C O L E Ç Ã O MINE
HQ
IN THE MINE A História da
Mineração no Brasil
Pesquisa e Storyboard:
Tébis Oliveira, Barbara Bigarelli e Renato Machado Ilustração: HEDER
2º-
volume
C O L E Ç Ã O MINE
C O L E Ç Ã O MINE
HQ
HQ
IN PROJETO THE MINE
APRESENTAçÃO
Mineração no Brasil
Mineração no Brasil
A História da
Tamanho: 16 X 23 cm 4 Capas: em papel couchê brilhante com verniz UV Miolo: 72 páginas (6 páginas por HQ, incluindo: página de abertura, página com logo do patrocinador e fontes e 5 páginas para os 12 quadrinhos) Impressão: off-set em papel couchê brilhante
2011
2º volume da COLEÇÃO MINE HQ Coordenação: Wilson Bigarelli Edição: Tébis Oliveira Pesquisa e Storyboard: Barbara Bigarelli e Renato Machado Secretária de Redação: Fernanda Mendes Ilustração: Heder Edição de Arte: Moacyr MW Gerência Comercial: Odair Sudário publicidade@inthemine.com.br (11) 2805-7425
(11) 2848-5989 ou 5589-0283 / 0340 Redação: Rua Paracatu, 309, cj 121, Cep 04302-020, São Paulo (SP)
A História da
A
revista IN THE MINE estará lançando durante a Exposibram’2011, em Belo Horizonte (MG), o segundo volume de sua “Coleção Mine HQ”, com outras doze histórias em quadrinhos retratando personagens e acontecimentos marcantes da mineração brasileira.
A coletânea é resultado do absoluto sucesso da Seção MineHQ, publicada na revista que, ao longo dos últimos cinco anos, conquistou uma gama ampla e diversificada de leitores, de estudantes a executivos do setor de mineração. Mas não só: além da esfera profissional, a revista IN THE MINE tem entrado em muitas casas de vilas e cidades, Brasil afora, por conta das HQs. É delas o mérito de mostrar às famílias como são, ou já foram, as mineradoras onde maridos, esposas, pais, mães, filhos e filhas passam seus dias de trabalho. O volume I da coleção teve sua primeira edição totalmente esgotada e, no final de 2010, para atender a encomendas de várias empresas, ganhou uma segunda impressão gráfica. Temos certeza, que o volume II alcançará a mesma repercussão e abrangência. Sua empresa, por seu histórico de incentivo a projetos sociais e culturais é nossa convidada a participar desse projeto de grande visibilidade e importância. Seja um dos seletos patrocinadores da “Coleção Mine HQ”, sem dúvida, um marco na história da mineração brasileira. Revista IN THE MINE
Os autores: Tébis Oliveira é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e trabalhou em diversas publicações técnicas nas áreas de mineração e construção pesada. Atualmente, exerce a função de editora de Meio Ambiente e Novos Projetos da revista In The Mine. O ilustrador Heder, formado em Desenho Artístico pela Contemporânea Escola de Artes, de São Paulo (SP), dedica-se à pintura em telas, a óleo e acrílica, e colabora com a revista In The Mine nas seções “Personalidade” e “MineHQ”.
