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Ucrânia Lukashenko reitera apoio à proposta chinesa

O Presidente da Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, aliado de Moscovo em visita a Pequim, afirmou ontem que apoia plenamente as propostas da China sobre o conflito na Ucrânia. “A Bielorrússia apoia activamente as propostas para a paz e apoia totalmente a iniciativa (de Pequim) para a segurança internacional”, disse Lukashenko, citado pelo serviço de imprensa da presidência bielorrussa. A posição de Lukashenko terá sido transmitida ao líder chinês Xi Jinping, segundo a nota difundida pelos serviços da Presidência de Minsk. “O encontro de hoje decorre num período muito difícil e que necessita de novas iniciativas, pouco habituais, e de decisões políticas responsáveis que devem evitar uma confrontação, a nível mundial, em que ninguém ganha”, acrescentou ontem o chefe de Estado da Bielorrússia.

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Ind Stria Transformadora Maior Expans O Em Fevereiro Desde 2012

Aindústria transformadora da China registou, em Fevereiro, a maior expansão em mais de dez anos, segundo dados oficiais, batendo as expectativas dos analistas, após Pequim ter desmantelado a política de ‘zero casos’ de covid-19.

O índice do gestor de compras (PMI), importante indicador da evolução da segunda maior economia mundial, fixou-se nos 52,6 pontos, em Fevereiro, face a 50,1 pontos, em Janeiro, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) da China. Quando se encontra acima dos 50 pontos, este indicador sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade.

O índice superou as previsões feitas pelos analistas, que previam que o PMI se fixasse nos 50,5 pontos. Foi também a maior expansão desde Abril de 2012. A economia chinesa registou um dos seus piores anos em quase meio século, em 2022, face à estratégia de ‘zero casos’ de co- vid-19, que ditou o bloqueio de cidades inteiras, durante semanas ou meses, e o encerramento praticamente total das fronteiras do país. Pequim levantou subitamente as restrições, em Dezembro passado.

O GNE publicou também o PMI para outros sectores, incluindo construção e serviços. Este último indicador passou de 54,4 pontos, em Janeiro, para 56,3, em Fevereiro.

As principais praças financeiras asiáticas registaram ganhos, após a divulgação dos dados. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu mais de 3 por cento, durante a sessão da manhã.

A sessão anual da Assembleia Popular Nacional, que arranca no fim de semana, deve definir as metas económicas para este ano, incluindo de crescimento do PIB e da inflação.

Na sexta-feira, o banco central da China disse que a economia chinesa deve recuperar, em 2023, embora o ambiente externo permaneça “grave e complexo”.

Após as declarações do ministro João Cravinho sobre a possível revisão das relações com a China, caso o gigante asiático fornecesse arma à Rússia, a diplomacia chinesa veio a terreiro negar qualquer intenção

AChina negou ontem tencionar fornecer armas à Rússia e assinalou que mantém com Portugal uma relação “amigável” e “mutuamente benéfica”, após Lisboa afirmar que reveria os laços caso Pequim preste apoio militar a Moscovo.

“A China não vai realizar qualquer venda militar a partes beligerantes ou para áreas em conflito”, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa resposta por escrito a perguntas da agência Lusa.

Pequim “teve sempre uma atitude prudente e responsável” na exportação de armas e equipamento militar, acrescentou. A diplomacia chinesa afirmou ainda que mantém com Portugal laços amigáveis, de longo prazo e “mutuamente benéficos”.

As relações entre Lisboa e Pequim estão “alinhadas com os interesses de ambos os lados”, lê-se nas respostas enviadas à Lusa, após o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, ter afirmado que Lisboa teria que “rever o significado do relacionamento político e económico” com a China, caso o país asiático prestasse apoio militar à invasão russa da Ucrânia.

Proposta de paz

O governo chinês lembrou que propôs, na semana passada, um plano para pôr fim ao conflito.

Na proposta de Pequim, destaca-se a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apela-se também ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” - um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos EUA.

“A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, lê-se no documento, numa critica implícita ao alargamento da NATO.

No plano pede-se o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a evacuação de civis e acções para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

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