Almost Paper

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Quem faz: Edição e textos IESA RODRIGUES Fotos e design INES ROZARIO (mais fotos de divulgação) Projeto gráfico RENATA BÜHLER

Quando era editora deTurismo quase sempre os roteiros eram para os congressos nos USA e Europa. A maior aventura foram três dias no…Pantanal, com direito a chalana e cavalo (primeira e última vez a bordo de um animal de crina). Mas nem todo mundo é urbano. Há quem saia de casa para fotografar as estrelas no Atacama (como o Dr. Gustavo), que se deleita com as geleiras do sul (como o Eduardo) ou a Celina, que rodou o mundo de todas as cores e climas. Mas até agora, o recorde aventureiro é da Karla Ortiz, que chegou de uma viagem pelas neves do Himalaia. Nas páginas, as fotos estão umpouco fora de ordem, são difíceis de identificar.

Até a próxima! iesarodrigues.com.br @iesa_rodrigues

Outra viagem que se anuncia é para a Dinamarca, onde se realizou uma boa semana de moda. Nesta edição mostramos exemplos da moda de Kopenhagen. Vejam se vale prolongar a estadia depois dos desfiles de Milão e Paris.. Duas seções ficaram importantes nesta edição: as novidades das notas, que renderam a capa da Tiffany´s e o Por Aí, que mostra o quanto trabalhamos neste mês: os eventos começaram com tudo! Que bom! Queremos mais, há muito talento para ser descoberto e muita marca para ficar ainda mais famosa! A moda também é uma aventura

iesa

Na capa, Anya Taylor-Joy com colar da nova coleção da Tiffany´s (foto divulgação)


Gente

Fernanda Cordeiro levou a Byubag, de aluguel de bolsas de marca para a Clari, da Clarice Tenenbaum, em Ipanema e no Village Mall

Passagem pela Zsolt, no Ipanema 2000: os irmãos Bruno e Thatiana Schott, autores das coleções pintadas à mão da Zsolt

E a Micha d´Angelo criou uma saia a partir dos rolinhos de tecido da Zsolt Aqui, à esquerda, no jardim da Casa Caminhoá a Chris Guimarães mostra um look da coleção de verão da Linho 1


Deborah Secco prestigiou a filial da Tijuca do Peça Rara, brechó com preços de R$ 5 a R$ 50. Ela é franquiada. Vale ver!

Helio de la Peña nos fez rir no stand up na Gávea

Gilson Martins mostrou o talento de artista plástico usando sobras de plástico da própria fábrica

Halley Bieber vestiu longo preto assinado por Anthony Vaccarello para Saint Laurent no Baby2Baby Gala em Los Angeles


Aventura nevada


Tenho amigas aventureiras.No bom sentido, claro. Enquanto eu fico nas cidades, elas se atiram em cordilheiras, geleiras, areais sem fim. A mais próxima, Celina Maria, já deve ter rodado o mundo três vezes. Morgana, companheira de SuperJunior, se manda de Buenos Aires para as neves da Patagônia. E a Karla Ortiz, assessora e fiel solucionadora de pautas, foi mais longe ainda. Ou mais alto? Ou mais gelado? Juntem os três, e vejam a aventura da Karla Ortiz

Duas amostras das viagens das amigas: um cerro (montanha) na Bolícia, visitada pela Celina Maria, minha amiga de redação. E os pés da Morgana, amiga ELF, fã do DongHae. Na graminha gelada da Patagônia

Prontos para a subida? Devidamente preparados, Fernando e Karla aguardando o começo das subidas íngremes, neves e até um tour por banheiros. No Himalaia!


Conta, Karla: Foram 10 dias de caminhada, com equipamentos da North Face. Treze vilarejos, templos de milhares de anos, muito Diamox, para não sentir o mal de altitude. Barrinhas de Sneakers, para ter energia, arroz (que não gosto), lentilha e batata. E um certo desconforto intestinal - o que significou enfrentar banheiros primitivos, tipo buraco no chão. Apesar deste mal-estar, da mochila pesada, do medo de atravessar pontes dignas de Indiana Jones, completamos o circuito do Vale Sagrado do Annapurna, graças à força de vontade e ao guia Prakash, um dos melhores do Nepal. Um país pobre, mas rico culturalmente, situado entre a Índia e o Tibete. No caminho, franceses diziam que eu não completaria o roteiro; Aí, é que me deu mais força! Claro, fiz um diário, publiquei nas redes sociais e agora aqui na Almost. Espero incentivar viajantes a enfrentarem este roteiro incrível.

