A n u a l
2 0 12
sempre
R e l at รณ r i o
C o r p o r a รง รฃ o
Abertos a mudanรงas I n t e r a m e r i c a n a
d e
I n v e s t i m e n t o s
Destaques financeiros Exercício encerrado em 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
2010
2009
2008
Demonstração do resultado Total das receitas
63.359
55.527
60.290
63.313
83.423
Total das receitas, descontadas as despesas de juros
46.186
41.545
41.326
41.790
52.824
Total das despesas operacionais
40.200
33.090
28.686
25.876
24.732
5.560
10.305
12.447
5.211
13.913
Empréstimos e participações societárias, líquido
1.040.902
975.383
817.402
823.317
878.726
Total do ativo
1.814.513
1.482.864
1.426.588
1.423.983
1.507.044
Captações e dívidas de longo prazo
969.358
658.504
634.118
645.556
733.817
Patrimônio líquido
778.580
777.746
773.051
758.879
744.249
Retorno sobre o ativo médio
0,3%
0,7%
0,9%
0,4%
1,0%
Retorno sobre o patrimônio líquido médio
0,7%
1,3%
1,6%
0,7%
1,9%
Endividamento/patrimônio líquido
125%
85%
82%
85%
99%
Patrimônio líquido/ativo
43%
52%
54%
53%
49%
Liquidez/total do ativo
42%
33%
42%
41%
40%
Despesa administrativa/ativo médio relacionado ao desenvolvimento
3,8%
3,5%
3,2%
2,8%
2,8%
Resultado Balanço patrimonial
Índices
Destaques operacionais Exercício encerrado em 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
2010
2009
2008
Aprovações Número de projetos
73
71
49
40
64
Número de países
16
18
15
17
18
Volume de aprovações
378.930
464.681
374.775
300.810
300.548
Mobilização de recursos
384.400
471.637
536.000
283.000
300.600
Volume de desembolso
371.599
442.703
349.970
141.800
263.200
Volume de mobilização
324.191
547.814
287.606
63.000
187.718
222
209
210
203
201
1.088.316
1.020.349
873.938
889.794
933.850
47.414
44.966
56.536
66.477
55.124
Desembolsos
Carteira de investimentos Número de projetos Carteira de ativos relacionados ao desenvolvimento em aberto Provisão para perdas Ativos com redução do valor recuperável Cobertura de ativos com redução do valor recuperável Porcentagem de empréstimos inadimplidos
10.557
9.892
35.097
31.160
1.092
437,12%
454,54%
161,09%
213,34%
5.046,47%
0,7%
1,6%
3,0%
0,65%
0,56%
9.335.269
4.417.100
5.201.131
3.288.405
2.348.020
236
204
351
150
96
1.511
1.725
986
770
349
Assistência técnica Aprovações de doadores Número de atividades de assistência técnica realizadas Beneficiários
2
Alemanha Ar g e n t i n a Áustria
44
países membros
Bahamas B a rb a d o s Bélgica Belize Bolívia Brasil Chile Colômbia
A CII, instituição membro do Grupo do
C o s ta R i ca D i n a m a rc a
Banco Interamericano de Desenvolvimento
E l S a lva d o r
(BID), promove o desenvolvimento do setor
Equador
privado na América Latina e no Caribe,
Espanha
com atenção especial às pequenas e
E s ta d o s U n i d o s da A m é r i ca Finlândia
médias empresas (PMEs). Ajudamos as
França
empresas a racionalizar seus processos de
G uate m a l a
gestão e oferecemos a elas financiamento
Guiana
na forma de investimentos de capital,
Haiti Honduras
empréstimos e garantias. Ao longo de
Israel
nossa história, direta e indiretamente
Itá li a
financiamos mais de 1,6 milhão de
Jamaica
empréstimos e subempréstimos a PMEs
Japão México
na América Latina e no Caribe. Para mais
N i c a rá g u a
informações sobre a CII, visite www.iic.org.
Noruega Países Baixos
1,6
Panamá Paraguai Peru
milhão
empréstimos e subempréstimos a PMEs
Portugal República da Coreia República Dominicana República Popular da China Suécia Suíça Suriname Tr i n i d a d e T o b a g o Ur u g u a i Venezuela
S u m ár i o
C a r ta d e e n v i o
4
C a r ta d o G e r e n t e G e r a l
4
A e s t r at é g i a d a C II
O trabalho realizado em 2012 para alcançar as metas estratégicas obteve resultados extremamente positivos
6
Pr o d u t o s f i n a n c e i r o s
A CII oferece uma ampla gama de produtos e serviços financeiros destinados a promover o desenvolvimento do setor privado na América Latina e no Caribe
7
Pr o g r a m a s d e a s s i s t ê n c i a t é c n i c a
Os doadores da CII apoiam os programas de assistência técnica
A C II e m s í n t e s e
Resultados operacionais, financeiros e no desenvolvimento em 2012
R e s u m o d e 2 0 12
Uma recapitulação dos projetos aprovados no ano
19 23
33
I n i c i at i v a s d e G o v e r n a n ç a c o r p o r at i v a
A CII estimula a boa governança corporativa
Gove r nan ça in stitu cional
Um panorama da organização interna da CII
38
40
D e m o n s t r a ç õ e s f i n a n c e i r a s a u d i ta d a s
2
44
Abertos a mudanças
sempre
A nossa força vem, acima de tudo, da nossa capacidade para enfrentar as mudanças, e isso é crucial para que a nossa missão seja pertinente. O setor das PMEs apresenta grandes desafios, pois essas empresas costumam ser muito vulneráveis, ainda mais quando operam em meio a uma economia mundial turbulenta. Precisamos ser flexíveis e saber nos adaptar para poder ajudá-las.
3
Luis Alberto Moreno Presidente da Diretoria Executiva
Carta de envio
Carta do Gerente Geral
17 de março de 2013
Abertos a mudanças
Presidente da Assembleia de Governadores
A história é feita de contrastes. Em 27 de fevereiro
Corporação Interamericana de Investimentos
de 2012, no mesmo dia em que o Parlamento alemão
Washington, D.C.
aprovava um segundo pacote de resgate para a Grécia,
Senhor Presidente, Segundo as disposições da Seção 9(a) do Artigo IV do
a Fitch Ratings informava ao mundo que havia atribuído à CII a nota de crédito “AAA”, reflexo da força inerente à nossa instituição.
Convênio Constitutivo da Corporação Interamericana de
Na verdade, as agências internacionais de
Investimentos, tenho o prazer de apresentar o Relatório
classificação de créditos vinham reconhecendo a
Anual de 2012 da Corporação e suas demonstrações
solidez da CII já antes dessa data. Em 2012, nossa
financeiras auditadas, inclusive o balanço patrimonial em
instituição manteve níveis sólidos de capitalização
31 de dezembro de 2012 e 2011 e as demonstrações do
e liquidez, continuou a ser rentável e tomou
resultado, perdas abrangentes, mutações no patrimônio
as providências necessárias para que os seus
líquido e fluxos de caixa correspondentes, referentes aos
mecanismos de financiamento continuassem a ser
exercícios encerrados naquelas datas.
diversificados e proativos.
O relatório resume as principais realizações da
Estamos prestes a alcançar muitas das metas
Corporação e os fatos mais destacados ocorridos ao
de crescimento e produtividade definidas em nosso
longo do ano.
plano operacional para 2011–2013, mesmo faltando um ano para sua conclusão. Os nossos projetos estão
Atenciosamente,
beneficiando um número cada vez maior de pequenas e médias empresas, porém não nos descuidamos da expansão para as de maior porte. Neste ano, as operações aprovadas para as menores economías da região representam 60% do total — 11 pontos
Luis Alberto Moreno
percentuais a mais do que em 2010 (o encerramento
Presidente
do ciclo do nosso mais recente plano operacional).
Diretoria Executiva
Crescemos como uma instituição voltada para o
Corporação Interamericana de Investimentos
financiamento de projetos de alto impacto sobre o desenvolvimento sustentável, o que é comprovado pelo número cada vez maior de projetos de energia limpa e infraestrutura apoiados pela CII.
4
Por mais de dez anos, vimos formulando estratégias coerentes, em sintonia com as necessidades das
Jacques Rogozinski Gerente Geral
PMEs e com a evolução do mercado.
Mas essa força não se acumula da noite para o dia.
fomenta o lançamento de produtos e serviços inovadores
Se 2012 marcou a consolidação das bases de uma nova
destinados a empresas criativas e responsáveis e inclui
fase de crescimento da CII, isso ocorreu porque demos
a retomada de nossos investimentos em participações
continuidade aos esforços de 2011 e dos anos anteriores.
societárias. A CII está firmando constantemente novas
Em 2011, os desembolsos alcançaram a cifra simbólica de
alianças destinadas a fortalecer a competitividade do
US$ 1 bilhão. Direta e indiretamente, financiamos mais de
setor privado da América Latina e do Caribe.
1,6 milhão de empréstimos e subempréstimos e nossos
Haverá quem discorde, em maior ou menor medida,
recursos beneficiaram centenas de milhares de empresas.
dessas estratégias, o que é salutar. Contudo, uma coisa é
Mais de 5.000 delas receberam capacitação por intermédio
indiscutível: o que a CII construiu ao longo dos anos jamais
do FINPYME, nossa iniciativa agregadora de valor.
teria sido possível sem a determinação, o capital intelectual
Mesmo em meio à crise econômica que continua a abalar o mundo, a força e a prosperidade demonstradas pela CII são um testemunho da nossa prudência e
e a capacidade de cada um dos seus profissionais e o apoio resoluto da Diretoria Executiva. Como esta é a minha última carta como gerente geral
determinação para buscar metas sem pôr em risco a
da CII, meu desejo é que minhas últimas palavras sejam
sustentabilidade. Essa estratégia é resultado de uma
de agradecimento a todos os membros, presentes e
conclusão a que se chegou há um bom tempo: a única
passados, de nossa instituição por suas contribuições
constante é a mudança. Por mais de dez anos, vimos
durante minha gestão. Promover o desenvolvimento
formulando estratégias coerentes, em sintonia com as
sustentável do setor privado da região — e, assim, ajudar a
necessidades das PMEs e com a evolução do mercado. O
abrir as portas para uma vida melhor para todos — é uma
desenvolvimento não é feito de devaneios nem de retórica:
tarefa que só pode ser cumprida por grandes pessoas.
ele é um esforço dinâmico para superar as dificuldades
Muito obrigado pelo comprometimento de todos vocês.
do presente e antever os cenários do futuro. Exige ação constante, alinhada com as necessidades e capacidades
E, para encerrar, isto não é um adeus, mas sim um até breve, até a próxima.
do setor privado de cada país. Portanto, continuar a enfrentar os desafios da atualidade e, ao mesmo tempo, manter uma visão de longo prazo, é o melhor caminho para as economias da América Latina e do Caribe — e para a própria CII. A CII trabalhou sistematicamente para construir uma
Jacques Rogozinski
cultura horizontal, inovadora e transparente que facilite
Gerente Geral
a troca de informações. Nosso modelo de negócios
Dezembro de 2012
5
A estratégia da CII Crescimento e produtividade A CII tem como mandato promover o desenvolvimento
abrangido pelo plano operacional. A CII continua a ser
econômico da América Latina e do Caribe por meio do
uma instituição bastante líquida, com uma cobertura
apoio às pequenas e médias empresas. Há quase 25 anos,
operacional de até 26 meses, acima do limite previsto
ela vem oferecendo ao setor privado crédito, participações
de 18 a 24 meses. A vida média da sua carteira é de
societárias, garantias, empréstimos em moeda local e
2,7 anos, frente a 2,5 anos em 2010.
outros instrumentos financeiros no intuito de maximizar
manutenção da estratégia 1 + 1 = 3. A CII ampliou e
do seu mandato. Nesse processo, a CII seguiu sempre
continuará a ampliar seus programas de adicionalidade
a estratégia de assegurar a viabilidade financeira e a
e assistência técnica FINPYME, atingindo ainda mais
sustentabilidade das suas operações no longo prazo.
PMEs que necessitem financiamento e expandindo seu
Em 2011, a CII lançou seu plano operacional para
modelo de operações em moeda local. Um novo modelo
2011-2013 — simbolizado pela fórmula 1 + 1 = 3 —, no
para atingir clientes de maior porte também permitirá à
qual se propõe a manter taxas elevadas de crescimento
CII sustentar a taxa de crescimento planejada, de modo a
e produtividade, atingindo um número cada vez maior de
atingir no próximo ano o objetivo de 25%.
PMEs na região.
A produtividade da CII já foi bem estabelecida
Em 2012, o trabalho realizado para atingir as metas
nos últimos anos. A Corporação mantém sua meta
estratégicas gerou resultados bastante positivos. A
de atingir um total de 80 projetos aprovados por ano
contribuição para o desenvolvimento, medida pelo Sistema
até 2013 reduzindo, simultaneamente, suas despesas
de Pontuação da Contribuição ao Desenvolvimento e da
operacionais. A meta — um aumento de 12,5% na
Adicionalidade (DIAS), foi mais do que satisfatória (consulte
produtividade — exige o aprimoramento do novo modelo
a seção Resultados no desenvolvimento). O retorno médio
de recursos humanos, melhorias significativas nos
sobre o capital — um indicador da sustentabilidade
processos e sistemas existentes e negociação de acordos
financeira — foi de 0,71%. As PMEs representaram 78%
de serviço com outros membros do Grupo BID, visando
da carteira ativa bruta de empréstimos e participações
reforçar a competitividade da instituição.
societárias (GLEO, na sigla em inglês), número compatível
Ao fomentar o desenvolvimento sustentável, a CII
com a meta de 85% definida para o final de 2013. Por sua
está mais bem posicionada para transferir know-how
vez, a participação das PMEs na carteira em aberto é de
aos seus clientes, aliados, parceiros e, de modo geral,
82%, frente à meta de 75% prevista no plano operacional
ao setor privado da América Latina e do Caribe. A
para o final de 2013.
conquista desses resultados será a prova definitiva da
Esses resultados são alentadores. O crescimento,
capacidade, flexibilidade e produtividade da instituição.
um dos pilares da fórmula 1 + 1 = 3, está no patamar
A força obtida nos últimos anos é o ponto de partida e a
de 23,3%, próximo à meta de 25% fixada para o triênio
meta desse processo.
Uma estratégia que funciona Em 2011, a CII lançou seu plano operacional para 2011-2013 — simbolizado pela fórmula 1 + 1 = 3 —, no qual se propõe a manter taxas elevadas de crescimento e produtividade, atingindo um número cada vez maior de PMEs na região.
6
A continuidade desses resultados depende da
seu impacto sobre o desenvolvimento, pedra fundamental
1+1=3
Pr o d u t o s
f i n a n c e i r o s
Produtos financeiros
77
Pr o d u t o s
f i n a n c e i r o s
Projetos com empresas
US$ 88,2 milhões para empresas de grande porte.
O objetivo da CII é claro: destinar 85% da sua carteira em
Além disso, aumentou seus empréstimos no programa
aberto ao apoio às pequenas e médias empresas. Esse objetivo é atingido emprestando diretamente às empresas, fornecendo recursos a instituições de crédito que ofereçam financiamento em nível local e apoiando as grandes cadeias de valor empresariais formadas por pequenos e médios fornecedores, distribuidores e empreiteiros. As operações da CII estão voltadas ao apoio ao setor privado em duas áreas principais: financiamento direto e indireto às PMEs e serviços de consultoria em conjunto com financiamento de longo prazo, particularmente em áreas como energia e infraestrutura. Em 2012, a CII redobrou seus esforços para identificar novas cadeias de valor e assegurar uma oferta de produtos financeiros adequada para elas.
No total, a CII aprovou operações no montante de
FINPYME Credit, realizando 15 operações de empréstimo, no total de US$ 4 milhões, com prazo médio de cinco anos. Na área de infraestrutura, a CII aprovou 13 operações de financiamento direto num total de US$ 70,6 milhões. A América Latina e o Caribe ainda necessitam de investimentos substanciais em infraestrutura para serem competitivos e crescer e a CII acredita que o setor privado pode desempenhar um papel importante no financiamento e na gestão desses investimentos. Em 2012, a CII assessorou diversos operadores privados locais na estruturação de investimentos e atraiu investidores privados para participar dessas operações.
A composição do desenvolvimento Destinação dos empréstimos e investimentos da CII para o setor privado aprovados em 2012
Serviços públicos e infraestrutura 18,64% Serviços públicos 5,54% Transporte e logística 1,4% Energia 6,8% Hotelaria e turismo 4,9%
Manufatura 9,14% Madeira, papel e celulose 0,04% Têxteis, confecções e couro 1,3% Manufatura em geral 3,3% Alimentos e bebidas 3,7% Envase e embalagem 0,8%
Varejo e serviços 10,1% Serviços 2,2% Distribuição e varejo 7,9%
Fundos de investimento 1,3% Serviços financeiros 53,0%
8
Agroindústria 7,7% Produtos agrícolas 5,7% Fertilizantes e serviços agrícolas 2,0%
Comohogar
Uma loja e uma cadeia A Comohogar, a principal cadeia de lojas de eletrodomésticos e produtos para o lar do Equador, é um bom exemplo da estratégia da CII. Mais de 30% dos produtos comercializados por ela vêm de 46 PMEs locais. Em 2008, a CII concedeu á empresa um crédito no valor de US$ 10 milhões, que ajudou a financiar sua expansão e aumentar suas vendas em 46% em um período de quatro anos. Graças a essa expansão, a rede de fornecedores da Comohogar foi fortalecida, o que poderá se repetir nos próximos anos: em 2012, a CII concedeu à empresa mais US$ 10 milhões para apoiar uma nova fase de crescimento.
9
FINPYME Credit Mais financiamento em mercados pequenos Em 2012, o FINPYME Credit aprovou 15 empréstimos, num total de US$ 4 milhões, em cinco países da região. Essa ferramenta oferece financiamento competitivo a PMEs com potencial de crescimento em países específicos, por meio de pequenos empréstimos entre US$ 100.000 e US$ 600.000. Atualmente, o FINPYME Credit fornece recursos para capital de giro e compra de bens em países menores, como Bahamas, Bolívia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Paraguai, Trinidad e Tobago e Uruguai. A CII criou o programa FINPYME Credit para complementar sua iniciativa FINPYME, que oferece às empresas de pequeno e médio porte assistência que vai além do financiamento. A previsão para 2013 é de que o programa ofereça novos produtos, como empréstimos subordinados. O FINPYME Credit concede empréstimos em dólares dos EUA com prazos de três a sete anos
Servicios Agrícolas Joma
Campo aberto
e a taxas fixas competitivas, além de oferecer
Os ciclos agrícolas não esperam ninguém.
assistência técnica para melhorar as práticas
É preciso semear, colher e armazenar no
financeiras, ambientais e de gestão empresarial.
momento certo para não correr o risco de perder a safra. A JOMA, empresa de serviços agrícolas da Bolívia, sabe bem disso. Em 2012, a CII concedeu a ela
Aproveitando as experiências de sucesso Empréstimos aprovados no âmbito da SBRL e do FINPYME Credit, 2008–2012 Em milhões de US$
um empréstimo de US$ 200.000 para ajudá-la a identificar novos mercados para seus equipamentos para plantio e colheita e seus serviços durante o período de cultivo. A empresa oferece aos seus clientes serviços para a preparação da terra, semeadura e colheita, bem como a
4,7 4,1
manutenção de campos e equipamentos. 4,0
Constituída em 1999 em Santa Cruz de la Sierra, a empresa está buscando oferecer seus serviços em outras regiões do país.
1,1
2008
10
2009
0,9
2010
2011
2012
do
nto me cia an fin
2012
FINPYME Credit
alé m
15 5
empréstimos
países
ferramentas para as PMEs 11
Projetos com instituições financeiras Para que os seus recursos cheguem às empresas pequenas e médias, a CII investe em diversas instituições financeiras que operam na América Latina e no Caribe e realiza operações conjuntas com elas, além de firmar convênios com bancos locais para canalizar seus recursos para pequenas empresas por meio de empréstimos de longo prazo. Em 2012, a CII concedeu a instituições financeiras empréstimos no total de US$ 200,5 milhões. A CII também mobiliza recursos adicionais por meio da participação de outros bancos e da estruturação de empréstimos A/B para assegurar que um volume de recursos maior chegue até as pequenas empresas. Mediante garantias parciais de crédito, a CII também ajuda as empresas médias a obter acesso ao mercado de capitais e captar empréstimos no mercado institucional.
O efeito multiplicador dos empréstimos da CII Empréstimos aprovados para instituições financeiras, 2008–2012 Em milhões de US$
251,8
172,8
2008
12
243,6 200,5
181,5
2009
2010
2011
2012
CAFSA
Sobre rodas A Corporación CAFSA oferece financiamento para compra e arrendamento de automóveis, caminhões leves e pesados e veículos para o transporte de passageiros. A variedade de serviços que ela oferece por intermédio das suas subsidiárias lhe permite prestar apoio a agentes dinâmicos da economia costa-riquenha. Suas subsidiárias aumentaram sua carteira em cerca de 80% desde o primeiro empréstimo concedido pela CII, em 2006. Em 2012, a CII concedeu à Corporación CAFSA um terceiro empréstimo de médio prazo, no montante de US$ 3 milhões, que inclui um empréstimo B de outras instituições. Graças a essa estrutura, a empresa ampliará a sua base de captação de recursos, o que lhe permitirá crescer de forma sustentável. A Corporación CAFSA conta com cerca de 4.000 clientes de zonas rurais e da grande região metropolitana da Costa Rica. A empresa concede empréstimos de cerca de US$ 20.000 a micro, pequenas e médias empresas voltadas para o setor de serviços e para a distribuição de produtos de consumo de massa, bem como a profissionais independentes.
13
Investimentos em moeda local Muitas vezes, ao tomar empréstimos em moeda estrangeira, as PMEs são afetadas pela volatilidade da taxa de câmbio. Em maio de 2011, para constituir sua própria tesouraria em moeda local, a CII fez uma emissão de títulos em moeda local no mercado mexicano. Em abril de 2012, foram emitidos mais títulos, no montante de 800 milhões de pesos mexicanos (o equivalente a US$ 61,5 milhões à época) para reforçar essa tesouraria e suprir as necessidades das PMEs mexicanas. A emissão deste ano é a terceira desde que foi criada a tesouraria em pesos mexicanos e marca o início de um plano para ampliar as operações em moeda local e estendê-las a outros países latino-americanos. Com essa nova operação, a CII reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento dos mercados de capitais locais.
