InterIFMG • Setembro a Dezembro de 2016
Instituto Federal de Minas Gerais
Ano I • No. 2 • Setembro a Dezembro de 2016
Publicação do Instituto Federal de Minas Gerais
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NO.
Distribuição gratuita
INTERIFMG Arquivo IFMG
www.ifmg.edu.br
Comunicação que inclui IFMG aposta na Língua Brasileira de Sinais como forma de envolver e de transformar vidas pela educação. Ações permeiam vários campi, como é o caso de Itabirito (ao lado).
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Jornada flexível
Sucesso no Enem
Desafio de inovar
Senso apurado
Em entrevista, pró-reitora de Gestão de Pessoas tira dúvidas sobre o processo de flexibilização da jornada de trabalho.
Últimos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio apontam o ótimo desempenho dos alunos da Rede Federal e do IFMG.
Olimpíada de Inovação estimula o trabalho em equipe e a criação de soluções originais de impacto socioeconômico.
Entre as propostas dos projetos de Extensão está o desenvolvimento do pensamento crítico pela comunidade acadêmica.
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InterIFMG • Setembro a Dezembro de 2016
Instituto Federal de Minas Gerais
E D ITORIAL
EXPEDIENTE
Para terminar, e começar bem O que dizer de 2016? Que foi um ano polêmico no âmbito político, mobilizando grande parte dos brasileiros. Que é um ano em que propostas em andamento no Congresso Nacional, na área de educação, estão provocando a mobilização de estudantes e de servidores em todo o País. Ou, para nos atermos ao IFMG, que é um ano em que várias ações estão sendo feitas. Kléber Gonçalves Glória
Reitor
Assim, mais uma vez, prestamos contas acerca dos trabalhos que estão sendo executados. Temos, na medida do possível, feito isso na “Reitoria Itinerante” – projeto que era um anseio da comunidade acadêmica do IFMG –, sempre abrindo espaço para críticas e sugestões. Nesse sentido, também vale mencionar as reuniões do Conselho Superior, realizadas bimestralmente, e do Colégio de Dirigentes, que se reuniu, mensalmente, nos campi ou na Reitoria. No âmbito operacional, destacamos, entre várias outras
ações, a criação dos editais de remoção e distribuição, a abertura de um amplo concurso, o processo gradativo de descentralização das atividades e concessão de mais autonomia aos campi, além da aprovação do regimento de Ensino e do regulamento do Napnee, bem como outras ações relacionadas ao Ensino, Pesquisa e Extensão – cabendo mencionar, ainda, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, tanto em Belo Horizonte, com a participação de vários campi, quanto nas próprias unidades.
INTERIFMG PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
Reitor Kléber Gonçalves Glória Chefe de Gabinete Angela Rangel F. Tesser Diretor de Comunicação Renan Ramos Conselho Editorial Camila Calderano (Progep), Daniela Fantoni (Proex), Izabella Siqueira, Juliano Tavares, Livia Azzi Fuccio (Proex), Lorena Lopes, Lucas Marinho (Proen), Raquel Fonseca (PRPPG), Thomás Bertozzi, Virgínia Fonseca
Sem dúvida, não é uma reflexão fácil. Primeiro, porque sempre se corre o risco de causar descontentamento por deixar de ressaltar algo. Por outro lado, fica sempre na mente a possibilidade de ter feito ou fazer algo mais. E é por essas e por outras razões que também aproveitamos para agradecer pelo apoio expressivo que temos recebido e desejar um 2017 com ainda mais força e união. Afinal, só assim conseguiremos construir um IFMG para todos!
