PALAVRA

A International Christian Embassy Jerusalem (Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém) foi criada em 1980 em reconhecimento ao significado bíblico de Jerusalém e sua conexão única com o povo judeu. Hoje, a ICEJ representa milhões de cristãos, igrejas e denominações para a nação e o povo de Israel. Reconhecemos na restauração de Israel a fidelidade de Deus em manter Sua antiga aliança com o povo judeu. Nossos principais objetivos são:
* Apoiar Israel com apoio e amizade;
* Equipar e ensinar a Igreja mundialcom relação aos propósitos de Deus com Israel eas nações do Oriente Médio;
* Ser uma voz ativa de reconciliação entre judeus, cristãos e árabes e apoiar as igrejas e congregações na Terra Santa. De sua sede em Jerusalém, a ICEJ alcança mais de 170 países, com filiais em mais de 90 nações. Nossa visão é:
* Alcançar todos os segmentos da sociedade israelense com um testemunho cristão de conforto e amor, e
* Alcançar e representar ativamente para Israel o apoio de denominações, igrejas e crentes de todas as nações do mundo.
A Embaixada Cristã é um ministério não denominacional baseado na fé, sustentado pelas contribuições voluntárias de nossos membros e amigos em todo o mundo. Convidamos você a se juntar a nós na ministração a Israel e ao povo judeu em todo o mundo, fazendo uma doação para o trabalho e o testemunho contínuos da ICEJ.
FROM JERUSALEM
CRÉDITOS
Presidente da ICEJ Dr. Jürgen Bühler
VP Sênior e Porta-voz David Parsons
VP Assuntos internacionais Mojmir Kallus
VP Finanças David Van der Walt VP Operações Richard van der Beek VP AID & Aliá Nicole Yoder
Editora Gerente/Diretora de Publicações Laurina Driesse Escritores da equipe Nativia Samuelsen, Marelinke van der Riet Design gráfico/ilustrador Ryan Tsuen Administração Tobias H Fotografias Adobe Stock, Shutterstock, Getty Images, JAFI, ICEJ Staff and Branches
VERSÃO EM PORTUGUÊS Editoração Fernando Marques Tradução/Revisão Claudia Ruggiero
Word From Jerusalem é publicado pela International Christian Embassy Jerusalem (Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém). É proibida a reprodução total ou parcial sem permissão por escrito. A Word From Jerusalem não tem preço de assinatura e é mantida por contribuições em todo o mundo. Todas as doações para este ministério podem ser deduzidas do imposto de renda (nos países onde isso se aplica).
INTERNATIONAL CHRISTIAN EMBASSY JERUSALEM P.O. Box 1192, Jerusalem • 9101002, ISRAEL
Para obter mais informações e apoiar nosso ministério, acesse www.icej.org/pt
Prezados amigos,
À medida que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza começa a enfraquecer, a Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém se ocupa em perguntar a nossos amigos e contatos nas comunidades judaicas ao longo da fronteira de Gaza sobre como os cristãos podem ajudá-los a se recuperar e reconstruir suas vidas. Temos um relacionamento de longa data com essas comunidades devido a todos os abrigos antibombas, veículos de combate a incêndios e outros equipamentos de emergência que lhes fornecemos nas últimas décadas. Por isso já entramos em acordo sobre uma série de grandes projetos de reconstrução e renovação para ajudá-los a restaurar sua vida comunitária da melhor forma possível, especialmente nas áreas de tratamento de traumas e atendimento às necessidades especiais dos mais vulneráveis - as crianças e os idosos. De fato, essa é a série mais ambiciosa de projetos de construção que a ICEJ já realizou de uma só vez. Nesta edição da Palavra de JerusalémVocê saberá mais sobre essas iniciativas e como pode nos ajudar.
Nossa liderança e equipe sênior em Jerusalém realizaram recentemente as Reuniões de Estratégia anuais para avaliar a eficácia de nosso ministério e pensar em formas de conduzir melhor a missão da ICEJ no futuro. Há vários anos, estabelecemos a visão de desenvolver uma expressão proativa de apoio cristão a Israel em todas as nações do mundo e de impactar todos os segmentos da sociedade israelense com amor e zelo cristãos. Também decidimos ter um enfoque maior nos dados em nossas atividades ministeriais. Nas reuniões de planejamento deste ano, pudemos usar as ferramentas de dados mais recentes com resultados surpreendentes. Por exemplo, as métricas mostraram que cristãos de 183 nações participaram de nosso Encontro Global de Oração diário no ano passado, e cristãos de 201 nações e territórios se envolveram virtualmente conosco de alguma forma. É muito animador ver o movimento sionista cristão que representamos se expandir por todo o mundo. Em comparação, as Nações Unidas (ONU) têm oficialmente 193 Estados-membros. De fato, o Senhor está reunindo um povo redimido de todas as nações, línguas e tribos que amam tanto a Jesus quanto sua família judaica.
A Festa dos Tabernáculos deste ano, que será realizada de 6 a 10 de outubro aqui em Jerusalém, explorará o tema “Dez de cada nação”, com base em Zacarias 8:23. Essa passagem fala de um remanescente justo de todas as línguas das nações que peregrinará a Jerusalém nos últimos dias para buscar a Deus e se conectar espiritualmente com o povo judeu. Acreditamos que o Senhor pode usar nossa festa para o cumprimento dessa visão. Graças às recentes doações recebidas, reduzimos o valor da inscrição na Festa deste ano porque queremos que mais crentes participem desse encontro de solidariedade e vitória com Israel. Veja nosso anúncio especial na página 5, e planeje juntar-se a nós na Festa.
Por fim, gostaríamos de agradecer seu apoio fiel e suas orações enquanto nosso ministério enfrentou nos últimos meses os desafios da licença médica de Juergen para tratamento no exterior. Somos gratos a Deus pelo espírito de unidade e graça que sustentou nossa equipe e a família global na ausência de Jürgen, e somos muito gratos por seu retorno para chefiar novamente nossa equipe de liderança em Jerusalém.
Dr. Jürgen Bühler
ICEJ President
David R. Parsons
ICEJ Senior Vice President
CAPA: ICEJ e a JNF fizeram uma parceria para plantar 1.200 tulipas vermelhas e 251 tulipas amarelas no local do festival de música Nova, em homenagem às pessoas que foram assassinadas e feitas reféns em 7 de outubro.
PARA ARQUIVOS DE REVISTAS visite www.icej.org/media/word-jerusalem
O Roll Call of das Nações é uma das noites populares na Festa dos Tabernáculos.
Àmedida que a Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém planeja nosso encontro na Festa dos Tabernáculos 2025 em outubro próximo, sabemos que ela precisa ser um marco pois este é um dos anos mais críticos da história moderna de Israel. Por essa razão, estamos reduzindo a um valor mínimo a taxa de participação na Festaa fim de atrair o maior número possível de cristãos para uma viagem de solidariedade e vitória a uma nação que se recupera da guerra e precisa mais do que nunca da nossa amizade e presença aqui.
OS PASSOS DO MESSIAS
Nunca me esquecerei de quando Merv e Merla Watson me contaram sobre a primeira celebração cristã da Festa dos Tabernáculos realizada em Jerusalém. No final da década de 1970, Deus falou com esse casal canadense por meio de Zacarias 14.16, em que o profeta
Merv e Merla Watson na primeira celebração cristã da Festa dos Tabernáculos.
prevê um tempo em que todas as nações da Terra virão a Jerusalém para adorar o Senhor durante a festa bíblica de Sucot (Tabernáculos). Embora os Watsons entendessem que essa passagem falava de um tempo futuro, eles sentiam fortemente que Deus os estava guiando para iniciar essa peregrinação profética imediatamente. Assim, em 1979, eles convidaram amigos para se juntarem a eles e irem a Jerusalém para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Para sua surpresa, várias centenas de peregrinos cristãos seguiram seu chamado e se uniram a eles em Jerusalém. Preparando-se para aquela primeira Festa dos Tabernáculos, eles se perguntavam como os cristãos poderiam celebrar uma festa que nunca fez parte do calendário cristão. Ao chegarem a Jerusalém, eles se encontraram com um importante rabino da cidade para saber como os gentios deveriam celebrar a Festa dos Tabernáculos. Quando os Watsons deixavam o escritório do rabino, logo depois de receberem seu conselho, ele rapidamente os chamou de volta. Referindo-se à profecia de Zacarias 14, ele disse: “Quando os gentios começarem a vir para celebrar Sucot, eu poderei ouvir os passos do Messias que virá!”
CONSOLE MEU POVO
A presença de gentios em Jerusalém celebrando o Sucot tornou-se uma poderosa declaração profética e uma grande fonte
de conforto para o próprio Israel. Isso se manifestou, em especial, no ano seguinte, na primeira celebração pública cristã de Sucot, em 1980. Durante o verão de 1980, as 13 nações que ainda mantinham suas embaixadas em Jerusalém cederam à ameaça de um embargo de petróleo pela Liga Árabe, abandonaram Jerusalém e transferiram suas embaixadas para Tel Aviv. Isso abalou os ânimos em Jerusalém, pois os israelenses viram que a comunidade mundial havia cedido à pressão do petróleo árabe em vez de seguir os princípios morais e permanecer na capital de Israel. Um amigo israelense que morava aqui
A Festa dos Tabernáculos na BHU em Jerusalém.
na época disse que havia uma atmosfera de tristeza em Israel, pois as pessoas perceberam que apenas 35 anos após o Holocausto, os judeus ainda não podiam contar com o apoio ou simpatia internacional.
No entanto, foi durante essa primeira reunião pública da Festa para os cristãos, no final de
setembro de 1980, que a Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém foi estabelecida para mostrar ao povo de Israel que eles não estão sozinhos. Apesar das decisões de seus respectivos governos, os cristãos de todo o mundo apoiaram o jovem Estado de Israel e sua capital eterna e indivisível, Jerusalém. Foi, sem dúvida, um momento kairós concedido por Deus. Quando Israel precisou de amor e apoio, os cristãos de cerca de 32 nações reagiram com amor, apoio e oração. A partir desse momento, cada vez mais líderes israelenses tomaram conhecimento da nova onda de apoio cristão evangélico à sua nação. O estimado prefeito de Jerusalém, Teddy Kollek, participou da abertura oficial da Embaixada Cristã em 1980 e, no ano seguinte, o respeitado primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, discursou na Festa, que havia crescido para 3 mil peregrinos cristãos de todo o mundo. Desde então, os presidentes, primeirosministros, ministros de gabinete, membros do Knesset e líderes institucionais de Israel
têm prestado homenagem a esse movimento crescente de cristãos que apoiam Israel. Ele cresceu a tal ponto que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu muitas vezes se referiu aos cristãos evangélicos como os melhores amigos de Israel.