Arendal
Mais apoio às cadeias de valor Em setembro de 2012, a CII aprovou uma linha de crédito de 100 milhões de pesos mexicanos — aproximadamente US$ 7,7 milhões pelo câmbio do final de 2012 — para a construtora mexicana Arendal. Os recursos se destinavam ao financiamento de seu capital de giro e à execução de contratos de obras públicas e de prestação de serviços com grandes empresas do país, como a Petróleos Mexicanos (PEMEX). Com mais de quinze anos no mercado, a Arendal é especializada na construção de dutos, obras eletromecânicas e obras civis pesadas, bem como à instalação de redes de fibra óptica. Suas atividades têm impacto elevado sobre as cadeias de valor do México, pois ela conta com uma ampla rede de PMEs subcontratadas. A empresa subcontrata uma média de 50 PMEs por licitação em que sai vencedora. Além disso, ela emprega atualmente mais de 1.200 funcionários e pode perfeitamente vir a criar outros 200 postos de trabalho nos próximos cinco anos.
14
um
im pa c
to s ra a l pa rea
PMEs
suprir as necessidades locais
15
Participações societárias e dívida subordinada De clientes a parceiros Em 2012, a CII aprovou US$ 5,5 milhões em investimentos de capital para uma instituição financeira e um fundo de investimento multissetorial. Além disso, aprovou um total de US$ 39,5 milhões em dívida subordinada nos setores de serviços financeiros e de distribuição e varejo. Desse montante, US$ 27,25 milhões foram financiados diretamente pela CII, enquanto os US$ 12,25 milhões restantes couberam ao Fundo Fiduciário China-CII para o Investimento em Participações Societárias em PMEs, também conhecido como Fundo China-CII. As participações societárias e investimentos de quase-capital catalisam recursos para gerar emprego e aumentar a produtividade e a competitividade das empresas da região e permitem à CII compartilhar seus riscos e resultados. Não raro, esses investimentos são complementados por serviços de assistência técnica que colaboram para o crescimento integral das PMEs. A CII foi pioneira na aquisição de participações societárias na região, estimulando, desde 1991, muitos dos primeiros fundos de investimento regionais. Em 2009, com o ingresso da República Popular da China como membro da CII, foi constituído o Fundo China-CII. O país asiático contribuiu com US$ 75 milhões para complementar os recursos da CII. Esse fundo tem uma parcela de todas as participações societárias e investimentos de quase-capital aprovados pela CII em 2012.
Investir no crescimento Participações societárias e dívida subordinada, 2009–2012 Em milhões de US$ Dívida subordinada Participações societárias
16
27,3
4,3
2,5
5,4
4,5
6,1
5,5
2009
2010
2011
2012
Corporación Financiera de Occidente S.A. de C.V. (Finox)
De SOFOL a banco de nicho Graças à CII, a Corporación Financiera de Occidente S.A. de C.V. está pronta para dar um salto de qualidade. Por se tratar de uma sociedade financeira de objeto limitado, ou “SOFOL”, essa instituição financeira mexicana estava limitada à concessão de créditos especializados a determinados setores ou atividades e o seu acesso a captação era limitado. Agora, a aquisição de 10% de seu capital social pela CII e pelo Fundo China-CII permitirá que ela seja uma das primeiras instituições financeiras não bancárias do México a se transformar em banco de nicho, possibilitando que ela atenda ao público em geral, amplie sua carteira de empréstimos, busque novos clientes e, naturalmente, tenha acesso a novas fontes de recursos. Esse é um investimento inovador, pois envolve a transferência á Finox de know-how especializado sobre as melhores práticas de governança corporativa. A operação foi feita em pesos mexicanos, possibilitando que a entidade também possa tirar proveito da tesouraria da CII em moeda local.
17
Fundo Espanha-CII para o Desenvolvimento das PMEs no Haiti Em 2011, a CII e o Governo da Espanha criaram o Fundo Espanha-CII para o Desenvolvimento das PMEs no Haiti. Menos de um ano depois, em fevereiro de 2012, a Sèvis Finansye Fonkoze, a maior instituição de microfinanças do Haiti, recebeu sua primeira linha de cofinanciamento, de até US$ 2 milhões. Esse Fundo tem uma estrutura inovadora: seu objetivo é cofinanciar empréstimos de US$ 10.000 a US$ 100.000 em colaboração com instituições
para o Desenvolvimento das PMEs no
financeiras locais. Graças a essa primeira operação, a
Haiti permitiu à Sèvis Finansye Fonkoze
Fonkoze já financiou 59 empresas (57 delas dirigidas
melhorar as suas capacidades e ampliar
por mulheres empreendedoras) que importam e distribuem calçados, artigos de cozinha, materiais
a sua carteira de PMEs, oferecendo
de construção e outros produtos essenciais no Haiti,
crédito em melhores condições aos seus
um país que ainda está se recuperando dos efeitos
clientes. Graças a esse fundo, deverá
do terremoto de 2010. Esses empreendimentos
haver mais oportunidades de negócio e
dão emprego a mais de 100 pessoas. O Fundo Espanha-CII também aprovou operações com o Capital Bank e o Banque Nationale de Crédit para expandir seu programa de cofinanciamento, ampliar o acesso ao crédito e fomentar o desenvolvimento do setor privado no Haiti.
18
“ A parceria com o Fundo Espanha-CII
emprego no Haiti.” Anne Hastings Diretora executiva, Sèvis Finansye Fonkoze
Pr o g r a m a s
d e
a s s i s t ê n c i a
Exportar nunca é uma tarefa simples, mas o que seria necessário para que um pequeno produtor de compotas e condimentos de Belize conseguisse vender seus molhos picantes, por exemplo, na Coreia? Menos do que se imagina, desde que haja ajuda. Essa é a história da Marie Sharp’s Fine Foods Ltd., uma empresa que recebeu apoio do FINPYME Diagnostics para formular uma estratégia eficiente para sua internacionalização. A convite da CII, em maio de 2012 dois executivos da empresa, que também fabrica purês de frutas, visitaram a Seoul Food Expo, a maior exposição do setor alimentício da Ásia. Um dos maiores comerciantes de Xangai comprou US$ 50.000 em produtos dessa pequena empresa centro-americana, que também fechou um acordo com o principal criador de aves da Coreia, para o qual já enviou dois carregamentos de frutas processadas. Marie Sharp, proprietária da empresa, busca agora outras incursões no mercado asiático. “Esse foi o primeiro passo, uma etapa essencial para ingressar em novos mercados e expandir nossa empresa familiar”, disse ela.
t é c n i c a
Marie Sharp’s Fine Foods Ltd.
Programas de assistência técnica 19
Pr o g r a m a s
d e
a s s i s t ê n c i a
t é c n i c a
O longo alcance do FINPYME Em 2012, os doadores da CII aprovaram US$ 9,3 milhões em recursos no âmbito de seus seis programas de assistência técnica. A Áustria, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Noruega, República da Coreia e Suíça, além do Fundo de Desenvolvimento Nórdico, do Fundo de Tecnologia Limpa e da Região da Valônia, na Bélgica, contribuíram para que se continuasse a oferecer capacitação e assistência técnica a milhares de PMEs da América Latina e do Caribe que buscam aprimorar sua gestão e seu planejamento para fazer face aos desafios estratégicos do mercado internacional.
Cento e sessenta e nove empresas de seis países — Bahamas, Barbados, Belize, Colômbia, Jamaica e Trinidad e Tobago — se beneficiaram de dez seminários do FINPYME Diagnostics. O programa também organizou 22 sessões de assistência técnica individual durante o ano. O FINPYME Diagnostics é um programa de duas fases: na primeira, são identificadas áreas de gestão que precisam de melhorias e, na segunda, é prestada a assistência técnica individual ou em grupo necessária para solucionar os problemas. Um dos diversos benefícios do FINPYME Diagnostics é a melhoria do acesso das empresas a financiamentos de longo prazo, já que os diagnósticos ajudam as empresas a produzir informações que os bancos exigem para tomar as suas decisões sobre empréstimos.
20
Alinhado com a iniciativa Ajuda para o Comércio, da Organização Mundial do Comércio, e voltado para o desenvolvimento da capacidade das PMEs para ter acesso a mercados de exportação, em 2012 esse programa organizou 43 seminários e 26 sessões de assistência técnica individual para 1.146 empresas. O FINPYME ExportPlus é o mais ativo dos programas FINPYME, tendo atingido 12 mercados em 2012 (Bahamas, Barbados, Bolívia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Nicarágua, República Dominicana e Suriname). Como parte desse programa, a CII faz estudos de mercado, seleciona empresas em setores estratégicos que possam beneficiar-se de sua ajuda e lhes oferece assistência técnica direta para facilitar o seu acesso ao mercado global. Especificamente, o programa ajuda as PMEs a obter certificados de exportação para seus produtos, aprimorar seus processos operacionais e gerenciais e aumentar a sua competitividade.
Destinado a difundir o uso de boas práticas e ferramentas de governança entre as empresas familiares, em 2012 o FINPYME Family Business organizou três seminários e prestou assistência técnica direta a cinco empresas familiares. Setenta e seis empresas familiares foram beneficiadas pelos seminários e sessões de capacitação com consultores especializados. Neste ano, as atividades de assistência técnica individualizada organizadas no âmbito do programa se concentraram em empresas da Colômbia, Costa Rica, México e Paraguai. A CII lidera a iniciativa de apoiar as empresas familiares na América Latina e no Caribe, indo além do financiamento e fornecendo transferência de know-how.
Café Britt
A arte da Costa Rica Máscaras. Cafezais. O folclore tradicional costa-riquenho. As aves da região de Guanacaste. As palmeiras de Limón. Todas essas imagens emblemáticas da Costa Rica agora ganham vida no artesanato de 30 artistas do país que receberam capacitação no âmbito do FINPYME Technical Assistance. Durante um período de seis meses, encerrado no início de 2012, esses artesãos costa-riquenhos aprenderam a empregar novas técnicas de desenho para aprimorar e inovar seus produtos. A Café Britt, principal exportadora de café gourmet da Costa Rica e proprietária das lojas de mesmo nome que vendem artigos de artesanato em dez aeroportos latinoamericanos, colaborou com a CII, com o governo do país e com o Instituto Tecnológico da Costa Rica para permitir que os artesãos expusessem seus novos desenhos no Festival Internacional das Artes de San José, na primavera de 2012.
No ano passado, Barbados, Jamaica e Trinidad e Tobago mais uma vez receberam instrutores e consultores do FINPYME Integrity, que prestaram assistência técnica a 26 empresas. Desde o começo do programa, 212 PMEs dos três países receberam capacitação para ajudá-las a adotar e implementar práticas para promover a integridade, a transparência e a ética nos negócios. O programa também ajuda as empresas a cumprir as normas, manter a transparência das informações prestadas aos acionistas e prevenir fraudes, de modo a facilitar sua incorporação às cadeias de valor de grandes empresas, com padrões elevados de integridade empresarial. Durante 2012, o FINPYME Integrity reuniu seus consultores, instrutores e doadores no Caribe para passar em revista as lições extraídas do programapiloto. Essa reunião também serviu para fortalecer as capacidades de diversas organizações locais. Por intermédio do FINPYME Integrity, a CII desenvolveu um pacote de conhecimentos para capacitar instrutores no campo da ética nos negócios, além de ter concebido ferramentas para que as empresas possam elaborar e divulgar um código de ética adaptado às suas características específicas.
Os serviços de consultoria do FINPYME Technical Assistance continuaram a crescer em 2012. No decorrer do ano, foram organizadas 11 atividades de assistência técnica especializada no Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Jamaica, Nicarágua e Peru. O FINPYME Technical Assistance é um programa de serviços de consultoria para clientes e possíveis clientes da CII em áreas que vão do cumprimento das normas ambientais e análise financeira até avaliações técnicas e de mercado.
$
Para enfrentar o problema da mudança climática, não basta apenas falar: é preciso agir. As 110 auditorias energéticas conduzidas pelos consultores do GREENPYME são um testemunho do compromisso da CII com o uso mais racional da energia. A Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua foram o palco de auditorias que, ao longo de 2012, incentivaram as PMEs a adotar boas práticas energéticas, uma decisão que exige investimentos em tecnologias e equipamentos mais eficientes e que respeitem o meio ambiente. O GREENPYME organizou seis seminários sobre eficiência energética, aos quais compareceram 57 engenheiros da América Central. Um desses seminários foi ministrado na Coreia pela KEMCO (Korea Energy Management Corporation). Os participantes receberam informações sobre os incentivos para a diversificação de suas matrizes energéticas, em sua maioria dependentes de combustíveis fósseis poluentes e sujeitos a fortes oscilações de preços. O programa também foi lançado na Bolívia, onde serão conduzidas diversas atividades durante os próximos dois anos.
21
Puerto Cabezas Power S.A.
22
A
C II
em
Síntese
A CII em síntese
2323
A
C II
e m
S í n t e s e
Destaques operacionais: um ano forte Resumo das operações Em 2012, o desempenho operacional e financeiro da
A CII continua a considerar a região uma fonte
CII foi bastante forte, apesar da persistente incerteza
importante de novas oportunidades de negócio e terreno
econômica nos Estados Unidos e na zona do euro,
fértil para programas-piloto de novas iniciativas e
ambos mercados de exportação importantes para
produtos financeiros.
muitos países da América Latina e do Caribe. Em 2012, o crescimento na região foi de 3,4%, inferior às
títulos em moeda local, a terceira no mercado de valores
taxas de 6,2% e 4,5% registradas em 2010 e 2011,
mexicano. O montante total da emissão foi de 800 milhões
respectivamente. Apesar desse cenário desfavorável,
de pesos mexicanos (cerca de US$ 60 milhões), recursos
a CII conseguiu superar os objetivos do seu plano
que foram usados para beneficiar PMEs mexicanas em
operacional e aprovar 73 operações durante o ano,
2012 e criar uma sólida carteira de oportunidades de
investindo um total de US$ 378,9 milhões para apoiar
investimento para 2013.
ainda mais o crescimento e desenvolvimento das PMEs da região. Neste ano a CII também manteve o seu enfoque nas
Em 2012, o programa FINPYME Credit foi reformulado, de modo a torná-lo mais eficiente e sensível às necessidades das PMEs de menor porte na região. As
iniciativas estratégicas traçadas no seu plano operacional
alianças estratégicas com o Banco Interamericano de
para 2011–2013, como a concentração de suas atividades
Desenvolvimento e o Fundo Multilateral de Investimentos,
nos mercados menos desenvolvidos, o reforço de sua
os demais membros do Grupo BID, também permitiram
capacidade para oferecer financiamentos em moeda
desenvolver novas oportunidades de negócio nas
local e a concessão de mais empréstimos de menor
Bahamas, Haiti e Trinidad e Tobago. Em 2012, a CII
valor por meio do programa FINPYME Credit.
aprovou 15 projetos no âmbito do FINPYME Credit, com
Sessenta por cento das 73 operações aprovadas em
24
No início de 2012, a CII fez a sua quarta emissão de
valor médio de US$ 265.333.
2012 foram direcionadas as menores economías da
Todas essas atividades ajudaram a aumentar a
região, em comparação com apenas 49% ao fim do
carteira em aberto da CII em 7%, de US$ 1,02 bilhão no
último ciclo de planejamento (2008–2010). Cumpre
encerramento de 2011 para US$ 1,09 bilhão ao fim de
destacar os investimentos significativos no setor turístico
2012. O setor financeiro continuou a representar a maior
da Jamaica, um segundo empréstimo a um cliente no
parte da carteira (aproximadamente 67,6%). Os projetos
Haiti e vários projetos de infraestrutura no Equador. Os
na área de energia, além dos investimentos em produtos
financiamentos aprovados este ano destinados a projetos
agrícolas, constituíram a maior parte da carteira de
hidrelétricos também foram substanciais.
operações com empresas (32,4%).
Atividades de investimento em 2012 / Detalhamento das aprovações
Aprovações por setor
Serviços financeiros 53,0% Distribuição e varejo 7,9% Energia 6,8% Produtos agrícolas 5,7% Serviços públicos 5,5% Hotelaria e turismo 4,9% Diversos 4,8% Alimentos e bebidas 3,7% Manufatura em geral 3,3% Serviços 2,2% Fertilizantes e serviços agrícolas 2,0%
Aprovações por região
Aprovações por tipo de investimento
México e América Central 36,2%
Empréstimos 86,3%
Países andinos 35,2%
Dívida subordinada 12,2%
Cone Sul 18,9%
Participações societárias e investimentos de quase-capital 1,5%
Caribe 8,1% Regional 1,6%
25
Atividades de investimento em 2012 / Detalhamento das aprovações Carteira em aberto por região
Cone Sul 34,8% México e América Central 33,3% Países andinos 25,2% Regional 4,0% Caribe 2,7%
Carteira em aberto por setor
Serviços financeiros 66,1% Energia 6,1% Produtos agrícolas 3,9% Transporte e logística 3,7% Fertilizantes e serviços agrícolas 3,2% Distribuição e varejo 3,1% Manufatura em geral 2,3% Alimentos e bebidas 2,2% Fundos de investimento 1,5% Aquicultura e pesca 1,5% Pecuária e avicultura 1,5% Hotelaria e turismo 0,9% Petróleo, gás e mineração 0,9% Diversos 0,8% Informação, comunicações e tecnologia 0,7% Serviços públicos 0,5% Envase e embalagem 0,5% Madeira, papel e celulose 0,4% Têxteis, confecções e couro 0,4%
26
Programas e iniciativas para PMEs Programa
Medida
FINPYME Credit
Número cumulativo de projetos aprovados
FINPYME Diagnostics
Número cumulativo de avaliações diagnósticas realizadas
FINPYME ExportPlus
Total das aquisições
67 365
Número cumulativo de empresas que receberam assistência técnica individual ou em grupo
1.122
Número cumulativo de PMEs que receberam assistência técnica individual ou em grupo
1.978
Número cumulativo de atividades de assistência técnica FINPYME Family Business
FINPYME Integrity
124
Número cumulativo de PMEs participantes em seminários
397
Número cumulativo de atividades de assistência técnica
199
Número cumulativo de PMEs participantes em seminários
212
Número cumulativo de atividades de assistência técnica FINPYME Technical Assistance
Número cumulativo de projetos com componente de assistência técnica
GREENPYME
Número cumulativo de PMEs participantes em seminários
32
91
946
Número cumulativo de atividades de assistência técnica IFEM IMIF
219
Número cumulativo de projetos aprovados
17
Número cumulativo de projetos aprovados
3
Empréstimos por Número cumulativo de subempréstimos meio de intermediários financeiros Semana da Sustentabilidade
(Em milhares de US$)
Valor
1.687.267
Número cumulativo de participantes em seminários
652
Financiamento médio do FINPYME Credit
US$
Financiamento médio do IFEM
US$ 2.097.059
Financiamento médio do IMIF
US$ 3.533.333
Valor cumulativo da assistência técnica para clientes diretos da CII
265.627
US$ 4.583.649
País
Montante
Alemanha
US$ 84.176
Argentina
US$ 479.258
Áustria
US$
Bahamas
US$ 10.112
358
Barbados
US$ 11.250
Bélgica
US$
6.853
Belize
US$
8.227
Bolívia
US$ 13.231
Brasil
US$ 283.615
Chile
US$ 175.296
Colômbia
US$ 32.790
Costa Rica
US$ 72.902
Dinamarca
US$
El Salvador
US$ 15.921
Equador
US$ 40.433
Espanha
US$ 34.976
Estados Unidos
US$ 875.238
Finlândia
US$
França
US$ 34.161
Guatemala
US$ 51.423
Guiana
US$
Honduras
US$ 59.214
Israel
US$ 13.530
Itália
US$ 49.873
Jamaica
US$ 48.083
Japão
US$ 22.170
México
US$ 100.637
Nicarágua
US$ 42.600
8.102
2.331
600
Noruega
US$
Países Baixos
US$ 70.593
7.551
Panamá
US$ 43.530
Paraguai
US$ 79.365
Peru
US$ 79.919
Portugal
US$
Regional
US$ 18.530
—
República da Coreia
US$
República Dominicana
US$ 54.243
9.513
República Popular da China US$ 16.790 Suécia
US$
Suíça
US$ 27.972
6.488
Suriname
US$
—
Trinidad e Tobago
US$
1.000
Uruguai
US$ 87.248
Venezuela
US$ 42.531
27
Resultados no desenvolvimento A estrutura de monitoramento e avaliação da CII é orientada pelos padrões de boas práticas estabelecidas pelo Grupo de Cooperação em Matéria de Avaliação dos bancos multilaterais de desenvolvimento. A estrutura acompanha de perto esses padrões, atendendo a 98% deles. Por meio do Sistema de Pontuação da Contribuição ao Desenvolvimento e da Adicionalidade (DIAS), no início de cada projeto os técnicos da CII definem indicadores claros, padronizados e verificáveis, com as respectivas linhas de base e metas. A seguir, o progresso de cada operação ao longo das diversas fases do ciclo do projeto é monitorado e avaliado com o uso de Relatórios Ampliados de Supervisão Anual (XASR, na sigla em inglês) que, por sua vez, são validados pelo Escritório de Avaliação e Supervisão (OVE) do BID. Em 2012, a CII avaliou 18 projetos, sendo 15 com empresas e 3 com intermediários financeiros, tendo apresentado os relatórios respectivos ao OVE para validação e apresentação dos resultados à Diretoria Executiva em 2013. Por sua vez, também em 2012 o OVE validou os relatórios de avaliação de 24 projetos da CII, 11 de operações com empresas e 13 com intermediários financeiros, 88% dos quais atingiram resultados elevados sobre o desenvolvimento, em comparação com 81% em 2011. A CII usa o sistema DIAS para acompanhar o impacto de suas operações sobre o desenvolvimento. Os 65 projetos aprovados em 2012 por sua Diretoria Executiva apresentaram pontuação DIAS média de 7,74, superando a meta de 7,0 definida em seu plano operacional para 2011–2013. Os resultados no desenvolvimento ponderados pelo tamanho se mostraram mais sólidos do que os não ponderados, com 91% recebendo uma classificação
elevada (consulte Resultados no desenvolvimento de acordo com as avaliações de 2012). Ao examinar os resultados no desenvolvimento cumulativos referentes a 2012 avaliados por XASRs (um total de 195), 67% alcançaram resultados elevados, frente a 64% em 2011 (consulte Resultado cumulativo dos investimentos no desenvolvimento). Em termos regionais, a região andina teve os resultados mais sólidos em termos de desenvolvimento — 75% de resultados elevados (consulte Resultados no desenvolvimento por região). Quanto ao tipo de operação, os projetos com empresas tiveram um desempenho 10% melhor do que os projetos com instituições financeiras (consulte Resultados no desenvolvimento por tipo de operação). Ao comparar os resultados no desenvolvimento esperados (DIAS) com os resultados efetivos (XASRs), estes se mostraram mais elevados (consulte Previsão dos resultados no desenvolvimento: comparação entre DIAS e XASRs). Desde o seu lançamento em 2008, o sistema DIAS vem sendo aprimorado constantemente com as mais modernas técnicas de avaliação da eficácia no desenvolvimento. Atualmente, a CII está desenvolvendo o DIAS Plus, sistema mais sofisticado que inclui indicadores detalhados para medir os resultados no desenvolvimento e o impacto dos seus projetos, com base em informações coletadas antes, durante e após a implementação dos projetos. Esses novos indicadores serão usados não apenas para mensurar variáveis específicas, mas também para avaliar a qualidade dos resultados obtidos com base na prática de outras instituições do setor. O novo sistema será lançado no início de 2013, após uma revisão interna.
