Divulgação
Santa Música Faz no Morro da Providência
Teresa Speridião traz o perfil de Renato Sant’Ana
Dia 28 de abril, o Festival Santa Música Faz subirá a Providência. David Miguel conta que a proposta é unir artistas locais e grupos de fora da comunidade, integrando as diversas atrações da cidade. página A
folha da rua larga
Abelha em gota de tinta, isopor cravejado em pregos, poças coloridas. O Morro da Conceição abriga o ateliê do premiado artista plástico Renato Sant’Ana. página K
folha da rua larga RIO DE JANEIRO | MARÇO – ABRIL DE 2012
cultura e cidadania
Pesquisadores estudam o Morro da Favela
Revitalização da Rua Larga | Zona Portuária | Centro do Rio
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Nº 32 ANO V
Interdições geram impacto financeiro em lojas no entorno da Praça Mauá
Carolina Monteiro
A professora de Urbanismo da UFF, Fernanda Sánchez, analisa o crescente interesse acadêmico pela comunidade da Providência e pesquisa as diversas implicações dos grandes projetos urbanos na vida dos moradores. página C
cultura e cidadania
Valongo de cara nova Representantes do Consórcio Saúde Gamboa, Iphan e prefeitura apresentam as obras no Caminho e Jardins do Valongo, previstas para conclusão no final de maio. Ainda sem uso definido, Casa da Guarda e Mictório Público estão em reforma. Mas os problemas de segurança permanecem na região. página H páginas F e G
gastronomia
Lielzo Azambuja
Culinária natural e saborosa página 15
cultura e cidadania
Arqueologia descobre canhões na Sacadura Cabral Cinco canhões foram encontrados ao longo das obras de drenagem. De acordo com a identificação dos arqueólogos, os artefatos datariam do século XVII e podem ser os mais antigos da cidade. Visto que não há registro de forte na região, estudase a possibilidade de os canhões terem sido desativados e jogados ao mar. página E
2 folha da rua larga
março – abril de 2012
nossa rua
Você acompanha as notícias a respeito dos achados arqueológicos na região?
espaço dos leitores Tudo resolvido, senhor? (enviada por leitor)
Sacha Leite
“Costumo ler bastante e acompanhar as notícias nacionais e internacionais, porém li apenas uma única vez sobre os achados arqueológicos no Centro, mesmo assim, com um enfoque negativo, já que causaria atraso no calendário das obras.” Rockfeller Peçanha, Engenheiro metalúrgico
Sacha Leite
“Frequento o Centro do Rio há mais de 30 anos. Sou da área de informática, acesso muito a internet e tenho total interesse por ciência. No entanto, infelizmente, não tenho encontrado informações sobre os últimos achados arqueológicos.” Luciano Oliveira, Analista de sistemas
Há mais de dois anos tento resolver o problema da falta de iluminação pública na escada que liga a Rua Jogo da Bola (altura do número 78) à ladeira do Escorrega, no Morro da Conceição. Qual não foi minha surpresa ao conferir o último protocolo, número 20156, na Concessionária Porto Novo: “tudo resolvido, senhor!” Só pode ser brincadeira. Está aí a foto que comprova. Luminárias quebradas, muros pichados, lixo jogado pela escada. Ali é passagem diária de muitas crianças e idosos, que não podem e não devem andar pela rua (íngreme, esburacada e cheia de motos em alta velocidade). Pago quase R$ 30 por mês de taxa de iluminação pública. Gostaria de saber onde é o tal Porto Maravilha, já que aqui não é. Novo protocolo aberto, número 20861, seguimos na saga, obrigado. Raphael Vidal Lixo espalhado pela informalidade (enviada por leitor)
Sacha Leite
“Fiquei sabendo da descoberta de sítio arqueológico na região por meio de jornal, rádio e TV. Mas queria saber mais. Em uma cidade com vocação turística como a nossa, aquilo poderia ser feito de uma forma a possibilitar visitação.” Ana Rega, Funcionária pública federal
folha da rua larga Conselho Editorial - André Figueiredo, Carlos
Projeto gráfico - Henrique Pontual e Adriana Lins
Pousa, Francis Miszputen, João Carlos Ventura,
Diagramação - Suzy Terra
Mário Margutti, Mozart Vitor Serra
Revisão Tipográfica - Raquel Terra
Direção Executiva - Fernando Portella
Produção Gráfica - Paulo Batista dos Santos
Editora e Jornalista Responsável - Sacha Leite
Impressão - Maví Artes Gráficas Ltda.
Colaboradores - Ana Carolina Portella, André
www.maviartesgraficas.com.br
Barros, Carolina Monteiro, Danielle Silveira,
Contato comercial - Teresa Speridião
Fernando Portella, Lielzo Azambuja e
Tiragem desta edição: 6.000 exemplares
Teresa Speridião
Anúncios - comercial@folhadarualarga.com.br
Grandes geradores de lixo são obrigados por lei a pagar empresa privada para recolhimento de lixo extraordinário. Ao mesmo tempo catadores de lixo são liberados para rasgar as embalagens e escolher o que lhe interessa e espalhar pela rua o que não interessa. Só são fiscalizados os que são formalizados, os que estão à margem da lei, não, com isso, a informalidade aumenta ( é legal ser informal). A.V.
Redação do jornal Rua São Bento, 9 - 1º andar - Centro Rio de Janeiro RJ - CEP 20090-010 - Tel.: (21) 2233-3690 www.folhadarualarga.com.br redacao@folhadarualarga.com.br
A Folha da Rua Larga recebe opiniões sobre todos os temas. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de documentação. Devido às limitações de espaço, será feita uma seleção das cartas e, quando não forem concisas, serão publicados os trechos mais relevantes. As cartas devem ser enviadas para a Rua São Bento, 9 sala 101 CEP: 20090-010, pelo fax (21) 2233-3690 ou através do endereço eletrônico leitor@folhadarualarga.com.br.
Março – Abril de 2012
PROJETO
cultura e cidadania
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Polo Região Portuária convida comerciantes para lançamento do novo projeto da associação, dia 9 de maio – PÁG. J
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Rivadávia Corrêa, na Central do Brasil, e Casa Amarela, na Providência, criam eventos de incentivo à leitura – PÁG. K
Revitalização da Rua Larga | Zona Portuária | Centro do Rio
Edição Especial
Santa Música Faz na Providência Festival com chancela da Fête de La Musique envolverá a comunidade em abril Divulgação
Música esteja em toda a cidade. Qual é a programação para o dia 28, na Providência?
O Santa Música, festival impedido pelos moradores de Santa Teresa, em junho do ano passado, por medo de música alta, cresceu e tomou uma dimensão sociocultural. Após passar pela Mineira e Chapéu Mangueira, o Festival Santa Música Faz chegará à Providência no dia 28 de abril. O produtor David Miguel explica a ideia de promover um festival nas comunidades pacificadas que culminará em um evento que se propõe a envolver toda a cidade, em junho.
A entrada será gratuita, como em todas as comunidades, mas ainda não temos a programação fechada. Estamos trabalhando nisso agora. Em breve, a programação estará no www.festivalsantamusica. com.br. Quem é o público convidado? Como será feita essa mobilização?
