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PROJETO ESPECIAL DE MARKETING Salvador | terテァa-feira | 20 de setembro de 2011
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PROJETO ESPECIAL DE MARKETING
Universidades públicas baianas oferecem 7 mil vagas pelo Enem Quase 7 mil estudantes que pretendem ingressar em instituições de ensino superior públicas da Bahia poderão ser selecionados através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2012. No estado, o modo como as instituições fazem uso do exame é diversificado, podendo acontecer em uma única fase ou combinado com o vestibular. O Instituto Federal da Bahia (IFBA) e as Universidades Federais da Bahia (UFBA), do Recôncavo (UFRB) e do Vale do São Francisco (Univasf), além da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) utilizarão o Enem no estado. No caso da UFBA o Enem é utilizado como único modo de seleção para estudantes que queiram cursar os Bacharelados Interdisciplinares (BI) e Cursos Superiores de Tecnologia (CST) oferecidos pela instituição. Já o IFBA preenche 50% de suas vagas para cursos superiores por meio do ENEM.
Tendência é ampliar aceitação De acordo com a professora Antônica Caló, diretora do Serviço de Seleção da UFBA, o ENEM é uma maneira de fortalecer o ensino médio no Brasil, além de tornar o processo seletivo mais democrático. “A UFBA acredita no ENEM porque ele exerce o papel que nenhuma prova faz, chegando a qualquer lugar do país”, pontua Caló, lembrando ainda da possibilidade cogitada pela instituição de adotar, em 2013, o Exame na
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1ª fase do vestibular. Outra instituição que pretende ampliar a porcentagem de vagas destinadas ao ENEM é o IFBA que, atualmente, permite que o candidato faça os dois processos seletivos ao mesmo tempo (vestibular tradicional e Sisu). Segundo a Pró-Reitora de Ensino, Lívia Rocha, cogita-se reservar 100% das vagas para o ENEM em um futuro próximo. “Queremos que pessoas do Brasil inteiro concorram a vagas no IFBA, não somente a população baiana, e o Exame permite essa maior abrangência”, salienta a Pró-Reitora. A Univasf, universidade que adota o Exame desde o ano em que o mesmo se tornou um processo seletivo, avalia o ENEM positivamente. De acordo com a diretoria, a Univasf usa a avaliação nacional como processo seletivo único porque confia na preparação dos alunos que realizam a prova. Para Janet dos Santos, coordenadora de Políticas e Planejamento
Estratégico de Ensino de Graduação da Pró-Reitoria de Graduação da UFRB, o ENEM tem uma diferenciação social e econômica do vestibular normal: “com ele, é possível ampliar as isenções de taxas e a redução do valor da inscrição, além de favorecer uma maior democratização do acesso em sua questão social”. A coordenadora acredita que a prova unificada beneficiou o Recôncavo: “não é preciso forçar o deslocamento do estudante de sua cidade pra fazer a prova. O exame é feito em mais de 1600 cidades. Facilita muito o acesso ao processo seletivo”.
Além dos cadernos semanais aqui no jornal Correio*, quem está se preparando para o Enem também tem acesso a conteúdo exclusivo no Portal iBahia. O site disponibiliza todo o material dos cadernos e mais conteúdo sobre o tema de cada semana. Você também pode testar seus conhecimentos respondendo ao Simuladão. São 100 questões sobre todas as áreas abordadas no Exame e o resultado é divulgado na hora. Outra boa notícia é que, toda semana, são colocadas mais 10 questões referentes aos temas dos cadernos, elaboradas e comentadas pelos professores do Colégio Villa Lobos. Ainda não tem a folha de redação para participar do concurso? O iBahia tem! Basta acessar e fazer o download da folha e do regulamento do concurso. Tudo isso para ajudar você a conseguir o melhor resultado. Acesse e continue acompanhando todas as novidades do Projeto Revisão Enem: www. ibahia.com/enem2011
Universidades estaduais Além das instituições federais da Bahia, algumas universidades estaduais também aderiram ao ENEM. Desde o primeiro semestre de 2010, a UNEB reserva cerca de 25% de suas vagas para o Sisu. Já a UESC preenche 50% das vagas de cada um dos cursos através deste sistema.
O participante tem até 11 de outubro, em horário comercial, para entregar a redação nos postos Acheaqui nos Shoppings Barra, Itaigara, Iguatemi e Center Lapa, todos em Salvador. Quem quiser, também pode enviar a folha digitalizada para o e-mail enem@ portalibahia.com.br. Nos postos, também está sendo entregue a folha gratuitamente.
