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PETRÓLEO E ENERGIAS RENOVÁVEIS
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O Enem poderá ser usado para certificação no ensino médio?
Qual a finalidade do Enem? A finalidade primordial do Enem é a avaliação do desempenho escolar e acadêmico ao fim do ensino médio. O Enem serve também para a constituição de parâmetros para a autoavaliação do participante, com vistas à continuidade de sua formação e à sua inserção no mercado de trabalho.
O Enem tem como objetivo o acesso à educação superior? Essa não é a única, mas é uma das funções. O Enem tem sido usado com sucesso como mecanismo de acesso à educação superior, tanto em programas do Ministério da Educação – Sisu e Prouni –, quanto em processos de permanência – Fies. Também tem sido utilizado em processos de governos estaduais e da iniciativa privada.
Sim, a certificação é mais uma das possibilidades que o Exame oferece. Os participantes maiores de 18 anos que ainda não terminaram a escolarização básica podem participar do Enem e pleitear a certificação no ensino médio junto a uma das instituições que aderem ao processo – secretarias estaduais de educação, os institutos federais e os centros federais. A lista das instituições conveniadas está no edital.
Como será realizada a certificação de conclusão do ensino médio por meio do Enem? No ato da inscrição o participante deve indicar a instituição certificadora onde irá solicitar a certificação para fins de conclusão do ensino médio. As instituições que firmaram Acordo de Cooperação Técnica para esse fim estão listadas no Edital. A definição dos procedimentos para certificação é responsabilidade das instituições certificadoras
Analista de Marketing Aline Pimentel Tel.: (71) 3203-1090
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O participante deverá manter o número da senha gerada no ato de inscrição? Sim, o número de inscrição e a senha deverão ser mantidos sob guarda do participante e são indispensáveis para o acompanhamento do processo de inscrição, para a obtenção dos resultados individuais via Internet e para a inscrição em programas de acesso ao ensino superior, programas de bolsa de estudos e de financiamento estudantil, entre outros programas do Ministério da Educação. A senha de acesso ao sistema é pessoal, intransferível e de inteira responsabilidade do participante.
O participante receberá cartão de confirmação? Sim, pelos Correios, no endereço informado no ato da inscrição. O cartão de confirmação poderá
também ser impresso na página de acompanhamento da inscrição do Exame. Esse documento contém o número de inscrição, data, hora e local onde serão realizadas as provas, a indicação dos atendimentos diferenciados ou específicos, da opção de língua estrangeira e da solicitação de certificação. Cabe ao participante acompanhar sua inscrição, por meio da página de acompanhamento.
Em caso de perda, como recuperar a senha? A recuperação da senha é feita no endereço eletrônico http:// sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao e será encaminhada por e-mail ou SMS, informados pelo próprio participante no momento da inscrição. O participante deverá informar o número de seu CPF e sua data de nascimento.
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Preparação deve intercalar estudos e lazer Na preparação para o Enem, o estudante não deve programar sua rotina em busca de memorização de fórmulas e temas tradicionais. As noites de sono não precisam ser substituídas por estudos de matemática, história e geografia. Os estudos devem privilegiar temas cotidianos e ser intercalados com horas de lazer. Misturar excessivas horas de estudo sem abrir espaço para o lazer resulta numa rotina pouco saudável, que nem sempre implica em bom rendimento na prova. Apesar de ser natural que haja um aumento da carga horária dedicada aos estudos, deve haver uma ponderação para evitar estresse provocado pela preparação. Para diminuir as tensões, pode ser até necessário a realização de algum tipo de terapia. As escolas têm um papel fundamental para evitar possíveis danos psicológicos para os estudantes. A instituição de ensino não deve propor, por exemplo, uma carga horária elevada de aulas e reforços. Para evitar correrias, o aluno deve começar sua preparação desde o início do ensino médio. A vida do estudante que se prepara para o Enem tem que ser feita de outros elementos: um domingo à tarde no cinema, prática de atividades físicas e apoio da família.
