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Ana Carolina dos Santos Barros Aluna do 7o semestre do CAU CPF: 026.982.513-44 Telefone: 99146977 Email: carolbarros@arquitetura.ufc.br
Mariana Quezado Costa Lima Aluna do 4o semestre do CAU CPF: 044.436.603-21 Telefone: 99250859 Email: marianaqcl@gmail.com
Hortênsia Gadelha Maia Aluna do 7o semestre do CAU CPF: 021.963.703-20 Telefone: 88038085 Email: hortensiamaia@gmail.com
Natália Maciel Miranda Aluna do 5o semestre do CAU CPF: 011.836.313-16 Telefone: 87684182 Email: mirandaufc@gmail.com
Joana Pimentel Guedes Aluna do 5o semestre do CAU CPF: 027.015.413-28 Telefone: 88713620 Email: joanapguedes@gmail.com
Orlando Bruno Ferreira Olegario Aluno do 5o semestre do CAU CPF: 021.689.143-46 Telefone: 91387437/ 32723829 Email: brunolegario@gmail.com
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O Projeto As novas tecnologias têm acendido questões relativas à produção e significação de imagens em diversos domínios do conhecimento. Nas ciências sociais aplicadas não é diferente. No Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará, caberá ao LED, Laboratório de Experiência Digital, ora em processo de implantação, engendrar-se como espaço próprio de reflexão sobre tal problemática. A pesquisa Imagem Espaço . Imagem Objeto: novas tecnologias para representação arquitetônica, fomentada pela FUNCAP (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e com apoio do DAU-UFC, tem como objetivo investigar as novas estratégias utilizadas pela arte, pela arquitetura e pela ciência da computação para incremento da percepção, promovendo experiências em espaços virtuais de imersão por um viés, a concretização de modelos em prototipagem rápida, e sistematizar conhecimentos necessários ao ensino da arquitetura e do urbanismo, capacitando os futuros profissionais e contribuindo na formação de novos quadros de pesquisadores.
Contextualização Com advento dos novos meios, observa-se uma aceleração nas formas de produzir e reproduzir imagens. Percebe-se que a dificuldade em identificar, em atribuir um nome para tais imagens é comum ao nosso tempo e que aponta para aquilo que se constitui como a mais nova crise da representação. Essa crise de representação se instaura efetivamente com a convergência das mídias e dos diversos domínios do conhecimento. A partir dessa percepção, torna-se fundamental inserir as questões da representação do espaço arquitetônico como concernentes não só ao exercício de projetação, ou à teoria da arquitetura, mas considerá-las como questões a serem tratadas necessariamente no domínio da interdisciplinaridade. No âmbito da teoria da arquitetura, Bruno Zevi (1918-2000) apontava, em meados do século passado, para o problema da inadequação dos meios disponíveis à representação do espaço arquitetônico. Afetada pelo progresso da ciência e da técnica de então, a produção cultural havia passado por mudanças profundas. Mas, em todo esse processo de evolução e transformação cultural, a arquitetura manteve-se praticamente isolada. Os métodos de representação do espaço, na teoria da arquitetura, estavam não só restritos à planta, à
elevação/corte, mas se utilizavam da fotografia e da perspectiva, o que por um viés, resolvia-se parte do problema da representação do espaço arquitetônico – ou seja a terceira dimensão. Contudo, sabe-se que o caráter primordial da arquitetura está relacionado ao tempo (à quarta dimensão), ou seja, com a experiência sucessiva de todas as etapas espaciais. Zevi então finda por sugerir a cinematografia como meio adequado ao estudo da arquitetura. Cerca de quarenta anos depois da sugestão de Zevi, com o advento de novas tecnologias, vivenciamos a ascensão da imagem gerada por computador, da imagem virtual como imagem per si, das imagens capazes de mudanças autônomas e de uma esfera sensorial envolvente e semelhante à vida. Recolocam-se, desse modo, os meios para representação do objeto arquitetônico. Ou seja, através da prototipagem rápida e das novas estratégias de imersão em espaços imagéticos de ilusão, recriam-se os meios que vão além da cinematografia aspirada por Zevi na teoria da arquitetura. Em síntese, os sistemas de ilusão e imersão visam remover os limites e a distância psicológica entre o observador e o espaço imagético proposto; e para que ocorra imersão deve haver diminuição da distância crítica do que é exibido e o crescente engajamento sensório com o meio.