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Fonte: Artigo “Um mestre que amava a Terra”, de Vitória Régia Péres da Rocha Oliveiros Marciano, professora aposentada do Instituto de Geociências da UFMG (IGC/ MG) e diretora do Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarãesr
Storyboard: Tébis Oliveira
Ilustração: Heder
O PRÍNCIPE
DOS GEÓLOGOS
D
jalma Guimarães nasceu em Santa Luzia (MG), filho de Caetano e Evangelina T.Guimarães, neto do conselheide Ouro Preto, ganhando uma viagem à Europa. Abriu mão do ro João Caetano da Silva Guimarães, seu avô paterno, e do senador Manuel Teixeira da Costa, seu avô materno. Formou- prêmio para empregar-se como engenheiro civil nas obras da Estrada de Ferro Teresópolis (RJ). se engenheiro de minas e civil em 1919, na Escola de Minas
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
Guimarães atuou em quase todas as áreas das geociências. Na mineralogia, estudou os pegmatitos da região de São João Del Rei (MG) e da então província de Roraima, em especial os nióbo-tanta-
latos. Descreveu quatro novos minerais: a eschwegeíta, a arrojadita, a pennaíta e a geannettita, dando-lhes nomes em homenagem aos geólogos e engenheiros Eschwege, Arrojado Lisboa, Santos Penna e Giannetti. Também descreveu os meteoritos Serra do Magé (PE), em 1927, com o engenheiro de minas e geógrafo Luciano Jacques de Moraes, e, em 1958, o Patos de Minas, (MG). Em 1929, iniciou o estudo das rochas graníticas, elaborando uma nova concepção de sua gênese. O resumo desse trabalho foi publicado em 1938, na Alemanha, sob o título Das problem der Granitbildung. A publicação, lançada ao mesmo tempo em que a de H.G. Backlund, reabriu a polêmica sobre a gênese das rochas, tornando Guimarães conhecido como um dos pais da Teoria da Granitização.
A petrologia sempre foi a área de sua predileção. Sua principal ferramenta de trabalho era o microscópio de polarização, que usava para descrever as seções delgadas das rochas e interrelacionar as fases minerais, num trabalho minucioso para subsidiar suas interpretações petrogenéticas. Foi empregando essa técnica que desen-
volveu a Teoria da Enstatização, que defendia a mudança de estrutura do piroxênio de monoclínica para ortorrômbica.
Guimarães também foi o pioneiro da geoquímica no Brasil, baseando-se nela em seus trabalhos sobre metalogênese. O primeiro deles, Mineral deposits of magmatic origin, teve seu resumo publicado na revista Economic Geology e sua teoria sobre província metalogenética foi estudada na disciplina Geologia Econômica de vários cursos de geologia nos Estados Unidos. Na direção do Instituto de Tecnologia Industrial de Minas Gerais (ITI), fundado em 1944 a partir do Serviço da Produção Mineral (SPM) do estado, criou um laboratório de análises espectroquímicas que, chefiado pelo químico Cláudio Dutra, tornou-se referência em análises de amostras geológicas.
N
PATROCÍNIO
A COLUNA
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o Brasil, as Storyboard: Tébis Oliveira principais ocorIlustração: Heder rências de carvão mineral estendem-se Fontes: “A História do Carvão de Santa de São Paulo aos três Catarina”, de Mário Belolli, Joice Quadros estados do sul do País. e Ayser Guidi, e material coletado junto a Em Santa Catarina, a Comissão Evento White, durante o 44o ConBacia Carbonífera é gresso Brasileiro de Geologia, realizado representada por uma em Curitiba (PR), em outubro de 2008 faixa aproximada de 100 km de comprimento e largura média de 20 km, entre a Serra Geral, a oeste, e o maciço granítico da Serra do Mar, a leste, seguindo a orientação Norte-Sul. A exploração do carvão deu origem a importantes centros de mineração no estado, como Lauro Müller, Urussanga, Siderópolis, Treviso, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Morro da Fumaça e Maracajá.
A formação das jazidas, segundo o geólogo Hannfrit Putzer (1), ocorreu após a glaciação permo-carbonífera. No período, com o recuo do gelo no sul do País, a vegetação começou a se desenvolver obrigando os sedimentos “gonduânicos” a se depositarem em grandes áreas da Bacia do Rio Paraná nos três estados sulistas. Um dos melhores conjuntos de afloramentos da margem sudeste da bacia, que representa uma das colunas clássicas da estratigrafia do Gonduana mundial, fica no sul de Santa Catarina, próximo à cidade de Lauro Müller, ao longo da rodovia SC-438. É a Serra do Rio do Rasto ou Rastro, como passou a ser chamada.