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Dicas de estudo A motivação pessoal é o primeiro passo. Para obter êxito nos estudos, você precisa ser dedicado, persistente, determinado e muito disciplinado. Apenas desta forma, conseguirá construir hábitos de estudo saudáveis. Programe suas atividades do dia a dia numa agenda ou mural, de modo que consiga se organizar e estabelecer diariamente horários fixos para investir em seu estudo. Organize seu ambiente de estudo. Verifique se o ambiente que você estuda oferece boas condições, tais como: iluminação adequada, temperatura ideal e silêncio (fator relativo para alguns). O local apropriado evita a dispersão e desorganização, resultando num melhor desempenho. Organize grupos de estudo com pessoas interessadas como você, pois a troca de conhecimentos e o enriquecimento de experiências estimulam o esforço, esclarece dúvidas e relativiza pontos de vista. Procure os amigos que tenham os mesmos objetivos que você. Utilize todos os canais de comunicação para aprender. Se o seu canal de comunicação preferido for a “visão” realize leituras, faça resumos no caderno e leia os apontamentos; caso seja a “audição” leia o texto em voz alta para registrar as informações e absorvê-las; e, se for o “sinestésico”, procure pessoas para conversar sobre os conteúdos e tirar suas dúvidas. Invista em sua saúde. Caso esteja com dificuldades para estudar, devido ao cansaço físico e mental, com sensação de sonolência, procure um nutricionista, investindo numa alimentação saudável e complementos nutricionais. Sua autocrítica é essencial. Tenha senso de realismo, portanto, identifique seu ritmo de estudo e aprendizado percebendo as matérias que possui mais dificuldades.
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Ouro negro é fonte não renovável Substância oleosa e inflamável, o petróleo ainda é uma das principais fontes de energia do planeta. É resultado da ação da natureza, sendo formado há milhões de anos através da decomposição do material orgânico depositado no fundo de antigos mares e lagos. Assim como o petróleo, o gás natural é resultado da transformação de fósseis de antigos seres vivos que existiram em nosso planeta na pré-história. Estima-se que as jazidas petro-
líferas mais novas têm pelo menos dois milhões de anos, enquanto as mais antigas estão em reservatórios com cerca de 500 milhões de anos. Segundo os geólogos, com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. A ação de bactérias, do calor e da pressão, causados por esse empilhamento de novas camadas rochosas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo, também chamado de “ouro negro”.
O que a natureza levou centenas de milhões de anos para gerar, a humanidade está consumindo de forma acelerada. Não haverá tempo suficiente para que a mesma natureza reúna todas as condições necessárias para gerá-lo novamente. Por esse motivo, podemos considerar o petróleo como uma fonte energética não renovável, isto é, um dia ele vai acabar. Depois de um longo período de produção, as reservas de petróleo
fatalmente se esgotam. Os prognósticos apontam que, daqui a 15 anos, poucos países terão a possibilidade de exportar petróleo. Isto caso não ocorram descobrimentos de novos campos da substância até lá. Antes que o petróleo chegue ao fim, buscam-se substitutos para as necessidades mundiais de energia. Mas não deixa de ser motivo para reflexão o fato de o homem ter esgotado, em dois ou três séculos, o que
2. Rússia 10.229 barris/dia
Maiores Produtores Mundiais
a natureza levou muito mais tempo para criar. Além de fonte de energia, o petróleo serve também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se as benzinas, diesel, gasolina, asfalto, querosene, nafta petroquímica, entre outros. Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.
4. China 4.303 barris/dia
Fonte: EIA 2011
Até 2.000 barris/dia
14. Noruega 2.007 barris/dia
2.001 a 3.000 barris/dia
3.001 a 4.000 barris/dia
6.Canadá 3.665 barris/dia
4.001 a 5.000 barris/dia
3. Estados Unidos 10.088 barris/dia 8. México 2.959 barris/dia
15. Argélia 1.884 barris/dia
13. Venezuela 2.470 barris/dia
9. Kuwait 2.682 barris/dia
10. Brasil 2.641 barris/dia
12. Nigéria 2.528 barris/dia
Acima de 10.000 barris/dia
1. Arábia Saudita 11.153 barris/dia
11. Iraque 2.635 barris/dia
5. Irã 4.234 barris/dia 7. Emirados Árabes 3.096 barris/dia
Pré-sal: tesouro em alto mar Há cinco anos, exatamente em 2007, a Petrobras anunciou a descoberta no Brasil de grandes reservatórios de petróleo na camada denominada Pré-sal. Posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina. O primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços já estão em produção. As reservas incluíram o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.