Uma das imagens mais significativas do álbum de viagens da Karla e do Fernando: o Buda no alto das montanhas


Diário de viagem 14 de março: março Desembarcamos em Katmandu, depois de voar 22 horas.. Negociamos em rúpias o táxi, chegamos ao KGH Kathmandu Guest House, no meio da cidade colorida

15 de março : visitamos os jardins do Palácio Real, e a estátua do Kala Bhairava, para pedir proteção.Depois do almoço, comprinhas: meias e pashminas de pelo do yak, o búfalo do Himalaia 16 de março:: março às cinco da manhã, saímos de carro até Besisahar, para encontrar o guia. Que só chegou às 15h30, por problemas de trânsito! Rumamos para Chame, a primeira cidade do Vale, distante cinco horas por estrada esburacada. Dormimos em Chame 17 de março: março Depois de caminhar das 8h20 até 16h, chegamos a Bratanng, onde se bebe o melhor suco de maçã do mundo! Muitas fotos, 45 minutos de almoço e seguimos para Barg Chap, uma subida intensa, o guia carregando minha mochila. Não dormimos em Ukur Pokari, que é muito fria e não tem a vista de UpperPisang


18 de março: março saímos às 8h40, com parada para comprar pulseiras e beber chá de gengibre. Dali até Gyaru (3.702m de altitude), uma subida mais íngreme que a de ontem. Almoçamos com pouca neve e vento, o que animou para as três horas de caminhada até Ngawal, destino final do dia. Superei o medo de altura, passei por pontes de madeira e cabo de aço. Hospedagem na New Annapurna, uma casa de chá com vista linda, boa cama e cobertores e maravilhosa torta de maçã

19 de março: março saímos às 8h40 e chegamos em Braga às 12h40. Uma travessia fotogênica, parecia cenário de Star Wars. Muitas fotos e filmes, mais de duas horas neste caminho até o hotel New Yak, antigo, com donos simpáticos 20 de março: março de novo, saímos depois das oito da manhã para visitar um mosteiro budista de 1499. Fotos, doação, reverência ao Buda e seguimos para Manang, capital da região, a 40 minutos de caminhada, onde ficamos no hotel Mountain Lake. À tarde fizemos compras: luvas, gorro e biscoitos, para a travessia de Thorong La, a 5.416m de altitude. Nevou a noite toda.


21 de março: março saímos às 7h40, às 10h20 chegamos na casa de chá entre Manang e Yak Karka, a 3.990m. Voltamos a caminhar às 11h e vimos os raros blue sheep (sinais de prosperidade para os montanheses) e yaks, mas nem tiramos fotos, de tão cansados. O hotel Dream Home foi um luxo a mais de 4 mil metros de altitude, com bons quartos e toalete. Na mesa, destaque para o Dal Bath, prato feito com arroz, sopa de lentilhas, batata com curry, vegetais e pimenta. Importante comer bem neste ponto, porque em Thorong Pedi não há qualquer luxo. Nem sinal de Wi-Fi! 23 de março: março às cinco da manhã seguimos de Thorong Pedi até High Camp, a última casa de chá antes de Thorong La, o ponto mais alto da passagem para o vale seguinte. Barras de chocolate salvaram a caminhada. Às sete, saímos de High Camp, com o guia carregando a mochila mais pesada e meu marido carregando a minha. A falta de oxigênio fez com que demorássemos muito, nos apelidamos de “tartarugas bebês”. Mas chegamos onde vários casais haviam desistido, por mal de altitude, ou por intoxicação alimentar. Começamos a descida longa e íngreme para uma vila anterior a Muktinath, às 17h15. Nesta vila, mais um chá de gengibre, uma hora de caminhada e chegamos a um hotel de ótima qualidade em Muktinath (4.800m). 22 de março: março A próxima parada, a 5.400m. Comida e quarto ruins em Yak Karka, de onde saímos às 8h15 com sol e céu azul. Três horas até Thorong Pedi, a 4.540m de altitude. Paramos para mais um chá de gengibre, enquanto o guia corria na frente para reservar um quarto, já que a disputa é grande e não há comunicação. Chegando lá, almoçamos, dormimos até as quatro da manhã e seguimos para Muktinah, umas 11 horas de caminhada. Até aqui, nem eu nem meu marido sentimos sintomas de mal de altitude, mas encontramos várias pessoas passando mal (inclusive aqueles que disseram que eu não completaria o percurso).