Resultados no desenvolvimento por região*
Resultados no desenvolvimento por tipo de operação*
Todos os XASRs US$ 1,44 bilhão, 195 projetos
66,7%
Países andinos US$ 442,8 milhões, 59 projetos
67,3%
61,8%
Regional US$ 104,7 milhões, 13 projetos
61,5%
20%
40%
Instituições financeiras US$ 920,6 milhões, 99 projetos
61,6%
50,0%
Cone Sul US$ 496,3 milhões, 68 projetos
0%
66,7%
74,6%
México e América Central US$ 354,7 milhões, 49 projetos Caribe US$ 41,0 milhões, 6 projetos
Todos os XASRs US$ 1,44 bilhão, 195 projetos
60%
% com classificação elevada
Empresas US$ 518,9 milhões, 96 projetos
80%
0%
20%
71,9%
40%
60%
% com classificação elevada
* Todos os XASRs (em 31 de dezembro de 2012) elaborados pela CII e validados pelo OVE que alcançaram resultados elevados no desenvolvimento, por região e tipo de investimento.
28
80%
Resultados no desenvolvimento de acordo com as avaliações de 2012
88% 91%
92%
83% 85%
83%
88% 91%
80%
54%
60%
20% 0%
41%
US$ 159 milhões
40% 24 projetos
% com resultado elevado
100%
Não ponderado (número de projetos) Ponderado pelo valor do investimento da CII (em US$)
Resultado no desenvolvimento
Desempenho operacional do projeto
Sustentabilidade econômica
Desempenho ambiental e social
Desenvolvimento do setor privado
Resultado cumulativo dos investimentos no desenvolvimento
80%
79% 83% 67% 71%
66%
71% 55%
40% 20% 0%
74%
78%
61%
US$ 1,44 bilhão
60%
195 projetos
% com resultado elevado
100%
Não ponderado (número de projetos) Ponderado pelo valor do investimento da CII (em US$)
Resultado no desenvolvimento
Desempenho operacional do projeto
Sustentabilidade econômica
Desempenho ambiental e social
Desenvolvimento do setor privado
Previsão dos resultados no desenvolvimento: comparação entre DIAS e XASRs
% com resultado elevado
100% 80%
67%
63% 60%
75%
81%
79% 70%
66%
64% 54% 55%
50%
53%
74%
56% 46%
DIAS de 2012 (72)
40%
Todos os DIAS (433)
20%
Todos os XASRs (195)
0% Resultado no desenvolvimento
Desempenho operacional do projeto
Sustentabilidade econômica*
Desempenho ambiental e social
Desenvolvimento do setor privado
*Os dados de DIAS incluem apenas projetos com empresas; os projetos com intermediários financieros não estão incluídos.
29
Carnes Zamora Em 2012, a CII avaliou um empréstimo de US$ 1,1 milhão concedido em 2008 à Carnes Zamora, empresa costariquenha do ramo de processamento e distribuição de produtos suínos com valor agregado. Em 2007, a empresa havia se inscrito para participar do programa FINPYME Diagnostics, atingindo uma pontuação de 76%. Naquele momento, iniciou-se o processo de revisão interna para a concessão de um empréstimo à empresa. Graças ao resultado do diagnóstico, a Carnes Zamora habilitou-se a receber assistência técnica para melhorar a sua posição competitiva. Como estava excessivamente alavancada, a empresa precisava reestruturar os seus passivos e alongar parte da sua dívida de curto e médio prazo para poder financiar um aumento permanente no capital de giro. Com o empréstimo da CII, a Carnes Zamora reestruturou sua dívida, melhorou as suas instalações e comprou novos equipamentos, o que, por sua vez, melhorou seu perfil financeiro e suas perspectivas de crescimento. A Carnes Zamora aumentou suas vendas para além do projetado. Com efeito, as vendas anuais tiveram aumento médio de 27%, bem acima do crescimento previsto
30
de 15%. A empresa também fez investimentos para reforçar seu sistema de distribuição e sua capacidade de armazenamento, o que lhe permitiu aumentar a sua participação no mercado por meio da sua rede de açougues com margens mais elevadas. A Carnes Zamora contribuiu com um total de US$ 8 milhões para a economia costa-riquenha e gerou 37 novos postos de trabalho. A adicionalidade gerada pelo financiamento de longo prazo da CII pode ser atribuída ao impacto resultante dos investimentos no capital de giro permanente (e de outros investimentos posteriores) sobre seu fluxo de caixa, graças ao seu forte crescimento recente. A CII pôde oferecer à Carnes Zamora financiamento de longo prazo (nove anos) que não estava disponível nas instituições financeiras locais, que oferecem apenas empréstimos de curto e médio prazo. Além disso, a empresa aumentou a sua eficiência e conseguiu reduzir o consumo de energia, água e outros insumos. A CII continua a trabalhar com a Carnes Zamora e está preparando um projeto de assistência técnica para ajudá-la a melhorar sua governança corporativa.
Resultados financeiros Os resultados financeiros da CII em 2012 mostram, após
de empréstimos sujeitos a redução ao valor recuperável,
uma década de lucros contínuos, um lucro líquido de
composta de apenas três empréstimos inadimplentes,
US$ 5,5 milhões, com um total de US$ 137 milhões em lucros
permanece em 1%. Todas as operações contam com
acumulados, equivalentes a 20% do capital integralizado.
garantias adequadas e estão sujeitas à observação
A comparação com o exercício anterior indica
atenta da CII. Ademais, a cobertura das provisões para
crescimento de 14% nas receitas e de 11% no resultado
perdas com empréstimos concedidos é de seis vezes
operacional. Houve também um aumento nas despesas
para os empréstimos em atraso e de quatro vezes para os
com empréstimos, como reflexo da maior alavancagem
empréstimos com redução ao valor recuperável.
da CII, para alicerçar o crescimento de 22% no total de ativos. Mesmo assim, houve uma redução, pelo quinto ano consecutivo, nos custos de captação da Corporação, medidos em termos das despesas com empréstimos como porcentagem da dívida bruta média. A emissão de títulos internacionais no valor de US$ 350 milhões, formalizada em novembro de 2012, contribuirá de forma significativa para que seja mantida em 2013 essa tendência decrescente nos custos médios de captação. Os ativos de desenvolvimento da CII, mensurados como valor bruto da carteira de empréstimos e investimentos de capital (GLEO, na sigla em inglês), cresceram 7% in 2012. Isso representou a continuidade da tendência que resultou em uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de 6% nos últimos cinco anos (2007–2012). Isso demonstra claramente o compromisso da CII em cumprir plenamente sua missão, a despeito dos desafios trazidos pela recente crise financeira mundial. O capital integralizado da CII teve um aumento de US$ 5 milhões com os pagamentos efetuados pelos Estados Unidos (US$ 4,7 milhões) e pela República Popular da China (US$ 400.000). Um outro sinal alentador é o fato de 16 países membros terem expressado interesse em participar do processo de nova atribuição das 1.351 ações (US$ 13,5 milhões) liberadas pelos Estados Unidos em 2012.
Qualidade dos ativos
Solvência Os indicadores de solvência da CII permanecem sólidos. A relação entre o patrimônio líquido e o ativo total continua sólida, com uma taxa superior a 40%, embora tenha diminuído em dezembro de 2012, com o aumento na carteira GLEO. Tendo em conta seu patrimônio líquido e o nível das provisões em dezembro de 2012, a CII manteve a cobertura de mais de três quartos da exposição total de seus ativos de desenvolvimento.
Alavancagem e liquidez Para diversificar suas fontes de captação, a CII emitiu um título em 8 de novembro no valor de US$ 350 milhões, com prazo de 3 anos. Como prova do sucesso dessa oferta, a primeira da CII em mercados financeiros mundiais, a emissão foi rapidamente absorvida e atingiu uma posição de excesso de demanda, em apenas poucas horas. A meta inicial de US$ 300 milhões foi aumentada, com base na quantidade inesperadamente alta e na qualidade dos participantes em um investimento inicial de médio prazo. Como consequência, a relação entre exigível e patrimônio líquido aumentou para 1,3. Isso continua abaixo da meta de 1,5 estabelecida para o ciclo presente de planejamento, e ainda muito abaixo do nível máximo de 3,0 que foi estabelecido pelo Convênio Constitutivo da CII. O impacto também foi positivo para os indicadores
O total dos ativos da CII atingiu US$ 1,8 bilhão. A carteira
de liquidez da CII, que alcançaram 40% do ativo total e
GLEO aumentou pelo segundo ano consecutivo e atingiu
80% da dívida financeira. Esse nível de liquidez foi retido
US$ 1,09 bilhão, com uma taxa CAGR de 5,3% ao longo dos
para financiamento prévio do programa de empréstimos
últimos cinco exercícios. A carteira de vencimentos com
de 2013, com a perspectiva de diminuição para a faixa
um dia ou mais de atraso continua a diminuir e passou de
prudente de 18 a 24 meses de cobertura da liquidez
US$ 15,9 milhões em 2011 para US$ 7,2 milhões em 2012, o
operacional, conforme definido no plano operacional
que equivale a 0,7% da carteira de empréstimos. A carteira
para 2011–2013.
31
Planos de pensões e de benefícios pós-aposentadoria Os planos de pensões e de benefícios pósaposentadoria da CII encerraram o exercício de 2012 com déficits de US$ 33,6 milhões e US$ 10,9 milhões, respectivamente. A posição de déficit dos planos de pensões e de benefícios pós-aposentadoria aumentou aproximadamente US$ 10 milhões e US$ 4 milhões, respectivamente, em comparação com 2011, o que acarretou porcentagens de déficit nesses planos de 67% e 82%, respectivamente. Isso resultou principalmente das atuais condições econômicas e financeiras, com uma queda de 75 pontos-base na taxa de desconto desses planos em 2012. Uma diminuição da taxa de desconto aumenta o valor dos passivos dos planos de pensões e de benefícios pós-aposentadoria, considerando-se a relação inversa entre a taxa de desconto e as obrigações do plano de pensões. Essa queda na taxa de desconto
A CII estreia no mercado internacional de títulos com demanda superior à oferta
BID, coordenada com a CII, no sentido de interromper
Trinta e quatro investidores subscrevem US$ 350 milhões
o uso da curva histórica de desconto atuarial, com
No último trimestre de 2012, a CII fez sua estreia no mercado
substituição pela curva de desconto do Citigroup para
de capitais internacional, captando US$ 350 milhões com
cálculo de passivos por pensões, considerada uma
a colocação de títulos de três anos, que despertaram o
referência mais adequada para o setor. Essa mudança é
interesse de 34 investidores globais de primeira linha,
responsável por aproximadamente 25 pontos-base da
com demanda bastante superior à meta inicial da CII, que
queda total de 75 pontos-base na taxa de desconto.
planejava captar US$ 300 milhões. Essa emissão é um
também decorre de uma decisão da administração do
O lucro líquido sofreu em 2012 o impacto do aumento de US$ 3,1 milhões nos custos periódicos líquidos dos
acontecimento importantíssimo na história da instituição. Poucas horas após a emissão, os pedidos de compra
benefícios associados aos planos de pensões e de
dos títulos atingiram volume próximo a US$ 450 milhões, o
benefícios pós-aposentadoria.
que levou a CII a encerrar a operação antes do previsto. Os títulos, colocados por um consórcio de bancos composto pelo Daiwa, Deutsche Bank, J.P. Morgan e Mizuho, pagarão juros trimestrais, a uma taxa flutuante de 35 pontos acima da LIBOR. A emissão recebeu grande cobertura da imprensa financeira internacional. A Euroweek, publicação especializada no mercado de capitais, classificou-a como um início brilhante. Esse título faz parte de um programa de emissão de notas de médio prazo no montante de até US$ 1 bilhão lançado pela CII em maio de 2012 para diversificar suas fontes de financiamento. Participaram da compra do título numerosos bancos centrais, fundos de investimento e bancos privados da Europa, Oriente Médio, África, Américas e Ásia.
32
R e s u m o
d e
2 0 12
Resumo de 2012
33
R e s u m o
d e
2 0 12
Projetos aprovados em 2012 Em 2012, a CII aprovou US$ 378,9 milhões em investimentos e empréstimos diretos e outros US$ 384,4 milhões em operações de cofinanciamento que alavancam consideravelmente os recursos oferecidos diretamente por ela. Este é o resumo dos projetos aprovados no ano. Setores (agrupados por industria) Produtos agrícolas Aquicultura e pesca Pecuária e avicultura Fertilizantes e serviços agrícolas Educação Serviços e suprimentos de saúde
Construção, material e instalações Envase e embalagem Alimentos e bebidas Manufatura em geral Têxteis, confecções e couro Madeira, papel e celulose
Informação, comunicações e tecnologia
Petróleo, gás e mineração
Serviços financeiros
Montante aprovado
Distribuição e varejo Serviços Hotelaria e turismo Energia Transporte e logística Serviços públicos
País
Projeto
Setor
Bolívia
ADM-SAO S.A.
Produtos agrícolas
US$ 10.000.000
Agroindustria Vargas Gómez García S.R.L.
Produtos agrícolas
200.000
Compra de maquinário para expansão da capacidade de moagem
Bolibanana S.R.L.
Produtos agrícolas
200.000
Compra de sistema de irrigação para plantação de bananas
Samensa Inc. S.A.
Madeira, papel e celulose
160.000
Expansão das exportações de compensados
Servicios Agrícolas JOMA
Fertilizantes e serviços agrícolas
200.000
Aquisição de maquinário agrícola e refinanciamento de dívidas
Arvedi Metalfer do Brasil S.A.
Manufatura em geral
5.000.000
Financiamento para a construção de uma nova fábrica de tubagem de aço e para capital de giro
Rabobank International Brasil S.A.
Serviços financeiros
15.000.000
Financiamento para PMEs
Stratus Capital Partners LP
Fundos de investimento
5.000.000
Investimento em fundo multissetorial de private equity voltado para PMEs
Wind Power Energia S.A.
Manufatura em geral
7.000.000
Financiamento de capital de giro
Eurocapital S.A.
Serviços financeiros
5.000.000
Renovação de empréstimo existente
Tanner Servicios Financieros S.A.
Serviços financeiros
15.000.000
Expansão da carteira de PMEs
Transmisora Mejillones S.A.
Serviços públicos
10.000.000
Construção, operação e manutenção da subestação e linha de transmissão de Sierra Gorda
Colômbia
Grupo Portuario S.A.
Serviços públicos
3.000.000
Costa Rica
Banco BAC San José S.A.
Serviços financeiros
Brasil
Chile
34
Fundos de investimento
20.000.000
Descrição
Financiamento de capital de giro e linha de crédito rotativa para financiamento de agricultores
Expansão do terminal portuário Financiamento para PMEs
Montante aprovado
País
Projeto
Setor
Costa Rica (cont.)
Banco de Costa Rica
Serviços financeiros
22.500.000
Café Britt Costa Rica S.A.
Alimentos e bebidas
4.000.000
Expansão das lojas Britt em aeroportos
Financiera CAFSA S.A.
Serviços financeiros
3.000.000
Financiamento de médio prazo para PMEs
Scotia Leasing Costa Rica S.A.
Serviços financeiros
20.000.000
El Salvador Compañía Azucarera Salvadoreña S.A. de C.V.
Equador
Haiti
Honduras
Jamaica
México
Descrição
Financiamento para PMEs
Linha de crédito para financiamento a PMEs
Produtos agrícolas
6.000.000
Renovação de operação para atender a necessidades de capital de giro
FINCA S.A. de C.V.
Serviços financeiros
1.000.000
Financiamento de capital de giro para empreendedores de baixa renda
Agripac S.A.
Fertilizantes e serviços agrícolas
4.000.000
Expansão das operações agrícolas e de pulverização aérea
Banco Pichincha C.A.
Serviços financeiros
5.000.000
Financiamento para PMEs
Comohogar S.A.
Distribuição e varejo
10.000.000
FERTISA, Fertilizantes, Terminales i Servicios S.A.
Produtos agrícolas
Hidrosanbartolo S.A.
Energia
10.000.000
Projeto, construção e operação de uma usina hidrelétrica a fio de água
Procesadora Nacional de Alimentos C.A.
Alimentos e bebidas
10.000.000
Investimento em ativos imobilizados para ampliar a capacidade de produção de alimentos
Proyectos Energéticos Ecuagesa S.A.
Energia
Carifresh S.A.
5.000.000
Expansão da rede de varejo e da cadeia de valor Financiamento para renovação das plantações de bananas e expansão e modernização de um terminal portuário
7.000.000
Construção de uma usina hidrelétrica de 22,7 MW
Produtos agrícolas
160.000
Expansão das operações agrícolas
La Réserve
Hotelaria e turismo
365.000
Financiamento de projeto de expansão de hotel
Comercial Nasareth S. de R.L.
Distribuição e varejo
155.000
Financiamento de capital de giro
Financiera FINCA Honduras S.A.
Serviços financeiros
1.000.000
Financiamento de capital de giro para empreendedores de baixa renda
Gulfstream Petroleum Jamaica S. de R.L.
Distribuição e varejo
3.500.000
Financiamento para adquirir e ampliar operações de distribuição de combustíveis na Jamaica
Seawind Key Investment Limited
Hotelaria e turismo
8.000.000
Financiamento para a construção de dois complexos hoteleiros
Agrofinanzas S.A. de C.V.
Serviços financeiros
3.800.000
Financiamento para PMEs agrícolas
American Textil S.A.
Têxteis, confecções e couro
3.800.000
Diversificação da linha de produtos e compra de maquinário
35
Projetos aprovados em 2012 (cont.) Projeto
Setor
México (cont.)
Arendal S. de R.L. de C.V.
Serviços
8.500.000
Financiamento de contrato de obras públicas e de prestação de serviços com a PEMEX
CNH Servicios Comerciales S.A. de C.V. SOFOM
Serviços financeiros
2.200.000
Financiamento para subempréstimos
Corporación Financiera de Occidente S.A. de C.V. SOFOL
Serviços financeiros
500.000
Docuformas S.A.P.I. de C.V.
Serviços financeiros
2.300.000
Diversificação das fontes de financiamento
Financiera Educativa de México S.A. de C.V.
Serviços financeiros
1.900.000
Expansão das operações no sul do México
Operadora de Servicios MEGA S.A. de C.V.
Serviços financeiros
2.300.000
Financiamento para PMEs
Promotora de Cultura Yaxché S.A. de C.V.
Hotelaria e turismo
7.300.000
Construção e início de operações do Gran Museo del Mundo Maya de Mérida
Servicios y Financiamiento Agrícola S.A. de C.V. SOFOM ENR
Serviços financeiros
1.800.000
Financiamento da carteira de empréstimos
Vinte Viviendas Integrales S.A.P.I. de C.V.
Distribuição e varejo
4.000.000
Financiamento de capital de giro para incorporação de imóveis residenciais no México
Banco de Finanzas S.A.
Serviços financeiros
5.000.000
Financiamento de médio e longo prazo para PMEs
Casa Pellas S.A.
Distribuição e varejo
3.500.000
Financiamento de capital de giro
Credi-Factor S.A.
Serviços financeiros
750.000
Financiamento para PMEs
Distribuidora del Socorro S.A.
Distribuição e varejo
200.000
Financiamento de capital de giro
Financiera FINCA Nicaragua S.A.
Serviços financeiros
1.000.000
Financiamento de capital de giro para empreendedores de baixa renda
Inversiones Hidroeléctricas S.A.
Serviços públicos
8.000.000
Construção de usina hidrelétrica
Irene S.A.
Têxteis, confecções e couro
Puerto Cabezas Power S.A.
Energia
Repuestos Almir S.A.
Distribuição e varejo
300.000
Construção de depósito e ampliação dos existentes
Solórzano Industrial & Cía. Ltda.
Distribuição e varejo
100.000
Financiamento de capital de giro
ZAPSA Comercial S.A.
Distribuição e varejo
250.000
Financiamento de capital de giro e amortização de dívidas financeiras
Nicarágua
36
Montante aprovado
País
600.000
1.500.000
Descrição
Reforço do capital
Aperfeiçoamentos na armazenagem e modernização geral dos equipamentos Aquisição de geradores elétricos
Montante aprovado
País
Projeto
Setor
Paraguai
Comercial e Industrial Amambay S.A. - Ciabay S.A.
Fertilizantes e serviços agrícolas
3.500.000
Refinanciamento de contas a receber
Peru
Banco Santander Perú S.A.
Serviços financeiros
5.000.000
Consolidação de programa de financiamento para PMEs
Caja Municipal de Ahorro y Crédito de Arequipa
Serviços financeiros
4.000.000
Expansão das operações de financiamento
Empresa de Generación Eléctrica Canchayllo S.A.C.
Energia
7.200.000
Financiamento para construção e operação de uma usina hidrelétrica
Envases Los Pinos S.A.C.
Envase e embalagem
3.000.000
Financiamento de médio prazo para capital de giro
Financiera Créditos Arequipa S.A.
Serviços financeiros
2.000.000
Financiamento para empreendedores e microempresas
Mountain Lodges of Peru S.A.C.
Hotelaria e turismo
3.000.000
Ampliação da rede de chalés nas montanhas
Scotiabank Perú S.A.A.
Serviços financeiros
40.000.000
Total Artefactos S.A.
Distribuição e varejo
4.500.000
Expansão da rede de lojas
Banco Popular Dominicano S.A.
Serviços financeiros
15.000.000
Financiamento para PMEs
Gulfstream Petroleum Dominicana S. de R.L.