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
A Serra do Rio do Rastro compõe o “Sistema Santa Catarina”, estabelecido por Israel Charles White no início do século XX. Ao fazer sua correlação com o “Sistema Karoo da África do Sul”, o geólogo americano comenta: “Esta estreita identidade, não somente dos fósseis dos As primeiras notícias sobre o carvão do sul catarinense foram dadas, no final do século XVIII, por tropeiros serranos que conduziam gado e cavalos do Rio Grande do Sul a São Paulo e Minas Gerais. Ao chegarem na cidade de Laguna, importante entreposto, eles falaram de “pedras pretas que queimavam”, algo que indígenas da região já contavam em suas histórias. Segundo os tropeiros, essas pedras pretas usadas para cercar o fogo e apoiar o fogão campeiro, entravam em combustão e viravam cinza.
Sistemas de Santa Catarina e Karoo, mas também a semelhança geral da feição estratigráfica e litológica que se encontra nos dois sistemas, bem como no do Gonduana da Índia, quanto ao que se refere aos membros, inferior e superior, certamente vêm em apoio da grande probabilidade da hipótese que admite que os Continentes Meridionais devem ter estado unidos durante os períodos permiano e triássico por porção de terra, agora submersa, a que Suess denominou terra Gonduana”. A notícia despertou o interesse da Corte e alguns estudos foram realizados. Mas o grande impulso ao uso do carvão da região veio em 1902, quando por gestões do catarinense Lauro Müller, ministro da Viação, foi promulgada a Lei no 957, determinando o consumo do produto pela Estrada de Ferro Central do Brasil e liberando 150 mil contos de réis – aumentados para 250 mil em 1903 - para estudos sobre sua exploração. Em 25/10/1903, o jornal “O Comércio”, de Laguna, noticiava: “Realizou-se no dia 10 do corrente a experiência definitiva do carvão das minas do Tubarão, na Estrada de Ferro Central do Brasil. O sr.Lauro Müller, ministro da Viação, acompanhado de grande Comitiva tomou o trem na Estação Central em viagem para São Paulo. Foi empregado na locomotiva o nosso carvão, cujo resultado foi ótimo, sendo considerado de superior qualidade”.
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Fontes: “Lavras do Abade: Estratégias de Gestão para o Patrimônio Arqueológico Histórico em Pirenópolis, Goiás”, tese de mestrado de Diogo Menezes Costa na Universidade Católica de Goiás e portal www. pirenopolis.tur.br
Storyboard: Tébis Oliveira Ilustração: Heder
E
m 1880, o francês Bernard Alfred Amblard d’Arena, contratado pela Companhia Prado para procurar ouro em Goiás, chegou à fazenda Cabaceiros, alto da Serra dos Pirineus, próximo ao arraial de Meia Ponte, hoje Pirenópolis, levado por um velho escravo. O local, 100 anos antes, possuía minas de ouro que ficaram conhecidas como Minas do Abade, em razão do nome de seu guarda-mor, João Rodrigues Abade.
Com o escravo, Arena passou dias bateando córregos e barrancos, buscando nascentes de rios e fazendo medições. Interessou-se por um grande e íngreme barranco na cabeceira do córrego do Abade, afluente do córrego da Barriguda, próximo a uma cachoeira, no rio das Almas. Arrendou então a fazenda, fundou a Sociedade d’Arena & Cia e pagou impostos ao Governo Geral e Provincial para minerar a área.
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
Em 1881, prevendo problemas futuros, pediu que a Câmara Municipal de Meia Ponte determinasse os dias de funcionamento da mina. Nos dias restantes, a população da cidade poderia utilizar as águas do rio das Almas. Os vereadores autorizaram a operação de quarta-feira a sábado, exigindo ainda que Arena reativasse o chafariz da praça da Matriz. As condições foram registradas em contrato, com multa de 30 mil réis em caso de descumprimento. Arena recusou-se a assinar o contrato.
Moradores da cidade trocavam o trabalho semi-escravo que realizavam para fazendeiros da região por um emprego na mina. Para alojá-los, Arena construiu uma vila com 30 casas, venda, farmácia e açougue, onde eles se endividavam. Para si mesmo, levantou um casarão branco, com janelas de vidro, calçamento ao redor e água encanada. A mesa era servida com champanhe e conhaque franceses. Na mina, o córrego da Barriguda e o rio das Almas foram desviados para abastecer uma máquina importada da Holanda. Na primeira mineração mecanizada do Brasil Imperial, o equipamento fazia o desmonte hidráulico do barranco, lavando-o com jatos de água de até cinco gravidades de pressão. Montes de terra seguiam com a água enlameando os córregos e o rio das Almas que, além do uso doméstico, eram as únicas fontes de água potável de Meia Ponte.
