Apostila de Teoria Ciranda

Page 1

Apostila de Teoria Musical Jorge Moura


Apostila de Teoria Desenvolvimento da escrita musical A escrita musical não surgiu da mente de uma só pessoa, foi uma construção que durou centenas de anos e que passou por diversos desenvolvimentos. Já se percebe uma tentativa de criar uma notação musical em placas de argila feitas por Sumérios. Os Sumérios foram um povo que formaram uma das primeira civilizações do mundo cerca de 3000 a.C., em uma região que os Gregos chamavam de Mesopotâmia, ou “entre rios”, que ficava no Oriente médio, entre os rios Tigre e Eufrates. Lá eles aprenderam técnicas de irrigação e puderam deixar a vida nômade para formar as primeiras aldeias, depois, cidades e uma nação que iria trazer diversas descobertas para a humanidade. Uma destas descobertas foi a invenção da escrita que, no início, servia para marcar a quantidade de uma troca de excedente agrícola o tamanho de um propriedade. A escrita era feita em placas de argila com desenhos que se pareciam com o que se pretendia representar. Com o tempo estes desenho foram se tornando mais simbólicos até que começaram a utilizar pedaços de junco cortados em forma de cunha, surgindo então a escrita cuneiforme. Forma encontrados registros de escrita musica apenas utilizando uma cunha ascendente e outras descendentes em uma argila. Muitos anos se passaram até se encontrar precisos vestígios desta escrita. Por muito tempo a musica foi feita através da improvisação, seja para o entretenimento ou para acalmar o ânimo dos deuses antigos. Muito era passado dos antepassados aos mais jovens e muito era perdido. Os registros históricos gregos que possuímos dão importância à racionalização da música como ciência e não como propagação ou prática da mesma, mas mesmo assim nos influenciou muito. Pitágoras com seu monocórdio já fez uma primeira mensuração das notas musicais, dividindo-a em tons e semitons, seccionando uma corda presa em uma caixa acústica. Com o domínio dos romano sobre os gregos, muito de seus ensinamentos forma absorvidos pela civilização romana que é a responsável pela propagação de muitas de suas idéias. A música na antiguidade sempre tinha sua função mesclando o entretenimento com a religiosidade, a música era considerada algo que nos elevava aos deuses, mística. Mas começou-se a perceber esta separação real

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria com o crescimento da igreja católica após a morte de Cristo e a propagação de seus ensinamentos com seus apóstolos. O canto na igreja, o louvor a Deus era algo mágico que nos elevava aos céus e atraía os fiéis. A música secular, a que era tocada fora das igrejas, era considerada profana por deixar as pessoas eufóricas, excitadas e alegres, com suas improvisações em diversos instrumentos. Já o canto litúrgico, devia acalmar as almas e deixar os fiéis em um ponto de reflexão e meditação para sua redenção. Canto Gregoriano: o canto gregoriano, chamado assim por ter sido compilado por São Gregório, passou por quatro fases distintas. Primeira fase - Formação do repertório litúrgico: começo da igreja principalmente após o fim das perseguições (313d.C. até são Gregório) - Formação do canto cultural da Igreja católica; - Fontes diversas; - Cantava-se salmos, hinos e cânticos espirituais judeus; - À medida que as comunidades cristã se desenvolviam entre os gregos, os latinos, na Ásia Menor e na África, novos elementos se misturavam às melodias primitivas, que muitas vezes tiveram que se adaptar ao gênio dos povos e às línguas que souberam deixar suas particularidades pessoais em favor do canto comum e da união fraterna; - Terminam as perseguições e o culto cristão é reconhecido, desenvolvendose com liberdade. - A igreja constrói magníficas basílicas com apelo às artes para o abrilhantamento do culto Divino; - Em 461 d.C. São Leão instituiu todo o canto anual; - Em 526 João escreveu em ordem o canto anual do ciclo; Segunda Fase Nasce São Gregório em Roma pelo mano de 542; - Com a morte de seu pai, converte sua casa em um mosteiro; - Foi feito Arquidiácono de Roma sendo escolhido pelo clero e pelo povo para

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria -

Pontífice; Seu papel principal: recolher, escolher e por em ordem as peças musicais, dando-lhes lugar no ciclo litúrgico; Reformou e aperfeiçoou os cantos já existentes e em uso; Fundou a SHCOLA CANTORUM (escola superior de música sacra); Nesta ocasião aparecem os primeiros manuscritos; Antes de São Gregório, os monges retinham de memória o ofício. A transmissão das melodias se fazia oralmente e só o regente do coro tinha nas mãos o texto manuscrito. Terceira Fase - Decadência: do século XIII até o século XIX; Quarta fase - Restauração: meados do século XIX até nossos dias.

