Boletim 37 Junta Freguesia Nossa Senhora de Fátima

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Publicação Quadrimestral . setembro 2013 . XI Série

nossa senhora de

FATIMA

Praia-Campo

O verão da pequenada

Centro de Arte Moderna

Completou 30 anos

Avenidas Novas

O nascer de uma nova freguesia

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ELENCO

EXECUTIVO Idalina Flora Presidente Saúde, Recursos Humanos, Habitação e Urbanismo, Proteção Civil, Reabilitação Urbana, Cultura e Lazer, Educação, Mobilidade Canídeos e Gatídeos, Parques Infantis e

Atendimento: 5ªfeira das 15h às 18h nsf.presidente@netcabo.pt

Boletim Informativo.

Pedro Gamito C. Santos Secretário Comunicação e Imagem, Desporto, Cultura e Lazer,

Assembleia

Serviços

nsf.assembleia@netcabo.pt

Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima Av. Marquês de Tomar, 106 B - 1050-158 Lisboa, Tel. 217 978 881 FAX 217 950 976 nsf.geral@netcabo.pt Horário: Dias Úteis das 10h às 18h

MESA Presidente Maria Fernanda Pragana Ilhéu Lisboa com Sentido 1.º Secretário Manuel Branco Nery Nina Lisboa com Sentido 2.º Secretário João Rafael de Sousa Isabella Flora Lisboa com Sentido MEMBROS Teresa Maria Marques Ferreira L. Rodrigues Lisboa com Sentido

Proteção Civil, Relações Públicas, Juventude.

Atendimento: com marcação prévia nsf.secretario@netcabo.pt

Guilherme Diaz-Bérrio Tesoureiro

José Pedro Athayde Lisboa com Sentido Maria Teresa Pinto Pacheco Nobre Lisboa com Sentido Fernando Lucas Martins Lisboa com Sentido

Gestão Orçamental Financeira e Administrativa, Imobilizado e Património,

Maria Manuela Moita Jeffre - PS

Comunicação e Imagem, Boletim Informativo.

Atendimento: com marcação prévia nsf.tesoureiro@netcabo.pt

Saul da Silva Pereira – PS Maria de Jesus Vila Verde Rodrigues – PS

António Figueiredo Vogal

Manuel António Alves Dinis Capela – PS Alice Tavares L. Ascensão Luís – PS

Espaços Públicos, Espaços Verdes e Desporto.

Ficha Técnica

Atendimento: com marcação prévia nsf.vogal.01@netcabo.pt

Maria João Seabra Vogal Ação Social, Educação, Juventude, Saúde, Arquivo, Relações com IPSS e outras entidades de carácter social, Habitação Social, Excursões Sociais.

Atendimento: com marcação prévia nsf.vogal.02@netcabo.pt

Isabel Maria Laureano Varão – CDU

DELEGAÇÃO Alameda da Estação, Loja 36 a 40 1600-878 Lisboa. Tel: 217 971 218. Horário de funcionamento: 2.ª e 5.ª das 10h00 às 13h00 CENTRO DE APOIO DE ENFERMAGEM Rua Portugal Durão – Edifício Centro de Dia ADAS-BR Horário: 2:ª, 4.ª e 6.ª das 16h00 às 18h00; Centro Paroquial da Igreja de Nossa Senhora de Fátima – Av. Marquês de Tomar. Horário: 3.ª e 5.ª das 15h30 às 18h00. PAVILHÃO DESPORTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE N. S. FÁTIMA Rua Sousa Lopes – 1600 Lisboa,Tel: 217 978 881 (Junta), 912 583 417 (direto) POLIDESPORTIVO FILIPE DA MATA Rua Filipe da Mata, 1600 Lisboa. Tel./Fax: 217 954 023 SERVIÇOS PRESTADOS PELA JUNTA Atendimento Geral e Licenciamento de Canídeos – (Secretaria da Sede e na Delegação do Bairro) SERVIÇO SOCIAL Assegurado por 2 assistentes sociais da Santa Casa da Misericórdia. 3.ªs feiras 4.ªs feiras 6.ªs feiras

10h00/13h00 10h00/13h00 10h00/13h00

Com marcação prévia.

Propriedade: Junta de Freguesia

Tlm: 969 504 962

de Nossa Senhora de Fátima

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Depósito Legal: Nº 180187/02

Concepção Editorial e Produção Gráfica: Marketividade,

Periodicidade: Quadrimestral

Marketing, Comunicação e Vendas, lda.

Tiragem: 13 500 exemplares

Av. 5 de Outubro, 73C - Edifício Goya, Escritório 4,

Distribuição: Gratuita

1050-049 Lisboa, Tel.: 218 081 060

Publicidade: Ricardo Pedro

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BENEFICIÁRIOS DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO APRESENTAÇÃO QUINZENAL OBRIGATÓRIA (*)

Horário: 10h00 – 17h00 | Local: Secretaria da Junta de Freguesia de Nª Sª de Fátima Morada: Av. Marquês de Tomar, 106 B (*) Se é beneficiário deste subsídio, deverá apresentar-se na Junta de Freguesia, de 15 em 15 dias. Recomendamos

que não o faça no último dia, porque a Junta declina qualquer responsabilidade no que possa acontecer aos beneficiários. Serviço Público

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EDITORIAL

OS FREGUESES SÃO SOBERANOS!

P

rimeiro, muito obrigada àqueles que, desde sempre, me expressaram palavras de apreço e carinho, dando-me estímulo para continuar o trabalho que, como autarca, desenvolvi ao longo de quase 40 anos, tantos quantos a Democracia e o Poder Local têm de implantação em Portugal. Há quem pense que as palavras são desnecessárias ou contraproducentes e que o silêncio é a melhor estratégia em política, mas importa sublinhar que o poder da palavra é a essência da democracia e que votar é dizer aos outros o que se quer para a vida coletiva. Por isso, todas as vozes que cumprem os requisitos de urbanidade e sinceridade são importantes para quem lidera uma Freguesia, mas as vozes que nos dão ânimo e incentivam o nosso esforço e criatividade são as que mais estimamos e agradecemos, porque há dias mais complicados em que apreciamos melhor quem ajuda do que quem critica. Segundo, obrigada a todos pela confiança que em mim depositaram ao escolherem-me durante dois mandatos seguidos, com

uma maioria absoluta, para presidir ao Executivo da Junta de Freguesia, talvez porque já conheciam o meu trabalho como membro da Comissão Instaladora da Freguesia e, mais tarde, Vogal da Ação Social. Seria natural que um terceiro e último mandato constituísse o corolário de um projeto autárquico virado para o fazer e para o servir, apoiado na mesma base eleitoral e comprovadamente fundado em pressupostos de honestidade, competência e disponibilidade para os fregueses. Porém, os partidos políticos gostam de formular conceitos e defender slogans onde a palavra Proximidade surge com frequência como sinónimo de boa prática da gestão autárquica, mas não conseguem deixar de ser permeáveis a lógicas de poder interno alheias às bases de um projeto consolidado e com apoio público. É em consequência desta dissonância fundamental que resolvi candidatar-me, como Independente, à nova Junta de Freguesia das Avenidas Novas, nas Eleições Autárquicas de 2013, no próximo dia 29 de setembro, acompanhada por uma equipa de pessoas que, tal como eu, irão continuar a

servir a nova junta, trabalhando em benefício de todos os fregueses. Os que me conhecem sabem que não prometo malabarismos, nem políticos nem sociais, apenas trabalho, muito trabalho humilde e honesto, para bem servir os nossos Fregueses. Sabem que haverá mais competências e mais recursos, mas também haverá mais responsabilidade, pois a Freguesia será muito maior e terá mais serviços, que requerem mais atenção de toda uma equipa que terá de continuar a merecer a confiança de todos vós, se for essa a vossa vontade. § A Presidente,