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www.ibahia.com/enem2011 expediente Analista de Marketing Aline Pimentel Tel.: (71) 3203-1090
Departamento Comercial Tel.: (71) 3203-1812
Encartado no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.
Projeto Gráfico João Soares Tel.: (71) 3342.4440/41 metta@mettacomunicacao.com.br
Textos Laís Santos Louise Cibelle
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nova técnica vai ampliar produção de petróleo em águas profundas O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse na última quarta-feira (14) que a estatal testará até o fim do ano tecnologias que aumentarão a capacidade de produção das plataformas de petróleo. Uma das tecnologias citadas por Barbassa faz a separação submarina da água e do óleo, com a reinjeção de água, possibilitando o aumento da produção e da relação custo/produção das unidades. “Muitas das nossas plataformas hoje são limitadas pelo volume processado, que é uma mistura de óleo e água. Tomemos como exemplo uma plataforma que tenha capacidade para processar 180 mil barris diários de petróleo: se a água corresponder a 50% desse volume, a real capacidade cairá para 90 mil barris de petróleo por dia”, disse. “Fazendo a separação no fundo do mar e a reinjeção da água, só levaremos petróleo para a plataforma, aumentando sua capacidade”, completou. Segundo Barbassa, essa tecnologia está com protótipo pronto. “É uma grande oportunidade. Isso diminuiria até o custo de construção de uma plataforma, pois reduziria seu tamanho”, disse. Agência Brasil
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• Procurar compreender os objetivos de cada disciplina ou área de estudo. • Ter atenção durante as aulas e os estudos. • Saber ouvir e argumentar, fundamentando-se em leituras. • Ler observando como os autores constroem o texto. • Questionar e ter curiosidade sobre os temas de estudo.
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No Brasil, primeira descob de petróleo aconteceu na B A Bahia é protagonista na história do petróleo no Brasil. No estado, as buscas pelo “ouro negro” foram iniciadas em 1858, quando o Marquês de Olinda concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em terrenos situados nas margens do rio Maraú. Quase trinta anos mais tarde, em 1930, após vários poços perfurados sem sucesso, inclusive em outros estados, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos soube que moradores do Lobato, em Salvador, usavam uma “lama preta” oleosa para iluminar suas residências. A partir desta informação, foram realizadas várias pesquisas e coletas de amostras da referida lama. Bastos não foi bem sucedido em chamar a atenção de pessoas influentes, e chegou a ser considerado “maníaco”. No entanto, após muita persistência, o engenheiro agrônomo entregou um relatório sobre a presença da substância ao presidente Getúlio Vargas em 1932. A partir de então, e durante toda a década de 30, a questão da nacionalização dos recursos do subsolo entrou na pauta das discussões.
Petróleo para os brasileiros Em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. Ainda nesse ano, em 29 de abril, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. Foram declarados de utilidade pública pelo mesmo decreto que instituiu o CNP o abastecimento nacional de petróleo, a regulamentação das atividades de importação, exportação, transporte, distribuição e comércio da substância e derivados e o funcionamento da indústria do refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas como patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da história do petróleo no Brasil. Já sob jurisdição do CNP, Oscar Cordeiro e Manoel Inácio Bastos deram início às
pesquisas na região do Lobato. A perfuração do poço DNPM-163, foi iniciada em 29 de julho de 1938. Somente no dia 21 de janeiro de 1939, o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas do Conselho em toda a região do Recôncavo Baiano. Em 1941, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir comercialmente petróleo no Brasil. As descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP estendia seus trabalhos a outros estados.
Linha do Tempo 1938
1858
Lei determina que qualquer atividade petrolífera precisa ser realizada por brasileiros / Criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP) / Perfuração do poço DNPM163, no Lobato
Concessão dá direito de extrair betume em terrenos situados nas margens do rio Maraú
1930
Descoberta de “lama preta” no Lobato (Salvador)
1939
Primeira descoberta de petróleo no Brasil, no Lobato
1941
Surgimento do campo de Candeias, o primeiro a produzir comercialmente petróleo no Brasil
1958
Nasce a primeira marca Petrobras
1953
O presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados. Também criou a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
1963
O monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importação e exportação de petróleo e seus derivados
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berta Bahia Primeiros passos da indústria nacional do “ouro negro” Em 3 de outubro de 1953, depois de uma intensa campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados. Também criou a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras. No ano de 1963, o monopólio foi ampliado, abrangendo também as atividades de importação e exportação de petróleo e seus derivados. Um marco na história da Petrobras foi a decisão de explorar petróleo no mar. Em 1968, a companhia iniciou as atividades de prospecção offshore, com a descoberta do campo de Guaricema, em Sergipe. Entretanto, foi em Campos, no litoral do Rio de Janeiro, que a Petrobras encontrou a bacia que se tornou a maior produtora do país. O campo inicial foi o de Garoupa, em 1974, seguido pelos campos gigantes de Marlim, Albacora, Barracuda e Roncador.
