ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL, SIM! Uma proposta didática envolvendo comida, afetos e tecnologia da comunicação, que vai sacudir a monotonia alimentar da sua turma
Desperdício de alimentos,
não!
Nem na escola, nem em lugar nenhum 1
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Caro(a) Professor(a),
De forma atrativa e facilmente aplicável no cotidiano escolar, o Projeto trouxe para as salas de aula… a urgência do combate ao desperdício de alimentos nas escolas; o potencial das hortas escolares como ferramenta pedagógica e para a conscientização de nossos alunos; o senso crítico em relação à formação de um imaginário estético relacionado à alimentação, que resulta no descarte de toneladas de alimentos “feios”; um alerta à monotonia alimentar que nos rodeia, em contraste com a rica diversidade brasileira; o uso das Panc’s (plantas alimentícias não convencionais); reflexões sobre nossos hábitos de consumo, para um processo de conscientização que começa com a mudança de atitude de cada um… e da turma toda. A foto ao lado foi feita pelo Coletivo de jovens do Projeto Olha a Gente Aqui, durante os encontros de Macrofotografia. Acima, oficina de Pancs.
A alimentação envolve muito mais do que a satisfação de uma necessidade biológica. Ela também está relacionada a outras dimensões da vida, como a construção de afetos, de memórias, as relações sociais estabelecidas em torno de uma mesa, a cultura gastronômica local, a situação socioeconômica, o ritmo de vida e tantas outras condições. Por isso, falar de alimentação, apesar de complexo, é fundamental para nosso bem-estar. Com esta proposta, o Projeto Olha a Gente Aqui implementou, em 2019, uma edição voltada à alimentação sustentável, com oficinas e atividades que aconteceram ao longo do ano letivo em seis escolas de Campinas (SP), em turmas de EFII e EM. Elas foram criadas para estimular a reflexão sobre os hábitos alimentares da vida contemporânea, aproveitando as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), como a fotografia, o vídeo e as mídias sociais, para se discutir esse tema na escola, entre os amigos, gestores e familiares. Afinal, atuar didaticamente com o que comemos vai muito além das refeições. Por isso pro-
duzimos esse guia, para você levar para a sala de aula, de forma atrativa e facilmente aplicável, toda a cultura que cerca esse ato, novos sabores, estímulos à mudança de hábitos, questionamentos a padrões de consumo. Tudo tendo as TICs como grandes aliadas. Enfim, é tudo aquilo que seus alunos gostam… e merecem.
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Sumário 01. Sensibilização
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02. Nossos hábitos, em fotos e vídeos
03. A cultura do desperdício Dados e números Prontos pro debate O vídeo na escola 04. Superfoco na comida: a macrofotografia
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05. Comer com os olhos A construção da imagem Memes
06. Outras comidas e o tédio alimentar As Panc’s Monotonia alimentar Monocromia alimentar
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Um, dois… feijão com arroz. A comida preferida dos brasileiros pelas lentes das turmas do Olha a Gente Aqui.
07. Fatos & fotos: educação midiática 08. Horta escolar: vale a pena ter uma
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O que queremos?
Que os estudantes reflitam sobre seus hรกbitos alimentares e os afetos envolvidos no ato de cozinhar e se alimentar.
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Sensibilização Objetivo:
Estimular a pesquisa e a curiosidade em relação a assuntos que tratam da nossa alimentação.
Os alimentos e seus afetos
A etapa de sensibilização para os tema da alimentação sustentável e do desperdício de alimentos começa pelos sentidos e envolve os afetos compreendidos no ato cotidiano de se alimentar.
O primeiro passo
é convidar cada jovem a escrever ou desenhar no papel:
1. O seu prato predileto. 2. Quem prepara esse prato. 3. Que sentimentos, lembranças, emoções esse prato lhe traz. Em seguida, peça para os estudantes compartilharem entre si o que colocaram no papel. Forme uma roda de conversa na qual eles possam, espontaneamente, comentar sobre o que escreveram ou desenharam.
1 A partir do que for apontado, leve os alunos, por meio de algumas perguntas provocadoras, a refletirem sobre construção de hábitos alimentares, influências socioeconômicas, culturais e midiáticas sobre nossos hábitos, papéis de gênero relacionados, o poder da indústria e da mídia, impactos na saúde e no meio ambiente etc.
Evite colocar juízo de valor em seus comentários, deixando que cada aluno expresse sua opinião
sem qualquer constrangimento. Essa jornada ajudará para que muitos revejam hábitos e conceitos.
Para ajudar, sugerimos algumas perguntas para o debate: Por que vocês gostam desses pratos? Por que a comida tem esse poder de nos trazer lembranças e sentimentos? Considerando que alimentação é algo tão importante na nossa vida, vamos pensar um pouco nos nossos hábitos alimentares. Quais as influências que vocês sofreram na construção de seus hábitos alimentares? Como a mídia influencia nossos hábitos alimentares? Em geral, essa influência promove uma dieta mais saudável ou menos saudável?