Idalina Flora

//SUMÁRIO 03> 04> 06> 08> 09> 10> 13>

Editorial O VERÃO DOS MAIS PEQUENOS VIA PÚBLICA: FREGUESIA EM MOVIMENTO EDUCAÇÃO: AGRUPAMENTO DAS LARANJEIRAS EM PALCO COM O TEATRO NU-VAIS

AVENIDAS NOVAS: UMA NOVA REALIDADE

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30 ANOS DO CENTRO DE ARTE MODERNA LABS: INCUBADORA DE INOVAÇÃO EMPREENDEDORES DA FREGUESIA REPORTAGEM: UMA PONTE PARA MACAU TOPONÍMIA: PRAÇA DE ESPANHA CONTACTOS ÚTEIS | A NÃO PERDER

RECORDAR A FREGUESIA NO SÉCULO XIX // Boletim da Freguesia Nª Senhora de Fátima | SETEMBRO 2013

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ação praia-campo

O Verão dos mais pequenos O Executivo da Junta de Freguesia realizou o habitual programa de verão das crianças, com ida a banhos de manhã seguida de almoço e atividades lúdicas e pedagógicas durante a tarde.

A

iniciativa decorreu entre 29 de julho e 9 de agosto e teve a participação de 135 crianças, distribuídas por três turnos, contribuiu para a qualidade das férias das nossas crianças e para o maior sossego dos pais, porque a sua prole passou um verão muito divertido. Em Barcarena foram visitar a antiga Fábrica da Pólvora, no segundo dia fizeram um «pedipapper» na Quinta Pedagógica de Lisboa onde aprenderam as tradições rurais de norte a sul do país. Também, visitaram a Corporação dos Bombeiros de Loures, onde tiveram oportunidade de ver a capacidade técnica e humana desta instituição responsável por uma área de 58,6 KM2 e serve mais de 52.000 pessoas. Um agradecimento especial pelo tempo dispensado às nossas crianças. Durante as férias os nossos pequenos fregueses aproveitaram para aprender. Fizeram os ateliers no Museu da Eletricidade onde «ficaram de cabelos em pé» quando conheceram a evolução da eletricidade; visitaram a Oficina-Museu de São Roque e o Jardim Zoológico. §

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ação praia-campo

As nossas crianças e jovens «surfaram» este verão

A grande novidade da Praia-Campo foi a prática do Surf, um exclusivo dos nossos jovens e das nossas crianças. Iniciativa do Executivo da Junta de Freguesia recebida com entusiasmo e muito aplaudida pelos destinatários.

C

om esta acção, proporcionou-se uma primeira experiência de prática do Surf a cerca de 140 crianças, realizada em três dias, nos meses de junho, julho e agosto, período da habitual Praia-Campo. Na Praia da Mata, na Costa da Caparica, mais de 20 jovens fizeram um curso de Surf, com a duração de duas semanas. A par das aulas de iniciação ao Surf feitas por três instrutores, os participantes realizaram dinâmicas de grupo e jogos de praia, para criar interacção entre todos e transmitir um estilo de vida saudável e ecológico. Realizou-se ainda uma experiência de escalada,

tendo sido feito o registo de imagens e entrevistas para a produção de um vídeo sobre a Colónia de Férias. O Gonçalo Cintra, da Time to Surf, escola com 10 anos de experiência no ensino do Surf, conta como correu. «O interesse com que as crianças nos receberam foi sempre muito grande e o entusiasmo que demonstraram foi inspirador. Todos sem exceção esforçaram-se por aprender e viver ao máximo o contacto com o Surf. No caso dos jovens participantes na OTL a receptividade foi também excelente. No final das duas semanas tínhamos um grupo muito unido, bem dis-

posto e pronto para repetir a experiência! (…) Os praticantes de surf cedo aprendem a importância de respeitar a natureza e a seguir todas as normas de segurança para estar no mar. Formam laços muito fortes e duradouros com os colegas, pois partilham vivências únicas e originais, enquanto aprendem a ser pacientes, persistentes e esforçados para obterem o sucesso que procuram. O Surf é um desporto muito inclusivo, em que até o praticante menos talentoso pode apanhar a onda do dia e assim ter o seu dia de glória, melhorando assim a sua auto-estima e motivação.»

§

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obras na via pública

FREGUESIA EM MOVIMENTO

Na sua missão de bem servir os nossos fregueses, continuam a ocorrer diversas obras de intervenção que constituem importantes melhoramentos nos arruamentos, nas avenidas e na sinalização da Freguesia.

N

ão obstante todas as dificuldades sentidas, foi ainda possível concretizar várias obras nos pavimentos e passeios de parte das artérias da nossa Freguesia que há muito precisavam de uma urgente intervenção. Continuam a decorrer os trabalhos de reparação dos pavimentos das Ruas da Beneficiência, Alfredo Roque Gameiro, Lúcio Freire, Rua Francisco de Holanda, Jorge Afonso, Veloso Salgado, Falcão Trigoso e Francisco Tomás da Costa no Bairro de Santos (ao Rego). Com estas intervenções, o Executivo cumpre a sua promessa de assegurar melhores condições nas circulação veículos e, sobretudo, garantir maior segurança a todos os moradores, incluindo os que trabalham e os que têm o seu negócio na nossa freguesia. Importantes alterações de trânsito No seguimento das conversações com a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia conseguiu aprovar o Alerta 30, um plano que permite importantes alterações de trânsito na freguesia, para maior segurança dos nossos fregueses. «Este programa foi criado para

diminuir a velocidade dentro dos bairros, evitando incidentes de maior, como por exemplo atropelamentos», explica o Executivo da Junta de Freguesia. Estas alterações que já estavam requeridas há algum tempo, estiveram paradas mais de um ano e são motivo de orgulho para António Figueiredo «Regressei há junta e consegui arrancar com este projeto», conta o autarca.

Rua Veloso Salgado

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O programa Alerta vai decorrer até finais de setembro ou princípio de outubro, ultrapassando o término do último mandato da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. Situação que não deixa o Executivo nada constrangido por não ver a sua obra terminada. António Figueiredo confessa-se contente, até «porque ficará uma obra que vai mostrar a nossa marca», conclui.

Rua Jorge Afonso (Paragem de Autocarro)


obras na via pública

Rua Francisco de Holanda

Rua Francisco Tomás da Costa Reparação das Avenidas Continua também a decorrer o programa de reparação das nossas Avenidas, dividido em 7 fases distintas. A primeira, no troço entre a Av.ª Defensores de Chaves e a Av.ª Elias Garcia, no primeiro separador central, no sentido Campo Pequeno e Av.ª Duque d’Ávila; a segunda, no troço entre a Av.ª Elias Garcia e Av.ª Miguel Bombarda; a terceira, no troço entre a Av.ª Miguel Bombarda e Av.ª João Crisóstomo; a quarta, no troço entre a Av.ª João Crisóstomo e a Av.ª Duque d’Ávila e separador central; a quinta, no troço entre a Av.ª João Crisóstomo e a Av.ª António José de Almeida, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno; a sexta, no troço entre a Av.ª António José de Almeida e a Av.ª Elias Garcia, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno; a sétima fase, no troço entre a Av.ª Elias Garcia e a Av.ª Defensores de Chaves, no sentido Av.ª Duque d’Ávila – Campo Pequeno.

