UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO ELEMENTOS DE ANÁLISE DE ARQUITETURA E URBANISMO 2 PROFª.: CAMILA GIRÃO
CAUCAIA Mercado Juaci Sampaio Pontes e entorno
Equipe: Camila Catunda 0286913 Hortênsia Gadelha 0288788 Simone Farias 0292308 OUTUBRO/2008
Sumário Introdução.....................................................................04 Aspectos Históricos......................................................05 A Questão Política.........................................................06 Projetos Propostos........................................................07 Dados Básicos..............................................................08 Equipamento/ Infra-estrutura.........................................10 Aspectos Sociais, Culturais e Econômicos...................11 Aspectos Naturais.........................................................12 Roteiro de Avaliação do Espaço Público.......................13 Conclusão......................................................................17 Bibliografia.....................................................................18
Introdução: Para o trabalho de análise de um espaço público, escolhemos, na cidade de Caucaia, o Mercado Juaci Sampaio Pontes e as vias de seu entorno, espaço situado no centro, onde ocorre intenso fluxo e aglomeração de pessoas, veículos e mercadorias. A opção por este local teve como razão as peculiaridades encontradas ali. O mercado fica situado numa área de confluência das principais vias da cidade. A importância delas deve-se ao fato de ligar, de norte a sul, Icaraí e Jurema e, de leste a oeste, as cidades de Fortaleza e Sobral, caminhos significativos que promovem uma prática comercial muito intensa. Antigamente, as ruas Coronel Correia e Edson da Mota Correia eram as únicas vias que, passando por Caucaia, faziam a ligação entre Fortaleza e Sobral. Por situarem-se no centro, o fluxo dessas vias, juntamente com o fluxo conseqüente da atividade comercial (bastante intenso, visto que ali se encontra o Mercado Juaci Sampaio Pontes), causava uma sobrecarga de circulação nessa área. Com os desvios propostos pela CE 090, CE 117, BR 222, e a Avenida do Sol Poente, parte deste fluxo demasiadamente intenso foi deslocado para outras regiões da cidade, desenvolvendo, assim, outros centro comercias. Contudo, o local estudado mantém o caráter desorganizado do tráfego, pois ainda tem função de suprir as necessidades dos moradores locais.
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Aspectos históricos: No período entre 1986 e 1990, gestão de Domingos Pontes, diante da demanda que o Mercado não era capaz de atender, houve uma tentativa de melhora da infraestrutura para os permissionários e consumidores: a transferência do Mercado para a região das Malvinas. Na época, a região encontrava-se fora dos limites da cidade, e o transporte até lá para muitos não era possível. Poucos moradores usavam carro. Geralmente, andava-se a pé ou a cavalo. Juntava-se a isto a distância entre o novo Mercado e o Centro da cidade. Assim houve uma negação, por parte dos moradores. A solução imediata para a volta do Mercado para o centro consistiu na realização de reformas tendo como tentativa a melhora da estrutura para a população. O projeto inicial para o retorno do Mercado ao Centro tinha capacidade para 160 boxes, porém no último levantamento foram contados 504.
Mercado Juaci Sampaio Pontes
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A Questão Política: Apesar de a região não dispor de recursos para prestar dignamente o serviço a que se destina e de haver tentativas por parte de setores públicos para corrigir as precariedades sofridas pelos freqüentadores, há uma questão política que não permite que sejam realizadas as melhoras necessárias. Do trabalho no Mercado sobrevivem, em média, 504 famílias. A elas está relacionada uma significativa porcentagem da população. São familiares, amigos, fregueses, etc. São em média 40.000 eleitores. Apesar de toda a precariedade, os permissionários recusam-se a ser movidos do local, pois o Mercado se encontra no Centro, situado numa área plenamente comercial, no cruzamento das principais ruas da cidade e há um forte valor afetivo da população pelo o local. Nessas condições o Governo sente-se intimidado em adotar uma atitude similar a anterior (Malvinas), pois, isso significaria a perda de uma quantidade fundamental de votos. Sendo assim, o que é feito são apenas eventuais reformas que não resolvem os problemas de espaço, acessibilidade, higiene, etc. de uma forma definitiva.