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ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC. Além do objetivo imediato, pretende-se criar as condições iniciais para implantação do curso de graduação em Design da UFC, meta
bolsistas remunerados pelo projeto além de poder contar com colaboração de bolsistas voluntários, bem como de alunos do curso engajados em outros programas correlatos, tais como monitores do Atelier Digital e
assumida pelo Centro de Tecnologia e o Departamento de Arquitetura e Urbanismo para REUNI.
bolsistas PET/Arquitetura, São realizadas reuniões periódicas (semanais) para realização de discussões, apresentação de leituras, bem como para acompanhamento dos trabalhos. Foi criada uma lista de discussão e pretende-se criar um portal, para a comunicação eletrônica de assuntos relacionados e compartilhamento de documentos, facilitando assim a troca de informações rápida entre os participantes. Para divulgação dos resultados, ainda que parciais, do projeto faremos apresentações em congressos, seminários e eventos coerente com o calendário de Encontros de Iniciação Científica, como por exemplo, o Congreso de la Sociedad Iberoamericana de Gráfica Digital.
Objetivos O objetivo deste projeto é a formação de um novo grupo de pesquisa vinculado ao Laboratório de Estudos em Arquitetura e Urbanismo (LEAU) do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC). Através da instalação de infraestrutura básica que permita experiências de imersão em espaços virtuais e da prototipagem rápida, o projeto pretende gerar reflexões sobre o impacto das novas tecnologias no ensino da teoria e prática arquitetônica. Neste sentido são realizadas dinâmicas específicas que reflitam sobre o tema. Em especial, o projeto considera a implantação do Laboratório de Experiências Digitais (LED) a ser formado por professores, pesquisadores, estudantes e colaboradores vinculados ao Curso de Computação e
Teto da igreja de Santo Inácio
Metodologia
Osmose de Char Davis
A estratégia consiste na formação da equipe, e na divisão das ações em 3 etapas encadeadas e um conjunto de ações correlacionadas que perpassam todo o processo, que correspondem a gestão do projeto e sua permanente documentação. No que concerne a equipe, além da coordenação do projeto, há o acompanhamento de 2 professores colaboradores, sendo um da área de Percepção e Representação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e outro do Departamento de Computação. O projeto possui também a dedicação de dois
trabalhos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto
disciplina: elementos de composição tridimensional (ECT) Exercício 01 – Sólido sobre malha quadriculada Produto: 1. Desenho de distribuição das unidades-módulo por níveis. 2. Perspectivas axonométricas (02). 3. Desenho do plano de corte das peças que, uma vez coladas, comporão o sólido. Apresentar legenda para: faces coladas na base; arestas contíguas; faces ocultas no sólido e abas de colagem. 4. Sólido colado à base. Exercício 02 – Composição espacial sobre malha quadriculada Produto: 1. Composição colada à base em escala de 1:200
trabalhos
arquitetura e urbanismo imagem espaรงo . imagem objeto
trabalhos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto
Um projeto é uma identidade: proprietário-residência. O objetivo inicial é manter a caracterização da casa-tipo como algo reconhecível pelo principal interessado no projeto: o morador. O programa objetiva utilizar o maior número de elementos identificados e identificantes da comunidade de Icapuí. Os mais representativos foram envolvidos em estudo da viabilidade de transplante (adequação ao tamanho do lote, por exemplo) para só então serem efetivados em nível de projeto. A remodelação, embasada em dados técnicos e fenomenológicos, foi resultante da criteriosa releitura das casas de Icapuí. A pretenção de um projeto que alcançasse a máxima aceitação não foi levada às últimas consequências. Afinal, sabe-se da inexistência de tal, pois logo após a ocupação, cada casa tomará para si a essência, a feição de seu proprietário. A1
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Cabe ao arquiteto a estrutura, o suporte inicial para permanência e desenvolvimento de novos signos e significados. A preocupação em manter signos conhecidos com os quais os moradores se identifiquem, foi mantida como foco principal. Não por acaso os costumes são permeáveis às mudanças e com a descaracterização do meio correria-se o risco de perder valores culturais valiosos.