Jornalista responsável Virgínia Fonseca MTB MG08086JP Reportagens Ana Maria Telles, Giselle Puygcerver, Izabella Siqueira, Juliano Tavares, Lorena David, Lorena Lopes, Tatiana Toledo, Thomás Bertozzi, Virgínia Fonseca Colaboradores Ana Karina Reis, Carlos Bernardes, Fabiano Falcão, Fernanda Pelegrini, Gilberto Guimarães, José Aparecida Bahia, Leila Carvalho, Lucas Marinho, Luiz Henrique Pereira, Marcela Lima e Paulo Araújo Projeto gráfico e diagramação Ângela Bacon e Michel Araújo Revisão Valéria Rodrigues Tiragem 10.000 Fale conosco 31 2513 5120 jornalismo@ifmg.edu.br www.ifmg.edu.br
Por Juliano Tavares
CONVE RSA COM A COM U N I DAD E
Jornada de trabalho Um processo de flexibilização da jornada de trabalho entre os técnicos-administrativos está em andamento no IFMG. Com intuito de esclarecer o assunto, o InterIFMG publica, nesta edição, uma entrevista com a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Olímpia de Souza Marta. Quais os principais pontos da resolução relativa às 30 horas aprovada no Conselho Superior? A Resolução do Conselho Superior nº 20/2016 traz conceitos que definem a flexibilização como, por exemplo, distingue “Unidades” de “Unidades Organizacionais” e conceitua o público usuário. Além disso, regulamenta a implantação das 30 horas e determina a fiscalização como meio eficaz de tornar a ação concreta, conforme prevê a legislação
vigente. Nesse sentido, o documento define as atribuições das comissões encarregadas de fiscalizar essa jornada, que, entre outras funções, irão assessorar as direções dos campi e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) nos processos. Qual é a função dessas comissões de flexibilização? Temos dois tipos de comissão: uma comissão central, composta por membros do GT de Flexibilização e por servidores indicados pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, e as comissões locais nos campi, eleitas pelos servidores. Coube à comissão central coordenar todo o processo de escolha dos membros das comissões locais. Estas, por sua vez, têm a atribuição de assessorar a direção dos campi e a Progep nos processos de implantação efetiva do regime semanal de 30 horas, observa-
da a legislação vigente. Uma vez implantado, caberá a essas comissões fiscalizar a execução e avaliar, periodicamente, os resultados dessa flexibilização nas unidades organizacionais. Existe prazo para que esse novo sistema passe a funcionar? As Comissões Permanentes de Flexibilização da Jornada já foram constituídas em portaria do reitor e iniciaram os estudos nas unidades. Assim que apresentarem ao reitor o processo, o regime será adotado. Que normas devem ser seguidas no novo sistema? Existem regras legais. Entre elas, destaco duas importantíssimas: a definição das unidades organizacionais e o comprometimento dos servidores com o horário de funcionamento dessas unidades.
Na sua visão, como essa nova medida pode se reverter em benefícios à Instituição? Em termos de atendimento ao público, o tempo será estendido a, no mínimo, 12 horas. Vejo esse ato como positivo para o IFMG, principalmente porque o público está dentro e fora da comunidade acadêmica. Por outro lado, os servidores técnico-administrativos ganharão mais tempo para cuidar de si, resolver assuntos pessoais, ficar com a família, enfim, investir seu tempo da forma que entender necessário e melhor. Consequentemente, o número de servidores com estresse tende a diminuir, aumentando a motivação e o desempenho. É o que esperamos.
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O que é preciso saber sobre a flexibilização
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Por Juliano Tavares
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NOSSA H I STÓRIA
Área verde domina o ambiente na vista aérea do Campus
Encontro de encher os olhos No Campus São João Evangelista a educação e a mata se encontram. O resultado disso só consegue perceber, e principalmente sentir, quem já esteve lá. A primeira vista que aguça o olhar de quem vai conhecer o Campus São João Evangelista não é nenhuma das instalações educacionais, mas justamente o local onde elas estão. A pouco menos de 100 metros de distância, é possível observar, de um lado, salas de aula, prédios administrativos e laboratórios e, do outro, uma mata remanescente da Mata Atlântica. “Dos 305 hectares do campus, cerca de 120 são florestas”, afirma o diretor-geral, José Roberto de
Essa história teve início em 1947, quando alguns moradores fundaram a Sociedade Educacional Evangelistana. Paula. Em meio a tudo isso, membros da comunidade desfrutam do ambiente caminhando ou correndo em uma viela que cruza parte do campus. Neste espaço você confere, a cada edição, um pouco sobre os campi que constituem o IFMG. A começar por São João Evangelista, que acaba de completar 65 anos.