Estima-se que a extração de petróleo e gás entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. O petróleo, que vai jorrar abaixo da camada de sal do Oceano Atlântico, pode gerar grandes transformações no país nas próximas décadas. Cifras astronômicas serão proporcionadas com o início da produção em águas profundas. Tamanho otimismo fez o governo repensar a forma de exploração, o que determinou a criação de
um novo marco regulatório, específico para a nova região exploratória. As reservas brasileiras comprovadas de petróleo fecharam 2011 em 15 bilhões de barris, segundo dados do Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2012, divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O crescimento foi de 5,6% em relação a 2010, o que colocou o país na 14ª posição mundial em volume de reservas comprovadas.
Ilustração: Agência Petrobras
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Há registros da utilização do petróleo quatro mil anos antes de Cristo. Povos da Mesopotâmia, Pérsia, Egito e Judeia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, em grandes construções, no aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo. Os chineses perfuravam poços, usando hastes de bambu, três séculos antes de Cristo. No início da era Cristã, árabes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação. A indústria petrolífera, no entanto, data de meados do século XIX. Em 1850, James Young criou processos de refinação. O primeiro poço moderno foi perfurado no Azerbaijão, maior produtor no século XIX. Nas Américas, o poço número 1 foi perfurado no Canadá, em 1858. Em 1859, Edwin Drake fez a primeira perfuração nos Estados Unidos, no estado da Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada, pelos norte-americanos, a do nascimento da moderna indústria petrolífera. A produção de óleo cru nos Estados Unidos, de
Poço de Lobato, 1938
dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões em 1874. No Oriente Médio, a história da exploração petrolífera nasceu da rivalidade entre a Grã-Bretanha e o Império Russo. Após a Segunda Guerra Mundial, o movimento pela descolonização foi seguido pelo direito das nações disporem livremente de seus recursos naturais. Nesse contexto, os países do Golfo Pérsico passaram a manifestar o desejo de libertar-se das companhias petrolíferas ocidentais. Em 1940, o Oriente Médio produzia 5% do petróleo mundial; em 1973, já atingia 36,9%. Brasil - No Brasil, a história do petróleo teve início em 1858, na Bahia. Neste ano, o Marquês de Olinda concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume às margens do Rio Maraú. Somente em 1930, após vários poços perfurados sem sucesso, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos soube que moradores do Lobato, em Salvador, usavam uma “lama preta”, oleosa, para iluminar
O petróleo é nosso Em 3 de outubro de 1953, depois de uma intensa campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados. Também criou a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras. Em 1963, o monopólio passou a abranger as atividades de importação e exportação de petróleo e derivados. Um marco na história da Petrobras foi a exploração de petróleo no mar. Em 1968, a companhia iniciou as atividades de prospecção offshore, com a descoberta do campo de Guaricema, em Sergipe. Entretanto, foi no litoral fluminense que a Petrobras encontrou a Bacia de Campos, que se tornou a maior produtora de petróleo do país. O campo inicial foi o de Garoupa, em 1974, seguido pelos campos gigantes de Marlim, Albacora, Barracuda e Roncador.
Monopólio - A flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei 9478 que permitiu a presença de outras empresas para competir com a Petrobras. Com a abertura do mercado, a Petrobras encontrou novos desafios e oportunidades. Alcançar a autossuficiência sempre foi uma meta para o Brasil. O objetivo era reduzir a vulnerabilidade do País às flutuações internacionais do mercado, ou seja, a Petrobras tem que sustentar sua produção acima da demanda a longo prazo. A trajetória até a autossuficiência foi marcada por altos investimentos em tecnologia e recordes de perfuração em águas profundas, além do aperfeiçoamento de diversas atividades da Companhia.
Foto: Agência Petrobras
Getúlio Vargas, 1953
Perfurações na Bahia, 1958
suas residências. A partir daí, foram realizadas várias pesquisas e coletas de amostras da “lama”. Bastos não obteve êxito em chamar a atenção de pessoas influentes, e chegou a ser considerado “maníaco”. No entanto, não desistiu e, em 1932, foi recebido pelo presidente Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e entregou um relatório sobre a presença da substância no Lobato. A partir de então, e durante toda a década de 30, a nacionalização dos recursos do subsolo entrou na pauta das discus-
*Oferecido pela Dom Pedro II de Tecnologia.