trabalhos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto
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1. Cenografia e montagem da exposição feito em Sketchup 2. Exercício realizado no MAUC com utilização de uma Rotunda improvisada. 3. Rosácea feita na disciplina de Elementos de Programação Visual.
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artigos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto pensar dispositivos: emergência de novas formas na arquitetura.
"É um erro dizer que o pintor está diante de uma superfície branca. [...] A superfície já está toda investida virtualmente por todo tipo de clichês com os quais é necessário romper. E é isto que diz Francis Bacon” (DELEUZE, 2002, pp.83-19). A proposta do artigo é refletir acerca do surgimento de novas formas, acerca da possibilidade do novo. Posto noutros termos, propõe-se refletir sobre poéticas de desprogramação, sobre poéticas de disruptura, como estratégias de criação para romper com o previsível. Por dispositivo entender-se-á o conjunto de práticas que traçam processos em desequilíbrio que podem criar o novo. Assim, através da abordagem do processo criativo, deve-se perceber que pensar dispositivos já é estratégia notável da arte e da arte-mídia e que aos poucos, engendrados pelos novos meios, esses são incorporados por arquitetos contemporâneos. Buscando exemplos nas obras de Francis Bacon, a pintura revela-se produto da utilização de dispositivos. Na fotografia, Carlos Fadon Vicente utilizando recursos não-lineares num ambiente digital, busca criar o novo através de uma interação homemmáquina, ademais, pensar dispositivos será apontar para mudança de paradigmas, tais como autor, aura da obra, inspiração etc., dado que, como afirma Fadon, não se trata mais de produzir através dos meios, mas com os meios. E na arquitetura, será percebido o dispositivo como mecanismo operativo capaz de auto-gerar formas, de propor novas soluções formais, recolocando os novos meios no processo de criação.
artigos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto diagramas interativos: visualização e especulações sobre as dinâmicas urbanas.
Essa pesquisa tem o intuito de aliar geoprocessamento e design da informação, criando uma ferramenta que facilite a tomada de decisões através de uma nova forma de representar o urbano. A ferramenta seria um diagrama interativo, onde o usuário tem a capacidade de experimentar os impactos causados pelo aumento de índices urbanos, como o potencial construtivo, e não apenas imaginar tais tranformações. Esse diagrama, ao esclarecer o que uma mudança feita pelo novo Plano Diretor Participativo de Fortaleza ocasionaria, socializa as informações e permite maior controle social nos processos decisórios. O design da informação é ferramenta indispensável nos dias de hoje, atuando na organização da grande quantidade de dados gerada diariamente, facilitando a assimilição pelo ser humano. O mapeamento, interface mais utilizada no urbanismo para representação de dados, tem o problema de conter em uma mesma base dados diversos, impedindo o cruzamento de informações. Com o geoprocessamento, isso pode ser superado, sendo a superposição de informações um dos pontos fortes dessa forma de representação. A alta complexidade do meio urbano e da legislação que o regula impõe desafios a compreensão por parte dos usuários da cidade. Como resultado, a visualização dos dispositivos contidos no Plano Diretor fica comprometida, criando barreiras ao cárater participativo que ele determina. O diagrama proposto quebraria essa barreira, ao permitir a experiência em tempo real da evolução e densidade populacional, traçando cenários futuros da realidade estudada. Relacionando o potencial construtivo com a densidade populacional, e esta com a
infra-estrutura urbana, temos a possibilidade de avaliar os impactos do aumento nas redes de esgotamento sanitário, abastecimento de água, rede viária e tratamento de resíduos sólidos. A partir disso, ter uma idéia do custo desses impactos, não só para o poder público como para a população em geral. Isso é importante quando sabemos que o processo de decisões sobre o funcionamento da cidade baseia-se nas vantagens e incovenientes gerados aos diversos grupos de pessoas. Com isso, o diagrama gerado vai expor essas relações, permitindo o usuário a manipulação de varíaveis como a densidade populacional, encontrando seus reflexos na infraestrutura. Com essa união entre geoprocessamento e design da informação, pretende-se chegar a um ponto em que pessoas de graus diversos de instrução entendam e possam opinar sobre o que se decide para sua cidade. O objetivo é estender as possibilidades do design da informação, não só ao urbanismo como também a outras áreas do conhecimento, ampliando os horizontes de sua aplicação.