Quando surgiu a ideia do Santa Música Faz? Santa Música Faz é uma derivação do Festival Santa Música – evento que acontece uma vez por ano e tem a chancela do Fête de La Musique Network – festival de livre expressão musical, que ocorre em mais de 450 cidades ao redor do mundo. No Brasil, o Festival Santa Música acontecerá no mês de junho de 2012. Como avalia as primeiras ações realizadas? Extremamente bem sucedidas. Passamos pelas comunidades da Mineira e Chapéu Mangueira/Babilônia. Levamos um piano de
Participantes da 2ª edição do Santa Música Faz, realizado dia 11 de fevereiro na comunidade da Mineira
cauda para a Mineira, com alguns dos mais importantes pianistas em atividade, atualmente, no Brasil – entre eles, a Clara Sverner – e, ao Chapéu Mangueira, levamos alguns dos mais importantes instrumentistas de cordas da atualidade. Em ambas as comunidades, apresentamos os grupos de samba e pagode das
comunidades, sempre com enorme sucesso. De que maneira ocorre a mobilização da população local para o evento? A equipe do Santa Música trabalha na comunidade durante dez dias com central de produção instalada no local e seleciona dez jovens da co-
munidade para trabalhar na produção e fazer parte de um curso do Sebrae de empreendedorismo. Esses jovens “capilarizam” a novidade na comunidade. Temos sido muito bem recebidos por onde passamos. O que está previsto para a grande culminância em junho?
Pretendemos realizar o Festival Santa Música em junho na região da Lapa, Lavradio e Praça Tiradentes. Serão 20 espaços musicais com programação musical variada. As equipes que ficam nas comunidades farão o festival de junho nas comunidades. Nossa intenção é que, em 2014, o Festival Santa
O Santa Música Faz é feito para a comunidade. Pretendemos apresentar sonoridades pouco comuns naquelas localidades e valorizar a música local. A mobilização da cidade é feita pelas redes sociais e nas comunidades através dos agentes Santa Música e das lideranças locais. Todos os leitores da Folha da Rua Larga estão convidados. Dia 28 de abril, sábado, das 15h às 22h. Procurem os detalhes da programação no site do festival.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
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B março – abril de 2012
cultura e cidadania Espaço Cultural Gren, na Rua da Candelária, promove oficinas gratuitas Aulas de harmonia musical, dança, percussão, teatro e cinema serão oferecidas ao público externo Aprender a combinar sons tocados simultaneamente, a ler partituras e a atuar serão algumas das atividades oferecidas pela Eletrobras Eletronuclear – empresa que opera as usinas nucleares de Angra dos Reis – no Espaço Cultural Gren (Grêmio Recreativo dos Empregados da Eletrobras Eletronuclear). No local, serão realizadas oficinas de harmonia musical, dança, percussão, teatro e cinema. O espaço tem dois polos, um no Centro da cidade (Rua da Candelária, nº 89) e o outro no Cine Teatro Gren da Praia Brava, em Angra dos Reis. As inscrições são feitas através do site (www.greneletronuclear.com) e estão
abertas para o público externo, seguindo os critérios estabelecidos pelo grêmio. As aulas começam neste mês e o período varia de seis meses a um ano, dependendo da oficina. Um dos professores da oficina de percussão será o mestre de bateria da escola de samba Mangueira, Ailton Nunes. Para Rogério Arcuri, de 58 anos, que já se inscreveu na oficina de percussão, as aulas proporcionarão para ele mais conhecimento técnico. “Eu quero corrigir alguns erros e vícios que tenho quando toco tamborim”, ressalta Rogério, que deseja aprender a tocar outros instrumentos durante a oficina.
Wellington Borges
com a Theóphilo Otoni, no Centro. O bloco Batuke Nuclear, formado por 30 pessoas, entre elas, empregados da Eletronuclear, se apresentou pela primeira vez durante este carnaval. “O Batuke Nuclear é uma demonstração do espírito de equipe, companheirismo e dinamismo da Eletronuclear, que nos motiva a enfrentar os desafios para expansão da geração nuclear no Brasil”, ressalta o assistente da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
Participantes do bloco organizado pelo Gren, no carnaval deste ano
Proporcionar atividades culturais aos seus empregados e ao público externo
é um dos objetivos da Eletronuclear, que, no carnaval deste ano, realizou o Gren
Folia. O evento reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na esquina da Rua da Candelária
sanda amâncio redacao@folhadarualarga.com.br
cultura e cidadania
C
Edição Especial
março – abril de 2012
A academia sobe o Morro da Favela Fernanda Sánchez esclarece o motivo do aumento de pesquisa na área da Providência Carolina Monteiro
Para a professora do Departamento de Urbanismo da UFF, Fernanda Sánchez, o Morro da Providência é uma experiência a ser amplamente registrada, estudada e referenciada, já que se trata, oficialmente, da primeira favela do Brasil. É o Morro da Favela, que popularizou o termo “favela” em todo o país, para comunidades com características urbanas semelhantes. A pesquisadora, que busca reconhecer as implicações dos grandes projetos urbanos nas cidades e evidenciar seus efeitos nas diversas dimensões simbólicas dos espaços urbanos, explica o interesse crescente de pesquisadores provenientes de universidades nacionais e internacionais sobre o tema.
a ocorrência desse tipo de fenômeno? Será que esse caldeirão de coletivos da cultura não existia há muito tempo e agora vem buscando mais possibilidades de se tornar visível? Quais são as expressões antigas e quais são os novos projetos, na esfera da cultura, da música, das artes plásticas? Tenho conhecimento, por exemplo, de projetos educacionais e culturais belíssimos, que estão em andamento, como o da Casa Amarela, centro de leitura e literatura infanto-juvenil e sei que tem muita coisa acontecendo. Qual é o principal problema da Providência? Teria alguma sugestão para tratá-lo?
