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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - TFG I Heloísa Rubim Moraes 9º semestre - Arquitetura e Urbanismo 1ºS - 2016 Professor Orientador Natanael Macedo Jardim FEAU UNIMEP



A universidade, desde suas origens medievais até os dias de hoje, sempre marcou sua presença nas cidades delimitando um território específico, configurando seus espaços de modo particular. Mantendo relações imediatas e diretas com a estrutura urbana envolvente, mesclando-se em seu inteior ou isolando-se como um enclave (PINTO, 2009)

SUMÁRIO 1. Introdução.............................................................3 2. Objetivo ................................................................3 3. Metodologia...........................................................4 4. Localização...........................................................4 5. Situação atual.......................................................7 6. Problemática.........................................................7 7. Histórico................................................................9 8.Análise do sítio e local de implantação................12 9. O bem cultural.....................................................13 10. A fábrica Aburá..................................................15 11.Novo programa...................................................22 12. Referências projetuais......................................24 13. Aspectos de projeto...........................................27 14. Quadro de áreas ..............................................33 15. Intenções para o TFG II....................................34 16.Referências bibliográficas..................................35



1. Introdução Para a composição do trabalho que visa a conclusão do curso de graduação, busca-se desenvolver um projeto que visa qualificar e atualizar uma área em avançado processo de degradação, propondo um novo uso, valorizando sua história, aplicando conceitos e metodologias na descoberta da nova vocação do mesmo.

Por isso, deve fundamentar-se em argumentação teórica e metodológica a fim de se obter pertinência cultural, ética e científica mesmo sendo esta pertinência relativa e não consensual, mas real. (KÜHL, 2008) O local escolhido para o desenvolvimento do projeto é a área correspondente a instalação da antiga fábrica de óleos da SIAP, localizada na Fazenda Pimenta, atual zona industrial de Indaiatuba. O complexo que incialmente fazia parte da fazenda conta com uma antiga estrutura de estação de trem, as ruinas da fábrica de óleos com 3 galpões, uma igreja e as instalações da fazenda. A única estrutura tomabda é a estação de trem visto que foi a primeira estação da cidade, por seu posicionamento estratégico entre as cidades de Campinas e Itu, e também pela importância da fazenda na produção de café em meados do século XIX.

A fazenda possui grande importância para a história industrial da cidade, visto que o local de implantação da fábrica deu origem a zona industrial da cidade. Porém, existem diversas falhas na história da mesma, o que demonstra o descaso do município, visto também em seu estado de preservação. Contudo, a necessidade de historicidade da fazenda vai muito além da industrial, já que a fazenda “foi um dos locais que mais recebeu imigrantes italianos no século XIX, atestando seu poder econômico” (KOYAMA, A.C.).

Além disso, pretende-se integrar com outras instituições já implantadas no local, a partir da implantação de um polo tecnológico, que com a colaboração da infraestrutura já existente na cidade e também da universidade, buscará o maior desenvolvimento para uma indústria forte, variada e que vem se desenvolvendo rapidamente nos últimos anos.

(...)O que demonstra grandeza da produção de café dessa fazenda, é a existência de uma estação de trem dentro da fazenda, a Estação Pimenta. Essa facilidade de embarcar o produto diretamente da fazenda é típica de grandes produtores de café, pois seu custo é bastante alto(...) a Fazenda Pimenta é um bom exemplo dos ciclos da cana e do café em Indaiatuba, reunindo um engenho na fazenda no período do ciclo do açúcar paulista (1818) e por pertencer a um grande produtor de café, período em que recebeu grande contingente de imigrantes italianos como colonos e teve a sua própria estação de trem, importante patrimônio ainda existente. (KOYAMA) A condição de abandono do local demonstra descaso, tanto da família que ainda detém da propriedade quanto da própria cidade, tendo em vista que o local já foi um importante eixo econômico da cidade e mesmo assim todo o complexo que fazia parte da fazenda – a fábrica, estação de trem, igreja e casa da fazenda, não possuem nenhum tipo de tombamento ou proposta para seu reuso.

Portanto, a partir da ideia de requalificação e de novo uso, incentivada pela historicidade não explorada pelos proprietários ou pela cidade, aplicando conceitos e metodologias de projeto anteriormente adquiridas busco implantar uma faculdade de ciência, tecnologia e inovação com foco nas áreas de engenharias e arquitetura

2. Objetivo A requalificação busca, a conservação e a reintrodução de um uso distinto que integre os edifícios propostos à vida contemporânea da cidade e com o atual estado do local implantado. A partir da preservação de um sitio histórico com a implantação de um uso completamente distinto do ambiente fabril encontrado anteriormente. Com a implantação da universidade, busca-se além da já citada preservação do patrimônio, o adensamento populacional em uma área já determinada como urbana, a criaç de nova estrutura viária de acesso da Rodovia Santos Dummont e demais avenidas que dão acesso a fazenda, além de uma nova estrutura de ensino com infraestrutura completa.

Vista aerea geral

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3. Metodologia

4. Localização

Pretende-se assim desenvolver o novo projeto com base na análise física, histórica e urbana, que definiram questões a ser levantadas: quais as vocações dos espaços e como poderemos inserir a nova arquitetura. Sendo assim, pode-se diagnosticar e concluir quais são essas vocações e o como seria possível o novo modo de inserção da arquitetura.