UM NOVO MOMENTO KAIRÓS
Aqui em Jerusalém, sentimos que estamos novamente em um momento kairós, semelhante ao de 1980. O antissemitismo global cresce a um nível sem precedentes desde o renascimento de Israel como nação em 1948. É um flagelo global que tem levado dezenas
O
e até centenas de milhares de manifestantes antissemitas e anti-Israel para as ruas em todo o mundo. Nessas manifestações em massa, a maioria sem intervenção do governo, eles pedem abertamente a destruição de Israel “do rio ao mar” e a morte dos judeus. Ao mesmo tempo, Israel ainda está de luto pelos 1.200 israelenses assassinados no massacre de 7 de outubro e ora pela libertação dos reféns restantes em Gaza, além de lidar com as centenas de soldados e policiais israelenses mortos ou feridos desde o pogrom de 7 de outubro. Enquanto isso, cerca de um terço da nação sofre com estresse pós-traumático devido ao horrível e desumano massacre de israelenses inocentes durante a invasão terrorista do Hamas em Gaza. Neste momento em que vivemos não podemos ser apenas espectadores silenciosos; somos chamados a demonstrar nosso amor e preocupação com Israel de maneiras reais e práticas, lembrando-os mais uma vez de que não estão sozinhos!
No início de fevereiro, o Conselho Curador da Embaixada Cristã tomou uma decisão estratégica. Oramos para que a Festa dos Tabernáculos de 2025 se tornasse a maior missão de solidariedade cristã a Israel neste ano, mostrando a essa nação e a esse povo, assim como aconteceu há 45 anos, que eles não estão sozinhos. Imaginando milhares de cristãos marchando pelas ruas de Jerusalém mais uma vez, sentimos que será um sinal oportuno e poderoso para o povo de Deus de que Ele se importa com eles.
Para enfatizar o significado desse momento, a Diretoria da ICEJ decidiu dar todo o seu apoio à Festa deste ano, investindo nela como nunca antes. Reduzimos a taxa de inscrição da Festa a uma quantia realmente sem precedentes. Qualquer cristão que queira fazer parte desse apelo oportuno de solidariedade a Israel pode participar de todos os eventos da Festa em Jerusalém por um preço simbólico de US$ 120. Esse valor cobrirá sua participação nos quatro dias inteiros de celebrações em Jerusalém, incluindo a Parada das Nações, a Noite Israelense, o culto da Ceia no Jardim do Túmulo, a Noite dos Jovens, as sessões especiais de oração e cura e, é claro, a sempre popular Marcha para Jerusalém pelas ruas da capital.
Esse é o menor valor de inscrição para a Festa cobrado desde 1980, e oramos para que Deus abençoe e confirme esse investimento como uma declaração inequívoca a Israel de que somos de fato amigos em seus momentos
de necessidade. Nossa oração é que a Marcha para Jerusalém deste ano, em particular, seja uma expressão poderosa de apoio e conforto cristão para Israel.
A Marcha de Jerusalém passa pelo Parque Gan Sacher durante a Festa dos Tabernáculos de 2024.
UNA-SE AOS “DEZ DE CADA NAÇÃO!
Pedimos que você ore e avalie a possibilidade de participar da Festa deste ano, ao lado de peregrinos de todo o mundo, quando vamos nos reunir em Sião para adorar o Rei dos Reis e tomar as ruas de Jerusalém para demonstrar nosso amor e apoio de forma poderosa. Que este seja um momento para mudar seus planos de férias e escolher Jerusalém. O tema da festa deste ano é um desafio profético para todos nós: “Dez de cada nação”. Essa passagem de Zacarias 8:23 não está pedindo um limite de apenas dez pessoas de cada nação, mas sim uma convocação para um mínimo de dez peregrinos de sua nação. Ou seja, certifique-se de que haja um remanescente justo de pelo menos dez crentes que venham representar sua nação na Festa deste ano. Os versículos 20-22 de Zacarias 8 falam de povos e nações poderosas que virão a Jerusalém. Também diz que “os habitantes de uma cidade irão à outra, e dirão: ‘Vamos logo suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos.Eu mesmo já estou indo’”. Se ao ler essas palavras você sentir que Deus está falando ao seu coração, chame amigos, até mesmo seu pastor, sua igreja ou grupo de oração, e diga: “Vamos logo..., eu mesmo já estou indo”.
Espero ansiosamente vê-lo em Jerusalém para adorar a Jesus e estar junto com Seu amado povo de Israel. De fato, agora é o momento de se levantar e mostrar compaixão a Sião! (Salmo 102.13)
PELO REV. INGOLF ELL ß EL
Quero começar falando sobre o relacionamento de Deus conosco, concentrando-me no que podemos aprender com Israel. Como cristãos, é importante entendermos a jornada dos primeiros crentes com Deus e o principal exemplo é Abraão. Na aliança que ele firmou com Deus teve início uma sequência de bênçãos que levou a mil anos de histórias sobre o povo de Israel e seu relacionamento com Deus. A história de Israel, repleta tanto de glória quanto de vergonha, está registrada para que todas as nações a leiam —tanto a luz quanto a sombra.
O amor de Deus por Israel é evidente. Ele diz: “Pois vocês são um povo santo para o Senhor, o seu Deus. O Senhor, o seu Deus, os escolheu dentre todos os povos da face da terra para ser o seu povo, o seu tesouro pessoal”. (Deuteronômio 7:6) Essa é uma história de amor - uma bela declaração do coração de Deus por Israel. Ela continua em passagens como 1 Samuel 12:22, em que Deus promete não rejeitar Israel, pois Ele tem o prazer de chamá-lo de Seu. Mesmo em meio aos fracassos de Israel, o amor de Deus permanece inabalável. Em Isaías 43:4, Ele diz: “Visto que você é precioso e honrado à minha vista, e porque eu o amo, darei homens em seu lugar, e nações em troca de sua vida.” O amor de Deus pela nação de Israel é constante, apesar da rejeição do povo a Ele em alguns momentos. Jeremias 31:3 fala desse amor da seguinte forma: “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atrai.” Essas palavras são poderosas, especialmente em uma época em que muitos relacionamentos se desfazem. O amor de Deus por Israel perdura.
de Deus. Como expressa Isaías 65:2-3, o amor de Deus foi recebido com rejeição: “O tempo todo estendi as mãos a um povo obstinado, [...] esse povo que sem cessar me provoca na minha frente.” Isso nos dá um vislumbre de como Deus se sente quando nos afastamos Dele. O coração de Deus está cheio de amor por nós, mas também é tomado pela dor quando seguimos nosso próprio caminho. Na história do Bezerro de Ouro, a rejeição de Israel a Deus é um exemplo trágico. Moisés estava no monte recebendo os Dez Mandamentos e, na sua ausência, o povo fez um ídolo. Esse ato de rebelião feriu profundamente como uma traição em um relacionamento. Posso relacionar isso à experiência pessoal de se apaixonar e depois ser rejeitado - é uma dor profunda.
O amor de Deus por Israel é constante, apesar de, às vezes, eles O rejeitarem.
Quando Moisés voltou, viu o pecado do povo e agiu de forma decisiva. Ordenou que aqueles que eram pelo Senhor se apresentassem, e as consequências das ações dos idólatras foram severas - 3.000 pessoas morreram naquele dia. Foi um resultado trágico da idolatria e da rebelião de Israel.Apesar disso, Moisés intercedeu pelo povo, pedindo misericórdia a Deus. Seu amor por Israel era evidente, mas sendo ele próprio um pecador, Moisés sabia que somente o derramamento de sangue poderia expiar seus pecados. Isso prefigurava o sacrifício final de Jesus, cujo sangue faria expiação por todos nós.
Entretanto, o relacionamento de Israel com Deus nem sempre foi fácil. Quando eles se voltaram para a idolatria, isso partiu o coração
Por meio dessa história, aprendemos sobre o profundo amor de Deus e Sua dor quando nos desviamos. É um lembrete de que nosso relacionamento com Deus é sério e exige fidelidade. O amor de Deus é forte e eterno, mas também nos coloca frente a frente com as consequências de nos afastarmos Dele.
O Novo Testamento confirma que o sangue é necessário para o
perdão dos pecados, conforme Jesus ensinou em Mateus 26:28: “Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados”. Seu sacrifício foi a oferta final e perfeita, pois Ele assumiu todos os pecados e morreu por nós.
Moisés, em sua segunda ida ao alto do monte, sabia que a satisfação de Deus não poderia ser encontrada em seu próprio sangue. Moisés suplicou a Deus que não deixasse Israel, lembrando-O de Suas promessas. Deus, em Seu amor eterno por Israel, também precisa lidar com o pecado. Seu amor e sofrimento coexistem. O pecado cria distância, mesmo nos relacionamentos humanos, e Deus não pode ignorá-lo.
Em Êxodo 33, Deus promete enviar um anjo para guiar Israel à Terra Prometida, mas também diz que não estará com eles devido ao seu pecado. Moisés, no entanto, recusase a seguir em frente sem a presença de Deus, percebendo que meras bênçãos sem a comunhão com Deus são insuficientes. Deus respondeu ao apelo de Moisés, mostrando Sua disposição de estar presente com Seu povo. Mas o pecado de Israel, assim como sua idolatria, os distanciou de Deus, levando ao sofrimento. Com seus erros, o povo aprendeu que o pecado traz a separação de Deus e enfrentou as consequências. Em Êxodo 32, Moisés pede uma resposta radical: aqueles que são por Deus devem se separar do pecado. Essa ação drástica refletia a gravidade da ruptura da comunhão com Deus, e o povo viu quanto custaria a sua idolatria.
Embora Deus tenha disciplinado Israel, Moisés continuou a interceder por eles. Sua súplica era, principalmente, pela misericórdia de Deus, mas ele entendia que a expiação só poderia ser alcançada por meio do sangue. À medida que o povo continuava a enfrentar as
consequências de seus pecados, o processo de expiação por meio do sangue ficou mais claro. Trata-se de um fundamento sobre o qual o Novo Testamento se baseia com o sacrifício de Jesus.
