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Palavra do reitor
Conhecimento que transforma
Em sua terceira edição, Anuário de Extensão mostra um IFMG ainda mais atuante e próximo da sociedade
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Extensão é comunicação. Um diálogo entre as realidades acadêmica e social. Essa troca de saberes específicos e espontâneos abre caminhos para a solução de problemas e questões sociais. Uma interlocução que engloba experiências de popularização do conhecimento e da ciência, algo absolutamente necessário em tempos de negacionismo e ataques ao saber científico.
Realizadas em 2019, antes, portanto, da pandemia de Covid-19, as mais de 80 ações estão reunidas em sete áreas centrais: Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Produção, e Trabalho. Representam o esforço de servidores, alunos, da comunidade externa e nos servem como inspiração. Por exemplo, o projeto “É Ciência”, do Campus Ponte Nova, que ensina Física e Química a alunos da rede pública por meio de palestras e rodas de conversa. Um trabalho importantíssimo. Nos últimos resultados do Pisa, o Brasil ocupou, em Ciências, a 68ª posição entre 79 países.
Temas agora em evidência, como a saúde física e mental, já são abordados em muitos de nossos projetos. O “Ativa Idade” promove exercícios físicos e lúdicos entre os idosos na Vila Vicentina em Bambuí. Em Ouro Branco, a prática da “Capoeira Angola” vai além da atividade física e visa ampliar a consciência acerca da cultura afro-brasileira e suas potencialidades.
Esse resgate cultural ocorre por todo o IFMG. O “Redes de Cultura e História” levou a comunidade do Campus São João Evangelista até o povo Pataxó, em Guanhães. Dentre as atividades, planejava-se uma oficina de revitalização da língua Patxohã, que não ocorreu, é bom lembrar, devido aos cortes no orçamento dos Institutos Federais em 2019. Em Ouro Preto, ingredientes e saberes regionais brotam na “Horta Orgânica Educativa”, junto às produtoras rurais do distrito de Goiabeiras.
Enquanto o número de queimadas pelo país é o maior em uma década, parceria entre o Campus Ouro Branco e a Rede Nacional de Brigadas Voluntárias promoveu um curso de brigadistas. Outros projetos ambientais floresceram, como o “Pédiquê”, para motivar o cultivo das Plantas Alimentícias não Convencionais (Pancs) em Sabará.
Como disse, este Anuário nos serve como inspiração. Ele é a prova de que boas ideias, quando colocadas em prática, podem mudar para melhor uma determinada realidade. Os relatos a seguir mostram o poder transformador do conhecimento, que deve, sempre, ser compartilhado. Ele é um bem precioso, que nos abre os olhos. Boa leitura! Kléber Gonçalves Glória
Reitor do IFMG
6 | Anuário de Extensão do IFMG