Capillaria sp.
Observação de Capillaria em jovens peixes Symphysodon spp. Por Hugo Santos
Pretende este trabalho ajudar na detecção, manejo e conhecimento do nematodo capillaria, forma bastante comum de parasitagem intestinal deste peixe, muitas vezes ignorada, confundida e mal interpretada pelos aquariófilos. Não sendo demasiado técnico e incisivo, é orientado para o comum dos aquariófilos.
Os indivíduos afectados têm entre 3 e 6 meses, são visíveis os sinais de subnutrição dos quais se destacam o fraco crescimento do corpo, a apatia, a cabeça côncava e a depressão abdominal que muitas vezes só se atribui a infestação por flagelados o que leva erroneamente a um tipo de tratamento que não será eficaz na presença destes nematodos. Em cima: um dos individuosque forneceu amostra, observe-se.
Em baixo; Aspecto de uma das amostras
Ao contrário do que se costuma ler e ouvir sobre as diferenças observaveis a olho nu no tipo de fezes excretadas, neste estudo não se notou nenhuma diferença observavel das mucosas intestinais,sendo portanto impossivel á vista desarmada distinguir que tipo de parasita o peixe tem apenas por este método.
Cappilaria sp. Os nematodos encontrados com mais frequência em peixes Discu são do género Capillaria, que, quando em grande número, podem provocar apatia, obstrução intestinal, jejum crónico e morte. O ciclo biológico destes nematodos é directo e o desenvolvimento embrionário ocorre em três semanas, em temperatura que varia entre 20 ºC e 23 ºC, eclodindo somente no intestino do hospedeiro (SCHUBERT, 1987; UNTERGASSER, 1989; NOGA, 1996). Este ciclo será mais curto a temperaturas mais altas.
Em cima: jovem exemplar (x400)
Sendo um nematodo ovíparo, é expectavel que no caso de detecção de um adulto a probabilidade de existirem ovos é grande e portanto qualquer tipo de acção sobre o mesmo deve ter em conta o seu ciclo reprodutivo,devem tomar-se as devidas precauções para actuar sobre eventuais novos ovos que eclodam no prazo indicado. Em cima: Jovem nematodo ao lado de ovos ainda não eclodidos Em baixo: Aspecto de dois dos ovos encontrados.
Em Baixo: Exemplar jovem (x400))
As diferenças de género desta familia são facilmente identificaveis como se pode verificar na figura que apresenta as principais características da espécie.
Figuras 1–9. Capillaria sp. (1) Anterior end, lateral view. (2) Stichosome. (3) Bacillary band, at level of stichosome. (4) Male posterior end, lateral view. (5) Male tail, lateral view. (6) Male tail, ventral view. (7) Female, region of vulva, lateral view. (8) Tail of female, lateral view. (9) Egg. Bars: 1, 2, 3, 4, 7, 8: 0.1 mm; 5, 6, 9: 0.05 mm fonte: American Society of Parasitologists
Tratamentos de eleição Muitas são as formas de tratamento disponiveis no mercado, algumas mais acessiveis, outras mais efectivas ou ainda menos toxicas. Quando bem manuseadas, todas as descritas são passiveis de serem usadas com resultados positivos, existem outras mas não foram testadas por mim. Flubendazole (fluvermal suspenção ou comp- uso humano) 1ml/1L ou 100mg/Kg ração Levamisol (mysol pó soluvel- uso veterinário) 1gr/Kg de ração durante 12 dias. Emamectina (nematol- disponivel ao aquariófilo)
“Os fármacos anti-helmínticos são altamente eficazes no tratamento das infecções causadas por céstodos, nemátodos e tremátodos sendo, contudo, obrigatória a associação de medidas de higiene individual, do agregado familiar e da própria comunidade, nas zonas endémicas, capazes de quebrar o ciclo de autoinfecção. Os anti-helmínticos actualmente mais utilizados na clínica são os novos benzimidazóis - albendazol, mebendazol e flubendazol. São preferencialmente usados nas infecções por céstodos e nemátodos. A piperazina, susceptível de induzir neurotoxicidade e obrigando a uma terapêutica mais prolongada, não é considerada como fármaco de 1ª escolha. O pirantel é tão eficaz quanto o mebendazol no tratamento da ascaridíase, enterobíase e ancilostomíase mas, porque o seu perfil de reacções adversas não é tão favorável, não é habitualmente considerado como fármaco de 1ª linha. O praziquantel, que se encontra disponível apenas nas Farmácias Hospitalares, é usado em muitas infecções por céstodos e tremátodos, sendo considerado como fármaco de eleição na maioria das infestações causadas por tremátodos. O mebendazol, activo