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É dos casos em que a realidade ultrapassa a ficção. “Um Reino Unido”, de 2016, conta a história de Seretse Khama que como príncipe herdeiro do trono do protectorado de Bechuanalândia (actual Botswana), no sul de África, sabia o que futuro o reservava. No entanto, antes de subir ao trono, vai estudar Direito para o Reino Unido, onde se apaixona por uma britânica branca, em tempos em que diferentes cores de pele não se juntavam nem em Londres nem em África, em particular, na vizinha África do Sul, onde o ‘apartheid’ estava institucionalizado. A união, contra tudo e todos, desencadeia uma polémica internacional alimentada por interesses geopolíticos, que redundaria em profundas consequências no pequeno protectorado que, anos mais tarde, em 1966, conquista a independência do Reino Unido. Hoje Macau
Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores João Luz; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; João Santos Filipe; Nunu Wu Colaboradores Anabela Canas; António Cabrita; Ana Jacinto Nunes; Amélia Vieira; Duarte Drumond Braga; Gonçalo Waddington; José Simões Morais; Julie Oyang; Paulo Maia e Carmo; Rosa Coutinho Cabral; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Colunistas André Namora; David Chan; João Romão; Olavo Rasquinho; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho; Tânia dos Santos Grafismo Paulo Borges, Rómulo Santos Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Pátio da Sé, n.º22, Edf. Tak Fok, R/C-B, Macau; Telefone 28752401 Fax 28752405; e-mail info@hojemacau.com.mo; Sítio www.hojemacau.com.mo
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Montepio Geral De Macau Assembleia Geral Convocat Ria
Nos termos do Artº 34º, nº 1, al. a) dos Estatutos em vigor, convoco a Assembleia Geral Ordinária para reunir na sua sede, sita na Avenida Doutor Mário Soares, nº 25, 3º andar (4º piso) do Edifício “Montepio”, no próximo dia 30 de Março de 2023, pelas 17H15, com a seguinte ordem de trabalhos:
1º – Discussão e votação do relatório e Conta de Gerência do ano de 2022 e do parecer do Conselho Fiscal; e
2º - Outros assuntos de interesse da Associação.
No caso de não comparecer nesse dia e hora indicados, o número de associados mencionado no nº 1 do Artº 36º, considera-se desde já convocada nova reunião, que se realizará no mesmo local decorrida uma hora, com qualquer número de associados.
Montepio Geral de Macau, aos 9 de Março de 2023.
A Presidente da Assembleia Geral, Rita Botelho dos Santos
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Faz-se saber que no concurso público n.o 2/P/23 para a «Concepção e Execução de Obras de Remodelação da Sala de Tomografia Axial Computarizada do Edifício de Especialidade de Saúde Pública, bem como Fornecimento e Instalação de Equipamentos», publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 7, II Série, de 15 de Fevereiro de 2023, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2.º do programa do concurso público, e foi feita clarificação complementar conforme as necessidades, pela entidade que o realiza e que foram juntos ao respectivo processo.
Os referidos esclarecimentos encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua do Campo, n.º 258, Edifício Broadway Center, 3.º andar C, Macau, e também estão disponíveis na página electrónica dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
Serviços de Saúde, aos 9 de Março de 2023
O Director dos Serviços de Saúde, Substituto Cheang Seng Ip
BANCO TAI FUNG, S.A. Macau (Número do Registo 576 SO)
Convocat Ria
É convocada a Assembleia Geral Ordinária deste Banco, para se reunir no dia 31 de Março do corrente ano (sexta-feira), pelas 10:30 horas, na sede social estabelecida em Macau, na Alameda Dr. Carlos d`Assumpção nº 418, 21º andar, Edifício “sede do Banco Tai Fung”, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Aprovação do Balanço e das Contas do referido Banco, respeitante ao exercício findo em 2022, do relatório do Conselho de Administração, do parecer do Conselho Fiscal e do relatório dos auditores externos;
2. Distribuição de resultados e de dividendos;
3. Eleição dos Membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal;
4. Contratação de auditores externos:
5. Emissão de obrigações;
6. Outros assuntos de interesse para o Banco. Nos termos da lei, o relatório do Conselho de Administração, o Balanço e as Contas, o parecer do Conselho Fiscal e o relatório dos auditores externos, respeitantes ao exercício findo em 2022, encontram-se depositados na sede do Banco para consulta dos sócios.
Macau, 16 de Março de 2023 O
Meglio oprando obliar, senza indagarlo, Questo enorme mister de l´universo!
TEM DE SER! O tempo que levamos a fugir aos nossos medos atravessa-nos mais tarde em forma de destino, com ele vêm todas as figuras que dão forma manifesta ao fundo terror, e talvez que sem elas tivéssemos apenas impressões intangíveis de temores pouco governáveis e solicitudes nunca defrontadas. Queremos trabalhar, sim, e não indagar nenhum desses ângulos, mas a pesada forma visível não só nos impedem de sondar, como nos impõem medidas reais, duras e concretas. E quais são elas? O abdicar de tudo o que amamos. A isto podemos sem mais nada chamar de tragédia, e nem por isso ela se abate de modo a fulminar o herói.
No mito de Édipo, o oráculo desaconselhara a Laio que tivesse um filho, mas este desconsiderara o aviso entregando-o depois a um servo que o deixaria na encosta da montanha de Cinterão, e ao não morrer, teve outra existência e outra família, e mais tarde ainda procurou o oráculo de Delfos para saber da sua progenitura. E foi aqui que tudo claudicou! Édipo fugiu para Tebas para escapar ao oráculo acabando por matar o pai quando este também vinha de o consultar tomado por estranhos presságios. A cidade ficara entregue à esfinge. Todas estas contemporâneas criaturas estão também entregues a ela, à Esfinge. Que ela falou, e o sombrio destino não deixou de perseguir a Humanidade verdadeira filha da Quimera, colando-a imperceptivalmente à sua imagem mas já sem rasgo nem merecimento, aquilo que fulminava toma então carácter depressivo. A Humanidade não é a Esfinge, mas finge que essa esfinge é um mito que apenas resiste ao seu teor programático. É uma das desordens que em nós subsiste, o não saber acreditar num programa ulterior ao governável sentido de orientação que humanamente impusemos para nossa frágil e possível continuidade, que a tragédia bem que pode ser a funcionalidade activa de um memorando onde não sabemos como, e onde, poder indagar, mas ao ser respondida sempre arrancará gargalhada sonora repleta de lágrimas incontidas.
O Mar Negro, navegável pelas Fúrias, não nos parece contudo trágico, o Mediterrânio também não, a peste, a fome, a guerra, os naufrágios... tão pouco; e nada mais nos traz à memória Esfinges em silêncio que nos interpelam no emaranhado das análises, e da combustão lenta do armar territórios para o fim merecido da nossa extinção, olhamos ao redor, e tudo é o centro desta “qualificadíssima” civilidade que acreditámos cegamente ser o prodígio vivo de uma soberania quase eterna. Uns refazem-se na dupla cegueira investida por supremacia caricatural encadeados por mecanismos que o próprio diabo já não lembra. Afinal a tragédia maior foi acre-
Amélia Vieira