(...) apresenta-se pelo menos no caso da educação como único caminho de se atingir uma ação planejada, em que os contribuintes do processo tenham a possibilidade de intervenção. (PINTO, 2009) 3.1 Pesquisa histórica Tal pesquisa está relacionada principalmente a pesquisa de fontes históricas – extremamente escassas e divergentes, além de levantamentos in loco e também de buscas temáticas sobre a antiga função da edificação e seu funcionamento.

3.2 Pesquisa de intervenção Busca pela formação da arquitetura universitária a partir de pesquisa sobre a universidade, cidade universitária e campus universitário, além das objetivações dos cursos a serem aplicados a universidade, pesquisa de áreas a partir das diretrizes nacionais de educação. Incluindo também as caracterizações de uso.

3.3 Pesquisa e Desenvolvimento do programa Baseando-se em normas e legislações, buscando as necessidades do programa universitário. A partir também da pesquisa do patrimônio histórico, objetivando a preservação e não a descaracterização do conjunto edificado, apoiando-se também por levantamentos físicos e históricos para assim efetuar a proposta de intervenção.

Indaiatuba Região Metropolitana de Campinas São Paulo

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Latitude: 23º 05’ 24”S 47º 13’ 04” População: 231.033 (IBGE - 2015) Área Territorial: 311, 545 km² (IBGE 2010) Vento Predominante: Sudoeste PIB: 6.164.098.000 (IBGE 2012) Renda Per capita: R$29.367,80


An谩lise do territ贸rio

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1. Antiga Estação Pimenta 2. Instalações da Fábrica de Óleos Aburá 3. SENAI Comendador Santoro Mirone 4. Atual sede da fazenda Pimenta

SENAI Comendador Santoro Mirone 4

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Antiga estação Pimenta, 2014


5. Situação Atual A fábrica, abandonada desde a década de 70, encontra-se em avançado estado de degradação e abandono, sendo tomado pela vegetação e pelos próprios animais da fazenda, além de servir de moradia para mendigos e usuários de drogas. Contudo, mesmo com grande degradação, as estruturas – compostas por três galpões, sendo um construído com pedras x com mais de 1,3m de espessura, continuam em bom estado, apesar da vegetação, pichações e das maquinas da antiga fábrica que permanecem lá até hoje. Os galpões contam com pé direito de cerca de 12 metros, com exceção do primeiro, onde se encontra um pé direito de 5 metros. Além disso, a edificação conta com um anexo no ultimo prédio, feito em 2 andares, onde abrigava-se o antigo estoque de maquinas (térreo) e o escritório (1º andar). Em frente ao prédio principal, visualiza-se dois pequenos anexos, completamente destruídos, onde funcionavam laboratórios da fábrica e também uma outra estrutura onde encontram-se caixas d’agua. Portanto, a partir do aproveitamento de uma antiga e histórica edificação, abandonada pela própria cidade, busca-se a partir de suas potencialidades, a realização de uma nova vida ao edifício de arquitetura extremamente peculiar, que apesar de não possuir ornamentação nem pertencer a uma escola arquitetônica especifica e mesmo sem a existência de alguma documentação de sua construção ou proposito, necessita de um novo uso condizente a sua grandiosidade.

6. Problemática A problemática foi composta a partir de dados disponibilizados pela Secretarias e Departamentos Públicos do Município Indaiatuba e visitas a campo realizadas durante os anos de 2015 e 2016, identificando assim problemas, potencialidades e também estado de conservação do local.

Ocupação do território A ocupação do espaço urbano e rural de Indaiatuba se deu a partir da vila implantada em torno da capela de Nossa Senhora da Candelária, as margens do córrego Barnabé, em fins do século XVII. A partir disso, foram se formando vilas a partir de fazendas originadas para o cultivo de cana de açúcar e posteriormente de café. A cidade permaneceu dividida em seus antigos núcleos de fazendas, que posteriormente originaram bairros, porém vazios urbanos eram um grande problema, além das diversas divisas naturais criadas por marcos naturais, como nascentes e córregos. Por isso, no final da década de 70, foram iniciadas diversas medidas para unificação dos bairros e extinção de vazios urbanos a partir do projeto do parque ecológico, projeto do arquiteto Ruy Ohtake, finalizado em 1992.

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Tal processo de urbanização não compreendeu o bairro Pimenta, onde na época de delimitava a área rural da cidade, que foi incluída como zona urbana no plano diretor de 2010 para que assim pudessem abranger os dois setores industriais crescentes da cidade na época. Apesar dos esforços para aumento da densidade e ocupação de vazios urbanos a densidade bruta da cidade é considerada baixa, chegando a apenas 6,5 hab/ha. A cidade possui diversos parques urbanos como instrumentos estruturadores para a unificação da cidade, porém nenhum foi efetuado próximo a localização do objeto de estudo.

Questões ambientais Com a origem da cidade as margens do Rio Jundaí e tendo em vista sua tendência e riqueza hídrica, a cidade sempre foi propicia para o plantio de cana-de-açucar, o que ocorreu durante o século XIX e atualmente se mantém em algumas partes da zona rural. Atualmente o poder público se mantém firme na preservação de nascentes e áreas de proteção, tendo em vista a recuperação da mata ciliar, a monitoração de todas as nascentes e mais atualmente a construção de uma barragem para a preservação dos recursos hídricos da cidade, o que inclui também um plantio de de 110mil mudas de árvores nativas. Em uma área próxima ao território da fazenda e onde pretende-se ampliação de vias urbanas, estará previsto a implantação de um parque urbano, na continuação da área de proteção do rio Jundiaí.

