Meteoro

Page 1

Z

METEORO A alta nos preços de combustíveis é algo que já está sendo comentado a algum tempo, mas agora com o aumento dos preços gritantes, este assunto tomou mais notoriedade

O filme do diretor Christopher Nolan, lançado em 2014 é até hoje considerado um dos filmes de ficção científica mais coerentes com conceitos científicos reais, isso é possível pois o roteiro tem a consultoria do físico Kip Thorne, especialista em ondas gravitacionais, e autor do livro A Ciência de Interestelar.

Famoso herbívoro encouraçado, também conhecido como tanque de guerra pré-histórico, viveu no final do período cretáceo se tornando uma das últimas espécies de dinossauros não aviários, este animal chama a atenção de qualquer um por sua morfologia.



Z

METEORO

EDITOR Alice "Pitchula" Soares Bárbara Lopes aalexasoares@gmail.com / barbaralopesoares11@gmail.com Direção de Arte Alice "Pitchula" Soares Marcello Mendes Chefe de Redação Lívia Mel Brito Fernandes liviamelz@gmail.com Colaboradores Alice "Pitchula" Soares Bárbara Lopes Soares Lara Lazzarini Casanova Lívia Mel Brito Fernandes Marcello Mendes Capa Direção de arte e tratamento: Alice "Pitchula" Soares Revisão Hellen Suzuki


Z

METEORO Por Bárbara Lopes

Amigo leitor, Após 2 anos intensos de pandemia, podemos afirmar, com mais certeza do que nunca, que o conhecimento histórico e científico precisa ser disseminado com muita responsabilidade e transparência - e um pouco de humor. Sentimos na pele como informações falsas sobre vacinas, remédios e doenças podem afetar nossa sociedade e nossas vidas. Nosso papel como jornalistas e divulgadores científicos, na Meteoro, é de garantir que o nosso leitor sempre tenha acesso à informação verídica e de qualidade.

Z METEORO Nosso olhar está sempre voltado para o novo, o interessante, o curioso. Sempre há uma descoberta nova, mesmo sobre temas que aconteceram milhões e milhões de anos atrás. Nesta edição de junho, a Meteoro aborda curiosidades sobre animais terríveis… as galinhas! E também, seus primos de alguns graus: os dinossauros. E por que não falar de uma grande paleontóloga que fez sucesso escavando estes animais: Mary Anning.

Contudo, nem tudo são flores - ou fósseis - neste exato momento um ser marinho está sofrendo com a enorme quantidade de materiais nos oceanos, entre eles, o microplástico. Nem só de canudo sofre a tartaruga. Não dá pra ficar calado quando presenciamos uma catástrofe ambiental em curso.


Quando falamos de catástrofe é impossível não lembrar do acidente nuclear na usina de Chernobyl, na Ucrânia, que no fim de maio completou 36 anos ou dos efeitos do uso indiscriminado do petróleo na nossa sociedade. O que nos leva a pensar: será que finalmente veremos a extinção de um dos recursos mais utilizados atualmente? Será que podemos substituí-lo totalmente?

E se… e se… quando falamos de ciência é preciso considerar - e testar - todas as possibilidades, mesmo as mais terríveis. Desde as últimas semanas de fevereiro estamos acompanhando a invasão russa à Ucrânia, e então, tem-se levantado a possibilidade da escalada da guerra para uma guerra mundial. Contudo, no meio de tudo isso acabamos por esquecer dois players importantes quando falamos da possibilidade de uma 3° Guerra Mundial: A Coreia do Norte e o Japão. Uma inimizade de longa data que tem potencial de dizimar boa parte da população mundial.

Nem mesmo os melhores roteiristas de Hollywood poderiam prever o nosso destino frente a esta guerra. E olha que eles escreveram Interestelar, outro tema interessante nesta edição.

Em junho e sempre, nossa missão é manter você, nosso leitor, atualizado e curioso, atento ao relevante. Aproveite a leitura.