Distribuição e varejo
3.500.000
Calzá Hnos. S.A.
Manufatura em geral
140.000
Financiamento de capital de giro
Fama S.A.
Têxteis, confecções e couro
600.000
Financiamento de capital de giro
Irisur S.A.
Manufatura em geral
350.000
Financiamento de capital de giro e maquinário
Ledincor S.A.
Transporte e logística
2.100.000
Aperfeiçoamentos na estocagem de matérias-primas
Lidelir S.A.
Transporte e logística
3.100.000
Expansão dos pátios de armazenagem
Corporación Interamericana para el Financiamiento de Infraestructura S.A.
Serviços financeiros
5.000.000
Renovação de linha de crédito
FINCA Microfinance Holding LLC
Serviços financeiros
900.000
República Dominicana
Uruguai
Regional
TOTAL
Descrição
Oferta de produtos de financiamento e arrendamento financeiro
Financiamento para adquirir e ampliar operações de distribuição de combustíveis na República Dominicana
Financiamento de capital de giro para empreendedores de baixa renda
US$ 378.930.000
37
I n i c i at i va s
d e
g o v e r n a n รง a
c o r p o r at i va
Iniciativas de governanรงa corporativa 38
Marco para a Governança Corporativa no Âmbito do Desenvolvimento
Seminário sobre governança corporativa para empresas familiares clientes da CII
Em setembro de 2011, a CII e outras 29 instituições de financiamento do desenvolvimento adotaram o Marco para a Governança Corporativa no Âmbito do Desenvolvimento, um conjunto de diretrizes para promover a boa governança corporativa nas atividades de empréstimo e investimento. Os signatários definiram uma metodologia padronizada para avaliar a qualidade da governança corporativa dos seus clientes dentro do processo de diligência devida, comprometendo-se, também, a oferecer treinamento para seu próprio pessoal e para as empresas clientes. A metodologia de avaliação desse Marco foi concebida para empresas de grande porte e, consequentemente, precisa passar por modificações substanciais para ser aplicada às pequenas e médias empresas, sobretudo as de propriedade familiar, o mercado-alvo da CII. Em 2012, a CII executou um programa-piloto para testar a metodologia e agora está adaptando as ferramentas desse Marco às características específicas de sua clientela. As empresas familiares enfrentam desafios únicos em termos de governança, relacionados à necessidade de definir e separar os diferentes papéis desempenhados pelos membros da família como acionistas, parentes e executivos da empresa. A CII é a única instituição de financiamento do desenvolvimento signatária do Marco a se dedicar ao segmento de empresas familiares da América Latina e do Caribe.
Em novembro de 2012, a CII organizou em Cancún seu segundo seminário para a promoção de boas práticas de governança corporativa em empresas familiares. O evento contou com a participação de 43 representantes de 17 PMEs, que receberam treinamento em temas como o papel da mulher na empresa familiar, as funções e deveres do conselho de administração, o planejamento de sucessão e a transferência de propriedade entre gerações. Esse seminário faz parte de uma iniciativa mais ampla da CII para elevar os níveis de boa governança e incutir boas práticas nesse setor.
Assistência técnica direta em governança corporativa para clientes da CII Em 2012, cinco clientes receberam assistência técnica direta da CII para melhorar sua governança corporativa com recursos de um programa do Governo da Coreia, por intermédio do Fundo Fiduciário Coreia–CII para o Desenvolvimento das PMEs. Esse tipo de assistência tem custo bastante elevado e o conteúdo abrangido pode levar até um ano para ser posto em prática, mas ele é muito eficaz, pois oferece às empresas ajuda e soluções individualizadas para resolver os desafios específicos enfrentados por elas. As empresas trabalham com especialistas na criação de estruturas de governança, como conselhos executivos e comitês operacionais, e a CII as ajuda a redigir protocolos familiares, planos de sucessão e outros acordos, e trabalha com elas para melhorar a transparência e eficiência.
Sustentabilidade ambiental e social Semana da Sustentabilidade Treinamento e assistência técnica são essenciais para que os projetos ofereçam mais do que apenas benefícios financeiros e econômicos. Em 2012, grande parte dos esforços de adicionalidade da CII estiveram voltados para a sustentabilidade ambiental. Em outubro, a CII realizou a sua terceira Semana da Sustentabilidade, com duas sessões de capacitação na Cidade do Panamá, que buscaram sensibilizar as PMEs quanto à eficiência energética e oferecer às instituições financeiras ferramentas práticas para a incorporação da sustentabilidade como eixo transversal de suas práticas. O primeiro seminário transmitiu informações sobre a redução dos riscos ambientais e sociais a mais de 25 instituições financeiras de 13 países da região. Além disso, os participantes aprenderam como aproveitar as estratégias ambientais e de gestão de riscos para melhorar a sua competitividade. O seminário foi organizado em conjunto com a Unidade de Salvaguardas Ambientais do BID. O segundo seminário ofereceu a mais de 60 pequenas e médias empresas, ONGs e outras entidades da região as ferramentas necessárias para reduzir seus custos de energia e a sua pegada ambiental. Esse evento contou com a colaboração do Banco General, instituição financeira privada panamenha. Há vários anos, a CII vem trabalhando com outras instituições financeiras da América Latina e do Caribe para aumentar a conscientização sobre a mudança climática e a eficiência energética e fomentar o uso de fontes de energia renováveis. Desde o primeiro seminário sobre gestão de riscos ambientais, em 1999, a CII já capacitou cerca de 600 participantes de mais de 220 instituições financeiras.
39
G o v e r n a n รง a
i n s t i t u c i o n a l
Governanรงa institucional 40
Assembleia de Governadores Todos os poderes da CII estão investidos em sua Assembleia de Governadores, que é composta por um governador e um governador suplente indicados por cada país membro. Entre os poderes investidos na Assembleia de Governadores e que não podem ser delegados à Diretoria Executiva estão a admissão de novos países membros, a contratação de auditores externos, a aprovação das demonstrações financeiras auditadas da CII e a alteração de seu Convênio Constitutivo.
Diretoria Executiva A Diretoria Executiva é responsável pela condução das operações da CII. Para tanto, ela exerce todos os poderes que lhe foram conferidos pelo Convênio Constitutivo da CII ou delegados pela Assembleia de Governadores. A Diretoria Executiva determina a estrutura organizacional básica da CII, inclusive a quantidade das principais posições profissionais e administrativas e suas responsabilidades gerais, além de aprovar seu orçamento. Os 13 membros e 13 suplentes da Diretoria Executiva têm mandatos de três anos e representam um ou mais países membros da CII. O Comitê Executivo da Diretoria Executiva é composto por quatro membros: o diretor ou suplente nomeado pelo país membro com maior quantidade de ações da CII, dois diretores representando países membros em desenvolvimento da região e um diretor representando os demais países membros. Todos os empréstimos e investimentos da CII em empresas localizadas nos países membros são analisados por esse comitê.
Diretores Executivos e Diretores Executivos Suplentes
(em dezembro de 2012)
Diretor Executivo
Diretor Executivo Suplente
Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália, Países Baixos e República Popular da China
Mattia Adani
Johannes Smeets
Argentina e Haiti
Gabriela Costa
Federico Chinchilla
Bahamas, Barbados, Guiana, Jamaica e Trinidad e Tobago
Kurt Kisto
Sulfikar Ally
Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua
Carmen María Madríz
Carla Anai Herrera Ramos
Brasil e Suriname
Ricardo Carneiro
Sérgio Portugal
Chile e Colômbia
Alejandro Foxley Tapia
Roberto Prieto Uribe
Dinamarca, Finlândia, França, Noruega, Suécia e Suíça
Per Oyvind Bastoe
Christian Pages
Equador e Peru
Kurt Burneo Farfán
Xavier Eduardo Santillán
Espanha, Israel, Japão, Portugal e República da Coreia
Yasuhiro Atsumi
María Pérez Ribes
Estado Plurinacional da Bolívia, Paraguai e Uruguai
Hugo Rafael Cáceres
Marcelo Bisogno
Estados Unidos da América
Gustavo Arnavat
México e República Dominicana
Cecilia Ramos Ávila
Muriel Alfonseca
Panamá e República Bolivariana da Venezuela
Adina Bastidas
Antonio De Roux
41
Administração O presidente do BID é o presidente ex-officio da Diretoria Executiva da CII e preside suas reuniões, mas só tem direito a voto em caso de empate, podendo participar, sem direito de voto, das reuniões da Assembleia de Governadores da CII. Mediante recomendação de seu presidente, a Diretoria Executiva nomeia o gerente geral da CII por maioria de quatro quintos do total dos votos. O gerente geral supervisiona os oficiais e funcionários da CII. Sob a direção da Diretoria Executiva e a supervisão geral de seu presidente, o gerente geral conduz os negócios correntes da CII e, após consulta à Diretoria Executiva e seu presidente, é responsável pela organização, nomeação e demissão de oficiais e funcionários. O gerente geral pode participar das reuniões da Diretoria Executiva, mas não tem direito a voto. O gerente geral também determina a estrutura operacional da CII e pode modificá-la para acompanhar as necessidades de mudança da organização.
Pessoal Em 31 de dezembro de 2012, a CII tinha 110 cargos dedicados ao cumprimento de sua missão de desenvolvimento e contava com 25 funcionários em 12 países da região: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. Os demais funcionários estão lotados em sua sede, em Washington, D.C. Os funcionários na região incluem oito oficiais de investimento, que trabalham diretamente na originação e desenvolvimento de novos projetos, e dez funcionários dedicados em tempo integral à supervisão direta de uma carteira de 222 projetos com empresas e instituições financeiras, inclusive com visitas de campo anuais. Os demais funcionários dão apoio às atividades de projetos e programas e estão lotados em nove divisões (Assistência Técnica e Parcerias Estratégicas, Assuntos Institucionais, Eficácia no Desenvolvimento, Finanças e Planificação Estratégica, Fundos de Investimento e Participações Societárias, Gerenciamento da Carteira, Gestão de Riscos, Jurídica e Operações) e a unidade de Operações Especiais.
Estrutura de remuneração do pessoal da sede da CII*
Grau
Cargo
Mínimo
Máximo
E2
Executivo
US$ 279.022
US$ 334.826
E5
Executivo
203.577
254.472
Funcionários no nível salarial
1,22%
Salário médio/grau
Média de benefícios†
US$ 334.826
US$ 130.582
1,22
254.472
99.244
1
Gerencial
164.862
239.050
10,98
199.804
77.924
2
Gerencial
144.287
216.430
1,22
169.587
66.139
3
Técnico
120.416
192.667
18,29
133.549
52.084
4
Técnico
105.949
169.518
14,63
118.255
46.119
5
Técnico
96.528
144.791
14,63
100.344
39.134
6
Técnico
86.196
129.293
4,88
86.366
33.683
7
Técnico
76.581
114.871
10,98
84.503
32.956
8
Técnico
67.177
100.765
6,10
72.340
28.213
9
Apoio
59.517
89.275
9,76
60.027
23.410
10
Apoio
47.990
76.785
3,66
54.129
21.110
11
Apoio
41.808
66.893
2,44
49.511
19.309
100,0% * O pessoal na região é remunerado localmente segundo faixas salariais determinadas pelo BID. †
42
I nclui licenças, pagamento por término de contrato, plano de saúde e seguro de vida e outros benefícios não salariais: visita ao país de origem, reembolso de impostos, viagem para nomeação, despesas de realocação e repatriação, salário-família, auxilio educação e benefícios de viagens em missão.
Os membros da Diretoria Executiva da CII, inclusive os diretores executivos, diretores executivos suplentes, conselheiros e conselheiros sênior, bem como o presidente da Diretoria Executiva, são remunerados pelo BID.
Ferramentas para combater a corrupção e a fraude A CII participa de uma ampla iniciativa internacional para promover a integridade e a transparência nas operações com o setor privado. Em 2011, ela firmou o Marco para a Prevenção e Combate a Fraudes e Corrupção. Além disso, continua a aplicar as melhores práticas desenvolvidas na última década em conjunto com outras instituições do setor, inclusive uma política de tolerância zero em relação a determinadas práticas proibidas. A CII também reconhece e se compromete a cumprir as decisões de impedimento tomadas por outras instituições signatárias do Acordo de Cumprimento Mútuo de Decisões de Impedimento. Na condução de suas operações, a CII toma as medidas apropriadas para identificar e atenuar os eventuais riscos para sua integridade e reputação, bem como para prevenir, investigar e punir possíveis práticas proibidas. Essas medidas incluem revisões de diligência devida em seus clientes e parceiros, análise do quadro regulatório do sistema bancário e financeiro dos países onde opera com intermediários financeiros e o monitoramento do cumprimento, por suas contrapartes, das normas para a prevenção da lavagem de dinheiro.
Missão A CII fomenta o desenvolvimento econômico dos países membros na América Latina e no Caribe por meio do financiamento a empresas privadas. A CII iniciou suas operações em 1989 e concentra-se no apoio a empresas de pequeno e médio porte que têm dificuldade em obter financiamentos de médio e longo prazo. As empresas e projetos financiados pela CII devem ser economicamente viáveis e operar com eficiência, além de estimular o crescimento econômico e promover a boa gestão ambiental. A CII apoia empresas que criam empregos, ajudam a ampliar a propriedade do capital e facilitam a transferência de recursos e tecnologia. Também estão qualificados para receber apoio da CII projetos que gerem divisas ou fomentem a integração econômica na América Latina e no Caribe. Como organização financeira multilateral, a CII oferece uma série de alternativas de financiamento, inclusive empréstimos diretos, garantias, participações societárias e linhas de crédito para intermediários financeiros. As operações da CII servem também como catalisadores para atração de tecnologia, know-how e fontes de financiamento adicionais para projetos. Os recursos são mobilizados por meio de acordos de cofinanciamento e sindicalização, apoio para subscrição de ações, obrigações e outros títulos, além de parcerias em joint ventures. A CII é membro do Grupo BID, é juridicamente autônoma e seus recursos e administração são separados dos do BID. A CII está sediada em Washington, D.C. e tem funcionários em 12 países da América Latina e do Caribe.
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Demonstraçþes financeiras auditadas
44
Relatório dos auditores independentes Corporação Interamericana de Investimentos As demonstrações financeiras da Corporação Interamericana de Investimentos foram traduzidas para o português a partir dos textos em inglês e espanhol. Essas demonstrações financeiras em inglês e espanhol foram analisadas por auditores independentes da Corporação. O relatório dos auditores sobre a análise efetuada, bem como o respectivo parecer, encontram-se nas versões em inglês e espanhol do Relatório Anual.
45
Balanço patrimonial Em 31 de dezembro 2012
Em milhares de US$ (exceto dados sobre ações)
2011
ATIVO Disponibilidades
$
28.438
$
59.254
Títulos e valores mobiliários Para negociação
535.439
352.663
Disponíveis para venda
149.571
30.442
40.335
46.551
1.061.679
992.900
(47.414)
(44.966)
1.014.265
947.934
26.637
27.449
1.040.902
975.383
19.828
18.571
$ 1.814.513
$ 1.482.864
$
$
Mantidos até o vencimento Investimentos Empréstimos concedidos Menos provisão para perdas
Participações societárias (US$ 14.673 e US$ 16.583 ao valor justo, respectivamente) Total dos investimentos Contas a receber e outros ativos Total do ativo
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contas a pagar e outras obrigações Juros e taxas de compromisso a pagar Captações de curto prazo Captações e dívidas de longo prazo (US$ 0 e US$ 50.114 ao valor justo, respectivamente) Total do passivo
63.969
43.966
2.606
2.648
21.498
140.823
947.860
517.681
1.035.933
705.118
689.790
704.800
Capital social Autorizado: 70.590 ações e 70.590 ações, respectivamente (valor nominal de US$ 10.000) Ações subscritas: 68.979 e 70.480 ações, respectivamente (valor nominal US$ 10.000) Menos subscrições a integralizar
(20.471)
689.390
684.329
Lucros acumulados
137.604
132.044
Outras perdas abrangentes acumuladas
(48.414)
(38.627)
778.580
777.746
$ 1.814.513
$ 1.482.864
Total do patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
46
(400)
Demonstração do resultado Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012
2011
$ 48.537
$ 43.935
1.357
545
49.894
44.480
Dividendos e distribuições
527
633
Ganhos na venda
248
1.435
Variações no valor contábil
(48)
(2.703)
67
1.252
794
617
Títulos e valores mobiliários
9.109
6.080
Serviços de consultoria, cofinanciamento e outras receitas
3.562
4.350
Total das receitas
63.359
55.527
Despesas com captações e dívidas de longo prazo (descontadas as variações no valor justo dos respectivos instrumentos financeiros)
17.173
13.982
Total das receitas, descontadas as despesas de juros
46.186
41.545
188
(4.643)
—
2.363
Em milhares de US$
RECEITAS Receita de empréstimos Juros e comissões Outras receitas Participações societárias
Outras receitas
PROVISÃO PARA/(LIBERAÇÃO DE) PERDAS COM EMPRÉSTIMOS PERDAS EM PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS COM REDUÇÃO NÃO TEMPORÁRIA AO VALOR RECUPERÁVEL (RELATIVAS A CRÉDITO)
DESPESAS OPERACIONAIS Despesas administrativas
39.952
32.909
(Ganhos)/Perdas em operações cambiais, líquido
(63)
161
Outras despesas
311
20
40.200
33.090
5.798
10.735
238
430
$ 5.560
$ 10.305
Total das despesas operacionais Resultado antes das atividades de assistência técnica Atividades de assistência técnica RESULTADO
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
47
Demonstração de perdas abrangentes Exercício encerrado em 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
$ 5.560
$ 10.305
(11.368)
(28.873)
Obrigações de transição
174
174
Custos de serviços anteriores
934
1.878
(10.260)
(26.821)
473
253
(9.787)
(26.568)
$ (4.227)
$ (16.263)
RESULTADO OUTRAS PERDAS ABRANGENTES Perdas atuariais líquidas Amortização de:
Ganhos não realizados sobre títulos e valores mobiliários disponíveis para venda
PERDAS ABRANGENTES
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
48
Demonstração das mutações no patrimônio líquido
Lucros acumulados
Outras perdas abrangentes acumuladas
Capital*
Patrimônio líquido
$ 121.739
$ (12.059)
$ 663.371
$ 773.051
10.305
—
—
10.305
Outras perdas abrangentes
—
(26.568)
—
(26.568)
Pagamentos recebidos por ações subscritas
—
—
20.958
20.958
$ 132.044
$ (38.627)
$ 684.329
$ 777.746
5.560
—
—
5.560
Outras perdas abrangentes
—
(9.787)
—
(9.787)
Pagamentos recebidos por ações subscritas
—
—
5.061
5.061
$ 137.604
$ (48.414)
$ 689.390
$ 778.580
Em milhares de US$
Em 31 de dezembro de 2010 Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 Resultado
Em 31 de dezembro de 2011 Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 Resultado
Em 31 de dezembro de 2012 *Deduzidas as subscrições a integralizar.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstração dos fluxos de caixa Exercício encerrado em 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Desembolsos de empréstimos concedidos Desembolsos relativos a participações societárias Amortização de empréstimos Venda de participações societárias Vencimentos de títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento Títulos e valores mobiliários disponíveis para venda Compras Vendas e vencimentos Despesas de capital Produto da venda de ativos recuperados Caixa líquido aplicado em atividades de investimento
$ (352.732) (2.628) 283.544 3.510 6.000
$ (411.674) (445) 239.347 2.769 47.000
(133.596) 15.000 (1.170) 2.334 $ (179.738)
(30.000) 20.000 (1.949) 2.861 $ (132.091)
(101.979) 411.472 5.061 $ 314.554
(28.936) 68.248 20.958 $ 60.270
5.560
10.305
(248) 48 — 2.810 188 (6.886) 5.459 3.811 (23) — 307 — 2.477 7.943
(1.435) 2.703 (58) (1.041) (4.643) (2.623) 2.782 (2.405) — (339) — 710 (1.893) (8.242)
(1.756.884) 1.577.747
(1.355.282) 1.403.480
(179.137)
48.198
$ (165.634)
$ 50.261
2
6
Redução em disponibilidades, líquido Disponibilidades em 1º de janeiro Disponibilidades em 31 de dezembro
(30.816) 59.254 $ 28.438
(21.554) 80.808 $ 59.254
Informações complementares: Juros pagos durante o exercício
$ 15.503
$ 13.208
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamentos de captações, líquido Produto da emissão de títulos Subscrições de capital Caixa líquido gerado por atividades de financiamento
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Resultado Ajustes para conciliar o resultado do exercício com o caixa líquido aplicado em atividades operacionais: Ganhos realizados na venda de participações societárias Variação no valor contábil de participações societárias Recuperação de participações societárias Variação em contas a receber e outros ativos Provisão para/(liberação de) perdas com empréstimos concedidos Ganhos não realizados em títulos e valores mobiliários Variação em contas a pagar e outras obrigações Variação nos passivos líquidos do Plano de Pensões e do PBPA Perdas realizadas com derivativos não especulativos, líquido Ganhos não realizados com derivativos não especulativos Ganhos realizados com captações ao valor justo, líquido Variação no valor de captações ao valor justo Outros, líquido Títulos e valores mobiliários para negociação Compras Vendas, vencimentos e pagamentos Caixa líquido (aplicado em)/gerado por atividades operacionais Efeito líquido das variações cambiais sobre as disponibilidades
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As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Objetivo A Corporação Interamericana de Investimentos (a Corporação), uma organização multilateral, foi criada em 1986 e iniciou suas atividades em 1989, com a missão de promover o desenvolvimento econômico dos países membros latinoamericanos e caribenhos, financiando empresas de pequeno e médio porte. Essa missão é cumprida pela Corporação, em conjunto com investidores privados, mediante concessão de empréstimos e aquisição de participações societárias onde, sob condições razoáveis, não haja oferta de capital privado em nível suficiente. A Corporação exerce também uma função catalisadora, ao mobilizar financiamento adicional para projetos por outros investidores e mutuantes, por meio de cofinanciamento ou formação de consórcios de empréstimos, participações em empréstimos, subscrição inicial e prestação de garantias. Além de financiar projetos e mobilizar recursos, a Corporação também presta serviços de consultoria financeira e técnica aos clientes. O capital acionário da Corporação é proveniente dos países membros e ela opera principalmente em dólares dos Estados Unidos, com as atividades operacionais restritas a seus vinte e seis países membros regionais. A Corporação é membro do Grupo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), que também inclui, além do próprio Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Fundo Multilateral de Investimentos (FUMIN).