Em que consiste a pesquisa desenvolvida na Região Portuária? Estou trabalhando há alguns anos em pesquisas que buscam reconhecer os efeitos dos grandes projetos urbanos nas cidades, áreas centrais, como a área portuária. As pesquisas evidenciam efeitos desses projetos, como o Porto Maravilha, nas mais diversas dimensões dos espaços urbanos: simbólica, política, urbanística, social, cultural, econômica. Procuro discutir com os estudantes as diferentes ideias de cidade que dão base aos projetos, as disputas de interesses entre os sujeitos na produção das intervenções nos espaços, assim como os benefícios, os conflitos ou os males gerados pelos projetos de urbanização. O que despertou o recente interesse acadêmico na comunidade da Providência, que existe há 114 anos? Avalio que o que causa interesse das universida-
Professora Fernanda Sánchez: interesse na região está relacionado às mudanças urbanas que visam os Jogos Olímpicos de 2016
des, não somente do Rio de Janeiro, mas também internacionais, que têm visitado a área é o chamado “momento olímpico”, as transformações urbanas com vistas às Olimpíadas de 2016. Dentre essas transformações, os grandes projetos urbanos – Porto Maravilha, Porto Olímpico – bem como as ações e programas urbanos de segurança, como o da UPP instalada na região da Providência, dentre outras. A Região Portuária, e o que vem acontecendo ali, passou a ser uma das vitrines urbanas do Rio de Janeiro e do Brasil para o mundo. Como se dá a recepção dos moradores aos acadêmicos visitantes? Como você percebe essa relação? Penso que acontece de diferentes modos. De um lado, os acadêmicos visitam a área com enorme curiosi-
dade, querendo saber como estão indo as coisas, como os moradores percebem as mudanças, quais posições assumem, como vivem seu cotidiano. Por outro lado, os moradores tentam mapear os visitantes, investigar o que de fato querem, quais são suas questões ou suas propostas. Avalio que essa desconfiança ou questionamento é saudável, afinal, um diálogo entre sujeitos se constrói no próprio processo, sem fórmulas ou modelos. Nesse diálogo, algumas afinidades e outras tantas diferenças podem ser reconhecidas, o que torna a relação muito rica. Em certas situações, pode-se perceber a convergência de posição política entre alguns sujeitos, sejam moradores, pesquisadores ou visitantes, em relação à crítica ao modelo dominante de projetos urbanos. Em outras, pontos de vista dos moradores nos fazem rever profundamen-
te premissas, leituras ou questões que tínhamos em outros momentos e que precisam ser reavaliadas. Quais são os principais aspectos que merecem ser estudados nesta que foi a primeira favela do Brasil? O registro de ser a primeira favela do Brasil precisa ser tomado com o máximo de cuidado e respeito. A Providência, assim como o conjunto das favelas cariocas, é parte importante de nossa geografia social, de nossa história urbana, de nossa cultura. É assim que nos constituímos como cidade e tal reconhecimento foi o que deu fundamento, há mais de quatro décadas, aos conflitos sociais que deram origem aos projetos de reurbanização, em oposição àqueles de remoção, expulsão ou secundarização das favelas como áreas urbanas. Trata-se, de fato, de uma luta simbólica e política pelo direito à cidade.
De que forma se posiciona diante das casas marcadas para remoção? Aquela exposição de fotografia que estampou as imagens ampliadas dos moradores da Providência nas fachadas das casas ficou marcada na minha memória. Teve um sentido estético e político importante. As imagens são contundentes, evidenciam os conflitos. Desafiam a esfera supostamente técnica das ações oficiais. Naquelas casas “marcadas para morrer”, existem moradores, famílias, histórias de vida, relações territoriais ali sedimentadas ao longo do tempo. Avalio que os projetos atuais não consideram essas histórias. Muitas dessas remoções podem ser evitadas, com mobilização dos moradores, da sociedade, da opinião pública. Parece que vem ocorrendo uma grande efervescência cultural na Providência. O que possibilitou
Eu vejo que o principal problema hoje talvez seja o risco de “gentrificação”, de mudança sutil do perfil social do bairro, da valorização imobiliária, das pressões e conflitos advindos do próprio modelo de modernização da área do Porto. E a Providência está diretamente ligada a essas dinâmicas. E qual o principal valor? Como contribuir para que essa vocação seja potencializada? O principal valor é ser a primeira favela do Rio e do Brasil. Tal registro, em si mesmo, indica sua potencialidade, seu nascimento como marca territorial da resistência, do modo de vida carioca, complexo, contraditório e com uma riqueza urbana que não pode ser resumida aos riscos e imperativos da modernização excludente dos projetos atuais.
sacha leite sacha@folhadarualarga.com.br
D
cultura e cidadania Edição Especial
março – abril de 2012
Cliques Rua Larga
artigo
Sacha Leite
Quem são estes? Quem são estas pessoas de olhos brilhantes que, diante de uma realidade dura de violência, conseguem atrair crianças, adolescentes e jovens para uma escola de música, despertando talentos e ajudando-os a encontrar, através da arte, um caminho melhor de oportunidades? Quem são estes que largam tudo para se dedicar aos idosos, às mulheres vítimas da violência e aos drogados? Quem são estes que, com poucos recursos, montam mágicos espetáculos em praça pública, atraindo dezenas, centenas, milhares de pessoas para viver a magia da música, do teatro e da dança? Quem são estes que, embora as dificuldades, adotam crianças abandonadas em seus lares e cuidam delas como se fossem seus filhos para que tenham uma vida melhor? Quem são estes que realizam trabalhos socioculturais nos presídios, interagem com os prisioneiros, buscando despertar nessas almas desacreditadas novas esperanças quando não as tinham mais? Quem são estes que, todas as noites no Centro da cidade, levam para os mendigos, meninos e meninas de rua a Sopa dos Pobres, cumprindo com uma missão que estabeleceram para si mesmos até o final de suas vidas?
Dois pescados infláveis estão expostos ao público que circula pela Avenida Marechal Floriano desde a semana anterior à Páscoa. Em frente ao Beco das Sardinhas, a intervenção, de autoria desconhecida, está em sintonia com o ambiente oceânico da região. Divulgação
Quem são estes que lutam contra os preconceitos e transmitem respeito às diferenças de raça, cor, sexo e credo; que trabalham voluntariamente no apoio aos doentes; que ensinam a ler e escrever aqueles que ainda não sabem e dedicam suas vidas para levar a paz, a alegria e a fé aonde não existem mais esperanças? Quem são estes que criam espaços gratuitos de inclusão digital nas comunidades pobres, permitindo, principalmente aos adolescentes, se conectarem com o mundo para que possam interagir com outras realidades? Quem são estes que mobilizam pessoas para proteger a natureza, que fazem protestos e movimentos em defesa do ar que respiramos, do mar, das praias, dos rios, das florestas, dos animais e da qualidade de vida do planeta? Estes são aqueles que devemos reverenciar e nos envolver para aprender com eles, de fato, o que significa “responsabilidade social”. São estas pessoas que estão transformando o nosso bairro e o nosso país para melhor. São nomes que poucos conhecem, não estão nas colunas sociais, mas aqueles que se beneficiam de suas ações, sim, jamais esquecerão seus atos. São estes cidadãos promotores da cidadania que esta edição especial deseja homenagear.
fernando portella cottaportella@globo.com
A foto mostra a Corrida e Caminhada que aconteceu em dezembro passado na região. De 5 a 12 de maio, a Vila Olímpica da Gamboa organiza a 1ª edição dos Jogos Abertos, que inclui também futebol, futsal, handebol, basquete, atletismo, jiu-jítsu, judô, capoeira, queimado e cabo de guerra. Informe-se e participe!