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Fontes: Breno Augusto dos Santos, geólogo, descobridor de Carajás e ex-diretor-presidente da Docegeo; “A Mineração e a Flotação no Brasil”, de Axel Paul Noël de Ferran
G
ene Edward Tolbert nasceu em 1925, em Concórdia ( Kansas, EUA). Serviu na Força Aérea americana na 2a Guerra Mundial e formou-se em Geologia pelo Colorado College, em 1949. Nesse mesmo ano, ingressou no Serviço Geológico dos EUA (USGS), trabalhando no Alaska até 1952. Torna-se mestre (1957) e doutor (1962) em Geologia pela Universidade de Harvard.
UM PIONEIRO DA
PESQUISA MINERAL
Chega ao Brasil em 1952 e passa a atuar junto ao DNPM na prospecção de minerais radioativos até 1955. Entre 1957 e 1959, prospecta bauxita em Poços de Caldas (SP) e ouro em Raposos (MG). Grande incentivador da Campanha para Formação de Geólogos (CAGE), Tolbert leciona Geologia Econômica na Universidade de São Paulo (USP) entre 1959 e 1963. (1)
Pesquisa e Texto: Tébis Oliveira e Barbara Bigarelli
Nessa época, os geólogos usavam Story board: Barbara Bigarelli veículos 4x4, rurais e Jeeps, e Renato Machado presenteados pela USGS e Ilustrações: Heder emplacados no Brasil com chapa branca. Certa vez, Tolbert usou um Deles para ir à praia. Seu azar não podia ser maior: foi parado por nada menos que o presidente Jânio Quadros, por estar usando veículo oficial...
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
1964
1966 Para o programa, destinado à prospecção mineral na Amazônia, contrata vários geólogos. Entre eles, Breno Augusto dos Santos, seu ex-aluno e que acabaria sendo o “descobridor” de Carajás, a maior jazida de ferro do mundo. Breno recebe o convite de Tolbert para integrar o BEP através de um telegrama da Western Union. (2)
Retorna aos EUA em 1964 e, como diretor técnico do USGS, avalia os recursos minerais do Paquistão. Em 1966, volta ao Brasil para coordenar o BEP (Brazilian Exploration Program), da Cia.Meridional de Mineração (CMM), subsidiária da US Steel, maior siderúrgica do mundo à época.
Em 1970, afastado da CMM por discordar das imposições dos novos dirigentes da US Steel, Tolbert ingressa na CVRD, hoje Vale. Sob sua coordenação, até 1974, os trabalhos de exploração mineral levaram à diversificação dos projetos da mineradora
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Baseado em texto do engenheiro agrônomo Leonam Furtado Pereira de Souza, diretor técnico da Petcom – Planejamento em Transporte e Consultoria -, publicado na home page www.leonamsouza.com.br (veja Mine Web).
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COMEU
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m meados de 1975, na fazenda São Luís, na margem esquerda do rio Pacaás-Novos (RO), o Projeto RADAM montou uma base de operações de campo. De um lado do acampamento ficavam três grandes barracas de lona verde escuro do pessoal da FAB, responsável pela operação e manutenção das aeronaves utilizadas nos trabalhos.
Storyboard: Tébis Oliveira Ilustração: Heder Do outro lado ficavam pequenas barracas para duas pessoas, amarelas, da equipe do RADAM. As instalações comuns eram a bateria de sanitários e chuveiros, a cozinha e o refeitório, o almoxarifado e a oficina para conserto das motosserras utilizadas na abertura de clareiras onde pousavam os helicópteros.