Nas dificuldades de Israel e em seu afastamento de Deus, vemos um padrão que continua até hoje. Surgem os ídolos de várias formas, muitas vezes disfarçados para preencher o vazio dos corações. Mesmo em tempos de grandes bênçãos e prosperidade, há o perigo de se esquecer de Deus. Seja por idolatria ou
Deus chama Seu povo para permanecer fiel, lembrandonos de nunca permitir que as bênçãos ofusquem nosso primeiro amor por Ele.
negligência, as pessoas, até mesmo as nações, podem perder de vista seu Criador. Hoje, Israel e outros países enfrentam um desafio espiritual: o risco de que a prosperidade leve ao esquecimento de Deus. No entanto, Deus chama Seu povo a permanecer fiel, lembrando a todos nós que nunca devemos permitir que as bênçãos ofusquem nosso primeiro amor por Ele. Deixe-me lembrá-lo de algumas coisas. Você se lembra do dia em que se tornou um crente em Jesus Cristo? A graça que Ele lhe mostrou quando o encontrou e como Ele o chamou para o Seu reino para servi-Lo? Ele o abençoou com dons, cuidados e até mesmo uma visão para o seu ministério. Talvez Ele também o tenha abençoado com uma família, um parceiro ou filhos. Mas aqui vai uma pergunta: Como você está
O Rev. Ingolf Ellßel, presidente do Conselho Internacional de Curadores da ICEJ, traz uma mensagem poderosa na segunda noite do Envision 2025.
Os participantes da Conferência Envision deste ano em um momento de louvor e adoração.
lidando com essas bênçãos? Você já se viu amando mais o sucesso do que Jesus? Você se concentra mais em sua reputação do que em seu zelo pelo reino de Deus? Você ainda está trabalhando duro ou delegou tudo e deixou tempo para si mesmo?
Até mesmo o rei Davi, quando bem-sucedido, tirou seu foco de Deus, o que o levou a um caminho perigoso [com Bate-Seba]. Deus deseja estar conosco—não apenas para cumprir promessas, mas para que tenhamos comunhão com Ele. Quando as coisas em nossa vida nos distanciam Dele, isso causa dor, assim como aconteceu com Moisés e Israel. Lembra-se dos momentos em que a presença de Deus era real em sua vida? Quando você acordava sentindo a companhia do Espírito, dirigindo-o durante o dia? Precisamos de Jesus em primeiro lugar, não apenas como uma ferramenta para obter bênçãos, mas como nosso parceiro eterno. Hoje, quero destacar alguns ídolos que podem se infiltrar em nossa vida. Poder, orgulho, dinheiro, ganância e até mesmo coisas como saúde ou beleza podem se tornar ídolos se não tomarmos cuidado. Essas distrações desviam nosso foco do propósito que Deus tem para nós. Devemos nos lembrar de que nossa vida na Terra é curta e que nosso corpo se desvanecerá, portanto, nosso foco não deve ser a idolatria da saúde ou da aparência. Neste mundo, os ídolos assumem muitas formas: sucesso, beleza, amor-próprio, até mesmo esportes ou fama. Mas Jesus ensinou que se você amar demais a sua vida, você a perderá. Muitas vezes somos tentados a nos colocar no centro, mas nosso chamado é tornar Jesus o centro de nossas vidas. Nossa meta deve ser a eternidade e, para isso, devemos dar o melhor de nós. Não deixe que nenhum ídolo, grande ou pequeno, o distraia da missão que Deus lhe deu. Mantenha Jesus no centro, todos os dias, em todas as estações da vida.
[Esse ensinamento foi extraído da mensagem no Envision 2025 do Rev. Ingolf Ellßel, presidente do Conselho Internacional de Curadores da ICEJ].
POR LAURINA DRIESSE, MARELINKE VAN DER RIET & NATIVIA SAMUELSEN
Aconferência Envision realizada no início de fevereiro deste ano, atraiu a Jerusalém 77 pastores e líderes de ministérios de cerca de 20 países para quatro dias de reuniões e visitas diárias às frentes de batalha da guerra que dura 16 meses no sul e no norte de Israel. Com o frágil cessar-fogo em ambas as frentes, os pastores ouviram de ministros experientes mensagens sobre o tema “Liderança pelo Espírito”, ouviram autoridades israelenses, analistas de segurança e familiares de reféns, e visitaram comunidades fronteiriças profundamente afetadas pelos combates desde as atrocidades de 7 de outubro de 2023
DIA UM
1 2Na primeira noite, o pastor israelense Daniel Yahav, da Peniel Fellowship, em Tiberíades, compartilhou como, em determinado momento da guerra, até 50 membros de sua congregação foram convocados para o serviço de reserva do exército. “Embora correndo fisicamente e enfrentando altos e baixos emocionais, no fundo eu sentia paz”, assegurou. Yahav acrescentou que os membros têm muitos testemunhos de milagres e vitórias nessa batalha, mas recentemente sepultaram um membro da congregação que morreu em combate. O presidente da ICEJ, Dr. Jürgen
Bühler, compartilhou a mensagem principal naquela primeira noite, após retornar de uma licença médica prolongada. Ele falou sobre a batalha espiritual que atualmente envolve Israel, conforme descrito profeticamente em Apocalipse 12, na luta entre a mulher e o dragão. Jürgen observou particularmente a onda global de antissemitismo e as acusações ultrajantes contra Israel durante essa guerra, que representam as tentativas de Satanás de afogar a mulher com a correnteza que sai de sua boca (Apocalipse 12:15).
O vice-presidente sênior da ICEJ, David Parsons, discursa para a delegação na segunda noite.
A manhã seguinte começou com o vice-presidente sênior da ICEJ, David Parsons, falando sobre as origens dessa batalha espiritual encontrada nos capítulos 1415 de Gênesis, quando Deus prometeu sempre “proteger” Abraão e seus descendentes na missão redentora para a qual Ele os estava chamando. “O espírito do antissemitismo hoje está desenfreado no mundo, e a Bíblia lhe dá um nome - ‘Amaleque’”,
afirmou ele.
O pastor israelense Peter Tsukahira se aprofundou nesse espírito de Amaleque e no desafio da Teologia da Substituição que persiste hoje na Igreja. Ele aconselhou especialmente os pastores da Envision a entenderem melhor os Evangelhos abraçando o Jesus judeu. Benjamin Berger, outro pastor israelense local, compartilhou uma mensagem instigante sobre a igreja judaica primitiva e a direção para a qual Deus está conduzindo os cristãos hoje. Ele descreveu a Igreja como “a única Noiva, judeus e gentios unidos... que não apenas reflete, mas também revela a natureza de Deus”.
As sessões matinais de abertura foram concluídas com uma atualização sobre os temas atuais pelo Dr. Mordechai Kedar, que ofereceu informações valiosas sobre a jihad (guerra santa islâmica) em andamento contra Israel e os desafios geopolíticos enfrentados por toda a região.
Naquela tarde, os delegados da Envision visitaram o Knesset, onde discursaram três membros do parlamento israelense e Josh Reinstein, diretor do Knesset Christian Allies Caucus. Reinstein observou que o conflito atual “foi a primeira vez em milhares de anos, que o povo judeu foi à batalha e não estava sozinho. Não apenas em termos de apoio no campo financeiro, espiritual, moral e político, mas pela presença de vocês. A Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém aqui, no ano passado, fez mais para ensinar à sociedade israelense sobre a importância de nossos amigos, nossos aliados cristãos em todo o mundo, porque vocês não apenas nos ajudaram com atividades de socorro e abrigos antibombas, alimentos e roupas, apoio moral e moradia, mas também estiveram ao nosso lado durante a guerra. Vocês não foram embora. A ICEJ estava aqui no local representando o mundo cristão”.
A noite foi encerrada com uma mensagem edificante do Presidente do Conselho da ICEJ, Rev. Ingolf Ellßel, que falou sobre nosso relacionamento com Deus, o amor que Ele oferece e as profundas lições que podemos aprender com Israel a esse respeito. Suas palavras tocaram profundamente os delegados, incentivando-os a refletir sobre o amor e a fidelidade inabaláveis de Deus.
No terceiro dia da Envision, os delegados tiveram a oportunidade única de testemunhar em primeira mão as consequências da tragédia de 7 de outubro que abalou a área da fronteira sul de Israel. O grupo viajou para a região de Eshkol, que abrange 60% da fronteira de Israel com Gaza e foi o “marco zero” da maioria das atrocidades de 7 de outubro.
Os delegados foram primeiro ao local do festival de música Nova, que agora é um memorial para as cerca de 364 vidas perdidas no local. O rosto de cada vítima é exibido com um link para suas histórias pessoais on-line. Uma árvore também foi plantada nas proximidades em homenagem a cada vítima.
“Ao ver todos esses rostos jovens, é difícil assimilar tudo”, disse Morton, um delegado do Reino Unido. “É a mesma sensação de Auschwitz. Mas aqui, as árvores continuam crescendo... Há esperança de que a vida continue.”
“É muito doloroso ver tantas pessoas que morreram. Realmente não há palavras para descrever”, refletiu Maria, uma delegada de Dubai. “Mas, ao mesmo tempo, estou sentindo esperança. Houve uma mudança espiritual em Israel em relação a Deus. Ele está agindo. Espero que eu possa trazer mais pessoas aqui para testemunhar isso.”
Além disso, a ICEJ fez uma parceria com a KKL-JNF para plantar
“Estamos lutando, mas não estamos sozinhos nessa tempestade”, acrescentou Ohad Tal, membro do Knesset. “É uma sensação incrível ter nossos aliados conosco, ter pessoas de todo o mundo orando, falando e doando seu tempo, seu dinheiro e seus esforços para estar conosco nesta guerra grande e cruel.”
Durante um momento de perguntas, um pastor nascido no Irã que hoje serve na Inglaterra contou sobre a lavagem cerebral que havia sofrido quando jovem pelo regime iraniano para que odiasse a nação judaica, até que conheceu Yeshua e foi transformado. “Agora estou aqui, ao lado de Israel com um grande coração”, ele proclamou. “Eu amo muito vocês!”
Em seguida, a comitiva da Envision também visitou o Ministério das Relações Exteriores e ouviu o diretor geral Eden Bar Tel falar sobre como as atrocidades de 7 de outubro afetaram Israel. “Cada um de nós mudou radicalmente por dentro”, afirmou ele. “Falando francamente, não somos as mesmas pessoas que éramos há dois anos. Estamos em uma jornada em um nível totalmente novo... Há emoções que não podemos compartilhar com o resto do mundo e esperar que eles se sintam da mesma forma.”
