20 anos, foram constatados os seguintes problemas: falta de condutor de proteção em 98% dos imóveis; dispositivo de proteção incompatível com os condutores em 93% dos casos; falta de dispositivo de proteção residual - DR (98%); falta de dispositivo contra sobretensão (100%); Foto: ShutterStock

O grande problema, portanto, concentra-se nas edificações mais antigas - em especial aquelas cujo Habite-se foi emitido há mais de 15 anos. Acredita-­ se que esse tipo de imóvel, de maneira geral, apresenta um potencial grande de risco à segurança, devido à maior chance de haver degradação de materiais e componentes, falhas ou inexistência de manutenções e reformas realizadas de forma indevida. “Com o passar do tempo, todos os subsistemas de uma edificação, como estrutural, hidráulica, gás, elétrica e incêndio são passíveis de problemas. Daí a importância de se adotar inspeções periódicas e um plano de manutenção preventiva”, justifica Valdemir Romero, diretor do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e também coordenador do Grupo de Trabalho Segurança em Edificações do Deconcic. Dados constantes no livro ‘Panorama da situação das instalações elé-

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quadro de distribuição com partes energizadas acessíveis (79%) e evidência de aquecimento excessivo dos condutores (53%). Ou seja, é grande o risco de acidentes - inclusive fatais - envolvendo eletricidade nessas construções. O Grupo de Trabalho Segurança em Edificações, do Deconcic, entende que a exigência de realização de inspeções periódicas nas edificações antigas proporcionará a emissão de relatórios técnicos que apontarão a real situação das edificações. Com um diagnóstico preciso, será mais fácil traçar as ações necessárias para corrigir o que for necessário. Como os riscos podem ou não existir, Romero destaca que o principal objetivo do GT é ajudar a implantar a cultura da segurança pessoal e patrimonial na sociedade. “Neste sentido, os próprios usuários das edificações acima de 15 anos poderiam exigir inspeções periódicas para avaliar os riscos”, vislumbra. Caso a almejada lei vingue, poderiam ser estabelecidas etapas para implementação da mesma, de forma que o próprio processo contribua para a conscientização da população. Uma ideia cogitada é que a legislação englobe de imediato as edificações acima de 15 anos que tenham grande afluência de público. Após 3 anos, as regras passariam a valer para os prédios com mais de 15 anos, porém, não residenciais. Em uma terceira etapa, em 10 anos, a implementação atingiria as construções residenciais acima de 15 anos, porém, desde que tenham mais de 4 pavimentos. “Entendemos que a inspeção deve ser feita a cada três anos, respeitando as etapas de implementação”, complementa Valdemir. Embora alguns municípios possuam legislação a respeito do tema em questão, nem todos aplicam adequadamente as regras estabelecidas. A falta de mão de obra qualificada também não chega a ser o maior problema, pois existem muitos especialistas no mercado. Entretanto, prossegue Valdemir, ainda é necessário



Matéria de Capa | Edificações Seguras

SITUAÇÕES DE RISCO RELACIONADAS A FA SUBSISTEMA ESTRUTURAL

SUBSISTEMA HIDRÁULICO

Riscos e perigos

Riscos e perigos

Colapso estrutural, rachaduras, trincas e fissuras:

Interrupção ou falhas no fornecimento de água potável:

➧ Projeto ou execução inadequados, sem atender aos padrões de segurança; ➧ Sobrepeso não previsto em projeto (acúmulo de entulho em lajes, instalação de banheiras, entre outros); ➧ Remoção de elementos estruturais durante reformas (pilar, parede); ➧ Impactos de grande porte; ➧ Movimentação térmica e vibrações não previstas em projeto; ➧ Falta de manutenção (oxidação de componentes metálicos, umidade e agentes biológicos em componentes de madeira, desplacamento e oxidação das ferragens em componentes de concreto armado); ➧ Incêndios que possam danificar as estruturas, não controlados pela falta de equipamentos adequados à sua prevenção e combate.

➧ Projeto ou execução inadequados, prejudicando a vazão e a pressão necessárias para o correto funcionamento dos equipamentos/peças; ➧ Defeito ou falta de manutenção nas redes externa e interna.

Contaminação: ➧ Defeito ou falta de manutenção nas redes externa ou interna, provocando a contaminação da água por qualquer tipo de substância nociva à saúde humana; ➧ Defeito ou falta de manutenção na rede de coleta ou encaminhamento inadequado do esgoto, provocando a contaminação do meio ambiente.

Patologia predial (risco de segurança em edificações e perda de bens materiais): ➧ Defeito ou falta de manutenção nas redes externa ou interna, provocando infiltrações decorrentes de vazamentos da rede hidráulica.

Como evitar os riscos e perigos ➧ Execução das instalações respeitando as normas técnicas vigentes, incluindo a NR10, NR08 (Edificações), Anexos 3 (Calor), 8 (vibração) e 14 (agentes biológicos) e NR 24 (Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho); ➧ Contratação de empresa instaladora capacitada e certificada; ➧ Utilização de mão de obra capacitada; ➧ Utilização de materiais adequados e com qualidade garantida; ➧ Realização de inspeções periódicas e manutenções preventivas.

Fotos: ShutterStock

Como evitar os riscos e perigos ➧ Execução das estruturas respeitando as normas técnicas vigentes; ➧ Contratação de mão de obra capacitada e certificada; ➧ Utilização de materiais adequados e com qualidade garantida; ➧ Realização de inspeções periódicas e manutenções preventivas; ➧ Manter a edificação com toda a instalação de prevenção e combate a incêndio, conforme previsto no projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

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LHAS NAS EDIFICAÇÕES E COMO EVITA-LAS Riscos e perigos

Interrupção ou falhas no fornecimento de gás: ➧ Projeto ou execução inadequados, prejudicando a pressão necessária para o correto funcionamento dos aparelhos a gás; ➧ Defeito ou falta de manutenção nas redes externa e interna e nos aparelhos a gás.

Patologia predial (risco de segurança em edificações e perda de bens materiais): ➧ Defeito ou falta de manutenção nas redes externa e interna, e nos aparelhos a gás, provocando vazamentos, com possíveis explosões, incêndios e intoxicação, causando morte de seres humanos e animais, além de perda de bens materiais.

Como evitar os riscos e perigos ➧ Execução das instalações respeitando as normas técnicas vigentes; ➧ Contratação de empresa instaladora capacitada e certificada; ➧ Utilizar mão de obra qualificada; ➧ Utilização de materiais adequados e com a devida certificação compulsória do Inmetro; ➧ Realização de inspeções periódicas e manutenções preventivas. A ABNT NBR 15923 sobre Inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis em instalações residenciais e instalação de aparelhos a gás para uso residencial - Procedimento, estabelece os requisitos técnicos a serem verificados durante as inspeções, bem como outros detalhes considerados relevantes ao adequado equacionamento da execução da inspeção.

SUBSISTEMA ELÉTRICO Riscos e perigos

Interrupção no fornecimento de energia elétrica: ➧ Defeito em equipamentos elétricos;

Sobreaquecimento, sobrecarga, curto-circuito e defeitos de isolamento: ➧ Incêndio e explosões; ➧ Choques elétricos; ➧ Danos ao ser humano e animais, como parada respiratória, queimadura, tetanização, entre outros.

Como evitar os riscos e perigos ➧ Execução das instalações respeitando as normas técnicas vigentes, incluindo a NR10; ➧ Contratação de empresa instaladora capacitada e certificada; ➧ Utilização de mão de obra qualificada; ➧ Utilização de materiais adequados e com a devida certificação compulsória do Inmetro; ➧ Realização de inspeções periódicas e manutenções preventivas; ➧ Manutenção do sistema de para-­ raios, conforme as normas oficiais vigentes;

SUBSISTEMA INCÊNDIO Riscos e perigos Patologia predial (risco de segurança em edificações e perda de bens materiais): ➧ Defeito ou falta de manutenção no sistema de prevenção e combate a incêndios. Causando falhas ou interrupções em eventual situação de risco, dificultando o controle ou extinção do incêndio; ➧ Projeto ou execução inadequados, prejudicando o correto funcionamento dos equipamentos.

Como evitar os riscos e perigos ➧ Execução das instalações respeitando as normas técnicas vigentes; ➧ Contratação de empresa instaladora capacitada e certificada; ➧ Utilização de mão de obra qualificada; ➧ Utilização de materiais adequados e com a devida certificação compulsória do Inmetro; ➧ Realização de inspeções periódicas e manutenções preventivas; ➧ Manutenção dos sistemas de prevenção e combate a incêndios; ➧ Qualificação da equipe de brigada de emergência.

Fotos: ShutterStock

SUBSISTEMA GÁS

Fonte: Hotsite Guia da Edificação Segura - Fiesp

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Matéria de Capa | Edificações Seguras

Com o passar do tempo, todos os subsistemas de uma edificação são passíveis de problemas. Daí a importância de se adotar inspeções periódicas e um plano de manutenção preventiva. VALDEMIR ROMERO DECONCIC-FIESP

criar a cultura da segurança para garantir que essa mão de obra seja contratada corretamente. “Por esses motivos, o

principal agente de mudança deve ser a sociedade. Daí a importância de se investir em conscientização”, reforça. No intuito justamente de alertar para essa problemática e levar informação adequada aos profissionais do setor e à população em geral, a Fiesp lançou o hotsite ‘Guia da Edificação Segura’. Desenvolvido pelo Deconcic, o material detalha fatores considerados importantes para a segurança das edificações, como adoção do projeto correto, contra-

tação de mão de obra qualificada, uso de materiais de qualidade, instalação correta (serviço) e realização de inspeção e manutenção predial. O hotsite traz também a definição, a importância e como evitar defeitos nos principais subsistemas (estrutural, hidráulica, gás, elétrica e incêndio), além de citar os riscos e perigos que rondam essas áreas e como evitar esses problemas (veja quadro nas páginas 18 e 19). O site ainda menciona as legislações existentes na área, reproduz notícias sobre segurança de edificações e traz diversos materiais para download. O hotsite pode ser acessado pelos endereços www.fiesp.com.br/guia-edificacao-segura e www.fiesp.com.br/observatoriodaconstrucao/, bastando, neste segundo caso, clicar no link específico que aparecerá na tela.