3637,6
3231,55 m³/dia
16 778,43 kg/dia
3242,46 m³/dia
6789 1991
2000
2010
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO
artigos
arquitetura e urbanismo imagem espaço . imagem objeto imagem espaço imagem objeto: o recurso da imersão nos processos de ensino e aprendizagem na arquitetura
Tradicionalmente, no âmbito do exercício de projetação, os desenhos bidimensionais – planta, corte, elevações etc. – constituem-se como suporte a uma reflexão cognitiva e como simulação gráfica do edifício a ser construído. Contudo, a bidimensionalidade é insuficiente na representação da arquitetura, uma vez que o processo de apreensão do objeto arquitetônico prescinde não só da terceira dimensão, mas de uma quarta, o tempo, ou seja, a experiência sucessiva de todas as etapas espaciais. Bruno Zevi (1918-2000) em meados do século passado, apontava para o problema da inadequação dos meios disponíveis à representação do espaço arquitetônico: “O problema da representação do espaço, longe de ter sido resolvido, ainda nem foi colocado. Por não termos até agora a definição exata da consistência e do caráter do espaço arquitetônico, faltou a exigência de representá-lo e difundi-lo” (ZEVI, 1948). Para tanto, Zevi finda por sugerir a fotografia, e quando viável, a cinematografia, como meio adequado ao estudo da arquitetura. Passados mais de 60 anos, os desígnios do teórico italiano começam a ser recolocados pelo desenvolvimento de novos meios digitais para representação de objetos. Apropriando-se das novas tecnologias e valendo-se de equipamentos e sistemas digitais, tem-se, enfim, explorado novos meios para a representação do espaço arquitetônico através de recursos como o fenômeno da imersão. Este proporciona o incremento da experiência sensorial no fruidor, além de proporcionar a interatividade.
Imersão como estratégia para remover os limites e a distancia psicológica entre o observador e o espaço imagético. A imersão é desejável no exercício do projeto, para atender a necessidade de prévislumbrar com fim de experienciar formas possíveis. Também se mostra adequada ao estudo da teoria da arquitetura no intuito de perceber um objeto distante ou não mais existente. Nesse contexto, tem início no nosso Curso de Arquitetura e Urbanismo, com o fomento da FUNCAP (Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa), a implementação de um laboratório de pesquisa em imersão, denominado Imagens Espaço.Imagens Objeto. A idéia é trazer as reflexões da arte imersiva e virtual para o objeto arquitetônico, incorporando conhecimentos da computação e comunicação. Para tanto, propõe-se a instalação de um espaço de imersão, com recursos de projeção e realidade virtual e aumentada. Valendo-se desses meios, propomos experimentações que partem da liberdade artística ao exercício de projeto em arquitetura. Este trabalho, portanto, documenta a experiência da implementação e primeiro ano de atividade do laboratório no nosso curso. Com essas experimentações, buscamos perceber quais estratégias de imersão melhor se adequariam ao nosso ambiente e avaliar os possíveis impactos no ensino e no exercício de projetação.