Manoel Inácio Bastos, 1931
Foto: Agência Petrobras
Foto: Agência Petrobras
A história do petróleo
sões indicando uma tendência que viria a ser adotada. Em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. Ainda nesse ano, em 29 de abril, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo. Já sob jurisdição do recém-criado Conselho Nacional do Petróleo, Oscar Cordeiro e Manoel Inácio Bastos deram início às pesquisas na região do Lobato. A perfuração do poço
Plataforma P-1, 1968
DNPM-163 foi iniciada em 29 de julho de 1938. Somente no dia 21 de janeiro de 1939 o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas no Recôncavo Baiano. Em 1941, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir comercialmente petróleo no Brasil. As descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP estendia seus trabalhos a outros estados. A indústria nacional do petróleo dava seus primeiros passos.
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Energia Solar
Biodiesel
Energia Eólica
A energia solar para geração térmica é uma tecnologia limpa e ainda pouco explorada no País, apesar de apresentar grande potencial, em função das características climáticas brasileiras e pelos resultados expressivos obtidos nos projetos que estão sendo implementados. Na atualidade, muitas empresas vêm identificando oportunidades, sobretudo na aplicação de aquecimento termossolar de água. A radiação, que incide sobre a superfície do planeta, é cerca de 10.000 vezes superior à demanda bruta de energia atual da humanidade.
Combustível derivado de oleaginosas, tais como soja, girassol, algodão, mamona, dendê, babaçu, gordura animal, entre outras, o biodiesel pode ser uma alternativa de combustível, através da adição ou substituição ao diesel de origem fóssil. Comparado ao diesel convencional, o biodiesel apresenta a vantagem de ser isento de enxofre, além do balanço favorável em termos de emissão de CO2. O biodiesel melhora a característica lubrificante do combustível. A sua utilização, além de propiciar uma melhoria significativa na redução da emissão de poluentes atmosféricos, como por exemplo enxofre, contribui significativamente na geração de empregos e renda.
A energia eólica, resultante da força dos ventos, contribui para a preservação do meio ambiente, não requer água nem gera gases que provocam o efeito estufa. Atualmente, é utilizada em larga escala no mundo e cresce no Brasil. Na última década, sua evolução demonstra sua aceitação como fonte geradora, com tendências de crescimento expressivo relativamente às matrizes energéticas dos países que a utilizam. A área ocupada com a instalação de cada turbina, incluindo as estradas de acesso, é de apenas 1% da área total reservada para cada unidade, considerado o espaçamento mínimo recomendável. Os 99% restantes da área podem ser destinados para outros fins, como plantação de gramíneas, hortaliças e pastagem.
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Uma nova matriz
energética Foto: Mateus Pereira/Secom
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Benefícios da energia alternativa Reduz a dependência de fontes de combustíveis fósseis e de energia estrangeira É um recurso de energia sustentável, evita a diminuição de recursos naturais das futuras gerações Evita e reduze emissões de óxido de nitrogênio, emissões de óxido de enxofre bem como emissões de dióxido de carbono Pode reduzir o consumo de água, poluição termal, resíduos, ruído e impactos adversos do uso de terra Produz economia de combustível em detrimento das suas vidas operacionais que cobre parte ou completamente os custos iniciais Melhora a qualidade do ar e a visibilidade devido à combustão reduzida de combustíveis fósseis
Ao longo dos últimos séculos, a composição da matriz energética mundial sempre esteve associada, sobretudo, aos combustíveis fósseis, que são recursos não renováveis, tais como petróleo, carvão e gás. Porém, no século passado, o planeta começou a sentir os efeitos da exploração de seus recursos naturais. Por outro lado, o petróleo, considerado fonte tradicional de energia, começa a se esgotar.