A quantidade de lixo que tem nos nossos oceanos realmente é absurda. Os que mais sofrem com isso são os animais marinhos, mas nós seres humanos também somos afetados. Será que não está na hora de nos conscientizarmos?

Por Lara Lazzarini Casanova Os oceanos são uma das partes da natureza que são mais agredidas pelo homem. Além de todo o petróleo e esgoto que é jogado no mar, que são os mais conhecidos, precisamos falar sobre o principal poluente, os lixos sólidos. O oceano tem uma quantidade absurda de lixo, você realmente pode encontrar de tudo, garrafas pet, garrafas de vidro, bitucas de cigarro, sacolas de mercado, latas de refrigerantes, entre outros. E pra piorar já essa situação totalmente absurda, tem os microplásticos, eles são micropartículas de plástico que variam entre 1 a 5 milímetros, atualmente elas são consideradas os principais poluentes do oceano e podem ser classificadas em duas categorias:

Primária: onde o microplástico já tem o seu tamanho de 1 a 5 milímetros. Secundária: plásticos que são jogados no oceano e sofrem alterações do sol, chuva, etc. e com essas alterações o plástico começa a ser fragmentado, deixando sua estrutura cada vez mais fraca. A categoria que mais afeta o meio ambiente é a secundária, pois pode absorver outros poluentes e tem mais facilidade de se encontrar bactérias. Os microplásticos nos oceanos é um assunto extremamente preocupante. Em 2020 de acordo com o artigo Microplastic Pollution in Deep-Sea Sediments From the Great Australian Bight de Barrett et al, foram encontrados 15 milhões de microplásticos no fundo do oceano, e essa questão acaba afetando todo o meio ambiente, afetando a vida principalmente dos animais marinhos, que muitas vezes acabam morrendo e correndo o risco até de serem extintos, e até mesmo nós seres humanos, que podemos comer algum alimento contaminado.


Outro exemplo recente, que teve repercussão mundial, são as tartarugas marinhas e os canudos de plástico. Alguns anos atrás, saíram projetos de leis, e grandes restaurantes pararam de fornecer canudos plásticos, algumas pessoas também se conscientizaram e pararam de usar. Tartarugas estavam morrendo, animais marinhos estavam morrendo, as pobres tartarugas confundiam o canudo de plástico com alimento, e assim surgiu a lei, em alguns lugares, onde é proibido a venda do canudo de plástico, só pode ser vendido se for canudo de papel ou se for plástico biodegradável. Mas aí eu te pergunto, será que o problema eram mesmo os canudos? Será que ao invés das pessoas se conscientizarem em relação aos canudos, não seria melhor elas se conscientizarem em relação ao meio ambiente? Prestar atenção onde jogamos o nosso lixo, cuidarmos melhor do nosso planeta?


A alta nos preços de combustíveis é algo que já está sendo comentado a algum tempo, mas agora com o aumento dos preços gritantes, este assunto tomou mais notoriedade

Por Lara Lazzarini Casanova O mercado de petróleo é o mais rico do mundo, e aqui no Brasil, somos conhecidos mundialmente por sermos uma das maiores produtoras de petróleo. Então, afinal, se não dependemos da importação, por que os preços dos combustíveis subiram tanto nos últimos meses? Alguns dizem que os preços subiram devido à crise da pandemia da Covid- 19, outros dizem que o preço está subindo devido a Guerra entre a Rússia e Ucrânia, seja qual for o motivo, tudo nos leva a pensar na procura de uma nova fonte de energia alternativa, que possa ser usada no lugar do petróleo. Algumas das fontes de energias alternativas mais conhecidas são: energia nuclear, hidrogênio, gás natural, gasolina sintética… acontece que nenhuma dessas fontes é tão prática como o petróleo. E pode não parecer, mas mais econômica também. O petróleo é usado não somente em combustíveis como a maioria de nós pensamos, mas em coisas do dia-a-dia também, por exemplo, ele faz parte da produção de plásticos, tintas, borrachas, entre outras coisas. Se o petróleo fosse extinto, perderíamos um grande recurso natural, que é nosso aliado há milhares de anos e como vocês podem ver faz muita diferença na nossa vida. E o que podemos fazer para economizar essa substância que é tão importante e necessária para nós? Podemos optar pelo transporte público nas jornadas de trabalho, quando possível, sem falar que estaremos fazendo muito bem para o planeta, mas o fato de apenas estarmos conscientes já é um grande começo.