A simplicidade e a clareza, a sobriedade e a precisão do canto gregoriano atraíam a atenção de todos os que vinham a Roma em visita aos túmulos dos mártires e apóstolos, e aos cemitérios cristãos. Muitos bispos desejaram adotar a liturgia e o canto de S. Gregório em suas respectivas igrejas. O surgimento da grafia musical Este repertório litúrgico precisava ser catalogado e gravado para as gerações futuras e organização da própria igreja por isso começaram alguns esboços da escrita musical. Algumas influências gregas sempre aparecem mais são “camufladas” pela igreja católica, pois esta não podia aceitar a influência de um povo “pagão” em sua música sacra. Mas mesmo assim algumas coisas tiveram que ser aproveitadas ou mesmo “redescobertas” pois eram conhecimentos que não mudariam e já eram tidos com certos, como a divisão em tons e semitons. De início, a direção musical dos cantores estava a cargo de um levita ou sacerdote, que indicava as particularidades do canto através dos movimentos das mãos. Estes movimentos seguiam estritamente as inflexões da voz, e eram

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria anteriormente conhecidos e praticados pelos povos egípcios do Império Antigo. Por serem relativamente fáceis de se representar graficamente, estes movimentos denominados QUIRONÔMICOS deram origem a uma nova forma de grafia, cujos primeiros signos, segundo as mais altas autoridades, foram conhecidos pelos primeiros cristãos e devem ter surgido por volta de século II ªC. Mais tarde conhecidos pelo nome de NEUMAS, estes sinais passaram a ser escritos sobre as letras dos textos hebreus, e representavam as entonações musicais sobre as vogais respectivas em forma melismática (melisma: uma série de sons musicais entoados sobre uma mesma sílaba). Estes são alguns dos sinais neumáticos dos antigos manuscritos: Punctum: som grave Virga: som agudo

Podatus: dois nos ascendentes

Clivis: dois sons descendentes

Torculus: três sons combinados ascendente/descendente

Porrectus: Três sons combinados descendente/ascendente

Scândicus: Três ou mais sons ascendentes

Clímacus: três ou mais sons descendentes

Desta forma nossos antepassados utilizavam os neumas para poderem se recordar mais tarde, a melodia de suas composições. Este tipo de escrita é retilíneo (Adiastemático) e não representava a altura das notas. Começou a aparecer então tentativas de usar o espaço vertical da partitura para representar os sons mais graves e mais agudos utilizando-se linhas

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria paralelas com alturas definidas. O SISTEMA DE LINHAS DE GUIDO D'AREZZO (995-1050 d.C) fixou uma linha amarela superior para o som da nota Dó e uma linha vermelha inferior para o som da nota Fá. Estas linhas traziam grafadas em seu início, as letras alfabéticas correspondentes ao som, dando-se assim o aparecimento das chamadas Claves.

C F Conta-se que o mesmo monge Guido D'Arezzo do século XI foi quem deu nome às notas musicais utilizando a primeira sílaba de uma oração à São João Batista cantado por alguns corais para que seus lábios fossem purificados e abençoados por Deus para cantar as músicas sacras.

Tradução: Purificai bem-aventurado João, os nossos lábios polutos, para podermos cantar dignamente as maravilhas que o senhor realizou em Ti. Dos altos céus vem um mensageiro a anunciar a teu Pai, que serias um varão insigne e a glória que terias. Como a sílaba Ut era difícil de ser cantada, foi substituída por Dó. O Si foi formado da primeira letra de Sancte e da primeira de Ioannes. Com o desenho dos Neumas sobre as linhas surgem os pontos sobre as mesmas, que mais tarde substituiria o desenho dos movimentos das mãos.

C F

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

5


Apostila de Teoria Depois ouve a inclusão de uma terceira linha entre as duas primeiras com o som da nota Lá. Na intenção de ampliar o sistema de linhas para comportar maior número de sons foi estabelecida uma quarta linha. Surge o chamado TETRAGRAMA composto por quatro linhas e cinco espaços. Essas linhas eram chamadas linhas móveis, ou suplementares e surgiram para aumentar o “TRIGRAMA”. Depois os músicos perceberam que o que se movia eram as claves.

As claves anteriormente idealizadas para fixar as alturas de Dó e Fá, as letras C e F agora atuam de forma independente podendo inclusive ser grafadas em posições diferentes. As barras forma criadas não para dividir compassos, mas sim para marcas a respiração dos cantores.

É importante, no estudo da história musical, entender que tudo é um eterno desenvolvimento. A partitura que conhecemos hoje tenta atender às necessidades de nossa música do mesmo jeito que as partituras antigas atendiam às necessidades da música antiga. A partitura deve sempre se adaptar e por isso surgem novos elementos.

6

Punctum

Clívis

Podatus

Torculus

Scândicus

Porrectus

Clímacus

Virga

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

Ictus: sinal de acento

Sálicus


Apostila de Teoria Som 1. Fís. Fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo que vibra em meio material elástico; 2. Sensação auditiva criada por esse fenômeno; Fonte: Novo Dicionário Aurélio da língua Portuguesa.

Música ___________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

Ruído 8. Teor. Com. Toda fonte de erro, distúrbio ou deformação de fidelidade na transmissão de uma mensagem visual, escrita, sonora, etc; sinal indesejável que não pertence à mensagem intensionalmente transmitida. Fonte: Novo Dicionário Aurélio da língua Portuguesa.