24 de março: março depois de um longo café da manhã fomos para o templo da vila, de mais de três mil anos. No Mahabharata, épico hindu de 1000 AC, este templo é citado como uma jóia sagrada no Himalaia, com templos para Shiva, Vishnu e Buda. É o destino para quem busca conhecimento espiritual. De lá seguimos de táxi para Jomsom, onde assistimos ao show do Sanish, pianista local, com o percussionista Dhavendra no Java Café, junto ao hotel OM.

25 de março: março às 6h30 saímos de jipe alugado (US$ 200), para um trajeto de mais de sete horas de estrada esburacada até Pokara. Neste dia ficamos no hotel Lake Shore, comemos no Med5, restaurante italiano, de comida mediterrânea, saladas frescas e mais um ótimo suco de maçã. 26 de março: trocamos de hotel fomos para o Middle Path. Um luxo, com massagens de recuperação para trekkers, lavanderia para mochilas cheias de roupas sujas, até lavagem a seco para peças de cashmere. As compras em Pokara renderam quatro xales de cashmere (tudo, por US$ 70), dois casacos longos de seda (US$ 100), uma saia (US$ 5) e duas camisetas (US$ 10). 27 de março: março ainda em Pokara, para comida, massagem e compras 28 de março: março rumo a Katmandu, às quatro da manhã. Dez horas de carro: parece que a enchente de 2020 fez estragos nas estradas do país... 29 de março: check in feito no dia 27,

pegamos o voo das 18h para sair de Katmandu


o l i t s E a c r a m a n i D Algumas semanas de moda ainda estão nos planos de viagem. Uma delas é a de Copenhague, que neste ano se realizou de 07 a 11 de agosto, antes da parisiense e a de Milão. Uma das possíveis razões para a antecipação deve ser o clima gélido. Mesmo assim, nomes como A. Rouge Hove desfilaram ao ar livre, abaixo de chuva.

DEADWOOD Carl Ollson e Felix Von Bahder apostam nos materiais que seriam descartados. Usam até couro de cactos

Acompanhei pelas telas. Achei ainda um toque excessivo de espetáculo, como no finlandês Latimer, com o elenco parando em palquinhos, cobertos com toldos laranjas. Pouca intenção prática, com exceção de marcas como a famosa Marimekko e a Garment. Sem exigência de glamour nos desfilantes. Isto é bom? Julguem vocês, se já é hora de comprar passagens para Copenhague.


ROEGE HOVE Amalie Roge Hove foca em algodão e tricô com elastano


:BAUM UND PFERDEGARTEN Uma das marcas mais importantes do país, fundada em 1999 por Rikke Baumgarten e Helle Hestehave. “Criamos roupas que ajudam as mulheres a contar suas histórias”, definem.


OPERA SPORT Integra o jeito parisiense clássico com o lado esportivo de Copenhague. Elegante, sustentável e sexy. É um luxo acessível assinado por Stephanie Gundelach e Awa Malina Stelter


GANNI o casal Ditte e Nicolaj Reffstrup pensa nas pessoas autoconfiantes, capazes de tudo. Vendem para 35 países, incluindo Australia, Canada e Coréia do Sul


GESTUZ Sanne Schested cria de acordo com o próprio estilo vintage. Lembra décadas passadas , mas dá um update nos clássicos


LATIMMIER O finlandês Ervin Latimer cria para quem quer expressar sua mascilinidade no jeito de vestir. Trabalhou com Circulose, material 100% reciclado


ROYAL DANISH ACADEMY Um dos trabalhos da segunda turma de mestrado, que seguiu a produção de moda de forma responsável


PAOLINA RUSSO marca londrina, da própria Paolina e Lucile Guilmard. Muito tricô tinto, acessórios de madeira. A camiseta é repuxada pelo quase-colar


Seven day Active

o activewear dinamarquês acrescenta brilho às peças para rua e academia


THE GARMENT Em 2020 , durante a pandemia, Sophia Roe e Charlotte Eskildsen começaram a marca, uma das mais urbanas da semana. Reparem no cabelo e no make. Quase zero!