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Pré-sal brasileiro, um bilhete premiado Graças à jazida de petróleo e gás natural descoberta pela Petrobras na camada do pré-sal do litoral brasileiro, o Brasil irá figurar entre os dez maiores países produtores do mundo. A pretensão do governo é continuar fazendo investimentos para que o país se torne exportador de produtos com valor agregado. Segundo a presidente Dilma Rousseff, diante da perspectiva de grande produção de petróleo, com a exploração das reservas do pré-sal, é inadmissível que o Brasil se torne apenas um exportador de óleo bruto. Marco regulatório Criado em 2009, com o objetivo de estabelecer um poder ainda maior da União sobre os campos que apresentam grandes volumes, o novo marco regulatório para a exploração do petróleo pretende manter o modelo de concessão das áreas atuais e passar a vigorar um modelo de partilha para a província do pré-sal. Nesse cenário, a União não corre riscos na exploração e a empresa contratada tem um risco menor uma vez que a taxa de sucesso na perfuração de poços na área é de 87% (na bacia de Santos, em 13 poços perfurados pela Petrobras, a taxa de sucesso é de 100%).
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Em abril, a Petrobras concluiu, junto à estatal chilena Empresa Nacional de Petróleo (Enap), as negociações para a venda da primeira carga de petróleo produzida no pré-sal destinada à exportação. Foram vendidos um milhão de barris extraídos do campo de Lula. Segundo o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, o ritmo de exploração no pré-sal da bacia de Santos está sendo acelerado e somente no primeiro trimestre do ano foram perfurados oito poços. Se o ritmo for mantido, a empresa termina 2011 com 32 poços perfurados, aumento de 60% em relação a toda a campanha na região até hoje. Os investimentos e encomendas programados até 2014 abrem uma nova e promissora frente de negócios. São plataformas, navios, tubulação, transporte, entre outros. A carteira de projetos programada pela Petrobras garantirá, nos próximos anos, uma demanda em larga escala também de sondas de perfuração, unidades de produção, arranjos submarinos, dutos, bombas, linhas flexíveis, milhares de outros equipamentos, além de serviços diversos, que vão desde refeição à locação e compra de helicópteros.
oceano
2140 m camada pós-sal 3500 m
camada de sal
5500 m camada pré-sal
10 maiores reservas de petróleo do mundo (em bilhões de barris)
Principais países produtores de petróleo (em milhões de barris por dia)*
Rússia Arábia Saudita Estados Unidos Irã China Canadá México Emirados Árabes Brasil Kuwait
9,934 9,760 9,141 4,177 3,996 3,294 3,001 2,795 2,577 2,496
Arábia Saudita¹ Canadá Irã¹ Iraque¹ Kuwait¹ Venezuela¹ 1900/2011 Emirados Árabes¹ Rússia Líbia¹ Nigéria¹ 15º
Fonte: Departamento de Estatística dos EUA Dados referentes ao ano de 2009.
Brasil²
266,71 178,09 136,15 115,00 104,00 99,38 97,80 60,00 43,66 36,22 12,62
¹ Países-membros da OPEP ² O Brasil possui reservas não confirmadas que elevariam o total a 96 bilhões de barris, levando o país ao 7o lugar no ranking.
Em 2004, os técnicos da Petrobras iniciaram as perfurações de poços em busca de óleo na Bacia de Santos. No entanto, só em 2006, quando a perfuração já havia alcançado 7,6 m de profundidade a partir do nível do mar, encontraram uma reserva gigante de gás e reservatórios de condensado de petróleo, um componente leve do petróleo. No mesmo ano, em outra perfuração na Bacia de Santos, uma grande descoberta: o poço Tupi apresentava indícios de óleo abaixo da camada de sal. O sucesso levou à perfuração de mais sete poços e, em todos, encontrou-se petróleo.
1997
O presidente Fernando Henrique Cardoso sanciona a lei 9478, permitindo a presença de outras empresas para competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera
1968
Petrobras decide explorar petróleo no mar
1974
Petrobras encontra a maior bacia produtora de petróleo do país (Rio de Janeiro).