Rua Francisco Tomás da Costa Os trabalhos foram realizados de forma a provocar a menor alteração possível no trânsito automóvel, nunca tendo sido realizadas obras em ambos os sentidos de circulação em simultâneo. Segundo António Figueiredo, Vogal da Junta de

Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, «estas obras foram fruto de um trabalho que envolveu várias reuniões entre as partes. Os engenheiros da Câmara compreenderam que estes espaços estavam um pouco abandonados e que era necessário requalificá-los». §

Rua da Beneficiência

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educação

«A escola tem de ser um porto de abrigo para os mais jovens...» Amílcar Albuquerque dos Santos, de 49 anos, é o novo Diretor do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, para o quadriénio 2013-2017, frequentado por muitas crianças da nossa freguesia.

D

edicou grande parte da sua vida profissional à área da educação. Licenciou-se em Geografia, mais tarde fez uma Pós-Graduação em Gestão e Administração escolar, foi diretor de um Colégio Privado e sub-diretor de um Gabinete de Estudos na área da educação. Nos últimos anos, assumiu as funções de diretor do Agrupamento de Escolas Delfim Santos que agora foi integrado no novo Agrupamento de Escolas das Laranjeiras. «Uma experiência variada que me dá uma visão multifacetada do que é a função de diretor de um agrupamento», afirma Amílcar Albuquerque dos Santos. Há duas semanas, quando entrou em funções, começou a enfrentar aqueles que considera serem os principais desafios: construir e fomentar uma cultura de agrupamento, que articule professores, alunos e demais entidades para aumentar as potencialidades e a competitividade do Agrupamento das Laranjeiras. Para o diretor, todos os que trabalham neste organismo «têm de ter a noção que estão a trabalhar para uma realidade maior do que a sua escola. E têm de perceber que o aluno que vamos receber no 12º ano é aquele que formamos a partir do pré-escolar». Neste momento tem focado a sua atenção em questões mais organizativas, administrativas, de preparação do ano letivo, até porque muitos docentes ainda estão de férias.Terminado este período que coincide

com a colocação de alunos e professores espera focar-se na aplicação do seu projeto de intervenção, que tem como objetivo final imprimir a excelência no Agrupamento das Laranjeiras. Humanizar a escola O projeto de intervenção da nova direção aborda várias áreas, desde a melhoria dos resultados escolares dos alunos, à uniformização da comunicação e à criação de cultura. «A excelência consegue-se quando temos todos a lutar para a melhoria dos resultados. Ser excelente significa, com as capacidades que temos, dar o melhor de nós para atingirmos os objetivos», sublinha Amílcar Albuquerque dos Santos. Entre as principais medidas encontram-se o reforço do apoio aos alunos e o aumento da dinâmica entre professores e a promoção do agrupamento no exterior. «O grupo de teatro é um exemplo. Mas temos vários projetos que são exemplos que mostram que uma escola não vive apenas das aulas.» Colocar as Escolas das Laranjeiras na lista das mais desejadas por país e crianças é outro dos grandes objetivos, porque, diz: «Não há razão para não o serem agora». «Temos um corpo docente empenhado e boas instalações, fruto das obras realizadas. Então temos de mostrar aos pais que aqui vão encontrar um bom ambiente e formação para os seus filhos». Para cumprir este objetivo, acredita que é preciso apostar numa inte-

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ração mais humanizada com os alunos, até para conseguir responder às necessidades que hoje se colocam, dada a atual situação nacional. «As dificuldades de emprego são graves e o reflexo que isso tem na escola é imenso, do ponto de vista psicológico, da disponibilidade para estar na sala de aula e da desmotivação. Recebemos cartas de pais que me vêm pedir auxílio e vamos arranjar solução. A escola tem de ser um porto de abrigo para os mais jovens no meio da turbulência social que afeta as famílias». Descentralizar o poder O momento vivido na escola pública é encarado pelo novo diretor com preocupação, por acreditar que o setor tem vivido demasiadas mudanças, num curto período. «A maior parte das dificuldades vêm de não haver estabilidade na decisão. Sempre existiram jogos de interesses mas não devemos confundir o direito ao contraditório com boicote», advoga. O reforço dos poderes das juntas e autarquias, na sua opinião, contribuiria para uma melhor ligação ao poder político, até porque a população se revê nesta gestão de proximidade. «É muito mais fácil chegar ao poder, como por exemplo o que temos com a presidente da Junta de N.ª Sr.ª de Fátima do que chegar até outros órgãos.» §


fregueses com talento

Em palco com o Teatro Nu-Vais Estrela Novais é uma das mais conhecidas atrizes portuguesas. A atriz fundou o grupo de teatro «Nu-Vais». Fomos conhecer o seu trabalho na Escola Secundária D. Pedro V, na nossa Freguesia.

F

undado por Estrela Novais há cerca de um ano, «Nu-Vais» reúne mais de uma dezena de antigos alunos do Curso Profissional Artes do Espetáculo Interpretação e Oficina de Expressão Dramática da Escola Secundária D.Pedro V. «Aguns deles foram meus alunos há mais de 10 anos», conta a atriz, que sabia que a paixão pelo teatro continuava acesa e, por isso, convidou-os para formar o grupo e apresentar um trabalho. No elenco cruzam-se várias profissões, da psicologia à educação de infância. O grupo apresentou o seu primeiro espetáculo a 1 de março deste ano, no auditório da Escola. «A Birra do Morto», de Vicente Sanches, trouxe ao palco as personagens de um quotidiano onde as diferenças entre classes sociais são ainda muito marcadas. Um texto que provoca o riso e põe o público em confronto com o maior medo do homem: a morte. Apostanto na dramaturgia portuguesa, Estrela Novais prepara já o próximo espetáculo, «O Canário já não canta», de Miguel Barbosa, acreditando que a escola continuará a apoiar este projeto, nomeadamente em cenários e figurinos. Duas décadas a ensinar teatro na freguesia A atriz começou por lecionar Oficina de Expressão Dramática e dá aulas na Escola Secundária D. Pedro V há 21 anos. O facto a trabalhar com jovens permite-lhe estar mais atenta à realidade da atual. «Tenho de acompanhar os tempos. Também eu aprendo para ensinar e aprendo com eles. Existe uma troca

de experiências», frisa a artista. Para Estrela Novais, os jovens que frequentam cursos de teatro aprendem a ser melhores pessoas e mais tolerantes porque «quando é atribuído um personagem, que até pode ser um ladrão, temos de nos apaixonar por aquele ladrão. Tem de haver essa tolerância com o ser humano sempre», explica. Os jovens aprendem também a gostar de si próprios e a libertar a criança que há dentro de si. «A criança brinca. Não tem vergonha do ridículo. É feliz. Gosta da vida. Essa capacidade de diversão é muito importante», conclui a atriz. Em 2007, Estela de Novais passou a coordenar o curso profissional de Teatro - Artes do Espetáculo – Interpretação, que teve uma larga adesão de jovens. Muitos ficaram apaixonados pelo teatro, o que encheu a atriz de orgulho, pois é importante que os alunos «façam o 12º ano felizes». Mas foram também muitos os que «se inscreveram porque estavam perdidos em vários cursos e de repente acharam que o teatro resolvia tudo», confidencia. Com duração de três anos, o curso levou à participação dos jovens alunos em Fes-