Naquela noite, a conferência ouviu pela primeira vez uma mensagem comovente de Rachel Goldberg, cujo filho Hersh foi feito refém em 7 de outubro e tragicamente assassinado enquanto estava no cativeiro do Hamas. Rachel compartilhou sua história de esperança em meio a uma grande tristeza, inspirando a todos com sua força e fé inabalável.
1.200 tulipas vermelhas em forma de coração e 251 tulipas amarelas em forma de fita em homenagem aos mortos e sequestrados, e nós as encontramos em plena floração durante nossa visita ao local do Nova. Em seguida, a excursão foi ao “cemitério de carros”, onde estão expostos mais de 1.600 veículos queimados em 7 de outubro, muitos dos quais foram incendiados com pessoas ainda presas em seu interior. Cada carro tem sua própria história comovente das pessoas que morreram. “Esse testemunho é importante porque um dia as pessoas dirão que
isso não aconteceu”, disse Vivienne, diretora nacional da ICEJ-África do Sul.
Em seguida, a delegação visitou o complexo escolar da região de Sha’ar HaNegev, onde três grandes abrigos antibombas totalmente equipados, financiados pelas filiais da ICEJ na Austrália, Canadá, Suíça e EUA, foram dedicados a proteger as crianças que estão recebendo aconselhamento sobre traumas.
“Do fundo do nosso coração, agradecemos a ICEJ por entender nossas necessidades, ajudar a realizar nossos sonhos e dar vida a esses abrigos. Esse é um bem inestimável para a nossa comunidade”, disse Maya, do Conselho Regional de Sha’ar HaNegev.
A excursão de um dia culminou em um painel de discussão com líderes comunitários locais cujo foco era a esperança, a cura e o futuro. Rafi, que dirige um centro de incubação de alta tecnologia na região, expressou otimismo: “Não vamos apenas sobreviver, vamos crescer”. Seus comentários poderosos sintetizam a resiliência de muitos na região enquanto reconstroem suas vidas.
A última parada do tour foi o Kibbutz Ruhama, onde foram construídas moradias temporárias para cerca de 60% das famílias evacuadas de Kfar Aza que ainda não podem voltar para casa. A ICEJ forneceu cestas de boas-vindas a todas essas famílias que agora residem no local, enquanto aguardam por aproximadamente um ano a reconstrução de sua comunidade.
Naquela noite, o pastor local Israel Pochtar, de Ashdod, falou sobre suas experiências no dia 7 de outubro de 2023 e desde então. Ele observou como, no dia do massacre, um peso espiritual desceu sobre Israel. Mas quando ele reuniu sua congregação para orar, veio também o consolo do Espírito Santo e começaram a surgir oportunidades para demonstrar amor e apoio aos que estavam com o coração partido e cheio de temor. Ele se lembrou, por exemplo, que se sentou com outras pessoas em um abrigo antibombas, e compartilhou que os cristãos estavam orando por elas.
O evangelista australiano Tim Hall também ministrou naquela noite e contou sobre a conexão especial entre Israel e Austrália devido à Batalha de Berseba, no final de outubro de 1917, que ajudou a preparar
o caminho para o renascimento nacional de Israel. Ele acrescentou que as orações dos cristãos de hoje estão tendo um impacto maior do que imaginamos em Israel.
No último dia da Envision, os delegados enfrentaram uma tempestade de inverno enquanto viajávamos até a fronteira norte, e um lindo arco-íris apareceu ao longo da rota. A viagem de ônibus terminou em Shlomi, cidade que fica bem na fronteira com o Líbano, e que tem sofrido repetidos disparos de foguetes pelo Hezbollah ao longo dos anos. Os delegados ficaram sabendo que a ICEJ havia reformado recentemente 72 abrigos antibombas subterrâneos em Shlomi. Isso faz parte do nosso apoio às comunidades fronteiriças em todo o norte de Israel, que inclui a colocação de abrigos antibombas portáteis, a reforma de abrigos subterrâneos e o fornecimento de dispositivos especiais de comunicação para as equipes locais de segurança e de primeiros socorros.
A delegação foi recebida por Gabi Naaman, o prefeito de Shlomi, que declarou: “Estamos cercados por inimigos cujo único objetivo é nos destruir. Se o que aconteceu no Sul tivesse acontecido aqui, nenhum de vocês poderia nos visitar hoje. Apesar disso, somos um povo que busca a paz... Obrigado por virem a Shlomi e investirem em nossa segurança”.
O grupo também recebeu informações de Tal Hazan, chefe de segurança da cidade. Ele mencionou que a IDF havia descoberto recentemente mais túneis terroristas ao longo da fronteira próxima, sinalizando que os militares israelenses não deveriam ter pressa em deixar o sul do Líbano.
O tour pelo Norte visitou em seguida os escritórios do conselho regional de Mateh Asher, onde a ICEJ também forneceu abrigos antibombas e dispositivos de comunicação. A parada incluiu a dedicação de duas novas ambulâncias doadas ao Magen David Adom pelas filiais suíça e americana da ICEJ. As ambulâncias agora atenderão áreas do norte de Israel.
No encontro, Anne Ayalon, diretora da Christian Friends of MDA,
Um culto especial para encerrar o Envision 2025 foi realizado em Kehilat HaCarmel, no norte de Israel, com adoração em inglês, hebraico e árabe.
observou que “a ICEJ garante que as doações sejam destinadas a causas realmente significativas”.
No final da tarde, o tour da Envision foi até o Monte Carmel, onde um culto de encerramento foi realizado pela congregação Kehilat HaCarmel. Em meio a um belo tempo de adoração em inglês, hebraico e árabe, o grupo se uniu em uma dança alegre e ofereceu orações em vários idiomas.
O pastor cofundador Peter Tsukahira compartilhou uma mensagem sobre Elias e como a visão original de sua igreja era restaurar o altar do Senhor e reunir as pedras vivas—o povo do Senhor—como um só corpo, tanto judeus quanto árabes, como o “Um Novo Homem”. Dani Sayag, pastor sênior da Kehilat HaCarmel, também falou sobre o Novo Homem e como o apóstolo Paulo, em Efésios 2, ensinou que o muro de inimizade entre judeus e gentios foi removido por Cristo.
“A paz com Deus, por meio do Messias, nos dá a capacidade de viver em paz uns com os outros”, assegurou o pastor Sayag.
Tom Craig, coordenador da ICEJ para o Oriente Médio, também falou sobre a visão profética da reconciliação regional prevista na passagem “Isaías 19 Highway””.
Foi uma experiência singular na qual os pastores da Envision puderam ver e vivenciar como Deus está agindo para unir os crentes judeus e árabes em Jesus, mesmo em meio a uma longa e difícil guerra em Israel.
A conferência Envision deste ano, embora realizada em um período de conflito e cessar-fogo frágil em duas frentes, foi marcada por ensinamentos poderosos, adoração e conversas sinceras. Participantes de todo o mundo se reuniram para orar por Israel, aprofundar sua fé e obter novas perspectivas sobre a terra e o povo onde a fé cristã começou
POR MARELINKE VAN DER RIET
Durante a Envision, nossa recente conferência de pastores em Jerusalém, os delegados visitaram as regiões de Eshkol e Sha’ar HaNegev, no sul de Israel, onde ainda puderam ver evidências da devastação deixada pelos massacres de 7 de outubro. No entanto, eles também ouviram histórias de resiliência, esperança e determinação para reconstruir e seguir em frente. Uma dessas histórias se destacou.
Orit é natural de Kfar Aza e contou aos pastores sobre sua vida pacífica no kibutz e seus sonhos de viver harmoniosamente com seus vizinhos próximos em Gaza. No entanto, naquele dia sombrio há dezesseis meses, seu sonho foi destruído.
“Vimos coisas que nossos próprios olhos não podiam acreditar”, compartilhou Orit, observando que 64 membros de Kfar Aza foram mortos e outros 19 foram feitos reféns durante o pogrom de 7 de outubro.
No que ela descreveu como “intervenção divina”, Orit havia passado a noite anterior em Tel Aviv devido a uma estranha sensação de perigo iminente. Felizmente, seus quatro filhos também não estavam em casa naquela noite. No entanto, seu ex-marido, Omer, ainda estava no kibutz e foi morto quando ia abrir a sala onde estavam guardadas as armas do conselho regional. Trinta horas se passariam até que Orit recebesse a notícia devastadora da morte de seu marido.
“Por que isso aconteceu conosco? Porque somos judeus. Fomos ingênuos; achamos que poderíamos viver junto à cerca”, disse Orit. As pessoas me perguntavam: “Como você pode viver assim?” Eu dizia: “Isso é temporário. Um dia poderemos conversar com o povo de Gaza. É o governo deles que é terrorista, não eles’. Mas em 7 de outubro, acordamos para uma realidade diferente. Nas primeiras semanas após 7 de outubro, fui a oito funerais por dia durante duas semanas. Eu conhecia todos eles e quis prestar homenagem a todos.”
“Não podemos seguir no processo de cura enquanto ainda houver reféns em Gaza”, lamentou ela.
Mas mesmo em meio à sua dor persistente, Orit está otimista em relação ao futuro.
Os delegados do Envision 2025 ouvem o testemunho de Orit.
“Não deixaremos que eles vençam”, determinou. “Quero viver bem e voltar para minha casa em Kfar Aza. Queremos reconstruir nossa vida. Quero que meus netos sejam criados como eu fui. Precisamos nos reconstruir de uma forma mais bela do que antes.”
“Pessoas como vocês me dão a esperança de que a maioria das pessoas no mundo é boa, ao contrário daqueles que vieram em 7 de outubro e mataram minha família e meus amigos”, disse ela aos pastores da Envision.
Hoje, Orit está morando em um alojamento temporário no Kibbutz Ruhama, criado para os residentes evacuados de Kfar Aza até que eles possam finalmente voltar para casa em um ano ou mais. Até lá, eles se mantêm unidos como uma comunidade firme para compartilhar força e conforto uns com os outros.