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Projetos propostos: Com o intuito de transformar a estrutura deficiente e trazer uma melhoria definitiva para aquele Centro de Caucaia houve diversas iniciativas. Muitos projetos foram pensados e enviados como novas propostas. A demanda por melhores condições viárias, saneamento, distribuição de água, espaço, equipamentos, etc, clama por um espaço mais amplo e funcional. Conhecemos alguns desses projetos. Em dois deles, o Mercado permaneceria onde funciona hoje, porém seu espaço físico seria expandido. A vantagem disso seria o melhor funcionamento, sem que os permissionários precisassem sair o local que lhes agrada. Outro o deslocaria para outro ponto. Porém, seus defensores afirmam que não aconteceria o mesmo problema do tempo das Malvinas, em que a locomoção era difícil, pois o transporte atualmente é um recurso estreitamente ligado à população.
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Dados Básicos: Como dito anteriormente o espaço estudado consiste no Mercado Juaci Sampaio Pontes e as quatro vias no seu entorno. O local é utilizado para circulação (vias principais), práticas comerciais (varejo e informal - feira) e serviços (informal) As edificações encontradas são geralmente de dois pavimentos e é constituída basicamente por lojas e bancos. O Mercado em si, pode ser considerado um marco edificado por possuir um valor afetivo muito grande para a região. Consideramos o domínio do mercado como semi-público, pois ele fica aberto em determinado período do dia. As ruas são públicas, e nelas funcionam comércios privados. A acessibilidade provida por essas ruas é inexistente. Foram encontradas pouquíssimas rampas com inclinação e largura inadequadas.
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A área atual do pavimento térreo do Mercado Juaci Pontes é de: 3.540,60 m², já a do pavimento superior, de 635,20 m². Somando um total de 4.175,80 m². Projetado para comportar 160 boxes, 145 no térreo e 15 no superior, atualmente ele comporta 504 permissionários. Nenhum boxe se encontra livre. Podemos observar uma lógica na disposição dos tipos de venda. Do lado esquerdo do pavimento inferior estão a parte mais suja, como venda de animais e carnes; já do lado direito as mercearias. No pavimento superior, são localizadas principalmente os prestadores de serviços.
Tipos de vendas PAV. TÉRREO PAV. SUPERIOR Aves Rádio Defumados/ frios Cabeleireiros Frigorífico Consertos em geral Ovos Sapateiro Peixes Informática Hortifrutigranjeiros Importados Plantas medicinais Eletrônica Temperos CDs Avicultura Acessórios para celular Rações Relojoeiro Mercearia Joalheiro Armarinho Chaveiro Embalagens Bijouteria Miudezas Tecidos Papelaria Redes Pláticos Material esportivo Serigrafia Bolsas Diversos/ variedades Confecções Ferragens Calçados Retaurantes Marmitaria Lanchonete Guaraná Bomboniere
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Equipamento/ Infra-estrutura Em relação aos equipamentos do lugar, foram encontrados poucos exemplos de mobiliário urbano. Estes se resumem à paradas de ônibus (intermunicipais e alternativos),estacionamentos para bicietas, sinalização, quiosques, banheiros (dentro do mercado) e poucas bancas. Apesar de ser um espaço público e necessitar de arborização não encontramos exemplo algum. Quanto à infra-estrutura e serviços, a população dispõe de água encanada e caixa d'água, porém, o esgoto é de péssima qualidade, até mesmo um riacho foi utilizado como esgoto natural .Não há coleta de lixo para os comerciantes, que depositam os detritos na margem do trilho ( a um quarteirão de distância). O maior problema de infra-estrutura se dá nas ruas. Por conta da inexistência de locais apropriados para o cumprimento de diversas funções de uma área comercial, a rua se torna palco dessas atividades. São exemplos a carga e descarga de mercadorias, estacionamento, circulação de pessoas e carros.
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Aspectos sociais, culturais e econômicos O período de maior atividade no centro da cidade se dá durante o dia. O Mercado, por exemplo, é aberto das 4:30h as 17:30h de segunda a sábado (os boxes que ficam do lado de fora do Mercado, na rua ocupada, por exemplo, funcionam todos os dias). Pessoas de todas as idades e de ambos os gêneros estão ligadas ao mercado, como permissionários ou como consumidores. Os freqüentadores são pessoas de Caucaia e de alguns distritos mais próximos. Sendo um espaço altamente requisitado pelos moradores da área não há relatos de vandalismo ou criminalidade. Além da atividade comercial exercida, há também alguns exemplos de serviços prestados, que têm como exemplo: táxi, mototáxi, salão de beleza, restaurantes, etc. O espaço do Mercado é utilizado pelos permissionários mediante pagamento de uma taxa irrisória, que varia de um a doze reais.