contra a maioria dos céstodos e de muitos nemátodos, apresenta uma biodisponibilidade muito baixa. As suas reacções adversas são predominantemente gastrintestinais e pouco frequentes. O albendazol possui uma actividade idêntica à do mebendazol e é considerado o fármaco de eleição no tratamento das infecções sistémicas por nemátodos e, em altas doses, no tratamento do quisto hidático e neurocisticercose. Embora apresente, tal como o mebendazol, uma baixa biodisponibilidade, o seu metabolito é farmacologicamente activo e tem um t½ plasmático longo. O seu perfil de reacções adversas é semelhante ao do mebendazol. O flubendazol é também usado em medicina veterinária. “ Fonte Infarmed
A emamectina Las avermectinas, producidas mediante el cultivo de Streptomyces avermilitis tienen propiedades antihelmínticas e insecticidas muy potentes. Un derivado químicamente modificado, ivermectina (22,23-dihidroavermectina B1) desarrollado como antiparásito de amplio espectro para el ganado vacuno, ovejas, caballos y cerdos (Sutherland I.H. (1990) “Veterinary Use of Ivermectin” Acta Leidensia, 59; 211-216) y ha sido comercializado a nivel mundial desde 1981. La ivermectina también ha sido utilizada ampliamente en el tratamiento de varias parasitosis humanas (Ottesen E.A. y Campbell W.C. (1994) “Ivermectin in Human Medicine” “Journal of Antimicrobial Chemotherapy”, 34 (2); 195 - 203). Después de haberse reconocido la resistencia de los piojos de mar contra los organofosfatos (Jones M.W., Sommerville C.S. y Wootten, R. (1992) “Reduced Sensitivity of the Salmon Louse, Lepeophtheirus salmonis, to the Organophosphate Dichlorvos” Journal of Fish Diseases 15; 197 - 202), la ivermectina fue considerada como una terapia alternativa. Además de su nuevo modo de acción, otra de sus ventajas es la que consiste en su aplicación como
medicación incluida en la alimentación. Si bien la ivermectina no ha sido aprobada oficialmente para ser utilizada en los salmones, puede ser prescrita en el Reino Unido por los veterinarios bajo el “Procedimiento en Cascada” (Anónimo (1998) Amelia No. 8 Veterinary Medicines Directorate Woodham Lane, Newhaw, Addlestone, Surrey KT15 3 NB), cuando los productos autorizados no proporcionan un control efectivo contra las infestaciones por piojos de mar. La utilización de la ivermectina durante varios años ha indicado que ejerce algún control con concentraciones comúnmente adoptadas de 25 μg por kg de biomasa dos veces por semana (Rae G.H. (1996) “Guidelines for the Use of Ivermectin Pre-Mix for Pigs to Treat Farmed Salmon For Sea Lice” Scottish Salmon Growers Association pamphlet). Sin embargo, la ivermectina ha demostrado ser tóxica a niveles superiores a 25 μg/kg de biomasa dos veces por semana (S.C., Jonson y otro(s), “Toxicity and Pathological Effects of Orally Administrated Ivermectin in Atlantic, Chinook, and Coho Salmon and Steelhead Trout”, Diseases of Aquatic Organisms Vol. 17: 107 - 112 (1993). La emamectina (4“-desoxi-4”epimetilamino avermectina B1) ha sido utilizada recientemente para tratar los cultivos de plantas comestibles (Leibee G.L., Jannson, R.K., Nuessly, G. y Taylor J.L. (1995) “Efficacy of Emamectin Benzoate and Bacillus thuringensis at Controlling Diamondback Moth (Lepidoptera: Plutellidae) Populations on Cabbage in Florida” Florida Entomologist 78(1): 82 - 96). Sumario de la invención La presente invención proporciona un método para eliminar, reducir o prevenir los parásitos en una población de peces, que comprende alimentar a dicha población de peces con emamectina, o una sal de la misma, en forma de una dosis diaria de 25 μg a 400 μg por kg de biomasa de peces por día durante un periodo de 3-14 días. En un aspecto adicional se proporciona un kit para preparar un alimento medicado para peces, para eliminar, reducir o prevenir los parásitos en una población de peces, kit que comprende un suministro de emamectina o una sal de la misma, e instrucciones impresas para administrar la emamectina, o una sal de emamectina, como alimento, en forma de una dosis diaria de 25 μg a 400 μg por kg de biomasa de pez por día durante un periodo de 3-14 días. Breve descripción de los dibujos Descripción detallada de la invención La emamectina (4”-desoxi-4”-epimetilamino avermectina B1), que puede ser preparada tal como se