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O que queremos?
Que a partir das linguagens audiovisual e fotográfica, os estudantes reflitam sobre as várias dimensões da alimentação. 8
Nossos hábitos, em fotos e vídeos
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Objetivo:
Articular a temática da alimentação à experimentação das linguagens multimídia, em especial o vídeo e a fotografia. Agora que todos compartilharam seus pratos favoritos, as pessoas envolvidas, os afetos que aquela comida despertou, proponha que documentem
em suas casas e na escola, em fotografias e vídeos curtos de celular, diversos aspectos que envolvam a ato de se alimentar.
Por meio da Fotografia:
Peça para fotografarem em casa (ou na escola): o que comem; o que há na geladeira; frutas e legumes usados no dia a dia; se há horta, vasinho com ervas, quintal com árvores frutíferas etc.
Cenas cotidianas podem ser exploradas em fotos e vídeos feitos pelo celular, para os estudantes começarem a perceber que o hábito alimentar é antes de tudo cultural e está relacionado com o ambiente que o cerca.
Incentive os alunos a mostrarem e descreverem o que fotografaram, conectando as desco-
bertas à diversidade de hábitos alimentares entre os estudantes da classe. Alargue os horizontes, propondo uma pesquisa sobre hábitos alimentares de outros países e regiões. Provoque o debate: O que se come nos países com inverno rigoroso? E nos países quentes? Você come o mesmo que seus avós comiam? O que mudou?
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Nossos hábitos, em fotos e vídeos Por meio do Audiovisual:
Peça para os jovens entrevistarem, em casa ou na escola, alguns colegas e parentes sobre qual(is)
prato(s) trazem as melhores lembranças e sentimentos, e por quê. Ele po-
dem fazer isso usando seus próprios celulares (veja as dicas na pág. 17).
Passe os filmes em classe e faça uma roda de conversa para que todos possam comentar o que descobriram e responde à seguinte pergunta: “Por
que a comida tem esse poder de nos trazer lembranças e sentimentos?”.
Nas fotos ao lado, vemos que a captação de áudio dos vídeos do Projeto foi feita com microfone, mas você pode substituílos por um celular com fone de ouvido – alguns fones têm um microfone embutido que pode ajudar nas entrevistas.
Para orientá-los, exiba
os vídeos feitos por jovens de duas escolas
participantes do Projeto Olha a Gente Aqui. Os vídeos estão disponíveis nos links abaixo: E. E. Benedita Wutke: https://vimeo.com/354044814 E. E. Jamil Gadia: https://vimeo.com/376697824
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Observe que as fotos e os vídeos produzidos pelos estudantes ilustram várias questões socioculturais que permeiam o tema da alimentação, permitindo uma visão bastante abrangente. São questões geracionais (“nossos avós comiam melhor do que nós, eles comiam mais verduras e legumes”); temporais (“hoje minha mãe não tem tanto tempo para preparar comida”) ou culturais, como aspectos de uma sociedade patriarcal que se revelam em comentários como este, por exemplo: “churrasco é sempre meu pai que faz, todo o resto na cozinha é minha mãe”.
Essas questões, além de sensibilizar para o tema de uma alimentação mais consciente, ilustram como o ato de se alimentar incorpora várias dimensões da vida, não ligadas só à saúde. Mediados pelas perguntas e comentários, os estudantes podem evo-
luir em seu processo reflexivo,
de forma a construírem uma compreensão mais complexa da alimentação, questionando os próprios hábitos ou observando que uma simples frase como “em casa, a cozinha é de minha mãe e avó” pode ser, na verdade, ilustrativa de uma sociedade com papéis de gênero bem definidos – mas que se encontram hoje sob profundo questionamento.
A partir da análise do que se come cotidianamente na escola, podemos fazer um comparativo com que nós comemos em casa, ou com o que nossos pais ou avós comiam.
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O que queremos?
Debater a cultura do desperdício de alimentos, a partir de vídeos e da experimentação audiovisual.
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A cultura do desperdício: 4 abordagens Objetivo:
Refletir sobre a cultura do desperdício de alimentos a partir de várias abordagens: exibição de um filme seguido de debate e experimentação audiovisual. O filme Cultura do Desperdício, uma produção de 2017 do Canal GNT com 52 minutos de duração, pode ser uma ótima introdução para tratar o tema do desperdício alimentar e chamar a atenção dos alunos para esse problema.
Etapa 1: Antes do filme:
O exercício pode começar até mesmo antes de assistir ao filme, por meio da análise do cartaz do filme (imagem acima). Nele observamos um globo terrestre, formado por uma grande quantidade de lixo, um coletor com dois sacos nas mãos, o título “Cultura do desperdício” e a frase “Por uma sociedade mais consciente”.