O filme do diretor Christopher Nolan, lançado em 2014 é até hoje considerado um dos filmes de ficção científica mais coerentes com conceitos científicos reais, isso é possível pois o roteiro tem a consultoria do físico Kip Thorne, especialista em ondas gravitacionais, e autor do livro A Ciência de Interestelar.

POR LÍVIA MEL BRITO FERNANDES e BÁRBARA LOPES Mudanças climáticas e uma praga mundial: No longa, que se passa entre os anos de 2040 e 2050, a Terra está sendo assolada por uma praga que além de causar uma crise na agricultura também consome o oxigênio da atmosfera, além da grande seca e tempestades de poeira causadas por mudanças climáticas no planeta. Logo nas primeiras cenas do filme temos depoimentos reais retirados do documentário The Dust Bowl , que conta a história de uma catástrofe muito parecida que aconteceu nos Estados Unidos nos anos 1930. No filme a situação é extrapolada a nível mundial, até que a vida na Terra se torna insustentável. Os planos da NASA para o futuro da humanidade: Para resolver o problema e tentar prolongar a existência humana, a NASA possui 2 planos: No plano Lazarus, 12 cientistas foram enviados a outra galáxia para visitar 12 planetas diferentes e enviar dados à Terra sobre a viabilidade de sobrevivência por lá. 3 planetas se revelaram promissores nessa missão (Miller, Mann e Edmunds). A missão Endurance, consistia primeiramente em enviar cientistas para visitar esses planetas promissores, enquanto o professor Brand (Michael Caine) tentava resolver a equação da teoria de tudo que procura unificar as teorias da mecânica quântica com as teorias da relatividade geral e que possibilitaria controlar a gravidade e assim deslocar em massa os habitantes da Terra. Porém, caso esse plano não desse certo, também há um plano B, que seria povoar o novo planeta utilizando embriões humanos.


Para que a viagem para uma outra galáxia fosse possível, o filme utiliza a hipótese do buraco de minhoca, ou pontes de Einstein-Rosen, que consiste em um tipo de atalho encurtando a distância entre dois pontos no espaço. Gargantua, o buraco negro: O buraco negro de Interestelar, batizado de Gargantua, é a representação visual de um buraco negro mais próxima do real já produzida, criada a partir de equações elaboradas por Kip Thorne, físico teórico consultor do filme.

Segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, corpos que possuem quantidade significativa de massa podem gerar distorções no espaço- tempo e quanto mais massa, mais intenso o campo gravitacional de um objeto e maior a distorção no espaço-tempo causada por ele. Os buracos negros, por serem objetos supermassivos produzem grandes distorções, por isso, no filme o tempo no planeta Miller (que se encontra próximo ao Gargantua, orbitando-o) passa de forma diferente do tempo na Terra, sendo cada hora no planeta correspondente a 7 anos terrestres. O planeta Miller: O primeiro planeta visitado pela equipe da missão Endurance é o planeta de Miller. Localizado orbitando o buraco negro, sua superfície é coberta por água e possui ondas gigantescas devido á força de maré produzida pela proximidade com o buraco negro, que exerce uma enorme força gravitacional sobre o planeta. O planeta é inabitável, tanto pelas ondas que chegam a atingir mais de 1,2 km, quanto pela falta de porções secas.