tivais de Teatro, como o de Portalegre ou Povoa-do-Varzim, em que a atriz contou com o apoio da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. «Foram impecáveis sempre que solicitei o autocarro para nos deslocarmos aos festivais», frisa. Percurso de Estrela Novais Natural do Porto, Estrela Novais entrou no teatro profissional aos 17 anos, sem formação, só com o prazer de representar a intuição. Foi cofundadora da Companhia Seiva Trupe onde participou, entre 1974 e 1987, em diversas peças de encenadores como João Guedes, Júlio Cardoso ou Pere Panella. Não esqueceu os palcos, mas desde a década de 90 que se dedica quase exclusivamente à televisão, onde tem participado em diversas séries e novelas, nomeadamente «A Viúva do Enforcado», «Felizmente Há Luar», «Na Paz dos Anjos», «Olhos de Água», «O Último Beijo», «Amanhecer», «A Ferreirinha», «Dei-te quase Tudo», «Doce Fugitiva» ou «Feitiço de Amor». Atualmente encontra-se a gravar a novela «Belmonte», que vai estrear brevemente na TVI. §

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reportagem

FREGUESIA DAS AVENIDAS NOVAS 0 renascer de uma nova realidade A nova freguesia é naturalmente maior e com mais população. Oferece mais serviços e gere mais equipamentos de proximidade. Espera-se ainda mais eficácia na resposta às necessidades dos fregueses.

A

Reforma Administrativa de Lisboa, elimina mais de metade das freguesias de Lisboa, e concretiza a fusão das freguesias de Nos-

sa Senhora de Fátima e de São Sebastião da Pedreira. Fica assim unido, o que fora separado pela reforma de 1959, são as tendências dos dias de hoje a impor uma economia de escala. O novo modelo de governação, baseado no trabalho realizado por uma equipa do ISEG/ ICS, que apontava objetivos e preconizava soluções, reuniu um amplo consenso entre os autarcas eleitos e as estruturas políticas distritais do Partido Social Democrata e do Partido Socialista que definiram um conjunto de princípios a partir dos quais, em novembro de 2010, foi possível fazer um amplo e esclarecedor debate, organizado pela Assembleia Municipal Lisboa, entre todas as forças políticas representadas na autarquia que teve ainda o contributo de diversos especialistas convidados. Durante um mês decorreu a discussão pública da proposta, suscitada pelo site, pelos debates feitos na Assembleia Municipal e pelas iniciativas de diferentes Juntas de Freguesia. A proposta n.º 451/2011, de 20 de julho, que resultou do amplo debate político e de cidadania, foi aprovada pela Assembleia Municipal da autarquia lisboeta. Transformada em Lei n.º52/2011 em novembro, foi aprovada pela Assembleia da República. Este é um bom exemplo de como uma reforma estrutural de âmbito local conseguiu que os atores políticos colocassem o interesse público à frente de quaisquer egoísmos pessoais, de poder partidário ou outros. A Junta de Freguesia das Avenidas Novas vai passar a gerir equipamentos sociais, culturais e desportivos existentes na área de jurisdição da Freguesia, com o reforço das competências agora atribuídas, sem prejuízo da consagração em regulamento municipal que excepcione, espaços, vias, equipamentos ou matérias estruturantes para a cidade.

MAIS COMPETÊNCIAS Nesse medida, o futuro Executivo da Junta será responsável pela gestão e manutenção do espaço público, designadamente jardins, placas toponímicas, pavimentos pedonais, limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros, mobiliário urbano, excepto espaço concessionado, sinalização, licenças de utilização e ocupação de via pública, licenças de publicidade, licenciamento da venda ambulante e lotarias, arrumador de carros, acampamentos ocasionais, máquinas automáticas, elétricas e eletrónicas de diversão, espetáculos desportivos e outras atividades na via pública e demais lugares ao ar livre, licenciamento de agências e postos de venda de bilhetes de espetáculos, divertimentos públicos e leilões. Quanto à vertente da gestão dos equipamentos passará a gerir, conservar e

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reparar os equipamentos sociais, culturais e desportivos da Freguesia, como escolas e estabelecimentos de educação do 1º ciclo e pré-escolar, creches, jardins de infância e centros de apoio aos idosos, parques infantis, criação, manutenção e limpeza de balneários, lavadouros e sanitários públicos, reparação do chafarizes e fontanários. Na vertente de intervenção comunitária a Freguesia pode promover e executar projetos de ação social, cultural, educação e desporto destinados a residentes em bairros de intervenção prioritária, como a cooperação com instituições de solidariedade social, o apoio a atividades de caráter cultural e desportivo, não apoiadas pela CML, e fazer a gestão corrente de feiras e mercados no território da Freguesia. Na vertente da política de habitação dar o seu contributo à CML através da identi-


reportagem

ficação das carências de habitação e dos fogos disponíveis, realizar intervenções tendentes à melhoria das condições de habitabilidade e definir critérios especiais no processo de realojamento. A atribuição das novas competências é acompanhada dos meios humanos, dos recursos financeiros e do património adequados ao desempenho das funções transferidas. Com estas alterações, a nova Freguesia das Avenidas Novas, em 2014, terá um orçamento superior a 3,9 milhões de euros. Nas próximas Autárquicas de 2013, a 29 de setembro, os eleitores das Juntas de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima e de S. Sebastião da Pedreira, já votam na Freguesia das Avenidas Novas, no seguimento do trabalho da Comissão Instaladora, composta por Idalina Flora, presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Nelson Pinto Antunes, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião da Pedreira e Daniel Conceição Gonçalves, em representação da Assembleia Municipal de Lisboa. À comissão compete preparar as eleições e definir o local da sede da nova junta.

Demografia FREGUESIA das Avenidas Novas Nos quadros seguintes é apresentado o retrato da nova freguesia das Avenidas Novas que vai desde a caracterização territorial e sociológica da população residente, até ao nível de escolaridade e à população ativa e não ativa, de acordo com os censos de 2011 realizados pelo INE. Caracterização territorial Território (Km2) Densidade populacional

São Sebastião da Pedreira

Avenidas Novas

1,87 km²

1,05 km²

2,92 km²

8 172,7 hab/km²

6040 hab/km²

7 400 hab/km²

Caracterização sociolÓgica População residente

15283

6342

21625

Homens

6692

2877

9569

Mulheres

8591

3465

12056

População presente

16114

9224

25338

Homens

7069

4415

11484

Mulheres

9045

4809

13854

Famílias

7081

2845

9926

Número de Edificios Classicos

1264

589

1853

10492

4090

14582

0-14

1828

800

2628

15-24

1566

674

2240

25-64

7911

3333

11244

65 ou mais

3978

1535

5513

743

247

990

Alojamentos

Em pleno coração de Lisboa A nova freguesia vai buscar o seu nome ao principal fator de desenvolvimento do «Plano Geral de Melhoramentos da Capital», da autoria de Frederico Ressano Garcia, o engenheiro que mudou a face da capital portuguesa, entre os séculos XIX e XX. Da sua criatividade nasceram as designadas «Avenidas Novas», que definem o grande desafogo urbanístico da cidade de hoje, um novo eixo de desenvolvimento a seguir à Avenida da Liberdade, com a abertura da Rua Fontes Pereira de Melo que levou a expansão da cidade desde o Parque da Liberdade, hoje Eduardo VII, até ao Campo Grande, passando pela Rotunda de Picoas, Avenida da República e toda a planificação das ruas adjacentes, paralelas e perpendiculares num desenvolvimento ortogonal. A Freguesia das Avenidas Novas confronta a Sul, com a Rua Joaquim António de Aguiar e as Avenidas Fontes Pereira de Melo, República e Duque D’Ávila, a Nascente com as Ruas D. Filipa de Vilhena, Arco do Cego, Campo Pequeno, Entrecampos e Avenida da República a Norte com Avenida das Forças Armadas. A Poente encontra a Estrada das Laranjeiras, Avenida dos Combatentes, Praça de Espanha, Rua Dr. Júlio Dantas, limite nascente do Parque Ventura Terra e Ruas Marquês de Fronteira e Artilharia Um.