Situação das instalações elétricas ainda é ponto crítico nas edificações

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riam o funcionamento dos mesmos em tais condições. Depois Hilton exibiu a foto de um prédio residencial em condições no mínimo duvidosas e questionou: por que se mora nessas condições, e ainda por cima encarando o fato como normal? Na sequência o palestrante mostrou uma série de fotos que retratam instalações elétricas em mau estado, portanto, inseguras aos usuários, e destacou que este é um problema concreto, que pode ser facilmente constatado. “Segurança de edificações não envolve só teoria. Não estamos falando de um assunto vago, que talvez aconteça. A situação

É preciso dar atenção a todas as utilidades, mas principalmente à eletricidade e ao gás, que são capazes de matar. HILTON MORENO HMNews Editora

que mostrei nas fotos existe na maioria das instalações. Estamos falando de situações reais. Se dermos uma volta na rua iremos encontrar prédios com problemas parecidos”, alertou Hilton. O palestrante forneceu ainda alguns Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Conforme amplamente abordado por esta revista em reportagens anteriores, são muitos os perigos decorrentes do uso da energia elétrica, o que exige que essa utility receba atenção redobrada por parte dos fabricantes de produtos e equipamentos, construtoras, instaladoras e usuários finais. Inclusive, esse assunto foi tema de palestra apresentada pelo engenheiro, consultor e professor Hilton Moreno durante o Workshop Edificação Segura, realizado pela Fiesp no final de outubro, na capital paulista (leia na sequência desta matéria como foram as demais apresentações). Também diretor da HMNews Editora, Hilton iniciou sua apresentação mostrando fotografias de um avião, uma locomotiva, um ônibus e um elevador aparentemente malconservados. O especialista destacou que muitos provavelmente não se arriscariam a usar esses equipamentos, nem tampouco as autoridades permiti-


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dados que reforçam a gravidade da situação. De acordo com ele, em 2014, 45% das indenizações pagas pelas seguradoras envolvendo ocorrências nas edificações se deveram a problemas nas instalações elétricas. E mais: no Brasil, cerca de 700 pessoas morrem por ano devido a acidentes envolvendo eletricidade. Só para efeito de comparação, em 2016, doenças como dengue, zika e chikungunya, juntas, mataram 794 pessoas, no País. “A área elétrica mata mais do que a maioria das doenças, individualmente. É preciso dar atenção a todas as utilidades, mas principalmente à eletricidade e ao gás, que são capazes de matar”, reforça Hilton. O especialista concorda que é preciso criar leis que obriguem a realização de inspeções nas edificações e também conscientizar os responsáveis pelos imóveis a fazerem atualizações e manutenções necessárias. “E nós sabemos fazer tudo isso. O Brasil dispõe de uma boa engenharia, além de tecnologia, conhecimento, soluções, materiais, normas técnicas e profissionais. O que precisa é estabelecer a exigência. A cultura da segurança dos usuários e do Poder Público tem de evoluir”, conclui.

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Matéria de Capa | Edificações Seguras

Certificação de produtos e maior poder aos bombeiros

Foto: Divulgação/André Telles

Foto: ShutterStock

O coronel Cassio Roberto Armani, comandante do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, iniciou sua apresentação no Workshop Edificação Segura fazendo um apanhado geral sobre incêndios impactantes que ocorreram no Brasil e deixou no ar uma provocação: será que aprendemos com o passado? De acordo com ele, o primeiro grande incêndio registrado em uma edificação ocorreu em uma fábrica do ABC paulista na década de 70, causando 30 mortes. As tragédias ocorridas nos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974), ambos na capital paulista, enfim inspiraram maior preocupação em relação à segurança contra incêndio. Mas foi somente após a ocorrência no Edifício Grande Avenida (São Paulo), em 1981, que surgiu a primeira legislação estadual sobre incêndio. Até então, o que havia nesse sentido eram recomendações dos bombeiros. A linha do tempo da legislação estadual de combate a incêndio inclui decretos, publicados nos anos de 1983, 1993, 2001 e 2011 (vigente até o momento), além de diversas instruções técnicas dos bombeiros. Em São Paulo, existe no momento uma grande expectativa quanto à publicação de

novos decretos pelo governador Geraldo Alckmin. Os documentos serão uma derivação da Lei Complementar 1.257/2015, que instituiu o Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências. De acordo com Armani, o novo decreto de segurança contra incêndio mantém os níveis de exigência do documento atual, mas abre a possibilidade de se adequar, em termos de instruções técnicas, às novas normas brasileiras ou internacionais, quando não houver uma NBR. Um dos principais aspectos que o novo decreto tratará é a necessidade de certificação dos produtos. A medida é vista com bons olhos, pois, conforme destaca Armani, existe hoje uma verdadeira invasão de produtos sem qualquer certificação na construção civil. Em se tratando de equipamentos de segurança contra incêndio, apenas um produto é certificado compulsoriamente no Brasil - o extintor. “Em países mais avançados, a certificação de produtos de segurança é compulsória. Já que em nível federal isso não foi feito, estamos fazendo em nível estadual. Logicamente, será de forma gradativa, para que o merEm países mais avançados, a certificação de produtos de segurança é compulsória. CASSIO ROBERTO ARMANI CORPO DE BOMBEIROS

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cado possa se adequar”, comenta Armani. Segundo ele, o pedido de maior rigor partiu dos próprios fabricantes brasileiros. Já o novo decreto que abordará o código de emergências tratará do poder de fiscalização. Hoje, os bombeiros paulistas só fazem vistorias mediante solicitação do proprietário, denúncia ou requisição de órgãos como o Ministério Público, por exemplo. Mas o novo código confere poderes aos bombeiros, que vão poder atuar mediante um plano de fiscalização, e não somente após solicitação. Outra inovação esperada com os novos decretos é a oficialização do apoio do governo aos bombeiros civis e voluntários, que já existem na prática mas não estão previstos em nenhuma legislação. De acordo com Armani, somente no Estado de São Paulo existem bombeiros comunitários em pelo menos 11 cidades. O sistema é bastante utilizado em Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A regulamentação que aguarda assinatura do governador Geraldo Alckmin traz ainda outra evolução: a questão do gerenciamento de risco de incêndio aparece pela primeira vez na legislação. Conforme detalha Armani, o gerenciamento envolve aspectos como análise de risco, plano de emergência, brigada de incêndio, manutenção predial e exercícios simulados.


Segurança e desenvolvimento prossegue o executivo, não teriam conComo o investimento em segurança tingente suficiente para investigar adepredial pode gerar desenvolvimento foi quadamente os riscos inerentes à área o tema da palestra apresentada por José da construção. De acordo com ele, em Roberto Sevieri, diretor do Departamento muitos casos o check-list é feito pelo próde Segurança (Deseg) da Fiesp, durante o prio corretor que vende o seguro - situaWorkshop Edificação Segura. ção essa que pode criar impasses no Primeiramente o executivo destamomento do cliente solicitar incou que a área da construção cidenização, se a seguradora vil está entre os setores que entender que o check-list mais registram acidentes não retrata a realidade. do trabalho, questão essa Prosseguindo na lisque merece total atenta de problemas que enção. Sevieri comentou volvem a área de segutambém que um granrança, Sevieri alerta que de número de edificações muitos equipamentos insprontas e ocupadas não JOSÉ ROBERTO SEVIERI talados não estão de acorpossui grupos treinados Foto: Divulgação Ayrton Vignola/Fiesp do com os riscos existentes, simplesmenpara controlar situações de emergência te porque não há inspeção. Ele diz ainda nem plano de segurança. que a grande maioria das edificações do Até mesmo as companhias de seguro,

Estado de São Paulo não tem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Todos esses fatos remetem a muitas oportunidades, conforme observa o executivo da Fiesp. Além de contribuir para salvar vidas e proteger o patrimônio, o investimento em segurança das edificações gera desenvolvimento, à medida que permite o surgimento de novos negócios, cria empregos e gera renda e impostos, que se reverterão para a sociedade. Para começar, novos produtos seriam desenvolvidos, ocupando o parque industrial instalado; também será necessário contar com instaladores especializados setorialmente e pessoas treinadas para operar e manter os sistemas funcionando adequadamente. O principal benefício de todo esse processo, entretanto, é a ampliação da cultura prevencionista de forma geral.

Controle da rotina O arquiteto Pedro Mendes da Rocha, responsável pela reconstrução do Museu da Língua Portuguesa - que foi parcialmente destruído por um incêndio, há alguns anos -, falou sobre a importância de se monitorar a rotina dos edifícios, no intuito de manter a segurança das instalações.

De acordo com Rocha, ainda que uma construção tenha sido muito bem projetada, executada e conte com aprovação dos bombeiros, a segurança do ambiente dependerá muito do que acontece no dia a dia. A questão é que nem o arquiteto, nem o engenheiro, nem o bombeiro tem

condições de controlar a rotina dos prédios, que podem sofrer alterações em sua concepção ou uso. “Tem que haver uma política de gestão do cotidiano desses edifícios no sentido de fazer valer aquilo que foi projetado e aprovado, e um cotidiano no sentido de evitar que qualquer risco es-

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Matéria de Capa | Edificações Seguras

cape do controle e seja acrescentado ao edifício”, destaca o especialista. No caso particular de um museu, por exemplo, é preciso total cuidado em relação às instalações provisórias, como uma exposição temporária. É necessário exercer uma espécie de zeladoria sobre todos elementos

PEDRO MENDES DA ROCHA Fotos: Divulgação Ayrton Vignola/Fiesp

novos que venham a ser introduzidos no edifício, como dispositivos elétricos (ilu-

minação, máquinas e equipamentos, etc), mobiliário, cenografia, etc. Afinal, essa inserção altera a configuração de risco que foi traçada por ocasião da vistoria inicial do prédio. “É preciso ter controle de toda alteração da situação inicial que havia sido aprovada”, recomenda Rocha.