Devido a dilatação do tempo causada pelo campo gravitacional do Gargantua, cada hora passada no planeta Miller equivale a 7 horas passadas na Terra e para observadores fora da órbita de gargantua o planeta gira em torno do Gargantua a cada 1,7h, já para quem está dentro do planeta, ele gira em torno do Gargantua cerca de 10 vezes por segundo. O planeta Mann: O buraco negro de Interestelar, batizado de Gargantua, é a representação visual de um buraco negro mais próxima do real já produzida, criada a partir de equações elaboradas por Kip Thorne, físico teórico consultor do filme. O segundo planeta a ser investigado pela equipe é o planeta de Mann. Também localizado próximo ao Gargantua, esse planeta possui dias e noites que duram cerca de 67 horas, sua gravidade é equivalente a 80% a gravidade da Terra, e é tão gelado que até suas “nuvens” são congeladas. Logo, o planeta se mostra também inabitável, por suas condições climáticas e pela grande concentração de amônia presente na atmosfera.


POR BÁRBARA LOPES Nos 36 anos que sucedem a tragédia nuclear de Chernobyl muitas coisas mudaram. A cidade ucraniana de Pripyat que antes abrigava 50 mil pessoas, hoje abriga apenas animais selvagens. A vegetação dentro da zona de exclusão voltou a crescer, contudo, suas folhas agora possuem um tom avermelhado e sua floresta foi apelidada de “a Floresta Vermelha”. Há evidências da devastação causada pela explosão no reator 04 da usina por toda parte e a vida na cidade, pelos próximos 24 mil anos, está fadada a ser assim: isolada Na madrugada de 26 de abril de 1986 às 1h23min47s o núcleo do reator 04 da Usina Vladimir Ilyich Ulyanov, conhecida como Chernobyl, foi levado ao limite durante um teste e após uma sequência de falhas humanas, explodiu, atingindo uma temperatura de 4,6 mil graus Celsius. Com a explosão, o prédio do reator foi tomado por um incêndio que durou 2 semanas, partículas de iodo-131, césio-137 e plutônio-239 passaram a contaminar o solo, as águas e as pessoas na região.

Nos dias que se seguiram, cerca de 350.000 pessoas foram evacuadas de dentro da área chamada de “Zona de Exclusão” que ainda hoje tem cerca de 2,634km². E depois, outros milhares foram levados para dentro da zona para trabalhar na limpeza do local, no que foi chamado de “A Liquidação das Consequências do Acidente de Chernobyl”. Durante meses, os trabalhadores enterraram o solo, cortaram as árvores e sacrificaram os animais, tudo para que a contaminação se espalhasse o menos possível.


Passadas quase 4 décadas, ainda não se sabe o número exato de mortes causadas pelo acidente. Na época, o presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, divulgou que o número era de apenas 31 pessoas. Atualmente, atribui-se a tragédia 56 mortes. A The United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation registrou 5.000 casos de câncer de tireoide - que é diretamente ligado à contaminação por iodo-131 - nos 2 anos que sucederam o acidente e destes, 15 casos resultaram em morte.

A contaminação continua a ser um perigo constante, mesmo após a construção de uma estrutura de ferro e concreto que funciona como um “telhado” sob a cratera aberta no reator 04. A construção do chamado “sarcófago” teve início em maio de 1986 e evita que toneladas de resíduos radioativos continuem a ser despejados na atmosfera. Contudo, os níveis de radioatividade são tão altos que têm comprometido a integridade da estrutura do sarcófago e especialistas indicam que a estrutura precisa ser reconstruída e reformada a cada 100 anos.

Em 2016, o governo ucraniano anunciou que uma segunda estrutura, fora montada sobre o sarcófago original, permitindo que manutenções sejam feitas na estrutura sem que haja vazamentos. Chamada de “Arc”, a estrutura pesa cerca de 32 mil toneladas. Porém, o trabalho está longe de terminar. Ainda há toneladas de resíduos radioativos espalhados pelo reator 04, e os trabalhadores ainda precisam lidar com a lava que fora criada após as equipes de contenção jogarem areia, boro e chumbo sob o núcleo em chamas, além da desativação dos outros 3 reatores que ainda operam, mesmo após a catástrofe, o que deve deixar as autoridades bastante ocupadas até 2065.