Nossa Senhora de Fátima

Grupos Etários

Escolaridade Nenhum nível de escolaridade Ensino pré-escolar Ensino básico

355

163

518

4959

1567

6526

Ensino secundário

2120

1021

3141

Ensino superior

6993

3295

10288

Analfabetos com 10 ou mais anos

304

49

353

População economicamente ativa

6543

2838

9381

Primário

34

19

53

Secundário

575

188

763

5934

2631

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Terciário População economicamente não ativa Desempregados Reformados/ Pensionistas

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reportagem

Um pouco de história Onde hoje temos avenidas largas e cheias de árvores, prédios clássicos e modernos, residências e escritórios há um chão que tem história. Uma história que está intimamente relacionada com o crescimento da cidade. Não são muito rigorosos os testemunhos históricos sobre esta zona, mas há vestígios que não deixam margem para dúvidas: os objetos de sílex e cerâmica descobertos entre a Avenida 5 de outubro e a Avenida das Forças Armadas, permitem situar ocupações humanas no ano 50 da era cristã. Segundo os dados históricos, era pela Avenida da República que devia passar a estrada romana que ligava Lisboa a Loures e daí a Torres Vedras. Por essa estrada antiga passavam os produtos que vinham para a metrópole, criados nas zonas rurais. É do século XII, por volta de 1180, que surge a primeira designação de Alvalade, degeneração do étimo al-balat, que significa «o campo» - uma vez que era, precisamente,

um planalto tomado pelos muçulmanos e onde surgiriam várias propriedades detidas por religiosos. À medida que os campos de Alvalade iam sendo ocupados, as populações estendiam-se no território. Assim nasce o Rego, porque ali corria um regato, vindo do Campo Pequeno em direção a Palhavã, seguindo para a Ribeira de Alcântara. Terramoto apressa crescimento O terramoto de 1755 viria a constituir um ponto de viragem no crescimento do território lisboeta, sobretudo na zona das avenidas novas. Depois da destruição de grande parte da baixa pombalina, os moradores assustados procuravam lugares mais seguros, começando a expandir-se para a zona, com o surgimento de novas quintas e a ampliação das já existentes. Um cenário, evidentemente, muito diferente do existente atualmente. A grande mudança aconteceria em 1888, quando o arquiteto Ressano Garcia apresentou o seu plano para a alterar a fisiono-

mia do território da capital. Nascem então as avenidas novas. O plano de expansão, aos poucos, foi sendo uma realidade, alargando ruas e avenidas adjacentes, sempre acompanhado por um importante projeto de arborização, como a plantação de choupos, acácias do Japão, faias, ailantos, acácias brancas, entre outras espécies. A construção da Linha Férrea da Cintura em 1890, com a estação de Lisboa-Rego, veio também permitir um maior crescimento desta zona, através do transporte de passageiros e mercadorias. Nos últimos anos as casas deram lugar a escritórios e proliferaram os supermercados e as lojas. Muitas instituições optaram por instalar as suas sedes em grandes edifícios. Hoje, as Avenidas Novas é um dos centros de negócios estratégico da cidade de Lisboa. É pelas nossas ruas que vive grande parte do lado empreendedor da capital, ainda que se consigam encontrar antigos edifícios, muitos deles já de cara lavada. §

Locais de interesse a visitar Praça de Touros do Campo Pequeno Edifício do século XIX feito de tijolo maciço e com detalhes mouriscos onde há tourada, mas onde também se realizam concertos de bandas e artistas nacionais e internacionais durante todo o ano. No piso de baixo encontra-se um centro comercial com vários restaurantes e salas de cinema. Museu Calouste Gulbenkian Este museu de nível internacional mostra a impressionante coleção de arte de Calouste Gulbenkian. Juntamente com o museu foi também construído um centro de arte moderna, assim como um edifício para a sede da fundação onde se encontra um grande auditório que apresenta uma rica programação de concertos da sua orquestra e coro. Pastelaria Versailles O café e pastelaria Versailles tem o nome do famoso palácio francês, e quando se entra parece mesmo ser uma sala saída de lá. Espelhos, vidro e detalhes art nouveau fazem parte da decoração que criam um ambiente de um verdadeiro clássico café europeu, e serve-se a pastelaria mais variada de Lisboa. Praça Duque de Saldanha A Praça Duque de Saldanha, ou apenas Saldanha, é uma praça movimentada, muito modificada ao longo dos anos. Já foi rodeada por belos edifícios mas esses foram destruídos para dar lugar a outros mais modernos centros comerciais, como o Atrium Saldanha e o Dolce Vita Monumental, muito frequentados por quem trabalha nas Avenidas Novas. Parque Eduardo VII O maior parque do centro de Lisboa que oferece uma das mais belas vistas da cidade. Entre o seu vasto relvado encontram-se duas estufas criadas nos anos 30 (a Estufa Fria e a Estufa Quente), com

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várias espécies de plantas vindas de climas tropicais. Em 1903, foi rebatizado com o nome do Rei de Inglaterra, aquando da sua visita a Lisboa. Igreja de São Sebastião da Pedreira Esta igreja tem um interior barroco típicamente português, com grandes painéis de azulejos e talha dourada. O resultado é uma mistura de imagens azuis e brancas e detalhes dourados que surpreendem ao entrar, pois o exterior é simples e austero. Inaugurada em 1652, esta igreja esteve durante muitos anos fora das portas da cidade, sendo uma das raras sobreviventes do terramoto de 1755. Foi dedicada a São Sebastião, cuja vida é retratada no teto e nos painéis de azulejos que forram as paredes. Casa de Malhoa Atualmente, o antigo atelier do pintor José Malhoa, alberga a Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, médico. Grande colecionador de obras de arte, adquiriu a casa de Malhoa em hasta pública e legou-a ao Estado português, para que ali se fizesse um museu para a sua coleção. Aproveite e aprecie as coleções de pintura, mobiliário e porcelana, bem como o espaço do atelier do pintor, que foi recriado. O edifício, projeto do arquiteto Norte Júnior, recebeu o Prémio Valmor em 1905. Igreja de Nossa Senhora de Fátima Em 1938, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima era premiada como primeiro edifício não habitacional. Construída em betão armado e com uma nave central com arcos ogivais, única igreja modernista de Lisboa e um dos mais interessantes edifícios deste tipo, causou polémica quando inaugurada. Valeu a intervenção do Cardeal Patriarca de Lisboa, que veio a público defendê-la chamando-lhe «igreja moderna bela». Destacam-se os painéis de Almada Negreiros no seu interior.


FREGUESES COM HISTÓRIA

Recordar a freguesia no século XIX As fotografias que se apresentam retratam o espaço onde atualmente se encontra a Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima em 1989 e 1990.

