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TURISMO DEPUTADO PEDE MAIOR SUPERVISÃO FACE A ESCALADA DE PREÇOS A limar as arestas

Com o fim da política de zero casos de covid-19 no Interior e a celebração do Ano Novo Lunar, os preços dos hotéis dispararam. No entanto, o deputado Leong Sun Iok está preocupado e avisa que preços irrazoáveis podem afastar os turistas de Macau sobretudo para incentivarem os hotéis a prestarem mais atenção aos preços de quartos apresentados nas plataformas online para reservar hotel [...] com o objectivo de evitar a prática de preços abusivos?”, questiona.

Outras dúvidas

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Leong Sun Iok salientou igualmente que a situação pode prejudicar a imagem de Macau, fazendo com que os turistas não queiram vir para o território, o que é visto como muito prejudicial, principalmente quando se “está numa fase de recuperação económica”.

As conclusões apresentadas pela DST, que atirou responsabilidades pelo aumento dos preços para as plataformas de reservas online, também não convenceram o deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

Limites da mão-de-obra

Falta de recursos humanos reduz número de quartos de hotel

APESAR de as férias do Ano Novo Lunar terem terminado, o Cotai continua com pouca oferta de quartos de hotel. Esta realidade está a fazer com que os preços por quarto nos principais hotéis do território facilmente ultrapassem as 4 mil patacas por noite.

No entanto, de acordo com o Jornal como é que as autoridades vão intensificar as inspecções?”

Ou Mun, a pouca oferta de quartos não deverá sofrer mudanças a curto prazo, porque faltam trabalhadores para que os hotéis possam aumentar a oferta.

Impedidos de visitar as famílias durante praticamente três anos, estes trabalhadores estão a aproveitar o fim da exigência de quarentena para verem os entes queridos nos países de origem. Todos estes factores, aponta a fonte ouvida, fazem com que os quartos disponibilizados não representem 50 por cento do número existente.

Odeputado Leong Sun

Iok está preocupado com a escalada “violenta” dos preços dos quartos de hotel, principalmente durante o período do Ano Novo Lunar. A questão foi mesmo alvo de uma interpelação escrita, em que o legislador pede ao Governo que tome medidas para proteger os consumidores.

De acordo com o documento escrito, com os preços por quarto a dispararem para valores que ultrapassaram a cifra das 10 mil patacas, o deputado defendeu a necessidade de serem tomadas medidas e contactou a Direcção de Serviços de Turismo (DST). Segundo as inspecções feitas pela DST, e mencionadas por Leong, o Governo

Lei do takeaway Registadas três infracções

O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) revelou que desde a entrada em vigor do regime de registo de estabelecimentos de actividades de takeaway, em Novembro de 2021, foram detectadas três infracções. Numa resposta à interpelação escrita do deputado Ma Io Fong, o IAM explicou que as infracções se devem à operação sem licença de três lojas de takeaway, às quais foram insaturados processos para apurar eventuais sanções. Segundo a resposta do IAM, até o fim de Novembro do ano passado, estavam registados 3.334 estacionamentos de takeaway. A mesma fonte confirmou igualmente que, de acordo com os dados do Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), nos segundo e terceiro trimestres de 2022, havia 1.300 e 2.000 distribuidores de takeaway registados. concluiu que os grandes aumentos se ficaram a dever, principalmente, aos portais online que permitem fazer as reservas de quartos.

Porém, o legislador quer saber o que se pode fazer, para evitar estas situações. “Para prevenir que os preços sejam extremamente caros, como é que as autoridades

Outro dos assuntos abordados tem que ver com os portais da DST, do sector do turismo e com a apresentação de preços de referências para os turistas. Sobre este aspecto, Leong apontou que os preços apresentados não são muito diferentes daqueles que constam nas plataformas online, pelo que alertou que esta pode ser uma referência enganadora.

Neste sentido, Leong Sun Iok quer saber que medidas vão ser tomadas pelo Governo, para garantir que as informações são mais aproximadas da realidade. Nunu Wu e João

A informação foi adiantada com base no depoimento de uma fonte do sector hoteleiro, que pediu para ficar anónima. De acordo com esta fonte, durante os três anos da pandemia os hotéis despediram funcionários e evitaram a renovação dos contratos dos trabalhadores não-residentes, para baixarem os custos de operação, face ao reduzido número de clientes.