1. Apresentação das demonstrações financeiras As políticas contábeis e de apresentação das demonstrações financeiras da Corporação obedecem às práticas contábeis geralmente aceitas nos Estados Unidos (U.S. GAAP). As referências nas notas explicativas a práticas contábeis geralmente aceitas do FASB (Financial Accounting Standards Board) significarão referências à Codificação de Normas Contábeis do FASB, também citada como “Codificação” ou ASC (do inglês: Accounting Standards Codification). Todos os montantes apresentados nas demonstrações financeiras e nas notas explicativas são expressos, salvo indicação em contrário, em milhares de dólares dos Estados Unidos da América (dólares dos EUA, USD ou US$), que constitui a moeda funcional da Corporação.
2. Resumo das principais políticas contábeis Uso de estimativas — A elaboração das demonstrações financeiras exige que a administração faça uso de estimativas e premissas que afetam os valores declarados do ativo e do passivo, as informações sobre ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras e os valores declarados das receitas e despesas do exercício. Os resultados reais poderão ser diferentes das estimativas. A administração utilizou, em grau considerável, seu próprio critério de decisão ao definir os níveis adequados da provisão para perdas com empréstimos concedidos e garantias, o valor justo dos empréstimos concedidos e dos investimentos em participações societárias, das captações e dos derivativos, bem como ao definir o custo dos benefícios periódicos líquidos dos planos de pensões e de pós-aposentadoria e o valor presente das obrigações por benefícios. As operações da Corporação estão sujeitas a riscos e incertezas a elas inerentes. As alterações nas condições econômicas podem ter efeitos negativos sobre a posição financeira da Corporação. Disponibilidades — Os instrumentos de investimento de alta liquidez em carteira com vencimento original de até três meses são considerados disponibilidades, com exceção dos detidos para negociação. A Corporação pode deter disponibilidades acima dos limites segurados pela FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation). Investimento em títulos e valores mobiliários — Como parte de sua estratégia geral de administração de carteiras, a Corporação investe em títulos privados e em títulos de governos e de agências governamentais, segundo suas próprias diretrizes de investimento. Esses investimentos incluem títulos de dívida, notas, letras, certificados de depósito, commercial paper e fundos mútuos, a taxas fixas e variáveis. Os títulos e valores mobiliários da carteira da Corporação são classificados de acordo com a intenção da administração na data da aquisição e contabilizados na data da negociação. A carteira da Corporação classificada como “para negociação”
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
é declarada pelo valor justo, com os ganhos e perdas não realizados lançados como “Receita de títulos e valores mobiliários”. Os títulos e valores mobiliários a prazo fixo classificados como “Mantidos até o vencimento” são os que a Corporação pode e pretende deter em carteira até os respectivos vencimentos, contabilizados pelo custo amortizado. Todos os demais títulos e valores mobiliários são classificados como “Disponíveis para venda” e contabilizados pelo valor justo, com inclusão dos ganhos ou perdas líquidos não realizados em “Outros resultados abrangentes acumulados”. Os juros e dividendos sobre os títulos e valores mobiliários, a amortização de ágios e o acréscimo de descontos são incluídos em “Receita de títulos e valores mobiliários”. Os investimentos da Corporação em títulos de dívida dos mercados latino-americanos e caribenhos, resultantes de atividades de desenvolvimento, são classificados como “Mantidos até o vencimento” e contabilizados no balanço patrimonial pelo custo amortizado. A Corporação avalia os títulos disponíveis para venda e os mantidos até o vencimento cujos valores estejam abaixo de seu respectivo custo amortizado, para definir se a diminuição do valor justo não é apenas temporária no encerramento do exercício. Vários fatores são levados em conta pela Corporação para definir se a diminuição do valor justo não é apenas temporária, inclusive, entre outros, a condição financeira do emissor, os efeitos de flutuações nas taxas de juros ou em spreads de crédito, o prazo esperado de recuperação, bem como outros dados quantitativos e qualitativos. A apuração do montante de títulos e valores mobiliários com redução ao valor recuperável é um processo que depende de estimativas, decisões pontuais e incertezas, e seu objetivo é definir se os declínios no respectivo valor justo precisam ser reconhecidos nas receitas do exercício então em curso. Os riscos e incertezas incluem as mudanças nas condições econômicas gerais e as variações futuras nas avaliações dos fatores supracitados. Empréstimos concedidos e participações societárias — Os compromissos relacionados a empréstimos concedidos e participações societárias são constituídos na data de assinatura do respectivo contrato e contabilizados como ativos quando desembolsados. Os empréstimos são contabilizados pelo valor do principal em aberto, ajustado pela provisão para perdas. Em alguns casos, a Corporação obtém garantias reais e pessoais como hipotecas e avais de terceiros, ou outras. As participações societárias, que incluem investimentos diretos e investimentos em sociedades de responsabilidade limitada do tipo limited partnerships (LPs), são inicialmente contabilizadas ao valor de custo, que geralmente representa o valor justo do pagamento feito. São reconhecidos pelo custo os investimentos diretos em participações societárias e determinados investimentos em LPs para os quais a Corporação mantém contas de participação específica, sem exercer influência significativa. O reconhecimento pelo valor justo é aplicado a investimentos de participação societária em LPs onde a participação da Corporação não seja considerada de pouca monta. A Corporação considera que um empréstimo exige redução ao valor recuperável quando, baseada em dados e em ocorrências atuais, ela acredita existir uma probabilidade de que não seja possível receber todos os montantes devidos nos termos do contrato de empréstimo. Para definir se um empréstimo exige tal redução, os dados e acontecimentos relativos ao mutuário e ao seu respectivo cenário econômico e político que são levados em consideração incluem, entre outros fatores, as dificuldades financeiras enfrentadas pelo mutuário, a posição que ele ocupa entre os concorrentes no mercado, os riscos associados à garantia real, a disponibilidade e a capacidade do patrocinador para dar apoio ao investimento, os riscos da equipe responsável, além dos conflitos geopolíticos e das crises macroeconômicas. A necessidade de redução ao valor recuperável dos investimentos em participações societárias, os quais não são contabilizados ao valor justo, é avaliada com base nas informações financeiras mais recentes e com base em outros documentos de pesquisa disponíveis. Também são levadas em consideração as tendências do setor de atividade de cada emissor, o histórico de desempenho das sociedades e a intenção da Corporação de manter o investimento durante um prazo maior. Caso seja constatada uma necessidade não temporária de redução ao valor recuperável de ativos, o valor do investimento em participações societárias é reduzido, e o valor resultante passa a ser a nova base de custo do investimento. As eventuais perdas com redução ao valor recuperável de ativos somente geram reversões de valor quando a participação societária é vendida com ganhos.
52
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Entidades com participações variáveis — Uma entidade é considerada uma entidade com participações variáveis (VIE, na sigla em inglês para variable interest entities), de acordo com o ASC 810 Subseção VIE, nos casos em que: (1) não disponha de patrimônio líquido suficiente para o financiamento de suas atividades sem o apoio financeiro adicional subordinado de outras partes; ou (2) não disponha de investidores de capital com direitos de decisão sobre as operações da entidade ou então disponha de investidores de capital que não absorvam as perdas previstas ou que recebam os rendimentos esperados da entidade na proporção de seus direitos a voto. Para definir se deve ou não consolidar suas participações variáveis nas VIEs, a Corporação analisa se tem poderes para dirigir as atividades da VIE com o impacto mais significativo sobre seu desempenho econômico, inclusive a obrigação de absorver prejuízos na VIE ou o direito de receber benefícios potencialmente significativos para a VIE. A Corporação não identificou nenhuma VIE que devesse ser consolidada nas demonstrações financeiras da Corporação. Provisão para perdas com empréstimos — A Corporação reconhece no balanço patrimonial a redução ao valor recuperável dos ativos incluídos na carteira de empréstimos por meio de uma provisão para perdas com empréstimos concedidos, que aumenta ou diminui conforme os acréscimos ou as liberações contabilizados na rubrica de lucro líquido. As baixas e eventuais recuperações posteriores de valor dos empréstimos concedidos são lançadas na conta de provisão. A provisão para perdas com empréstimos é mantida em um nível considerado adequado pela administração para absorver as perdas estimadas como prováveis na carteira de empréstimos. A administração decide com base na classificação de risco e no desempenho de cada empréstimo, levando também em conta a conjuntura econômica e outros fatores considerados significativos. A provisão para perdas com empréstimos reflete as estimativas de perdas prováveis já identificadas (empréstimos com redução ao valor recuperável com uma provisão específica) e também as estimativas de perdas prováveis que sejam inerentes à carteira mas não especificamente identificáveis (provisão geral). A definição das provisões para perdas identificadas como prováveis representa a decisão mais criteriosa possível pela administração sobre a classificação de crédito do mutuário e é feita por análise periódica de cada empréstimo concedido. Essa estimativa leva em conta todos os dados disponíveis para comprovação, inclusive, conforme cabível, o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados, descontados à taxa contratual vigente para o empréstimo, o valor justo da garantia deduzido de custos de alienação, bem como outros dados de mercado observáveis. Dado o objetivo da Corporação e a natureza dos empréstimos, não existe, em geral, um valor de mercado secundário para operações similares. A provisão para perdas com empréstimos atribuída ao restante da carteira de empréstimos concedidos é definida por uma estimativa da perda provável inerente à carteira, com base em várias análises. Cada empréstimo é classificado em função de seus riscos, e são derivadas as estimativas de perdas para cada classificação de crédito. Essas classificações baseiam-se em experiências passadas e em informações de mercado disponíveis, inclusive risco-país, riscos de correlação ou contágio de perdas entre mercados, descumprimento das garantias e de outras formas de coobrigação por parte de patrocinadores, bem como no fato de as demonstrações financeiras se pautarem por princípios contábeis diferentes dos geralmente aceitos nos Estados Unidos. As estimativas de perdas são derivadas das informações específicas sobre o setor e dos dados históricos da Corporação. Durante os períodos aqui refletidos, não houve alteração nas políticas contábeis da Corporação nem nas metodologias utilizadas para avaliar sua provisão para perdas com empréstimos. Em determinadas divulgações relativas ao total da provisão para empréstimos, a Corporação considera o total de sua carteira de empréstimos para estimar a respectiva reserva para perdas. Ocorre a baixa dos empréstimos concedidos quando a Corporação esgota todos os recursos possíveis para recuperação, com a consequente redução na provisão para perdas com empréstimos. Essas reduções na provisão são parcialmente compensadas pelas recuperações associadas a empréstimos baixados anteriormente. Reconhecimento de receitas originárias de empréstimos concedidos — Os juros e as comissões, exceto comissões de abertura de empréstimos, são reconhecidos como receita no exercício em que forem auferidos. A Corporação não reconhece receitas de empréstimos cuja possibilidade de recebimento seja considerada duvidosa ou, em geral, quando o pagamento de juros ou principal tiver atraso superior a 90 dias. Os juros devidos e não recebidos, no caso de empréstimos que deixaram de
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
ser contabilizados pelo regime de competência, são estornados da receita e somente voltam a ser reconhecidos como receita quando recebidos e novamente contabilizados pelo regime de competência, após a administração concluir que o mutuário demonstra capacidade de efetuar pagamentos periódicos de juros e do principal. Os juros não reconhecidos anteriormente mas capitalizados como parte de uma renegociação de dívida são contabilizados como receita diferida, sendo creditados ao resultado somente quando o principal correspondente é recebido. As comissões de abertura de empréstimos e os custos diretos incrementais referentes à originação dos empréstimos concedidos não são diferidos e amortizados ao longo do prazo do empréstimo, porque as comissões de abertura servem unicamente para reembolsar a Corporação pelo custo de originação do empréstimo. As eventuais diferenças a maior ou a menor entre as comissões de originação de empréstimo não restituíveis e os custos de originação de empréstimo são consideradas irrelevantes para as demonstrações financeiras. Reconhecimento de receitas de participações societárias — Os dividendos e as participações em lucros recebidos de investimentos em participações societárias, contabilizados pelo método de custo, são contabilizados como receita quando as distribuições são declaradas. Os ganhos na venda ou no resgate de participações societárias, contabilizados pelo método de custo com a devida redução ao valor recuperável, são contabilizados como receita quando realizados. No caso das LPs contabilizadas pelo valor justo, os dividendos são levados em consideração ao se avaliar o respectivo valor patrimonial líquido, e registrados como variações no valor contábil das participações societárias. Garantias — A Corporação oferece garantias de crédito para cobertura de obrigações de terceiros, no sistema de riscos compartilhados, para empréstimos tomados ou títulos e valores mobiliários emitidos em apoio a projetos em um país membro que visem a aprimorar sua situação de crédito e viabilizar uma ampla gama de operações empresariais. Essas garantias financeiras são compromissos da Corporação para garantir o pagamento a terceiros pelo mutuário ou devedor. A política da Corporação de exigir garantias reais com relação a esses instrumentos e os tipos de garantias reais detidas são normalmente iguais aos exigidos para empréstimos. As garantias são consideradas constituídas quando a Corporação assina o contrato de garantia e vigentes quando é contraída a correspondente obrigação financeira de terceiros, e tornamse pagáveis quando o cumprimento da obrigação pela Corporação é exigido nos termos da garantia. Há dois tipos de obrigações associadas às garantias: (1) a obrigação contínua (stand-ready) de honrar o compromisso; e (2) a obrigação contingente de efetuar futuros pagamentos. A obrigação contínua (stand-ready) de honrar o compromisso é reconhecida na data de emissão, a menos que um passivo contingente já exista ou seja previsto no curto prazo, sendo contabilizada pelo valor justo. O passivo contingente relativo à garantia financeira é reconhecido quando há a probabilidade de a garantia ser exigida e caso seja possível, sob termos razoáveis, estimar o valor da garantia. Os eventuais passivos por obrigações contínuas e contingentes associadas às garantias são incluídos em “Outras obrigações”. A contrapartida é a remuneração recebida ou a receber, sendo esta última incluída em “Outros ativos’” no balanço patrimonial. Quando a garantia é exigida, o valor desembolsado é registrado como empréstimo concedido, sendo constituídas reservas específicas com base na estimativa de perda provável. A receita é levada ao resultado quando a Corporação é liberada do risco, por ocasião do término ou da liberação da garantia. Atividades de gestão de riscos: derivativos não especulativos — A Corporação realiza operações com determinados derivativos para gestão de riscos financeiros. A Corporação controla sua exposição às variações nas taxas de juros mediante o uso de produtos financeiros derivativos, que incluem swaps de taxas de juros e posições em opções de compra (por exemplo, caps de taxas de juros). Os derivativos modificam as características das taxas de juros do respectivo instrumento financeiro para gerar os juros desejados, e nenhum deles é designado como instrumento de hedge. A Corporação não utiliza derivativos para fins de especulação. Os derivativos são reconhecidos no balanço patrimonial pelo valor justo e classificados no ativo ou no passivo, dependendo da natureza e do montante de seu valor justo líquido. As variações no valor justo de derivativos relativos a captações são informadas em “Despesas com captações e dívidas de longo prazo”.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
O derivativo da Corporação foi pago em junho de 2012. Esse derivativo não foi previsto como hedge de fluxo de caixa nem de valor justo. Despesas diferidas — Os custos referentes à emissão de títulos de dívida e de outros instrumentos financeiros são diferidos e amortizados ao longo do prazo da dívida correspondente, pelo método linear, com resultados similares aos custos que seriam obtidos com o método dos juros efetivos. Ativo fixo — A Corporação contabiliza o ativo fixo pelo custo, deduzidas as depreciações e amortizações acumuladas. A depreciação e a amortização são reconhecidas pelo método linear ao longo da vida útil estimada dos ativos, que varia de três a sete anos. Operações em moedas estrangeiras — Os ativos e passivos expressos em outras moedas são traduzidos para seu equivalente em dólares dos Estados Unidos usando as taxas de câmbio de quitação possível do ativo ou do passivo, sob termos razoáveis, na data em questão. As receitas e despesas são traduzidas mensalmente utilizando os valores aproximados da média ponderada das taxas de câmbio, com os respectivos ganhos e perdas incluídos em “Perdas/ (Ganhos) em operações cambiais, líquido”. Valor justo dos instrumentos financeiros — A Codificação exige que as pessoas jurídicas divulguem informações sobre o valor justo estimado de seus instrumentos financeiros e sobre a mensuração de valor justo, quer esses valores sejam ou não reconhecidos no balanço patrimonial. O “valor justo” é definido nos GAAP como o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago na cessão de um passivo (ou seja, o “preço de saída”), em uma transferência regular entre participantes do mercado, na data de mensuração, conforme as condições de mercado existentes. A mensuração ao valor justo também pressupõe que a operação de venda do ativo ou de cessão do passivo ocorra no mercado principal ou então, inexistindo um mercado principal, no mercado que for o mais vantajoso para o ativo ou o passivo. A Corporação utiliza vários métodos de avaliação para definir o valor justo, inclusive os baseados em mercado, lucratividade e custos. A Codificação estabelece uma hierarquia para os dados utilizados na mensuração do valor justo, de forma a maximizar o uso de dados observáveis e minimizar o uso de dados não observáveis, exigindo que sejam utilizados, sempre que disponíveis, os dados observáveis. Os dados observáveis são os que os participantes do mercado utilizariam na atribuição de preços a ativos ou passivos com base em dados de mercado obtidos de fontes externas, independentes da Corporação. Os dados não observáveis refletem as premissas da Corporação sobre os dados que os participantes do mercado suporiam na atribuição de preços a ativos ou passivos com base nas melhores informações disponíveis nas circunstâncias em questão. Essa hierarquia é subdividida em três níveis, com base na confiabilidade dos dados utilizados: • Nível 1 — Avaliações baseadas em preços cotados em mercados ativos, para ativos ou passivos idênticos, aos quais a Corporação tenha acesso. Os reajustes de avaliação e os descontos por blocos não são aplicados aos instrumentos do Nível 1. Como as avaliações são baseadas em preços cotados, disponíveis de forma pronta e regular no mercado ativo, a avaliação desses produtos não acarreta nenhum grau de decisão pontual. Os ativos e passivos abrangidos pelos dados do Nível 1 incluem investimento em títulos e valores mobiliários que são negociados de forma ativa e alguns outros títulos de agências governamentais. • Nível 2 — Avaliações baseadas em preços cotados em mercados não ativos ou em mercados para os quais todos os dados significativos sejam direta ou indiretamente observáveis. Os ativos e passivos abrangidos pelos dados do Nível 2 incluem investimento em títulos e valores mobiliários sem negociação ativa, títulos públicos, contratos de derivativos, determinados empréstimos estruturados e financiamentos concedidos a empresas.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
• Nível 3 — Avaliações baseadas em dados não observáveis e relevantes para a mensuração geral de valor justo. Os ativos e passivos que utilizam os dados do Nível 3 incluem determinados empréstimos a empresas e investimentos diretos em participações societárias. A disponibilidade dos dados observáveis pode variar conforme o produto, e é afetada por uma ampla gama de fatores, como por exemplo o tipo do produto ou outras características específicas da transação. Na medida em que a avaliação se baseia em modelos ou dados com graus variáveis de possibilidade, ou até impossibilidade, de observação no mercado, a definição do valor justo exige um grau maior de decisão pontual. Dessa forma, é maior o grau de decisão pontual da própria Corporação ao definir o valor justo dos instrumentos incluídos no Nível 3. Em alguns casos, os dados utilizados na mensuração de valor justo podem ser classificados em diferentes níveis de hierarquia do valor justo. Nesses casos, e para objetivos de divulgação, define-se o nível de classificação integral da mensuração de valor justo dentro da hierarquia com base no dado de nível mais reduzido que seja significativo para a mensuração integral de valor justo. O cálculo do valor justo para a maioria dos instrumentos financeiros da Corporação é feito com modelos de formação de preços. Os modelos de formação de preços levam em consideração as condições do contrato (inclusive vencimento), bem como múltiplos outros dados que incluem, onde aplicável, as curvas de rentabilidade das taxas de juros, spreads de crédito, a classificação de crédito da contraparte, a volatilidade das opções e as taxas de câmbio. De acordo com o FASB ASC 820-10, a mensuração do valor justo dos passivos, inclusive derivativos, também leva em conta o impacto dos spreads de crédito da própria Corporação. Onde aplicável, as mensurações são reajustadas para refletir vários fatores, inclusive as diferenças entre taxas de captação e de aplicação, a qualidade do crédito e a liquidez de mercado. Esses reajustes são aplicados com uniformidade e baseiam-se em dados observáveis, sempre que disponíveis. Para estimar o valor justo dos instrumentos financeiros da Corporação, a administração baseou-se nos seguintes métodos e premissas:
Disponibilidades: O valor contabilizado no balanço patrimonial aproxima-se do valor justo. Investimento em títulos e valores mobiliários: O valor justo do investimento em títulos e valores mobiliários é baseado nos preços cotados para ativos idênticos, em mercados ativos, na data do balanço patrimonial, onde existam dados observáveis. No caso de investimentos sem disponibilidade de preços e sem outras informações pertinentes, geradas por operações de mercado que envolvam ativos idênticos ou comparáveis, a avaliação foi feita com base no método da lucratividade, utilizando curvas de rendimento, diferentes spreads dos swaps de inadimplemento de crédito (credit default swaps) ou títulos, e taxas de recuperação baseadas principalmente nos valores das garantias reais subsidiárias. O investimento em títulos e valores mobiliários é geralmente classificado no Nível 1 e no Nível 2 da hierarquia de valor justo.