Toda a nação de Israel tem questionado a libertação dos reféns em Gaza a um preço tão alto, a libertação de centenas de terroristas palestinos, muitos deles com sangue nas mãos e o desejo de matar novamente. Muitos argumentos a favor e contra o acordo foram apresentados. Mas esse debate acontece nas comunidades judaicas há séculos. De fato, o mandamento de resgatar prisioneiros tem sido amplamente discutido na literatura haláchica, refletindo a frequência de tais sequestros na história judaica. A posição principal foi articulada por Maimônides, o estudioso sefardita do século 12, que disse: “Não há mandamento maior do que redimir os cativos”. Ele argumentou que “a redenção de cativos tem precedência sobre alimentar os pobres e vesti-los, visto que os cativos estão incluídos entre os famintos, sedentos e nus, correndo o risco de perder suas vidas”. E aquele que desvia os olhos de resgatá-los transgride os mandamentos ‘não endureçam o coração nem fechem a mão’ (Deuteronômio 15:7) e ‘não se levantem contra a vida do seu próximo’ (Levítico 19:16) (...) e anula o mandamento ‘ame cada um o seu próximo como a si mesmo’ (Levítico 19:18) e muitos preceitos semelhantes”. Mas há uma grande exceção, conforme explicado no Talmud. “Não se pede resgate de prisioneiros por mais do que seu valor por causa do Tikkun Olam (para a boa ordem do mundo). Caso contrário, os sequestradores seriam incentivados a continuar sequestrando pessoas porque isso compensa. O debate na tradição judaica gira em torno do equilíbrio entre esses dois princípios
POR DR. MOJMIR KALLUS, VICE-PRESIDENTE DA ICEJ PARA ASSUNTOS INTERNACIONAIS
“Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram [...] o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram”.
Mateus 25:35-36, 40
contraditórios. Quando se deve pagar mais do que o valor justo? Como de costume, a abordagem judaica não oferece uma única resposta oficial. Ela apenas mostra os prós e os contras, e cada um deve decidir por si mesmo. Na Bíblia, há muitas histórias de resgate de reféns. Em Gênesis 14, Abrão resgatou Ló de seus sequestradores. Em 1 Samuel 30, Davi resgatou suas esposas e todo o acampamento dos amalequitas. E no Êxodo do Egito, Deus milagrosamente libertou toda a nação da escravidão.
O acordo atual não é uma vitória militar, e a libertação dos prisioneiros envolve riscos enormes, pois é preciso libertar terroristas experientes que provavelmente atacarão novamente. Mas o dia 7 de outubro foi único e envolve o resgate de centenas de
prisioneiros. Não se trata de pesar o valor de um ou dois indivíduos versus os riscos para a comunidade. Ambos os cursos de ação afetam toda a comunidade. Os reféns também estão correndo sério perigo.
Para os cristãos, o conselho de Maimônides soa semelhante às palavras de Jesus em Mateus 25:35 em diante. Jesus considera cada “prisioneiro” como seus irmãos e irmãs, e aqueles que disputam o destino deles o fazem por Ele.
Oremos pela sociedade israelense enquanto ela lida com esse dilema muito difícil. Peça que todos os reféns voltem para casa em segurança, enquanto o Senhor protege o povo de Israel de mais danos causados por seus implacáveis inimigos.
Sagui Dekel-Chen, refém israelense libertado, e sua esposa se reencontram após 498 dias em cativeiro no Hamas. (credito: Porta-voz das IDF)
POR DAVID PARSONS, VICE-PRESIDENTE SÊNIOR DA ICEJ
Após mais de dezesseis meses de guerra, as comunidades israelenses ao longo da fronteira com Gaza lentamente começam a voltar para suas casas e a planejar o futuro. A International Christian Embassy Jerusalem (Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém) está trabalhando para apoiar essas comunidades devastadas por meio de várias iniciativas de longo alcance destinadas a ajudá-las a se recuperar do trauma de 7 de outubro e a reconstruir suas vidas.
Os moradores desses vilarejos no Negev ocidental sabem que terão de lidar nos próximos anos com o trauma e a destruição infligidos pelo Hamas e estão pedindo ajuda. A ICEJ está respondendo com o apoio a vários projetos de reconstrução e recuperação. Algumas dessas iniciativas são reconstruções completas a partir do zero, enquanto outras envolvem grandes reformas e reaproveitamento de edifícios existentes que sofreram grandes danos em 7 de outubro.
As comunidades que estamos ajudando sabem que precisam atrair seus residentes de volta, não apenas reconstruindo suas casas, mas também reconstruindo suas comunidades inteiras melhor do que antes. Muitas das famílias dessa região passaram por eventos traumáticos em suas próprias casas, e essas lembranças não serão fáceis de superar. Uma chave para esse processo de reconstrução será oferecer uma ampla gama de atividades e serviços comunitários que talvez não
estejam tão prontamente disponíveis em outros locais e, assim, tornar a vida em casa mais atraente do que em qualquer outro lugar de Israel. Nos próximos anos, o governo fornecerá recursos para ajudar na reconstrução de casas particulares, mas cada comunidade precisará encontrar financiamento para restaurar alguns de seus edifícios públicos, verdadeiros centros de sua vida comunitária. Esses são os lugares que podem melhorar a qualidade de vida dos residentes a tal ponto que eles serão atraídos de volta, apesar das más lembranças da invasão do Hamas. Por isso, a ICEJ se comprometeu a ajudar em grandes projetos de reconstrução em várias dessas comunidades próximas à fronteira de Gaza, que foram duramente atingidas. Uma dessas comunidades é Kfar Aza, que foi brutalmente invadida por mais de 300 terroristas armados do Hamas em 7 de outubro. Dos 950 residentes, 62 foram assassinados naquele dia, enquanto outros 18 foram cruelmente sequestrados. A batalha por Kfar Aza durou vários dias, com muitas famílias presas em seus abrigos antibombas e agarradas à esperança de resgate. Aproximadamente metade das casas foi gravemente danificada ou destruída por incêndios e explosões. Em 48 horas, a maioria dos sobreviventes foi evacuada para um hotel em Shefayim, um kibutz vizinho na costa central. Muitos deles foram recentemente transferidos para um alojamento temporário em Ruhama, a cerca de 24 quilômetros de Kfar Aza, onde ficarão até que suas novas casas
estejam prontas.
Devido à destruição física e às tensões mentais de toda essa provação, os moradores de Kfar Aza e de outros vilarejos duramente atingidos nas proximidades precisam de acesso fácil a tratamento de traumas para suas famílias, a fim de terem paz de espírito para retornar. Eles também serão atraídos de volta se os serviços e atividades comunitários estiverem prontamente disponíveis para todos os membros de suas famílias. Assim, a ICEJ está investindo em uma série de grandes projetos de reconstrução, exclusivamente adaptados para melhorar a vida pública nessas comunidades e, assim, oferecer os incentivos necessários para atrair os residentes de volta para casa. Aqui estão as descrições de seis dessas iniciativas de construção e o bem comum que elas trarão para a região da fronteira de Gaza.
CENTRO PARA TRATAMENTO DE TRAUMAS INFANTIS EM KFAR AZA
Há sérias preocupações entre as comunidades da fronteira de Gaza sobre o impacto de curto e longo prazo dos massacres de 7 de outubro em seus filhos. Os planos para revitalizar a vida comunitária em Kfar Aza incluem um centro especial para o tratamento de sintomas de trauma entre as crianças, usando as mais recentes técnicas e equipamentos terapêuticos de ponta.Com a ajuda da ICEJ, um jardim de infância existente será totalmente reformado e reaproveitado para oferecer atendimento de saúde mental a crianças que sofrem de traumas físicos e emocionais. O projeto foi concebido para oferecer um ambiente seguro para que jovens de várias idades aprendam a lidar e superar o estresse e a insegurança que ainda sentem com o ataque terrorista. A equipe do centro também instruirá e capacitará os pais a lidar com as ansiedades persistentes de seus filhos e até de si mesmos.
Renovations will be made to the existing kindergarten.
The interior space of the kindergarten will be renovated and equipped with cutting-edge therapeutic technology to treat trauma.
Esse projeto envolverá a renovação total de um prédio público existente em Kfar Aza para servir como um centro especial com várias formas de musicoterapia para residentes de todas as idades. O complexo permitirá a criatividade e a expressão musical individual, que é reconhecida como uma ferramenta terapêutica eficaz para o alívio e a cura de estresse e traumas extremos. O centro incluirá salas de ensaio, um estúdio de gravação, espaço para oficinas e uma área aberta para apresentações e eventos comunitários. Graças à assistência da ICEJ, o centro também oferecerá uma variedade de instrumentos musicais e sistemas de som de qualidade. Além disso, as apresentações musicais promovidas por esse centro de terapia ajudarão a restaurar o senso de comunidade no kibutz.
A poucos quilômetros dali, o Kibbutz Be’eri também sofreu muito em 7 de outubro. Sempre conhecida por seu espírito pioneiro, a comunidade foi devastada pela infiltração do Hamas. Cerca de 132 membros foram mortos ou sequestrados para Gaza, incluindo 51 residentes idosos. Mais de 120 casas foram destruídas, enquanto as escolas do vilarejo foram impiedosamente queimadas e vandalizadas. Em resposta ao pedido de ajuda do kibutz, a ICEJ se comprometeu a reconstruir do zero um centro de atividades para jovens que foi destruído. Os atiradores do Hamas transformaram o prédio em um centro de resistência em meio à batalha pelo kibutz e, por isso, ele precisou ser bombardeado e nivelado. O terreno já foi liberado e a construção começará em breve para ajudar a restaurar essa parte fundamental do sistema escolar em Be’eri. O centro oferecerá atividades em grupo para jovens que terminam o dia escolar no início da tarde e precisam de supervisão até que os pais voltem para casa do trabalho no final da noite. Isso é bastante comum em Israel, já que ambos os pais trabalham em tempo integral em muitas famílias, e esses centros de atividades para jovens são essenciais para uma vida social estável em todo o país. Isso será ainda mais necessário à medida que o Kibbutz Be’eri é reconstruído e as famílias são convidadas a retornar.
The youth activity center was destroyed by Hamas as they attempted to take over kibbutz Be’eri.
Após as atrocidades cometidas pelo Hamas em 7 de outubro, os idosos residentes no Kibbutz Be’eri enfrentaram muitas dificuldades e precisarão de atenção e cuidados especiais ao voltarem para suas casas. Muitos tiveram dificuldade para se adaptar às estadias temporárias em hotéis que duraram muito mais do que o esperado. A comunidade também tem um número proporcionalmente alto de aposentados, que só deve
aumentar nos próximos anos. Assim, a Embaixada Cristã está ajudando a transformar uma casa de repouso danificada localizada no meio do kibutz em um centro de atividades e tratamento de traumas para idosos. As instalações do Ne’ot Be’eri oferecerão um espaço comum para que os idosos recebam cuidados vitais de saúde mental e desfrutem de eventos culturais e atividades de aprendizado. O centro oferecerá serviços de reabilitação mental e enfermagem, além de atividades de grupo para incentivar a interação social entre os membros idosos de Be’eri.