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Direcione à turma algumas perguntas,
com o objetivo de provocar um debate inicial e sondar as expectativas em relação ao filme: Qual é o impacto do cartaz? O que consideramos por “consciente”? O que entendemos como “desperdício”? Quais são os elementos presentes no cartaz? Destaque para a turma a presença dos resíduos, a referência à força de trabalho envolvida na sua coleta, a ideia de que desperdiçamos recursos e que isso faz parte de uma cultura já introjetada na nossa prática cotidiana e no modo da sociedade funcionar, bem como a ideia da necessidade de mudança. Quando o debate chegar a esse ponto, essas perguntas deixarão a turma pronta para a sessão: Apenas a consciência basta? O que é possível fazer para mudar esse panorama?
Outros vídeos sobre o assunto: • Desperdício de Alimentos - Akatu e Fundação Cargill: https://youtu.be/eLq3GzSDnZc • Desperdício nas Escolas - Olha a Gente Aqui: https://vimeo.com/385329906/323cceb5ce
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A cultura do desperdício: dados e números Etapa 2. Sessão pipoca
Assista ao filme Cultura do Desperdício junto com os estudantes. Está disponível no link: https://globosatplay.globo.com/gnt/v/6834139/ Que tal também combinar com a turma do refeitório e oferecer, de surpresa, um saquinho de pipoca para cada espectador? Só não se esqueça de disponibilizar um saco de lixo, para que a lição de casa comece na própria sala de aula!
Antes de assistir, lance para a turma alguns dados importantes, tais como:
No mundo, 1,6 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano. Para se ter uma ideia do que representa essa quantidade de alimentos, essa comida daria para encher quase 12 milhões de aviões. E metade disso já seria suficiente pra matar a fome real do mundo.
Segundo a ONU, no mundo cerca de 820 milhões de pessoas passam fome todos os dias. Dessas, 5,2 milhões vivem no Brasil.
Mais de 30% de toda a comida produzida no mundo vai parar no lixo
Esse desperdício ocorre nas várias cadeias envolvidas: produção, transporte, venda e consumo, em restaurantes ou residências. Atualmente, isso equivale a cerca de 1,6 bilhão de toneladas de alimentos jogados no lixo. Ou, em valor monetário, mais de US$ 1 trilhão – quase o PIB de toda a Espanha.
Fontes: Manual do Educador #Sem Desperdício, da Embrapa (disponível no site www.embrapa.br; e Alimentação em Foco (www.alimentacaoemfoco.org.br).
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Lembre-se: reduzir o desperdício de alimentos é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê, como meta da Agenda 2030, “reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita”.
A cultura do desperdício: prontos pro debate Etapa 3. O debate
Após a exibição, a discussão deve se ampliar, reconhecendo junto com os alunos as diferentes áreas que atravessam o tema: economia, trabalho, políticas públicas, alimentos, ética, história, cultura etc.
Ouça com atenção as impressões e opiniões dos alunos, identificando as infor-
Algumas perguntas norteadoras para o debate: O que é a “cultura do desperdício” que dá título ao filme? O filme defende “uma sociedade mais consciente”. Quais são os argumentos do filme neste sentido?
mações que já possuíam anteriormente e o que foi novo para eles.
Os realizadores defendem uma visão por meio da obra? Podemos percebê-la na seleção de depoimentos, edição, imagens, etc.?
preocupação com o combate ao desperdício, na escola ou
Como o filme constrói sua argumentação?
Identifique também se há
em suas casas, e se essa questão acompanha a rotina alimentar dos jovens e de suas famílias.
Que imagens e sons foram mais marcantes? Como são as leis de doação de alimentos e como o Estado interfere nessa questão? Quais caminhos o documentário aponta para enfrentar o desperdício?
Para as sessões de cine-debate, pode-se aproveitar os momentos das culminâncias, ou então dos diferentes eventos organizados pelas escolas, como as feiras de profissões. Ao unir um público maior, há mais interesse dos alunos em compartilhar suas experiências.
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A cultura do desperdício: o vídeo na escola Objetivo:
Produção de roteiros e gravação de vídeos curtos no ambiente escolar sobre desperdício zero. A partir da discussão do filme, proponha que os alunos criem uma situação “prática” para articular a temática do desperdício de alimentos com a linguagem audiovisual. Mas, antes, assista
com a turma alguns dos vídeos realizados por alunos de escolas públicas de Campinas durante as oficinas do Projeto
Olha a Gente Aqui. Eles servirão como inspiração para seus alunos pensarem suas produções. Não ao Desperdício (2019), E.E. Eliseu Narciso. https://vimeo.com/374772250 Rotina Escolar (2019), E.E. Vitor Meireles. https://vimeo.com/354007525 De frente com Larissa (2019), E.E. Dom João Nery. https://vimeo.com/365315574
Enriqueça o debate com a exibição do documentário Desperdício de Alimentos (2016), produzido pelo Instituto Akatu e pela Fundação Cargill: https://www.youtube.com/watch?v=eLq3GzSDnZc
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Preparação do roteiro
Sugira que, para a aula seguinte, os alunos pesquisem – em sites oficiais e em fontes confiáveis – pontos como: • desperdício de alimentos • cadeia de produção de alimentos • distribuição de alimentos • cultura da fartura • prato cheio • comida no lixo • desperdício em escolas • alimento vencido Em sala de aula, separe-os em grupos e proponha a produção de uma campanha em ví-
deo com o tema “Desperdício Zero”.