1972
A marca é reformulada. Foi utilizada durante 22 anos em tanques, navios, veículos, uniformes, publicações e correspondências.
1994
O símbolo BR passou a ser uma representação que difundiu-se amplamente a partir do crescimento da Petrobras
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2009/2013
A meta de produção nacional estabelecida no Plano Estratégico Petrobras é de 2,05 milhões de barris por dia
2005 Primeiros indícios de petróleo no Pré-Sal
2003
Produção doméstica de petróleo atinge marca de 1,54 milhão de barris por dia, representando cerca de 90% da demanda de derivados do país
2006
O Brasil atinge a autossuficiência sustentável na produção de petróleo, com a entrada em operação do navioplataforma P-50 nas novas descobertas, ocorridas em águas cada vez mais profundas.
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Energia eólica A energia eólica é a energia gerada a partir da força dos ventos. Por ser uma energia limpa, a eólica colabora para a preservação do meio ambiente, pois não gera gases poluentes. O uso do vento para produção de energia elétrica depende da instalação de grandes turbinas – chamadas de aerogeradores –, em formato de cata-vento, nos locais em que o vento é forte e constante. Através de um gerador, o movimento desses cata-ventos gigantes gera energia elétrica. A expansão dos projetos eólicos já é realidade no mundo inteiro. Os líderes mundiais são os Estados Unidos, com capacidade de gerar mais de 35 gigawatts (GW), a Alemanha, com cerca de 26 GW instalados, e a China, com 25 GW. No Brasil, as regiões com mais projetos nessa área são o Nordeste e o Sul. Estima-se que nosso país tenha capacidade para produzir aproximadamente 143,5 mil megawatts.
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Biomassa É chamado de biomassa todo recurso de origem orgânica que pode ser usada na produção de energia. De acordo com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), no Brasil, serão utilizados bagaço de cana, lixo e esgoto para a geração de energia. Uma das vantagens da biomassa é que ela pode ser aproveitada diretamente na combustão em fornos e caldeiras, sem precisar passar por outro processo de transformação energética. Além disso, seu uso também acarreta vantagens socioambientais, como a redução de poluentes como o gás metano, um dos responsáveis pelo agravamento do efeito estufa e do aquecimento global.
Biodiesel O biodiesel é um combustível renovável, fabricado a partir de vegetais, com matéria-prima natural e que não se esgota. No Brasil, dezenas de espécies vegetais podem ser usadas na fabricação de combustível, tais como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso, soja etc. Esse combustível é capaz de substituir totalmente o óleo diesel, derivado do petróleo, em motores ciclodiesel automotivos (como os usados em caminhões, tratores, camionetas e automóveis) ou estacionários (utilizados em geradores de eletricidade). A produção de biodiesel no Brasil já é realidade. Segundo dados do Anuário Estatístico do Setor de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre 2009 e 2010, a capacidade instalada das usinas de biodiesel no Brasil aumentou 33% e a produção 49%.
Energia limpa é O petróleo é a principal matriz energética mundial. Entretanto, devido aos impactos negativos que causa à natureza, é considerado uma fonte de energia “suja”, ou seja, extremamente poluente. Outra tradicional fonte de energia é o carvão que, assim como o petróleo, está prestes a se esgotar. A iminente escassez dessas alternativas energéticas tem impulsionado os países na busca por fontes de energia que prejudiquem menos o meio ambiente e que
sejam renováveis. No Brasil, alternativas como energia hidráulica, eólica, etanol e biomassa já são utilizadas e a expectativa é que continuem se expandido. Segundo estimativas do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a presença de recursos renováveis no setor elétrico, que alcançou 44,8% em 2010, deve atingir 46,3% até 2020. A pesquisa também aponta
redução do uso de hidreletricidade, lenha e carvão vegetal. Em compensação, a utilização do etanol deve crescer. Para a EPE, graças à expansão das energias renováveis, o Brasil deve se manter como o país de matriz energética mais limpa do mundo, com 46% de fontes renováveis. Ainda de acordo com dados da EPE, nos próximos dez anos, a demanda por energia elétrica no Brasil deve crescer 20%. A utilização de outras fontes de
energia não deve substituir de imediato as fontes tradicionais, como o petróleo, mas o avanço é preocupação da maioria dos países e esse crescimento não deve ser subestimado. Além de aumentar a quantidade e a oferta de energia, o uso de fontes energéticas alternativas garante o desenvolvimento sustentável, reduz as emissões de poluentes na atmosfera, fortalece a economia e colabora para a geração de emprego.