POR LÍVIA MEL BRITO FERNANDES Mary nasceu em uma família de pais protestantes não-conformistas e extremamente pobres. Sua paixão pelos fósseis foi herdada de seu pai, que era marceneiro e colecionador de fósseis e ensinou Mary como procurálos nas praias e limpá-los corretamente para depois vendê-los. A renda da venda desses fósseis auxiliava na sobrevivência da família, e após a morte de seu pai, Mary deu continuidade a essa prática para auxiliar sua mãe no sustento da casa. Devido à sua situação econômica, a paleontóloga não tinha educação formal, Além disso, ela se comunicava com outros cientistas e paleontólogos para compartilhar suas descobertas e negociar os fósseis que encontrava. No entanto, a comunidade científica da época, majoritariamente masculina, não concedia a ela os créditos de suas descobertas e hesitava em reconhecer seu trabalho como paleontóloga, devido a seu gênero e condição social e financeira. Mary começou sua carreira como paleontóloga muito cedo, apenas aos 12 anos ela descobriu um esqueleto de 5,2 m, o qual, na época, os cientistas acreditaram ser de um crocodilo que havia migrado de muito longe, e na verdade se tratava de um Ictiossauro, animal marinho extinto um pouco antes dos dinossauros, nessa época, Georges Cuvier, conhecido como o "pai da paleontologia", acabara de apresentar a teoria da extinção. E apenas aos 24 anos, Mary encontrou o primeiro esqueleto completo de um Plesiossauro, réptil marinho tão estranho anatomicamente que os cientistas duvidaram da veracidade do fóssil, o próprio Georges Cuvier contestou a descoberta.


Uma reunião foi convocada na Sociedade Geológica de Londres, em que Mary sequer foi convidada, para discutir a autenticidade do fóssil. E após uma longa discussão, o próprio Cuvier admitiu estar errado.

Outra grande contribuição de Mary Anning para a paleontologia foi a descoberta do primeiro pterossauro, que posteriormente recebeu o nome de pterodáctilo, descoberto fora da Alemanha. Esse réptil voador apresentava asas e uma longa cauda. Mary continuou a desenterrar muitos fósseis, e suas descobertas foram importantíssimas para o desenvolvimento e comprovação da teoria da extinção. E a venda dos fósseis que ela encontrava aumentou o interesse público em geologia e paleontologia, as pessoas enchiam cada vez mais os museus e exibições de fósseis ao redor do país. A trajetória de Mary inspirou o famoso geólogo (e seu amigo de infância), Henry De La Beche a pintar o quadro “Duria Antiquior: um Dorset mais antigo", em 1830, e vender cópias para ajudá-la financeiramente. O quadro foi a primeira representação paleoartística baseada em evidências fósseis. Mary faleceu em 1847 de câncer de mama, aos 47 anos. Sua trajetória inspira muitas mulheres na ciência até hoje, no Museu de Lyme Regis há uma galeria dedicada à vida da paleontóloga e no Museu de História Natural de Londres suas descobertas estão, atualmente, devidamente creditadas, além disso, Mary foi reconhecida pela Royal Society como uma das 10 mulheres que mais influenciaram a história e a ciência.


POR MARCELLO MENDES Você deve estar pensando no susto que seria ve-los andar pelas ruas, invadindo casas ou então os vendo mantidos em jaulas, enquanto comem pipoca e se impressionam com os ‘’monstros’’ gigantes do outro lado das grades. Pois é melhor parar imaginar isso, porque, se os dinossauros não tivessem sido extintos, você não estaria aí lendo essa revista e nem eu a escrevendo, afinal, a extinção dos dinossauros foi necessária para a aparição dos humanos, pois este ocorrido propiciou a ascensão dos mamíferos, e entre eles os ancestrais dos humanos. Primeiramente, se os dinossauros não tivessem sido extintos, nada nos garante que os mesmos da época do metero teriam sobrevivido até nossos dias. Em seus melhores tempos, cada uma das espécies não superava um milhão de anos de existência, de modo que os dinossauros do século atual seriam diferentes do passado. Existe uma teoria do paleontólogo americano Dale Russell, de que se o cataclismo não tivesse acabado com eles, milhões de anos de evolução depois eles poderiam ter dado lugar a uma espécie de dinossauro inteligente, que, para Russell, eles continuariam a ser os ‘’donos do pedaço’’, mas com um mundo bem parecido com o nosso: alguns animais no mar, outros nos campos, predadores à espreita, aves no céu e, é claro, seres inteligentes e civilizados (que não seriam os seres humanos).