ESPAÇO DE TERAPIA ANIMAL NO KIBUTZ URIM
Não muito longe dali, a ICEJ já está ajudando o Kibbutz Urim a se recuperar e a prestar assistência a outras pessoas da região, investindo em sua fazenda de terapia animal. Recentemente, doamos três cavalos de terapia para a fazenda e patrocinamos sessões de equitação para dezenas de crianças israelenses da região que precisam urgentemente de tratamento de traumas. A Embaixada Cristã agora está procurando restaurar e expandir o espaço dos animais, iniciado há décadas por um morador de Urim, hoje com 97 anos. Graças ao apoio dos cristãos, o zoológico dilapidado passará por uma grande reforma e ampliação para oferecer atendimento a traumas às crianças da região, que já sofriam há duas décadas com os incessantes ataques de foguetes do Hamas, mesmo antes da invasão terrorista de 7 de outubro. O espaço renovado dos animais contará com muitos animais bonitos e graciosos, que terão espaços confortáveis, além de duas clínicas e áreas para sessões de terapia. Juntamente com o rancho de cavalos de terapia ao lado, esse promete ser um local popular e importante para que as crianças do Negev ocidental reconstruam seu senso de segurança e confiança no mundo ao seu redor.
Mais ao sul, a ICEJ está firmando uma parceria com uma escola agrícola recém-criada, financiando a construção de uma grande sala de aula em uma estufa para seus jovens alunos empreendedores. A escola foi inicialmente lançada pouco depois do dia 7 de outubro para trazer estudantes do ensino médio de todo o Israel para o Negev Ocidental para que ajudassem na colheita em meio aos combates em Gaza. Desde então, a visão se expandiu para incentivar esses alunos a aprender as mais recentes técnicas agrícolas, realizar pesquisas sobre novos métodos agrícolas e, esperamos, se apaixonar pela região e decidir se estabelecer aqui e ajudar a desenvolver a terra. Atualmente, a escola tem 27 alunos na faixa etária do ensino médio, que também recebem educação básica juntamente com seus estudos agrícolas especializados. A Embaixada Cristã concordou em financiar uma nova e enorme estufa que servirá como a principal sala de aula para que os alunos aprendam a cultivar em estufa e se envolvam em suas próprias pesquisas para aumentar a qualidade e a produção das frutas e dos vegetais que cultivam.
Assim como Neemias liderou o povo de Israel na reconstrução das muralhas derrubadas de Jerusalém, é hora de os cristãos ajudarem a reconstruir as comunidades israelenses destruídas ao longo da fronteira de Gaza. De fato, o profeta Isaías previu um tempo em que os gentios tementes a Deus estariam envolvidos em tais esforços, dizendo que “os estrangeiros construirão os seus muros” (Isaías 60:10).
Este é um momento realmente único para a Embaixada Cristã, pois nunca tivemos tantos projetos importantes e simultâneos de construção em andamento. Parte do financiamento para essas iniciativas já veio de cristãos generosos de todo o mundo, mas precisaremos de sua ajuda para concluir esses projetos e, com sorte, passar para os próximos.
A necessidade é grande e temos diante de nós uma oportunidade excepcional de abençoar e consolar o povo de Israel.
Embora o caminho para a cura seja longo e repleto de desafios, essas comunidades apreciam muito o fato de os cristãos estarem ao lado delas em seus momentos de necessidade. Junte-se a nós para ajudálos a começar a retornar e a reconstruir com um olhar esperançoso para o futuro. Você pode fazer parte desse processo de restauração e recuperação apoiando esses projetos vitais de construção.
POR HOWARD FLOWER, DIRETOR DE ALIÁ DA ICEJ
AEmbaixada Cristã Internacional de Jerusalém está se preparando para um ano marcante de Aliá—o incrível retorno dos exilados judeus à sua terra natal ancestral,Israel, em nossos dias. Nossos esforços se intensificarão nas próximas semanas, pois a ICEJ patrocinará voos para 154 imigrantes judeus da França, 100 judeus de países de língua russa e 26 judeus etíopes.
No ano passado, a ICEJ ajudou 3.653 judeus em seu processo de Aliyah e integração em Israel, o que representou 11,3% dos números totais de imigração de 2024. Isso eleva nosso total acumulado para 188.977 judeus assistidos com Aliyah desde a fundação da Embaixada Cristã em 1980.
Apesar da guerra atual, a Jewish Agency For Israel estabeleceu a meta de trazer 300 mil judeus a Israel nos próximos cinco anos. A Embaixada Cristã trabalhará junto com a JAFI para trazer mais famílias judias para casa, pois esperamos aumentar nossa participação nos números gerais da Aliyah. Mas precisamos de sua ajuda para realizar essa visão profética da grande reunião do povo judeu de todo o mundo em nossos dias.
O tema da nossa festa de outubro passado está em sintonia com a atual onda de imigração judaica para Israel. “Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito”, extraído de Zacarias 4:6, nos lembra da mão de Deus por trás do contínuo retorno dos judeus a Eretz Israel. O profeta hebreu Zacarias desempenhou um papel importante no encorajamento do povo judeu durante seu retorno do exílio babilônico no século 6 a.C. As profecias de Zacarias, ricas em visões apocalípticas e conotações messiânicas, ofereciam esperança e garantia da fidelidade divina à aliança de Deus com Israel. Suas palavras e visões proféticas não são relevantes apenas para o período pós-exílio, mas também para os dias atuais, visto que Israel foi restaurado como nação e suas expectativas messiânicas estão aumentando.
No ano passado, o ICEJ ajudou 3.653 judeus em seu processo de Aliyah e integração em Israel, o que representou 11,3% dos números totais de imigração para 2024.
Michael Utterback carrega uma mulher judia durante o projeto “Exobus” assistido pelo ICEJ, onde mais de 35.000 imigrantes judeus chegaram na década de 1990.
O retorno do povo judeu à sua terra natal não é tanto resultado do esforço humano ou de manobras políticas, mas uma obra divina orquestrada por Deus. Essa dimensão sobrenatural da Aliyah é frequentemente negligenciada em discussões seculares, mas continua sendo fundamental para entender o claro significado profético do renascimento de Israel hoje.
Mesmo na época de Zacarias, o retorno dos judeus da Babilônia foi atribuído à intervenção divina. Deus tocou o coração dos reis persas, especialmente Ciro, para permitir e até mesmo incentivar os judeus a retornarem à sua terra natal. Só podemos entender esses eventos históricos quando os vemos por meio de uma lente espiritual. O período que se seguiu à reconstrução do Templo em Jerusalém viu uma renovação espiritual e um reavivamento entre o povo. Zacarias 8:23 também profetiza um tempo futuro de reavivamento global quando “dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Nós vamos com você porque
Em 2014, o ICEJ financiou voos de emergência para trazer centenas de judeus ucranianos em perigo de extinção para Israel.
ouvimos dizer que Deus está com vocês’”. Mesmo o reavivamento que se seguiu ao retorno da Babilônia não se limitou ao povo judeu, mas teve um impacto mais amplo nas nações vizinhas. Isso prefigurava o impacto global que a restauração de Israel teria hoje no cumprimento final da Grande Comissão. A redescoberta moderna da Festa dos Tabernáculos, que havia sido amplamente negligenciada pelo povo judeu por muitos séculos, tornou-se um aspecto fundamental dessa renovação. Neemias 8:17 registra que toda a assembleia dos que haviam retornado do exílio celebrou a Festa de Sucot ou das Cabanas, destacando que ela não era observada dessa maneira desde os dias de Josué. Esse retorno à observância bíblica simbolizava o novo compromisso espiritual de Israel com sua aliança divina com Deus. Assim, o tema bíblico “By My Spirit” (Pelo Meu Espírito) assume um
Um exemplo de uma Sukkah ou cabine vista anualmente durante a Festa dos Tabernáculos.
significado adicional no contexto da Aliyah moderna. O estabelecimento do Estado de Israel em 1948 e as subsequentes ondas de imigração judaica de todo o mundo têm sido frequentemente vistos pela perspectiva das conquistas políticas e militares. No entanto, por trás desses esforços visíveis está uma mão invisível, agindo para cumprir antigas profecias bíblicas.
Portanto, os comentários hebraicos sobre Zacarias enfatizam que as visões do profeta vão muito além de seu contexto imediato, apontando para um tempo futuro em que os judeus seriam reunidos dos quatro cantos da Terra. Essa reunião global, de acordo com Zacarias 10:810, seria tão extensa que não haveria espaço suficiente para todos os retornados. Essa profecia reflete claramente a Aliyah moderna, que tem visto milhões de judeus retornarem a Israel de diversos países e culturas.
O aspecto espiritual da Aliyah moderna é de vital importância. Ele envolve não apenas o retorno físico dos judeus a Israel, mas também um despertar espiritual entre o povo judeu. Zacarias 12:10 fala de um tempo em que Deus derramará “sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas”. Esse reavivamento espiritual é visto como um aspecto integral da restauração de Israel, apontando para um propósito mais profundo além de sua mera realocação geográfica.
Sem dúvida, há um lado sobrenatural na preservação e restauração de Israel ao longo dos milênios. Apesar de séculos de perseguição, dispersão e tentativas de aniquilação, o povo judeu manteve sua identidade e sua conexão com a Terra de Israel. Essa sobrevivência e o eventual retorno desafiam as explicações naturais e são nada menos que o cumprimento das promessas divinas.
Tanto os judeus quanto os cristãos devem reconhecer essa incrível restauração como um trabalho ininterrupto que requer confiança contínua em sua dinâmica espiritual subjacente. Isso exige humildade e dependência do poder de Deus para concluir Sua obra não apenas em Israel, mas também entre as nações.
Vimos que Zacarias conecta diretamente o atual retorno dos judeus a Israel com retornos e avivamentos anteriores, ajudando-nos a ver que tudo isso faz parte de um plano divino que se desenrola ao longo da história. À medida que testemunhamos o cumprimento contínuo das profecias bíblicas nos tempos contemporâneos, somos incentivados a olhar além dos aspectos visíveis da restauração de Israel para reconhecer as forças espirituais invisíveis que realizam os propósitos redentores de Deus para o povo judeu e, por extensão, para todas as nações.
