TARSILA
DO
AMARAL
TARSILA
DO
AMARAL Senac Lapa Scipião Técnico em Comunicação Visual Projeto realizado como parte do curso de Qualificação Técnica em Assistente de Arte Catálogo de Imagens Planejamento, Projeto Gráfico, Direção de Arte e Diagramação Humberto Ramirez Gonzales Docentes Ana Paula Pires Cruz Augusto Calefo dos Santos Claudio Murena Evandro Capelasso Kacili Zuchinali Renan Vieira Andrade
BIOGRAFIA A pintora Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886, em Capivari, no estado de São Paulo, e morreu em 17 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo. Sua obra apresenta paisagens rurais e urbanas brasileiras, além de elementos da fauna, flora e folclore do país. Seu primeiro quadro – Sagrado coração de Jesus – foi feito em 1904, em Barcelona, quando a artista estudava na Espanha. De 1920 a 1922, estudou na Académie Julian, em Paris. Assim, não participou da Semana de Arte Moderna de 1922, já que estava na França quando o evento ocorreu. A pintora, portanto, teve uma formação acadêmica antes de aderir ao Modernismo. No Brasil, fez parte do chamado Grupo dos Cinco: Anita Malfatti (1889-1964), Mário de Andrade (1893-1945), Oswald de Andrade (1890-1954), Menotti del Picchia (1892-1988) e Tarsila do Amaral. Por causa desse convívio, em 1922, pintou os retratos de Mário de Andrade e de Oswald de Andrade, em estilo expressionista. No ano seguinte, em 1923, ela e Oswald de Andrade foram
viver em Paris, onde Tarsila do Amaral pôde se envolver ainda mais com a arte moderna. Sua primeira tela modernista é A negra, de 1923, de influência cubista, e causou forte impacto na época. Três anos depois, em 1926, Tarsila do Amaral fez sua primeira exposição individual em Paris. Nesse mesmo ano, casou-se com o escritor Oswald de Andrade. Mas, em 1930, ela se separou do marido ao descobrir que ele estava tendo um romance com a escritora Pagu (1910-1962). Em 1929, Tarsila do Amaral teve sua primeira exposição individual no Brasil. Em 1931, viajou para a União Soviética e fez uma exposição em Moscou. A partir de 1935, passou a trabalhar como colunista e ilustradora. Em 1950, as pinturas de sua fase “neo-pau-brasil” foram apresentadas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/ SP). Já em 1954, fez a tela Procissão do Santíssimo, em comemoração aos quatrocentos anos da cidade de São Paulo.
A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artística que aconteceu há 100 anos no Teatro Municipal de São Paulo. No evento tivemos apresentações de dança, música, recitais de poesia, e exposições de pintura e escultura. Tarsila não participou da Semana, mas é muito lembrada pois chegou de Paris em junho e logo integrou-se ao grupo modernista. Eles queriam uma arte genuína brasileira, e a construção de uma identidade nacional.
MODERNISMO
Cartaz da Semana de Arte Moderna, em 1922.
O Modernismo brasileiro foi inaugurado com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Nesse evento, artistas de diversas áreas apresentaram novas tendências artísticas inspiradas nos movimentos de vanguarda que estavam em curso na Europa. A principal característica desse movimento foi a quebra radical com a arte acadêmica e com os valores
tradicionais, não só na arte, mas também na sociedade brasileira. Tarsila do Amaral foi uma das artistas plásticas mais importantes da primeira fase do Modernismo, concretizando em sua obra todas as aspirações de vanguarda formuladas pelo grupo. Sua obra atravessou três fases denominadas: “Pau-Brasil”, “Antropofágica” e “Social”.