Em outubro, a unidade comemorou seus 65 anos com cerca de 1400 estudantes. Entre eles, não somente cidadãos locais, mas também de Guanhães, Governador Valadares, Virginópolis, Capelinha, entre outras. “Nosso principal pú-
blico são os jovens, mas temos também estudantes de outras faixas etárias. Eles estão principalmente na Licenciatura em Matemática e nos cursos a distância”, explica o coordenador de graduação e pós-graduação, Tiago de Oliveira Dias.
Cursos
Com o apoio de professores e técnicos-administrativos capacitados, são ofertados cursos técnicos integrados em Agropecuária, Nutrição e Dietética e em Manutenção e Suporte em Informática. A unidade oferece também as graduações em Agronomia, Engenharia Florestal, Sistemas de Informação e Matemática, além das especializações em Meio Ambiente e em Pecuária Leiteira. Na modalidade a distância, são ofertados técnicos subsequentes em Artesanato, Florestas e Reciclagem. Para proporcionar tais oportunidades, o Campus conta com uma unidade de alimentação e nutrição, alojamentos masculino e feminino, salas de aula equipadas com computador, acesso à internet e projetor multimídia. Há também biblioteca, ambulatório, reprografias, teatro, ginásio poliesportivo e campo de futebol, entre outras.
“Em fevereiro de 2017, passa a fazer parte dessa estrutura um prédio voltado para os cursos de Ciências Agrárias e Ambientais. Ao todo, são 12 laboratórios, 16 gabinetes para professores e cinco salas de aula. Com três pisos, o prédio já foi construído dentro das normas de acessibilidade”, explica o diretor de Ensino, Giuslan Pereira. Além disso, segundo o diretor-geral, José Roberto, “outros projetos estão em andamento. No segundo semestre de 2017, vamos ofertar o curso técnico subsequente em Agrimensura. Também está em estudos a possibilidade de ofertarmos outra licenciatura: Ciências Biológicas”.
Viagem pelo tempo
A história da unidade teve início em 1947, quando alguns moradores do local fundaram a Sociedade Educacional Evangelistana. Em 1950, essa sociedade adquiriu um terreno que possuía o nome “Chácara São Domingos” com uma área de 277,14 ha. Em 1951, iniciou-se um convênio entre a União e o Estado de Minas Gerais para a instalação da Escola de Iniciação Agrícola de São João Evangelista, então subordinada à Superinten-
dência de Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura. Já em 1964, esse nome foi alterado para Ginásio Agrícola e, em 1979, mudouse a denominação para Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista. Em 2008, a Lei nº 11.892 criou os institutos federais. Assim, a então Escola Agrotécnica passou a fazer parte do IFMG.
Cursos oferecidos em SJE: Técnicos integrados: Agropecuária, Nutrição e Dietética e Manutenção e Suporte em Informática.
Superiores: Agronomia, Engenharia Florestal, Sistemas de Informação e Matemática, além das especializações em Meio Ambiente e em Pecuária Leiteira.
Ensino a distância: técnicos subsequentes em Artesanato, Florestas e Reciclagem.
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Por Virgínia Fonseca
I N CLUSÃO
Palavras possíveis Atividades em Língua Brasileira de Sinais ampliam acesso da comunidade surda aos serviços do Instituto, proporcionando desenvolvimento pessoal e profissional Filipe Brison (ao fundo, no centro), a bolsista Bruna Nery (à direita, na frente) e os alunos da rede pública: inclusão social
Inclua-se! Campi que possuem intérpretes
Arquivo IFMG
Betim, Formiga, Itabirito, Ouro Preto, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Reitoria.
Como quero ser chamado?
