RELATÓRIO DE PLANTIO DO PROJETO PLANTE BONITO PLANTIO NAS MARGENS DO RIO MIMOSO BONITO – MS.
1. Apresentação O projeto Plante Bonito busca envolver empresas, escolas, proprietários rurais, visitantes e poder público em ações de reflorestamento com mudas nativas da região em áreas degradadas (matas ciliares de rios e córregos), visando a sua recuperação e ainda ajudando a minimizar os efeitos das emissões de gases na atmosfera (efeito estufa). Essas ações são importantes para a proteção dos solos, rios, matas e a biodiversidade de Bonito e região. Dessa forma, ocorreu no dia 17 de julho de 2008 o plantio de 140 mudas patrocinadas pelas empresas Hotel Pousada Águas de Bonito e Agência Águas de Bonito Turismo. A ação foi realizada pelo IASB com o apoio do Viveiro Municipal, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bonito. 2. Caracterização da Área O plantio foi realizado na chácara Santa Rita, localizada a 18 km na rodovia Bonito - Bodoquena. A propriedade, com 28 hectares, possui como principal atividade a criação de uma pequena quantidade de gado de corte e arrendamento de pasto. A chácara conta com uma extensão de 1800 m de margens do rio Mimoso, uns dos principais afluentes do rio Formoso, ambos de grande relevância econômica para o município de Bonito. A mata ciliar está bastante devastada, principalmente pela presença de bebedouros para o gado, já que a propriedade não conta com outra fonte de água, ocasionando dessa forma, a formação de grandes erosões e voçorocas nas margens do rio. A sede da chácara está localizada dentro da faixa dos 50 m da área de preservação permanente exigida pelo código florestal, tendo ainda nesta área o pomar da propriedade. Como o solo está descoberto aumenta o carreamento
de sedimento para o leito do rio, que apesar da realização de algumas iniciativas de conservação, o assoreamento do canal principal do rio é acentuado.
Descida para o gado até o leito do rio.
Sedimentos do pomar levados para o rio barrados por tijolos colocados pelo proprietário.
3. Atividades Realizadas Para a realização do plantio, varias atividades foram necessárias para que o mesmo fosse viável, entre as atividades destacam-se: - Realização de contenções com galhos acumulados em leras encontradas na própria fazenda. Essas contenções têm como objetivo evitar que a força da água vinda das partes mais altas dos terrenos leve as pequenas mudas plantadas na área da voçoroca.
Proprietário da fazenda e técnico da AGRAER levando os galhos para a voçoroca.
Galhos acumuladas na voçoroca.
- As covas foram abertas e adubadas com húmus para supri a falta de nutrientes no solo que por muito tempo foi utilizado para a pastagem. Para a adubação foi utilizado um litro de húmus por cova e as mesmas foram fechadas novamente com a terra que foi retirada, isso permitiu a conservação da umidade encontrada no solo e a sua assimilação com a terra até a realização do plantio.
Adubação das covas.
Cova fechada para evitar umidade.
a perda
de
3.1 Plantio As mudas utilizadas para o plantio vieram de tubetes e estavam adaptadas a receber água diariamente. Para que elas não sofressem tanto com o déficit hídrico, as covas foram molhadas com 10 L de água cada uma antes do plantio e o mesmo após. Isso permite que o solo receba umidade nas camadas mais profundas. Além disso, o solo ao redor das mudas foi coberto com folhas e palha para evitar a perda da umidade. As árvores foram plantadas em pleno sol, sendo respeitados três metros de distancia da rede elétrica e nas bordas utilizaram-se mudas com copa pequena e mais baixas. As mudas utilizadas no reflorestamento são espécies nativas que buscam satisfazer a necessidade da área a ser recupera bem como a vontade do proprietário, sendo espécies com bom sistema radicular para reter o solo em processos erosivos, com flores e frutíferas para atrair a fauna e ornamentar a frente da casa.
Área preparada para o plantio.
Cobertura do solo para proteção da muda durante o período de estiagem.
4. Monitoramento do das mudas Para
o monitoramento
do
crescimento
foram
selecionados
29
exemplares de mudas os quais foram estaqueadas e numeradas para posterior controle. Foi realizada a medida da altura do caule e de seu diâmetro na altura do solo. Os resultados da primeira metragem estão expressos na tabelas abaixo: Nº da Estaca 21 23 04 30 02 07 10 27 29 03 16 06 05 08 24 25 26 15
Nome da espécie Seputá Canafístula Embaúba Figueira Ypê - rosa Chico magro Jatobá - mirim Marinheiro Angico Embaúba Pitomba Chico - magro Jatobá - mirim Ypê - rosa Marinheiro Angico Canafístula Figueira
Altura (cm) 7 12 25 13 11 20 09 17.5 10 16 04 17.5 2.5 13 07 12 10 16
Diâmetro (mm) 3 04 4 3.5 04 03 03 02 02 04 02 02 03 05 05 02 04 05
09 01 13 17 11 20 19 22
Samanea Samanea Tucaneira Seputá Amoreira Amoreira Sangra – d, água Ypê – roxo
25 18.5 17,5 05 12,5 16 16 07
05 05 3,5 03 03 02 03 03
28 12 18
Pitomba Tucaneira Ypê - roxo
5,5 15,5 07
03 04 03