Cada grupo deverá imaginar que trabalha na Secretaria de Segurança Alimentar de sua cidade e que está realizando uma ação de conscientização para o combate ao desperdício de alimentos e para a redução de resíduos orgânicos. Peça que cada grupo crie um roteiro de perguntas abordando as várias facetas do desperdício de alimentos. No exercício, os alunos podem entrevistar funcionários da escola, professores, nutricionistas, merendeiras e os próprios colegas.
Dicas básicas para uso do vídeo em sala de aula EQUIPAMENTO: use e abuse dos celulares. Hoje eles já possuem recursos bem avançados, práticos e intuitivos. E cada vez mais e mais alunos sabem como trabalhar bem com eles. Aprenda com eles. E dê espaço para seus alunos ensinarem.
Gravando!
Para facilitar, sugira aos grupos que façam seus vídeos realizando os cortes diretamente na câmera; ou seja, gravando os planos e cenas do vídeo na ordem em que será exibido. Por isso, é importante ter planejado o roteiro antecipadamente. Organize a saída dos grupos para captação de imagens, combinando um horário para retorno à sala. Mas antes compartilhe com a turma algumas dicas básicas de gravação. >>> Por fim, providencie a publicação no Blog e nas redes sociais da escola e incentive a todos postarem em suas próprias redes sociais. Compartilhe mais! Você também pode enviar o vídeo produzido por sua turma para o site do Projeto Olha a Gente Aqui (www.projetoasas.com.br/ olhaagenteaqui). Será excelente poder mostrar a experiência da sua turma aos outros estudantes participantes desse projeto! Para isso, é só enviar para o e-mail: olhaagenteaqui@gmail.com.
ILUMINAÇÃO: evite gravar em lugares escuros ou no contraluz. Encontre um lugar iluminado e no qual o rosto da pessoa entrevistada receba luz, como a luz proveniente de uma janela. ESTABILIZAÇÃO: antes de começar a gravar, é preciso estabilizar a câmera. Se não tiver um tripé ou um monopé, isso pode ser facilmente feito com a própria mão, apoiada ou encostada num lugar fixo. ÁUDIO: sempre que possível, aproxime-se do entrevistado. Na falta de um microfone, é possível usar o fone de ouvido do celular, muitos já vêm com um microfone embutido. ANGULAÇÃO: chegue com a câmera perto da pessoa para gravar e faça testes antes. Evite ficar dando zoom, o que pode gerar uma imagem tremida. O importante é a estabilidade da imagem. POSIÇÃO: Grave na posição horizontal. Essa questão é importante, não só pela estética, mas também para padronizar as imagens. MEMÓRIA: verifique antes a memória disponível no celular para a gravação de vídeos, que em geral são mais pesados.
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O que queremos?
Pensar a alimentação de uma forma muito divertida: a partir da Macrofotografia!
Com alguns tubérculos, frutas e legumes coloridos, tendo a horta da escola (ou outro espaço escolar) como cenário, sua turma pode fazer produções fotográficas bem criativas.
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Superfoco na comida: a macrofotografia
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Objetivo:
Praticar a técnica de macrofotografia a partir do conceito de alimentação sustentável. Um modelo de produção de alimentos sustentável é fundamental para garantir a segurança
alimentar e nutricional de uma população, o que pressupõe produzir e consumir ali-
mentos respeitando o meio ambiente, sem agrotóxicos que afetem a saúde dos consumidores, sem práticas nocivas aos trabalhadores do campo e da indústria e sem maus-tratos aos animais.
DE OLHO NOS CONCEITOS: ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL - composta por produtos de uma cadeia de valor ético e responsável, que respeite o meio ambiente, os recursos naturais e as comunidades.
As fotos desta página foram feitas com câmeras semiprofissionais, mas você obtém o mesmo efeito a partir de celulares. Para tanto, basta chegar perto do objeto a ser fotografado, focar com cuidado e clicar.
ALIMENTAÇÃO SEGURA - feita com alimentos produzidos corretamente e que sejam próprios para o consumo. ALIMENTAÇÃO ACESSÍVEL - disponível ao alcance físico e financeiro de todos. Fonte: https://alimentacaoemfoco.org.br/
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Superfoco na comida: a macrofotografia Após os filmes e os debates que certamente enriqueceram o repertório de toda a turma, como visto no Capítulo 3, bem como os primeiros vídeos produzidos pelos alunos sobre hábitos alimentares e desperdício de alimentos, proponha a seus alunos experimentarem outra linguagem visual igualmente impactante: a Macrofotografia. >>>
Uma ajudazinha dos aparelhos atuais
Hoje praticamente todas as câmeras de smartphones e as câmeras compactas digitais conseguem produzir fotos a partir de uma distância de 2 centímetros dos objetos fotografados. É a isso que es-
Um conceito A Macrofotografia é o ramo da fotografia destinado a fotografar minúsculos detalhes, muitas vezes invisíveis a olho nu, existentes em pequenos objetos ou seres vivos. Esses detalhes podem ser capturados por meio da fotografia microscópica ou então, de forma mais simples, fotografando o objeto a partir de uma distância muito pequena – recurso que, hoje, as câmeras dos smartphones já nos permitem experimentar.