Passando o bastão

A apresentação de Luiz Ricardo Santoro, secretário-adjunto de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo abordou a questão da necessidade se controlar adequadamente o que acontece em uma edificação em todas as etapas. De acordo com ele, é preciso que durante todo o ciclo de vida do prédio (viabilidade, projeto, contratação, execução e orientação final) tudo esteja interligado, para que não haja descontinuidade, em termos de conceito de segurança. Ele disse que a administração municipal se preocupa que as empresas con-

um manual que será entregue para os tratadas para fazer uma obra tenham responsáveis pela operação do capacidade técnica e também prédio. “A questão da edifiatendam à legislação de secação segura é como uma gurança do trabalho. corrida de revezamento, Ao término da obra, onde em cada etapa ala Prefeitura faz todas guém tem que entregar verificações necessárias o bastão na melhor conquanto ao funcionamendição possível para quem to do prédio e procura obvai executar a etapa seter os devidos documento LUIZ RICARDO SANTORO guinte. Nossa preocupacomprobatórios, como alção no Departamento de Edificações vará de funcionamento de elevadores é entregar a obra na melhor condição e laudos de aterramento de para-raios. possível para os gestores”. Ao final dessas etapas ainda é feito

Visão política xiliares para que se tomem todos os cuisido eleitos a nenhuma função pública, Carlos Alberto Cruz Filho, presidendados nas licitações das obras públicas e ou seja, são novos políticos (ou gestores). te da Associação Paulista de Municípios na análise e aprovação dos projetos das O presidente da APM destacou tam(APM), procurou fazer uma análise poedificações particulares. “Esse cuidado é bém a dificuldade que muitas cidades lítica dos temas debatidos durante o absolutamente fundamental. Daí a reletêm para formar equipes técnicas para workshop da Fiesp. Inicialmente ele vância desta iniciativa da Fiesp”, elogia. atuarem em áreas como a de segurança fez a citação de uma fala do ex-goverCoordenador da Frente Parlamentar das edificações, lembrando que, enquannador paulista Franco Montoro, dizenda Indústria da Construção (FPIC), o deto a cidade de São Paulo possui milhões do que é preciso identificar os probleputado estadual Itamar Borges (PMDB) de habitantes, o município de Borá conmas e buscar as soluções no local onde também parabenizou a Fiesp pelo lançacentra apenas 830 cidadãos. Por conta mora o cidadão, os seja, no município. mento do hotsite Guia da Edificação Sedisso, Cruz destacou a importância do Na sequência ele mencionou a fala do gura, considerando essa uma forma de lançamento do Guia da Edificação Seex-deputado Ulysses Guimarães, para ajudar a inserir a cultura da segurança gura, que tende a ajudar prefeitos e auquem os políticos precisavam ter senjunto à população. O político aproveisibilidade para interpretar os recados tou para convidar a entidade para que vêm das urnas. participar do próximo congresso Para Cruz, o ‘recado’ dado da Associação Paulista de Mupelos eleitores de São Paulo, em nicípios, em abril de 2018, para 2016, foi o de que o eleitor está debater temas como o Sistema em busca de renovação e de Integrado de Licenciamento e gestores modernos e qualificaa padronização dos Códigos de dos. Das 645 cidades do estado, Obras dos municípios, além da 72% dos prefeitos eleitos nunca ITAMAR BORGES segurança das edificações. tinham ocupado esse cargo nem CARLOS AlBERTO CRUZ FILHO 24 Revista da InstalaçÃO

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| DPS Fotovoltaico

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Solução específica Reportagem: Paulo Martins

Instalações elétricas fotovoltaicas precisam usar Dps específico para corrente contínua, que é diferente dos dispositivos tradicionais, que se destinam às instalações que funcionam em corrente alternada.

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m franco crescimento no mundo e também no Brasil, o mercado de energia solar, à medida que se desenvolve, vai abrindo uma série de oportunidades a outros segmentos da área elétrica como é o caso da indústria de componentes e acessórios. O DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) específico para o setor fotovoltaico é um dos produtos cuja aplicação vem crescendo nos últimos anos, mas requer conhecimento e atenção especial dos projetistas e instaladores para que possa cumprir adequadamente sua função. Os cuidados são necessários porque, apesar das semelhanças aparentes com os dispositivos tradicionais, o DPS para uso fotovoltaico apresenta uma série de diferenças técnicas - tanto de ordem construtiva quanto em relação aos testes aos quais é submetido. Primeiramente convém esclarecer por que é necessário um DPS específi-

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Mercado

A função do DPS é proteger os equipamentos eletroeletrônicos e a própria instalação contra danos oriundos de surtos elétricos. co para aplicação solar. A geração fotovoltaica ocorre em corrente contínua, diferentemente do ambiente das redes urbanas de distribuição, onde se tem a corrente alternada. Logo, o DPS para uma instalação fotovoltaica deve ser capaz de atuar sob condições de corrente contínua. A aplicação do DPS é fundamental, pois ele tem a função de proteger os equipamentos eletroeletrônicos do lado da geração fotovoltaica contra danos oriundos de surtos elétricos - por exemplo, descargas atmosféricas que eventualmente atinjam direta ou indiretamente os componentes. “O DPS deve ser capaz de suportar o arco elétrico mais severo proveniente da corrente contínua”, observa Júlio Bortolini, engenheiro eletricista da fabricante

Soprano - Unidade Materiais Elétricos. O DPS específico para aplicações fotovoltaicas garante que no momento do surto o acionamento ou não dele ocorra de maneira segura, de modo que não sejam causados danos à instalação, como possíveis incêndios. O dispositivo atua como um interruptor que, no momento do surto, se fecha e conduz a energia para o sistema de aterramento e equipotencialização. Em aplicações fotovoltaicas, os DPS ligados no lado CC protegem os inversores de frequência, enquanto que os DPS ligados no lado CA protegem as cargas conectadas a ele. Os DPS são capazes de suportar os valores de corrente de descarga declarados [corrente nominal (In), corrente máxima (Imax) e a corrente de impulso (Iimp)], a máxima tensão contínua de operação (Ucpv) e, em caso de falha, a corrente de curto-circuito (Iscpv), sem que suas características sejam alteradas. Externamente, o DPS para instalações fotovoltaicas e os demais modelos são muitos semelhantes, possuindo basicamente as mesmas dimensões e formatos. Nesse quesito, um diferencial prático é a indicação “PV” (Photovoltaic) no corpo do dispositivo. Do ponto de vista técnico, o DPS para aplicação em circuitos em corrente contínua (caso dos sistemas fotovoltaicos) possui diferenças construtivas significativas em relação aos protetores utilizados normalmente em circuito de corrente alternada. As diferenças envolvem os testes de desempenho aos quais o dispositi-

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| DPS Fotovoltaico

O DPS fotovoltaico deve ser capaz de suportar o arco elétrico mais severo proveniente da corrente contínua. JÚLIO BORTOLINI SOPRANO

vo é submetido, o circuito interno de proteção e o modo de falha, entre outras especificações, de forma a atender quesitos de segurança determinados na norma EN 50539-11/2013 Low-voltage Surge Protective Devices - Surge Protective Devices for Specific Application Including D.C. - Part 11: Requirements and Tests for SPDS in Photovoltaic Applications. Essa norma exige que o DPS possua um elemento térmico que seja capaz de desconectar com segurança o varistor gasto ou danificado - a introdução deste elemento térmico aporta maior segurança à instalação. Além disso, faz-se necessária a identificação dos condutores (+ / - / PE).

Em que situação aplicar? A regra é simples e direta: todo sistema fotovoltaico precisa ser protegido por Dispositivo de Proteção contra Surtos. “O DPS deve ser sempre aplicado onde existem equipamentos sensíveis a sobretensões geradas por des28 Revista da InstalaçÃO

cargas atmosféricas, e, dessa forma, tanto em aplicações de Geração Distribuída quanto em instalações maiores, como usinas, é absolutamente necessária sua utilização”, destaca Marco Aurélio Duarte, gerente de Mar­keting

de Produto Surge Protection/Power Supply da Phoenix Contact, outra fabricante do segmento. O engenheiro Bruno Sacute, da Finder Componentes, confirma que o risco de danos causados pelos surtos está


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| DPS Fotovoltaico

Tanto em aplicações de Geração Distribuída quanto em instalações maiores, como usinas, é absolutamente necessária a utilização do DPS. MARCO AURÉLIO DUARTE PHOENIX CONTACT

presente nas duas situações. “Quanto maior a potência do sistema, maior o número de placas fotovoltaicas e string-box instalados, requisitando, assim, maior quantidade de disjuntores, fusíveis e DPS, sempre de acordo com a norma de instalação e configuração dos arranjos”, complementa. A instalação física do DPS fotovoltaico é muito similar ao dispositivo convencional, porém, deve-se ter cuidado com a polaridade do DPS. Também é preciso

levar em consideração as tensões DC encontradas, de até 1.500 V, e os correspondentes cuidados com o cabo utilizado (que precisa ser adequado a esse tipo de aplicação), além das distâncias de isolação do sistema. A instalação do DPS fotovoltaico diferencia-se pelo número de condutores: são apenas três (positivo, negativo e terra). Outra diferença é que não necessita de um fusível de backup, como os DPS convencionais. Ainda não existe norma brasileira para a fabricação de DPS para aplicações fotovoltaicas. Em geral, o mercado segue a norma europeia EN 50539-11. Outro documento de referência para o segmento é a NBR IEC 61643-1. Conforme ressaltam os especialistas do setor, as normas de construção devem ser seguidas sempre a fim de garantir a qualidade e a segurança dos produtos. “A norma EN 50539-11 foi desenvolvida na Europa, após a expansão dos sistemas fotovoltaicos. A maioria dos fabricantes tem seguido tais documentos para fabricação dos produtos. O mercado ainda está se adaptando, em relação a essa nova linha de DPS para painéis solares, e isso pode demorar alguns anos”, analisa Júlio Bortolini, da Soprano. De acordo com Marco Aurélio Duarte, da Phoenix Contact, DPS com ter-