Anexo do edificio industrial

Questões econômicas e sociais. O desenvolvimento industrial da cidade se inicio em meados de 1920, quando começaram a se instalar no município as primeiras unidades industriais.Entre os anos de 1930 e 1945 instalaram-se diversas indústrias de transformação de madeira. Após 1945, instalaram-se e tiveram expansão no município as indústrias têxteis. Na década de 1960, o município recebeu grandes indústrias mecânicas e metalúrgicas. Em 1980, estavam instaladas 422 indústrias no município. Como muitas outras cidades da região, antes da década de 1970, Indaiatuba era uma cidade de predominância rural. O grande salto em busca do desenvolvimento de Indaiatuba foi dado com a criação do Distrito Industrial em agosto de 1973, no governo do prefeito Romeu Zerbini, que criou no ano seguinte uma lei de incentivos às indústrias que se instalassem no município. Em 1970 havia 37 indústrias em atividade na cidade e esse número subiu para 75 em 1975. As condições para o progresso da cidade seriam favorecidas pelo seu potencial energético; sua localização em relação aos grandes centros industriais e comerciais; as opções de vias de acesso a outras cidades, o que facilitava o escoamento de sua produção e suas relações comerciais. Na década de 1970, a cidade começou a receber grande número de migrantes e a demarcação da área do Distrito Industrial teve que sofrer algumas mudanças, para ceder espaço à ampliação residencial que foi se processando com esse fluxo migratório

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Escritório da antiga fábrica

Nesse período, alguns empresários começaram a reivindicar a criação de uma unidade do Serviço Nacional da Indústria (SENAI) na cidade, pois a maior parte da formação profissional dos moradores de Indaiatuba era feita no SENAI de Itu. Essa deficiência começou a ser sanada com a criação da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC), em 1985 e a introdução do primeiro curso técnico de mecânica em 1986.


Posteriormente, o SENAI “Comendador Santoro Mirone” iniciou suas atividades em agosto de 1997. Sua instalação é resultado de um convênio entre a Comercial Agropecuária Pimenta, doadora do terreno; a Irmandade de São José, construtora do primeiro prédio em parceria com a Associação das Indústrias do Município de Indaiatuba – AIMI; a Prefeitura do Município de Indaiatuba e o SENAI-SP.

Educação, esporte, cultura e lazer O município atende à demanda de escolas públicas de educação infantil, fundamental e médio. Existem também duas escolas técnicas do SENAI e a FIEC, escola de ensino profissionalizante implantada pelo governo municipal.

7. Histórico No que diz respeito à constituição do município, o caminho foi aberto decididamente no século XIX: em 1830, Indaiatuba tornou-se Freguesia da Vila de Itu, e em 1859, foi elevada à categoria de Vila. Já a data de fundação do povoado original é incerta. A tradição oral estabelece que a povoação foi fundada em fins do século XVII, por José da Costa, que teria edificado uma capela de madeira junto ao Rio Jundiaí, próximo à foz do Ribeirão Votura (atual Córrego do Caldeira) também conhecido como Córrego Barnabé ou Bela Vista). O povoado teria se iniciado em torno da capela.

Quanto ao ensino superior existem três maiores faculdades: Max Planck, Anhanguera e FATEC. A cidade também está acessível a outras instituições como a CEUNSP de itu, UNICAMP E PUCCAMP. Porém, há a demanda de mais cursos e especializações para atender à necessidade das industrias da cidade e região. Portando, justifica-se a implantação de um campus universitário na atual zona industrial da cidade, atuando junto com o SENAI e também com a associação de industrias da cidade.

Estação Pimenta em 1961 FIEC - Indaiatuba

Questões econômicas e sociais No histórico da cidade vemos o inicio do desenvolvimento econômico pela agricultura, que se inicia no século XIX, onde tinham maior importância econômica a cultura de cana-de-açúcar e, a partir da segunda metade do século XIX, também a do café. Posteriormente a implantação da indústria em meados da década de 20, trouxe indústrias têxteis e de manuseio de madeira. A cidade hoje faz parte do grande desenvolvimento trazido pelo Aeroporto de Viracopos e faz parte da aerotrópolis que nele se aplica. Seu eixo rodoviário privilegiado se encontra próximo das principais rodovias do país, o que faz da cidade um grande foco de investimento e de vinda de industrias. O IDH do município é de 0,788, o 40º no ranking nacional. Porém existem problemas sociais que se imprimem no território: segregação espacial e crescimento da criminalidade.

Porém existe uma dimensão lendária para a construção da capela: José da Costa, após procurar uma novilha na região "que ia dos campos do pai Pirá até o Rio Tietê", cansado de um dia de andanças, teria resolvido matar a sede no Ribeirão Votura e inesperadamente ali encontrando uma imagem de Nossa Senhora da Candelária; com a imagem nas mãos, teria feito uma prece e, quase que de imediato, encontrado o animal perdido, como por efeito de um milagre". A este acontecimento estaria relacionada à construção da capela. O pesquisador Scyllas Leite de Sampaio entende que José da Costa teria sido um dos herdeiros de Domingos Fernandes, por sua vez fundador de Itu. Isso justificaria não só a sua presença nas terras que dariam origem ao povoado de Votura, como também a posse destas mesmas terras, e até mesmo a construção de uma capela em devoção à Nossa Senhora da Candelária.