Silêncio Quase sempre identificamos o silêncio com a ausência completa de som mas na verdade nunca presenciamos esta ausência de som, nunca “ouvimos” o silêncio. Se entrarmos em uma câmara a prova de som continuaremos ouvindo o

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

7


Apostila de Teoria som grave da batida de nosso coração e um som agudo de nosso sistema nervoso funcionando. Só podemos entender o silêncio relativamente. Estamos em silêncio quando paramos de falar, um instrumento está em silêncio quando para de emitir sons, ao menos os que podemos perceber. Experimente tampar bem os ouvidos e ouvirá os sons do seu corpo trabalhando Temos a noção de silêncio porque nossa percepção trabalha com contrastes. Você só entende estas letras no papel porque a letra preta faz contraste com o papel branco. Do mesmo modo, o silêncio na música se torna muito importante para a mesma, pois sem ele não perceberíamos os sons. O mesmo silêncio pode ser usado para evidenciar um som que virá logo após, ou até mesmo quebrar a monotonia de um som contínuo.

Parâmetros Sonoros Os som tem várias qualidade e características tanto de sua formação quanto no modo como é utilizado. Quanto á característica, o som possui: O som é produzido através da vibração de corpos, como uma corda, poe exemplo:

A velocidade desta vibração coresponde à frequência deste som, enquanto a distância desta vibração (amplitude) corresponde à intensidade. - ALTURA: altura de um som se refere à sua frequência que pode ser; Alta: quanto mais alta a frequência de um som mais agudo é este som. Baixa: quanto mais baixa a frequência de um som mais grave é este som. A noção de Grave e Agudo é relativa dependendo de outro som. O som de sua voz pode ser mais Grave que um som de um apito e mais agudo que o som de um carro. E mesmo sua voz pode ser controlada para emitir 8

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria um som mais “grossa” (Grave ) e ir se tornando “fina” (Agudo). INTENSIDADE: determina o quanto um som é fraco ou forte. Depende da amplitude (tamanho) da vibração do corpo. quanto mais amplas as vibrações mais forte será o som. DURAÇÃO : é o tempo que o som permanece soando. Pode ser também o tempo que o silêncio predomina. TIMBRE: é a qualidade que permite-nos identificar o som, muitas vezes é chamada de “a cor do som”. Mesmo que dois homens cantem uma mesma nota musical, é possível saber que foram cantadas por pessoas diferentes porque possuem timbres diferentes. a mesma qualidade nos permite saber se uma nota foi tocada por um sax ou por um violino ou saber “reconhecer a voz de alguém” ao telefone. Quanto ao modo como é apresentado ou organizado: RITMO: é o movimento ordenado dos sons no tempo. É dividido em pulsações, como as batidas do coração. MELODIA: é a sucessão sons musicais. HARMONIA: é a combinação de sons que serão executados ao mesmo tempo. Estes são alguns elementos mais fundamentais da música, novos elementos sempre aparecem ou são coniderados às medida que a música contemporânea se desevolve.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

9


Apostila de Teoria PAUTA OU PENTAGRAMA: o pentagrama (penta=cinco, grama=linha) são cinco linha paralelas por onde se desenvolve a escrita musical. No sentido horizontal se desenvolve a melodia da musica e no sentido vertical se desenvolve a harmonia. Na pauta, utiliza-se tanto as linhas quanto os espaços entre as linhas para indicar as notas musicais.

As linhas do pentagrama não têm notas definidas. Para saber que nota estamos escrevendo devemos antes definir em que Clave iremos escrever. As Claves existentes são:

10

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

11


Apostila de Teoria

12

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria Com isso percebemos que uma nota em uma linha pode ser qualquer nota, dependendo da Clave definida no início da pauta. Para notas mais agudas ou mais graves do que a pauta pode representar utilizamos as linhas suplementares superiores e inferiores representadas apenas por um traço.

FIGURAS DE NOTAS OU VALORES POSITIVOS: são os sinais que nos indicam os valores dos sons. Eles pode ser compostos de: cabeça, haste e colchete. A cabeça indica em que linha ou espaço a nota localiza-se e o número de colchetes indica sua duração. São elas:

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

13


Apostila de Teoria A semibreve foi considerada como um tempo inteiro e as outras notas são subdivisões da semibreve. Como mostra o quadro abaixo:

Quando se têm mais de uma nota ao lado da outra com colchete pode-se usar um traço para representa-las. Cada traço equivale a um colchete.

14

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria Na escrita musical existem outros valores que estõ em constante adaptação de acordo com o que for convencionado pelos musicos e de acordo com a música que está em constante desenvolvimento. Por isso muitas figura antigas caem em desuso ou são pouco utilizadas como as figuras abaixo.

As hastes devem ser colocadas de forma que se viualize as notas e a duração com facilidade e rapidez. A partir da terceira linha do pentagrama para baixo utiliza-se a haste voltada para cima e da terceira linha para cima colocase a haste voltada para baixo:

Para uma vizualização mais rápidae facilitação da escrita, ligam-se os colchetes das figuras que possuem colchetes atraves de barras. cada barra equivale a um colchete da figura.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

15


Apostila de Teoria FIGURAS DE PAUSAS OU VALORES NEGATIVOS: São símbolos que indicam a duração do silêncio em uma peça musical. Cada figura de nota tem sua figura de pausa correspondente, com o mesmo valor de duração.