Apesar de semelhanças com os dispositivos tradicionais, o DPS fotovoltaico apresenta diferenças técnicas - tanto de ordem construtiva quanto em relação aos testes aos quais é submetido. 30 Revista da InstalaçÃO

minais de entrada e saída separados, que contêm uma impedância em série específica entre esses terminais (chamados DPS de duas portas, de acordo com a NBR IEC 61643-1), atualmente não estão suficientemente cobertos pelos requisitos da referida norma e requerem consideração adicional. “Desta forma, os DPS para instalações solares, em sua maioria, não contêm essa impedância específica e são dedicados a aplicações em corrente contínua e seus testes seguem a norma EN 50539-11”, complementa. Sobre os cuidados que o comprador deve ter ao adquirir o DPS fotovoltaico, de forma a não ter problemas com eventual falta de qualidade, a recomendação é óbvia: consultar se o dispositivo atende a alguma norma de fabricação que contemple esse tipo de solução, como a EN 50539-11. “Ela indica que o produto é adequado para essa aplicação”, destaca Bruno Sacute, da Finder. Além de checar se o produto segue as normas acima citadas, Júlio Bortolini recomenda comprar produtos de empresas com renome e tradição no mercado. Marco Aurélio Duarte observa que o DPS é um elemento essencial para garantir a proteção de dispositivos eletrônicos sensíveis, e, dessa forma, deve ser construído respeitando-se as normas e testes correspondentes para garantir segurança durante sua operação. “O comprador deve avaliar sua procedência, respeito às normas e, principalmente, solicitar o certificado de testes para atendimento a essas normas”, reforça o especialista da Phoenix Contact. Segundo Bruno Sacute, é possível detectar, no mercado, alguns entraves para a correta instalação e manutenção dos arranjos fotovoltaicos. Um deles é a falta de mão de obra qualificada. Entretanto, ele observa que neste momento a Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão


(CE-03:064.01) está trabalhando no desenvolvimento de uma norma de instalações elétricas para sistemas fotovoltaicos, o que futuramente irá contribuir para a evolução do setor. “Com a publicação dessa norma, acredito

que o mercado começará a se atentar para os requisitos mínimos dos DPS e especificará corretamente, não somente esse produto, mas todos os outros itens inerentes à instalação”, analisa o executivo da Finder.

Perspectivas de mercado

Foto: Divulgação

Segundo os especialistas, as vendas de DPS específicos para o segmento fotovoltaico acompanham o ritmo do mercado e seus investimentos, além dos eventuais incentivos governamentais. Há quem avalie que o nível de comercialização está baixo no momento, considerando o potencial brasileiro - em comparação a outros mercados que já passaram por essa fase, como a Europa. De qualquer forma, com a retomada dos projetos e a adoção de normatização mais atuante, as perspectivas são favoráveis para os próximos meses e anos. Bruno Sacute observa que o mercado fotovoltaico está em expansão, e a perspectiva é de que essa fonte participe cada vez mais da matriz energética brasileira. “Se pensar em energia distribuída, a quantidade de edifícios, casas, galpões e pequenos negócios que podem incorporar esta tecnologia é enorme. Já na energia centralizada existem os leilões que já foram

encerrados e vários outros que estão por vir. Imagina-­se um grande potencial de crescimento para os próximos anos. Por ser uma tecnologia nova, existe uma curva de aprendizado natural, pela qual estamos passando. Assim, temos trabalhado para conscientizar os investidores, integradores de sistema, instaladores e o cliente final para tornar essa fonte de geração de energia mais segura”, comenta o especialista da Finder. Marco Aurélio Duarte, da Phoenix Contact, menciona que o potencial do mercado é bastante interessante, mesmo se forem consideradas apenas as projeções em unidades consumidoras residenciais e comerciais. “A projeção pessimista chega a 130 mil residências, e a otimista pode chegar até 700 mil residências com instalações solares até 2024. Se fizermos um cálculo hipotético, a média de DPS para essas instalações pode chegar a 100 mil peças/ ano”, projeta. A Soprano lançou recentemente o DPS para o mercado fotovoltaico, mas também mantém expectativas positivas para o futuro. “Nossa perspectiva é de que haja uma procura muito grande, devido ao aumento exponencial de instalações de sistemas solares”, comenta o engenheiro Júlio Bortolini.

Temos trabalhado na conscientização do mercado em geral a fim de tornar a geração solar fotovoltaica mais segura. BRUNO SACUTE FINDER

Revista da InstalaçÃO 31


Espaço Sindinstalação

Fórmula Paramétrica Índice Setorial Das Instalações

O

SINDINSTALAÇÃO-SP está divulgando mensalmente em seu site (www.sindinstalacao.com.br) a fórmula paramétrica criada para servir como índice setorial das instalações. Desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), a fórmula foi criada para facilitar a vida das instaladoras no momento de efetuar correção de contratos que correspondam à evolução dos custos, com o maior nível de fidelidade possível. Item

Grupo

A cada mês, quando os indicadores da FGV são divulgados, o SINDINSTALAÇÃO os aplica na fórmula paramétrica, obtendo a evolução mensal de custos do segmento de instalações. Para acessar a fórmula, basta acessar o link: http://sindinstalacao.com.br/indice-mensal-2016-em-diante/. Abaixo, confira os dados referentes ao mês de outubro e a evolução dos 12 últimos meses do índice dos custos dos insumos relativos à indústria da instalação, comparado com o INCC-DI Global:

Peso out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17

1347615 Eletrodutos de PVC

1,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02%

1420866 Fios e Cabos de Cobre

15,44% -0,05% 0,29% 0,72% 0,28% -0,08% 0,01% -0,16% -0,06% 0,01% 0,15% 0,42% 0,39% 0,32%

1420858 Grupo Gerador (caso seja utilizado) 1420863 Painéis de Média e Baixa Tensão

3,67% 0,00% 0,01% 0,01% 0,07% 0,03% 0,03% 0,03% 0,00% -0,01% 0,02% 0,01% 0,00% 0,01% 16,41% -0,03% 0,19% 0,48% 0,31% 0,01% 0,02% -0,06% -0,08% 0,01% 0,10% 0,36% 0,24% 0,23%

1003848 Tomadas e Interruptores

2,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 0,08% -0,02% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

142860

Transformadores

5,11% -0,01% -0,01% 0,02% 0,00% 0,00% -0,02% 0,02% 0,00% 0,01% -0,01% 0,02% -0,02% 0,10%

161937

Tubos e Conexões de Aço Carbono

7,17% -0,01% -0,01% 0,00% -0,01% 0,09% -0,02% 0,11% 0,07% -0,02% 0,01% 0,04% 0,00%

0,00%

1420796 Tubos e Conexões de Aço Inox

0,79% 0,00% 0,00% 0,01% 0,00% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,06% -0,06% 0,00% 0,00% 0,00%

1420814 Tubos e Conexões de Cobre

4,07% 0,00% 0,00% 0,22% 0,16% 0,02% 0,15% 0,15% 0,00% 0,04% 0,05% 0,02% 0,08% -0,04%

1420816 Tubos e Conexões de Ferro Fundido

2,54% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,03% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

1366875 Tubos e Conexões de PVC

6,15% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02% 0,21% -0,06% 0,02% 0,00% 0,01% 0,00% 0,01% 0,00% 0,00%

1420882 Válvulas, Manômetros, Etc

2,70% 0,01% -0,03% 0,03% 0,01% 0,01% 0,01% 0,05% -0,01% 0,01% 0,01% 0,00% -0,01% 0,00%

1416683

Outros Materiais

6,70% 0,00% 0,02% 0,01% 0,07% 0,07% -0,01% -0,01% -0,01% -0,03% 0,01% 0,03% 0,02% 0,07% 100,00% -0,13% 0,46% 1,71% 1,03% 0,89% 0,38% 0,14% 0,14% 0,03% 0,41% 1,13% 0,62% 1,04%

Índice Paramétrico

Índice Sindinstalação - Taxa mensal -0,13% 0,46% 1,71% 1,03% 0,89% 0,38% 0,14% 0,14% 0,03% 0,41% 1,13% 0,62% 1,04%

138,09% 138,72% 141,09% 142,54% 143,81% 144,36% 144,56% 144,77% 144,81% 145,40% 147,04% 147,95% 149,48%

Índice Sindinstalação - Taxa 12 meses 2,33% 1,71% 3,69% 3,92% 4,52% 3,90% 3,45% 3,93% 3,86% 4,85% 6,07% 7,00% 8,25%

INCC - DI Mensal 0,21% 0,16% 0,35% 0,41% 0,65% 0,16% -0,02% 0,63% 0,93% 0,30% 0,36% 0,06% 0,31%

INCC - DI 12 Meses 6,05% 5,87% 6,13% 6,14% 6,26% 5,76% 5,16% 5,73% 4,70% 4,50% 4,57% 4,28% 4,38%

Comentários: A fórmula paramétrica do Sindinstalação apresenta no mês de outubro uma alta de 1,04% e nos últimos 12 meses o índice majorado de 8,25%. O índice do Sindinstalação no acumulado de 12 meses

apresenta uma majoração de 8,25%, contra 4,38% do INCC-DI. Por isso, atentas deverão estar as empresas instaladoras que ainda se utilizam somente do INCC-DI para correspondência de seus contratos, principalmente os de longo prazo.