Famoso herbívoro encouraçado, também conhecido como tanque de guerra pré-histórico, viveu no final do período cretáceo se tornando uma das últimas espécies de dinossauros não aviários, este animal chama a atenção de qualquer um por sua morfologia. POR ALICE "PITCHULA" SOARES O dinossauro mais resistente que já andou pelo planeta era também bastante solitário, não tinha hábito de andar em bando e só se juntava a indivíduos da mesma espécie quando era hora de acasalar. Foi batizado de Anquilossauro - cujo significado é “Lagarto Endurecido” - após ser descoberto pelo paleontólogo norteamericano Barnum Brown em 1908. Sua morfologia é impressionante, o nome lagarto endurecido tem um porquê. A parte superior do corpo deste grande animal, incluindo seu pescoço, que possuía anéis cervicais protetores, era completamente revestida de placas ósseas e espinhos que serviam como carapaça, similar ao casco de uma tartaruga. A diferença é que, esta couraça era parte integrada do seu corpo, agindo como uma “pele dura” para sua autodefesa o tornando difícil de caçar, apesar de “lerdo” e “burrinho”. Afinal, a única parte vulnerável do anquilossauro seria sua barriga, que ficava desprotegida da sua grande armadura natural.


Estes eram animais extremamente robustos, podendo chegar a medir aproximadamente dez metros de comprimento, dois metros de altura e chegar a pesar oito toneladas. Além disso, este pode ser o dinossauro favorito de quem tem TOC. De acordo com estudos feitos em fósseis descobertos na América do Norte, onde esta espécie foi originalmente descoberta, acredita-se que o Anquilossauro era um animal com simetria bilateral, significando que seu corpo era essencialmente composto por duas metades idênticas.

Apesar de ser um dinossauro relativamente grande, era um animal próprio para vegetação baixa, sua boca era em formato de bico e seu corpo era mais próximo ao chão, o tornando um animal de pasto. Por estas características, supõe-se que não era um dinossauro “brigão”. Mas, o nosso encouraçado mostrava as garras quando ameaçado, ou melhor, a cauda. Estes enormes herbívoros sabiam se defender muito bem, com ossos pontiagudos nas laterais de sua cabeça chata e uma clava na cauda, eles podiam causar um grande estrago em predadores muito maiores e mais ferozes que ele. Os ossos da cauda eram fundidos e possuíam grossos tendões, que administravam golpes com tremenda força e eficiência, que eram capazes de fraturar a perna do seu maior predador, o próprio Tiranossauro Rex, com um só ataque.

Imagem por: Mohamad Haghani


Em 2020, foi lançado o filme Ammonite inspirado na vida de Mary Anning. Estrelado por Kate Winslet e Saoirse Ronan e dirigido por Francis Lee, no filme Mary (Kate Winslet) vive um romance com Charlotte Murchison (Saoirse Ronan), uma jovem londrina que foi sua amiga e parceira de viagens na vida real. Embora não haja evidências históricas da sexualidade de Anning, o filme foi muito elogiado pela crítica e vale a pena assisti-lo como obra filmográfica. Onde assistir? Você pode alugar o filme no Google Play Filmes ou no YouTube


POR BÁRBARA LOPES As relações diplomáticas entre Japão e Coreia do Norte nunca foram das melhores, a península coreana inclusive já foi parte do império japonês, tendo sido oficialmente anexada em 1910.