16

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria RITMO: o ritmo de uma música é o seu desenvolvimento no tempo que pode ser dividido em pulsos, como a pulsação do seu coração. PULSO: são as marcações uniformes do tempo de uma música. Quando mais rápido uma pulsação menor será o tempo entre elas e mais rápido será o ritmo desta música. Uma música não precisa se desenvolver em cima de um pulso. Este mesmo pode variar durante a musica. Um pulso pode ser fraco ou forte dependendo do compasso desta música, COMPASSO: compassos são as subdivisões da musica que podem ser uniforme ou não. Eles são divididos pelas BARRAS OU TRAVESSÕES, que são linhas verticais. Um TRAVESSÃO DUPLO, serve para separar um trecho musical de outro e quando é colocado no fim de um peça é chamado de Pausa final.

Um compasso pode ser SIMPLES OU COMPOSTO. Os compassos SIMPLES podem ser BINÁRIOS, TERNÁRIOS E QUATERNÁRIOS de acordo com a quantidade de tempos, ou pulsações em que estão divididos.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

17


Apostila de Teoria Os compassos são identificados no início da pauta pelos respectivos símbolos e vale para todos os outros próximos compassos. O símbolo que identifica um compasso chama-se SIGNO DE COMPASSO e é composto de Numerador e Denominador. O Numerador indica quantos tempos tem o compasso e o Denominador Indica qual é a figura de compasso que a música terá com referência de tempo. Cada tempo de um compasso tem o valor de uma UNIDADE DE TEMPO, representada no Denominador.

Os compassos possuem partes fortes e partes mais fracas de acordo com o seu numerador que indicam o próprio compasso. Mas uma música pode ter sua acentuação em tempos fracos de um compasso e isso se torna mais freqüente de acordo com a complexidade do ritmo de uma música. Exemplos desta acentuação são as SÍNCOPES e os CONTRATEMPOS. SÍNCOPES: Ocorrem quando prolongamos uma nota do tempo fraco de um compasso para um tempo forte. Para isso pode-se utilizar a LIGADURA ou uma só nota com valor mais que a UNIDADE DE TEMPO deste compasso.

18

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria LIGADURA: é um sinal representado por uma linha curva que liga uma nota à outra demonstrando que só a primeira nota deve ser articulada.

CONTRATEMPO: ocorre quando as notas são executadas em tempos fracos, intercaladas por pausas nos tempos fortes da música.

Quando se deseja mudar o compasso de uma música, deve-se colocar o seu símbolo antes do compasso onde ocorrerá a mudança. PONTO DE AUMENTO: o ponto de aumento é um sinal que serve para aumentar a duração de uma figura, seja ela positiva ou negativa, em metade do seu valor original.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

19


Apostila de Teoria Quando se tem dois ou mais pontos de aumento, o último ponto aumenta metade do valor do ponto anterior.

COMPASSOS COMPOSTOS: são compassos onde a UNIDADE DE TEMPO pode ser representada por uma figura pontuada. Podem ser BINÁRIOS COMPOSTO, TERNÁRIO COMPOSTO OU QUATERNÁRIO COMPOSTO.

Esses são os compassos mais encontrados na música ocidental que chamamos de “clássica”, mas existem inúmeros outros compassos formados ou não a partir da junção destes compassos simples e compostos. São muito utilizados na música contemporânea e em músicas que possuem ritmo mais elaborado. São compassos com numerador 5, 7, 11, 13 ...

20

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

21


Apostila de Teoria QUIÁLTERAS: são grupos de figuras que aparecem em maior quantidade do que caberiam em relação ao Signo de Compasso.

No estudo da música ocidental a música é dividida em partes chamadas tons e semitons. A essas divisões (notas musicais) convencionou-se os nomes Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá a Si. Sendo que o Lá tem 440hz de freqüência (esta medida tem sido variada com a passar do anos, existem orquestras que utilizam o Lá 445Hz entre outros valores). Na pauta com a clave de sol elas ficam representadas desta maneira indo do grave para o agudo.

Para cada nota atribuiu-se números romanos que darão nome ao grau desta nota.