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Aspectos Naturais O ambiente analisado não apresenta vegetação alguma. Por esse motivo a insolação nas ruas é intensa, o sombreamento se dá apenas pelos prédios, que não foram orientados buscando uma ventilação conveniente. Toda a área foi completamente edificada, construiu-se até mesmo em cima do raiacho que passa pelo centro, hoje utilizado como esgoto. Encontramos poucos exemplos de animais, que resumem-se a pombos e cachorros.
Esgoto a céu aberto.
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Roteiro de Avaliação do Espaço Público: IDENTIDADE
2. CONTINUIDADE/ PERMEABILIDADE Não foi observada uma continuidade entre o local estudado e outros espaços públicos. Apesar de estar próximo à Praça da Prefeitura, tais espaços não dialogam. A rede viária do local apresenta-se, de certa forma, previsível, mas também não interliga claramente o Mercado a qualquer outro ponto focal do centro. Não ocorrem intervenções que melhorem este aspecto por que não tem sido possível promover essas melhorar sem prejudicar o trabalho dos permissionários.
Indicadores
Sociais
Arquit et ônicos
Humanos
Biológicos
0
2
4
6
Pontuação
Continuidade/ Permeabilidade Compl ement ar i dade ent r e espaços
Indicadores
1. IDENTIDADE Por ser localizado entre as quatro vias mais importantes da cidade (as que ligam as cidades de Fortaleza e Sobral e as que ligam a região da Jurema e a Praia do Icaraí), o local é estratégico para o desempenho do trabalho dos permissionários. Apesar de haver outros caminhos que levam aos mesmos destinos das vias principais, a vantagem de passarem pelo centro ainda é valorizada pelos moradores e por pessoas de outras cidades. A infraestrutura deste ponto do centro de Caucaia é precária. Há raros exemplos de mobiliário urbano, como bancas externas ao mercado, pontos de ônibus, e telefones públicos, sendo os banheiros públicos inseridos no interior do Mercado. Mesmo assim, o Mercado, bem como seu entorno, é muito freqüentado. A iluminação noturna não recebe ênfase, visto que a atividade ali é inteiramente diurna e, segundo permissionários, policiais e funcionários da prefeitura, a taxa de criminalidade no centro é quase nula. Os aspectos naturais não foram valorizados. O principal exemplo disso é o riacho que corre sob o centro, adotado como esgoto do Mercado há alguns anos e ainda é utilizado com esta finalidade atualmente.
Int er l i gaç ão de per cur sos
Pr esença de i nt er v enç ões
E nt r e os es paç os públ i c os e r uas
Vi as/ Ver des/ T r ans . P úbl i co
0 1 2 3 4
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
0
1
2
3
4
Pontuação
Segurança, Conforto e Aprazibilidade M ateriais confo rtáveis
Indicadores
3.SEGURANÇA, CONFORTO E APRAZIBILIDADE Há um esforço para melhorar a região, tornando-a mais agradável e eficiente. Alguns projetos com essa finalidade já foram apresentados. O que impede sua execução são questões políticas e sociais. A segurança é feita pelo Ronda do Quarteirão e um vigilante local, que permanece de seis da tarde às seis da manhã. Como já foi esclarecido, a escassa iluminação não prejudica o funcionamento do local, que ocorre no período diurno. Naturalmente, esta característica inviabiliza a utilização durante a noite, além de prejudicar o trabalho do vigilante (o que não é um fato grave, visto que a criminalidade é baixa). A área estudada não oferece artifícios para o conforto dos passantes, como mobiliário e infra-estrutura. Apesar de não ter como função o estar, mas sim a circulação (de pessoas e mercadorias) e o comércio, esses recursos de aprazibilidade são necessários a qualquer espaço público.
Elementos de água (microclima) Veegetação para criar ro tas Vegetação para qualidade climática P ro teção co ntra ruído s M o biliário Iluminação A cessibilidade
0
0,5
1
1,5
Pontuação
13
Mobilidade/Acessibilidade Fácil acesso pela cidade
Indicadores
4. MOBILIDADE/ ACESSIBILIDADE Às pessoas com mobilidade reduzida, o Mercado e seu entorno são completamente inacessíveis. Salta aos olhos a carência de meios que promovam a acessibilidade. Dentro do mercado, a área de circulação é demasiadamente estreita. Fora, a inexistência de rampas (exceto duas encontradas, muito íngremes e estreitas), a falta de manutenção das calçadas e sua utilização por comerciantes informais são os principais exemplos. No espaço da rua, algumas irregularidades dificultam a mobilidade. O comércio informal que ocupa as calçadas dificulta a passagem de pedestres. A via , além de cumprir sua função de circulação de veículos, é o local onde ocorre a carga e descarga de mercadorias, onde os carros ficam estacionados (não há local próprio para estacionamento) e, em pontos onde a calçada é completamente ocupada pelo comércio, serve até mesmo de passagem para pedestres. O lixo produzido pelos comércios da região é deslocado para um container há um quarteirão de distância, ao lado do trilho do trem, onde, segundo os moradores, há coleta de lixo. Tendo a demanda como ponto de vista, a localização pode ser considerada inadequada. O espaço físico do Mercado é demasiadamente pequeno, considerando a intensidade das atividades comerciais exercidas ali. Após a volta do funcionamento do Mercado no centro de Cacaia, a demanda, que já era grande, aumentou, acarretando a situação de desorganização instalada no local.