Para garantir o crescimento econômico médio acima de 4% pelos próximos 20 anos, o Brasil vai precisar incluir em sua capacidade de geração de energia atual mais três mil megawatts por ano. Com a crescente preocupação ambiental e o esgotamento das fontes tradicionais naturais de energia, a sociedade busca estabelecer uma nova matriz energética, que garanta mais sustentabilidade ao planeta e ofereça energia limpa e
suficiente para atender a demanda crescente. O foco na atualidade são fontes alternativas, que, além de não prejudicar a natureza, são renováveis, e, por isso, perenes. Estão incluídas neste contexto a energia solar, a energia eólica, a energia hídrica, a biomassa e os biocombustíveis. O mercado mundial de energia renovável deve movimentar, até 2020, mais de US$ 3 trilhões.
Etanol
Biomassa
A utilização do álcool como combustível teve início nos anos 30. Inicialmente, foi estabelecida a aquisição obrigatória de álcool anidro na proporção de 5% da gasolina. Atualmente a mistura é de 20%, mas o governo já pensa em elevar o percentual para 25%. Com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, o álcool combustível teve um impulso. Os primeiros veículos movidos a álcool hidratado chegaram às ruas em 1979. O mundo vivia a crise do petróleo e o Brasil lançava as raízes de um novo combustível. Hoje, milhões de veículos, movidos pelo chamado etanol, consomem bilhões de litros/ano. Nas últimas décadas, a substituição da gasolina pelo álcool registrou a economia de bilhões de dólares anualmente.
Biomassa é a denominação genérica para matérias de origem vegetal ou animal que são aproveitadas como fonte de produção de calor ou eletricidade. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) prevê a geração de energia a partir de bagaço de cana, lixo e esgoto, contando com os benefícios do Protocolo de Quioto. A utilização do biogás proveniente de lixo e dejetos sanitários como insumo para produção de energia representa grande benefício socioambiental. Esse tipo de projeto proporciona vantagens, principalmente para os grandes centros urbanos, devido à redução de emissões de poluentes, como o metano, gás de grande impacto no efeito estufa e que, em média, corresponde a 50% do volume do biogás.
Pode reduzir os custos do cumprimento da futura regulação ambiental Pode reduzir riscos nas organizações, evitando crise de relações públicas e qualquer questão dispendiosa de controle de danos que dela possa advir Eleva a base fiscal, evita a subida ou variação de preços de combustível, reduz a dependência de fontes de energia estrangeiras Proporciona uma nova via para o desenvolvimento econômico na área rural
Centrais Hidrelétricas As centrais hidrelétricas respondem pela maior parte da eletricidade gerada para o Sistema Interligado Nacional. A energia hídrica brasileira tem grande potencial e baixo impacto ambiental. Com as tecnologias disponíveis, as centrais são competitivas no mercado nacional de energia e hoje são o principal recurso para geração de energia elétrica no Brasil.
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Investimento em energias limpas precisa dobrar Os investimentos em energias limpas deverão ser duplicados até 2020, para limitar a 2 graus Celsius (Cº) o aumento da temperatura global a longo prazo. A conclusão é do estudo Perspectivas Tecnológicas de Energia 2012: Caminhos para um Sistema de Energia Limpa, elaborado pela Agência Internacional de Energia (AIE). O estudo, apresentado pelo vice-diretor executivo da AIE, Richard Jones, mostra que é possível uma transformação tecnológica do sistema energético para permitir a redução da dependência em relação a combustíveis fósseis, além de aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões nos setores da indústria, do transporte e da construção.