22

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria Cada grau da escla recebe uma nome: I GRAU: Tônica II GRAU: Supertônica III GRAU: Mediante IV GRAU: Subdominante V GRAU: Dominante VI GRAU: Superdominante VII GRAU: Sensível VIII Tônica (uma oitava acima) Acrescentando a oitava nota temos uma escala que é uma seqüência de notas que se inicia em uma nota e termina na nota de mesmo nome, sendo uma OITAVA mais aguda ou mais grave que a primeira. Pitágoras mensurou esta escala musical separando-as um tons e semitons de modo que todas as notas possuem um TOM de distância da outra exceto pelos intervalos Mi-Fá e Si-Dó, que possuem um SEMITOM de distância:

Cada nota mantém um espaço entre elas que chamamos de intervalo. Os intervalos são denominados de acordo com a quantidade de intervalo que abrangem e os TONS e SEMITONS que elas contém. Os intervalos chamados SIMPLES possuem de 2 até 8 anotas (abrangem uma oitava) sendo que os intervalos de 2ª, 3ª,6ª e 7ª podem maiores ou menores e os intervalos de 4ª, 5ª e 8ª são intervalo justos. Com exceção do TRÍTONO, que é o intervalo entre as notas Do e Fá que é um intervalo maior que os intervalos maiores (possui 3 TONS). Um intervalo pode ser MELÓDICO quando suas notas são tocadas uma após a outra e HARMÔNICO quando é tocado simultaneamente. Um intervalo á ASCENDENTE quando a primeira nota é mais grave que a segunda. Um intervalo á DESCENDENTE quando a primeira nota é mais aguda que a

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

23


Apostila de Teoria segunda. Mas estes intervalos podem ter seu tamanho alterado com o uso dos SINAIS DE ALTERAÇÃO. SINAIS DE ALTERAÇÃO: são sinais que aumentam ou diminuem a altura de uma nota e um SEMITOM ou até em um TOM. São eles:

Quando se AUMENTA um intervalo DIMINUTO em um semitom ele se torna um intervalo MENOR. Quando se AUMENTA um intervalo MENOR em um semitom ele se torna um intervalo MAIOR. Quando se AUMENTA um intervalo MAIOR em um semitom ele se torna um intervalo AUMENTADO Quando se DIMINUI um intervalo AUMENTADO em um semitom ele se torna um intervalo MAIOR. Quando se DIMINUI um intervalo MAIOR em um semitom ele se torna um intervalo MENOR. Quando se DIMINUI um intervalo MENOR em um semitom ele se torna um intervalo DIMINUTO. Quando se AUMENTA um intervalo JUSTO em um semitom ele se torna AUMENTADO. Quando se DIMINUI um intervalo JUSTO em um semitom ele se torna DIMINUTO.

24

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

INVERSテグ DOS INTERVALOS: inverter um intervalo simples テゥ passar a nota superior para uma 8ツェ abaixo ou a nota inferior para um 8ツェ acima.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

25


Apostila de Teoria

26

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria Os graus de uma escala podem ser CONJUNTOS ou DISJUNTOS. GRAUS CONJUNTOS: são aqueles que são vizinhos, imediatos. Ex: DóRé, Sol-Lá GRAUS DISJUNTOS: são aqueles que mantém outros graus intermediários. Ex: Dó-Fá, Si-Mi SISTEMA TEMPERADO: Este sistema de TOM dividido em dois SEMITONS foi convencionado na música ocidental por se adequar à mesma e em grande parte teve o piano como principal divulgador pois nele vê-se claramente as divisões de um instrumento temperado. Sabe-se que o TOM é dividido em 12 COMAS e na verdade há uma diferença de uma coma entre um semitom cromático (ex: dó-dó#) e o semiton diatônico (Ex: dó-réb). O SISTEMA TEMPERADO faz um ajuste nas comas que separam estes semitons e dividem o TOM em exatos 4 ½ comas fazendo com que o semitom cromático e o diatônico sejam iguais (ex; Dó#=Réb ,Ré#=Mib, Fá#=Solb). São as teclas pretas do piano. Vale lembrar que nem todas as culturas seguem o SISTEMA TEMPERADO, o que faz com que existam músicas que utilizam essas diferenças de comas para suas composições, como a música árabe. E na própria cultura ocidental existem diversos instrumentos que não são temperados e podem tocar essas diferenças de comas, como o violino, o violoncello, o contra-baixo, o trombone de vara etc.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

27


Apostila de Teoria ESCALA DIATÔNICA: é uma série de 8 sons dispostos em graus conjuntos na sua ordem natural, guardando as posições de tons e semitons. A Escala MAIOR é formada por 5 tons e 2 semitons. Os semitons se encontram do III para o IV grau e do VII para o VIII grau. Os outros graus são separados por tons. Quando mudamos de escala a disposição de tons e semitons muda então devemos utilizar os sinais de alteração para manter a ordem estabelecida pela escala MAIOR: T - T - ST - T - T - T - ST

ESCAL MENOR NATURAL: a escala menor natural possui outra disposição de Tons e Semitons. Os semitons encontram-se do II para o III e do V para o VI grau. Os outros graus são separados por tons. T - ST - T - T - ST - T T

Mas além da escala natural, pode ser HARMÔNICA ou MELÓDICA. ESCALA MENOR HARMÔNICA: to ascendente quanto descendente o VII grau aparece elevado de um semitom formando um semitom do VII para o VIII. Com esta alteração, teremos um intervalo de um TOM e um Semitom do VI para o VII grau, caracterizando assim, a Escala Menor Harmônica.

28

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria ESCALA MENOR MELÓDICA: nesta forma, a escala sobe e desce de maneiras diferentes. Quando sobe, o VI e VII graus levam alterações ascendentes de um semitom e quando desce, essas alterações desaparecem. A distribuição dos tons e semitons é a seguinte.