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
Entre as figuras “estratégicas” da equipe destacavamse o Almeida que servia de despertador com sua tagarelice matinal, o Bené que tentava da melhor maneira possível equacionar os problemas de logística – distribuição dos auxiliares de campo, lanche das equipes, horas de vôo, materiais, etc, e o Milton, eficiente cozinheiro que cuidava das “meias-travas” (lanches) e do jantar. Certo dia, devido à antecipação do horário de decolagem dos helicópteros, Alberto terminou às pressas o café da manhã e correu para a aeronave, já com o rotor acionado só esperando por ele. Na pressa, esqueceu-se de fechar o zíper da barraca onde estavam os offsets das imagens de radar que serviriam para planejar as visitas dos próximos dias.
O mais novo técnico do projeto era o engenheiro florestal Alberto, barriga-verde de Capinzal, Santa Catarina, que em sua campanha de estréia queria, a qualquer custo, mostrar serviço e dedicação. Assim, todas as manhãs, antes de ir a campo, conferia minuciosamente o seu material: “Caderneta OK, clinômetro OK, trena OK, offset OK, escala OK, suta OK”. Quando voltava, guardava tudo com muito cuidado em sua barraca. Com a saída das equipes, ficavam no acampamento somente o administrador, o cozinheiro e seus auxiliares, o encarregado do rádio, o almoxarife e algumas pessoas da FAB. Era quando os animais da fazenda aproveitavam para pastar entre as barracas. Ocorreu, então, que uma vaca ossuda, magrela e já velha meteu os cornos para dentro da barraca do Alberto e não hesitou em passar nos dentes mapas e offsets.
Parte II
OS 33
“ESTAMOS VIVOS, PATROCÍNIO
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o último dia de agosto, a perfuratriz Strata 950 começou a abrir caminho para o resgate dos mineiros soterrados. Uma falha em uma das brocas da máquina obriga a equipe a colocar em operação um segundo equipamento. No dia 7 de setembro, os mineiros já conseguem ouvir a perfuratriz T-130, que passa a trabalhar no alargamento do túnel já escavado.
Fontes: La Nacion, Le Monde, El País, Folha de S. Paulo, BBC Brasil, Reuters, The New York Times, UOL notícias, EFE
Os mineiros também se envolvem no plano de resgate. Recolhem os escombros da perfuração e analisam as rochas do teto do refúgio procurando sinais de um novo deslizamento. O operador da T-130 nota que “os mineiros ficam mais tranqüilos quando ouvem o martelo de perfuração”.
Modelo de Texto Institucional do Patrocinador (900 toques) Uma história de mais de 30 anos não pode ser esquecida. Foi importante para nossa empresa, para nossos colaboradores, para nossos parceiros, para nossos clientes e para o nosso País. Na verdade, há muitas histórias naquele período cuja memória nos orgulhamos de preservar. Mais que um compromisso nosso, trata-se de um dos princípios que norteiam nossas operações. Está par a par com a busca de novas tecnologias, com a qualificação cada vez maior de nossos colaboradores e com práticas ambiental, sócio e economicamente sustentáveis que nos empenhamos com rigor em concretizar contínua e absolutamente. Contribuir para que um dos capítulos da história da mineração brasileira passe à posteridade nada mais é que o que fazemos a cada dia: contribuir para que o Brasil consolide mais e sempre sua condição de grande economia em um mundo globalizado.
Na superfície da mina, o acampamento “Esperança”, onde os familiares dos trabalhadores presos se reúnem, continua a receber curiosos e jornalistas do mundo inteiro. Entre as mensagens de solidariedade que se multiplicam está a do Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel. “Espero que os mineiros possam rever a luz não só do dia, mas também do rosto e sorriso de seus familiares, amigos, do povo chileno e do mundo que os acompanha”, diz o arquiteto, escultor e ativista de direitos humanos. No dia 17 de setembro, mais uma vitória: a T-130 alcança as galerias e chega à 623 m de profundidade – o mesmo nível onde estão os mineiros. Saudando a chegada da máquina, em meio às celebrações do bicentenário da independência do país, os operários entoam: “Atenção de todo o coração: Chi, chi, chi! Le, le le! Mineiros do Chile!”.