cultura e cidadania
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Edição Especial
março – abril de 2012
Um sítio arqueológico na Região Portuária Estudiosos dizem que canhões encontrados podem ser os mais antigos da cidade Divulgação
As descobertas arqueológicas na Região Portuária têm sido uma constante desde o início das obras de drenagem iniciadas no entorno do Morro da Conceição. Há um ano, parte da história do Rio de Janeiro começou a ser desenterrada nos arredores da Rua Barão de Tefé, evidenciando estruturas do Cais do Valongo e Cais da Imperatriz. Mais recentemente, foram localizados, durante as obras, cinco canhões de ferro fundido, encontrados sob a Rua Sacadura Cabral, na altura do Largo de São Francisco da Prainha, e outro, na altura da Praça Mauá. Os canhões, com cerca de 1,70m de comprimento foram identificados como sendo do século XVII. Se-
Parte do canhão encontrado na Rua Sacadura Cabral
gundo a coordenadora do programa de pós-graduação em Arqueologia da UFRJ, Tânia Andrade Lima, que coordena o trabalho arqueológico na região, estes podem ser os mais antigos canhões já descobertos no Rio de Janeiro e, possivelmente, no Brasil. Supostamente, os arte-
fatos seriam de origem inglesa e teriam permanecido três séculos enterrados na área até serem encontrados por funcionários da Secretaria Municipal de Obras, em fevereiro e março deste ano. A descoberta tem provocado dúvidas na equipe de arqueólogos que cuida da área, já que não há docu-
mentação histórica dessas peças, tampouco informações sobre a presença de qualquer forte no lugar. Diversas teses têm sido cogitadas pelos estudiosos, entre eles, o historiador e pesquisador do Iphan, Adler Homero, especialista em fortificações. Sua teoria é que existira, além da Bateria da Prainha, na Praça Mauá, outra bateria na região, já que quatro dos canhões estavam juntos. Há ainda a suposição de que os canhões tenham sido desativados e jogados ao mar. Segundo os especialistas, a hipótese mais provável sobre o canhão encontrado na Praça Mauá é que ele seja do século XVII, por conta de suas dimensões, e tenha feito parte da Bateria da Prai-
nha, que dava apoio de fogo à Fortaleza da Conceição. A arqueóloga Erika Marion Robrahn-González, responsável pelo programa de levantamento arqueológico da Concessionária Porto Novo, que atua na área, ressalta a importância dos estudos na região: “A área do Porto do Rio de Janeiro é uma das regiões onde a ocupação colonial começou, portanto, reúne um grande potencial de pesquisa e importância histórica. Os trabalhos dos arqueólogos devem revelar uma outra cidade do Rio de Janeiro até então subterrânea. As pesquisas arqueológicas permitem ampliar esta perspectiva para uma história mais abrangente. Por outro lado, existe também a possi-
bilidade de serem revelados vestígios de ocupações pré-históricas que habitaram a região antes do início da colonização europeia”, explica. Na Praça Mauá, além do canhão, também foi evidenciada uma sequência de pisos de ocupação e edificações do início do século XIX. Os diversos materiais encontrados, tais como faiança, grés, vidro e metal, remetem ao século XVIII. O acervo está sendo levado para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde será armazenado para estudos científicos.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
A OPERAÇÃO URBANA PORTO MARAVILHA MUDARÁ O SISTEMA VIÁRIO DA REGIÃO PORTUÁRIA PARA MELHOR. DUAS NOVAS GRANDES AVENIDAS VÃO AUMENTAR EM MAIS DE 50% A CAPACIDADE QUE HOJE A PERIMETRAL E A RODRIGUES ALVES OFERECEM. AO TODO, SERÃO 70 KM DE VIAS REURBANIZADAS. O VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS (VLT) UNIRÁ O CENTRO DA CIDADE COM MAIS DE 40 ESTAÇÕES INTEGRADAS AO METRÔ, À RODOVIÁRIA , ÀS BARCAS, À CENTRAL DO BRASIL E AO AEROPORTO. Saiba mais: www.portomaravilha.com.br e www.portonovosa.com
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cultura e cidadania Edição Especial
março – abril de 2012
Proibida a passagem de pedestres Lojas nos arredores da Rua Sacadura Cabral e Camerino reduzem faturamento em 90% Carolina Monteiro
Para muitos frequenta- do dinheiro do meu bolso. dores da região, as interdi- Tinha oito funcionários e ções no entorno da Praça pagava em dia, agora fiMauá, especialmente nas quei só com um”, relata ruas Barão de Tefé, Saca- Raimundo, que conta tamdura Cabral e Camerino, bém que está com os balsignificaram apenas uma cões desligados há quinze mudança de trajeto. Entre- dias. De acordo com ele, tanto, para outra parcela por um motivo desconheda população, os comer- cido, teria passado a reciantes, essa intervenção ceber somente um tipo de urbana gerou consequên- fase de energia elétrica, cias finanimpossiceiras grabilitando ves. Três o aquecilojas já mento dos fecharam balcões e as portas a venda de e mais de salgados. 70 estabeD o n o lecimentos de outros da região três bares reduziram no Centro o faturado Rio, mento em Raimundo aproximadiz que foi damente abordado, 90%. Raimundo Macedo, seis meO ceacomerciante ses antes rense Raidas obras, m u n d o por uma Macedo assistente mora e trabalha na região social, que informou que há 15 anos. Ele é proprie- as obras nas ruas Sacadura tário do Bar Servidor, fre- Cabral e Camerino seriam quentado por funcionários concluídas em 45 dias. e usuários do Hospital dos No entanto, ainda segunServidores, Galpão da Ci- do ele, a profissional teria dadania e empresas vizi- declarado que as calçadas nhas. Locatário do ponto ficariam desobstruídas e localizado na esquina das haveria acesso livre a carruas Camerino e Sacadura ga e descarga. Cabral, ele diz que, antes O empresário conta que das obras, a loja vendia precisou pegar dois emcerca de 100 refeições por préstimos bancários, um dia. Com a queda no mo- no valor de R$ 24 mil e vimento, motivada pelas outro no valor de R$ 26 obras, passou a vender um mil para dar conta do preou dois pratos feitos por juízo. Apesar do endividadia. “Só não fechei as por- mento, ele considera que tas porque estou investin- vale a pena permanecer
“Estamos a pão e água. Se eu tivesse só este bar, já tinha fechado.”