Desfile militar na capital norte coreana, Pyongyang, feito para apresentar as novas tecnologias militares do país em outubro de 2020. Na imagem, o novo míssil balístico intercontinental Hwasong-17. Korean Central News Agency, via Associated Press.

Por décadas os cidadãos coreanos foram forçados a lutar em nome da Terra do Sol Nascente, a produzir armamentos militares e tudo isso enquanto os japoneses promoviam um apagamento da cultura coreana, chegando a proibir que a língua fosse falada e a sua história, estudada. Por isso, não foi novidade quando em 1919, muitos grupos de guerrilha foram criados para ajudar o povo coreano a resistir ao exército japonês. Um destes grupos foi liderado por Kim Il-Sung, que mais tarde foi empossado como líder supremo da Coreia do Norte, e era avô de Kim Jong-un, atual líder do país

Com o fim da 2° Guerra Mundial, a retirada das tropas japonesas e o fracasso nas negociações para a reunificação da Coreia, os Estados Unidos - que ocupavam o sul - e a União Soviética - que ocupava o norte decidiram dividir o país em dois definitivamente, usando o Paralelo 38 N. Nos anos que se seguiram, as forças estrangeiras retiraram-se da península, a Coreia do Sul realizou eleições democráticas e foi reconhecida pela ONU e a Coreia do Norte, com ajuda dos soviéticos, proclamaram Kim Il-Sung como seu líder. Contudo, diferentemente de seus irmãos sul-coreanos, que seguiram um modelo democrático e consolidaram alianças com grandes potências mundiais, os nortecoreanos seguiram um modelo de ditadura e isolaram-se, cultivando poucas alianças com os países do sul da Ásia.


Mas onde entra a briga entre Japão e Coreia do Norte? Na verdade, a Coreia do Norte não tem motivos concretos para atacar o Japão se não o rancor por terem sido ocupados por tanto tempo pelos japoneses, contudo, isso não vai impedir que o governo de Pyongyang continue com sua política agressiva contra o país nipônico e muitos outros.

E a tensão na região apenas aumenta, já que décadas de ameaças com testes de lançamentos de mísseis balísticos no Mar do Japão, mísseis intercontinentais que podem até mesmo alcançar os Estados Unidos, a construção de armas e equipamentos nucleares continuam incessantemente, o que eleva também o risco de um ataque preventivo ser feito pelos Estados Unidos ou pela Coreia do Sul. Porém, como seria uma guerra com a Coreia do Norte?

Especialistas em relações internacionais dizem que nas primeiras horas, centenas de mísseis norte-coreanos seriam disparados em direção às cidades japonesas, e principalmente à Tóquio, capital do país, e o governo teria apenas poucos minutos para evacuar milhões de habitantes.

Lançamento de míssil norte-coreano sendo transmitido por uma rede de televisão sul-coreana. Ahn Young-joon/Associated Press.

Especialistas em relações internacionais dizem que nas primeiras horas, centenas de mísseis norte-coreanos seriam disparados em direção às cidades japonesas, e principalmente à Tóquio, capital do país, e o governo teria apenas poucos minutos para evacuar milhões de habitantes. Mas os Estados Unidos não deixariam que um dos seus principais aliados fossem atingidos, ainda mais quando possuem bases militares fixadas no país. “É muito provável que durante as primeiras semanas de conflito os EUA, o Japão e seus aliados bombardeassem fortemente as instalações militares nortecoreanas”, diz Érika Lopes, aluna de relações internacionais.


