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菜根譚*
consciência em meio ao mal.
Se uma pessoa faz algo correto e quer que todos saibam, ainda assim sua bondade está contaminada pelas raízes do mal.
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68.
O poder do Céu e a força das coisas não têm medida; às vezes restringem, às vezes expandem, movem e dirigem os heróis, derrubam tiranos.
Quando um sábio encontra a adversidade, exercita sua paciência; quando vive na tranqüilidade, ele pensa no perigo. Mesmo o Céu não pode influenciar sua natureza.
69.
Uma pessoa irascível é como um fogo devorador; tudo que ela encontra, ela consome. Uma pessoa malvada é fria como gelo; tudo que ela encontra, ela dana.
Uma pessoa obstinada e inflexível é como água estacada ou madeira podre; sua vitalidade está extinta.
Essas pessoas vivem se preocupando em conseguir as coisas, mas a felicidade continua escapando delas.
70.
A felicidade não pode ser conseguida; manter o espírito feliz é a essência da felicidade. Isso é tudo.
A desventura não pode ser evitada; expulsar os pensamentos daninhos mantém a desventura longe. Isso é tudo.
71.
Se de dez frases ditas, nove forem corretas, não se receberá crédito; mas se uma frase for falsa, se carrega toda a culpa. Se de dez planos traçados, nove se realizam, não se receberá felicitações pelo talento demonstrado; mas um plano que fracassa atrai todas as críticas.
Uma pessoa realizada prefere o silêncio à ação impetuosa, e prefere parecer um bobo a talentoso.
72.
Há um espírito do Céu e da Terra*; quando ele é cálido, faz com que as coisas cresçam; quando ele é frio, faz com que as coisas morram.
Assim, quando o espírito humano é frio, ele é triste; mas quando um coração é cheio de calor, ele é feliz e benévolo.
*Vento za e alegria, chega-se à verdadeira felicidade; provando por si mesmo a dúvida e a certeza, alcança-se o verdadeiro conhecimento. pra, e não deixa nem um silvo atrás de si; um pato voa sobre o lago no inverno, passa, e ao ir embora, sua imagem não permanece na água.
75.
O coração não deve estar cheio de desejos; apenas vazio, ele recebe a presença da razão.
O coração não deve estar sem substância; somente assim ele impede a entrada das tentações.
76.
Em lugares sujos, muitas coisas florescem; às vezes, nas águas cristalinas, não há peixes.
O sábio deve preservar a paciência em seu coração, pois ele não estará sozinho, o tempo todo, desfrutando de suas virtudes.
77.
Um cavalo impetuoso pode ser domado e cavalgado; as gotas de ouro que caem de um forno podem voltar ao molde; mas uma pessoa capaz, que tenha perdido seu entusiasmo, e está parado, não poderá progredir. Baisha* disse: ‘as pessoas cometem erros, e isso não é causa de vergonha; mas uma vida toda sem erros, isso sim me preocuparia!’.
Sábias palavras!
*Sábio Confucionista do período Ming.
78.
Se apenas um pensamento errado entra na mente, a força se converte em fraqueza, a inteligência se confunde, o Humanismo se desvia, o espírito puro se corrompe, e a virtude acumulada por toda uma vida se perde. Assim diziam os antigos: ‘não corrompa seus tesouros’; e puderam vencer a ambição durante todas as suas vidas.
79.
O olho e ouvido vêem e enxergam as coisas que lhe atraem, externas e enganadoras. A mente tem seus desejos e paixões, íntimas e enganadoras.
A pessoa de mente clara não se confunde; ela se coloca no centro de sua casa, e converte os inimigos em hóspedes.
80.
Planejar, para alcançar aquilo que não se tem, não é melhor do que progredir, e se expandir, com o que se tem. Arrepender-se dos erros passados não é tão bom quanto prevenir-se de enganos futuros.
81.
Assim, o sábio vai até o problema e se concentra nele; depois que termina, seu coração volta a repousar.
83.
Ser puro, mas tolerante com os demais; Ser humanista, e tomar decisões justas; Ser claro, mas criticar sem ferir; Ser reto, mas sem se exceder; Assim como as frutas em conserva não devem ser muito doces, nem a comida do mar muito salgada, tudo isso* forma a virtude perfeita.
*O equilíbrio, a justa medida das coisas.
84.
Um homem pobre capina o baldio até ele estar pronto; a mulher pobre lava a pele até deixá-la limpa. Essas cenas não parecem bonitas, mas sua grandeza as reveste de elegância.
Assim, quando um Educado encontra pobreza e austeridade, porque razão ele desistiria de seus ideais?
85.
No ócio, não desperdice seu tempo; há sempre algo com que ocupar-se. Na tranqüilidade, não deixe de fazer as coisas; há sempre um bem que se possa fazer. Na obscuridade, não deixe que sua mente trame ou se engane: é benéfico manter o pensamento claro.
86.
Se seu pensamento busca o Caminho dos desejos, então o traga de volta; ao notar uma idéia impura, pegue-a e a jogue-a fora. Assim, se transforma a desventura em felicidade, e se afasta a morte. É um momento crucial, em que não deve haver pressa.
87.
73.
O Caminho do Céu é muito amplo; se o coração se inclina em sua direção, ele se expandirá e brilhará em seu peito.
O Caminho do desejo humano é muito pequeno; quem caminhar por ele, encontrará espinhos e lamaçais.
74.
Vivendo a constante alternância entre triste-
O espírito humano deve ser elevado e amplo, mas não disperso ou fechado; deve ser meticuloso e detalhado, e não insosso ou trivial; o temperamento deve ser tranqüilo e sensível, mas sem ser insípido ou monótono; suas ações devem ser ordenadas e imparciais, mas não extremas e inflexíveis.
82.
O vento agita um bosque de bambus, so-
Na tranqüilidade, os pensamentos são claros como a água, e se pode ver a verdadeira essência do coração; Nos momentos de ócio, o espírito não está perturbado, e se podem ver as verdadeiras intenções do coração; Em uma vida simples, a atitude é modesta e moderada, e assim se pode sentir a verdadeira essência do coração; Para examinar um coração, essas são as três melhores coisas.
88.
Estar em um lugar silencioso não é o silêncio verdadeiro; o silêncio em meio aos afãs é que está de acordo com a natureza do Céu. Estar feliz numa situação alegre não é felicidade verdadeira; a felicidade, em meio à adversidade, é a verdadeira realização do coração.