INCC-DI x Índice Sindinstalação - Variação12 meses 9,00% 8,00% 7,00% 6,00% 5,00% 4,00% 3,00% 2,00% 1,00% 0,00% out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16

mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16

out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17

Índice Sindinstalação-Taxa 12 meses

32 Revista da InstalaçÃO

INCC-DI 12 meses

mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17


Associe-se ao SINDINSTALAÇÃO e fortaleça o seu setor e a sua empresa Alguns projetos viabilizados com as contribuições associativas e patronais: ✖ Projeto Fórmula Paramétrica / Índices Setoriais firmado com a FGV/IBRE Índice de variação dos custos de materiais aplicados na instalação, a partir de set/2017 ✖ Revista da Instalação Publicação mensal focando matérias do segmento das instalações e ações do Sindicato ✖ Participação ativa na elaboração da nova legislação sobre a Terceirização Departamento Jurídico do Sindinstalação, FIESP e CNI ✖ Programa de Qualificação de Empresas Instaladoras Coordenado e Monitorado pela Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações ✖ Prêmio Masterinstal Organizado pela Garrido Marketing, é a maior Vitrine do Setor de Instalações do País ✖ Negociações Coletivas de Trabalho Firmadas anualmente com os Sindicatos Laborais de todo o Estado de SP ✖ Funcionamento e disponibilidade da Sede da Entidade Sindical Localizada no Prédio da Fiesp em SP dispõe de salas e pequeno auditório ✖ Site Institucional Conteúdo diário, Atualização e Desenvolvimento – ferramenta de comunicação ✖ Assessorias Contratadas Jurídica, Auditoria, Comunicação e Publicidade, Informática e Cobrança ✖ Outras Ações Encontro mensal de Comitês Setoriais, Palestras, Workshops, Treinamentos, Cursos Feiras e Eventos ✖ Gestão Sindical e de Representação Custeio administrativo da Entidade

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Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 33


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Eficiência Energética TC301 aprova plano estratégico

D

efinidos os quatro pilares que nortearão os trabalhos do TC301 (technical committee), que é o comitê responsável por desenvolver normas internacionais no campo de gestão e economia de energia. Os pilares prioritários são estes: ● Requisitos de sistemas de gestão de energia, implementação e avaliação; ● Indicadores, dados, medições e cálculos; ● Verificação, avaliação e relatos; ● Oportunidades para melhoria. “É muito importante definir as áreas prioritárias do TC301, pois elas criam as

condições para o desenvolvimento das próximas normas de gestão e economia de energia”, conta Alberto J. Fossa, vice-­ chair do ISO TC-301. Os temas prioritários do comitê estão intimamente ligados ao combate das mudanças climáticas. Fossa, que também é diretor-executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal), é o coordenador do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia (ABNT/CB-116), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O Brasil, nos últimos anos, tem participado de diversas iniciativas em relação

à promoção da eficiência energética e na consolidação dos conceitos de gestão de energia. O País tem conseguido se manter ativo no cenário internacional, mesmo com as dificuldades locais em diversos setores, entendendo que os temas tratados são relevantes para a questão energética global. “Essa questão é crucial para o planeta e, uma vez que estamos participando ativamente desse comitê, fica mais fácil trazer para o País o que de mais atual está sendo debatido no mundo com relação à questão da promoção da eficiência energética”, diz Fossa.

ISO 50001 no mundo e no Brasil

34 Revista da InstalaçÃO

efetivos de economia de energia, têm ocupado a mídia internacional com relação a este tema. O Brasil tem sido respeitado neste tema principalmente pelo seu histórico na área de eficiência energética e produção de energia limpa. Mas é preciso ficar atento e acompanhar os movimentos mundiais. Desde 2009 o Brasil acompanha os movimentos internacionais de gestão e economia de energia. O País tem acompanhado toda a produção de normas no âmbito internacional, via CB116. Com base na atual reformulação do ISO-TC301 e, a partir do estabelecimento da nova estrutura dos quatro grupos de trabalho, aqui no Brasil estão sendo estruturadas Comissões de Estudo para acompanhar esse movimento internacional, e dar maior fluidez às demandas nacionais. “Na medida em que avança o conhecimen-

to sobre gestão de energia aqui no Brasil, setores começam a vislumbrar a importância do fomento da eficiência energética e da gestão de energia em seus campos de atuação”, conta Fossa. Há um espaço enorme para guias setoriais específicos que apresentem padrões de eficiência energética em determinados sistemas, como por exemplo, no caso de sistemas motrizes. Além da participação internacional, o País tem buscado soluções às demandas locais, focalizando a difusão maciça dos conceitos de eficiência energética e melhoria do desempenho energético das organizações.

Ilustração: ShutterStock

Há aproximadamente 20 mil certificações da ISO 50001 em todo o mundo, sendo mais de 80 na Europa - aproximadamente 50% na Alemanha, em função de grande incentivo governamental. O crescimento do número de certificação tem avançado significativamente. O crescimento de 2015 para 2016 foi de quase 70%, representando o maior crescimento individual de certificações entre os diversos tipos de sistemas de gestão baseados em normas ISO. No Brasil ainda estamos contando as certificações em dezenas. “Precisamos promover um esforço concentrado de convencimento das organizações em relação aos benefícios da implantação de sistemas de gestão”, diz Fossa. Os movimentos internacionais se concentram na difusão dos ganhos efetivos para os diversos tipos de setores. Grandes movimentos de suporte a políticas públicas, desenvolvimento de casos piloto, demonstração de resultados


| Abrasip

Espaços para a instalação do sistema de medição eletrônica de energia elétrica medição, as dimensões dos barramentos blindados, fixação dos elementos neste barramento e instalação dos medidores são os primeiros itens da análise. ➤ Dimensões - as caixas de medidores podem ocupar grandes dimensões quando atendem muitas unidades consumidoras, são mais pesadas e necessitam de mais de uma pessoa para sua fixação, precisando de espaços com largura suficiente para o trabalho da equipe. Além disso, os barramentos blindados homologados possuem grande diversidade nas medidas de largura e profundidade. A definição das dimensões do espaço de instalação deve considerar Foto: ShutterStock

O

sistema de medição eletrônica de energia elétrica em edifícios está cada vez mais difundido. A utilização de barramentos blindados para distribuição de energia trouxe a possibilidade de deixarmos os medidores próximos às unidades de consumo nos andares, em espaços exclusivos para isso. Esses espaços possuem características especificas a serem consideradas em projeto, no entanto, ocasionalmente passam despercebidas pelas diversas disciplinas envolvidas no momento da compatibilização. Estas características podem ser sintetizadas em: ➤ Definição do local - o cuidado com transporte e manuseio das caixas de

Luiz Canhoni - Diretor

esta variação, pois do contrário, a incompatibilidade pode causar sérios transtornos e prejuízos. ➤ C ondições de acesso - as portas das caixas de medidores metálicas possuem grande abertura, assim, as sobreportas de proteção devem ser instaladas de modo a garantir o total acesso. Quando instaladas em salas técnicas, as condições de fuga destes espaços devem ser garantidas. Em hipótese alguma, deve haver obstáculos obstruindo esta rota. As portas de acesso devem sempre garantir abertura para fora do ambiente e não devem existir soleiras altas ou qualquer anteparo que impeça a fuga das pessoas. ➤ Iluminação - Muitas vezes os pontos de luz ficam distantes ou não iluminam adequadamente o local dos medidores causando dificuldade aos profissionais responsáveis pela manutenção. As luminárias devem estar posicionadas de forma a garantir iluminação adequada e ininterrupta. Para finalizar, acrescentaria que a compatibilização do sistema de medição eletrônica de energia com hidráulica, telecomunicações, dutos de ventilação e extração de ar nos pavimentos é fundamental e de igual importância na definição dos espaços. Os projetos de instalações elétricas detalham estas características e para que no comissionamento da instalação as surpresas possam ser evitadas é imprescindível segui-las.

Geral de Elétrica da SPHE Petiplam Engenharia S/C Ltda. Revista da InstalaçÃO 35


Espaço Sindinstalação

| HBC Advogados

Os riscos da Nova Lei Trabalhista

A

de contratação: a de trabalho intermitente, por jornada ou hora de serviço, e também o home office. Contudo, com a nova Lei Trabalhista, denota-se que as questões mais importantes tratam, exatamente, da prevalência do negociado sobre o legislado. Nesse sentido, então, desencadeiam-se lacunas, estas ensejadoras de questionamentos sobre a constitucionalidade (ou não!) de tais permissivos. Convenções e acordos coletivos irão prevalecer sobre a lei em diversos temas, exceto quando se relacionar ao pagamento do FGTS, adicional noturno, repouso semanal remunerado, férias, salário-maternidade, entre outros. Contudo, esses acordos podem extinguir ou reduzir direitos, o que viola a Constituição, uma vez que a negociação coletiva serve para garantir que os traFoto: ShutterStock

nova Lei Trabalhista (Lei n.º 13.467, de 13 de julho de 2017), conhecida como a “Reforma Trabalhista”, passou a vigorar no último dia 11 de novembro de 2017, e implementou uma série de mudanças visando modernizar e flexibilizar as relações de trabalho, fazer frente à crise econômica existente, e atualizar a legislação trabalhista, qual seja a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. A referida lei alterou 117 dos 922 artigos da CLT. O novo texto de lei, e suas alterações, mantém a prevalência dos acordos coletivos em relação à lei em pontos específicos, propõe algumas garantias ao trabalhador terceirizado e o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, entre outras alterações. O documento criou, ainda, duas modalidades

36 Revista da InstalaçÃO

balhadores organizados em sindicatos possam conquistar direitos que melhorem sua condição social. A Nova Lei afirma que a contratação de autônomos, mesmo que com exclusividade e de forma contínua, “afasta a qualidade de empregado”. Entende-se, nesse teor, que tal permissivo estaria a violar o princípio constitucional dos direitos fundamentais dos trabalhadores de ter uma relação de emprego com direitos garantidos e que lhe traduzissem a segurança necessária para o bom desenvolvimento dos trabalhos. Quanto à Terceirização, prevista na Lei n.º 13.429, de 31 de março de 2017, e também traduzida na Nova Lei Trabalhista, traz a permissão que a empresa possa terceirizar qualquer atividade, inclusive sua atividade principal. Referida prática estaria a violar o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei, uma vez que se passou a admitir remunerações diferentes a trabalhadores que realizarão a mesma função. Em relação ao salário, entende-se que poderá haver a infringência ao estabelecido na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma vez que o trabalhador não terá garantida a certeza que trabalhará o número de horas necessárias para atingir o valor de um salário mínimo, quando se tratar de contratos onde o trabalhador fica por um longo período à disposição da empresa, mas recebe apenas pelas horas trabalhadas. Ainda, a Nova Lei Trabalhista permite jornadas de trabalho superiores às oito horas diárias, estabelecida por meio de acordos entre empregador e empregado. O empregado poderá também trabalhar 12 horas e folgar 36 ho-