Ao mesmo tempo, impulsionados pela política do Governo, começaram a dispensar os trabalhadores não-residentes, que foram obrigados a deixar Macau. Esta realidade faz com que agora não haja mão-de-obra disponível no mercado de trabalho para responder em tão pouco tempo ao súbito aumento da procura.

Outro factor que está a limitar a oferta do número de quartos, são as férias dos trabalhadores não-residentes.

Reservas prioritárias Além das razões apresentadas, a fonte fala ainda de outros fenómenos antigos, que apesar das campanhas anti-jogo continuam a persistir em Macau.

Segundo a fonte citada pelo Jornal Ou Mun, há pessoas ligadas à exploração das salas VIP dos casinos que estão a aproveitar toda a situação para especularem e ganharem com a situação. Nestes casos, os quartos são arrendados e depois subarrendados a preços mais elevados do que aqueles praticados no mercado.

Além disso, existem ainda outros quartos que não são disponibilizados, porque estão reservados para os grandes apostadores, como parte das campanhas de marketing. Esta é uma prática normal de marketing, em que face aos grandes montantes apostados, os clientes acumulam pontos no cartão de cliente, que podem ser trocados pela reserva prioritária de quartos nos hotéis em causa.

Nunu Wu (J.S.F.)

O preço incerto

Ron Lam U Tou quer divulgação do custo das casas económicas

Odeputado Ron Lam U Tou defende, numa interpelação escrita, que o Governo deve divulgar os valores das casas económicas aquando da realização de um novo concurso para a atribuição desse tipo de habitação. “A lista de candidatos à habitação económica de 2021 foi anunciada, tendo o Governo indicado que as habitações económicas na Zona A dos novos aterros estarão concluídas em 2024 e que já foram calculados os custos de construção e os valores da concessão dos terrenos para determinar os valores de venda das unidades de habitação. Assim, porque é que as autoridades não anunciaram ainda os valores das casas na Zona A dos novos aterros?”, questionou o deputado.

Para Ron Lam U Tou, o Governo deve anunciar os preços “o mais rapidamente possível” para que os candidatos “se sintam à vontade e preparados” para a aquisição da casa.

“Tendo em conta que a compra de habitação é uma decisão importante para os residentes, e considerando que o Executivo anunciou que vai lançar, este ano, um novo concurso para atribuir casas económicas, vão ser anunciados os preços de venda dos apartamentos?”, inquiriu ainda.

Tabelas e critérios

Ron Lam U Tou entende que é também fundamental que seja divulgado o despacho, assinado pelo Chefe do Executivo, com a tabela de preços, aquando da revisão da lei de habitação económica.

“Será que as autoridades vão explicar à população, o mais rapidamente possível, os critérios para a definição dos preços das casas? Poderá o Governo reavaliar os preços da habitação pública em termos globais?”.

O deputado lembrou, sobre este ponto, que o Governo não voltou a rever os valores por metro quadrado desde a revisão da lei de habitação económica, em 2019. Ron Lam U Tou diz temer que muitos residentes venham a desistir da compra de casas económicas caso o preço por metro quadrado aumente subitamente.

“Alguns residentes dizem que a prática do Governo, ao não publicar os valores de venda dos imóveis, é menos transparente do que as informações das casas não regulamentadas no mercado privado”, acusou.

A lista de candidatos relativa ao concurso de 2021 foi divulgada a 14 de Dezembro do ano passado e conta com 9.796 candidaturas aceites e 1.911 candidatos desclassificados. De frisar que este foi o primeiro concurso realizado pelo Governo desde a revisão da lei, que trouxe uma alteração do sistema de pontuação para a atribuição de casas aos residentes. A.S.S.

Hengqin Quase sete mil residentes na Zona de Cooperação

Cerca de sete mil residentes vivem e trabalham na Zona de Cooperação Aprofundada entre Macau e Guangdong em Hengqin, revelou Fu Yongge, numa palestra sobre o desenvolvimento da província de Guangdong que decorreu no sábado. Além disso, estão sediadas na Zona de Cooperação 5.323 empresas com capital de Macau. O mesmo responsável adiantou que as receitas fiscais desta zona atingem já os 35,38 mil milhões de renminbis. Quanto aos futuros projectos, Fu Yongge garante que o Novo Bairro de Macau deverá estar concluído ainda este ano, sendo que os estudantes da RAEM que estão na Zona de Cooperação poderão ter mais benefícios, além de que os jovens naturais de Macau terão mais apoios para abrirem os seus próprios negócios ou mesmo para trabalharem em empresas sediadas neste local.

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