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Uma união de esforços

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Verão quente

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O ao Presidente timorense para pressionar o regime militar do Myanmar a implementar a paz no território e mitigar o sofrimento do povo

Oex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon apelou ontem ao Presidente timorense para que exerça pressão, directamente e através da ASEAN, junto do regime de Myanmar para que aceite a implementação de uma proposta regional de paz.

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“Espero que a ASEAN possa fazer uma pressão muito mais forte. As pessoas continuam a sofrer bastante. E peço-lhe, senhor Presidente, que tente também fazer pressão através da ASEAN”, disse Ban Ki-moon a José Ramos-Horta.

O pedido foi feito num curto encontro de Ban Ki-moon com José Ramos-Horta à margem da abertura da 18.ª edição do Fórum de Jeju para a Paz e a Prosperidade, em cuja abertura os dois líderes participaram ontem.

“É uma missão muito difícil para a ASEAN, e sei que se sente frustração em vários países com este assunto”, notou Ramos-Horta que, depois da reunião, disse considerar difícil uma intervenção direta sua directamente com os militares de Myanmar.

Ban Ki-moon congratulou Timor-Leste por ter conseguido o estatuto de observador na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e pela aprovação do roteiro para a sua adesão plena à organização regional, considerando que o país “deveria ter sido admitido há mais tempo”.

Recordando a posição “íntegra e respeitada” que a ASEAN tem tido no palco internacional, Ban Ki-moon lamentou que ontem não tenha conseguido lidar com o problema de Myanmar, apesar de um proposto acordo de paz.

Excepção vergonhosa

Na última cimeira da ASEAN, em Labuan Bajo, na Indonésia, a questão de Myanmar acabou por dominar a agenda, com o

“Espero que a ASEAN possa fazer uma pressão muito mais forte. As pessoas continuam a sofrer bastante. E peço-lhe, senhor Presidente, que tente também fazer pressão através da ASEAN”, disse Ban Ki-moon a José Ramos-Horta

Presidente indonésio, Joko Widodo, a reconhecer não se terem registado progressos para acabar com o conflito no Myanmar. Em particular, o chefe de Estado indonésio referia-se a um plano de paz de cinco pontos preparado em 2021 pelos 10 Estados-membros da ASEAN e a junta militar de Myanmar, que pedia o fim imediato da violência e o diálogo entre as partes em conflito, com mediação de um enviado da ASEAN. A junta militar rejeitou tomar medidas para cumprir esse acordo, levando a ASEAN a excluir a liderança militar de participar em encontros da organização.

“A situação causa alguma vergonha e embaraço para a integridade da ASEAN. Os membros da ASEAN são defensores da paz e Myanmar é agora a única exceção com uma ditadura militar ainda pior que no passado”, disse Ban Ki-moon que visitou recentemente o país.

Nessa visita, o ex-secretário-geral da ONU reuniu-se com o principal líder militar, o general Min Aung Hlaing, a quem apelou para “observarem e implementarem o consenso sobre os cinco pontos”, que considera “a única forma de resolver o problema”.

Ainda que esse acordo de paz tenha sido feito com a presença do Myanmar, os generais rejeitaram a Ban Ki-moon terem sido consultados.

Ban Ki-Moon disse não acreditar nessa versão dos militares de Myanmar e explicou ter-lhes solicitado a libertação de Aung Sun Suu Kyi, condenada a 33 anos de prisão (já tem 77 anos) ou, pelo menos, à sua transferência para prisão domiciliar.

“Os membros da ASEAN são defensores da paz e Myanmar é agora a única exceção com uma ditadura militar ainda pior que no passado.”

“Há mais de 2.000 pessoas detidas e a ASEAN deve reforçar a sua pressão. O país está totalmente isolado. Durante a visita não vi pessoas nas ruas e na viagem de 35 minutos de carro entre o aeroporto e o centro da capital contei apenas 22 carros”, disse Ban Ki-Moon.