na região. Mas revela uma apreensão: “Depois das obras, não sei como vou recuperar clientes e avisar que a poeira e o barulho acabaram”. Raimundo alega também uma grande preocupação com a sobrevivência: “Até acabar a obra, quem garante que vamos estar presentes? Para ocupar a área reformada querem só empresas ricas, como ocorreu em outros casos de revitalização no mundo”. E reclama: “Estamos a pão e água. Se eu tivesse só este bar, já tinha fechado”. Maria Adélia, proprietária da loja de ferragens Seixamar, há 12 anos na região, garante que, apesar da queda nas vendas, não se opõe à intervenção: “Nós, comerciantes, não estamos contra a obra. Se vai trazer benefícios, somos a favor. No entanto, impedir a circulação do público, sem previsão de conclusão nas obras, dificulta muito o nosso trabalho”. E esclarece de que forma está sendo possível manter seu negócio: “O que está segurando agora é a venda externa, de atacado. Se fosse depender da venda de balcão, já tínhamos fechado as portas”. De acordo com a comerciante, fatores como a poeira causada pelas obras e a impossibilidade de estacionamento por parte dos clientes contribuem para um cenário desfavorável aos empresários locais. “Não deram previsão de término. Cada vez que
Raimundo Macedo, dono do Bar Servidor Carolina Monteiro
Maria Adélia, da Seixamar
cultura e cidadania
Edição Especial
março – abril de 2012
acham uma pedra histórica, a obra atrasa. Acho que deveriam levar para um laboratório e estudar, mas sem interferir no calendário da obra”, opina Maria Adélia. A empresária diz que não tem acesso a informações oficiais sobre a intervenção, mas procura se informar como pode: “A cada um que entra, perguntamos sobre o andamento da obra. Falam que ainda falta muito. Segundo um dos encarregados, essa obra será concluída
G
em 2013”. Segundo Nelson Pires, dono da bomboniere MJ Pires, o movimento de sua loja também caiu cerca de 90%: “Colocaram uma placa dizendo que é proibida a entrada de pedestres. Não sei o que fazer, nem a quem recorrer”. Seu Nelson, que vende biscoitos, refrigerantes e salgados por encomenda acredita que as obras serão finalizadas até julho. João Luiz Barbosa, dono do estacionamento São Judas Tadeu, na Rua Saca-
dura Cabral, diz que, em sua opinião, deveria ser estabelecido um acordo entre prefeitura e comerciantes locais. “Poderiam, por exemplo, guardar o maquinário deles no meu estacionamento, contratar alimentação dos trabalhadores no Bar Servidor, lanches do MJ Pires e assim por diante, daí talvez prejuízo e falências seriam evitados. Estamos pagando impostos, IPTU, normalmente. Na Rua Bela, quando fizeram o viaduto que dá na Linha Vermelha Carolina Monteiro
Sacha Leite
João Luiz, do estacionamento São Judas Tadeu Carolina Monteiro
Nelson Pires, proprietário da MJ Pires
(São Cristóvão) oferece- permanecer na região: “Já ram isenção de impostos e tive propostas de passar IPTU como contrapartida o ponto, mas renovei o aos moradocontrato até res”, relem2021. Estou bra. no prejuíO propriezo, mas isso tário do estaaqui vai vacionamento lorizar. Vai conta que ficar melhor arrecadava do que a Lapa”. R$ 500 no Além de rotativo por não querer dia e teria sair, João passado a Luiz estuda faturar só R$ a possibi10 diários (o equivalente lidade de a duas horas João Luiz Barbosa, transformar de estacionacomerciante o estacionamento) após mento em as interdições. outro tipo de “90% do meu faturamento negócio: “Pedimos para foi embora. Tinha 26 men- um arquiteto e engenheiro salistas, hoje tenho 12. projetar a transformação Todo mês sai um”, relata do imóvel em um hostel”. João Luiz. Já para Fábio Kudsi, enApesar da dificuldade genheiro e proprietário do com a redução de circu- estacionamento Lupark, lação do público, o em- localizado na Rua Camepresário está decidido a rino, as obras não impac-
“Estou no prejuízo, mas isso aqui vai valorizar. Vai ficar melhor do que a Lapa.”
taram tanto o seu negócio quanto o fizeram aos seus vizinhos. Essa diferença estaria relacionada ao estabelecimento de contato direto com a prefeitura e reivindicação do acesso livre ao seu estabelecimento por estar associado à Associação de Comerciantes do Porto Maravilha. “Tive um prejuízo financeiro. Abri mão do rotativo para facilitar a obra e fiquei apenas com os mensalistas. Isso significou uma perda de aproximadamente R$ 5 mil por mês. No entanto, infelizmente, sei que meus vizinhos estão passando por dificuldades”, lamenta Fábio.
sacha leite sacha@folhadarualarga.com.br
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cultura e cidadania Edição Especial
março – abril de 2012
A nova aparência do Valongo Obras no Caminho e Jardins do Valongo têm previsão de finalização para final de maio Carolina Monteiro
Após quase dois anos de intervenções, a reurbanização do Caminho do Valongo tem previsão de conclusão. Segundo Pedro Nolasco, engenheiro do Consórcio Saúde Gamboa, até 2010, o lugar apresentava condições precárias de acesso para moradores e visitantes: “Quando cheguei aqui, há dois anos, o esgoto era a céu aberto, o chão era de terra batida e a iluminação precária. A única estrutura existente era uma defensa metálica, que foi mantida”. Ainda de acordo com o engenheiro, o piso de pé de moleque, semelhante ao da Pedra do Sal foi reconstruído, uma mureta foi erguida, bancos de pedra foram colocados e postes de luz
Cenário imitando pedras e até uma cascata remontará construção de 1906, feita por Pereira Passos
foram instalados. Porém, segundo ele, até o fim de maio, a parte elétrica será finalizada. Dia 30 de maio é a data esperada para a conclusão da obra nos Jardins do Valongo, que podem ser acessados do Morro da Conceição, descendo pelas escadarias do Caminho do Valongo ou subindo, pela Rua Camerino. De acordo com Luiz Pinho, arquiteto do Iphan que acompanha o processo, foi feito um estudo de como aparentava o local na época em que foi construído, durante o governo Pereira Passos, em 1906. O projeto aprovado remonta os rocailles, estruturas de argamassa e cerâmica que imitam pedra e madeira. Uma
cascata com água corrente também fará parte da nova ambientação. O engenheiro Pedro Nolasco informou ainda que a Casa da Guarda e o Mictório Público estão sendo reformados, porém não há uso definido para esses espaços. Quando questionado se houve consulta aos moradores e sociedade civil quanto ao novo uso desses dois pontos históricos, o representante da prefeitura Rodrigo Molinari declarou: “Não sei em que momento haverá essa consulta à população, tampouco quem será o interlocutor que discutirá essa questão”. Para o morador Arthur Manoel de Azevedo Martins, o embelezamento tra-
zido pela reforma só poderá ser desfrutado pelos moradores se for acompanhado da implantação de um esquema de segurança local: “A restauração ficou bem feita, mas os frequentadores do lugar continuam os mesmos: os usuários de drogas”. Segundo ele, o Caminho e Jardins do Valongo serão ótimas opções para usufruto de crianças e idosos, caso a iluminação precária e a falta de vigilância sejam resolvidas: “Precisamos de um lugar de lazer. Meu filho falou, outro dia, que não queria voltar para casa, porque não havia lugar para brincar”. da redação redacao@folhadarualarga.com.br
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Pelo fortalecimento do comércio de rua Polo Região Portuária planeja lançamento de nova fase dia 9 de maio Divulgação
O Polo Região Portuária promoverá o lançamento de nova etapa de trabalho no mês de maio. Segundo o consultor Israel Ifadayo Oliveira, a ideia é que a festividade não seja apenas um evento institucional, mas uma oportunidade para os empresários locais levarem material de divulgação de seus respectivos negócios e construírem uma rede de relacionamento. Comerciantes do Centro do Rio e Zona Portuária foram convidados a cooperar com o evento, cada qual à sua maneira. “Eu contribuí com serviços gráficos, outro profissional colaborou com serviços de impressão, já outro cedeu o espaço, e assim por diante”, explicou a designer Maria Eugênia Duque Estrada, do antigo Polo Nova Rua Larga e atu-
Reunião do Polo Região Portuária, realizada na sede do Instituto Cultural Cidade Viva
al Polo Região Portuária. A organização irá definir ainda os membros da nova diretoria, já que, de acordo com o estatuto criado em 2008, as gestões devem ser alternadas periodicamente. A diretoria do Polo informou que o dividiu em oito eixos, de acordo com
a vocação de atividade da região: Cultura, Patrimônio, Gastronomia, Turismo, Arte e Lazer, Ciência e Tecnologia, Comércio e Serviços. A partir deles, foram definidos focos estratégicos, partindo do princípio de que o comércio de rua possui uma grande
importância cultural para a região. Maria Eugênia, membro do Polo desde sua criação, explica que a participação dos comerciantes é elemento essencial para o êxito do grupo e, consequentemente, para o benefício da própria região. Apesar de saber que
a maioria dos membros é composta de pequenos empreendedores que precisam assumir muitas funções, dificultando a dedicação à solução dos problemas coletivos, ela chamou a atenção para os benefícios de se associar ao Polo: “Além de um maior franqueamento aos programas de capacitação do Sebrae e Senac e da facilitação ao acesso de programas de crédito direcionados às pequenas e médias empresas, haverá uma ferramenta web que funcionará como um canal de comunicação entre os polos do Rio e o poder público. O portal será criado por solicitação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Solidário, com desenvolvimento da Fecomércio”, explica. O benefício do novo ca-
nal estaria no acesso direto às instâncias da prefeitura. De acordo com a designer, o sistema permitirá subir esquemas, plantas baixas e diversos tipos de arquivo para ilustrar as solicitações. Além disso, segundo ela, haverá um intermediador informando pendências, prazos e retornos, facilitando o acompanhamento e o registro dos processos, da demanda à conclusão. O evento de lançamento do Polo Região Portuária está agendado para 9 de maio, a partir das 19h, no Restaurante Velho Sonho (Avenida Marechal Floriano, nº 163).