Localização adequada Est acionament o compat í vel Previsão de acesso para veí culos de ser viços Supera declives acent uados Segurança em at ravessament os Separação de cir culações dif erent es Enquadrament o/ Alinhament o
0
1
2
3
4
Pontuação
6. LEGIBILIDADE A legibilidade, tão crucial no espaço público para a interligação de percursos, é deficitária no espaço analisado. A direção que deve ser tomada é duvidosa devido à falta de sinalização e de elementos que indiquem locais. Todo caminho, no Mercado Juaci Pontes, principalmente, é confuso e desordenado, Dificultando, assim, a permeabilidade e continuidade. Nas ruas ao entorno a locomoção dos veículos é impossibilitada devido ao acúmulo de permissionários, pessoas e carros estacionados indevidamente nas ruas. As vias não reforçam os panoramas existentes do local, elas servem apenas para conduzir o fruidor de um local para outro. Não há valorização de pontos focais no local analisado, porém o marcado, visto como um marco urbano, tem sua presença destacada, pois ocupa o centro de confluência das ruas principais. É verdade que a arborização pode atribuir uma imagem própria as ruas, porém as ruas percorridas têm sua imagem atribuída pela inexistência delas. Já quando a iluminação, esta é bem rarefeita, até porque o lugar funciona quase que unicamente durante o dia. Dessa forma a iluminação não é usada para leitura dos espaços e à noite esta também não facilita esse aspecto. Nas ruas existem placas, sinais e outras sinalizações para apreensão da área, porém não foram observadas facilidades nesse aspecto. Utilização de mapas, ou outras formas facilitadoras não foram encontradas.
Co ntro le da apro priação co mercial Equipamento s para diveso s grupo s etário s Equipamento s para ido so s
0
0,5
1
1,5
Pontuação
Legibilidade Sinalização facilitando apreenção da área
Iluminação f acilit ando a leitura
Indicadores
5. INCLUSÃO SOCIAL Em todos os aspectos deste parâmetro, a região encontra-se deficiente. A parte do centro que foi escolhida para estudo mal dispõe de equipamentos, sendo impossível discriminar as faixas etárias a que estão destinados. Também não há controle da apropriação do espaço público (para fins comerciais). A ocupação da rua Jacob Gomes por permissionários do Mercado, é uma exceção disso, pois foi uma iniciativa da própria prefeitura.
Indicadores
Inclusão/ Coesão Social
Arte Pública
Arborização utilizada como elemento de dif erenciação
Vias valorizando panoramas Pot encialização dos Pontos Focais
Destaque de M arcos Urbanos
0
0 1 2 3 4
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Pontuação
14
Diversidade e Adaptabilidade
9. SUSTENTABILIDADE O grande exemplo de pouco zelo com os recursos naturais no lugar é a adoção do riacho como esgoto, demonstrando que sustentabilidade não é algo tão valorizado na região. Há uma falta de equipamentos para comportar a população. Tanto espaços que comportem os comerciantes e consumidores como para a circulação de veículos. Equipamentos para o estar dos passantes também poderiam ser adicionados, dessa forma, o local proporcionaria uma melhor adaptação das pessoas.
Pode receber atividade de caráter efêmero Espaço externo como continuidade das atividades do interior
Diversos usos durante o dia
Espaços Públicos contemplam diversas atividades
0
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Resistência e Durabilidade
Elementos recicláveis
Elementos duráveis e de fácil manutenção
M at eriais adequados ao meio ambient e e condições de utilização 0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
Pontuação
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
Sustentabilidade
0
Fácil manut enç ão
Indicadores
0 1 2 3 4
0,5
Pontuação
Indicadores
8.RESISTÊNCIA E DURABILIDADE Os materiais utilizados nos elementos urbanos apresentam resistência e durabilidade. Por ser um local de intensa atividade, onde passam muitas pessoas, este aspecto é importante. Porém não há como reutilizar elementos, já que o equipamento disponível é irremovível.
