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pouco a China”

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CLUBE DA SOLIDÃO

CLUBE DA SOLIDÃO

menos forte do que costumava ser, e não é coincidência que o Partido Comunista Chinês procure agora um novo pacto com os cidadãos.

A China é a segunda maior economia do mundo apesar de enfrentar desafios internos, na maioria económicos. Como vê o futuro do país?

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Manual De Compreens O

“Entender a China” dá ao leitor pistas muito concretas sobre o funcionamento do país nas suas mais diversas valências, nomeadamente a sociedade, cultura, política ou economia, explicando-nos porque é que os chineses, por exemplo, gostam de levar os pássaros a passear à rua em gaiolas ou porque usam determinadas expressões, como o cumprimento “já comeste?”. Nas páginas desta obra editada em Fevereiro pela Editorial Presença, em Portugal, consegue-se compreender melhor a forma como os chineses fazem negócios e se relacionam, desmistificando-se, assim, ideias erradas ou noções préconcebidas.

“Pensar que a China é uma ameaça é algo emocional, e o Ocidente precisa de começar a pensar de forma racional. Necessita de conhecer a China porque o país conhece o Ocidente.”

Escreve que “a maioria da população chinesa é prática quando tem de lidar com o poder”. Olhando para a sociedade de hoje, acredita que as pessoas estão satisfeitas com o Governo face à melhoria da qualidade de vida?

Acredito que, até muito recentemente, as pessoas estavam satisfeitas com o esforço do Governo em melhorar a qualidade de vida e alterar o estatuto da nação no mundo, mas penso que a situação está a mudar. Internamente a China está a enfrentar um período muito complexo, com uma crise de imobiliário, um abrandamento da economia, o desemprego jovem e o envelhecimento populacional. A confiança dos cidadãos no partido parece ser

No livro é ainda feita uma referência à existência de uma certa apatia entre os jovens, que não querem ter filhos e temem pelo futuro. Tal constitui um verdadeiro desafio para o Governo?

Sim, de facto os jovens constituem um dos verdadeiros desafios para o Governo. Eles costumavam ter uma boa vida, que estava sempre a melhorar. Mas agora licenciam-se no ensino superior e não conseguem encontrar um trabalho.

Slogans como “estabilidade” e “ordem”, que funcionaram com os seus pais e avós, não os convence, porque, ao contrário dos seus pais e avós, sempre viveram numa China estável e ordeira.

Qual é, para si, a “ideia errada” mais comum que os países ocidentais têm sobre a China e as autoridades chinesas?

Pensar que a China é como a Coreia do Norte, mas com uma economia funcional.

Não gosto de fazer previsões, mas penso que a China terá um futuro complicado. Tem de reconstruir uma relação de confiança entre o Governo e os cidadãos, que arrefeceu durante a política de zero casos covid, e tem de fazer reformas estrutu - rais a fim de renovar o modelo económico.

O Ocidente necessita de parar de ver a China como uma ameaça? Qual o melhor caminho que isso seja uma realidade?

Compreender que, mais cedo ou mais tarde, a China estará certa de uma coisa: entrámos numa nova fase histórica em que o mundo é multipolar e o Ocidente já não necessita de ser o centro. Pensar que a China é uma ameaça é algo emocional, e o Ocidente precisa de começar a pensar de forma racional. Necessita de conhecer a China porque o país conhece o Ocidente, mas o Ocidente conhece muito pouco a China. O mais importante é manterem um diálogo entre as duas partes, sempre. Se continuarmos a simplificar e a dividir o mundo em bons e maus, penso que teremos um mau futuro à nossa frente. Andreia Sofia

Giada Messetti fala com conhecimento de causa, porque não só estudou mandarim durante vários anos na China, sendo sinóloga, como foi percepcionando alguns comportamentos de empresários no tempo em que foi tradutora e intérprete de homens de negócios italianos. Nascida em Udine, Itália, Giada começou a viver em Pequim em 2005, onde foi correspondente dos principais jornais italianos, como é o caso do Diario, Corriere della Sera e La Repubblica. Desde o seu regresso a Itália, em 2011, Giada tem sido uma das principais comentadoras do país sobre a China, marcando presença em diversos programas de rádio e televisão. É autora do programa #CartaBianca, transmitido pela Rai3, a emissora pública italiana, e curadora de um segmento de notícias na Rai Radio1.

IMPOSTO PROFISSIONAL RON LAM PERGUNTA POR CALENDÁRIO DA DEVOLUÇÃO

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Segundo a política dos últimos anos, em 2023, a DSF tem de proceder à devolução de 60 por cento da colecta do imposto profissional, até ao valor de 14 mil patacas, do imposto pago em 2021. No entanto, os pormenores da devolução ainda não foram divulgados e o deputado revelou ter recebido várias queixas de cidadãos.

“Até 16 de Maio, a direcção de serviços não anunciou os pormenores nem a calendarização para o pagamento do reembolso do imposto profissional. Também no portal online não se encontra esta informação”, escreveu Ron Lam. Apelo às autoridades para que implementem o mais rapidamente possível os relevantes do Plano de Reembolso de Impostos Profissionais 2021 e anunciem o respectivo calendário”, apelou.

Ron Lam pediu ainda explicações, no caso de ser necessário adiar o reembolso do imposto profissional. “Se o reembolso do imposto profissional tiver de ser adiado, o Governo tem a obrigação de explicar muito claramente à população os motivos do adiamento, assim como os arranjos necessários”, vincou.

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