A

s fotos mostram uma eira, já mecanizada, situada na Quinta do Rego à Rua Marquês Sá da Bandeira, propriedade dos bisavós de Joaquim da Silva, residente na freguesia. As fotografias estão assinadas por J.A. Bentes e foram gentilmente entregues à Presidente da Junta de Freguesia, Idalina Flora, para partilhasse com os restantes leitores do nosso boletim. As fotografias, que terão sido dedicadas ao bisavô do nosso freguês e permitem-nos hoje fazer uma viagem no tempo e «uma leitura interessante». Em destaque vemos, «além da caldeira a vapor e a debulhadora (equipamento mecânico), os trabalhos complementares, desde o aguadeiro aos operários», destaca Joaquim Silva. Quanto ao local da eira, e devido ao enquadramento da fotografia onde se vê um edifício ao fundo, o freguês julga, «salvo melhor opinião, situar-se na atual Avenida de Berna entre a Igreja de Nossa Senhora de Fátima e o edifício onde está instalada a Junta de Freguesia». §

Será por causa das eleições?

Subsídio de renda Jardim vandalizado O Executivo da Junta de Freguesia condena e repudia o vandalismo de que foi alvo o jardim Amélia Carvalheira, junto à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde foi retirado parte do relvado, como mostra a imagem. Este comportamento de alguns irresponsáveis torna difícil a manutenção dos espaços verdes da nosso Freguesia que pertencem a todos os que aqui residem e trabalham.

Concorreu a uma habitação social? É titular de um contrato de arrendamento, anterior a 18 de novembro de 1990, sujeito à atualização da renda (Lei n.º 31/2012, der 14 de a gosto)? Não tem capacidade de solvência? É cidadão português ou estrangeiro e tem mais de 18 anos? Agora, pode candidatar-se ao subsídio de renda criado pelo Município de Lisboa que decorre de 02 de setembro a 01 de outubro. Para mais informações ligue 217 989 899 ou dirija-se ao Edifício Municipal do Campo Grande, nº. 25, piso 0, junto do Balcão Único Atendimento. Conheça as condições de acesso em www.cm-lisboa.pt ou candidate-se no sítio: http://subsidiomunicipalarrendamento.cm-lisboa.pt.

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cultura

CENTRO DE ARTE MODERNA A EXCELÊNCIA NAS AVENIDAS NOVAS O Centro de Arte Moderna celebra três décadas com a exposição Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte, em exibição até 19 de janeiro, e um ciclo de performances e conferências.

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exposição começa no exterior do edifício do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, com a fachada revestida de 19 painéis coloridos que podem ser movidos pelos visitantes. À medida que percorremos os diferentes espaços, viajamos pela modernidade portuguesa, que tem como precursor Amadeo de Souza Cardoso. Podem ser vistas 150 obras do pintor, a maioria adquiridas ou doadas pela viúva do artista à Gulbenkian, que correspondem à quase totalidade do espólio do CAM. «Amadeo dialoga com todas as correntes do seu tempo. A decisão foi apresentá-lo na sua totalidade para mostrar como foi uma das grandes âncoras da arte portuguesa», explicou Isabel Carlos, diretora do CAM, em entrevista ao jornal Público. A responsável destaca também os 14 brasões do pintor que correspondem às antigas identificações heráldicas de cidades como Bordéus, Montauban, Agen, Beziers ou Albya, realizadas para a série XX Dessins, onde Amadeo inclui personagens literárias como D. Quixote. Mas a celebração dos 30 anos do Centro de Arte Moderna apostou também no ready-made (uso de objetos indistrualizados na arte) e na performance, a linguagem que cria uma fronteira entre a arte moderna e a contemporânea. «A performance é uma radicalização na me-

dida em que com ela termina a figuração, termina a matéria na obra de arte, constituindo-se como linguagem totalmente baseada em conceitos e acões. [...] A performance coloca a arte num lugar incómodo», sublinha. Um debate que se aprofundará em outubro, no âmbito de um ciclo de conferências, dedicado à performance, apesar de já estar presente na exposição, em obras de artistas tão distintos como Helena Almeida, Julião Sarmento, João Onofre ou Vasco Araújo. Preservar e reiventar Criado em 1983, o Centro de Arte Moderna está vocacionado para preservar, investigar e

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tornar acessível ao maior número possível de pessoas a coleção à sua guarda, constituída por obras de arte dos séculos XX e XXI. A sua programação anual inclui a organização de exposições temporárias sobre artistas portugueses e internacionais e a apresentação de uma exposição permanente realizada a partir de uma seleção das obras em acervo. A coleção do CAM reúne atualmente cerca de 9 mil peças de artistas portugueses e internacionais, destacando-se a representação sobre arte portuguesa das primeiras décadas do século XX. Apesar deste papel de guardar e conservar


cultura

obras-primas e consagradas, a diretora Isabel Carlos, em funções há quatro anos, acredita que este deve ser também «o lugar em que o artista reflete a disrupção, o caos, a violência ou a simples fealdade que a vida e o mundo lá fora testemunha e às vezes ostenta e exibe». Sinal desta capacidade de reinvenção é também a constante atualização da coleção do Centro, mesmo neste período de restrições orçamentais. O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian tem tido também um papel fundamental em «não deixar os portugueses a falar sozinhos no retângulo», contribuindo para o fomento de relações com artistas de outros países, nomeadamente através da programação sobre arte internacional. §

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empreendedorismo

LABS LISBOA INCUBADORA DE INOVAÇÃO Foi inaugurada na freguesia uma entidade com o objetivo de estimular o empreendedorismo e a ligação das empresas às Universidades.

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LABS Lisboa nasce das vontades e do trabalho de um ano e meio de um conjunto de parceiros institucionais de referência na cidade: Câmara Municipal de Lisboa, EPUL e Fundação Calouste Gulbenkian, que delegaram no Audax – Centro de Empreendedorismo do ISCTE-IUL o papel de entidade gestora. Até à data candidataram-se 50 projetos, sendo que existem cerca de 20 pessoas a trabalhar na incubadora, num total de cinco projetos/empresas, estando em curso o processo de seleção. O espaço tem capacidade para 150 postos de trabalho. Até à data os mercados-alvo dos negócios já selecionados é Portugal mas sempre com uma perspetiva de internacionalização. «Os empreendedores são essencialmente jovens com menos de 30 anos e qualificações superiores, dos dois sexos. O que procuram na LABS Lisboa é um espaço que proporcione acesso a conhecimento, rede de contatos e mentoria», explica Cláudia Barbosa, gestora operacional do Audax. Localizado na Rua Adriano Correia de Oliveira, no Empreendimento EPUL, junto à Av. das Forças Armadas, esta incubadora dispõe de 2020 m2, num espaço constituído por salas e um jardim. Além da infraestrutura física, administrativa, técnica e programação de eventos, o Audax desenvolve programas de capacitação para grupos ou indivíduos, em temas distintos como ideação e proposta

de valor, planos de negócio e aceleração de parcerias e investimento. Dispõe também de uma rede de consultores nas áreas jurídica, fiscal, contabilidade, comunicação, investimento e gestão. Promove também o networking e a troca de competência entre projetos. O Audax apoia também a angariação de financiamento pois tem como parceiros entidades ligadas à banca, capital de risco e business angels.