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
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morro da conceição -circuito frenético de cores e formas, que nos alucina à primeira vista. O sentido quase chega ao delírio; violenta a noção de formas e cores. Sua pintura, sem suporte visível, flutua no espaço sobre placas de acrílicos transparentes. Em algumas obras, ele usa placa sobre placa, com espaço entre elas, dando tridimensionalidade à obra, legitimando, assim, a era em que vivemos. Uma abelha presa em uma gota espessa de tinta, uma cadeira de dentista antiquíssima, outra, de barbeiro de 1870, usada em uma ferrovia norte-americana, pesada como um elefante, garrafas PET com restos de refrigerante amassadas a vácuo, um “pé de cabra” de ferro, usado por sapateiros, tubo de ensaio, cubo de isopor cravejado de pregos e parafusos, e muito mais coisas que o olhar não consegue captar em pouco tempo. Divulgação
Poças Quânticas, de Renato Sant´Ana sive já vendeu duas de suas obras para o presidente da bolsa de valores de Nova York, recebeu vários elogios do marchand de Andy Warhol, e por aí vai. Se, para quem sabe ler, um pingo é letra, para ele uma gota caída no chão foi a explosão que faltava para criar as famosas Poças Quânticas. Daí em diante, foi só brincar de poça e de quântica infinitamente, causando um efeito curto-
Incentivo à leitura ocupa Centro do Rio Projeto literário de escola inclui eventos em praça pública a cada dois meses
Um DNA pronto e colorido Em continuidade às histórias de artistas do Morro da Conceição, apresento hoje Renato Sant´Ana. Ele não mora no Morro da Conceição, mas passa a maior parte dos dias em seu belo ateliê, no número 46 da Ladeira João Homem. O artista é natural de Cachoeiro de Itapemirim – é conterrâneo de Roberto Carlos: “veio ao Rio de Janeiro para voltar e não voltou”, e confessa na saudade as coisas que arranjou aqui. Estudou na UFRJ, paralelamente, Arquitetura e Belas Artes. Sua vida profissional também foi assim, ora arquiteto ora artista plástico, até que um dia reforçou suas bases no Parque Lage e foi trabalhar como assistente do grande artista Jorge Guinle. Renato conta que vem de família de pintores, portanto, sua veia artística já possui um DNA pronto e colorido. Seu currículo é extenso, já participou de várias exposições nacionais e internacionais, inclu-
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Suas obras podem ser vistas em seu ateliê, no Morro da Conceição, em exposição permanente, na Galeria Tramas, no Shopping Cassino Atlântico, 2º piso, loja 219, ou em exposição temporária, de 29 março a 6 de maio, no Centro Cultural dos Correios.
teresa speridião teresa.speridiao@gmail.com
Com o intuito de estimular o hábito da leitura na cidade, a Escola Rivadávia Corrêa promoveu, dia 10 de abril, o primeiro evento externo da Central de Leitores, projeto elaborado pela professora Martha Maria Gomes, da Escola Municipal Rivadávia Corrêa. A iniciativa venceu o prêmio Escola de Leitores, organizado pelo Instituto C&A em 2011. Como parte do programa, a Praça Rivadávia Corrêa, em frente à escola e próxima à Central do Brasil, vai sediar festas literárias envolvendo alunos e professores a cada dois meses. Ao longo do evento do dia 10, as crianças e jovens do ensino fundamental abordaram os passantes e distribuíram livros doados por Laura Sandroni, Júlio Emílio e outros simpatizantes do projeto, incluindo os próprios pro-
O que estudantes da Escola Rivadávia Corrêa pensam sobre leitura: “O livro tem muita importância para todos. Quem lê tem a inteligência de falar e fazer provas melhores.” Nathália Nicoli, 7° ano do ensino fundamental
“Ler não é um dom ou uma dádiva e sim um privilégio. Ler todo mundo pode ler, mas saber e gostar é outra coisa”. Mariana Correia Grijó, 7° ano do ensino fundamental
“Ler faz ir a lugares que você nem imagina. Você pode ir ao espaço, ao Centro da Terra. Eu estudo porque quero ser uma pessoa digna no futuro. Josué de Souza Alves, 8° ano do ensino fundamental
fessores e alunos. Declamação de poesia, peça de teatro, contação de histórias e apresentação musical também fizeram parte da terça-feira festiva, na Praça Rivadávia Corrêa. Outro momento interessante da vivência foi
quando as professoras distribuíram frases sobre o prazer de ler, que foram inseridas em balões de gás hélio e liberadas no ar: “Em algum lugar o balão vai cair, daí vai ser bom, porque a frase pode inspirar quem o encon-
trar, gerar curiosidade e ainda divulgar a escola”, diz a coordenadora Renata Ricoca.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
Inaugurado Espaço na Casa Amarela O Espaço de Leituras Ana Maria Machado foi inaugurado no dia 25 de março, na Casa Amarela, Morro da Providência. A homenagem à atual presidente da Academia Brasileira de Letras se deve à doação de livros infantis e infanto-juvenis que a escritora ofereceu ao projeto, além de uma admiração dos voluntários ao seu trabalho. “Depois do samba, a Academia chegou à Providência”, brincou o coordenador cultural João Guerreiro. Segundo ele, Ana Maria Machado teria afirmado que gostaria de se aproximar das comunidades pacificadas: “Sugeri que ela vá à Providência assim que o plano inclinado for finalizado”, conta João. O Espaço de Leituras
promove o Sarau Providencial, que ocorre no Largo da Escadaria uma vez por mês. Já as contações de histórias e rodas de leitura são realizadas uma vez por semana na Casa Amarela. Além do Espaço de Leituras, a Casa Amarela abriga também a exposição fotográfica permanente Morro da Favela, do fotógrafo Maurício
Hora. A mostra retrata o cotidiano dos moradores da Providência e o olhar destes sobre a área portuária. O Espaço Livre de Educação Popular, que, desde 2009, oferece reforço escolar aos jovens moradores da área, também está operando no local O Espaço de Leituras funciona terças e quintas-feiras, das 14h às 17h, e quartas e sextas- feiras,
das 9h às 17h. Não abre às segundas-feiras. Nos dez primeiros dias de funcionamento, foram emprestados 23 livros a crianças e jovens moradores da região. Não há tempo máximo de empréstimo pré-fixado.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
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Visita guiada à região abrange Circuito da Herança Africana Nova fase do projeto Animando a Rua Larga diversifica área a ser visitada Divulgação