MARIMEKKO a marca finlandesa mais famosa, criada em 1951 em Heksinki. Estampas e colorido fazem sucesso até hoje

Ficaram animados? Pois saibam que a próxima Copenhagen Fashion Week será de 29 de janeiro a 02 de fevereiro. Com as coleções de inverno 2024/25. Eles entendem de frio!


LOVECHILD Chic, renova o clássico, mantendo a cartela neutra. Fundada em 1979, vale o investimento. As roupas escandinavas são caras.


TG BOTANICAL em 2020, em plena pandemia,Tetyana Chumak se inspirou na família fazendeira, misturou tecnologia e Natureza, a Botânica, que tanto ama. Bonito.


Loft versátil em 90m

Vista quase geral do espaço que integra sala de estar, home theater e sala de jantar. Em primeiro plano, a cama de casal



Samara Barbosa celebra os 20 anos de seu escritório com esta proposta elegante, adaptada às dimensões atuais das moradias. O ambiente de 90m² fez parte da Mostra Artefacto de Curitiba, e chama a atenção pela atmosfera suave, com a cartela que vai dos beges até os marrons quentes. Os tons terrosos aparecem nas poltornas de veludo, nas mesas laterais de granilite e nas mesas de centro e de jantar de ébano . A versatilidade: a sala de jantar chama para o convívio; o living pode ser um home theater, o quarto de casal completa o espaço, com conforto. Um acabamento marcante é o lançamento da Sudati, o MDF Basalto Português, que reveste os painéis das paredes. A iluminação: Samara destaca o lustre assinado por Arihiro Miyake, inspirado no balé Copélia, fornecido pela Alma Light. Mobiliário: da coleção da Artefacto, o sofá Liang é o protagonista central do ambiente. A forma em L com dois revestimentos e os detalhes em couro nas costas garantem o conforto e requinte. Outra peça elegante é a mesa lateral Lena, um lâmina de ébano de brilho discreto.


O quarto: o canto do ambiente abriga a cama de casal, cercada pelo tom aconchegante das paredes. O home office tem espaço perfeito com mesa de cavaletes


Detalhes: arranjo horizontal de lírios; organização de relevos e gravuras; o lustre inspirado em Copélia; o bufê em frente à parede decorada; o abajur na mesa de cabeceira e a iluminação em rasgo destacando os acessórios


Anya Taylor-Joy brilha com a alta joalheria assinada por Jean Schlumberger, com a visão de Nathalie Verdeille, diretora artística da alta joalheria da Tiffany (@tiffanyandco)

Atendendo a pedidos dos adeptos! Está em lançamento a Crocs Classic Cowboy Boot, a versão western do amado tamanquinho

Imagem da riqueza, não é? O cara no jatinho, todo confortável. com seus tênis Vans Rowley XLT, relançados junto com a Dime, grupo de skatistas que escolheu o tom de azul certo. À venda na pop up da Vans + Dime em Paris. No Brasil deve estar à venda nas lojas parceiras da Vans Skateboarding

A agência Messs e a marca Working Title estão mudando o conceito do estilo escritório, com a coleção The End of Corporate. É o fim do terninho?


A BlueMan resolveu uma demanda com muito estilo: a diretora artística da marca, Sharon Azulay, criou biquínis e maiôs para quem passou por mastectomia. São modelos cor de rosa que disfarçam assimetrias, encaixam próteses e tem o glamour típico da BlueMan!

Quem não quer uma camiseta do rapper Tyler, the Creator?

Duas novidades para a necessaire ou para a ala masculina da bancada do banheiro: o perfume Classic Blue, do David Beckham (R$199) e a tecnologia japonesa da Aqua Rich

A moda está nos deixando à vontade para vestir o personagem que quisermos. Um dia, colorida e feminina, com as novas estampas da Farm. Olha que vestidinho irresistível! Outro dia, com look da união da Lacoste com a GOLF le FLEUR, do rapper americano Tyler, the Creator. A parceria começou em 2019, com o lançamento da coleção durante o torneio de Roland Garros. Gostei.


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