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Ideias e sangue novo para a freguesia Cláudia Barbosa, gestora operacional, considera que «A Labs Lisboa vem alargar a rede de incubadoras de inovação que se criou na cidade com o objetivo de reforçar a competitividade de captação, atração e criação de empresas e talentos». Uma visão partilhada com António Figueiredo, primeiro vogal da Junta, que realça a importância para a freguesia. «Significa um desenvolvimento e uma nova forma de encararmos o futuro. Ao ver estas cinco empresas que foram escolhidas para este centro, reparamos que é tudo gente nova, com sangue novo. Todas elas são dinâmicas. Quem se lembraria, por exemplo, de criar manicure para empresas? (ver artigo pág. 17). São coisas novas que aparecem e é por isso que temos lutado e apostado. Não tanto como desejávamos, mas é isso que temos.» Podem candidatar-se (em www.labslisboa. com) as pessoas singulares e coletivas promotoras de um projeto de negócio, individualmente ou em equipa. Os critérios de seleção/ avaliação são a motivação e capacidade de implementação da equipa/empreendedor, o projeto com produto, serviço ou processo inovador, a razoabilidade e exequibilidade do projeto apresentado, o facto de ter sustentabilidade financeira e potencial de crescimento e a transferência de conhecimento do meio universitário para o mercado. §


empreendedorismo

Empreendedores da freguesia A nova incubadora está a atrair jovens empreendedores e investidores, tornando a Freguesia centro de acolhimento para novos negócios. com milhares de pessoas, portuguesas e estrangeiras. O nosso objetivo é divulgá-los, dando voz às pessoas, e distinguir os melhores», afirma João Dinis. Recentemente, além da aceitação pelos organizadores e patrocinadores dos festivais, os empreendedores do Portugal Festival Awards viram também o projeto ser catapultado para os principais jornais e televisões portuguesas. «Não estávamos à espera da pressão mediática. Tem sido brutal... Agora é encarrilar». Os prémios serão divididos em 15 categorias, com nove delas a serem votadas pelo público português e as restantes escolhidas por um grupo de especialistas na área.

D

epois de terminar a Pós-Graduação em Marketing de Luxo e de trabalhar durante dois anos na L’Oreal, Mariana Guerra, moradora na freguesia, e mais um sócio, decidiram pôr mão à obra e criar o seu negócio. A Milu Milu é uma empresa que responde a um dos principais desafios colocados às mulheres ativas: manter a estética em dia, em pouco tempo. Para isso, a Milu Milu criou um serviço de estética com a duração de 15 minutos prestado no local de trabalho das clientes. A ideia é inspirada em práticas que diz serem já recorrentes em cidades como Nova Iorque. Em apenas seis meses os dois sócios prestam serviços em empresas como Banco Espírito Santo, Adecco, Sumol+Compal, Light Start, além de Sociedades de advogadas. Para a empresária a possibilidade de estar agora integrada no LABS é uma mais-valia: «Enveredar nesta dinâmica, estar com outros empreendedores a desenvolver projetos é fantástico, não só porque as nossas ideias crescem e deixamos de ter limites, mas também porque há um apoio muito grande, que nos faculta contatos, consultoria, mentoring», além da zona que considera ser fantástica. «Temos tudo. Transportes, faculdades, serviços e todo o tipo de lojas». O sucesso da Milu Milu tem sido tanto que receberam convites para expandirem a atividade para Barcelona, mas os empresários querem continuar a crescer em Portugal, estando previsto um salto para o Porto em novembro.

Portugal Festival Awards Os percursos de João Dinis e Rita Pires cruzaram-se quando estavam a ter formação no âmbito das Industrias Culturais e Recreativas, no ISCTE. Durante o curso desenvolveram um projeto que decidiram pôr em prática: o Portugal Festival Awards. Trata-se de um evento que, anualmente, pretende premiar os melhores festivais em Portugal. A primeira edição deste prémio anual realiza-se no próximo mês de outubro. A oportunidade de estar três meses em incubação, sem pagar renda no LABS e «com estas condições para receber pessoas» não podia ter surgido em melhor altura. «Acreditamos no potencial do mercado dos festivais, que é uma das principais indústrias culturais do país, que conta todos os anos

Inspiring Code A inspiração começou há três anos, quando criaram uma empresa de prestação de serviços na área do marketing promocional. Há um mês souberam do concurso lançado pelo LABS Lisboa e decidiram lançar a Inspiring Code, uma empresa que tem como principal objetivo auxiliar outras start-ups que não têm dinheiro. O modelo encontrado parte do pressuposto da partilha do risco e dos lucros ou equity, entre outros. Atualmente são sete as novas empresas parceiras. Na Insiring Code, além dos dois sócios, trabalham cinco pessoas: quatro programadores e um designer. Estar agora presente nesta incubadora nos novos edifícios da EPUL é a continuação do trabalho desenvolvido até aqui. «Somos parceiros do Audax desde o início. A grande diferença aqui é a qualidade de espaço. As outras incubadoras são prédios fechados. Aqui temos uma sala para nós, temos jardim e podemos entrar a qualquer hora. É essa liberdade, além da aproximação ao mundo académico, que faz a diferença.» §

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REPORTAGEM

delegação económica de macau uma ponte para a ásia estabelecida na freguesia há quase três décadas, promove o estreitamento dos laços existentes entre esta Região Administrativa Especial chinesa e Portugal

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nstalaram-se na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no final dos anos 80. Naquela altura, para estar mais próximo das instituições representativas do poder político, económico e comercial em Portugal, em nome do governo macaense. Uma missão que não mudou, mesmo depois da integração de Macau na República Popular da China, a 20 de dezembro de 1999. Desde então, a maior contribuição da Delegação Económica e Comercial de Macau para a dinamização da Freguesia tem sido realizada pela promoção da cultura e línguas chinesas. Este foi, aliás, um dos primeiros locais em Portugal a promover cursos de mandarim, que serviam não para atribuir uma certificação académica aos seus participantes, mas para facilitar a comunicação com o outro lado do mundo. Hoje, proliferam um pouco por toda a parte, em especial nas universidades e institutos, os cursos certificados de mandarim ou

cantonês. Como consequência, a delegação deixou de abrir novos cursos e encerrará de vez este programa quando os atuais alunos terminarem o último nível, o que deverá acontecer em 2017. Paralelamente, tem vindo também a realizar exposições no rés do chão das instalações, na Avenida 5 de Outubro, que têm

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cativado o interesse de muitas pessoas que vivem e trabalham na Freguesia. Auxiliar macaenses e portugueses Atualmente, as principais atividades desenvolvidas pela Delegação Económica e Comercial de Macau têm sido apoiar os macaenses que querem viver, estudar ou estabelecer negócios em território nacional, sendo certo que a grande maioria são estudantes que procuram aprofundar conhecimentos na área do Direito e da Língua Portuguesa. A instituição liderada, há mais de uma década, por Raimundo Arrais do Rosário também auxilia todos os portugueses, pessoas ou negócios, com informação prática para preparar a sua ida para Macau. Uma realidade que tem vindo a aumentar, sobretudo junto das gerações mais novas, cujos avós, pais e outros familiares têm um historial de trabalho em Macau, quando ainda fazia parte do território português. Para esta vaga de emigração contribui também o crescente desejo de descobrir a cultura do gigante asiático, que adquiriu recentemente posições maioritárias em duas das empresas portuguesas do sector da energia. Por outro lado, são cada vez mais as empresas a fazerem pedidos de informação junto desta Delegação, para procurarem exportar os seus produtos para Macau. §


toponímia

PRAÇA DE ESPANHA PONTO DE ENCONTRO E PASSAGEM A Praça de Espanha é um ponto de confluência entre as freguesias de N.ª S.ª de Fátima e de S. Sebastião da Pedreira, agora Avenidas Novas.