PRIMEIRA FASE Pau Brasil 1924 – 1928
A primeira fase, “Pau-Brasil”, teve início em 1924, quando Oswald de Andrade divulgou o “Manifesto Pau Brasil” defendendo o nacionalismo. A artista rompeu completamente com o conservadorismo e sua obra encheu-se de formas e cores assimiladas em sua viagem de “redescoberta do Brasil”, realizada em Minas Gerais, com seus amigos modernistas. Tarsila explorou os temas tropicais e exalta a flora e a fauna, as ferrovias e as máquinas, símbolos da modernidade urbana. São exemplos dessa época as telas:
A Estação Central do Brasil (1924)
OBRAS
Vendedor de Frutas (1925)
A Feira (1924)
A Cuca (1924)
São Paulo (1924)
Manacá (1927)
Autorretrato I (1924)
SEGUNDA FASE
Antropofágica 1928 – 1930 A segunda fase da obra de Tarsila do Amaral, denominada “Antropofágica”, teve origem no mais radical de todos os movimentos do período modernista: “Movimento Antropofágico” que foi inspirado no quadro “Abaporu” (1928) (antropófago, em tupi), que Tarsila oferecera a Oswald como presente de aniversário. Partidários de um primitivismo crítico, os antropófagos propunham que a cultura estrangeira fosse devorada, aproveitando dela suas inovações artísticas, porém sem perder nossa própria identidade cultural. Exemplos dessa fase:
Abaporu (1928)
Urutu (1928)
A Lua (1928)
Antropofagia (1929)
O Sono (1928)
Calmaria II (1929)
Sol Poente (1929)
TERCEIRA FASE Social 1933
A terceira e última fase da obra de Tarsila do Amaral, denominada “Social”, teve início em 1933, com a obra, “Operários”, onde sua criação está voltada para os temas sociais da época e a situação dos trabalhadores. São dessa fase as obras:
Operários (1933)
Segunda Classe (1933)
A Estação Centrzal do Brasil (1924)
Crianças Orfanato (1935)
PROCESSO DE CRIAÇÃO
ROTEIRO DE OBRAS SÃO PAULO
Composição ou Figura Só – MASP Trabalhadores – MASP Estudo (Nú) – MASP Autorretrato com vestido laranja – MASP Porto I – MASP Antropofagia – Pinacoteca Carnaval em Madureira – Pinacoteca Distância – Pinacoteca São Paulo – Pinacoteca Palmeiras – Pinacoteca Retrato do Padre Bento – Pinacoteca A Negra – MAC EFCB – MAC A Floresta – MAC Costureiras – MAC Operários, Samaritana, Retrato de Fernanda de Castro, Retrato de Mário de Andrade, Autorretrato I, Religião Brasileira I, Calmaria, Santa Irapitinga do Segredo, Estratosfera, Estudo de Procissão – Acervo Artístico-Cultural do Palácio do Governo Procissão – Centro Cutural São Paulo Retrato de Oswald de Andrade, O Sapo – Museu de Arte Brasileira FAAP Rio de Janeiro – Fundação Cultural Ema Gordon Klabin O Mamoeiro – Instituto de Estudos Brasileiros, IEB Romance – Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado de SP Retrato de Luis Martins – Banco Itaú, SP Retratos de: Francisco Aranha Barreto, Frei Miguel Arcanjo da Anunciação, Joaquim Amaral de Camargo, José Maria Nunes Garcia, Marechal Arouche – Museu Paulista de Universidade de SPA Procissão – Associação Paulista de Medicina Paisagem da Fazenda Santa Tereza do Alto – MAM-SP
GUARULHOS
Retrato do Padre Bento – Prefeitura de Guarulhos
ITU
Retratos: Antonio de Toledo Piza, Jesuíno Pinto Bandeira, José Vaz Pinto de Mello, Luis de Antonio de Souza Ferraz, Pedro Alexandrino Rangel Aranha, Victor de Arruda Castanho – Museu Republicano Conveção de Itu, USP, Itu
RIO DE JANEIRO
Manteau Rouge – Museu Nacional de Belas Artes Urutu – MAM Rio Vendedor de Frutas – MAM Rio O Touro, Paisagem com flores Rosas e Roxas – Fundação Roberto Marinho Anjos – MAM, RJ
BAHIA
Boi na Floresta – MAM Bahia
CEARÁ
Religião Brasileira IV – Fundação Edson Queiroz, Fortaleza
RIO GRANDE DO SUL
Paisagem (com casario e Palmeiras) Uma – Museu de Arte da ASPES/FAT/URCAMP
ARGENTINA
Abaporu – MALBA Pueblito ( Morro da Favela II) – Museu Nacional de Bellas Artes, Neuquem
ESTADOS UNIDOS
A Lua – MoMA
ESPANHA
A Família – Museu Rainha Sofia, Madri Desenho Abaporu – Museu Rainha Sofia, Madri
FRANÇA
A Cuca – Museu de Grenoble, Grenoble, França
RÚSSIA
O Pescador – Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITES Portal Tarsila https://tarsiladoamaral.com.br/ Blog Grafitti https://blog.grafittiartes.com.br/arte-modernista-de-tarsila-do-amaral/ Portal E-biografia https://blog.grafittiartes.com.br/arte-modernista-de-tarsila-do-amaral/
LIVRO Tarsila, anos 20/textos de Aracy Amaral ... [et a]; organizado por Sônia Salzsteim. - São Pauo
Tarsila do Amaral - Oficial tarsiladoamaraloficial www.tarsiladoamaral.com.br