Tudo isso exige que oremos pelo retorno contínuo dos exilados judeus à Terra de Israel. E que oremos sobre o que podemos fazer individualmente para ajudar a concretizá-lo na natureza, enquanto Deus trabalha fielmente para realizar Seus propósitos espirituais finais por meio de Israel e de cristãos dedicados em todo o mundo.
PELA EQUIPE DA ICEJ
“O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos.”
(Provérbios 17:22)
Em meio aos altos e baixos da vida, e especialmente nestes tempos desafiadores de guerra, estamos trabalhando com os residentes do Lar Haifa da ICEJ para sobreviventes do Holocausto oferecendo pequenos oásis—locais de refúgio que proporcionam conforto e cura para o corpo e a alma.
Além da variedade de atividades que já oferecemos, temos o prazer de anunciar a abertura de um salão de beleza em um de nossos quartos vagos no Lar Haifa. A ideia foi parcialmente inspirada por Genia, uma residente querida que faleceu aos 100 anos. Certa vez, ela compartilhou: “Muitas vezes acordo me sentindo deprimida, mas quando me visto, coloco um vestido bonito, arrumo o cabelo e aplico a maquiagem, sempre me sinto muito melhor...”
Vemos, portanto, que a aparência exterior pode ajudar as pessoas a se sentirem melhor em seu interior. Essa nova adição será especialmente benéfica para muitas das mulheres sobreviventes sob nossos cuidados, que foram privadas de tantas coisas na vida quando eram meninas durante o Holocausto. Em nosso novo salão de beleza, os residentes terão acesso a cortes de cabelo profissionais, coloração, bem como um espaço designado para manicure e pedicure, com atenção personalizada em um ambiente relaxante.
Com música suave e uma xícara de chá ou café, o salão de beleza promete ser um retiro tranquilo. Estamos ansiosos para receber nossos residentes nesse novo espaço nas próximas semanas.
À medida que envelhecemos, não são apenas os nossos músculos que precisam ser ativados, mas também o nosso cérebro. Reconhecendo isso, Maria, membro da equipe da ICEJ, começou a dar aulas de hebraico no Lar para nossos residentes que falam russo. O sucesso dessas aulas pode ser visto à medida que os alunos se formam em níveis avançados. A turma mais recente é composta por cinco residentes que falam russo. A aluna mais velha da turma é Svetlana, que fugiu de sua cidade natal na Ucrânia devastada pela guerra aos 89 anos de idade. Hoje com 91 anos, Svetlana ainda tem um forte desejo de aprender hebraico, o idioma de sua nova terra natal. A maioria de seus colegas de classe está na faixa dos 80 anos, e todos demonstram uma grande disposição para enfrentar novos desafios, independentemente da idade. Esses residentes sempre nos inspiraram.
NUNCA
No Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, em 27 de janeiro, o Lar Haifa organizou uma reunião para comemorar o 80º aniversário da libertação de Auschwitz. Duas de nossas residentes que sobreviveram ao campo de extermínio de Auschwitz - Miriam (103), nascida na Polônia, e Judith (96), nascida na Hungria - acenderam a chama em memória de todos os que morreram.
Essa cerimônia contou com a presença de cônsules de vários países, bem como de dignitários israelenses, incluindo o Ministro da Energia, Eli Cohen.
O vice-presidente sênior da ICEJ, David Parsons, fez um discurso poderoso, concluindo: “Muitos cristãos hoje sentem que têm um forte dever moral de confrontar os inimigos da nação e do povo judaico. Vocês não estão sozinhos nessa batalha. Mais cristãos do que nunca estão ao seu lado. E
Cinco residentes que falam russo estão embarcando na jornada de aprender hebraico na nova classe de hebraico.
juntos prevaleceremos!”
Há 18 anos, quando a ICEJ começou a dar mais prioridade à ajuda aos sobreviventes do Holocausto, havia cerca de 250.000 sobreviventes em Israel. De acordo com um relatório recente do governo, o número atual de sobreviventes do Holocausto em Israel é de 123.715. Isso inclui 41.751 indivíduos que sobreviveram à perseguição nazista e 44.334 que fugiram do avanço das forças nazistas, principalmente da antiga União Soviética. Outros 37.630 sobreviventes foram vítimas do antissemitismo durante a guerra, mas estavam fora da Europa - são principalmente judeus que viviam sob o regime francês de Vichy no Marrocos e na Argélia, bem como judeus iraquianos.
• 63% dos sobreviventes atuais em Israel são mulheres.
• 37% nasceram na antiga União Soviética, 17% no Marrocos e 11% no Iraque.
• 1/3 dos sobreviventes restantes chegaram a Israel entre 1948 e 1951.
• A maior concentração de sobreviventes está em Haifa, com 8.359 residentes, seguida por Jerusalém, com 7.890, e Tel Aviv, com 6.177.
Os voluntários Gabriela e Daniel Hess, da Suíça, com a sobrevivente Sonja.
Os residentes examinam novos tesouros em uma pequena venda de garagem.
Uma das coisas que apreciamos muito no Lar Haifa é receber voluntários temporários de todo o mundo. A presença deles eleva o ânimo dos sobreviventes e oferece um apoio valioso à nossa equipe. Somos especialmente gratos pelo fato de Gabriela e Daniel Hess, da Suíça, terem se juntado a nós por três meses, e eles quiseram compartilhar suas impressões. “Nosso trabalho voluntário de três meses no Lar para sobreviventes do Holocausto em Haifa já começou e, em apenas alguns dias, já obtivemos informações valiosas sobre o importante trabalho da ICEJ”, disseram eles. “Ficamos particularmente impressionados com o grande comprometimento de toda a equipe. Seu objetivo é transmitir alegria e amor, e é possível sentir isso em cada encontro. Cada indivíduo coloca seu coração, alma e paixão em seu trabalho, sempre com um interesse genuíno pelas pessoas. A equipe é simplesmente fantástica!”
“A celebração está presente na própria estrutura da vida cotidiana aqui, pois é uma expressão de apreço e alegria de viver”, acrescentaram Gabriela e Daniel. “Os residentes, cada um com sua própria história, vivenciam o amor, o respeito e um profundo senso de comunidade. É isso que torna este lugar realmente excepcional. Temos a honra de fazer parte dessa equipe maravilhosa nas próximas semanas e de contribuir com nossos talentos para esse ministério especial.”
Nosso trabalho é diversificado e contribui para o bem-estar dos residentes de várias maneiras. A terapia artística oferece espaço para a expressão criativa e o processamento emocional. A fisioterapia alivia o desconforto
e traz nova energia por meio do movimento. Nas aulas de idiomas, até mesmo os residentes mais velhos aprendem novas línguas com paciência e curiosidade. Além disso, uma enfermeira faz visitas regulares para garantir a saúde e o bem-estar de todos os residentes.
No Lar Haifa, reúnem-se pessoas de uma mistura vibrante de culturas, criando uma atmosfera dinâmica em que a sensibilidade e a paciência são essenciais para a compreensão mútua. Um ponto forte do Lar Haifa é a coordenadora Yudit Setz. Ela é uma verdadeira construtora de pontes, com muito amor e disposição para ouvir.
Um momento inesquecível que realmente tocou nossos corações recentemente foi um tratamento calmante com parafina para as mãos compartilhado com dois residentesuma pausa relaxante e restauradora que todos nós apreciamos profundamente. Mas a empolgação não parou por aí. Depois de limpar um dos apartamentos, montamos um pequeno mercado para os residentes. O ambiente foi tomado de risadas e danças, e as bolsas, cadeiras de rodas e andadores ficaram cheios de novos tesouros.
Gostaríamos de contar com seu apoio contínuo para cuidarmos desses preciosos sobreviventes da crueldade nazista.
POR PAUL COULTER, DIRETOR NACIONAL DA ICEJ-IRLANDA
AICEJ-Irlanda realizou em fevereirosua segunda conferência nacional anual em Dublin, com a presença de mais de 300 pessoas, o dobro do ano passado. Fundado há apenas 12 meses, oficialmente como uma filial independente, o escritório irlandês teve um crescimento significativo que desmente a narrativa de que a Irlanda é um país antissemita. Os delegados viajaram dos quatro cantos da Irlanda para declarar seu amor pelo Deus de Israel e pela nação e pelo povo judaico.
Entre os palestrantes estavam o vice-presidente sênior da ICEJ, David Parsons, de Jerusalém, bem como o Dr. Paul e Nuala O’Higgins, que viajaram da Flórida especificamente para a conferência. Os delegados entusiasmados também receberam calorosamente Maurice Cohen, presidente do Jewish Representative
Council of Ireland. Cohen falou sobre as dificuldades atuais enfrentadas por Israel e pela comunidade judaica local em relação à posição estridente anti-Israel do governo irlandês. Em nome da comunidade judaica da Irlanda, ele expressou seu apreço pelo forte apoio dos cristãos irlandeses e seu desejo de trabalhar mais estreitamente conosco.
A conferência também lançou a “Declaração de Dublin”, um documento dos líderes e representantes cristãos irlandeses às duas Câmaras do Parlamento afirmando o direito legal, bíblico e inalienável do povo judeu à sua antiga terra natal, Israel. O decreto também rejeitou as acusações de que Israel é um estado de apartheid ou que está cometendo genocídio em Gaza. Ele foi assinado pelos delegados da conferência e, no devido tempo, será formalmente apresentado ao Parlamento irlandês como uma expressão do apoio cristão irlandês à nação de Israel.