Foto: ShutterStock

ras, conforme permissão já existente para algumas profissões pelo Tribunal Superior do Trabalho. Nessa linha, estaria os novos permissivos infringindo a jornada constitucional e também indo contrários aos acordos internacionais assinados pelo Brasil, que preveem expressamente que “toda pessoa tem o direito de desfrutar de condições justas de trabalho, que garantam o repouso, os lazeres e a limitação razoável do trabalho.” Além de flexibilizar as horas de descanso, que podem ser decididas por acordo coletivo, a nova Lei afirma que “regras sobre a duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança”. Contudo, o trabalhador poderá ser submetido à atividade prejudicial à sua saúde em jornada de 12 horas, ainda que a Constituição garanta como direito do trabalhador a redução dos riscos relacionados ao trabalho. Para o denominado “teletrabalho” ou “home office”, cabe ao empregador apenas “instruir” o trabalhador sobre os riscos de doenças e acidentes de trabalho. Porém, é responsabilidade constitucional do empregador cumprir e custear o cumprimento das normas de saúde, higiene e segurança. Tais permissivos transferem parte dos riscos e dos custos ao empregado, o que pode levá-lo a receber menos a título de salário, caracterizando uma redução salarial, o que é vetado constitucionalmente. A Nova Lei Trabalhista ainda permite que empregados e empregadores assinem um “termo de quitação anual de obrigações trabalhistas”, o que tem potencial de tirar a decisão de questões trabalhistas por parte dos magistrados/ juízes. O pagamento dos gastos processuais é de responsabilidade do autor da ação, mesmo se tiver direito à justiça gratuita. Contudo, tal permissivo esta-

ria a infringir o artigo 5.º, da Constituição Federal, onde está previsto que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Nesse mesmo sentido, as Súmulas Vinculantes têm que ser aprovadas por pelo menos dois terços dos membros do tribunal, e a mesma matéria tem que ter sido decidida de forma unânime e idêntica em pelo menos dez sessões anteriores, com a realização de uma audiência pública. Constitucionalmente, as súmulas vinculantes podem ser aprovadas por decisão de dois terços dos membros do tribunal superior, mas sem a exigência de decisões anteriores ou de audiências públicas. Já foram apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) três ações (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) que questionam a constitucionalidade de dispositivos da Nova Lei Trabalhista, não havendo data prevista para os respectivos julgamentos.

Duas ações foram movidas pela Procuradoria-Geral da República. A primeira questiona a lei que autoriza a terceirização de atividades essenciais das empresas, a segunda ação é contra os artigos da lei que restringem o acesso gratuito à Justiça do Trabalho. A terceira ação, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp), é contrária a dois artigos da nova lei trabalhista, que acaba com o imposto sindical obrigatório e o que cria o regime de trabalho intermitente. Portanto, é muito importante que as empresas tenham cuidado e avaliem os riscos antes de aplicar os novos dispositivos, principalmente nos contratos de trabalho já existentes, respeitando o direito adquirido. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 37


Evento

| Workshop Técnico - Gases Combustíveis

As inovações da área de gás Seminário em São Paulo reúne especialistas dos segmentos de GLP e gás natural. Mudanças impostas pela revisão da norma NBR 13525 estiveram entre os assuntos discutidos durante o evento.

R

evisões normativas, digitalização da indústria do gás e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas empresas e da mão de obra foram alguns dos temas abordados durante o 6º Workshop Técnico das Empresas Instaladoras - Gases Combustíveis - Qualinstal, realizado no dia 24 de outubro pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações). O evento foi realizado em auditório da Fiesp, em São Paulo (SP). O engenheiro Rafael Testa, consultor de desenvolvimento de engenharia de instalações da Ultragaz falou sobre as principais alterações sofridas pela norma ABNT NBR 13525 - Centrais de GLP. A última versão do documento era de 2008, e o novo texto foi publicado em maio deste ano. A NBR 13525 estabelece os requisitos mínimos para projeto, montagem, alteração, localização e segurança das centrais de Gás Liquefeito de Petróleo

38 Revista da InstalaçÃO

(GLP) para instalações comerciais, residenciais, industriais e de abastecimento de empilhadeiras e equipamentos industriais de limpeza. De acordo com Rafael, de forma geral, a revisão de uma norma não é retroativa. Entretanto, a norma em questão passou a ter efeito retroativo - no capítulo que fala das centrais de gases já existentes para reabastecimento de vasilhames para empilhadeiras. Na versão anterior, essa parte da norma era composta por sete itens. Agora, são 15 itens e mais 15 subitens. “As distribuidoras de GLP precisam revisar todos os clientes onde existem essas centrais de gás e adequá-las à revisão da norma”, recomenda. Também houve mudança na Tabela 1, que é considerada o ‘coração’ da norma. Nela são informadas as distâncias (em metros) que os recipientes de GLP precisam guardar de diversos pontos (ignição, janelas, ralos, fogo aberto, etc.). Uma das mo-

Foto: ShutterStock

Reportagem: Paulo Martins


Revista da InstalaçÃO 39


Evento

Foto: ShutterStock

| Workshop Técnico - Gases Combustíveis

dificações importantes foi a inclusão do item ‘passeio público’ (calçada) na tabela. “Isso resolveu uma situação

que era corriqueira e que não estava muito clara na versão de 2008”, compara Rafael.

Outra modificação importante: se a companhia distribuidora de gás ‘X’ vai entrar em um empreendimento onde já existam centrais de gás instaladas por outras empresas, o projeto e a instalação da companhia ‘X’ terão de contemplar essas outras centrais existentes, ou seja, será preciso verificar se todas estão em ordem. “A última empresa a instalar uma central de gás vai ter que se certificar que as demais centrais estejam instaladas corretamente e dentro da norma”, informa Rafael. A norma anterior sequer contemplava esse tipo de ocupação múltipla. “Agora, tendo regra mais claras, é possível estabelecer maior segurança nas centrais e, consequentemente, nos empreendimentos”, completa o executivo.

Manual para instaladoras Claudia Henrique Provasi, chefe de assuntos jurídicos e regulatórios da Gás Natural Fenosa apresentou um projeto de pesquisa e desenvolvimento feito no ano passado juntamente com a Abrinstal e o Instituto de Energia e Ambiente da USP. Trata-se da criação e publicação de um manual de instalação e de gestão de redes internas de distribuição de gás natural e de aparelhos a gás natural. Segundo a executiva, a companhia queria que as instaladoras fizessem seu trabalho dentro de um tempo que fosse

considerado razoável, mas sem perda de qualidade nem de segurança. O manual foi elaborado segundo as normas ABNT NBR 15526 e 13103. Também foram usados documentos de referência do grupo, ou seja, regras internas que estão em linha com as normas ABNT e europeias. Primeiramente foram analisados todos os requisitos operacionais aplicáveis às instaladoras. Depois foram desenvolvidas referências dos procedimentos operacionais e finalmente chegou-se

à elaboração do manual e divulgação. O manual descreve políticas e princípios de atuação da empresa, incluindo procedimentos de gestão, operacionais e instruções de trabalho. Foram criados 10 procedimentos, 20 instruções de trabalho e 25 formulários. “O manual é um passo a passo de como a instaladora deve fazer o trabalho e como o funcionário dela pode esclarecer dúvidas. Basta ele abrir o manual, olhar o diagrama e ele já saberá como se posicionar”, explica Claudia.

Digitalização e segurança Carla Sautchuk, gerente-executiva de Engenharia da Comgás contou que um dos planos da companhia é tornar-­ se uma utility digital nos próximos anos. A expectativa é de que será possível executar as manutenções preditivas, prescritivas e proativas por meio de modelagem e inteligência artificial, quando a empresa atingir totalmente essa nova condição. Segundo a especialista, a Comgás tem se empenhado na busca de tec40 Revista da InstalaçÃO

nologias para racionalizar os processos executivos. “Temos um plano audacioso, de até 2020 ter nosso parque com automação implementada. Temos um time envolvido com a parte de operações de engenharia fortemente dedicado para implantar tecnologias de ponta para termos uma operação extremamente rápida e segura”, conta Carla. Também da Comgás, o engenheiro Danilo Cherutti falou sobre o projeto

Cidade Digital, iniciativa mantida pela empresa em parceria com o governo do Estado de São Paulo e a Sabesp (companhia de saneamento paulista). O projeto, que está sendo desenvolvido, consiste em juntar, em base única, todas as informações da infraestrutura construída pelas utilities e que hoje estão instaladas nas vias públicas. A medida facilitará para que se tenha um mapeamento integrado, inteligente e de fácil acesso.


Foto: ShutterStock

Outra ferramenta que está sendo trabalhada pela Comgás é o App Obra Segura, um aplicativo que contempla toda a infraestrutura da companhia. De acordo com Carla, um dos objetivos é que a ferramenta seja utilizada pelas empresas terceirizadas das concessionárias, a fim de garantir que os cadastros sejam consultados no momento da realização das obras. “Não se espera que alguém possa fazer uma obra no subsolo sem consultar o cadastro, mas isso acontece todo dia. Então temos que criar os meios e as ferramentas para melhorar essa condição”, comenta Carla. Danilo Cherutti falou também sobre os investimentos da Comgás na concepção de construção de redes de ramais para chegar até o cliente. A empresa adquiriu

equipamentos que vão facilitar bastante essa tarefa, não só envolvendo a infraestrutura de gás, mas também outras áreas. Danilo destaca que a segurança é um dos aspectos mais valorizados pela Comgás e que todos equipamentos são adequados para que se façam soldas, conexões ou

TRANSFORMAÇÃO

Mercado de gás é bastante dinâmico, por isso a necessidade de realizar a revisão periódica de normas técnicas.

qualquer outro tipo de intervenção totalmente fora das valas, ou seja, na superfície.