Empréstimos concedidos: Para mensurar o valor justo de empréstimos concedidos a determinadas instituições financeiras nos termos de acordos ou contratos que visam a fomentar o desenvolvimento econômico, para os quais os dados informativos em geral disponíveis são tanto observáveis como não observáveis, a metodologia empregada pela Corporação requer o uso de estimativas e de cálculos de valor presente dos fluxos de caixa futuros. Como base para a estimativa do valor justo dos empréstimos concedidos utilizam-se as últimas transações realizadas, as cotações de preços de mercado (onde observáveis), e os níveis dos swaps de inadimplemento de crédito observáveis no mercado, juntamente com modelos exclusivos de mensuração, se tais transações e cotações não forem observáveis. A apuração dos fluxos de caixa futuros para estimativa do valor justo é subjetiva e imprecisa, e mesmo alterações pequenas nos pressupostos ou nos métodos podem afetar de forma relevante os valores estimados. A inexistência de normas objetivas de formação de preços aumenta ainda mais a subjetividade e a volatilidade desses valores justos inferidos ou estimados.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Para determinados investimentos da Corporação em empréstimos a empresas e instituições financeiras, torna-se inviável estimar o valor justo, considerando a natureza e a localização geográfica do destinatário do empréstimo. Os contratos de empréstimo da Corporação refletem as características de risco e as necessidades específicas de cada tomador. As cláusulas contratuais restringem a capacidade da Corporação para vender ativos ou transferir passivos a participantes no mercado. O histórico da Corporação também indica a concessão repetida da condição de credor preferencial. Essa condição não é transferível, o que restringe a capacidade da Corporação de transferir esses ativos e passivos. Além disso, é reduzido — ou mesmo inexistente — o número de operações com classificações similares de crédito, de taxas de juros e de datas de vencimento. Com base na experiência da administração, considera-se que, para muitos dos ativos e passivos da Corporação, há alguns países sem nenhum participante com interesse no mercado mais vantajoso ou principal da Corporação, considerando as características específicas de riscos, dimensões e prazos de muitos dos ativos e passivos da Corporação. Portanto, em conformidade com o ASC 820, são fornecidas informações adicionais sobre a estimativa do valor justo, como valor contábil, taxa de juros e vencimentos. A nota explicativa nº 9 inclui as informações adicionais sobre os empréstimos concedidos.
Investimentos em participações societárias: A Corporação adquire participações no capital de sociedades privadas de pequeno e médio porte na América Latina e no Caribe e também investe em LPs. Na maioria dos casos, não se dispõe de preços de mercado, e as técnicas alternativas de avaliação requerem um grau considerável de decisão pontual. As LPs são classificadas no Nível 3 da hierarquia de valor justo. A nota explicativa nº 9 inclui informações adicionais sobre as LPs contabilizadas pelo valor justo.
Contratos de derivativos: Os contratos de derivativos incluem contratos de swap e de opções relacionados a taxas de juros. O valor justo é apurado com o cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, usando as taxas apropriadas de desconto. Os modelos de formação de preços utilizados não acarretam nenhum nível significativo de subjetividade, pois os métodos empregados não exigem decisão pontual relevante, já que os dados são observados a partir de mercados com cotações ativas, como é o caso dos contratos de opções e de swap de taxas de juros em geral. Todos os derivativos avaliados pela Corporação com modelos de formação de preços estão incluídos nessa categoria e são classificados no Nível 2 da hierarquia de valor justo. O valor justo estimado para os derivativos é apresentado na nota explicativa nº 9.
Captações e dívida de longo prazo: O valor justo é apurado com o cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, usando as taxas apropriadas de desconto. A nota explicativa nº 9 informa o valor justo estimado das captações e da dívida de longo prazo. Tributos — A Corporação, seus bens, outros ativos e receitas, bem como as operações e transações que realiza em conformidade com o Convênio Constitutivo da Corporação Interamericana de Investimentos, conforme alterado, são totalmente isentos de tributos e de tarifas alfandegárias. Novas exigências para divulgações financeiras e contábeis — Em dezembro de 2011, o FASB emitiu a Atualização de Normas Contábeis ASU 2011-11, Balanço patrimonial: Divulgações relativas à compensação de ativos e passivos. Essa Atualização exige que as entidades divulguem os dados brutos e líquidos sobre instrumentos e operações com possibilidade de compensação no balanço patrimonial e sujeitos a um acordo similar a um esquema geral de compensação de créditos. Estão incluídos nesse âmbito os derivativos, os contratos de compra e venda com compromisso de recompra, os contratos de compra e venda com compromisso de revenda e os sistemas de empréstimos ativos e passivos de títulos e valores mobiliários. Essa Atualização vigora para exercícios anuais com início a partir, inclusive, de 1º de janeiro de 2013 (31 de dezembro de 2013 para a Corporação). Não é previsto nenhum impacto relevante dessa Atualização sobre a situação financeira, os resultados operacionais ou os fluxos de caixa da Corporação.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Em maio de 2011, o FASB emitiu a ASU 2011-04, Mensurações ao valor justo, referente ao Tópico 820. As alterações dessa Atualização têm como objetivo criar exigências comuns para mensuração e divulgação de valor justo, tanto de acordo com as GAAP dos Estados Unidos como de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS). As alterações primordiais dessa Atualização são: (1) esclarecimento da aplicação das exigências existentes para mensuração ao valor justo e respectiva divulgação; e (2) alteração em um determinado princípio ou em determinada exigência para a mensuração ao valor justo ou divulgação de informações sobre mensurações ao valor justo, de forma a aprimorar a possibilidade de respectivo entendimento. A Corporação adotou essa Atualização com vigência inicial em 31 de dezembro de 2012. Essa Atualização não teve nenhum impacto relevante sobre a situação financeira, nem sobre os resultados operacionais e fluxos de caixa da Corporação. Em fevereiro de 2010, o FASB emitiu a ASU 2010-10, Consolidação (Tópico 810) Alterações para determinados fundos de investimento, que basicamente diferiu a data de vigência inicial do pronunciamento FAS 167 para empresas com investimentos em entidades que sejam sociedades de investimento [investment companies] (conforme definição de tal termo no Tópico 946 da ASC — Serviços financeiros — Sociedades de investimento). Assim sendo, a Corporação diferiu a adoção do pronunciamento FAS 167 com respeito à avaliação de seus investimentos em fundos de participação societária de tipo LP. Não é previsto nenhum impacto relevante desse Tópico sobre a situação financeira, os resultados operacionais ou os fluxos de caixa da Corporação. Em acréscimo, durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, o FASB emitiu ou aprovou atualizações de normas contábeis. A Corporação examinou as novas diretrizes e as incorporou, conforme apropriado, sem nenhum impacto relevante sobre a posição financeira, os resultados operacionais ou os fluxos de caixa da Corporação.
3. Investimento em títulos e valores mobiliários Composição da receita líquida de investimentos em títulos e valores mobiliários, conforme a fonte: Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012
2011
$ 3.693
$ (268)
Ganhos líquidos realizados
3.192
2.891
Receitas de juros
2.224
3.457
$ 9.109
$ 6.080
Em milhares de US$
Variação líquida em ganhos/(perdas) não realizados
Composição dos títulos e valores mobiliários para negociação: 31 de dezembro 2012
2011
$ 403.974
$ 293.365
Títulos públicos (governos)
66.497
24.319
Títulos de agências governamentais
64.968
34.979
$ 535.439
$ 352.663
Em milhares de US$
Títulos privados
58
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Composição de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda: 31 de dezembro 2012
2011
$ 149.571
$ 30.442
$ 149.571
$ 30.442
Em milhares de US$
Títulos privados
Em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, o custo amortizado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda totalizou US$ 148.436 e US$ 30.000, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2012, a Corporação vendeu um título disponível para venda ao valor nominal (nenhum vendido em 31 de dezembro de 2011). Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a Corporação não registrou perdas não realizadas na carteira de títulos e valores mobiliários disponíveis para venda. Composição, por vencimento, dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda: 31 de dezembro Em milhares de US$
Até 1 ano Mais de 1 e até 5 anos
2012
2011
$ 15.126
$ —
134.445
30.442
$ 149.571
$ 30.442
Custo amortizado dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento: 31 de dezembro Em milhares de US$
Títulos privados
2012
2011
$ 40.335
$ 46.551
$ 40.335
$ 46.551
Em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, a rubrica de títulos privados da Corporação incluía um título mantido até o vencimento no valor de US$ 40.335 e US$ 40.551, respectivamente, correspondente a um ativo de desenvolvimento com características similares a outros títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento. Valor justo dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento: 31 de dezembro de 2012 Em milhares de US$
Títulos privados
Custo amortizado
Ganhos não realizados
Valor justo
$ 40.335
$ 2.415
$ 42.750
$ 40.335
$ 2.415
$ 42.750
59
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Composição, por vencimento, dos títulos e valores mobiliários mantidos até o vencimento: 31 de dezembro Em milhares de US$
Até 1 ano Mais de 1 e até 5 anos
2012
2011
$ —
$ 6.000
40.335
40.551
$ 40.335
$ 46.551
Em 31 de dezembro de 2012, nenhum dos investimentos da carteira de investimentos mantidos até o vencimento tinha perdas não realizadas (nenhuma perda não realizada em 31 de dezembro de 2011).
4. Empréstimos concedidos e participações societárias A Corporação monitora suas carteiras em aberto de empréstimos e de participações societárias no tocante à concentração geográfica dos riscos de crédito. Em 31 de dezembro de 2012, os países com a maior exposição global de crédito para a Corporação eram Brasil, Peru e Chile (Brasil, Peru e Chile em 31 de dezembro de 2011). Em 31 de dezembro de 2012, as participações societárias e os empréstimos em aberto em outras divisas que não sejam dólares dos Estados Unidos totalizaram US$ 85.509 (US$ 84.943 em 31 de dezembro de 2011). Uma das maiores exposições da Corporação é denominada “Regional” e consiste basicamente em investimentos via empréstimos cujas operações abrangem vários países.
60
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Distribuição da carteira em aberto, por país e por setor: 31 de dezembro Em milhares de US$
Brasil Peru Chile Panamá Costa Rica Colômbia México Argentina Nicarágua Regional Equador Paraguai El Salvador Jamaica Estado Plurinacional da Bolívia Uruguai Guatemala República Dominicana Haiti Suriname Guiana Belize
2012 Empréstimos Participações
Total
2011 Empréstimos Participações
Total
$ 154.499 134.764 103.794 99.552 95.711 84.626 81.509 74.222 48.641 29.352 41.763 31.489 18.833 17.382 11.947 11.802 11.014 4.100 5.194 885 600 — $ 1.061.679
$ — — 2.815 4.000 — 1.277 3.077 365 — 13.967 — — — — — — — 1.136 — — — — $ 26.637
$ 154.499 134.764 106.609 103.552 95.711 85.903 84.586 74.587 48.641 43.319 41.763 31.489 18.833 17.382 11.947 11.802 11.014 5.236 5.194 885 600 — $ 1.088.316
$ 168.776 123.568 115.002 58.759 52.479 109.144 65.324 73.254 22.627 34.960 43.562 29.333 27.689 12.084 12.553 5.104 16.025 4.500 9.510 1.647 1.000 6.000 $ 992.900
$ — — 2.581 4.000 — 767 4.116 404 — 15.581 — — — — — — — — — — — — $ 27.449
$ 168.776 123.568 117.583 62.759 52.479 109.911 69.440 73.658 22.627 50.541 43.562 29.333 27.689 12.084 12.553 5.104 16.025 4.500 9.510 1.647 1.000 6.000 $ 1.020.349
Serviços financeiros $ 709.159 Energia 66.432 Produtos agrícolas 42.578 Transporte e logística 40.433 Fertilizantes e serv. agrícolas 34.368 Distribuição e varejo 34.158 Alimentos e bebidas 23.934 Manufatura em geral 22.167 Fundos de investimento 1.158 Aquicultura e pesca 16.008 Pecuária e avicultura 15.967 Hotelaria e turismo 9.616 Petróleo, gás e mineração 9.268 Informação, comunic. e tecnologia 6.000 Serviços públicos 5.652 Envase e embalagem 5.040 Educação 4.694 Madeira, papel e celulose 4.019 Têxteis, confecções e couro 4.009 Construção, material e instalações 3.570 Serviços 3.085 Serviços e suprimentos de saúde 364 Diversos — $ 1.061.679
$ 9.187 — — — — — — — 16.314 — — — — 1.136 — — — — — — — — — $ 26.637
$ 718.346 66.432 42.578 40.433 34.368 34.158 23.934 22.167 17.472 16.008 15.967 9.616 9.268 7.136 5.652 5.040 4.694 4.019 4.009 3.570 3.085 364 — $ 1.088.316
$ 698.018 — 66.629 8.435 — — 18.753 38.850 1.158 14.229 15.940 2.081 12.397 6.000 73.413 — 6.880 11.614 315 — 59 4 18.125 $ 992.900
$ 8.850 — — — — — — — 18.599 — — — — — — — — — — — — — — $ 27.449
$ 706.868 — 66.629 8.435 — — 18.753 38.850 19.757 14.229 15.940 2.081 12.397 6.000 73.413 — 6.880 11.614 315 — 59 4 18.125 $ 1.020.349
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
A carteira da Corporação é dividida em instituições financeiras e empresas. Todos os investimentos são avaliados individualmente para o acompanhamento e a avaliação de riscos e desempenho de crédito. Distribuição da carteira em aberto, por tipo de investimento, em 31 de dezembro de 2012: 31 de dezembro de 2012 Instituições financeiras
Empresas
Total
$ 709.159
$ 352.520
$ 1.061.679
Participações societárias
26.637
—
26.637
Títulos e valores mobiliários emitidos por residentes de países membros regionais em desenvolvimento
40.335
—
40.335
—
6.171
6.171
$ 776.131
$ 358.691
$ 1.134.822
Em milhares de US$
Empréstimos
Garantias Exposição a ativos de desenvolvimento
Distribuição da carteira em aberto, por tipo de investimento, em 31 de dezembro de 2011: 31 de dezembro de 2011 Em milhares de US$
Empréstimos
Instituições financeiras
Empresas
Total
$ 698.019
$ 294.881
$ 992.900
Participações societárias
27.449
—
27.449
Títulos e valores mobiliários emitidos por residentes de países membros regionais em desenvolvimento
40.551
—
40.551
—
5.617
5.617
$ 766.019
$ 300.498
$ 1.066.517
Garantias Exposição a ativos de desenvolvimento
Resumo dos investimentos via empréstimos e participações societárias compromissados mas ainda não desembolsados (deduzidos os cancelamentos): 31 de dezembro 2012
2011
Empréstimos
$ 112.808
$ 83.701
Participações societárias
10.393
11.663
$ 123.201
$ 95.364
Em milhares de US$
Os empréstimos concedidos pela Corporação são remunerados a taxas fixas e variáveis. O saldo em aberto do principal da carteira de empréstimos a taxas fixas totalizou US$ 287.936 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 317.817 em 31 de dezembro de 2011).
62
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Análise cronológica, com base nos contratos, dos empréstimos da Corporação contabilizados ao custo amortizado, por tipo de investimento, em 31 de dezembro de 2012: 31 de dezembro de 2012
Em milhares de US$
Instituições financeiras Empresas Total de créditos inadimplidos Como % da carteira de empréstimos Provisão para perdas com empréstimos
Vencidos há 1–90 dias
Vencidos Vencidos há + de 90 há + de 90 dias com dias sem Total de apropriação apropriação créditos Empréstimos Carteira de de receitas de receitas inadimplidos correntes empréstimos
$ —
$ —
$ 7.091
$ 7.091
$ 702.068
$ 709.159
151
—
—
151
352.369
352.520
$ 151
$ —
$ 7.091
$ 7.242
$ 1.054.437
$ 1.061.679
0,01%
0,00%
0,67%
0,68%
99,32%
100,00%
47.414 654,68%
Cobertura
4,47%
Análise cronológica, com base nos contratos, dos empréstimos da Corporação contabilizados ao custo amortizado, por tipo de investimento, em 31 de dezembro de 2011: 31 de dezembro de 2011
Em milhares de US$
Instituições financeiras Empresas Total de créditos inadimplidos Como % da carteira de empréstimos Provisão para perdas com empréstimos Cobertura
Vencidos há 1–90 dias
Vencidos Vencidos há + de 90 há + de 90 dias com dias sem Total de apropriação apropriação créditos Empréstimos Carteira de de receitas de receitas inadimplidos correntes empréstimos
$ —
$ —
$ 9.057
$ 9.057
$ 688.962
$ 698.019
—
6.000
836
6.836
288.045
294.881
$ —
$ 6.000
$ 9.893
$ 15.893
$ 977.007
$ 992.900
0,00%
0,60%
1,00%
1,60%
98,40%
100,00%
44.966 282,93%
4,53%
Os empréstimos para os quais o reconhecimento de juros por regime de competência foi interrompido totalizaram US$ 22.268 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 22.155 em 31 de dezembro de 2011). Os juros recebidos sobre empréstimos que deixaram de ser contabilizados pelo regime de competência no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 totalizaram US$ 447 (US$ 611 no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011). As receitas financeiras relativas a empréstimos que deixaram de ser contabilizados pelo regime de competência no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 totalizaram US$ 650 (US$ 242 no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011).
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Resumo do investimento refletido em empréstimos com apropriação de receitas interrompida, contabilizados ao custo amortizado, conforme o tipo de investimento: 31 de dezembro 2012
2011
$ 12.830
$ 10.867
9.438
11.288
Total de empréstimos sem apropriação de receitas
$ 22.268
$ 22.155
Carteira de empréstimos
$ 1.061.679
$ 992.900
Em milhares de US$
Empresas Instituições financeiras
Carteira de empréstimos sem apropriação de receitas
2,10%
Provisão para perdas com empréstimos
2,23%
$ 47.414
Cobertura de não apropriação de receitas
$ 44.966
212,92%
202,96%
Resumo do cronograma de vencimentos dos empréstimos concedidos pela Corporação: 31 de dezembro 2012
2011
Em milhares de US$
Principal em aberto
Rendimento médio
Principal em aberto
Rendimento médio
Vencimento até um ano
$ 317.022
3,63%
$ 282.152
4,73%
Vencimento em mais de um e até cinco anos
647.739
4,62%
666.222
4,25%
96.918
5,71%
44.526
5,73%
Vencimento em mais de cinco e até onze anos
$ 1.061.679
$ 992.900
O investimento da Corporação em empréstimos sujeitos a redução ao valor recuperável totalizou US$ 10.557 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 9.893 em 31 de dezembro de 2011). A média dos empréstimos com redução no valor recuperável durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 foi de US$ 10.741 (US$ 17.933 em 31 de dezembro de 2011). O total das provisões relacionadas a tais empréstimos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 foi de US$ 5.308 e US$ 5.550, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2012, a administração definiu que inexistia comprovação de reestruturação de dívida problemática na carteira de empréstimos ($ 0 em 31 de dezembro de 2011). Resumo das variações na provisão para perdas com empréstimos, por tipo de investimento: 2012 Em milhares de US$
Saldo em 1º de janeiro Baixa contábil de investimentos, líquida Recuperações Provisão/(Crédito) para perdas Saldo em 31 de dezembro
64
2011
Instituições financeiras
Empresas
Total
Instituições financeiras
Empresas
Total
$ 22.302
$ 22.664
$ 44.966
$ 26.595
$ 29.941
$ 56.536
—
(74)
(74)
(2.309)
(7.421)
(9.730)
244
2.090
2.334
768
2.035
2.803
(280)
468
188
(2.752)
(1.891)
(4.643)
$ 22.266
$ 25.148
$ 47.414
$ 22.302
$ 22.664
$ 44.966
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
A Corporação utiliza um sistema de classificação dos empréstimos conforme o risco e a qualidade de crédito. Cada empréstimo é classificado como A, B, sofrível, duvidoso ou perda. A descrição de cada categoria (indicador de qualidade de crédito) é a seguinte: Indicador
Descrição
A
Esta categoria inclui as sociedades consideradas capazes de cumprir suas obrigações, cuja posição financeira não esteja afetada por variáveis internas e/ou externas que pudessem colocar em risco tal capacidade. A alocação geral que é atribuída aos projetos com classificação “A” varia de 0,40% a 6,55%, dependendo dos resultados obtidos em um exame específico de suas respectivas variáveis de risco.
B
A sociedade é considerada capaz de cumprir suas obrigações, mas enfrenta problemas internos e/ou externos que, se persistentes, poderiam colocar em risco tal capacidade. A alocação geral que é atribuída aos projetos com classificação “B” é de 9,90%.
Sofrível (abaixo
As condições atuais de posição financeira e de capacidade de pagamentos da sociedade
do padrão)
são insuficientes para que ela possa cumprir suas obrigações. A geração de fluxo de caixa da sociedade mostra sinais persistentes de deterioração. Se não for impedida a continuação das deficiências persistentes e claras que a sociedade demonstra, isso poderá acarretar a incapacidade de quitação integral das obrigações perante a CII. A sociedade está inadimplente ou mostra um risco crescente de inadimplemento, caso as deficiências não sejam corrigidas. São necessárias mudanças significativas na estrutura financeira ou operacional para que a boa classificação de crédito da sociedade seja recuperada. A alocação geral que é atribuída aos projetos com classificação “sofrível (abaixo do padrão)” é de 22,00%.
Duvidoso
Esta categoria inclui as sociedades incapazes de pagar até mesmo o serviço de suas dívidas, com a cobrança considerada improvável, seja por pagamentos baseados no desempenho financeiro da sociedade, seja por pagamentos feitos por patrocinadores ou por execução da garantia real. A solvência da sociedade está prejudicada, com probabilidade crescente de perda. Uma reestruturação de grandes proporções é exigida para o investimento e/ou a operação, com várias ações específicas a serem empreendidas (liquidação, recapitalização, etc.). Para projetos classificados como “duvidosos”, é feita uma análise externa do fluxo de caixa, em conformidade com o pronunciamento SFAS 114, Contabilização do ajuste a valor recuperável de empréstimo pelos credores, para definir a provisão necessária.
Perda
O empréstimo da CII é considerado total ou parcialmente incobrável. Existe a probabilidade de que o projeto esteja insolvente ou tenha encerrado suas operações. O produto da execução da garantia real ou da cobrança dos garantes será insuficiente para recuperação integral do investimento feito pela CII. Para projetos classificados como “perda”, é feita uma análise externa do fluxo de caixa, em conformidade com o pronunciamento SFAS 114, para definir a provisão necessária.
65
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Resumo dos empréstimos da Corporação contabilizados ao custo amortizado conforme o indicador de qualidade de crédito e o tipo de investimento em 31 de dezembro de 2012: 31 de dezembro de 2012 Instituições financeiras
Empresas
Total
A
$ 673.146
$ 298.213
$ 971.359
B
28.922
38.822
67.744
—
12.019
12.019
7.091
3.466
10.557
Perda
—
—
—
Total
$ 709.159
$ 352.520
$ 1.061.679
Categoria
Sofrível (abaixo do padrão) Duvidoso
Resumo dos empréstimos da Corporação contabilizados ao custo amortizado conforme o indicador de qualidade de crédito e o tipo de investimento em 31 de dezembro de 2011: 31 de dezembro de 2011 Instituições financeiras
Empresas
Total
A
$ 657.972
$ 234.023
$ 891.995
B
28.871
38.531
67.402
Sofrível (abaixo do padrão)
2.118
21.492
23.610
Duvidoso
9.058
3
9.061
Perda
—
832
832
Total
$ 698.019
$ 294.881
$ 992.900
Categoria
Em 31 de dezembro de 2012, a Corporação tinha seis investimentos diretos em participações societárias (cinco em 31 de dezembro de 2011), no valor contábil de US$ 8.930 (US$ 7.832 em 31 de dezembro de 2011). A Corporação tinha doze investimentos totais em LPs em 31 de dezembro de 2012 (catorze em 31 de dezembro de 2011), com um deles a uma base de custo de US$ 3.033 (um a US$ 3.033 em 31 de dezembro de 2011) e onze ao valor justo de US$ 14.673 (treze ao valor justo de US$ 16.583 em 31 de dezembro de 2011). Os investimentos diretos em participações societárias são informados ao custo, e as perdas da Corporação com redução não temporária ao valor recuperável de suas participações societárias em 31 de dezembro de 2012 foram de US$ 0 (US$ 2.363 em 31 de dezembro de 2011). A despesa com redução ao valor recuperável em 2011 foi inteiramente relacionada a crédito e refletida nas receitas.