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O desenvolvimento da província e da cidade de são Paulo esteve intimamente ligado a evolução da cultura cafeeira e à expansão do transporte ferroviário. A utilização do ferro na construção acompanhou esse processo (...) A expansão das plantações de café marcou a paisagem paulista e provocou o povoamento de territórios. (KÜHL, 1998) A relevância da fazenda no ramo cafeeiro se comprovou com a existência da estação Pimenta – que também servia de depósito, uma estação de trem da extinta Estrada de Ferro Sorocabana, típica de grandes produtores de café, pois seu custo é bastante elevado. Além disso, houve também a primeira grande migração de Italianos como colonos, mais de 100 pessoas.

Estação Pimenta em 1998

Por volta de 1740, os habitantes da povoação original, pouso habitual de tropeiros, teriam se transferido para uma área de terras devolutas existente entre duas sesmarias, a aproximadamente seis quilômetros de distância, na direção de Campinas. A transferência teria sido motivada por uma violenta epidemia de varíola, relacionada, pelos moradores, à insalubridade do local. (CARVALHO, 2004) Em 1830, além da mudança de denominação (de Cocais para Indaiatuba), houve a elevação do povoado à categoria de Freguesia do Distrito da Vila de Itu (decreto Imperial de 9 de dezembro), em terras desmembradas de Itu, Jundiaí e São Carlos (Campinas). A partir daí, Indaiatuba passou a participar das eleições para a Câmara de Itu e eleger o juiz de paz responsável pela administração da Freguesia. A primeira eleição na cidade aconteceu em 7 de setembro de 1832, no recinto da matriz, como era habitual na época.

Já no final da década de 1940, chega ao Brasil Santoro Mirone, vindo emigrado da Itália, o filho de agricultores serviu a seu país na segunda grande guerra. Depois disso, em 1948 comprou a fazenda dos herdeiros de Antônio de Almeida Sampaio. Junto com Mirone e sua família, emigraram também cerca de 50 famílias de colonos italianos, sua maioria seguiu Santoro e se fixou em Indaiatuba. Mirone trouxe diversos equipamentos agrícolas e também uma antiga tradição em cultura de cítricos, que aplicou na fazenda. Em 1950, fundou a Sociedade de Industrialização Agrícola Pimenta Ltda, uma indústria para extração de óleos essenciais e alimentícios. Entre os produtos da indústria estão os óleos de cítricos, amendoim e gergelim. A SIAP prosperou em seus primeiros 15 anos, porém no ano de 1973 foi fechada por dificuldades na obtenção de matéria prima, cuja produção se deslocou para o noroeste do estado e para a região central do Brasil.

Em 1859, pela Lei Provincial nº 12 de 24 de março, Indaiatuba foi elevada à categoria de Vila, desvinculando-se, portanto, de Itu, e emancipando-se política e administrativamente: constituiu sua própria Câmara Municipal e passou a eleger seus vereadores. A primeira eleição para a Câmara de Indaiatuba ocorreu em 3 de julho de 1859 - sete vereadores foram eleitos, sendo empossados em 31 de julho do mesmo ano. Em 1873, com a criação do Termo de Indaiatuba, o município passou a ficar sob a jurisdição de um juiz de fora para resolver suas pendências judiciais. Em 1906, Indaiatuba foi elevada à categoria de cidade (Lei Estadual nº 1.038). Em 1963, foi criada a Comarca de Indaiatuba (Lei nº 8.050 de 31 de dezembro), desmembrada de Itu; tornou-se Comarca da 2ª Entrância em 1969.

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Em paralelo a fundação da cidade de Indaiatuba, a Fazenda Pimenta foi fundada pelo Capitão José Camargo Penteado em 1817, cultivando Cana-de-açúcar e mantimentos, porém o prédio da usina do Capitão Penteado, provavelmente feita de taipa de mão, não possuem registros formais. Após a cultura de cana a fazenda, pelas mãos de seu novo dono, Antônio de Almeida Sampaio, que adquiriu a mesma no final do século XIX, começou a cultura de café, chegando a 115 mil pés de café na primeira década do século XX.

Estação Pimenta em 1977


A fazenda continuou a produzir cítricos e diversas outras culturas, como Cana-de-açúcar e algodão. Na atividade agrícola, Santoro introduziu a "parceria agrícola" em substituição a tradicional meação, dando maior participação e autonomia aos trabalhadores que passaram a perceber 75% da produção e tinham liberdade para a comercialização dos produtos, transformando-os em pequenos empresários Além disso, após o final da SIAP, construiu casas para os trabalhadores e parceiros agrícolas, uma igreja, a capela de São José e um campo de futebol com dimensões oficiais. Doou terras para construção de escola no bairro e fundou a Associação Irmandade de São José, com fins filantrópicos e educacionais. Também doou terras para a construção do SENAI que leva o nome “Comendador Santoro Mirone”.

Igreja de São José

Em 25 de março de 1992 veio a falecer o Dr. Mirone, vítima de acidente vascular cerebral. O mesmo recebeu as condecorações de de “Oficial pela Ordem ao Mérito da República Italiana, assinada pelo presidente da república Italiana Giovanni Gronchi em 02 de junho de 1959 e de comendador pelo Estado Brasileiro, pelos relevantes serviços prestados à nação, com a “Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul” em 30 de novembro de 1960. Além disso, foi premiado por muitos anos consecutivos pela Cooperativa Agrícola Sul Brasil, pelo volume e qualidade dos produtos hortigranjeiros produzidos na Fazenda Pimenta em Indaiatuba e comercializados no CEASA da capital.