“Mas temos que continuar engajados, a exercer pressão. Eu estou disponível para apoiar nisso”, considerou.

No encontro, José Ramos-Horta explicou que os líderes militares estão “a sentir cada vez mais pressão militar” por parte da resistência armada no Myanmar, conseguindo controlar apenas 30 por cento do território e evidenciando sinais de mal estar no exército.

“A resistência, no passado, era essencialmente formada por grupos étnicos, mas agora é em todo o país, com cada vez mais pessoas a juntar-se. E os militares estão a perder pessoas”, afirmou.

“O maior risco é agora o da fragmentação do país”, notou José Ramos-Horta que acompanha há longas décadas a situação naquele país.

PYONGYANG KIM YO-JONG CONDENA EUA POR CRITICAREM LANÇAMENTO

Airmã de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, acusou ontem os EUA de hipocrisia “à gangster” por terem criticado o lançamento fracassado de um satélite de reconhecimento militar. De acordo com os ‘media’ estatais norte-coreanos, Kim Yo-jong afirmou que os esforços da Coreia do Norte para reforçar capacidades de reconhecimento espacial são um exercício legítimo do direito soberano do país. Os comentários da irmã de Kim Jong-un foram feitos um dia depois de um foguetão norte-coreano, que transportava o primeiro satélite espião desenvolvido pelo país, ter-se despenhado ao largo da costa ocidental da península coreana devido a uma falha técnica. Após uma rara assunção de fracasso, Pyongyang prometeu efectuar um segundo lançamento depois de determinar as causas da falha, numa altura em que o líder norte-coreano quer expandir as capacidades militares, num contexto de um prolongado congelamento da diplomacia com os Estados Unidos.

Washington condenou duramente Pyongyang pelo lançamento, com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adam Hodge, a dizer que este utilizou tecnologia de mísseis balísticos, em violação das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, além de aumentar as tensões e arriscar-se a desestabilizar a segurança regional.

Singapura Construtora investigada por corrupção

A agência estatal contra a corrupção de Singapura está a investigar a construtora naval local Seatrium por alegados crimes cometidos no Brasil, que derivam das investigações da operação Lava Jato. Num comunicado divulgado na quarta-feira, o Gabinete de Investigação de Práticas Corruptas (CPIB, na sigla em inglês), anunciou investigações contra “a Seatrium Ltd e indivíduos da Seatrium Ltd sobre supostos crimes de corrupção ocorridos no Brasil”. “Como as investigações estão em andamento, o CPIB não poderá fornecer mais detalhes neste momento”, referiu a agência. Ainda assim, a instituição garantiu que “Singapura adopta uma abordagem rigorosa de tolerância zero em relação à corrupção”. “O CPIB investiga sem medo ou benesses e não hesitará em tomar medidas contra quaisquer partes envolvidas em actividades corruptas”, acrescentou. A agência disse que as investigações foram lançadas “com base em informações recebidas”.

OSevilha conquistou ontem a Liga Europa pela sétima vez, ao derrotar a Roma, treinada pelo português José Mourinho, por 4-1 no desempate nas grandes penalidades, em Budapeste, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento. Mancini e o brasileiro Ibanez desperdiçaram castigos máximos para os romanos, enquanto os sevilhanos converteram as quatro grandes penalidades que dispuseram no desempate do encontro, depois de o argentino Dybala te dado vantagem à formação italiana, aos 35 minutos, e de os espanhóis terem empatado, com um autogolo de Mancini, na segunda parte, aos 55.

O Sevilha consolidou o estatuto de recordista de triunfos na prova, ao somar sete troféus, em sete finais, impondo a Mourinho a primeira derrota numa final europeia, depois dos triunfos na Liga dos Campeões em 2004, no FC Porto, e 2010, no Inter Milão, na Liga Europa em 2003, no clube portuense, e 2017, no Manchester United, e na Liga Conferência Europa, no ano passado, já na Roma.

Mourinho frustrado José Mourinho mostrou-se frustrado por a Roma não ter ganho o jogo,

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