tamos chamando de Macrofotografia, uma técnica fotográfica que nos permite analisar pequenos objetos, ou então pequenos detalhes de objetos – como se os observássemos por meio de uma lupa. Assim, pequenos insetos e plantas, por exemplo, surgem com características e texturas surpreendentes, que não poderiam ser percebidas a olho nu.
Os estudantes podem trazer miniaturas para serem fotografadas e ainda improvisar cenários, como este criado em pneus que fazia parte da horta escolar. É soltar a criatividade.
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Outro recurso interessante da Macrofotografia é a possibilidade de se criar um estúdio fotográfico em um pequeno espaço, que pode ser uma folha de papel sulfite ou até mesmo a folha de uma planta (como nas fotos aqui em cima). Com isso, torna-se possível montar cenários usando folhagens, frutas, insetos e miniaturas humanas – como aquelas miniaturas utilizadas em maquetes de arquitetura.
Se houver uma horta na escola, ou qualquer outra
área verde, também pode se constituir em excelente cenário para uma foto de impacto.
Finalizadas as fotos, um desdobramento possível é propor, a partir delas, criar cartazes para uma campanha de conscientização na escola sobre temas relacionados à alimentação.
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O que queremos?
Refletir sobre a influência midiática em nossos hábitos alimentares.
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Comer com os olhos: construindo imagens Objetivos:
• Analisar a influência midiática na venda e no consumo de alimentos; Abordar o desperdício motivado pelo descarte de alimentos considerados “feios”.
•
Etapa 1. A estética dos alimentos
Exiba fotografias de fast food e de propagandas de alimentos e estimule um debate a partir de perguntas como estas: Essas fotos nos instigam a comer? Como? Por quê? Pense nos produtos que vemos diariamente. Essas fotos são iguais? Alguém aqui já notou alguma diferença entre os hambúrgueres reais e os das fotos de uma rede de fast food?
• • •
5
Relacione essas questões com o desperdício de alimentos. A ideia é, ao expor as técnicas utilizadas para as fotos desses produtos/alimentos, refletir sobre como a propaganda ajuda a vender uma imagem de alimento perfeito, criando um imaginário a respeito do que deve ser consumido e do que deve ser descartado.
desperdiçamos uma quantidade enorme de alimentos que estão fora do padrão estético criado pela propaganda, mas que se encontram em perfeitas Dessa forma,
condições de consumo. Esse descarte é feito tanto pelos produtores e comerciantes (que selecionam os mais vendáveis), quanto pelo consumidor (que deixa de comprar produtos com pequenas imperfeições).
Junto com os alimentos descartados perdem-se os recursos naturais utilizados na produção, a força de trabalho, tempo, inteligência etc. A busca por satisfazer um padrão também faz com que, muitas vezes, se usem processos antinaturais de produção, com alto uso de venenos e manipulação genética.
O hambúrguer da foto, na página anterior, parece apetitoso, não? Na verdade, para que parecesse mais brilhoso e gostoso, a turma caprichou nas pinceladas de óleo.
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Comer com os olhos: a construção da imagem Etapa 2. Nem tudo é o que parece
Apesar do consumo de um alimento estar basicamente ligado aos sentidos do paladar e do olfato, curiosamente o aspecto visual é determinante na nossa escolha e no julgamento se ele é bom para ser consumido ou não. Mais do que ser saudável e apetitoso, um alimento deve parecer que o é. E para gerar imagens tão apetitosas, a propaganda lança mão de muitos truques. Nas oficinas Olha a Gente Aqui foram criadas, em um pequeno estúdio, as imagens de uma fatia de bolo e de um hambúrguer. Alguns truques foram utilizados para obter um melhor padrão estético. O chantilly era espuma de barbear; o hambúrguer foi besuntado de óleo para ter brilho...
Que tal propor esse desafio para a turma: criar imagens falsamente apetitosas usando esses e outros truques que podem ser aprendidos a partir de uma pesquisa na internet?
O bolo acima foi produzido a partir de pedaços de bolo de chocolate comprado pronto e enfeitados com confeitos e “chantilly” – na verdade espuma de barbear.
