Mínimo

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mĂ­ ni mo



borboleta que o vento leva de asas amarelas e rumo incolor ĂŠ folha velha


desvirginizo folhas brancas e cabeรงas vazias


dรณi diz a folha violada pelo lรกpis extensรฃo fรกlica da minha fala


a lĂ­ngua ĂŠ o falo da fala


se o silĂŞncio nĂŁo bastar



ler o silĂŞncio do poema como quem lĂŞ um verso depois da


poema desco nas entrelinhas escorre

n e x o


o beijo ou o poema o beijo poema me beijou


eu amo n贸s & n贸s pode ser eu & voc锚 ou eu & eu &


no amor é como se eu andasse

pra trás

até que resolvo seguir em frente deixo ele e vou a roma

de lado


mas fazer o quĂŞ em roma?


lagartixapsicodĂŠlicafumandohaxixe


eu a incitar lhe o que desconheรงo tua libido meu interesse


menina n達o brinca com meu fogo que ele te queima


n達o sou desses que fumam depois do sexo eu nem trepo


na sacada do maleta saquei minha bereta mastiguei sua inocĂŞncia


levei vinho esqueci de levar o saca-rolhas


lรกbios pra que te quero pernas pra onde me levam olhos nรฃo disfarรงa olha agora


tua boca me devora tua boca se deflora


não há poema que me faça esquecer do problema o problema não me faz esquecer do poema


nada a fazer em relação ao fato de que não há nada a fazer fiz um poema só por fazer


deixe me cá com minhas contradições ou deixe me lá


colher poesia da merda o solo fétido é também o mais fértil



utópica

ítaca

nunca

tácita


ch達o eu poderia dizer que meu mundo caiu se eu soubesse onde fica o de repente o futuro me assusta e vira presente


repentinamente o futuro passa do escorre pelo ralo


o estranho no espelho me devora que nem saturno em goya sou eu o estranho no espelho



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