«Um dos motivos para que este nome passasse a ser usado pela população terá que ver com o Palácio de Palhavã, residência do embaixador de Espanha.»

«Aos vinte e dois dias de janeiro de mil novecentos e setenta e nove, pelas dezanove horas, numa das salas dos Paços do Concelho, reuniu a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia, sob a presidência do vereador doutor António da Silva Oliveira e com a presença dos vogais doutor Fernando Castelo Branco e arquiteto Francisco Carvalho da Silva Dias», tendo sancionado a «vulgarmente conhecida por Praça de Espanha», porque estaria «suficientemente enraizada», passando a ser a denominação oficial. O reconhecimento foi feito através do Edital n.º 13/1979. Um dos motivos para que este nome passasse a ser usado pela população terá que ver com o Palácio de Palhavã, residência do embaixador de Espanha. Edificado no século XVII, numa zona à época considerada «fora de portas», na freguesia rural de S. Sebastião da Pedreira, o Palácio

tem uma matriz «regida pelo aparato senhorial, cenário de poder e representação», segundo o historiador de arte Monterroso Teixeira. Adquirido em 1918 para residência do embaixador espanhol, o Palácio foi «permeável a várias influências» devido às «sucessivas ocupações» que lhe deram «diversos investimentos simbólicos de prestígio e grandeza». O autor do projeto terá sido o arquiteto João Nunes Tinoco, contratado pela Casa das Rainhas, falecido em 1668. Em 1660 passou a ser propriedade do 2.º Conde de Sarzedas, Luís Lobo da Silveira, dos «Meninos da Palhavã» - D. António, D. Gaspar e D. José, filhos ilegítimos de D. João V - que ali viveram até 1760 e a ele regressaram 18 anos passados, depois do desterro no Buçaco ordenado pelo marquês de Pombal. A partir

de 1860 passou a propriedade dos condes da Azambuja, e, posteriormente, do Estado espanhol. Junto à Praça de Espanha também se encontra a Fundação Calouste Gulbenkian, um importante centro de cultura da capital portuguesa. Já no centro encontramos o Arco de São Bento, construído em 1758 sobre esta rua lisboeta, que esteve integrado na Galeria da Esperança do Aqueduto das Águas Livres, depois de desmontado do local de origem. A nova localização data de 1998, na Praça de Espanha. Atualmente a praça é ponto de confluência de todos os que chegam e partem de Lisboa, fazendo uma importante ligação da freguesia com outras zonas da cidade e de acesso às vias rápidas para Cascais, Sintra e Margem Sul do Tejo; sendo também servida por uma boa rede de transportes, como autocarros e metro. §

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CONTACTOS ÚTEIS POLÍCIAS Polícia Municipal

TELEFONE 21 726 80 22

PSP 21 797 70 30

FARMÁCIAS

TELEFONE

Apolo 70 21 799 30 02/05 Berna 21 793 76 39 Cardeira 21 354 34 95 | 21 355 12 23 Cardote 21 797 22 91 Dalva 21 354 52 25 | 21 355 12 21 Fátima 21 796 31 07 Figueiras 21 356 02 23 | 21 355 11 97 G. Silva 21 797 18 73 Laranjeiras 21 727 96 28 | 21 723 72 81 Prates e Mota 21 797 37 28 Sá da Bandeira 21 797 44 44 Universitária 21 797 89 53 Valle 21 797 30 43

ESCOLAS Centro Infantil O Roseiral Centro Infantil Visconde Valmor- Creche Escola Preparatória - Marquesa de Alorna Escola Primária 44 Escola Secundária D. Pedro V Externato da Associação - Palma e Arredores Instituto Condessa de Rilvas Universidade Nova de Lisboa

PERDER

TELEFONE 217 965 528 217 979 627 213 870 992 | 213 877 503 217 960 352 217 220 730 217 965 259 217 934 515 | 217 965 659 217 933 519 | 217 933 669

TERCEIRA IDADE

TELEFONE

Centro de Convívio da 3.ª Idade - (Das 15h às 18h)

217 928 316

Lar Asas 217 970 548 Conferên. de S. Gil e S. Vicente de Paulo Associação para o Desenvolvimento e Apoio Social do Bairro do Rego ADAS-BR Centro de Dia

21 782 01 33

SAÚDE

TELEFONE

Centro de Saúde de Sete-Rios

217 211 800

Centro de Saúde do Coração de Jesus

213 870 615 | 213 870 461

Hospital Curry Cabral

217 924 200 | 217 924 370

Clínica Veterinária União Zoófila

217 970 827 | 934 521 038

IGREJAS

TELEFONE

Nossa Senhora das Dores Nossa Senhora de Fátima

217 958 761 217 928 300

CONSERVATÓRIAS

TELEFONE

C. R. Automóvel C. R. Civil - 7.ª C. R. Comercial C. R. Predial - 2.ª C. R. Predial - 8.ª Registos Centrais

213 264 000 217 950 291 | 217 801 449 213 252 200 218 435 380 218 435 390 213 817 600

FINANÇAS

TELEFONE

Bairro Fiscal - 8.º Serviço de Apoio ao Contribuinte

21 840 41 73 21 793 96 18

BOMBEIROS

TELEFONE

Sapadores - 3.ª Companhia

21 357 12 21

ENTIDADES PÚBLICAS

TELEFONE

Câmara Municipal de Lisboa Avarias Iluminação pública

21 322 70 00 21 391 25 23

MUSEUS

TELEFONE

Caloustre Gulbenkian Palácio Galveias

A NÃO

21 782 30 00 21 793 16 12

PABLO ALBORÁN NO CAMPO PEQUENO Durante dois anos tocou por toda a Espanha, América Latina e em Portugal, em recintos sempre esgotados. O cantor de Málaga volta agora com o mais recente trabalho, «Tanto», ao Campo Pequeno, em Lisboa. 26 de outubro, às 21h30 COMMEDIA À LA CARTE NO VILLARET Os «Commedia a la Carte», grupo de sucesso na comédia de improviso juntaram-se a Marco Gonçalves, uma referência desta área. O resultado é Commedia com Sotaque, um cocktail fresco e diferente todas as noites, à la Carte! 19/set a 03/nov de 5ª a dom., às 21h30 ESTUFA FRIA NO PARQUE EDUARDO VII Reabriu ao público, com vedações laterais reconstruídas, que repuseram as condições para as plantas. Este é um ótimo local para redescobrir a sua freguesia. Aberta todos os dias, exceto nos feriados de 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro e entrada gratuita Domingos e Feriados até às 14h00. Horário de verão - 10h00 às 19h00 PENSAR PORTUGAL no el corte inglés Conhecer Portugal e contribuir para a identificação dos problemas nacionais são os objetivos do ciclo de conferências “Pensar Portugal”, promovido pelo El Corte Inglés de Lisboa e a Fundação Francisco Manuel dos Santos. 27/Set, 25/out e 29/nov., Piso 7, 19 horas. Inscrição prévia no local Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima

Av. Marquês de Tomar, 106 B - 1050-158 Lisboa Tel. 217 978 881 FAX 217 950 976 nsf.geral@netcabo.pt Horário: Dias Úteis das 10h às 18h

www.jf-nsfatima.pt


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