66
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
5. Contas a receber e outros ativos Resumo de contas a receber e outros ativos: 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
$ 8.033
$ 8.792
672
827
6.321
5.319
15.026
14.938
4.802
3.633
$ 19.828
$ 18.571
Outros ativos circulantes: Juros a receber sobre empréstimos concedidos Juros a receber sobre títulos e valores mobiliários Outros valores circulantes a receber Outros ativos não circulantes Total de contas a receber e outros ativos
6. Contas a pagar e outras obrigações Resumo das contas a pagar e outras obrigações: 31 de dezembro Em milhares de US$
Passivo líquido do Plano de Pensões Passivo líquido do PBPA
2012
2011
$ 33.629
$ 23.613
10.896
6.841
Receitas diferidas
5.478
3.647
Benefícios a funcionários, a pagar
5.195
4.308
Contas a pagar a outras entidades do Grupo BID
3.019
2.407
Contas a pagar e outras obrigações
5.752
3.150
$ 63.969
$ 43.966
Total de contas a pagar e outras obrigações
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os passivos líquidos do Plano de Pensões e do PBPA refletem a situação de déficit dos Planos. Vide nota explicativa nº 16.
67
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
7. Captações e dívidas de longo prazo Captações e dívidas de longo prazo em aberto, por moeda: 31 de dezembro 2012
Em milhares de US$
2011
Captações e dívidas (por moeda)
Valor em aberto
Custo médio ponderado
Valor em aberto
Custo médio ponderado
Dólar dos EUA
$ 820.000
1,22%
$ 550.000
0,99%
Peso mexicano
123.402
4,93%
57.358
4,87%
Real brasileiro
22.027
10,56%
39.998
10,64%
Euro
2.296
2,10%
2.660
2,28%
Nuevo sol peruano
1.308
7,11%
7.297
6,35%
325
9,15%
1.077
9,15%
Peso argentino
$ 969.358
$ 658.390
—
114
Captações de curto prazo
(21.498)
(140.823)
Captações de longo prazo
$ 947.860
$ 517.681
Ajustes ao valor justo*
*O contrato da Corporação sobre derivativo com vencimento em 22 de março de 2015 foi pago em 28 de junho de 2012.
Há uma linha de crédito rotativo disponível para a Corporação no BID, no valor de US$ 300.000. Em agosto de 2008, a Corporação captou US$ 100.000 dessa linha de crédito. As captações no âmbito da linha de crédito do BID vencem no prazo de quinze anos após o respectivo desembolso, e a Corporação tem o direito de utilizar tal linha de crédito até novembro de 2015. Em acréscimo, a Corporação detém em 31 de dezembro de 2012 uma linha de crédito stand-by de US$ 100.000 em uma instituição com nível de classificação AA-, com direito a utilizá-la até julho de 2013. Outras linhas de crédito disponíveis totalizam US$ 264.751 em 31 de dezembro de 2012. Os saldos em aberto das captações da Corporação em 31 de dezembro de 2012 correspondem a emissões de títulos e a notas a prazo. Em 16 de novembro de 2012, a Corporação realizou nos mercados de capital a emissão de títulos em dólares dos EUA, à taxa LIBOR para 3 meses mais 0,35%, como parte de um programa internacional de notas a médio prazo (Euro Medium-Term Note Program), no valor de US$ 350.000, com vencimento em 2015. Os juros sobre as notas são devidos trimestralmente e no vencimento. Essa é a primeira oferta de títulos da Corporação no mercado financeiro mundial, e o objetivo é diversificar suas fontes de captação. Em 13 de maio de 2011, a Corporação emitiu notas em moeda estrangeira à taxa mexicana de juros interbancária de equilíbrio (TIIE) mais 0,05%, no montante de 800 milhões de pesos mexicanos, antes dos custos de subscrição inicial e de outros custos de emissão, com vencimento em 2014. Em 27 de abril de 2012, a Corporação também emitiu notas em moeda estrangeira à taxa mexicana de juros interbancária de equilíbrio (TIIE) mais 0,22%, no montante de 800 milhões de pesos mexicanos, antes dos custos de subscrição inicial e de outros custos de emissão, com vencimento em 2015. O produto da emissão destinou-se a financiar reinvestimentos nos mercados locais. Os juros sobre as notas são devidos mensalmente e no vencimento. As notas são negociáveis na Bolsa Mexicana de Valores e representam obrigações quirografárias da Corporação, classificadas em condições de igualdade quanto a direitos de preferência no pagamento com todos os títulos de dívida atuais e futuros, inclusive direitos de outros credores gerais. Os títulos não são resgatáveis antes do vencimento.
68
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Cronograma de vencimentos das captações em aberto: Em milhares de US$
Captações Títulos
2013
2014
2015
2016
Até 2025
$ 21.498
$ 60.134
$ 170.000
$ 92.028
$ 152.296
—
61.701
411.701
—
—
$ 21.498
$ 121.835
$ 581.701
$ 92.028
$ 152.296
Em 31 de dezembro de 2012, as despesas com captações e dívidas de longo prazo incluem despesas financeiras de US$ 15.900 (US$ 12.781 em 31 de dezembro de 2011).
8. Capital social O capital social autorizado da Corporação aumentou para US$ 705,9 milhões, mediante resoluções de aumento de capital de US$ 500 milhões e de US$ 2,2 milhões aprovadas em 1999 e em 2008, respectivamente. Com essas duas resoluções, foi alocado um total de US$ 502,2 milhões para subscrição pelos países membros durante os prazos de subscrição. A Corporação emite apenas ações não fracionárias, no valor nominal de dez mil dólares dos Estados Unidos. Em maio de 2012, foram revertidas para o capital da Corporação 1.581 ações emitidas no âmbito do aumento de capital de 1999, a título de ações não subscritas. Desse total, 230 ações já foram destinadas para compra pela China, pela Coreia e pelo Canadá. As 1.351 ações restantes serão realocadas aos acionistas da CII, de acordo com o sistema aprovado pela Diretoria Executiva em 2008. É prevista a subscrição e integralização de todas as ações conforme os aumentos de capital aprovados. Em 27 de agosto de 2012 e em 9 de outubro de 2012, a China e a Coreia subscreveram, cada uma, 40 ações do capital da CII que foram a elas atribuídas, com os respectivos pagamentos devidos em 25 de novembro de 2012 e 7 de janeiro de 2013. Nos termos do Convênio Constitutivo da Corporação Interamericana de Investimentos, qualquer membro poderá retirarse da Corporação mediante notificação por escrito a respeito, entregue na sede principal da Corporação. A retirada será considerada vigente na data indicada na notificação, mas sempre no mínimo seis meses após a data de entrega da notificação à Corporação. Mesmo após sua retirada, o membro continuará responsável por todas as obrigações que tenha para com a Corporação na data de entrega da notificação de retirada. No caso de saída da Corporação, as condições de encerramento da participação e de reaquisição das ações poderão ser acordadas entre a Corporação e o membro, conforme os termos considerados adequados às circunstâncias. Se nenhum acordo for obtido no prazo de três meses a contar da data em que o membro houver manifestado sua intenção de retirarse, ou em outro prazo acordado entre ambas as partes, o preço de reaquisição das ações desse membro será igual ao seu valor contábil na data de encerramento da participação, conforme apurado pela Corporação em suas demonstrações financeiras auditadas. O pagamento das ações será efetuado mediante a entrega dos correspondentes certificados de ações, de acordo com as parcelas, as datas e as moedas disponíveis que a Corporação possa definir, levando em conta sua própria posição financeira.
69
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
O quadro a seguir mostra o capital subscrito e as subscrições de capital a integralizar pelos membros: 31 de dezembro Total do capital subscrito Ações
Montante
Subscrições a integralizar pelos membros
Em milhares de US$
Alemanha Argentina Áustria Bahamas Barbados Bélgica Belize Brasil Chile Colômbia Costa Rica Dinamarca El Salvador Equador Espanha Estado Plurinacional da Bolívia Estados Unidos Finlândia França Guatemala Guiana Haiti Honduras Israel Itália Jamaica Japão México Nicarágua Noruega Países Baixos Panamá Paraguai Peru Portugal República Bolivariana da Venezuela República da Coreia República Dominicana República Popular da China Suécia Suíça Suriname Trinidad e Tobago Uruguai
70
1.334 7.767 345 144 101 169 101 7.767 2.003 2.003 204 1.071 314 420 2.393 624 16.019 393 2.162 420 120 314 314 173 2.162 420 2.393 5.000 314 393 1.071 314 314 2.003 182 4.311 150 420 150 393 1.071 101 314 828
$ 13.340 77.670 3.450 1.440 1.010 1.690 1.010 77.670 20.030 20.030 2.040 10.710 3.140 4.200 23.930 6.240 160.190 3.930 21.620 4.200 1.200 3.140 3.140 1.730 21.620 4.200 23.930 50.000 3.140 3.930 10.710 3.140 3.140 20.030 1.820 43.110 1.500 4.200 1.500 3.930 10.710 1.010 3.140 8.280
$ — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 400 — — — — — — —
Total 2012
68.979
$ 689.790
$ 400
Total 2011
70.480
$ 704.800
$ 20.471
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
9. Mensurações e variações de valor justo Os ativos e passivos da Corporação contabilizados pelo valor justo foram classificados com base em hierarquia de valor justo que obedece à codificação FASB ASC 820-10-50-2. A nota explicativa nº 2 apresenta as políticas da Corporação sobre essa hierarquia. O quadro com hierarquia de valor justo abaixo apresenta os dados sobre os ativos e passivos da Corporação mensurados com regularidade ao valor justo, em 31 de dezembro de 2012:
Saldo em 31 de dezembro de 2012
Preços de ativos idênticos cotados em mercados ativos (Nível 1)
Outros dados observáveis significativos (Nível 2)
Dados não observáveis significativos (Nível 3)
$ 553.545
$ 22.594
$ 530.951
$ —
Títulos públicos (governos)
66.498
—
66.498
—
Títulos de agências governamentais
64.967
64.967
—
—
Sociedades de responsabilidade limitada — LPs*
14.673
—
—
14.673
Em milhares de US$
ATIVO Títulos privados
*Representa investimentos que, de outra forma, seriam contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
O quadro com hierarquia de valor justo abaixo apresenta os dados sobre os ativos e passivos da Corporação mensurados com regularidade ao valor justo, em 31 de dezembro de 2011:
Saldo em 31 de dezembro de 2011
Preços de ativos idênticos cotados em mercados ativos (Nível 1)
Outros dados observáveis significativos (Nível 2)
Dados não observáveis significativos (Nível 3)
$ 323.807
$ 323.807
$ —
$ —
Títulos de agências governamentais
34.979
34.979
—
—
Títulos públicos (governos)
24.319
—
24.319
—
Sociedades de responsabilidade limitada — LPs*
16.583
—
—
16.583
616
—
616
—
(50.114)
—
(50.114)
—
Em milhares de US$
ATIVO Títulos privados
Contratos de derivativos
PASSIVO Captações
*Representa investimentos que, de outra forma, seriam contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
71
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
O quadro abaixo apresenta os ganhos e perdas com as variações no valor justo para itens mensurados ao valor justo conforme tal opção para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012:
Em milhares de US$
Outros ganhos/ (perdas)
Despesas de juros sobre captações
Total das variações em valores justos incluídas em lucros do exercício
$ 4.482
$ —
$ 4.482
2.687
—
2.687
193
—
193
34
—
34
ATIVO Títulos privados Títulos públicos (governos) Títulos de agências governamentais Sociedades de responsabilidade limitada — LPs*
*Representa investimentos que, de outra forma, seriam contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
O quadro abaixo apresenta os ganhos e perdas com as variações no valor justo para itens mensurados ao valor justo conforme tal opção para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011:
Em milhares de US$
Outros ganhos/ (perdas)
Despesas de juros sobre captações
Total das variações em valores justos incluídas em lucros do exercício
ATIVO $ 1.761
$ —
$ 1.761
Títulos públicos (governos)
Títulos privados
909
—
909
Títulos de agências governamentais
206
—
206
Contratos de derivativos
423
—
423
(2.783)
—
(2.783)
(213)
(497)
(710)
Sociedades de responsabilidade limitada — LPs*
PASSIVO Captações
*Representa investimentos que, de outra forma, seriam contabilizados pelo método da equivalência patrimonial.
72
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Variações nos ativos de Nível 3 mensurados com regularidade ao valor justo para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012 e de 2011:
Em milhares de US$
Em 1º de janeiro de 2011 Variação no ativo líquido, por perdas líquidas Distribuições recebidas Outros investimentos
Mensurações de valor justo para LPs usando dados não observáveis significativos (Nível 3)
$ 19.865 (2.783) (944) 445
Em 31 de dezembro de 2011
$ 16.583
Em 1º de janeiro de 2012
$ 16.583
Variação no ativo líquido, por ganhos líquidos Distribuições recebidas Outros investimentos Em 31 de dezembro de 2012
34 (3.528) 1.584 $ 14.673
Determinados instrumentos financeiros da Corporação não são mensurados ao valor justo com regularidade, mas ainda assim são contabilizados em montantes próximos ao seu valor justo, em razão de sua natureza de liquidez ou curto prazo. Tais ativos e passivos financeiros incluem: Disponibilidades, Contas a receber — clientes, Contas a receber — outros e Contas a pagar — outros. O investimento em títulos e valores mobiliários mensurados ao valor justo com base nos preços de mercado cotados em mercados ativos — uma técnica de avaliação em consonância com a abordagem de mercado — inclui títulos públicos de outros países que não os Estados Unidos. Esses títulos são classificados no Nível 1 da hierarquia de valor justo. Títulos do tipo commercial paper (CP) e certificados de depósito (CD), sem negociação ativa, são emitidos em bases específicas nos termos de grandes programas de CP ou CD sediados nos Estados Unidos. Esses títulos são avaliados com modelos de formação de preços, já que inexistem preços disponíveis nos mercados, sendo assim classificados como de Nível 2. Os empréstimos concedidos pela Corporação são geralmente contabilizados pelo valor do principal em aberto. Para divulgação, a Corporação utiliza a data de 31 de dezembro como data de mensuração aplicável à avaliação do valor justo de sua carteira de empréstimos concedidos. Em 31 de dezembro de 2012, o valor contábil dos empréstimos concedidos, mais os juros acumulados, foi de US$ 446.984 (US$ 470.273 em 31 de dezembro de 2011), e seu valor justo estimado foi de US$ 444.972 (US$ 468.579 em 31 de dezembro de 2011), no caso de empréstimos com apuração viável do valor justo. A administração considerou que seria impraticável apurar o valor justo do restante da carteira de empréstimos concedidos, com financiamentos especificamente concebidos para pequenas e médias empresas atuando nos países membros regionais da Corporação. Em 31 de dezembro de 2012, o valor contábil do restante dessa carteira, sem incluir os juros acumulados, foi de US$ 618.945 (US$ 526.020 em 31 de dezembro de 2011), com taxas de juros que variam de 1,09% a 12,30% (0,96% a 12,30% em 31 de dezembro de 2011) e com vencimentos de menos de um ano a 13 anos (menos de um ano a 13 anos em 31 de dezembro de 2011). Valores a maior ou a menor que resultem da diferença entre os valores contábeis da carteira de empréstimos e seu valor justo apresentado não refletem necessariamente os valores realizáveis (já que a Corporação, em geral, detém os investimentos até as datas contratuais de vencimento, objetivando realizar seus respectivos valores de registro e, assim, maximizar os aspectos de desenvolvimento do investimento).
73
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
As captações e dívida de longo prazo da Corporação são contabilizadas pelos valores históricos, salvo escolha da contabilização ao valor justo, nos termos da opção de valor justo permitida pelo sub-tópico 825-10 da ASC. O valor justo das captações e da dívida de longo prazo da Corporação foi estimado com base nos preços cotados no mercado ou com base nas análises de fluxo de caixa descontado, conforme as taxas atuais de captação para a Corporação, para tipos similares de captações e dívida de longo prazo. Em 31 de dezembro de 2012, o valor contábil das captações e da dívida de longo prazo, mais os juros acumulados, da Corporação era aproximadamente US$ 1.980 inferior a seu valor justo (US$ 5.292 acima de seu valor justo em 31 de dezembro de 2011). O valor contábil dos investimentos em participações societárias contabilizados ao custo foi de US$ 11.963 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 10.866 em 31 de dezembro de 2011). Para alguns desses investimentos — LPs com valor contábil total de US$ 3.033 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 3.033 em 31 de dezembro de 2011) — o valor justo estimado foi de US$ 3.482 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 2.649 em 31 de dezembro de 2011). O valor contábil dos investimentos em participações societárias contabilizados ao valor justo foi de US$ 14.673 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 16.583 em 31 de dezembro de 2011). O total líquido de ganhos e perdas para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, incluído na rubrica de variações no valor contábil de investimentos em participações societárias atribuíveis a variação em perdas líquidas não realizadas, com respeito aos ativos ainda detidos naquela data, foi de US$ 13 (US$ 2.777 em perdas líquidas não realizadas em 31 de dezembro de 2011). O valor justo dos investimentos em LPs foi apurado com base no respectivo valor patrimonial líquido estimado. Para esse tipo de investimento, o valor patrimonial líquido corresponde à melhor estimativa do valor justo. Em geral, as sociedades de responsabilidade limitada do tipo LP têm prazo definido de duração, e a Corporação não pretende vender nem resgatar seus investimentos em tais sociedades. As receitas auferidas são distribuídas para a Corporação conforme cada LP vende o investimento que constitui seu objeto. São feitos ajustes no valor patrimonial quando se torna aparente uma diferença significativa entre ele e o valor justo.
10. Derivativos A localização no balanço patrimonial e o valor justo dos derivativos não designados como instrumentos de hedge nos termos da Codificação são: 31 de dezembro 2012 Em milhares de US$
Contratos de taxas de juros
2011
Rubrica no balanço
Valor justo
Rubrica no balanço
Valor justo
Outros ativos
$ —
Outros ativos
$ 616
Efeito dos derivativos sobre a demonstração do resultado: 31 de dezembro 2012
Em milhares de US$
Contratos de taxas de juros
74
Rubrica de ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado
Despesas com captações e dívidas de longo prazo
2011
Montante de perdas reconhecidas na demonstração do resultado
$ —
Rubrica de ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado
Despesas com captações e dívidas de longo prazo
Montante de perdas reconhecidas na demonstração do resultado
$ (81)
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Vide nota explicativa nº 2 para informações adicionais sobre o objetivo da Corporação ao selecionar derivativos não designados como instrumentos de hedge, bem como suas estratégias gerais de gestão de riscos.
11. Garantias Até 31 de dezembro de 2012, não foi recebido nenhum aviso de inadimplemento desde o início do programa de garantias e não foi reconhecida nenhuma perda no programa. Em termos gerais, as garantias aceitas pela Corporação têm vencimentos compatíveis com os vencimentos da carteira de empréstimos. O montante máximo de pagamentos futuros em potencial, que representa o valor referencial das possíveis perdas no âmbito das garantias se houvesse um descumprimento total das partes garantidas, sem levar em conta possíveis recuperações em função de cláusulas de direito de regresso ou de garantias reais detidas ou empenhadas, totalizou US$ 6.171 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 5.617 em 31 de dezembro de 2011). Em 31 de dezembro de 2012, todas as garantias vigentes foram prestadas em outras moedas que não sejam dólares dos Estados Unidos. Não foi feita provisão para perdas com garantias na demonstração do resultado em 31 de dezembro de 2012 (nenhuma em 31 de dezembro de 2011). O valor justo estimado para exigibilidades com garantias é negligenciável.
12. Contingências Na condução normal de seus negócios, a Corporação é ré, corré ou parte em várias questões judiciais com características típicas e inerentes às atividades de que participa. No parecer da administração da Corporação, o desfecho previsto nesses processos judiciais não apresenta probabilidade de afetar de forma adversa e relevante a posição financeira da Corporação, nem os resultados de suas operações ou seus fluxos de caixa.
13. Eventos subsequentes A Corporação monitora os acontecimentos relevantes ocorridos após a data do balanço patrimonial e antes da emissão das demonstrações financeiras, para apurar os eventuais impactos desses acontecimentos sobre as demonstrações financeiras a serem ainda emitidas. Todos os eventos subsequentes de que a Corporação tem ciência foram avaliados até a data de aprovação pela Assembleia de Governadores, em 17 de março de 2013. A administração definiu que inexistem eventos subsequentes que exijam divulgação segundo o Tópico 855, Eventos subsequentes, da Codificação do FASB.
14. Procedimentos relativos à disponibilização de empréstimos A Corporação mobiliza recursos de bancos comerciais e de outras instituições financeiras com respeito à disponibilização de determinados empréstimos. Esses procedimentos são administrados e monitorados pela Corporação, em lugar e vez dos participantes. A estrutura dos procedimentos obriga os credores participantes a prover recursos para sua respectiva parcela de cada empréstimo, sem direito de regresso contra a Corporação. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, a Corporação realizou chamadas e desembolsou recursos de credores participantes no total de US$ 324.208 (US$ 547.813 em 31 de dezembro de 2011). Os recursos compromissados por credores participantes e não desembolsados totalizaram US$ 2.519 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 544.000 em 31 de dezembro de 2011).
15. Operações com partes relacionadas O BID presta à Corporação alguns serviços administrativos e gerais em áreas em que pode prestá-los eficientemente a ambas as instituições. A Corporação e o BID têm um contrato de arrendamento de escritórios a vencer em 2020.