Os concorridos passeios de jipe pelos arredores da Avenida Marechal Floriano e Morro da Conceição, que fazem parte das ações do projeto Animando a Rua Larga e tiveram enorme procura na primeira edição, ano passado, vão ganhar mais um percurso em 2012: o corredor de cultura africana, localizado nas cercanias da Zona Portuária. O novo trajeto percorrerá pontos como o Obelisco do Cais da Imperatriz, na Rua Barão de Tefé, onde será criado um monumento em homenagem aos africanos
que chegaram ao Brasil, nos séculos XVII e XVIII, e o Instituto Pretos Novos, centro de estudos sobre os negros, localizado na Rua Pedro Ernesto. Além desse novo roteiro, os visitantes poderão optar pelo trajeto original, que percorre a antiga Rua Larga (atual Marechal Floriano), onde visitarão o Centro Cultural Light, o Itamaraty, o Beco das Sardinhas e o Colégio Pedro II. O Morro da Conceição está incluído nos dois roteiros. Lá, parte do caminho será feito a pé pelo casario colonial, Pedra do Sal, Igreja e Largo de
A guia Priscila Melo conduz os participantes do passeio
São Francisco da Prainha, bares e bens tombados. O ponto de partida para os dois percursos
será no Centro Cultural Light, onde os visitantes participarão de oficinas de história, que servirão
como uma introdução ao circuito. Gratuitas, as visitas guiadas acontecerão a partir do último fim de semana de abril e ao longo do mês de maio. Serão dez saídas, com capacidade para vinte pessoas em cada jipe da empresa Jeep Tour. As vagas são limitadas, e serão preenchidas mediante inscrição prévia. O Animando a Rua Larga, projeto criado com o objetivo de dar continuidade ao processo de reurbanização dessa importante região do Rio, tem patrocínio da Light, através de seu instituto, e
da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Realizado pela Folha da Rua Larga e pelo Instituto Cultural Cidade Viva, o projeto conta com apoio do Polo Região Portuária, e reúne empresários, comerciantes e moradores locais com vistas à implantação de programas e eventos que ajudarão na preservação e divulgação do patrimônio histórico e cultural da região.
marcelle braga marcelle@paralelocomunicacao.com.br
Antiga Rua Larga ganha Museu da Energia Recém-inaugurado, museu mostra como usar a energia elétrica de forma inteligente Paula Kossatz
Um espaço interativo que gera aprendizado de forma lúdica. Esse é o mote do Museu da Energia, o mais novo espaço cultural dedicado à ciência e ao conhecimento dos caminhos da energia elétrica, inaugurado na manhã do dia 28 de março. O novo centro cultural localiza-se na Avenida Marechal Floriano, n° 168, anexo ao prédio sede da Light. Dividido em cinco seções, o espaço conta com diversos experimentos, jogos eletrônicos, painéis multimídia e artefatos históricos, por meio dos quais será possível travar contato com diferentes formas de energia, saber um pouco mais sobre a conservação dos recursos naturais e como evitar desperdícios. Apoio
Passeando pelo Museu da Energia Praça das Energias (área externa) – Local para reflexão e experimentação de diferentes formas de transformação da energia mecânica e luminosa. Conta com oito experimentos, como balanços acoplados, balanços de diferentes tipos, escorregas, bicicletas energéticas, cabo de guerra, briga de ìmãs, árvore de prismas e energia UV. Eletromagnetismo – Explica a origem da carga elétrica, o magnetismo e a indução eletromagnética. Conta com quatro experimentos: sala dos átomos, esfera de plasma, ferro fluido, gerador a manivela. Geração, transmissão e distribuição da eletricidade – No experimento ‘Caminhos da Energia’, detalha as etapas pelas quais a energia elétrica passa até chegar ao consumidor final. Uso da energia elétrica – Mostra diversos usos da energia elétrica e o conforto que ela proporciona, enfatizando o seu uso sustentável. Conta com dois experimentos: os jogos da ‘Casa Maluca’ e a conta de luz. Energia e meio ambiente – Apresenta fontes alternativas de geração de energia elétrica, os perigos de intervenções não autorizadas na rede e as responsabilidades do consumidor. Conta com dois experimentos: ‘Perigos na Rede’ e ‘Livro Mágico’.
Realização
Crianças fascinadas ouvem as explicações sobre uma das peças expostas
Um dos objetivos do Museu é desenvolver atividades de cunho educativo, como a recepção de grupos escolares, cursos e oficinas para professores, exibição
de peças teatrais e filmes de animação. O visitante também terá à disposição material de apoio, uma revista e o portal www.museulight.com. br, no qual também é possí-
Patrocínio
vel fazer o agendamento das visitas, cursos e oficinas.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br
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gastronomia
Gastronomia natural
receitas carol
Beterraba une bom paladar a ingredientes saudáveis Carolina Monteiro
Quem passa pela Rua Dom Gerardo e vê o Beterraba logo entende que ali os ingredientes naturais têm posição de destaque. Mas o que muita gente não sabe é que o lugar nem sempre foi tão natural assim. Há quase dois anos, a filial do Centro ganhou novos donos e uma grande reformulação no cardápio, que eliminou da preparação todos os produtos industrializados e diminuiu ao máximo o nível de gordura dos pratos. “Temperamos tudo com alho, cebola e temperos naturais, retiramos a gordura dos grelhados e, em outros pratos, como o feijão, utilizamos o mínimo possível”, explica Luciana, uma das sócias da casa. O bufê a quilo do restaurante é composto por cerca de 16 pratos quentes e 16 saladas, que mudam diariamente. Além de natural, o menu é também vegetariano e conta com pelo menos um prato vegano por dia, ou seja, sem o uso de leite e ovos no preparo. Essas opções fazem sucesso: “Recebemos por volta de 15 clientes veganos por dia”, conta Luciana. Alfafa, suflê de ricota com cenoura e arroz vermelho são alguns exemplos do que recheia o bufê do Beterraba. As opções que mais agradam são o quibe de banana, a polenta frita e o bacalhau. Sexta-feira, a culinária de Minas Gerais invade as panelas e pratos como couve mineira e feijoada light fazem sucesso. Entre as sobremesas, a estrela é a concorrida torta de banana. Para acompanhar as refeições, a casa oferece mais de 50 opções de sucos, incluindo guaraná da casa e gengibre com agrião e broto.