“Sem apoio de seus aliados é provável que uma incursão norte-coreana não dure muito”, diz Érika. “Apesar de possuir armas avançadas, o exército do ditador Kim Jong-un não é tão bem-preparado”. Segundo a estudante, os norte-coreanos possuem apenas poucas semanas de suprimentos, e manter seus soldados saudáveis na linha de frente seria um grande desafio. O Exército Popular da Coreia possui um contingente de 1,3 milhão de soldados na ativa e cerca de outros 600 mil na reserva, contudo, o país tem enfrentado durante décadas a fome extrema, subnutrição e com a pandemia, tudo poderia piorar ainda mais. Entretanto, especialistas como Bruce Bechtol alertam que mesmo que com pouca duração e com a superioridade militar do Japão e dos Estados Unidos, uma guerra entre estes países seria devastadora. "Vou te falar os números prováveis: entre 300 mil e 400 mil mortos na primeira semana, tanto civis, quanto militares", disse Bechtol em entrevista à emissora britânica BBC. "E quem sabe uns 2 milhões de mortos depois de três semanas." É necessário considerar que milhões de japoneses e norte-coreanos seriam obrigados a saírem de suas casas e suas cidades natais, o que criaria uma enorme massa de refugiados em busca de abrigo e itens essenciais. Fora isso, ainda há a possibilidade de que Rússia e China viessem em apoio à Coreia do Norte, o que daria início à 3° Guerra Mundial, levando o mundo à beira de uma guerra nuclear com armas capazes de extinguir não somente os exércitos participantes, mas milhões e milhões - senão, bilhões - de pessoas ao redor do globo.

Segundo Lopes, quando falamos de Coreia do Norte e Kim Jong-un precisamos levar em conta todos os aspectos: “nada é tão ruim que não possa piorar”.


POR MARCELLO MENDES Tudo que envolve dinossauros, em suma, pode mudar. Há por exemplo, constantes atualizações sobre aparência tamanho e localizações em quem viviam. Estamos falando de milhões de anos, sendo assim, o que ficou para ser estudado é muito pouco. Enfim, tudo que se sabe sobre os dinossauros é suficiente para aumentar o encanto. Porém, sem dúvida, ainda é bem pouco para os apaixonados por eles. Seja você um fã de Jurassic Park ou um entusiasta mais científico, curta essas curiosidades sobre dinossauros.

Feinho Um dinossauro chamado Pegomastax é um dos dinossauros mais estranhos conhecidos. Descrito como um cruzamento entre um papagaio e um porco-espinho, ele tinha um bico com dentes que se afiava ao atritar uns com os outros.

Imagem por Masato Hattori


Franguinhos O frango é o parente vivo mais próximo do Tiranossauro Rex.

Como era a língua dos dinossauros? Você já viu a língua de um crocodilo? Não? Um crocodilo tem língua, mas ele não consegue pôr sua língua para fora da boca como o fazem os lagartos e os pássaros modernos. Aliás, ela é totalmente presa na parte inferior da boca.

O mais curioso ainda é que uma pesquisa recente descobriu que a maioria dos dinossauros e pterossauros também tinha a língua presa na boca. Ao estudar os ossos dos pescoços dos dinos por meio de tomografias computadorizadas, alguns cientistas descobriram que esses dinos e pterossauros tinham sua língua ancorada no chão da boca semelhante à dos crocodilos atuais


Em que posição os dinossauros dormiam? As poucas evidências que temos nos mostram que alguns dormiam deitados, supostamente parecido com os pássaros modernos. Uma pesquisa encontrou uma espécie chamada Mei long, um pequeno dinossauro terópode de 30 centímetros, olhos grandes e uma pequena garra em cada pé, que repousava a cabeça sobre os braços cruzados e cauda enrolada no torso. Alguns especulam que o T. rex poderia ter dormido em pé, de forma semelhante a um cavalo, usando a pressão no púbis. Porém, um estudo do cientista da computação gráfica Dr. Kent A. Stevens, da Universidade de Oregon, feito a partir do projeto em andamento “DinoMorph”, que utiliza modelos computacionais 3D para entender como os tiranossauros caminhavam e sentavam, indica que eles dormiam de modo provavelmente similar a como se sentavam: semelhante aos pássaros, mas não exatamente assim.

Bracinhos

Por falar em T-rex, se, ao ler o nome dele, você já pensou em seus braços curtos, saiba que, em termos de proporção, o Carnotauro tinha braços ainda menores.





Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.