75
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
A Corporação pagou os seguintes valores ao BID pela utilização do espaço de escritórios e por determinados serviços de apoio administrativo: Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012
2011
$ 2.456
$ 2.395
Serviços de apoio
930
735
Outros serviços do BID
138
150
$ 3.524
$ 3.280
Em milhares de US$
Espaço de escritório (sede e outros)
Os pagamentos previstos nos termos do contrato atual de arrendamento com o BID são: Em milhares de US$
Espaço de escritório (sede)
2013
2014
2015–2020
$ 2.387
$ 2.063
$ 13.745
$ 2.387
$ 2.063
$ 13.745
As contas a pagar ao BID totalizaram US$ 3.019 em 31 de dezembro de 2012 (US$ 2.407 em 31 de dezembro de 2011). Em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, respectivamente, a Corporação havia captado US$ 100.000 da linha de crédito do BID. Vide nota explicativa nº 7. A Corporação presta serviços de consultoria a entidades do Grupo BID. A Corporação recebeu o pagamento integral dos honorários devidos até 31 de dezembro de 2012, nos termos desses contratos, no total de US$ 100 (US$ 100 no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011).
16. Planos de Pensões e de Benefícios Pós-Aposentadoria O BID patrocina um plano com benefícios definidos (Plano de Pensões) que cobre praticamente todos os funcionários locais e internacionais da Corporação e do BID. Nos termos do Plano de Pensões, os benefícios são baseados em anos de serviço e média de remuneração. Os funcionários contribuem com uma porcentagem fixa da remuneração, e a Corporação e o BID arcam com o restante do custo, apurado atuarialmente, dos benefícios futuros do Plano de Pensões. Toda contribuição ao Plano de Pensões é irrevogável e mantida separadamente em fundos de pensão destinados unicamente ao pagamento dos benefícios conforme o Plano. A Corporação também oferece benefícios de assistência médica e outros benefícios a aposentados. Todos os funcionários atuais que contribuem para o Plano de Pensões enquanto estiverem no serviço ativo e que atendem a determinados requisitos têm direito aos benefícios do Plano de Benefícios Pós-Aposentadoria (PBPA). Os aposentados contribuem para o programa de assistência médica com base em uma tabela de prêmios. A Corporação contribui com o restante do custo, apurado atuarialmente, dos futuros benefícios de assistência médica e outros. Embora todas as contribuições e todos os outros ativos e receitas do PBPA sejam de propriedade da Corporação, são detidos e administrados separadamente dos demais bens e ativos da Corporação, com a finalidade exclusiva de pagamento dos benefícios nos termos do PBPA. Considerando que tanto o BID como a Corporação participam do Plano de Pensões e do PBPA, cada empregador apresenta somente a parcela que lhe corresponde em cada um dos planos. Os montantes abaixo indicados refletem a parcela proporcional da Corporação nos custos, nos ativos e nas obrigações do Plano de Pensões e do PBPA conforme o Tópico 715 — Remuneração — Benefícios de aposentadoria, da Codificação do FASB.
76
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Obrigações e situação de capitalização A Corporação utiliza a data de 31 de dezembro como data de mensuração aplicável ao Plano de Pensões e ao PBPA. O quadro abaixo mostra um resumo das variações nas obrigações dos benefícios e nos ativos dos planos, bem como a situação de capitalização do Plano de Pensões e do PBPA, com os montantes reconhecidos no balanço patrimonial: Plano de Pensões
PBPA
2012
2011
2012
2011
$ 80.809
$ 61.243
$ 47.894
$ 35.740
Custo de serviços
3.643
2.691
2.045
1.557
Custo de juros
3.822
3.412
2.300
2.105
Contribuições dos participantes
1.033
875
—
—
Perda atuarial
12.888
14.423
8.585
9.138
Benefícios pagos
(1.397)
(1.835)
(426)
(671)
—
—
29
25
100.798
80.809
60.427
47.894
57.196
54.714
41.053
36.230
194
—
—
—
7.959
1.168
6.126
(293)
(1.397)
(1.835)
(426)
(671)
Em milhares de US$
Conciliação das obrigações por benefícios Obrigações em 1º de janeiro
Subsídio para aposentados conforme Parte D Obrigações em 31 de dezembro Conciliação do valor justo dos ativos dos planos Valor justo dos ativos do plano em 1° de janeiro Transferências líquidas entre BID e CII Retorno real sobre os ativos Benefícios pagos Contribuições dos participantes
1.033
875
—
—
Contribuições do empregador
2.184
2.274
2.778
5.787
67.169
57.196
49.531
41.053
Valor justo dos ativos do plano em 31 de dezembro Situação de capitalização Situação de subcapitalização em 31 de dezembro Valor líquido reconhecido em 31 de dezembro
(33.629)
(23.613)
(10.896)
(6.841)
$ (33.629)
$ (23.613)
$ (10.896)
$ (6.841)
(33.629)
(23.613)
(10.896)
(6.841)
$ (33.629)
$ (23.613)
$ (10.896)
$ (6.841)
30.240
23.365
18.711
14.218
21
35
—
920
Montantes reconhecidos como passivo: Passivo de benefícios dos planos Valor líquido reconhecido em 31 de dezembro Montantes reconhecidos em outros resultados abrangentes acumulados: Perda atuarial líquida Custos de serviços anteriores Ativo inicial líquido Valor líquido reconhecido em 31 de dezembro
—
—
357
531
$ 30.261
$ 23.400
$ 19.068
$ 15.669
A obrigação acumulada por benefícios atribuível à Corporação para o Plano de Pensões foi de US$ 78.667 e de US$ 61.902 em 31 de dezembro de 2012 e 2011, respectivamente.
77
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Componentes do custo líquido dos benefícios periódicos O custo líquido dos benefícios periódicos inclui os seguintes componentes: Plano de Pensões
PBPA
Exercício encerrado em 31 de dezembro Em milhares de US$
2012
2011
2012
2011
Custo de serviços
$ 3.643
$ 2.691
$ 2.045
$ 1.557
3.822
3.412
2.300
2.105
(3.733)
(3.788)
(2.762)
(2.418)
Custo de juros Retorno esperado sobre os ativos dos planos Amortização de: Obrigações de transição Perda atuarial líquida não reconhecida Custo de serviços anteriores Custo líquido de benefícios periódicos
—
—
174
174
1.593
—
728
19
14
14
920
1.864
$ 5.339
$ 2.329
$ 3.405
$ 3.301
O valor estimado de ganhos ou perdas atuariais líquidos, custo de serviços anteriores e obrigações iniciais líquidas para o Plano de Pensões e o PBPA, a ser amortizado de outros resultados abrangentes acumulados para o custo líquido de benefícios periódicos durante 2013, é de US$ 2.563 para o Plano de Pensões e US$ 1.736 para o PBPA.
Premissas atuariais As premissas atuariais empregadas baseiam-se nas taxas de juros do mercado financeiro, nas experiências passadas e nas melhores estimativas da administração quanto a mudanças futuras nos benefícios e a conjuntura econômica. Qualquer alteração nessas premissas afetará os custos e as obrigações por benefícios futuros. Ocorrem ganhos e perdas atuariais quando os resultados efetivos diferem dos resultados esperados. Os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos que ultrapassam 10% do que for maior na comparação entre a obrigação por benefícios e o valor de mercado dos ativos dos planos no início do exercício são amortizados ao longo do período médio remanescente de serviço dos participantes ativos com expectativa de recebimento de benefícios do Plano de Pensões e do PBPA, correspondentes a cerca de 11,4 e 12 anos, respectivamente. Os custos de serviços anteriores não reconhecidos são amortizados ao longo de 10,5 anos para o Plano de Pensões e ao longo de 2,2 anos para o PBPA. Em 31 de dezembro de 2009, ocorreu um aditamento de plano no PBPA de US$ 4.600. Os custos de serviços anteriores não reconhecidos para esse aditamento foram totalmente amortizados em 31 de dezembro de 2012. A média ponderada das premissas usadas para calcular as obrigações por benefícios e o custo líquido dos benefícios periódicos foi a seguinte: Plano de Pensões
PBPA
2012
2011
2012
2011
Taxa de desconto
4,00%
4,75%
4,25%
5,00%
Taxa de aumento na remuneração
5,50%
5,50%
Média ponderada das premissas de cálculo das obrigações por benefícios em 31 de dezembro
78
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Plano de Pensões
PBPA
2012
2011
2012
2011
Taxa de desconto
4,75%
5,75%
5,00%
6,00%
Retorno a longo prazo esperado sobre os ativos do plano
6,75%
7,00%
6,75%
6,75%
Taxa de aumento na remuneração
5,50%
5,50%
Média ponderada das premissas de cálculo do custo líquido dos benefícios periódicos para os exercícios encerrados em 31 de dezembro
A taxa anual de retorno esperada sobre os ativos dos planos reflete a taxa histórica de retorno das categorias de ativos utilizados pelos planos e a aplicação conservadora dessas taxas de retorno na formulação das alocações de ativos conforme a política de investimentos. As taxas de desconto utilizadas para definir a obrigação por benefícios são escolhidas levando-se em conta as taxas de final de ano dos títulos privados com classificação AAA e AA. A taxa de inflação utilizada é a inflação implícita para 30 anos, derivada de notas do Tesouro dos EUA nominais e reais, com duração de 20 anos. Para os participantes com previsão de aposentadoria nos Estados Unidos, a obrigação acumulada dos benefícios pósaposentadoria foi definida usando-se as seguintes taxas de tendência dos custos de assistência médica: PBPA 2012
2011
Previsão de declínio da taxa de tendência dos custos (taxa de tendência final)
4,50%
4,50%
Ano em que a taxa atinge a taxa de tendência final
2018
2018
Custos médicos (não Medicare)
7,50%
8,00%
Custos médicos (Medicare)
6,50%
7,00%
Medicamentos
7,00%
7,50%
Custos odontológicos
5,00%
5,50%
Custos de aposentadoria fora dos Estados Unidos*
6,50%
7,00%
Taxa de tendência de custos de assistência médica presumida para o próximo exercício
*Refere-se a todos os serviços prestados aos participantes com suposição de aposentadoria fora dos Estados Unidos.
As taxas presumidas de tendência dos custos de assistência médica têm um impacto significativo sobre os montantes informados para o PBPA. Uma variação de um ponto percentual nessas taxas teria os seguintes efeitos: Aumento de um ponto porcentual
Redução de um ponto porcentual
Exercício encerrado em 31 de dezembro 2012
2011
2012
2011
Efeito sobre o total dos componentes de custos de serviços e de juros
$ 1.139
$ 821
$ (804)
$ (586)
Efeito sobre a obrigação por benefícios pós-aposentadoria
12.669
10.114
(11.532)
(7.497)
Em milhares de US$
79
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Ativos dos planos Os gestores de investimento para os ativos do Plano de Pensões e do PBPA são basicamente funcionários do BID que recebem orientações sobre investimentos com base nas próprias políticas de investimento do Plano de Pensões e do PBPA. As políticas de investimento com alocações de ativos estratégicos de longo prazo foram criadas com a expectativa de que os retornos sejam suficientes para o atendimento das exigências de captação de longo prazo. As políticas incluem investimentos em títulos de renda fixa e títulos com correção monetária dos Estados Unidos para proteção parcial contra os efeitos de variações nas taxas de juros e de fatores inflacionários sobre os passivos do Plano de Pensões e do PBPA, bem como para proteção contra desinflação. Os ativos do Plano de Pensões são investidos com uma meta de alocação entre 45% e 61% em um pool bem diversificado de ações de mercados emergentes e desenvolvidos, e exposições de 3% em dívida de mercados emergentes, 3% em futuros de índices de commodities, 0% a 2% em imóveis públicos, 2% a 3% em imóveis privados e 0% a 2% em títulos de renda fixa de alto rendimento. Os ativos do Plano de Pensões também são investidos com exposições de 5% em uma carteira central de títulos de renda fixa, 15% em títulos de renda fixa de longo prazo e 15% em títulos e valores mobiliários com correção monetária dos Estados Unidos. Os ativos do PBPA são investidos com uma meta de alocação entre 46% e 62% em um pool bem diversificado de ações de mercados emergentes e desenvolvidos, e exposições de 3% em futuros de índices de commodities, 3% em imóveis públicos e 2% em títulos de renda fixa de alto rendimento. Os ativos do PBPA também são investidos com exposições de 15% em títulos de renda fixa de longo prazo, 5% em uma carteira central de títulos de renda fixa e 15% em títulos com correção monetária dos Estados Unidos. As metas de alocação da política de investimentos em 31 de dezembro de 2012 são as seguintes: Plano de Pensões
PBPA
Ações dos Estados Unidos
25%
26%
Ações de outros países
24%
24%
Notas e títulos com correção monetária dos Estados Unidos
15%
15%
Títulos de renda fixa de longo prazo
15%
15%
Carteira central de títulos de renda fixa
5%
5%
Ações de mercados emergentes
4%
4%
Títulos de dívida de mercados emergentes
3%
3%
Índices futuros de commodities
3%
3%
Renda fixa de alto rendimento
2%
2%
Imobiliário, público
2%
3%
Imobiliário, privado
2%
0%
Os riscos são administrados por monitoramento contínuo de cada categoria de ativos e de cada gestor de investimentos. Os investimentos são redistribuídos com base nas metas de alocação da política de investimentos, conforme permitido pelos fluxos de caixa. Se os fluxos de caixa forem insuficientes para manter os percentuais visados, são feitas transferências entre as contas dos gestores, pelo menos uma vez ao ano. Como regra geral, os gestores de investimento não podem aplicar mais de 5% de suas respectivas carteiras em títulos de um único emissor, exceto quando este for o Governo dos Estados Unidos. A utilização de derivativos por um gestor de investimentos exige a aprovação específica de cada instrumento pelo Comitê de Investimentos do BID.
80
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Os quadros abaixo apresentam a classificação dos investimentos do Plano de Pensões e do PBPA em 31 de dezembro de 2012 e de 2011, mensurados ao valor justo e apresentados em conjunto com sua alocação em média ponderada, por nível, dentro da hierarquia de valor justo. Esses investimentos são classificados integralmente com base no nível mais baixo de inclusão de dados que seja significativo para a mensuração ao valor justo, com exceção de fundos de investimento cuja classificação na hierarquia de valor justo dependa da possibilidade de resgate de suas ações correspondentes pelo respectivo valor patrimonial líquido no curto prazo. Plano de Pensões Média ponderada das alocações
Nível 1
Nível 2
Nível 3
31 de dezembro de 2012
$ 3.530
$ 13.101
$ —
$ 16.631
25%
5.184
11.207
—
16.391
24%
—
2.796
—
2.796
4%
1.271
—
—
1.271
2%
Fundos de renda fixa de longo prazo
4.924
4.969
—
9.893
15%
Carteira central de títulos de renda fixa
3.115
—
—
3.115
5%
—
1.345
—
1.345
2%
9.891
—
—
9.891
15%
—
2.076
—
2.076
3%
—
—
1.498
1.498
2%
Em milhares de US$
Fundos de ações e participações: Ações dos Estados Unidos Ações de outros países Ações de mercados emergentes Imobiliário, público Fundos de títulos diversificados e títulos públicos:
Títulos de dívida de alto rendimento Títulos de dívida de mercados emergentes Títulos com correção monetária dos Estados Unidos Fundos de investimento imobiliário: Imobiliário, privado Índices futuros de commodities Fundos de investimento de curto prazo
—
—
—
—
0%
1.375
887
—
2.262
3%
$ 29.290
$ 36.381
$ 1.498
$ 67.169
100%
81
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Plano de Pensões Média ponderada das alocações
Nível 1
Nível 2
Nível 3
31 de dezembro de 2011
$ 2.729
$ 11.679
$ —
$ 14.408
25%
5.918
7.682
—
13.600
24%
—
2.207
—
2.207
4%
1.123
—
—
1.123
2%
Fundos de renda fixa de longo prazo
7.543
1.083
—
8.626
15%
Carteira central de fundos de renda fixa
2.708
—
—
2.708
5%
Títulos de renda fixa de alto rendimento
—
1.083
—
1.083
2%
8.486
—
—
8.486
15%
—
1.665
—
1.665
3%
—
—
1.284
1.284
2%
—
60
—
60
0%
1.224
722
—
1.946
3%
$ 29.731
$ 26.181
$ 1.284
$ 57.196
100%
Em milhares de US$
Fundos de ações e participações: Ações dos Estados Unidos Ações de outros países Ações de mercados emergentes Imobiliário, público Fundos de títulos diversificados e títulos públicos:
Títulos com correção monetária dos Estados Unidos Títulos de dívida de mercados emergentes Fundos de investimento imobiliário: Imobiliário, privado Índices futuros de commodities Fundos de investimento de curto prazo
PBPA Média ponderada das alocações
Nível 1
Nível 2
31 de dezembro de 2012
$ —
$ 14.305
$ 14.305
29%
Ações de outros países
—
12.044
12.044
24%
Ações de mercados emergentes
—
2.030
2.030
4%
1.484
—
1.484
3%
Títulos de renda fixa de longo prazo
4.078
3.278
7.356
15%
Títulos de dívida de alto rendimento
—
998
998
2%
Títulos de dívida de mercados emergentes
—
1.499
1.499
3%
Carteira central de títulos de renda fixa
2.219
—
2.219
4%
Títulos com correção monetária dos Estados Unidos
7.233
—
7.233
15%
Em milhares de US$
Fundos de ações e participações: Ações dos Estados Unidos
Fundos de investimento imobiliário público Fundos de títulos diversificados e títulos públicos:
Fundos de investimento de curto prazo
82
174
189
363
1%
$ 15.188
$ 34.343
$ 49.531
100%
Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
PBPA
Em milhares de US$
Média ponderada das alocações
Nível 1
Nível 2
31 de dezembro de 2011
$ —
$ 16.565
$ 16.565
40%
Fundos de ações e participações: Ações dos Estados Unidos Ações de outros países
—
9.831
9.831
24%
396
—
396
1%
Títulos de renda fixa de longo prazo
6.158
—
6.158
15%
Carteira central de títulos de renda fixa
2.017
—
2.017
5%
Fundos de investimento imobiliário público Fundos de títulos diversificados e títulos públicos:
Títulos com correção monetária dos Estados Unidos
6.086
—
6.086
15%
$ 14.657
$ 26.396
$ 41.053
100%
O investimento em títulos e valores mobiliários mensurados ao valor justo com base nos preços de mercado cotados em mercados ativos — uma técnica de avaliação em consonância com a abordagem de mercado — inclui ações dos Estados Unidos e de outros países, fundos mútuos de renda fixa e títulos do Tesouro dos Estados Unidos com correção monetária. Esses títulos e valores mobiliários são classificados no Nível 1 da hierarquia de valor justo. Conforme exigido pela estrutura para mensuração pelo valor justo, não foram feitos ajustes nos preços cotados para esses títulos e valores mobiliários. Nas combinações de fundos de títulos de dívida e de participação societária dos mercados emergentes com os fundos de investimento de curto prazo, sem negociação pública, eles são mensurados ao valor justo com base no valor patrimonial dos fundos de investimento e são classificados como Nível 2, já que podem ser resgatados com o destinatário do investimento no curto prazo, pelo respectivo valor patrimonial por ação na data da mensuração. Essa técnica de avaliação está em consonância com a abordagem de mercado. Os fundos privados de investimento imobiliário são mensurados ao valor justo com base em seu valor patrimonial líquido e são classificados como Nível 3, já que é incerto o prazo necessário para resgatar esses investimentos. As premissas para avaliação nesses fundos de investimento incluem o valor de mercado de propriedades similares, os fluxos de caixa descontados, o custo de reposição e a dívida pendente na propriedade (capitalização direta). Esses métodos são técnicas de avaliação em consonância com as abordagens de mercado e de custos.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
Variações em ativos do Nível 3 mensurados com regularidade ao valor justo para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012:
Em milhares de US$
Mensuração do valor justo para os investimentos do Plano de Pensões utilizando dados não observáveis e significativos (Nível 3)
Em 1º de janeiro de 2011
$ 1.147
Total de ganhos, líquido
137
Compras
583
Distribuições do resultado e vendas
(583)
Em 31 de dezembro de 2011
$ 1.284
Em 1º de janeiro de 2012
$ 1.284
Total de ganhos, líquido
214
Compras
—
Distribuições do resultado e vendas
— $ 1.498
Em 31 de dezembro de 2012
O total líquido de ganhos e perdas para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, incluído em variações no valor contábil de investimentos do Plano de Pensões atribuíveis a variação em ganhos líquidos não realizados, com respeito aos ativos detidos, foi de US$ 214 (ganho líquido de US$ 137 em 31 de dezembro de 2011).
Fluxos de caixa As contribuições da Corporação para o Plano de Pensões e para o PBPA, previstas para 2013, são de aproximadamente US$ 3.000 e US$ 4.000, respectivamente. Todas as contribuições são feitas em dinheiro.
Estimativa dos pagamentos de benefícios futuros O quadro abaixo resume os pagamentos de benefícios que refletem serviços futuros, conforme cabível, com previsão de pagamento em cada ano do próximo quinquênio e cumulativo nos cinco anos subsequentes. Esses montantes baseiam-se nas mesmas premissas usadas para mensurar a obrigação por benefícios em 31 de dezembro de 2012. Plano de Pensões
PBPA*
1º de janeiro de 2013–31 de dezembro de 2013
$ 1.773
$ 573
1º de janeiro de 2014–31 de dezembro de 2014
2.070
648
1º de janeiro de 2015–31 de dezembro de 2015
2.073
692
1º de janeiro de 2016–31 de dezembro de 2016
2.370
783
1º de janeiro de 2017–31 de dezembro de 2017
2.667
924
1º de janeiro de 2018–31 de dezembro de 2022
17.220
6.572
Em milhares de US$
Estimativa dos pagamentos de benefícios futuros
*Após o Subsídio da Parte D
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Notas explicativas às demonstrações financeiras (em milhares de dólares dos Estados Unidos, salvo indicação em contrário)
17. Administração de recursos externos A Corporação administra para doadores, inclusive países membros e outras entidades, recursos destinados a finalidades específicas, entre as quais cofinanciamento de determinados projetos, estudos técnicos para mutuários, estudos relacionados a projetos e programas de pesquisa e treinamento. Esses recursos são detidos em termos fiduciários pela Corporação e não são combinados com os recursos da Corporação nem incluídos em seus ativos. A Corporação recebe uma taxa de administração que, em geral, é uma porcentagem dos recursos recebidos. Essa taxa é indicada como taxa por serviços de consultoria na demonstração do resultado.
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ISSN 2075-9681
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Piso 10
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Bogotá
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