ASCENDENTE: semitom do II ao III e do VII ao VIII. Entre os outros graus, os intervalos são de um tom. DESCENDENTE: Semitom do VI para o V e do III para o II. Os outros intervalos são todos de 1 tom. SUBTÔNICA: Na Escala Melódica Descendente, o VII grau, em vez de Sensível, passa a chamar-se Subtônica, porque se distancia da tônica de 1 tom. TETRACORDE: é o nome de cada grupo de 4 notas da Escala Modelo de Dó Maior.

O 1º Tetracorde é o inferior e o 2º é o superior. Cada Tetracorde deve ter a seguinte disposição T- T- ST e um TOM de separação entre eles.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

29


Apostila de Teoria REPRODUÇÃO DAS ESCALAS MAIORES COM SUSTENIDOS: Pode se chegar às outras escala maiores através dos tetracordes. Para isso retira-se o tetracorde superior e transforma-o em um tetracorde inferior, depois acrescenta-lhe mais quatro notas consecutivas. Para igualar a disposição de Tons e semitons e mantêla como uma escala maior basta acrescentar um sustenido no VII graus da escala e ai temos a escala de SOL MAIOR. Para se obter as outras escalas é só repetir a seqüência a partir da nova escala descoberta e manter os sinais de alteração anteriores. São as escalas com sustenidos.

30

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria ARMADURA DE CLAVE: é a quantidade de sustenidos e bemóis que se colocam no princípio da pauta, após a clave, para formação e identificação das escalas. Conforme vão surgindo mos sustenidos vai surgindo a ORDEM DOS SUSTENIDOS: FÁ DÓ SOL RÉ LÁ MI SI

Para se encontrar a tônica das escalas maiores com sustenidos, conta-se uma nota depois do último sustenido da armadura. se encontrar a tônica das escalas maiores com sustenidos, conta-se uma nota depois do último sustenido da armadura. Os sustenidos também se sucedem por 5ª justas ascendentes, a partir do Fá sustenido.

REPRODUÇÃO DAS ESCALAS MAIORES COM BEMÓIS: Ocorre também a partir da escala de dó Maior. Retira-se o primeiro tetracorde da escala de Dó maior e tranforma-o em segundo tetracorde da próxima escala, acrescentando as quatro notas anteriores em graus conjuntos. Acrescenta-se então um bemol no IV grau deste novo tetracorde inferior para manter a disposição de tons e semitons.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

31


Apostila de Teoria

Continua-se a aplicar esta formação para obter as escalas com bemóis e a ordem dos bemóis: SI MI LA RÉ SOL DÓ FÁ

Observe que a Tônica da Escala que surge é uma 5ª justa descendente da Tônica anterior.

32

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

33


Apostila de Teoria Para se encontrar a tônica de uma escala com bemóis basta perceber qual é o penúltimo bemol da ARMADURA DE CLAVE.

ACORDE: á a combinação de 3 ou mais sons ouvidos simultaneamente. FUNDAMENTAL: é a nota que dá origem ao acorde. Quando a nota fundamental é o baixo o acorde está no estado fundamental. BAIXO: é a nota mais grave do acorde, quer no estado fundamental, quer nas inversões do acorde. Um acorde geralmente é formado por 3ª superpostas.

TRÍADES: acordes com três sons. ACORDE PERFEITO MAIOR: no estado fundamental é formado por uma 3ª maior e depois por uma 3ªmenor, formando uma 5ª Justa. Ex: Acorde de Dó (Dó-Mi-Sol

34

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria ACORDE PERFEITO MENOR: no estado fundamental é formado por uma 3ª menor e depois por uma 3ª maior, formando uma 5ª Justa. Ex: Acorde de Ré menor (Ré-Fá-Lá)

ACORDE DE 5ª DIMINUTA: são pouco utilizados pois, soam melhor como tétrades, utilizando o sétimo grau da escala. São formados por duas 3ª menores superpostas formando uma 5ª Diminuta. Ex: Si-Ré-Fá

ACORDE DE 5ª AUMENTADA: são pouco utilizados pois, soam melhor como tétrades, utilizando o sétimo grau da escala. São formados por duas 3ª maiores superpostas formando uma 5ª Aumentada. Ex: Dó-Mi-Sol#

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

35


Apostila de Teoria TÉTRADES: acordes com quatro sons.