Parte externa de um dos galpões e torre

Atualmente a fazenda ainda produz cítricos, vegetais e cana-de-açúcar, ainda administrada pelos herdeiros do Comendador. A fazenda possui grande importância histórica para a cidade de Indaiatuba, além de significativa representação na origem da indústria da cidade. A localização da fazenda e da SIAP também colaboraram para a criação da zona industrial da cidade. Hoje a mesma possui mais de 800 empresas, entre elas multinacionais, em diversas áreas de atuação, fazendo assim da indústria Indaiatuba uma indústria forte e variada.

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8. Análise do sitio e local da implantação A área especifica de intervenção compreende o edifício da antiga usina de óleo Aburá, além de anexos externos ao prédio que também faziam parte da fábrica e também o edifício pertencente a antiga estação de trem pimenta. Como estruturas anexas aos prédios estão duas torres localizadas a leste do edifício, que compreendem a torre de caixa d’agua e também uma chaminé que presumasse pertencer a antiga usina de cana-de-açúcar. Quanto ao prédio da antiga estação de trem, a estrutura se encontra em estado de grande deterioração, onde não se mantiveram nem as estruturas de caixilhos e hoje serve para moradia de usuários de drogas. Inicialmente o complexo era composto pelo prédio da estação, a área da plataforma e as construções residenciais para funcionários, porém hoje só se mantém o prédio principal da estação. Atualmente o prédio existente é tomado pela prefeitura desde 1998, porém sem perspectiva de intervenção. É a única estação de todo o antigo ramal que ainda está à beira dos trilhos na retificação da linha na construção da variante Boa Vista-Guaianã. A linha foi desativada em 1980 já que naquele ponto os leitos das ferrovias nova e antiga coincidiram.

Externo do edificio que abrigava escritório e depósito

Estruturalmente, os três galpões principais e o prédio da estação se mantem de pé, sem risco de queda ou danos graves a estrutura. O primeiro e o terceiro galpões foram construídos com técnica tradicional, de tijolo de barro e argamassa. Um fator interessante é a utilização da cultura de construção de pedra que compõe o segundo galpão, onde se utilizam técnicas típicas italianas de construção com pedra – em conjunto encontra-se a torre da caixa d’agua, construída com a mesma técnica. Já a chaminé e o prédio da estação são construídos com tijolo a vista, técnica característica do final do século XIX e início do século XX – na época, estações de trem não eram construídas pela técnica do tijolo a vista, porém a estação Pimenta também tinha o uso de depósito, edificações onde se pode perceber o uso do tijolo a vista. O local possui condicionantes imprescindíveis para a implantação tanto da estação quanto, posteriormente da fábrica de óleo. No final do século XIX e início do XX, a fazenda que pertencia ao Coronel Antônio de Almeida Sampaio, prosperava e era uma das maiores fazendas de produção de café da cidade, por isso, recebeu a primeira estação de trem da cidade, que fazia parte da estação de ferro Sorocabana, A estação original de Pimenta foi inaugurada e entregue ao tráfego em 1872, seis meses antes da estação terminal da Ituana, que seria Itu. Era a ponta da linha então.

Caixa d’agua e torre

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Posteriormente, na metade do século XX, a fazenda foi comprada por Santoro Mirone, italiano familiarizado com a técnica de plantação e extração de óleos de cítricos, que escolheu a cidade de Indaiatuba para a implantação de sua fazenda e posteriormente, em 1950 constituiu a indústria de extração de óleos essenciais. A implantação da fábrica foi feita na região por ser uma área extremamente rica hidricamente, tendo em vista que a água é matéria essencial para a extração de óleo.

9. O bem cultural A área, apesar de não considerada histórica, possui grande importância para a caracterização da cidade quanto a sua economia, principalmente pela grande relevância na indústria e também na agricultura de subsistência, a partir do legado da parceria agrícola². As informações e dados sobre a fazenda sempre foram retidas pela família, visto que nem o órgão de memória municipal possui informações sobre a fazenda e suas edificações, o que prejudica muito a valorização e a compreensão do valor histórico e de memória do conjunto edificado. A memória afetiva ainda existe na memória de alguns dos antigos colonos e agricultores da fazenda, além dos frequentadores da igreja de São José – pertencente ao complexo edificado. Contudo, a história física, presente em fotos e documentos históricos não existe, colonos e os donos da fazenda não possuem algum registro fotográfico ou documental, o que prejudica a conservação do bem edificado.

Estação Pimenta em 2011

Atualmente, tanto a estação quanto o prédio da fábrica estão abandonados e suas estruturas principais sem nenhum tipo de conservação. O edifício pertencente a fábrica atualmente permanece fechado e cercado, por fazer parte da fazenda pimenta, onde ainda habitam os antigos proprietários, descendentes do Comendador Mirone. Diferentemente da fábrica, a estação se mantém aberta por ser um edifício público, onde não existe manutenção por parte da prefeitura, o que causa graves danos a mesma, tendo em vista que o telhado original tenha caído por ação do tempo entre 2011 e 2014, e nada se tenha feito sobre o ocorrido.

Vista do segundo andar do prédio de escritório para um dos galpões fabris

Em geral existe uma grande negligência no que se diz respeito a história e preservação do complexo edificado, onde não há nenhuma intenção de intervenção, nem por parte dos proprietários ou da prefeitura.

Fotografia geral do conjunto edificado

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Assim, para que ele seja preservado, precisa ser conhecido e valorizado, não apenas por colonos, mas sim por todos os usuários e moradores, criando assim uma nova identidade, reconhecendo assim sua importância como bem cultural e histórico.