Na minha cozinha tento simplificar a vida. Com as demandas de família e trabalho, sobra pouco tempo para me dedicar aos afazeres domésticos e cozinhar é o que mais me dá prazer. Então, quando sobra um tempo extra, faço algumas receitas para congelar, conservas de legumes e sal temperado. Adianto vários truques para me ajudar num momento de correria. Uma ótima opção são as quiches.
São tortas salgadas cuja base é ovo e creme de leite, em que uso diversos recheios e é uma boa forma de aproveitar as sobras na geladeira. Hoje fiz uma quiche de alho-poró com queijo brie e nozes. A massa pode também ficar pronta com antecedência e mantida no freezer por até três meses. O creme pode ser usado com todos os recheios. Mãos à obra e use a criatividade!
Quiche de alho-poró com brie e nozes
ACP Divulgação
Ambiente aconchegante com bufê a quilo variado Carolina Monteiro
São 16 pratos quentes e 16 saladas
Engana-se quem pensa que o restaurante não é uma boa sugestão para quem costuma ter uma alimentação menos rígida. Segundo Luciana, a maior parte do público do restaurante não é vegetariano e naturalista, mas pessoas que trabalham na região e optam por uma alimentação mais balanceada durante a semana. Também é fácil ver entregadores do Beterraba pelas ruas do Centro, já que o delivery é pedida certa no horário do almoço. Os sócios da casa realmente enxergam o cliente como prioridade. Além
de aceitar sugestões de pratos dos fiéis frequentadores, são preparadas até mesmo receitas levadas por eles. “O clima é muito caseiro. O restaurante é como uma extensão da casa dos clientes e, por isso, tentamos adequar o cardápio a eles”, diz Luciana. Ainda pensando em deixar o cliente satisfeito, o Beterraba tem algumas promoções especiais, como o desconto de 10% para funcionários de empresas cadastradas. Os aniversariantes do mês também ganham presente: levando cinco ou mais
pessoas, o almoço e uma fatia de torta de banana são grátis. Quem for almoçar sozinho ganha a sobremesa. E isso vale para todos os dias do mês de aniversário. Para quem ainda não conhece a casa, aqui fica a dica: vá de coração aberto e mente livre de preconceitos, porque a culinária natural tem tudo para conquistar quem estiver disposto a experimentar novidades sem fazer careta.
danielle silveira daniellethamires@hotmail.com
Massa: 140g de manteiga 1 ovo 220g de fermento em pó 2g de fermento Modo de preparo: Numa bacia misture os ingredientes secos. Misture a manteiga com a ponta dos dedos. Quando formar uma farofa grossa, junte os líquidos previamente misturados. Misture tudo até formar uma massa lisa. Leve à geladeira por, no mínimo, duas horas antes de usar, ou três meses no freezer. Creme: 450ml de creme de leite fresco 150ml de leite 6 ovos 45g de queijo parmesão ralado 1 pitada de noz moscada 2g de sal Modo de preparo: Bata tudo e reserve.
Recheio: 500g de alho-poró 20g de manteiga 10g de azeite 2g de sal 50g de nozes torradas 100g de queijo brie Modo de preparo: Corte o alho-poró em rodelas e refogue na manteiga e azeite. Tempere com sal. Junte o alho-poró com o creme e prove o tempero. Abra a massa numa forma de fundo removível e leve ao congelador por 30 minutos. Recheie-a com o alho-poró, salpique as nozes e o brie. Leve ao forno pré-aquecido a 160ºC por 40 minutos ou até que fique dourada.
ana carolina portella carolnoisette@hotmail.com Confira outras receitas da Carol no blog nacozinhacomcarol. blogspot.com
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dicas da cidade Jovens retratam cotidiano no Porto Fica em cartaz até 30 de abril a mostra Um Porto de Cidadania, a fotografia como testemunha de transformação. O Galpão da Cidadania expõe 50 fotografias em grandes dimensões produzidas por jovens moradores da região. As imagens são fruto de uma série de oficinas ministradas pelo fotógrafo Maurício Hora, que assina a curadoria da mostra. Informática para todos As inscrições para o curso gratuito de informática a partir de orientações sobre o consumo consciente da energia elétrica, organizado pela Light e pelo CDI, estão abertas. Os alunos terão noções básicas de informática, edição de vídeo, imagens, blog em HTML, Publisher, redes sociais e ferramentas do Google. As aulas ocorrerão duas vezes por semana no Centro Cultural Light. Lazer no Morro da Conceição Por iniciativa dos moradores, em abril uma turma se formou para receber aulas de tai chi chuan. No momento, as aulas estão sendo ministradas por professores da Vila Olímpica da Gamboa, às terças-feiras, das 7h às 8h, no salão da igreja. da redação redacao@folhadarualarga.com.br
Crédito facilitado na compra de imóvel Previ-Rio garante, em termo de compromisso, acesso facilitado a duas mil unidades Divulgação
A prefeitura do Rio, o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha (gerido pela Caixa Econômica Federal), a Previ-Rio e a Solace assinaram, em março, o Termo de Compromisso para Desenvolvimento de Projetos Imobiliários no Porto Olímpico. O documento estabelece diretrizes preliminares para construção e aproveitamento das edificações pelo mercado imobiliário após os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, onde servidores municipais terão a compra de imóveis facilitada. A cerimônia, realizada no canteiro de obras na Praia Formosa, atrás da Rodoviária Novo Rio, onde será construído o empreendimento, teve a presença de representantes
Imagem ilustrativa do Porto Olímpico
do COI (Comitê Olímpico Internacional), do presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Arthur Nuzman, do prefeito Eduardo Paes, do superintendente Nacional da Caixa Econômica Federal, Vitor Pinto, e do presidente da Solace, Carlos Eduardo Paes Barreto. A previsão é que, com a assinatura do
acordo, até o fim do ano, a empresa inicie as obras e lance o empreendimento Porto Olímpico. A abertura do evento foi feita por Eduardo Paes, que destacou a importância da utilização do espaço da Região Portuária para sediar alguns dos equipamentos das Olimpíadas 2016. O prefeito detalhou
o termo de compromisso: “Este será um programa específico da Previ-Rio para viabilizar o financiamento de imóveis aqui na área, utilizando recursos do fundo da previdência municipal”, explicou Paes. A prefeitura, por meio da Previ-Rio, garante que irá oferecer aos servidores municipais condições especiais de financiamento para aquisição das duas mil unidades imobiliárias do Porto Olímpico, após a utilização do espaço pelo COI. Os imóveis inicialmente receberão as vilas de mídia e de árbitros, um centro de convenções, além de dois hotéis com 500 quartos cada.
da redação redacao@folhadarualarga.com.br