ACORDE DE SÉTIMA MAIOR: é formado por uma 3ª maior uma 5ª Justa e uma 7ª maior. Ex: Sol-Si-Ré-Fá#

ACORDE DE SÉTIMA OU SÉTIMA DOMINANTE: é formado por uma 3ª maior, 5ª Justa e 7ª menor Ex: Sol-Si-Ré-Fá

ACORDE MENOR COM SÉTIMA: é formado por uma 3ªmenor 5ª justa e 7ª menor. Ex: Sol-Sib-Ré-Fá

ACORDE MEIO DIMINUTO: é formado por uma 3ª menor, 5ª diminuta e 7ª menor. O mesmo que um acorde diminuto mais a 7ª menor. Ex: Sol-Sib-Réb-Fá

36

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria ACORDE DIMINUTO OU SÉTIMA DIMINUTA: é formado por uma 3ª menor, uma 5ªdiminuta e uma 7ª diminuta. O mesmo que um acorde diminuto com 7ª diminuta. Ex: Sol-Sib-Réb-Fáb

ACORDE DE SÉTIMA COM 5ª DIMINUTA: é formado por 3ª maior, 5ª diminuta e 7ª menor. Ex: Sol-Si-Réb-Fá

ACORDE DE SÉTIMA COM 5ª AUMENTADA: é formado por uma 3ª maior, 5ª aumentada e 7ª menor. Ex: Sol-Si-Ré#-Fá

ACORDE DE SÉTIMA MAIOR COM 5ª AUMENTADA: é formado por uma 3ª maior, 5ª justa e uma 7ª maior. Ex: Sol-Si-Ré#-Fá#

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

37


Apostila de Teoria ACORDE MENOR COM SÉTIMA MAIOR: é formado por uma 3ª menor, 5ª justa e 7ª maior. Ex: Sol-Sib-Ré-Fá#

ACORDES DE SEXTA: Além das tríades e das tétrades, há acordes de sexta. Eles são tríades maiores e menores com 6ª maior acrescentada, portanto acordes de 4 sons. ACORDES COM SEXTA: é formado por uma 3ª maior, 5ª justa e 6ª maior. Ex: Sol-Si-Ré-Mi

ACORDES MENOR COM SEXTA: é formado por uma 3ªmenor, 5ªjusta e 6ª maior. Ex: Sol-Sib-Ré-Mi

Existem ainda acordes que podem conter outros graus da escala como a 9ª, 11ª e 13ª, que correspondem a:

38

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria CIFRA: é um símbolo que representa o acorde. Na cifragem, as 7 primeiras letras do alfabeto, Maiúsculas, representam as 7 notas naturais, de Lá até Sol, respectivamente.

Se a fundamental do acorde for alterada a cifra também será alterada. Ex: Db, Fá#. As cifras servem para simplificar a escrita e subentendem certos intervalos como: Tríades: compreendem a fundamental, a 3ª e a 5ª do acorde. Tétrades: compreendem a fundamental a 3ª, a 5ª e a 7ª do acorde. Outras abreviações são utilizadas nas cifras como:

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

39


Apostila de Teoria OUTROS SINAIS DA ESCRITA MUSICAL: existem diversos outros símbolos na partitura que nos ajudam a interpretá-la e comunicam melhor o que o autor da música deseja. SINAIS DE REPETIÇÃO: são sinais que determinam a repetição de um trecho musical, ou a repetição completa desde o princípio. RITORNELLO: é um travessão com dois pontos, sendo um acima e outro abaixo da 3ª linha, indicando que o trecho deve ser tocado duas vezes.

40

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria EXPRESSÕES 1ª e 2ª VEZ: se um trecho da música é repetido, mas com terminação diferente, usa-se por meio de duas chaves com as expressões 1ª vez para a repetição e 2ª vez para finalizar.

DA CAPO: palavras italianas, quase sempre representadas pelas iniciais D>C; significam que se deve voltar ao princípio.

DA CAPO AO FIM: também se usa esta expressão para repetir um trecho até encontrar a palavra fim.

AL SEGNO AL FINE: indica que se deve voltar onde estiver o sinal e dai até o fim.

SINAL DE SALTO: indica que o trecho colocado entre dois sinais não é executado na repetição.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

41


Apostila de Teoria SINAIS DE EXPRESSÃO: a partitura pode nos indicar também como um trecho de deve ser tocado. LEGATO: palavra italiana, quer dizer ligado, indica que se deve passar de uma nota para a outra, sem interrupção de som. Pode ser representado pela palavra ligadura e pela palavra legato.

STACCATO: palavra italiana que significa destacado, indica que os sons são articulados separados, secos, destacados. STACCATO SIMPLES: indica que na execução dá-se a cada nota apenas metade do seu valor.

MEIO STACCATO: indica que as notas devem ser executadas ligeiramente destacadas, isto é, menos seco que no Staccato simples.

GRANDE STACCATO: indica que os sons devem ser bem secos e martelados.

42

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria FERMATA: é um sinal indicado por uma linha curva com um ponto que, colocado acima ou abaixo de uma nota, prolonga a sua duração. Não tem valor determinado, dependendo da interpretação do musicista, podendo, por isto ser curta ou longa.

SUSPENSÃO: é o sinal de Fermata, porém colocado numa pausa. Neste caso, suspende-se o movimento, visto a pausa ser prolongada.

SINAIS DE INTENSIDADE: são sinais que indicam a intensidade dos sons, às vezes substituídos por palavras italianas. POR PALAVRAS

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

43


Apostila de Teoria POR SINAIS

PALAVRAS DE EXPRESSテグ: sテ」o palavras que se ajustam aos termos de andamento, para dar mais carテ。ter e expressテ」o a um trecho musical.