Ao conjunto, somam-se outros valores que devem ser conhecidos e preservados, as antigas instalações devem também ser apreendidas no campo da arqueologia industrial e da história da ciência das técnicas e da arquitetura. O bem cultural constitui-se vestígios materiais das profundas mudanças sociais, econômicas, cientificas, tecnológicas ocorridas desde a revolução industrial, apresentando assim um valor humano universal (MENILLO, 2010)

Vista do segundo andar Escritório

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Acesso ao segundo andar

Anexo do edificio


10. A fábrica Aburá Por causa da tradição familiar para a agricultura de cítricos, foi criada em 1950 pelo Comendador Santoro Mirone, uma indústria para extração de óleos vegetais comestíveis e essenciais denominada “ SIAP- Sociedade de Industrialização Agrícola Pimenta Ltda.”. A extração de óleos foi favorecida por alguns fatores, tais quais abundancia de fontes de agua, topografia favorável e proximidade dos centros consumidores. A definição de óleos essenciais segundo Moretto e Fett (1998) vem do fator de que contrariamente a todos os outros, não podem ser produzidos pelo homem em seu organismo através de metabolismo próprio.

Além de óleos essenciais cítricos – principalmente de laranja, a indústria também produzia óleo de amendoim, que é a mais antiga em nosso país. Seu óleo se assemelha ao de oliva, e destaca-se mundialmente no suprimento de óleo comestível por ser um produto de excelente qualidade, no que se refere a características nutricionais e de estocagem (MORETTO E FETT 1998).

Estrutura Para a extração e refinamento de óleo, é necessária uma área de cerca de 500 m², abrigando galpão de produção (200 m²), escritório (30 m²), laboratórios (20 m²), além das áreas de apoio como banheiros, cozinha e almoxarifado. O galpão de produção engloba áreas de recepção, limpeza e armazenagem de matéria-prima, descascamento, área de processamento, deposito de embalagens e área para armazenamento do produto final. São requisitos básicos da edificação destinada a produção do óleo, a incidência de luz natural (pois este é um insumo caro de produção), ventilação (natural ou artificial), além disso, seu piso deverá ser nivelado e revestido de material resistente, impermeável, além de possuir parede de 4m² de altura e também forro de superfície interno, liso e de fácil limpeza.

Além de amendoim, a indústria também era produtora de óleo de gergelim, seu mais famoso produto, sendo a oleaginosa mais cultivada e alimento diário, seu óleo bruto, ao ser refinado, é comercializado como óleo suave para salada. (MORETTO E FETT 1998). A indústria prosperou nas décadas de cinquenta e sessenta, vindo a encerrar suas atividades em 1973, por dificuldades na obtenção de matéria prima, cuja produção se deslocou para o noroeste do estado e para a região central do Brasil. O legado maior deixado pela SIAP foi a introdução da “parceria agrícola” que substituiu a tradicional meação, dando uma participação maior ao trabalhador que passou a perceber 75% da produção. Tal pratica é utilizada até hoje na fazenda.

Maquinário utilizado na produção de óleo

A área de produção deve possuir instalações para suprimento de água, eletricidade e gás, capacidade de escoamento dos efluentes gerados no processo de extração. O local deve ser ainda capaz de abrigar os equipamentos utilizados no processo de extração do óleo e de tratamento dos efluentes. A área externa deve possuir caminhos para a passagem de veículos de carga e de preferência serem pavimentadas para evitar a formação de poeira e facilitar o escoamento das águas pluviais.

Maquinário utilizado na produção de óleo

O escritório deve ser um espaço destinado a abrigar os trabalhadores administrativos, registros e arquivos do empreendimento. E também o laboratório, utilizado para realizar as avaliações necessárias e identificar o grau de pureza, integridade e classificação do óleo produzido pela fábrica, o Químico responsável irá precisar de um laboratório de cerca de 20m², próximo à área de produção, dotado de instalações elétrica e hidráulica, piso e paredes em cerâmica e demais recursos necessários à realização de seu trabalho.

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Produção Os processos de uma fábrica de óleos naturais são divididos em: 1. Produção – Inclui as etapas de armazenagem e limpeza da matéria-prima, descascamento, laminação, cozimento, moagem, prensagem, filtragem, embalagem e armazenagem do produto final, conforme o processo de extração utilizado. 2. Controle da Produção e Qualidade do Produto – realizado pelo Químico para garantir a adequada extração do óleo, classificar e identificar o índice de pureza e integridade do óleo produzido. 3. Serviços administrativos – compreende a administração e controle sobre as atividades de produção, comercialização e gestão do empreendimento, geralmente são exercidos pelo proprietário; 4. Vendas e atendimento ao cliente – é o processo responsável pelo primeiro contato com o cliente, entendimento da sua necessidade e entrega do produto desejado; 5. Expedição – é um fator fundamental no atendimento ao cliente; para isso é necessário planejamento das rotas de entregas e organização da estrutura para atender ao cliente no tempo desejado. Processo de Produção Para obtenção dos óleos, os profissionais da química usam técnicas de separação diferentes, de acordo com o material do qual se pretende extrair a essência. O mais antigo é a destilação, que pode ser simples ou por arraste de vapor, uma técnica que permite melhores resultados. A prensagem, também conhecida como extração por espremedura, é ideal para extrair o óleo essencial armazenado em cascas de frutas cítricas. Atualmente, utilizando técnicas sofisticadas de separação de misturas, é possível identificar todos os componentes de um óleo essencial, mesmo aqueles que estão presentes em quantidades muito pequenas.