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Energia hidrelétrica É a energia gerada a partir do potencial hidráulico dos rios. Para se obter a energia hidrelétrica é preciso construir usinas em rios que tenham grande volume de água e que apresentem desníveis, como quedas d’água, em seu curso. As hidrelétricas são as principais geradoras de energia elétrica no Brasil. No mundo, o país ocupa a terceira posição entre os que possuem maior potencial, atrás apenas de Canadá e Estados Unidos. Apesar de ser uma energia limpa, as centrais hidrelétricas geram impactos ambientais negativos. Alguns deles são o alagamento das áreas vizinhas às usinas (o que, muitas vezes, exige a desocupação desses terrenos), o aumento no nível dos rios e, até mesmo, sua mudança de curso, o que pode prejudicar a fauna e a flora da região.
2 Etanol O combustível etanol, popularmente conhecido como álcool combustível, é usado nos veículos automotivos de duas formas: como álcool hidratado, nos carros a álcool ou flex-fuel (os que aceitam álcool e gasolina), e como álcool anidro, acrescentado à gasolina. A principal diferença entre essas duas formas do combustível é o teor de água: enquanto no primeiro estão presentes cerca de 7% de água, no álcool anidro a proporção é bem menor, alcançando apenas 0,7%. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda de etanol deve triplicar no Brasil até 2020. O volume do ano passado, 27 bilhões de litros, deve aumentar para 73 bilhões em 10 anos. O Brasil é hoje o maior produtor de álcool do mundo e com menor custo de produção.
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Energia solar Como o nome já diz, a energia solar é a captação de energia do sol para a produção de energia elétrica ou mecânica, que possa ser utilizada pelo homem. A energia é captada através de painéis solares que recebem o calor do astro-rei. A energia solar não polui o ambiente, a manutenção das centrais não custa caro e os painéis solares podem ser instalados em locais de difícil acesso. O Brasil está localizado numa área tropical, onde na maior parte do ano, as temperaturas são altas e o sol é forte. Mas, apesar de ter potencial para a produção de energia solar, o país investe pouco nessa alternativa. Japão, Estados Unidos e Alemanha são os principais produtores de energia solar no mundo.
desafio
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Nordeste tem potencial gigante para eólica
Atlas do Potencial Eólico Brasileiro
Ventos fortes que soprem o ano inteiro. É disso que uma usina de energia eólica mais necessita para se desenvolver. E o Nordeste tem! Segundo o Atlas Eólico Nacional, estudo realizado pelo Governo Federal através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a região é uma das mais promissoras quando o assunto é produção de eletricidade com a força dos ventos. Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia são os estados que despontam como gigantes eólicos. Apenas a Bahia, pode ser responsável por 10% de toda a energia eólica produzida no Brasil. Além de diversificar a matriz energética nacional – a energia hidrelétrica é a principal fonte de eletricidade do país hoje -, a instalação dos parques eólicos vai beneficiar os moradores das regiões onde as usinas se-
rão instaladas, gerando renda para a população e atraindo investimentos. Mas não é apenas no Nordeste que energia eólica ganha força. A Região Sul também possui boas condições para geração de energia. O Brasil já conta com 57 parques eólicos em funcionamento e outros 30 estão em construção. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a produção de energia com a força dos ventos deve crescer sete vezes até 2014, passando dos atuais 1.114 megawatts (MW) para 7.098 MW, considerando a capacidade já contratada nos leilões. Fatores positivos Entre as mudanças no setor que influenciaram positivamente a expansão da energia eólica no Brasil
está a redução no preço do MW. Desde 2005, o valor caiu de R$ 300 para R$ 99,50 no último leilão, realizado em agosto de 2011. Destaque também para a evolução da tecnologia, que permite a construção de torres mais altas (antes, eram construídas torres de, aproximadamente, 50 metros de altura. Hoje, as torres chegam até 120 metros), o crescimento da demanda por energia eólica e o consequente aumento da competitividade, que contribui para a redução de custos. Além disso, indústrias fabricantes de peças para os parques eólicos já perceberam que há bom mercado no Brasil e instalaram fábricas no território nacional. Já que não é mais preciso importar todas as peças, os custos para instalar uma usina eólica ficaram mais baixos.
Região Nordeste
75,0 GW
Região Norte
12,8 GW
Região Centro-Oeste
3,1 GW Região Sudeste 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
velocidade média anual do vento a 50m de altura (m/s)
O Brasil ocupa o 21º lugar entre os países produtores de energia eólica. O 1º lugar fica com a China, seguida pelos Estados Unidos, Alemanha e Espanha.
12,8 GW Região Sul
22,8 GW
Fonte: ANEEL