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Memes: tire proveito das fotografias produzidas Etapa 3. Produção de memes
As fotografias feitas nas atividades descritas nos Capítulos 3, 4 e 5 podem certamente servir para produzir campanhas e peças de conscientização sobre o combate ao desperdício de alimentos ou sobre a alimentação no espaço escolar. Essas peças podem ser divulgadas via redes sociais, e para isso devem adotar uma linguagem ágil, criativa e bem-humorada. Para iniciar, analise com os jovens alguns memes bem populares na internet. Repare como são mensagens curtas, facilmente memorizáveis, criativas e atuais. A partir desse referencial, incentive-os a traçar breves roteiros (em texto ou esboços). Com
o esboço na cabeça, os jovens saem para fotografar. Depois é só juntar texto e imagem, em qualquer aplicativo que permita editar imagens, no próprio celular. O professor pode aproveitar para abordar temas relacionados a educação midiática, como por exemplo a confiabilidade das fontes usadas para a criação dos memes (os dados compartilhados nos memes originam-se de fontes com credibilidade?), assim como para problematizar a questão dos direitos de reprodução na internet de materiais de terceiros. Apresente aos estudantes sites como o Creative Commons (https://br.creativecommons.org) e de banco de imagens com direitos de uso liberados, como o www.freepik.com.
ar ro z. Um do is, feijão co m ita!
al perfe Co mbinação nutricion
Memes são mensagens virais, que se propagam de forma muito rápida. Os desta página foram produzidos nas oficinas Olha a Gente Aqui, a partir de um pequeno roteiro esboçado pelos alunos.
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O que queremos?
Conhecer Pensar juntos as PANC’s por quepara a alimentação poder diversificar deve nossa ser diversa e rica, repletae de alimentação reduzir coreso e sabores. desperdício.
Com alguns tubérculos, frutas e legumes PANC’s: organize atividades para ouvir coloridos, tendo a horta conhecem da escola (ou outro o que os estudantes sobre espaçoessas escolar) como cenário, sua turmaVocê pode plantas não convencionais. fazer produções fotográficas bem criativas. pode se surpreender.
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Outras comidas e o tédio alimentar
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Objetivos:
•
Conceituar e apresentar as PANC’s como uma das estratégias existentes para ajudar no combate ao desperdício. Conceituar monocromia alimentar e associá-la à monotonia alimentar.
•
Etapa 1. O que é PANC? PANC é o acrônimo para Plantas Alimentícias Não Convencionais, que são todo tipo
de planta comestível que, por falta de informação e por hábitos culturais, às vezes não são consumidas em determinadas regiões, mas podem ser em outras. Muitas são vistas como mato, mas poderiam colaborar para tornar nossas refeições mais nutritivas e variadas. O vídeo Conheça as Panc, os “matos de comer” (disponível em https://www.youtube.com/watch?v=dkqJ_KeDQs8), da nutricionista Bruna de Oliveira, pode servir como uma boa introdução ao tema. Talvez algumas das plantas apresentadas por ela até sejam conhecidas de alguns alunos da turma. Durante o Projeto Olha a Gente Aqui, os jovens aprenderam sobre essas plantas, além de participarem de oficinas de culinária nas quais diversas PANC’s foram preparadas em receitas que depois puderam ser saboreadas em classe.
Saiba mais sobre as PANC’s em: https://alimentacaoemfoco.org.br/
Três vídeos foram produzidos pelos alunos do Projeto sobre as PANC’s e podem ser utilizados em sala de aula para gerar debate: PANCs na Escola (2019), E.E. Benedita Wutke: https://vimeo.com/354045112 PANCs (2019), E.E. Vitor Meireles: https://vimeo.com/354007340 Aula de PANCs (2019). E.E. Dom João Nery: https://vimeo.com/368389951
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Outras comidas e o tédio alimentar: o debate Etapa 2. Debate em sala
Em seguida à exibição dos vídeos, alimente um debate, levantando alguns questionamentos a partir das seguintes indagações: Quem já tinha conhecimento de alguma dessas plantas? Alguém já as viu plantadas no quintal, em casa ou na escola? Por que as consumimos tão pouco? Qual o impacto dessa monotonia alimentar para nossa saúde e para o meio ambiente?
• • • •
Durante o debate, pode surgir a oportunidade de
cimento da agricultura familiar no país e à perda de nossa identidade cultural. Retome as reflexões do Capítulo 4, sobre a construção das imagens apetitosas, para levar a turma a pensar sobre todo esse imaginário que se constrói, com a influência da mídia, sobre o que é alimento. E de como as PANC’s sofrem com o preconceito, pois são vistas como mato ou ervas daninhas. No entanto, muitas delas são nutritivas, como o caso da beldroega, que possui ômega-3, ou a ora-pronobis, riquíssima em aminoácidos essenciais.
explorar o tema da monotonia alimen- As PANC’s podem contribuir para uma tar, ou seja, da pouca diversidade de alimentos em alimentação mais equilibrada, com nossa dieta, e como esta relaciona-se ao enfraque- mais cores e sabores – uma forma estimu-
lante de quebrar a monotonia alimentar e agregar outros componentes nutritivos. Elas ainda podem ajudar no combate à fome e à desnutrição, porque ocorrem de forma espontânea, em várias regiões do país e têm grande valor nutricional. Mas é preciso difundi-las e torná-las populares em nossa alimentação, sobretudo nos centros urbanos.