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Barris para armazenamento de óleo

Maquinário da antiga fábrica

Escritório localizado no segundo andar do edificio


Antigas funções

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Área de armazenamento de àgua Escritórios e recepção Depósito de maquinas Armazenagem de grãos Descascamendo, laminação e moagem Prensagem, filtragem, embalagem Armazenamento do produto final Laboratório para controle de produção

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Estrutura inicial - tĂŠrreo

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Estrutura inicial - 1ยบ andar

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Elevação Norte

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11. Novo Programa

Organização espacial no território

- Prolongamento da avenida Vitória Rossi Martini sobre o Rio Jundiaí. - Implantação de avenida margeando o Rio Jundiaí para acesso a fazenda, implantada sobre a estrada rural. - Previsão de infraestrutura: rede de fibra ótica e linha de ônibus.

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Local do projeto

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Parques tecnológicos são empreendidos para a promoção da ciência, tecnologia e inovação. São espaços que oferecem oportunidade para as empresas do estado transformarem pesquisa em produto, através da aproximação dos centros de conhecimento (universidades, centros de pesquisa e escolas) do setor produtivo (empresas em geral). (MENILLO, 2010)

- Implantação de estrutura viária de acesso da Rodovia Santos Dumont à avenida Vitória Rossi Martini.

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Diretrizes de implantação - Conteúdo tecnológico: Pesquisa urbana, desenvolvimento de produto, sustentabilidade, automação arquitetura liquida. - Articulação: poder público / poder privado: poder público / poder privado – parque industrial (metalúrgicas, químicas, construção civil, transporte, moveleira, ferramentas, peças e acessórios, eletrônicos, gráficas, borracha, papel e celulose, plástico e vidro, papel e celulose) / ACIAI –Associação Comercial, Industrial e Agricola de Indaiatuba / AIMI – Associação Industrial do Municipio de Indaiatuba, SENAI “Comendador Santoro Mironi”. -Recursos Humanos: SENAI “Comendador Santoro Mironi”, UNICAMP, SENAC (a implantar), FIEC “Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura” e Incubadora de empresas “FIEC”. -implantação de um centro de convenções na edificação da antiga Estação Pimenta

Um novo uso para a antiga fábrica de óleo

Maquinário dentro do galpão a integração da cidade com o bem edificado pretende promover a integração entre a instituição de ensino com empresas, governos e entidades que visam a inovação tecnológica, criando novas empresas e melhorando a competitividade industrial, criação de novos ramos de pesquisa, produzindo mão de obra altamente qualificada e propiciar o desenvolvimento do município.

Galpão de estocagem Com base na pesquisa e nas conclusões sobre potencialidades locais, nos aspectos físicos, históricos e culturais, baseando-se nas necessidades da cidade, propõe-se para a edificação o novo uso de uma universidade de ciência, tecnologia e inovação, com foco nos cursos de arquitetura, urbanismo e engenharias, sendo elas engenharia mecânica, civil, automação e elétrica. O programa valoriza a edificação e também proporciona a cidade um novo campus universitário, formando mão de obra qualificada e também auxiliando a indústria a partir do polo tecnológico. Deste modo, a edificação manterá sua imponência sem grandes alterações em sua estrutura original.

Aberturas de um dos galpões

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12. Referências projetuais FAUUSP TIPO: Universidade ARQUITETOS: João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi CONSTRUÇÃO: 1969 PROGRAMA. A escola é concebida como um grande laboratório de ensaios, que articula arte, técnicas industriais e atividades artesanais, em um espírito de formação ampla para um profissional completo, de acordo com a filosofia da Bauhaus EQUIVALENCIAS: Programa, composição de espaços

Interior de um dos antigos galpões

Planta FAUUSP

Exterior do projeto

KKKK – Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha TIPO: Requalificação de área degradada ARQUITETOS: Brasil Arquitetura CONSTRUÇÃO: 2002 PROGRAMA: Museu, memorial da imigração japonesa,

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Átrio FAUUSP

EQUIVALENCIAS: Revitalização de patrimônio degradado, manutenção das características originais do local,


Centro Cultural Daoíz y Velarde / Rafael De La-Hoz TIPO: Requalificação de área degradada. ARQUITETOS: Rafael De La-Hoz CONSTRUÇÃO: 2013 PROGRAMA: centro cultural EQUIVALENCIAS: Preservação arquitetura industrial, manutenção das características originais da construção, conexão entre pavilhões, estrutura metálica, sustentabilidade.

Rampas de acesso externas

Interior do galpão

Fachada com elementos expostos

Centro Georges Pompidou / Renzo Piano + Richard Rogers TIPO: Museu, biblioteca, centro de compras ARQUITETOS: Renzo Piano + Richard Rogers CONSTRUÇÃO: 1977 PROGRAMA: centro cultural

Estruturas metálicas apoiando a nova cobertura

EQUIVALENCIAS: Arquitetura em metal, exoesqueleto, estrutura externalizada

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BRITISH PAVILION EXPO TIPO: Pavilhão ARQUITETOS: Nicholas Gimshaw CONSTRUÇÃO: 1992 PROGRAMA: pavilhão de exposições EQUIVALENCIAS: Arquitetura em metal, uso da àgua como textura.