Indicadores
Permite adaptação futura com novos usos
7. DIVERSIDADE E ADAPTABILIDADE O uso tanto do Mercado quanto de seu entorno é plenamente comercial, e o espaço físico está completamente ocupado por esta atividade. A única atividade de caráter efêmero que ocorre trata-se do desfile de colégios, comemoração do aniversário da cidade, que passa pela rua Juaci Sampaio Pontes, em direção à Praça da Prefeitural.
Equipament os em
0
quant idade adequada
Mat er iais r ec icláv eis em
0
equipament os
Ut iliza de f or ma r acional
0
os r ecur sos nat ur ais
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Pontuação
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INDICADORES 1. Identidade 2. Continuidade/ Permeabilidade 3. Segurança, Conforto e Aprazibilidade 4. Mobilidade/ Acessibilidade 5. Inclusão/ Coesão Social 6. Legibilidade 7. Diversidade e Adaptabilidade 8. Resistência e Durabilidade 9. Sustentabilidade
Grupos Sociais Físicos com finalidade social Físicos com finalidade física
MÉDIA 1,75 0,6 0,1 0,5 0,33 0,71 1,0 1,66 0,00
Médias 1,75 0,479 0,694
1,8 1,6
Através das médias podemos observar que as que tiveram melhores resultados foram as questões relacionadas à identidade, resistência e durabilidade, e diversidade e adaptabilidade respectivamente. Já as piores notas foram de sustentabilidade; segurança, conforto e aprazibilidade; e inclusão e coesão social. Dividimos assim, os parâmetros qualitativos para melhor compreender a dinâmica que ocorre. Os elementos foram divididos em três grupos: os de características sociais; os de características físicas com finalidades sociais; e os de características físicas com finalidades físicas.
SOCIAIS Identidade
FÍSICOS COM FINALIDADE SOCIAL Segurança, conforto e aprazibilidade Inclusão/ Coesão social Diversidade e Adaptabilidade
FÍSICOS COM FINALIDADE FÍSICA Continuidade/ Permeabilidade Mobilidade/ Acessibilidade Legibilidade
1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Sociais
Físicos com finalidade social
Físicos com finalidade física
Observando as análises, é evidente que os aspectos sociais têm presença mais forte no Mercado e em seu entorno. As médias e os gráficos comprovam que o valor social é superior aos físicos, ou seja, o mercado tem uma estrutura deficiente, entretanto o valor afetivo e de identificação por parte da população é bem desenvolvido.
Resistência e Durabilidade Sustentabilidade
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Conclusão: A rigor as características morfológicas do local estudado não atendem as diversas questão expostas no decorrer do trabalho. O projeto é obsoleto e há anos tenta-se propor uma melhoria definitiva. A forma é completamente confusa e apenas aqueles moradores que transitam costumeiramente por lá têm uma apreensão de que modo aquele espaço se organiza. Já outros precisariam de algum tempo contornando o lugar para compreender o emaranhado de acontecimentos presentes. Locomoção de veículos diversos; venda de roupas, alimentos, animais, equipamentos; prestação de serviços; vendedores ambulantes, todos se confundem e se unem formando um local pouco saudável, verdadeiramente inóspito. Porém, não é preciso observar com muita atenção para perceber a vida que ele tem. Posicionado no centro da cidade, poderíamos perfeitamente caracterizá-lo como o coração daquele lugar. Impulsionando através de suas vias os moradores, visitantes e comerciantes. Vitalizado pelo comércio, dificilmente encontraremos outros tipos de usos. A compra e venda, a locomoção e a forte permanência dos comerciantes inibe e praticamente impossibilita outros usos. Áreas residenciais preferem se localizar bem distantes, pois a poluição do ar e sonora é permanente naquele ambiente. Como foi apresentado anteriormente, existem muitos novos projetos que melhor atenderiam aquelas demandas, porém questões políticas dificultam a inicialização. Mesmo com as inúmeras irregularidades, o Mercado Juaci Pontes e seu entorno sobrevive, pois ele é de grande valor afetivo para a população.
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Bibliografia LAMAS, José Manuel Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa, Dinalivro, 1993. BRANDÃO, Pedro. O Chão da Cidade. Guia de Avaliação do Design de Espaço Público. Centro Português de Design, Lisboa, 2002. http://www.caucaia.ce.gov.br/ (18/10/2008)
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