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escultura na China

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A escultura

A escultura

do séc. XIII, com algumas adições das dinastias Ming e Qing (Figura77). A história destas extraordinárias esculturas remonta a um notável da região que seguia uma seita com duzentos anos fundada pelo mestre Liu Benzun, no início da época de Yonghui da dinastia Tang.

Dazu conta com mais de quarenta gravuras em pedra e mais de 50 000 estátuas. Trata-se de um conjunto singular de esculturas de grande qualidade estética e diversidade temática, aliando cenas religiosas a cenas seculares. As esculturas rupestres de Dazu lançam assim uma luz não só sobre a natureza eclética das crenças (uma síntese harmoniosa de budismo tântrico, taoísmo e confucionismo) mas sobre a vida quotidiana do período na qual foram criadas. Aliam essa riqueza de conteúdo a uma técnica admirável, sendo conhecidas como “O Palácio Artístico das dinastias Tang e Song”. Acresce que, uma vez que não sofreram danos provocados pelo homem ou desastres naturais, as esculturas de Dazu conseguiram manter em grande parte as suas características originais.

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A ruptura com a tradição escultórica indiana é total e às figuras associam-se inscrições que dão uma visão da sua identidade, história e datação. O ponto culminante é um Buda reclinado em Parinirvana de meio corpo com trinta e um metros de comprimento, a maior estátua esculpida em pedra deste género no mundo (Figura 77).

reclinado encontra-se no desfiladeiro de Baodingshan, que contém dois grupos de esculturas perto do Mosteiro da Longevidade Sagrada e que datam do final do séc. XII a meados do séc. XII. O grupo a oeste estende-se por cerca de quinhentos metros e compreende trinta e um grupos de figuras que representam temas do budismo tântrico, (Figura 79) bem como cenas da vida quotidiana.

O realismo e a execução elaborada são dignos de referência e estão presentes em várias estátuas de Guanyin, Wen Shu e Pu Xian. A estátua de Guanyin com mil braços de 7,2 metros de altura por 12,5 metros de largura e rodeada de devas é outro local de visita obrigatória destas grutas de Dazu (Figura 80).

Em Shizhuanshan, localizam-se as esculturas da dinastia Song do final do séc. XI, que se estendem por centro e trinta metros e representam imagens budistas, taoístas e confucionistas. Em Nanshan, encontram-se esculturas da dinastia Song do séc. XII que se estendem por oitenta e seis metros e retratam principalmente temas da escola do Dao.

Bibliografia

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• Yi, Joy Lidu (2018) Yungang Art, History, Archaeology, Liturgy, New York: Routledge

AChina pode aumentar o papel internacional do yuan, segundo um estudo elaborado pela Universidade Renmin, apesar da ausência de convertibilidade da moeda chinesa e do rígido controlo imposto por Pequim sobre o fluxo de capital.

Argentina, Brasil e Rússia incrementaram já o uso do yuan nas trocas comerciais com a China, numa altura em que o debate sobre a fragmentação do mercado monetário e a diluição do domínio do dólar norte-americano foi renovado pelas sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia.

O estudo da Universidade Renmin, que mede a “internacionalização” da moeda, com base no seu uso no comércio internacional, reservas e transacções cambiais, conclui que o yuan teve uma pontuação de apenas 6,4, numa escala de 0 a 100, no ano passado.

Embora este tenha sido o valor mais alto do yuan até à data, ficou bem atrás do dólar e do euro, que obtiveram 50,5 e 25,16 pontos, respectivamente.

O estudo apontou que a China deve pressionar por mais acordos de livre comércio, bilaterais ou regionais, para aumentar as oportunidades de comércio e investimento e criar condições favoráveis para o uso do yuan no exterior.

“Também devemos fortalecer os intercâmbios com países desenvolvidos no âmbito da transformação do modelo económico para baixar as emissões de carbono e no desenvolvimento financeiro verde, e aproveitar o potencial do yuan para servir a cooperação no combate contra as alterações climáticas e o desenvolvimento de baixo carbono”, lê-se.

O mesmo documento sugeriu:

“A China deve participar activamente na formulação das futuras regras de comércio digital e na governação económica digital global, e aproveitar ao máximo as vantagens na transformação digital e no desenvolvimento da moeda digital do banco central”.

Luta antiga

A China tem tentado internacionalizar a sua moeda, o yuan, desde 2009, visando reduzir a dependência do dólar em acordos comerciais e de investimento e desafiar o papel da divisa norte-americana como a principal moeda de reserva do mundo.

O dólar é utilizado em 84,3 por cento das trocas comerciais a nível global, segundo dados recentes divulgados pelo jornal britânico Financial Times. Mas a participação do yuan mais do que duplicou desde a invasão da Ucrânia, de menos de 2 por cento

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