Demais apresentações

Foto: Ricardo Brito/HMNews

O engenheiro José Jorge Chaguri Jr., diretor da Chaguri Consultoria e do Centro de Estudo e Pesquisa em Termohidráulica, apresentou uma comparação de custos entre redes de gás e outros tipos de infraestrutura de aquecimento de um edifício, sob a óptica da sociedade, do setor da construção civil e do usuário final. Para destacar a importância do papel do projetista no processo de obtenção da maior eficiência para os empre-

endimentos, Chaguri resgatou um dado de 2009, quando os edifícios residenciais, comerciais e públicos respondiam por 44,7% do consumo da energia elétrica gerada no País, contra 47% da indústria. No ano passado, o consumo da área de energia pela área da construção ultrapassou o uso feito pelo segmento industrial. “Sempre que eu projeto algo, estou atrelando aquele edifício às características de consumo de energia para o resto da vida útil dele”, alerta. Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal, comentou que começa-se a desenhar no mundo um cenário de fomento à melhoria geral da área de instalações, e entre os aspectos que têm sido discutidos estão o treinamento e a capacitação da mão de obra. No Brasil, por exemplo, a capacitação de trabalhadores dos segmentos que englobam água e gás gira em torno de 800 horas. Há muitas dificuldades e falta incentivo do mercado para essa qualificação. Já ALBERTO FOSSA ABRINSTAL

em países mais desenvolvidos, o nível mínimo de capacitação é de 4 mil horas. “Estamos a cinco vezes da distância da condição mínima que se entende, no resto do mundo, como razoável para trabalhar nessa área”, lamenta. Representando o Sinduscon, Sergio Fernando Domingues citou itens que se tornaram fundamentais na área de instalação. É o caso do comissionamento, tema bastante tratado em indústrias de grande porte, e cada vez mais presente nos empreendimentos, desde a fase de projeto até a entrega. Outra novidade será a necessidade de aplicar a norma de desempenho nos empreendimentos. Por desempenho, prossegue Domingues, entende-se o comportamento da edificação durante o uso e operação. A utilização da Internet das Coisas associada à automação predial é outra tendência para monitorar e controlar o comportamento das pessoas. Além disso, vem se destacando o uso de fontes renováveis, uma vez que a sustentabilidade é uma condição que precisa ser cada vez mais considerada nas instalações. Revista da InstalaçÃO 41


Destaque

| Prêmio Abilux

Projetos vencedores Divulgada lista dos trabalhos que se destacaram na 8ª edição do Prêmio Abilux Projetos de Iluminação. Concurso, que já se tornou tradicional, contou com a participação de 50 escritórios do País, que inscreveram 149 soluções.

42 Revista da InstalaçÃO

E

m sua oitava edição, o Prêmio Abilux Projetos de Iluminação comprovou a sua maturidade e importância junto aos profissionais que atuam no setor, ao somar 149 inscrições de projetos de 50 escritórios diferentes. Um crescimento superior a 200%, se comparado à edição de 2016, quando foram inscritos 42 projetos. Dos 149 inscritos, a categoria com mais projetos classificados foi a Comercial, com 38. As demais categorias ficaram assim representadas: Residencial, 25; Corporativo, 23; Urbano, 20 e o Prêmio Especial de Iluminação Eficiente, 29. Profissionais e escritórios de 22 cidades de sete estados e do Distrito Federal concorreram. Do Estado de São Paulo vieram projetos da Capital, Boituva, Campinas, Limeira, São Carlos, São José do Rio Preto e São José dos Campos. Santa Catarina ficou em segundo lugar com inscritos de Blumenau, Florianópolis, Joinville, Palhoça e São José. O

Rio Grande do Sul foi representado por profissionais de Caxias do Sul, Gramado e Porto Alegre e de Minas Gerais pelas cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Contagem. Brasília (DF); Pato Branco (PR); Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ) tiveram um representante cada. Os vencedores - primeiros, segundos e terceiros colocados - das categorias em que o prêmio foi disputado foram conhecidos em evento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) no dia 19 de outubro, em São Paulo (SP). O Prêmio Abilux Projetos de Iluminação teve como entidade parceira a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação), e como entidades apoiadoras a ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores) e a AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura). Confira a seguir quem foram os três primeiros classificados nas cinco categorias.


Foto: ShutterStock

1 CATEGORIA RESIDENCIAL 1º LUGAR: CASA FLAMENCO AUTOR DO PROJETO: Rodrigo Jardim e Fabiana Rodrigues ESCRITÓRIO: Ilumination Strategic Design FOTOS: Tuca Reinés ARQUITETURA: Bia Prado

2º LUGAR: CASA 01 AUTOR DO PROJETO:Marina Makowiecky ESCRITÓRIO: Allume Arquitetura de Iluminação FOTOS: Mariana Boro e Sla Fotos

3º LUGAR: APTO MB AUTOR DO PROJETO:Marcos Castilha COLABORADORES: Brenda Lelli, Carina Tavares e Larissa Oliveira ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação FOTOS: Marcos Castilha

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3 Revista da InstalaçÃO 43


Destaque

| Prêmio Abilux

CATEGORIA COMERCIAL

2

3

1º LUGAR: CENTRO CULTURAL JAPAN HOUSE AUTOR DO PROJETO:Marcos Castilha COLABORADORES: Brenda Lelli, Carina Tavares e Larissa Oliveira ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação FOTOS: Rafaela Netto

2º LUGAR: BASÍLICA DO RIO DE JANEIRO AUTOR DO PROJETO: Monica Ann Diniz ESCRITÓRIO: Md Light FOTOS: Erik B. Pinto

3º LUGAR: GALERIA DE ARTE AUTOR DO PROJETO: Renata Bodi ESCRITÓRIO: Oficinamarela FOTOS: Roberta Bulle Fay

1

1 CATEGORIA corporativa 1º LUGAR: LINX AUTOR DO PROJETO: Rafael Leão ESCRITÓRIO: Conforto Visual FOTOS: Maíra Acayaba

2º L UGAR: HOLDING EMPRESARIAL SÃO PAULO AUTOR DO PROJETO: Gilberto Franco COLABORADORES: Juliana Scialis ESCRITÓRIO: Franco Associados Lighting Design FOTOS: Maíra Acayaba

3º LUGAR: CENTRO DE ONCOLOGIA

2 44 Revista da InstalaçÃO

3

AUTOR DO PROJETO: Marina Frigeri e Marilia Saccaro ESCRITÓRIO: Fos Iluminação FOTOS: Marcelo Donadussi


2

3

CATEGORIA urbana 1º LUGAR: EDIFÍCIO ORIENTE SQUARE AUTOR DO PROJETO: Paulo Torniziello Rodrigues ESCRITÓRIO: Paulo Torniziello Iluminação FOTOS: Miro Martins

2º LUGAR: ARENA DA JUVENTUDE AUTOR DO PROJETO: Luciana Constantin, Paula Carnelós e Eder Ferreira ESCRITÓRIO: Acenda Projeto de Iluminação FOTOS: Leonardo Finotti

3º LUGAR: ED. PARQUE AVENIDA AUTOR DO PROJETO:Marcos Castilha COLABORADORES: Brenda Lelli, Carina Tavares e Larissa Oliveira ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação FOTOS: Rafaela Netto e Renato Dalla Marta

1 1 PRÊMIO ESPECIAL EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 1º L UGAR: CENTRO CULTURAL JAPAN HOUSE AUTOR DO PROJETO:Marcos Castilha COLABORADORES: Brenda Lelli, Carina Tavares e Larissa Oliveira ESCRITÓRIO: Castilha Iluminação FOTOS: Rafaela Netto

2º L UGAR: HOLDING EMPRESARIAL SÃO PAULO AUTOR DO PROJETO: Gilberto Franco COLABORADORES: Juliana Scialis ESCRITÓRIO: Franco Associados Lighting Design FOTOS: Maíra Acayaba

3º LUGAR: EDIFÍCIO ORIENTE SQUARE

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AUTOR DO PROJETO: Paulo Torniziello Rodrigues ESCRITÓRIO: Paulo Torniziello Iluminação FOTOS: Miro Martins Revista da InstalaçÃO 45


Destaque

| Prêmio Abilux

Júri oficial do Prêmio Abilux Projetos de Iluminação Ivone Szabó É lighting designer, sócia titular da MS+M arquitetos de iluminação. Formada pela FAAP em desenho industrial. Procura estar sempre atualizada em workshops e feiras sobre a profissão no Brasil e no exterior. Atua na área de iluminação desde 1990 e com projeto de iluminação desde 2004. Tem trabalhos realizados no Brasil, na América do Norte e na África do Sul. É associada à AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação).

Silvana Carminati Presidente da ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores). Formada em design de interiores pela Belas Artes SP e especializada em Liderança de Pessoas e Gestão de Negócios. É diretora de operações da Tree Consulting, empresa especializada na seleção e desenvolvimento de pessoas e líderes para área comercial e totaliza experiência de mais de 15 anos como executiva na área de gestão comercial em empresas do mercado de Arquitetura e Decoração.

Lucia Pirró Coordenadora do curso de especialização lato sensu Lighting Design do Centro Universitário Belas Artes; doutora em arquitetura e urbanismo pela FAU da Universidade de São Paulo, onde fez sua graduação e mestrado. É LEED Accreditated Profissional atuando na área de arquitetura e urbanismo com ênfase em sustentabilidade e eficiência energética. Leciona na graduação e no mestrado profissionalizante dos cursos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo.

Guinter Parschalk Guinter Parschalk é arquiteto e lighting designer sócio titular do Studio IX. Arquiteto com pós-graduação em desenho industrial na Áustria. Atua nas áreas de design de produto, iluminação e percepção visual desde 1984, contando com projetos realizados no Brasil e inúmeros países da América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia. Tem seus trabalhos publicados em diversas revistas e livros nacionais

46 Revista da InstalaçÃO

e internacionais e palestras realizadas sobre seu trabalho, cabendo destacar Light & Building em Frankfurt, Euroluce em Milão, Light Focus em Londres, Biel em Buenos Aires e aula magna na UNAM, Universidade Autônoma do México. Tem desenvolvido diversos projetos com certificação LEED e AQUA. É membro de diferentes organizações de classe, tais como a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação), IALD (International Association of Lighting Designers), AsBEA, Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura e membro fundador do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável).