Na conferência também declarou-se que a Irlanda tem orgulho do seu legado de sionistas cristãos, que incluem o neto do empresário e cervejeiro conhecido internacionalmente , Arthur Guinness. O prêmio Henry Grattan Guinness Award foi criado para homenagear
PELO REV. MOISÉS DE PRADA, DIRETOR NACIONAL DA ICEJ-CUBA
É incrível ver como o Evangelho está crescendo nesse país ateu. Aqui em Cuba, os cristãos têm sido frequentemente confundidos pelo antissemitismo do governo, que continuamente faz declarações contra Israel. Como consequência, nos últimos anos, muitas igrejas têm atuado ativamente para ensinar aos cristãos que devemos amar e abençoar o povo judeu, pois Deus ainda tem uma aliança perpétua com eles. Posso testemunhar essa mudança de atitude como Superintendente Geral das Assembleias de Deus e Presidente Nacional da Aliança de Igrejas Evangélicas em Cuba. Sinto que agora estamos passando por um reavivamento. Graças a Deus, cristãos de muitas denominações estão despertando em relação a Israel. Eles vêm e me perguntam: “Como podemos abençoar Israel?” ou “O que podemos fazer por eles?” Aproveitando o momento, a ICEJCuba tem trabalhado diligentemente com várias igrejas, realizando reuniões para incentivar o apoio a Israel. Atualmente, várias de nossas
uma vida de conquistas na construção do apoio cristão irlandês a Israel e ao povo judeu. O primeiro prêmio foi concedido a Paul e Nuala O’Higgins em reconhecimento ao seu trabalho de promover o apoio a Israel na Irlanda e levar excursões à Terra Santa nos últimos 50 anos. Vários preletores expressaram decepção com
o fechamento da Embaixada de Israel em Dublin, mas apoiaram totalmente o ato como uma resposta apropriada às declarações e ações antissemitas do governo irlandês desde 7 de outubro de 2023. Como diretor nacional da ICEJ-Irlanda, expressei minha clara convicção de que as ações hostis do governo irlandês no último ano são claramente antissemitas e demonstram que a Irlanda não é um parceiro leal nas relações diplomáticas com Israel. No entanto, estamos confiantes de que, com ou sem o apoio da Irlanda, Israel continuará a prosperar e a cumprir seu destino como uma luz para as nações.
igrejas já estão envolvidas na bênção a Israel. Seus pastores lideram orações, falam sobre o que Israel é para Deus e para nós e levantam ofertas para serem enviadas à Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém. No momento, estamos trabalhando com as oito maiores denominações do país, mas, na verdade, recebemos solicitações de outras 14 denominações que querem se unir ao movimento pró-Israel. Nossa meta atual é organizar um grande evento com o maior número possível de igrejas na capital Havana. Na verdade, o movimento está crescendo exponencialmente e estamos trabalhando para difundi-lo por toda a nação cubana.
POR CLAUDIA FIERRO, COORDENADORA DE IDIOMAS DA ICEJ
Em dezembro, a ICEJ-Peru teve a honra de receber o Sr. Eran Yuvan, Embaixador de Israel, em uma reunião que organizamos em Arequipa. Esse evento significativo ajudou a fortalecer os laços entre Israel, as igrejas cristãs e as autoridades locais.
A ICEJ-Peru cooperou com a União de Pastores de Arequipa para reunir líderes de igrejas de várias denominações, todos unidos por um propósito comum e pelo desejo de abençoar Israel. Durante a reunião, o Embaixador Yuvan enfatizou o relacionamento vital entre Israel e os cristãos, expressando gratidão pelo apoio inabalável demonstrado por meio da mídia social, de mensagens nas congregações e das orações contínuas. Em resposta, os pastores reafirmaram seu compromisso com a unidade e a solidariedade a Israel.
Mais tarde naquele dia, mais de 200 cristãos participaram do United
O representante da ICEJ-Peru, Pastor Cesar Folgar e sua esposa Marisol Bautista, com o embaixador israelense Eran Yuvan.
in Prayer for Israel (Unidos em Oração por Israel), um evento poderoso dedicado à intercessão pela paz em Israel e pelo bem-estar do embaixador e de sua família. Profundamente emocionado com o extraordinário apoio, o embaixador Yuvan expressou sua sincera gratidão, reconhecendo o profundo impacto dessas orações.
No dia seguinte, o embaixador foi calorosamente recebido pelo prefeito Víctor Rivera Chávez na Prefeitura Provincial de Arequipa. Durante a reunião, foram discutidos possíveis projetos de cooperação e áreas de interesse mútuo, reforçando a amizade e a colaboração entre Peru e Israel.
Essa visita destacou os fortes laços entre Israel e os cristãos de Arequipa, e ressaltou o compromisso inabalável da ICEJ-Peru em apoiar e defender Israel, especialmente nesses tempos desafiadores.
Oração pelo embaixador de Israel Eran Yuvan.
A União de Pastores de Arequipa expressa seu apoio a Israel.
POR ROBERT BAXTER, DIRETOR NACIONAL DA ICEJ-FRANÇA
No início de 2025, a filial francesa da ICEJ sediada em Paris foi para a Bretanha para um seminário de um dia sobre “O Deus de Israel e a Igreja”. O encontro, realizado em meados de janeiro, contou com a participação de cristãos de várias denominações e ocorreu na cidade de Taulé, localizada na região de Léon. A visão para o dia foi iniciada por Martin e Marie-José Bonan, e as pessoas vieram de toda a Bretanha para aprender mais sobre o plano de Deus para Israel. Minha esposa Kathryn e eu apresentamos o trabalho da ICEJ, ensinamos sobre o sionismo bíblico e incentivamos o apoio a Israel. O evento foi um grande sucesso, pois os participantes estavam muito entusiasmados. Estamos ansiosos para realizar mais eventos desse tipo em outras regiões da França. Há alguns anos, o Senhor colocou em meu coração a ideia de levar os crentes franceses a Israel para se encontrarem com Deus e
com o povo do país, e esse momento chegou. No início de março, Kathryn e eu levaremos nosso primeiro grupo de 20 pessoas em uma viagem a Israel. O tema é “Descobrindo os tesouros da Primeira Aliança”. Também queremos convidar nossos colegas europeus a participarem da conferência anual da ICEJFrança, de 14 a 16 de março, na cidade de Mâcon. Toda a nossa equipe estará lá, e esperamos
ansiosamente pelo ministério de nossos principais convidados, Jacob e Hennie Keegstra, diretores nacionais da ICEJ-Holanda. Jacob é um anfitrião regular do Global Prayer Gathering (Encontro Global de Oração) da ICEJ, e sua esposa Hennie trabalhou na equipe da Embaixada Cristã em Jerusalém por dez anos. Eles compartilharão seu testemunho e seu profundo conhecimento da Palavra de Deus. O objetivo da nossa reunião anual não é apenas contar todas as maravilhas que Deus fez durante o ano passado, mas também definir uma estratégia para o nosso futuro na França. Nosso país, e especialmente nossos jovens, precisam ouvir uma forte mensagem bíblica sobre Israel.
Se você estiver interessado no que Deus está fazendo na França, entre em contato conosco diretamente pelo e-mail infos@icej-france.fr ou participe de nossos eventos on-line.
POR MAXINE CARLILL
Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, sessenta e oito sobreviventes do Holocausto fizeram Aliyah para Israel. Quarenta e quatro deles vieram da antiga União Soviética. A idade média dos 123.715 sobreviventes do Holocausto que vivem em Israel é de 88 anos, enquanto 257 sobreviventes têm mais de 100 anos. Para muitos sobreviventes, o período sombrio da Segunda Guerra Mundial é revivido novamente como lembranças de dor e medo, que tendem a ressurgir em consequência à guerra atual. Alguns desses sobreviventes são visitados regularmente pela equipe de Homecare da ICEJ e, ao longo dos anos, amizades preciosas foram construídas com esses queridos judeus idosos. Luba é uma delas. Vamos levá-lo a uma visita recente a essa senhora de 98 anos, pequena e elegantemente vestida, a quem ajudamos sempre que ela precisou. Caminhamos por um bairro judeu ortodoxo bastante pobre até seu pequeno apartamento de um cômodo em um prédio de apartamentos alto e de aparência desgastada. Quando tocamos a campainha, ela demorou a abrir a porta, devido à sua perda auditiva. Mas abriu a porta com um sorriso feliz e uma recepção calorosa.
Para Luba, a vida se tornou mais desafiadora quando seu único filho e esposa faleceram há alguns anos, um logo após o outro. Embora ela tenha contato com os netos e uma sobrinha, eles moram no exterior e, às vezes, ela diz com tristeza: “Muitas vezes me sinto muito só, especialmente nas noites longas. Gostaria que você pudesse vir mais vezes”.
alimento básico que eles sobreviveram à longa e assustadora viagem. Enquanto contava sua história de fuga, Luba pegou uma faca e mostrou cuidadosamente o pedaço de manteiga que lhe era permitido colocar em seu pedaço de pão. Era quase nada. Ela revelou que, embora estivesse fugindo por ser judia, mal sabia o que isso significava. Foi somente no trem que ela encontrou judeus ortodoxos pela primeira vez. Após a guerra, ela encontrou seu caminho na vida, casou-se, teve um filho e trabalhou duro na Bielorrússia comunista antes de ir com seu filho para Israel.
A história que Luba compartilhou sobre o pão e a manteiga que se tornaram sua comida favorita durante toda a vida veio de um lugar escondido em seu coração. Daqueles tempos sombrios, essa é a sua principal lembrança. Aquilo que lhe deu alegria—o pão com manteiga— permaneceu com Luba durante toda a sua vida. Luba valoriza a vida e, embora tenha sofrido perdas e o horror da Segunda Guerra Mundial, ela ainda se apega ao que é bom, o que lhe dá esperança. Há um lugar escondido em seu coração para uma doce lembrança em meio a circunstâncias difíceis.
Em sua pequena porém aconchegante cozinha, as xícaras de chá estavam prontas para serem enchidas. Com frequência, ela prepara “blinciki”, uma especialidade do Leste Europeu. É uma massa enrolada recheada com queijo e servida com creme azedo. No entanto quando lhe perguntamos qual era sua comida favorita, ela disse com entusiasmo: “Pão com manteiga”.
Esse alimento tão comum lhe traz as lembranças de como escapou da ameaça da Alemanha nazista de trem com sua família—uma viagem que essa jovem de 15 anos suportou por meses. Em cada parada, sua mãe e outros passageiros saíam do trem para procurar comida. Todos os itens valiosos que levavam consigo eram gradualmente trocados por alimentos. Sua mãe conseguiu comprar pão e manteiga, e foi com esse
Nós nos sentimos privilegiados por fazer parte da vida de Luba. Depois que o chá terminou e todas as outras coisas foram ditas e feitas, nós nos despedimos dela e voltamos para o sol da primavera. Ficamos surpresos com a beleza da natureza ao ver uma amendoeira em flor do lado de fora do edifício onde ela mora. Esse foi um belo lembrete das estações da vida. A amendoeira é a primeira árvore a florescer e anuncia que o inverno logo terminará, permitindo o início de uma nova vida. Assim como na história de Luba, das cinzas do Holocausto surgiu a vida e uma nova esperança. Depois de passar algum tempo entre esses incríveis sobreviventes, sabemos que, embora o governo esteja fazendo o melhor que pode, muitos tem dificuldades para sobreviver.
Obrigado por apoiar o programa de assistência domiciliar da ICEJ. O cuidado e o conforto oferecidos a esses imigrantes judeus idosos significam muito para eles. Você pode fazer sua doação hoje em: help.icej.org/homecare