Leve algumas PANC’s para os jovens conhecerem: inhame, abóbora d’água, batata doce, cará moela, ora-pro-nobis, cúrcuma, cará, vinagreira, bertalha, beldroega, flores de ipê amarelo, além de talos e folhas de brócolis, rabanetes e cenouras são opções mais conhecidas.
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Outras comidas e o tédio alimentar: diversidade Etapa 3. A monotonia alimentar
Uma outra forma de abordar a questão da monotonia alimentar é incentivar os jovens a fala-
● Por que diante de uma variedade tão grande de alimentos, a gente conhece tão pouca coisa e come sempre as mesmas coisas?
Para isso, peça para que, em grupos, todos escrevam em cartolinas o que comeram no dia anterior. Há uma grande probabilidade de alguns alimentos se repetirem várias vezes. Sinalize-os com cores diferentes e, a partir deles, provoque um debate sobre monotonia alimentar.
O objetivo é refletir por que, em geral, comemos sempre as mesmas coisas e sobre o que nos impede de experimentar outras opções. Certamente surgirão reflexões sobre como o ritmo de vida nas cidades impacta na rotina alimentar das famílias, que as pessoas hoje têm menos tempo para preparar a própria comida e por isso os alimentos industrializados tornam-se, cada vez mais, uma opção.
rem sobre o que comeram no almoço ou jantar do dia anterior.
Com essa mudança comportamental ocorrida nas últimas décadas, o rito de preparar a pró-
pria comida e comer algo mais natural nem sempre é valorizado, além da enxurra-
Refletindo, em grupo, sobre o que a turma come no almoço e jantar.
Algumas perguntas norteadoras:
● Por que comemos sempre as mesmas coisas? ● Procuramos comer vegetais no dia-a-dia? ● Nossos pais e avós consumiam mais alimentos naturais que as novas gerações. Por quê? ● Como aprender a experimentar outros alimentos?
da de propagandas de alimentos prontos que prometem facilitar a vida, entregar sabor e saúde às famílias, quando muitas vezes são produtos ultraprocessados, carregados de sódio, açúcares, conservantes e desconectados de sentidos e afetos.
alimentação é expressão cultural de um povo. E A turma vai percebendo, assim, que a
que manter a tradição de cozinhar a própria comida, diminuindo o consumo de industrializados, faz parte da preservação da cultura e da memória popular.
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Outras comidas e o tédio alimentar: monocromia Etapa 4. Monocromia alimentar: fotografando o que comemos Após conversarem sobre as PANC’s e sobre a pouca diversidade alimentar de nosso dia a dia, con-
vide os jovens a fotografarem (com seus celulares) cenas relacionadas à alimentação que acontecem dentro da escola. Vale ir pra cantina, pro refeitório, pra co-
zinha, pra sala dos professores, pesquisar o que os alunos trazem de lanche, os alimentos que são vendidos ou servidos etc.
Os jovens podem utilizar seu próprio celular para fotografar o que comem na escola. Esse exercício prático ajuda a ilustrar a monotonia alimentar.
É bem provável que o resultado desse trabalho resulte em um conjunto de imagens nas quais se sobressaem as cores amarela e branca (veja fotos na página ao lado), típicas de uma refeição com muitos carboidratos.
por meio das fotos, ficará evidente para a turma que a monotonia alimentar, por sua vez, se reflete em… monocromia alimentar! Ou seja,
Será hora de destacar a importância de sempre termos um prato colorido nas refeições, o que significa uma maior variedade de nutrientes.
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Monotonia:
Qualidade do que é monótono, que significa falta de variação, de diversidade, de invariabilidade de tom, sensaboria ou insipidez.
Monocromia:
Qualidade do que tem apenas uma cor. Em sentido figurado significa algo que possui falta de variação.
Uma sessĂŁo fotogrĂĄfica pela cantina e refeitĂłrio pode dar uma ideia do grau de monocromia alimentar da escola.
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O que queremos?
Refletir sobre a educação midiática ao mesmo tempo que aprendemos como se faz uma notícia.
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Fatos e fotos: a educação midiática Objetivos:
• Experimentar, por meio da prática, conceitos jor-
nalísticos como notícia, apuração, fontes de informação, diferença entre fato e opinião etc. Refletir sobre o papel das mídias numa sociedade democrática e o problema da desinformação.
•
Etapa 1. Jornalismo e fake news
Para um “esquenta” com os estudantes sobre o assunto, uma boa opção é começar exibindo o vídeo do programa de educação midiática da BBC Brasil, que deixamos o link aqui embaixo: Workshop BBC Brasil : O que há por trás da notícias e das fake news: https://www.youtube.com/watch?v=YufygaaK5sE Exiba o filme e
converse sobre jorna-
lismo, sobre os veículos jornalísticos que a turma
segue, que tipo de informações eles recebem no dia a dia, de onde vêm, se há algum hábito de checar as informações recebidas etc. Ao trabalhar a produção de notícias, fato e opinião são conceitos que podem ser trabalhados alguém sobre ele. Um único fato pode levar a várias opiniões diferentes. O ideal é que a notícia dê espaço a essas várias interpretações. Na foto menor (ao lado), notícia publicada no Blog do Projeto sobre as mangueiras da E.E. Eliseu Narciso.