Pesquisa: Barbara Bigarelli e Renato Machado Storyboard: Barbara Bigarelli Ilustração: Heder
O nascimento da filha do mineiro Ariel Ticona é transmitido ao vivo para os 33 sobreviventes no fundo da mina por uma instalação de fibra óptica. A menina recebe o nome de Esperanza.
Na madrugada do dia 22, uma peça da perfuratriz se desprende e interrompe as operações por mais de oito horas. Os mineiros conseguem recuperá-la e, através de um vídeo, apontam sua importância na perfuração. Prontamente, uma terceira máquina é acionada – a sonda de perfuração geotérmica RIG 421, utilizada em atividades petrolíferas.
Storyboard: Tébis Oliveira Ilustração: Heder Fonte: Geólogo Roberto Assad
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MEMÓRIAS DE UM
“BAUXITEIRO” 1967.
Recém-formado pela Escola Nacional de Geologia do Rio de Janeiro, Roberto Assad é contratado para a equipe de pesquisa de bauxita da canadense Alcan, na Amazônia. Desconhecia completamente o minério: "Aprendi no campo, acompanhando as perfurações que os caboclos faziam com o trado, perguntando tudo, anotando as respostas e varando as noites com leituras técnicas". Nos livros descobriu que a bauxita, no Brasil, ocorre somente em altos topográficos intemperizados.
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ilustração baseada em foto da área de secagem de minério da MRN.
Agradecimentos: Lara e Ana Luiza Ribeiro Assad, pela reprodução digital de slides do arquivo pessoal de Roberto Assad, retratando o cotidiano das equipes de pesquisa em Trombetas e Paragominas (PA). As ilustrações de época foram baseadas nesse material.
Baseada no trabalho realizado pela americana Kaiser nos anos 50, a mineradora canadense começou a pesquisar em Parintins e veio "varrendo" o rio Amazonas e afluentes próximos. Um dos problemas do trabalho de campo era o uso do trado helicoidal nas perfurações que, ao triturar as amostras coletadas, misturava bauxita e argila, causando problemas na lavagem do material e dificultando sua avaliação. Assad atribui ao trado, principalmente, o erro da Alcan passando por Juruti sem perceber a imensa jazida de bauxita onde a Alcoa hoje implanta um mega-projeto de mineração.
Depósito complexo, Juruti teria sido descoberta então se a abertura de poços fosse uma prática mais utilizada. "Era o trado e, de vez em quando, apenas um ou dois poços em um platô enorme", lembra Assad. O trado só acertou em Trombetas, onde está a MRN, por pura sorte na seleção dos platôs para futura redução de malha, diz o geólogo. Nesse caso, foi determinante a ordem da diretoria canadense para a locação de um poço na área. Achando que o mapa demarcando a locação estava errado, Assad redesenhou os igarapés e inverteu a cabeça do platô. Por vias tortas, a equipe descobriu o minério de Saracá IV, levando a Alcan a fechar a malha nesse e em outros platôs. Seguiram-se Almeidas, Bacaba, Aviso e Bela Cruz, todos com vários poços.
Com cerca de 1 m de diâmetro e até 20 m de profundidade, os poços eram escavados por um homem, enquanto outro retirava a terra com um balde amarrado a uma corda. Para manter o ar respirável, a equipe inventou uma engenhoca: uma fornalha acesa em um tambor consumia o gás carbônico acumulado no poço, sugando-o por um cano, emendado a outro conforme a escavação avançava. Concluída a escavação, Assad descia, firmando os pés em fendas abertas nas paredes a cada meio metro de altura. Só de calção, o geólogo cortava a rocha com o martelo, recolhendo amostras em uma lata amarrada a uma corda. Na rocha dura, lascas saltavam ferindo seus olhos e rosto e bem pouca era a quantidade de material coletado.