44

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria ANDAMENTOS: é o grau de lentidão ou rapidez que se imprime ao movimento na execução musical. São três os tipos de andamento, conforme a velocidade: Lentos, moderados e Rápidos. São indicados por palavras italianas. Os andamentos podem ser modificados momentaneamente de acordo com a expressão de cada trecho pelos vocábulos que se seguem, também da língua italiana.

ANDAMENTO Á VONTADE DO EXECUTANTE: a vontade, ad libitum, a Piacere, Comodamente. Rubato: é um ligeiro relaxamento da tensão rítmica á vontade do executante. Os Andamentos, os sinais de Intensidade e as palavras de expressão dão o colorido à música, resultando daí o que se chama: DINÂMICA.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

45


Apostila de Teoria MODOS NATURAIS: usando somente as notas naturais, encontraremos escalas de diferentes estruturas, chamadas de modos naturais (escalas modais). S達o elas:

46

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria O CICLO DAS QUINTAS: As 12 notas, quando organizadas em série onde as notas adjacentes são separadas pelo intervalo de 5J, formam um ciclo chamado ciclo das quintas. O ciclo das quintas permite calcular o número de acidentes (armadura) de todas as tonalidades (escalas) maiores, dó maior não tem acidentes, sol maior tem 1#, ré maior tem 2#, etc. Se partirmos para o lado esquerdo, isto é, 5J descentes, fá maior tem 1b, sib amior tem 2b, etc. É percebido no quadro que os acidentes crescem até 12# e 12b, mas nunca é preciso usar tonalidades com mais de 6 acidentes, pois acima de 6# haverá um tom enarmônico (mesmo som e nomes diferentes) com bemóis em número menor que sustenidos e acima de 6b haverá um tom enarmônico com sustenidos em número menor que bemóis, já que as notas dos lados externo e interno do círculo são enarmônicas e, portanto, as tonalidades também o são. Assim, as tonalidades maiores a serem usadas 9tons práticos) estão dentro de um retângulo no quadro.

a) O lado externo do quadro do círculo (nº crescente de #) segue a direção horária e o lado interno (nº de b), a anti-horária. b) A soma dos acidentes de dois tons enarmônicos é 12 9por exemplo, mib maior (3b) com ré# maior (9#) = 12) c) Para definir a armadura do tom maior, devemos decorar dois pares de seqüência de notas, ambos tirados do ciclo das quintas.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

47


Apostila de Teoria ESCALA GERAL: é uma série de 97 sons empregados na música. Esta série tem por base a nota á do Diapasão Normal. DIAPASÃO NORMAL: é um instrumento que emite o Lá do 2º espaço da Pauta, na Clave de Sol, que serve para afinação de todos os instrumentos musicais. A escala geral abrange 8 oitavas.

Essas oitavas são numeradas a partir da mais grave, para que assim fique determinada a altura dos sons nas suas respectivas oitavas na escala geral, sem se recorrer à pauta e às claves. O dó3, por estar situado no centro da Escala geral, é denominado Dó Central. Todas as notas contidas em cada oitava da Escala Geral recebem a numeração da oitava a que pertencem. SOM GERADOR: é o som produzido pelas vibrações da corda em toda a sua extensão. Este som, ao ser produzido, dá origem a outros sons parciais, chamados Harmônicos ou Concomitantes. SONS HARMÔNICOS: são os sons produzidos pelas subdivisões da vibrações da corda, que vibram simultaneamente com o Som Gerador, que é a base e o ponto de partida desses Sons Harmônicos. SÉRIE HARMÔNICA: é a série de sons partindo do Som gerador ou Fundamental, acompanhado por seus Sons harmônicos ou Concomitantes.

48

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria Nota-se que quanto mais o tempo passa mais nos acostumamos com acordes formados pelos sons mais distantes da s茅rie harm么nica. Os sons mais pr贸ximos chamamos de consonantes e quanto mais longe eles ficam da s茅rie menos estamos acostumados a eles e os chamamos dissonantes.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

49


Apostila de Teoria

s o i c Ă­ c Exer

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

51


Apostila de Teoria

52

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

53


Apostila de Teoria

54

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

55


Apostila de Teoria

56

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

57


Apostila de Teoria

58

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

59


Apostila de Teoria

60

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

60

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

61


Apostila de Teoria

62

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

63


Apostila de Teoria

64

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

65


Apostila de Teoria

66

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

67


Apostila de Teoria

68

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


Apostila de Teoria

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

69


Apostila de Teoria

70

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUEST, Ian. Arranjo - Método Prático. Vol 1-3 CARDOSO, Ebinho. Apostila de teoria musical SANTOS, Abel. Textos compilados de música antiga. MASCARENHAS, Mário; CARDOSO, Belmira. Curso completo de teoria Musical e Solfejo. vol 1 e 2. MED, Bohumil.Teoria da Música. 4ª ed. rev. e aml. Brasília, DF: Musimed, 1996.

Jorge Moura -Apostila de Teoria Musical

71


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.