Água como textura de fachada

Esquemas de projeto

Usina Santa Barbara – Cultura, conhecimento tecnologia TIPO: Requalificação de área degrdada

ARQUITETOS: Thiago L. Menillo – trabalho final de graduação ANO:2010 PROGRAMA: Praça sinergia, Patio, Boulevard de encontro, ADM, Centro de convenções, livraria, centro de serviços, museu, centro de difusão, centro de pesquisa, manutenção e serviços, estacionamento

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Estrutura metálica

EQUIVALENCIAS: Restauração de patrimônio degradado, uso distinto ao original, construção de estrutura complexa para novo uso


13. Aspectos de projeto O projeto aproveitará as estruturas originais, sem grande modificações nos galpões, apenas aberturas de acesso e a divisão dos mesmos em andares, além da utilização do subsolo primeiro galpão, atualmente inexistente. A circulação acontecerá por eixos internos e externos. Internamente os acessos por escadas aconteceram em um eixo central, enquanto externamente será feito através de rampas que levarão a circulação de um andar para o outro e posteriormente, para outros prédios que serão propostos para desenvolvimento posterior. A edificação pertencente a fábrica possuirá os usos de salas de aula, ateliers e alguns laboratórios para o curso de arquitetura. Ainda se prevê a implantação de um novo andar a ser desenvolvido na próxima etapa. Aos anexos caberão a administração, secretarias e sala de professores.

Aos novos prédios, busca-se implantar as salas de aula dos cursos de engenharia e outro para laboratórios, tanto de arquitetura quanto de engenharias. A implantação de um canteiro de obras experimental também esta previsto, localizado próximo ao prédio de laboratório e consequentemente ao laboratório de técnicas construtivas.

Estrutura do galpão

Galpão de pedra

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Implantação - novo uso

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1. Edificação existente 2. Novas edificações propostas 3. Nascente 4. Área de proteção Permanente 5. Área de estacionamento 6. Canteiro de obras experimental 7. Estação Pimenta


Planta térreo - circulação vertical

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Planta 1º andar - circulação vertical

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14. Quadro de áreas Edificio existente - prédio Arquitetura

Edifício proposto - Laboratórios

Edificio proposto - prédio Engenharias

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15. Inteções para o TFG II Áreas externas Definir e desenvolver o programa do projeto; Estabelecer diálogo entre as edificações existentes, seus novos usos e a tipologia de novos conjuntos do programa elaborado.

Áreas de manutenção e serviços

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16.Referências bibliográficas A chegada dos primeiros imigrantes e a formação da primeira associação. Disponível em <http://www.acenbi.org.br/web/index.php?page=a-colonia-japonesa Acesso 27 fev 2016, 18:20 ARTIGAS, J.,B.,V. Caderno dos riscos originais – projeto do edifício da FAUUSP na cidade universitária. São Paulo, FAUUSP, 1998 Bairro Pimenta em Indaiatuba. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=-ub4Txft8_Q Acesso 08 março 2016, 21:08h. BRASIL, Ministério da educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de gradução em Arquitetura e urbanismo. 2006 BRASIL, Ministério da educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de gradução engenharia. 2002 Cadeia produtiva: Óleo de mamona e biodiesel. Disponível em http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/cadeia_produtiva_biodiesel.html> Acesso 08 março 2016, 21:10h. Conheça nossa cidade. Disponível em < http://www.aciai.com.br/conheca-nossa-cidade> Acesso 13 maio 2016, 19:57

KÜHL,B.M. Preservação do patrimônio arquitetônico da industrialização: problemas teóricos de restauro. Cotia: Ateliê Editorial, 2008. LIMA, M., W., S. Arquitetura e Educação. Studio Nobel, 1995. MORETTO, M. FETT, R. Tecnologia de óleos de gorduras vegetais na indústria de alimentos. São Paulo: Varella editora e livraria ltda,1998. Patrimônio Cultural - Bens Protegidos ou Tombados. Disponível em < http://www.agemcamp.sp.gov.br/cultura/guia/ficha1_guia.php?cod_mun=205&idequipa=1> Acesso 25 março 2016, 18:04 PIMENTA: Município de Indaiatuba, SP. Disponível em < http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/pimenta.htm> Acesso 13 maio 2016, 17:43 PINTO, G., A., Arquitetura e educação – campus universitários brasileiros. São Carlos: edufiscar, 2009. PINTO, G., A., Arquitetura e educação _ organização do espaço e propostas pedagógicas dos grupos escolares paulistas, 1893/1971. São Carlos: edufiscar, 2002. Senai São Paulo. Disponível em http://indaiatuba.sp.senai.br/. Acesso 25 fev 2016, 21:38

De óleos naturais e essências. Disponível em < http://www.sebrae.com.br/s i t e s / P o r t a l S e b r a e / i d e i a s / C o m o - m o n tar-uma-f%C3%A1brica-de-%C3%B3leos-naturais-e-ess%C3%AAncias#na veCapituloTopo> acesso 25 março 2016, 15h. História da Cidade. Disponível em < http://www.indaiatuba.sp.leg.br/institucional/historiaindaia.asp> Acesso 25 março 2016, 17:59 KOYAMA, A.C., Exemplos da Participação de Indaiatuba na economia paulista dos séculos XVIII e XIX. KAWALTOWSKI, D., C. C., K. Arquitetura escolar – o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: oficina de textos, 2014. KÜHL,B.M. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviária em São Paulo – reflexões sobre a sua preservação. São Paulo. Ateliê Editorial, 1998.

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