Os poços não eram o único nem o pior problema. A equipe de 100 homens ficou 2 anos à luz de lampiões em plena selva, sem ter nem mercúrio-cromo para tratar ferimentos e comendo animais, pássaros e peixes trazidos por 3 caçadores contratados, além de algum alimento mandado de Manaus pelo geólogo-chefe Igor Mousasticoshvily. Sintonizando uma freqüência de rádio local, recebiam mensagens do tipo: “Teco-teco, baco-baco, Assad, espero que esteja tudo bem!”, enviadas por Igor, às quais não podiam responder. “Vivíamos como bichos, isolados por 2 ou 3 meses e, às vezes, chegamos a um estado crônico de imbecilidade. Houve uma época em que eu e outro geólogo, Antonio Pinto, andávamos nus como índios”, lembra Assad.
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Fontes: Geopark Quadrilátero Ferrífero - Histórias da Mineração e Tese “Quadrilátero Ferrífero - MG”, de Úrsula Ruchkys - 2006 - cap.8
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m 1808, Dom Rodrigo Antônio de Souza Coutinho, Conde de Linhares, foi nomeado Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros. Principal incentivador da fuga da Família Real, defensor dos interesses ingleses na Corte e progressista, o nobre pregava o incentivo à montagem de indústrias no Brasil e a articulação de um grande Império Português a partir do Rio de Janeiro. Na época, estavam sendo implantadas duas siderúrgicas. Uma delas, por Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt de Sá, Intendente Geral das Minas e dos Diamantes, era a Real Fábrica de Morro do Pilar (MG). A outra era a Real Fábrica de São João de Ipanema, inicialmente a cargo do engenheiro sueco Heldberg, assumida depois pelo engenheiro alemão naturalizado português Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen, em Sorocaba (SP), onde já existia uma antiga fábrica de ferro.
A FÁBRICA
PATRIÓTICA
Storyboard: Tébis Oliveira Pesquisa: Barbara
O atraso dos projetos levou o Barão Bigarelli e Renato Machado Wilhelm Ludwig Von Eschwege, engenheiIlustração: Heder ro militar a serviço da Coroa Portuguesa, geólogo, mineralogista, cartógrafo e escritor, a pensar em construir ele próprio uma usina, tornando-se o primeiro produtor de ferro em escala industrial no Brasil. Eschwege (centro) foi apresentado pelo Conde de Linhares (à esq.) ao governador de Minas Gerais, Francisco de Assis Mascarenhas, Conde de Palma (à direita), que o ajudou a formar uma sociedade anônima privada para financiar a siderúrgica chamada de “Fábrica Patriótica”.
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O local escolhido para o empreendimento foi a Região do Prata, perto de Congonhas do Campo (MG). Sobre o minério de ferro ali existente, Eschwege escreveu: “A magnetita, a especularita e o itabirito, que constituem a base da montanha, se apresentam em tamanha quantidade que só a parte rolada daria para alimentar a maior fábrica de ferro durante muitos séculos”. Os trabalhos de construção começaram em 1811 com o nivelamento do terreno, abertura de um canal para o fornecimento de água e o corte de madeira. Após várias tentativas de empregar trabalhadores livres, Eschwege resolveu substituí-los por escravos.
O projeto consistia de um primeiro plano com 4 pequenos fornos, 2 forjas de ferreiro, um malho e um engenho de socar, todos instalados em um único edifício. Anos mais tarde, num nível inferior, foi construído um telheiro para o malho e as forjas.
Venh a fa zer pa rte des sa História !
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2º volume da coleção MineHQ com 12 novas histórias em quadrinhos.
MINEração No BrasIl
Coloque o nome da sua empresa ao lado dos grandes nomes que fizeram e fazem a mineração brasileira. Seja um dos seletos patrocinadores da COLEÇÃO MINE HQ. Afinal, uma boa história existe para ser contada.
2º-
volume
Os quadrinhos de cada história acabaram se transformando em verdadeiras obras de arte, únicos na reconstituição fiel e detalhada de cenas e personagens.
PesquisA e storyboArd:
tébis oliveirA, bArbArA bigArelli e renAto MAcHAdo ilustrAção: Heder
Lançamento: EXPOSIBRAM 2 011 26 a 29 de se t embro EXPOMinas, Belo Horizonte (MG)
Patrocine esta idéia Fale com nosso Departamento Comercial publicidade@inthemine.com.br F.: (11) 2805-7425
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