Carlos Fortes Sócio titular do Estúdio Carlos Fortes Luz + Design. Responsável por diversas publicações no país, com destaque para sua participação no livro “Light & Emotions”, pela Editora Birkhäuser (Basel/Suíça, 2011). Foi professor do curso de design de interiores do Senac SP. Ministra regularmente cursos livres na Faculdade de Arquitetura Belas Artes. Colabora com revista especializada como articulista e fazendo a cobertura das feiras Light+Building (Frankfurt) e Euroluce (Milão). Formado em 1986 pela FAU-UFRJ, desenvolve projetos de iluminação e design de luminárias. Como designer de produto, criou luminárias para as empresas Lumini, La Lampe, Dpot (linha Samba) e Tok & Stok (linha Muxarabi). É membro fundador da AsBAI e membro profissional das associações IALD (International Association of Lighting Designers) e IES-NA (Illuminating Engineering Society of North America). Em 2016 foi convidado a integrar o júri da 34ª edição da premiação anual do IALD - International Lighting Design Awards, em Chicago, EUA.

Edison Borges Lopes Presidente da AsBEA, é arquiteto e urbanista. Formado pela FAUUSP em 1987. Participou de projetos nas áreas industriais e comerciais tendo trabalhado na Enger, Promon, ALG e Pão de Açúcar, entre outras empresas. É sócio fundador da Argis. Desenvolveu projetos para lojas e shoppings para as redes Wal-Mart, Carrefour, SmartFit, Sodimac, REP, Pão de Açúcar, Cobasi, Best Center, Terral, HSI e Iguatemi, entre outras. Associado à AsBEA.



produtos

❱❱ Controle de pressão

A Astra lança a válvula de admissão de ar (VAA). O produto tem como função permitir a entrada de ar na tubulação de ventilação do esgoto, substituindo as colunas e ramais de ventilação secundária. Com a utilização da VAA é possível equalizar a pressão interna do sistema de esgoto, com a finalidade de preservar os fechos hídricos do sistema sanitário, assim, os fechos hídricos exercem a sua função de não permitir a saída de gases, odores ou líquidos para os ambientes. Entre as vantagens do uso da VAA estão, além da eliminação da necessidade de ventilação secundária, a redução do custo de mão de obra e tempo de instalação, a não necessidade de perfurações na laje - o que minimiza as chances de patologias -, a ampla redução na ocupação dos shafts e a equalização da pressão interna da tubulação, que evita que o fecho hídrico se rompa. O produto pode ser instalado em diversos lugares de ventilação, como interior de shafts, interior de forros e sancas, gabinetes embutidos na alvenaria ou de forma aparente (sempre respeitando a ventilação renovável mínima de 20 cm²). O dimensionamento da VAA deve ser calculado aplicando o mesmo procedimento de cálculo de ventilação da NBR 8160:1999.

48 Revista da InstalaçÃO

❱❱ Software de projetos

Os modernos sistemas de HVAC podem ser modelados com a rapidez e a precisão que exige a complexidade das atuais aplicações nas construções. O Trace™ 3D Plus combina o motor EnergyPlus, do Departamento de Energia dos EUA, com a liderança da Trane em conhecimento de HVAC para ajudar projetistas e consultores a interpretar e validar projetos com clareza. Segundo a companhia, os recursos do Trace™ 3D Plus elevam o nível de precisão nos projetos de edificações e geram economia de tempo e de custo durante as etapas do projeto. Com processo de modelagem mais rápido e fluxos de trabalho visualmente mais dinâmicos, o Trace™ 3D Plus permite mudanças na planta do projeto para o cálculo de carga térmica e para análise energética e econômica, tudo dentro do mesmo arquivo de projeto. O Trace™ 3D Plus permite simplificar o complexo processo de modelagem com a plataforma altamente adaptável, que pode ser personalizada de acordo com o nível de detalhe desejado. O conhecimento de sistemas integrados proporciona a detecção precoce de possíveis problemas no projeto. Umas das principais funções do Trace™ 3D Plus é modelar projetos do mundo real com exatidão, incluindo energia renovável, aquecimento e refrigeração radiantes, além de complexos sistemas de água quente e gelada, como aqueles em mistura de água e trocadores de calor.

❱❱ Fita de identificação

De forma pioneira, a Induscabos Condutores Elétricos apresenta ao mercado o Cabo de cobre nu com fita de identificação - uma garantia extra para quem compra e quem vende cabos de cobre nu. Normalmente, a dificuldade de identificação do fabricante e da bitola nos cabos de cobre nu torna as transações comerciais mais susceptíveis a fraude. Justamente para inibir este tipo de prática, a Induscabos lança o Cabo de Cobre nu com fita de identificação. Nos cabos com a fita é possível identificar o fabricante do produto mesmo após a retirada da bobina ou instalação. Com as informações de bitola e fabricante gravada na fita, o cliente identifica facilmente o produto que está recebendo. Os cabos de cobre nu sem esta fita de identificação dificultam a conferência no recebimento do item, e empresas mal-intencionadas se aproveitam desta dificuldade e entregam produtos com seções (bitolas) menores do que as que o cliente comprou. A fita de identificação impede que fabricantes e/ou revendedores entreguem produtos fabricados por terceiros (disbitolados) como se fossem de marcas “premium”. Com o uso da fita o cliente tem a certeza de estar recebendo exatamente o produto do fabricante que comprou.


❱❱ Energia solar ❱❱ Controle por torque

A Âncora Sistemas de Fixação apresenta o sistema PBA, um chumbador de expansão controlada por torque composto por parafuso expansor, presilha, porca e arruela lisa. A solução destina-se à fixação de máquinas e equipamentos; elevadores, plataformas e pontes rolantes; estruturas metálicas; sistemas de armazenagem e movimentação; guarda-corpos, corrimãos e apoios. Segundo a empresa, os diferenciais do produto são: chumbador de melhor desempenho na ancoragem mecânica; utilizado em montagens passantes; diâmetro da broca igual ao do chumbador; aplicação de carga imediata; sem limitação de profundidade para instalação; ponta de impacto e disponibilidade em inox.

❱❱ Detecção de gás

Para identificar vazamentos de hexafluoreto de enxofre (SF6), utilizado como isolante elétrico em aplicações de alta tensão, geralmente é preciso recorrer à aquisição ou aluguel de um detector de gás oneroso ou à contratação de um consultor terceirizado. As alternativas são o desligamento do equipamento e utilização de um “farejador”, que depois de algum tempo é capaz de determinar apenas a área aproximada do vazamento, ou o revestimento de todo o equipamento com água e sabão e subsequente inspeção, que é extremamente demorada e também requer que o equipamento seja desligado. O novo Detector de Vazamento de Gás SF6 Fluke® Ti450 combina uma câmera de infravermelho de alta qualidade com um detector de vazamento de SF6 que identifica visualmente e com precisão os locais de vazamento de SF6 sem precisar desligar o equipamento. O Ti450 SF6 permite que as equipes o incluam como parte da rotina de manutenção, permitindo que eles conduzam inspeções de infravermelho e de gás sempre que necessário, em qualquer lugar. A ferramenta da Fluke elimina a necessidade de esperar pelas inspeções anuais ou semestrais e os consequentes aluguéis caros de equipamentos ou consultores, para que o trabalho de manutenção possa ser feito sempre que necessário, reduzindo potenciais danos ao equipamento. O Ti450 SF6 tipo pistola torna o diagnóstico de problemas mais conveniente, bastando apontar e disparar, mesmo em locais altos ou de difícil acesso.

A NeoSolar Energia, empresa que oferece consultoria, instalação e comercialização de produtos que viabilizem a produção e o consumo de energia solar fotovoltaica, agora atua também na fabricação de itens de marca própria. As primeiras novidades apresentadas ao mercado são o Totem Solar Carregador NeoSolar, Gerador Solar Plug and Play NeoSolar 40 kWh/mês e o Gerador Solar Plug and Play NeoSolar 60 kWh/mês. Os lançamentos utilizam a luz do sol como fonte e fornecem energia elétrica para carregamento de diversos dispositivos, conectados pela tomada ou USB. Para funcionar, produzindo e armazenando energia, basta que sejam fixados ao solo em local exposto ao sol. O Totem Solar carregador NeoSolar tem capacidade para alimentar cinco notebooks e 40 celulares por dia. O Gerador Plug and Play de 40 kwh /mês tem capacidade, por exemplo, de alimentar uma TV, cinco lâmpadas de 10 W, por 4 horas, além de notebook, celular, som e pequenos consumos. Já a versão de 60 kwh/ mês pode alimentar uma geladeira de 240 L, além de TV e cinco lâmpadas de 10 W, por 4 horas, bem como notebooks, celulares e pequenos consumos também. Os produtos são ideais para eventos como shows, festivais de música, gastronomia, entre outros, podem também servir em parques, praças, condomínios, resorts, clubes, hotéis e afins.

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C

agenda

| Dezembro 2017

Cursos Introdução à automação de subestações Data/Local: 11 a 15/12 - Campinas (SP) Informações: (19) 3515-2060 e universidade_br@selinc.com

SPDA Data/Local: 12 e 13/12 - Belo Horizonte (MG) Informações: (31) 3308-7029 e eventos@tel.com.br

Energia solar: sistemas conectados à rede Data/Local: 13 a 15/12 - São Paulo (SP) Informações: www.neosolar.com.br

Medidas de proteção contra surtos Data/Local: 14/12 - Belo Horizonte (MG) Informações: (31) 3308-7029 e eventos@tel.com.br

Projeto e dimensionamento de circuitos pneumáticos Data/Local: 20 a 22/12 - São Paulo (SP) Informações: (11) 5013-1616 e treinamento.br@festo.com

Comandos elétricos em sistemas pneumáticos Data/Local: 20 a 22/12 - São Paulo (SP) Informações: (11) 5013-1616 e treinamento.br@festo.com 50 Revista da InstalaçÃO

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