describe en la Patente Estadounidense nº 5.288.710 o en la Patente Estadounidense nº 5.399.717, es una mezcla de dos homólogos, la 4”-desoxi-epi-metilamino avermectina B1a y la 4”-desoxi-epi-metilamino avermectina B1b. Es preferible utilizar una sal de emamectina. Ejemplos no limitantes de sales de emamectina que pueden ser utilizados en la presente invención incluyen las sales descritas en la Patente Estadounidense nº 5.288.710, por ejemplo las sales derivadas de ácido benzoico, ácido benzoico sustituido, ácido bencenosulfónico, ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido tartárico, ácido maleico, y similares. Lo más preferible es que la sal de emamectina utilizada en la presente invención sea benzoato de emamectina. Sorprendentemente, se ha descubierto que la emamectina, cuando se utiliza a los niveles de dosis y con la frecuencia de dosificación de acuerdo con la presente invención, no es tóxica para las poblaciones de peces. Se trata de un descubrimiento particularmente sorprendente, dado helecho que la ivermectina ha demostrado ser tóxica con niveles relativamente bajos. Dado que la ivermectina no puede ser administrada en días consecutivos debido a problemas de toxicidad, existe un riesgo sustancial de que no todos los peces en una población dada recibirán una dosis adecuada debido a los alimentadores sobre-agresivos. La posibilidad de administrar la emamectina junto con la alimentación durante por lo menos varios días consecutivos es una significativa ventaja con respecto a la ivermectina, ya que la alimentación durante varios días consecutivos aumenta la posibilidad de que una mayor cantidad de los peces presentes en una población determinada la consumirán. La emamectina y sus sales pueden ser utilizadas de acuerdo con la presente invención para eliminar o reducir todos los tipos de parásitos, ectoparásitos inclusive, así como los endoparásitos de los peces. Ejemplos de endoparásitos que pueden ser eliminados o reducidos, incluyen pero no se limitan a: los pertenecientes al filo platelmintos (clases Monogenea, Digenea y Cestoda); el filo ascelmintos (clase Nematoda); y los protozoarios (por ejemplo, las infecciones por mixozoarios (filo Myxozoa), las infecciones por microporodios (filo Microspora), las infecciones por coccidios (filo Apicomplexa), y el filo Ciliophora). Ejemplos de ectoparásitos que pueden ser eliminados o reducidos incluyen pero no se limitan a: monogeneos, parásitos de los filos Arthropoda (clase: Crustacea), subclases Branchiura, subclase Copepoda (por ejemplo, los que incluyen los órdenes Cyclopidea, Caligidea, y Lernaepodidea); y los parásitos del orden Argulus y el filo Isopoda.
El tratamiento con emamectina de la presente invención ha demostrado ser particularmente efectivo como tratamiento contra los piojos de mar, es decir, contra parásitos pertenecientes a la subclase Copepoda, orden Caligidea, en especial los pertenecientes a los géneros Lepeophteirus y Caligus. Cualquier especie de peces, incluidas las variedades de agua dulce y las de agua salada, pueden ser tratadas con emamectina a efectos de eliminar o reducir sus parásitos.
Literatura consultada. PARASITES OF PUERTO RICAN FRESHWATER SPORT FISHES Lucy Bunkley-Williams and Ernest H. Williams, Jr. AVALIAÇÃO DE TRÊS DIFERENTES MÉTODOS PARA O CONTROLE DE MONOGENÉTICOS E Capillaria sp. (NEMATODA: CAPILLARIIDAE), PARASITOS DE ACARÁ-BANDEIRA (Pterophyllum scalare LIECHTENSTEIN, 1823) Rodrigo Yudi FUJIMOTO 1; Leandro VENDRUSCOLO 2; Sergio Henrique Canello SCHALCH 2 *; Flávio Ruas de MORAES 3 ** A NEW NEMATODE SPECIES Goezia leporini n. sp.(ANISAKIDAE) FROM CULTURED FRESHWATER FISH Leporinus macrocephalus (ANOSTOMIDAE) IN BRAZIL MARTINS, M. L. and YOSHITOSHI, E. R. MORAVEC, F. 1998. Nematodes of freshwater fishes of the Neotropical region. Henry Baldwin Ward Fresh Water biology EIRAS, J.C. 1994. Elementos de ictioparasitologia. Fundação Eng. António de Almeida EIRAS, J.C., TAKEMOTO, R. M. & PAVANELLI, G. C. 2006. Métodos de Estudo e Técnicas Laboratoriais em Parasitologia de Peixes. 2ª ed. Editora da Universidade Estadual de Maringá, Organization of the biosynthetic gene cluster for the polyketide anthelmintic macrolide avermectin in Streptomyces avermitilis HARUO IKEDA*, TOMOKO NONOMIYA†, MASAYO USAMI* TOSHIO OHTA†, AND SATOSHI O# MURA*†‡