Na última década, a energia solar avançou 42% no mundo; e a eólica, 27% Uma das recomendações da AIE para reduzir a emissão de carbono é diminuir progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis. A agência também recomenda a aceleração em inovação energética, com o desenvolvimento de planos estratégicos e a melhoria da eficiência energética em todos os setores de consumo de energia. A publicação cita como exemplo as energias solar e eólica, que tive-
ram crescimento global médio de 42% e 27%, respectivamente, por ano, nos últimos dez anos. “Graças ao apoio de políticas estratégicas e sustentáveis nas fases iniciais de investigação, desenvolvimento, demonstração e aplicação no mercado, essas tecnologias atingiram uma fase em que o setor privado pode ter um maior papel, permitindo a diminuição progressiva dos subsídios”. Jones também informou que a AIE está trabalhando com o Brasil e outros parceiros na elaboração de um roteiro para o desenvolvimento sustentável de hidreletricidade, que deve estar pronto nos próximos meses. O secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério de Minas e Energia, Moacir Bertol, destacou a situação favorável da matriz energética brasileira, que tem participação de 45% de energias renováveis, sendo que a média mundial é de cerca de 13%. Segundo ele, a perspectiva do governo para 2020 é que a participação evolua para 47,7%, mantendo os altos níveis de uso de hidreletricidade e, simultaneamente, com o crescimento de biomassa, biocombustíveis e energia eólica. (Abr)
Até 2020, o Brasil deve reduzir a emissão de gases do efeito estufa em até 38,9%
País deve definir metas para fontes alternativas A definição de metas pelo governo federal para ampliar a participação das fontes renováveis alternativas em seus próximos leilões de energia, a adoção de cotas para cada uma dessas fontes e a revisão de sua política de subsídios para o setor energético são algumas das recomendações do estudo Além de Grandes Hidrelétricas, apresentado durante o 8º Congresso Brasileiro de Planejamento Energético, que aconteceu este mês em Curitiba. Encomendado pela organização não governamental (ONG) WWF Brasil, o trabalho envolve pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do ABC (UFABC) e da ONG International Energy Initiative para a América Latina, entre outras instituições. O trabalho propõe ainda um aumento de 40% da participação das fontes eólica, de biomassa e das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) nos próximos leilões de energia nova, com um crescimento mínimo de 10% para cada tipo de fonte. O documento também defende que a política de crédito e incentivos fiscais seja revista, de forma que os subsídios dados hoje às termelétricas sejam gradualmente transferidos para fontes renováveis. “A geração de energia por termelétricas é cara, poluidora e depende de contratos take-or-pay [preço fixo para a energia, pago mesmo que ela não seja usada] para sobreviver”, diz. A realização de leilões regionalizados e o incentivo à pesquisa e à inovação em áreas como a de energia solar, o que tende a diminuir o
custo dessas novas tecnologias, também são sugeridas pelo estudo. “Sem metas de inserção na matriz energética, o investidor interessado em fontes renováveis alternativas não tem segurança”, disse o pesquisador Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, da UFABC, coordenador do trabalho. De acordo com Sant’Ana, o subsídio concedido às termelétricas movidas a carvão che-
nováveis poderiam substituir as termelétricas na função complementar às usinas hidrelétricas, responsáveis por mais de três quartos da eletricidade gerada no país. “Fontes renováveis alternativas podem exercer o mesmo papel [das termelétricas], com custos mais baixos e com menores impactos sobre o meio ambiente”, diz o documento. “O período da seca, quando as hidrelétricas pro-
“Fontes renováveis alternativas podem exercer o mesmo papel [das termelétricas], com custos mais baixos e com menores impactos sobre o meio ambiente” gou a R$ 127,54 por megawatt-hora (MWh) em 2009. “Com um subsídio desses, poderíamos construir aerogeradores.” Dos 2,4 mil empreendimentos de geração de energia elétrica em operação no país, 777 (32,4%) usam fontes renováveis alternativas. São 398 pequenas centrais hidrelétricas, 51 centrais eólicas e 328 centrais de biomassa que utilizam bagaço de cana-de-açúcar, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Juntas, essas unidades seriam capazes de produzir cerca de 12,3 milhões de quilowatts de potência, o equivalente a 9% da produção nacional. O estudo encomendado pela WWF Brasil aponta que as fontes re-
duzem menos, coincide justamente com a safra de cana-de-açúcar e com o período de maior incidência de ventos.” O trabalho ressalta ainda que o Brasil assumiu em 2009 o compromisso voluntário de diminuir suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%, até 2020. E cobra do setor elétrico, que contribui com 9,2% das emissões brasileiras, o incentivo a tecnologias de baixa emissão. “Apesar do sucesso dos últimos leilões de fontes alternativas em 2010 e 2011, não há na prática um compromisso do MME [Ministério de Minas e Energia] e da EPE [Empresa de Pesquisa Energética] com a continuidade desses leilões”, aponta o estudo.
32,4% dos empreendimentos em energia elétrica no Brasil usam fontes renováveis alternativas