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Em seguida, promova um debate sobre as informações divulgadas no vídeo. Faça perguntas que motivem os jovens a participarem da conversa: ● Vocês já receberam notícia falsa (ou que acham que é falsa) sobre alimentação? Como reagiram? ● As pessoas estão preparadas para separar o que é verdade e o que é mentira? ● Quais os impactos disso na sociedade? ● Como podemos ajudar a minimizar esse problema?
Etapa 2. Na prática
Divida a turma em grupos e distribua para cada grupo papel e caneta. Garanta que cada grupo tenha pelo menos um aluno usando celular. Os jovens devem conversar entre si e encontrar um assunto (pauta) sobre alimentação na escola que seja de interesse dos alunos em geral. A partir daí, peça para documentarem e entrevistarem pessoas sobre a pauta definida. Fique atento a: ● Fatos – Ao documentar e entrevistar diretores, professores, outros alunos etc., os fatos e depoimentos devem ser preservados sem alterações de sentidos. ● Fontes – Ao pesquisar em jornais, livros, internet, etc., citar as fontes e garantir que sejam confiáveis. ● Pontos de vista – Quanto mais pontos de vista diferentes sobre um mesmo fato, melhor. Ao final, pode-se publicar as matérias (resumidas e editadas) no Blog da escola.
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O que queremos?
Que cada escola possa ter uma horta e tirar dela o seu melhor: em alimentação, cooperação e em ganhos pedagógicos.
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Horta escolar: vale a pena ter uma Objetivo:
Incentivar e colaborar para o processo de montagem e manutenção de hortas escolares.
Por que ter uma horta
As hortas escolares têm sido consideradas essenciais para o desenvolvimento integral dos atores envolvidos, considerando as dimensões cognitivas – relativas aos saberes disciplinares, conteúdos teóricos e conhecimentos acerca do meio ambiente – e também as dimensões subjetivas e socioemocionais, que se expressam no estreitamento de vínculos com a natureza, as pessoas e os alimentos.
a horta escolar deve ser entendida como ferramenta didático-pedagógica e relacional, geradora de ativiNesse contexto,
dades práticas e vivências inter e transdiciplinares, fornecendo bases conceituais e práticas para a educação ambiental, alimentar e para a sustentabilidade.
Os livros da Fundação Cargill, com dicas de como montar e manter uma horta, estão disponíveis para download no site: alimentacaoemfoco.org.br
Passo a passo (brevíssimo): 1 Planejamento: tenha claro por que
8 organizar a
horta de sua escola. 2 Escolhendo o local: na falta de uma área grande, pode-se pensar em vasos ou pequenos canteiros. 3 Recolher dicas com quem já fez é precioso. 4 Analise o solo e faça as compensões necessárias. 5 Luminosidade: tem falta ou excesso de sol? 6 Escolha as mudas e sementes de acordo com seus objetivos e o tipo de solo e iluminação. 7 Água: atenção à quantidade e periodicidade de regas. Nem muito nem pouco. 8 Considere a horta nos demais projetos pedagógicos de sua escola. E organize bate-papos sobre a horta com alunos, professores, etc… 9 Pesquise na comunidade organizações e voluntários especializados para dar apoio técnico.
10 E mãos à obra…
Você vai precisar de…
● Restos de alimentos crus, para a compostagem ● Composteira ● Terra vegetal ● Pás peneiras, ancinho, rastelo, regador, enxada e outros utensílios de horticultura ● Mudas e sementes variadas Mais informações, no vídeo do projeto: https://vimeo.com/385322384/a357b0eaab
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O Projeto Olha a Gente Aqui – Edição Alimentação Sustentável é realizado pelo Instituto Asas Comunicação Educativa, com o apoio da Fundação Cargill. Prevê a organização de oficinas multimídia e sessões de cine-debate em escolas públicas da cidade de Campinas (SP), para trabalhar as temáticas da alimentação sustentável e do combate ao desperdício de alimentos. EXPEDIENTE Audiovisual Wilq Vicente Fotografia Luísa Riekes e Walter Craveiro Horticultura Leandro Machado de Moura e Sheyla Saori Iyusuka
Apoio pedagógico Maria José Nóbrega Produção e assistência pedagógica Anna Eunice Mello
Articulação Natália Anselmo Marangão
Consultoria técnica • Flávia Zanatta e Lucianne Marques (Panc’s) • Bárbara Cordovani e Silvia Jeha (nutrição)
Coordenação Pedagógica Ricardo Prado e Lucia Caetano
Coordenação Geral: Lucia Caetano
Realização
Apoio
www.projetoasas.com.br/olhaagenteaqui