Quinta-feira, fim de tarde. Aos poucos, eles chegam e já vão se entrosando, conversando entre si e com os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Duas vezes por semana, o Campus Itabirito recebe essa turminha especial: são oito alunos surdos, de escolas públicas da região, que participam de aulas de Matemática na unidade. O diferencial? As atividades são ministradas em Libras por Filipe Brison, estudante de Engenharia Elétrica do Campus e que também é surdo. O projeto é representativo das ações que o Instituto tem promovido com vistas a facilitar o acesso da comunidade surda à educação. Para os participantes, mais que aprender matemática, trata-se de uma oportunidade de convivência e de inclusão. “Já ministramos aula sobre o impeachment, as Olimpíadas... A comunidade surda muitas vezes fica alheia aos grandes temas que permeiam a sociedade”, conta o intérprete de Libras Paulo Mendanha, idealizador da iniciativa ao lado da professora de Matemática Adriana Almeida. “Lecionar para alunos surdos permite ajudá-los a ter conhecimento de mundo. A maioria deles estão isolados, sem contato com a comunidade surda”, completa Filipe Brison. Segundo ele, o projeto proporciona inclusão social e ajuda no desenvolvimento deles em um nível que ultrapassa o rendimento escolar e envolve a vida pessoal.
para trazer para a unidade o curso Graduação em Letras/Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mais de 500 candidatos concorreram às 60 vagas disponíveis no bacharelado e na licenciatura. “Os olhares da comunidade surda mineira estão sobre o IFMG, pois a única oferta no Estado foi em 2008”, avalia Débora.
de, sabe, imediatamente, que a instituição o atende”, afirma.
Acessível
Ampliação
Atualmente, o IFMG tem alunos surdos em Ouro Preto e Itabirito, além de uma professora surda, também em Ouro Preto. “A partir da existência dos docentes e dos intérpretes, a demanda tem aparecido”, explica a coordenadora do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee), Delaine Sabbagh. O intérprete da Reitoria, Gilberth Santos, destaca a importância de explicitar, nas comunicações, o sinal de acessibilidade em Libras. “Quando o surdo vê a logo de acessibilida-
Com isso em mente, Gilberth criou um e-mail exclusivo para responder às dúvidas de surdos que tenham interesse em entrar em contato com o IFMG. As mensagens são respondidas pelo intérprete, respeitando as construções gramaticais próprias da comunidade. Segundo Delaine, uma das ações mais importantes, recentemente, foi a expansão do número de intérpretes no IFMG. Aos sete profissionais que hoje atuam devem se juntar outros nove. Além de atender diretamente à comunidade surda, os intérpretes dos campi promovem ações locais, como cursos de Libras gratuitos, ofertados via projetos de extensão. Da interação entre os intérpretes locais e a equipe da Reitoria surgem oportunidades de trabalhar novas propostas.
Não é adequado se referir às pessoas como “surdo-mudo” ou “deficiente auditivo”. O termo utilizado pela comunidade é “surdo”.
Para aprender Aplicativo: • Hand Talk • VLibras
Cursos online: www.unintese.com.br www.feneis.org.br e-mail: librasduvidas.proen@ ifmg.edu.br: criado exclusivamente para atender a comunidade surda do IFMG.
Apoio para o futuro
“Na escola onde estudo as aulas de matemática são ministradas em língua portuguesa, o que me atrapalha muito na compreensão dos conceitos e regras. O curso melhorou a minha comunicação em Libras e tornou o aprendizado da matemática uma coisa fácil. Tenho certeza de que vai me ajudar, também, no futuro, quando eu for conseguir um trabalho, e na minha vida pessoal.” Filipe Siqueira, aluno do 9º ano do ensino fundamental em Itabirito
Gilberth acrescenta que o Instituto também tem procurado oferecer tradução simultânea em todos os eventos – foi o caso da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada recentemente em Belo Horizonte, em que o estande do IFMG foi o único a contar com intérprete de Libras durante todo o tempo.
Futuros intérpretes e professores se preparam em Ribeirão das Neves
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Arquivo IFMG
Em Ribeirão das Neves, coube também à interprete de Libras Débora Goulart se empenhar
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Por Thomás Bertozzi Com a contribuição de Lucas Marinho
E N S I NO
Qualidade a toda prova Arquivo IFMG
Desempenho dos alunos do IFMG no Enem 2015 confirma histórico de bons resultados
A inclusão dos dados referentes à Rede Federal de Educação (RFE) no resultado do Enem 2015 deixou clara a manutenção da qualidade do ensino ofertado por essas instituições – por um equívoco do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), os dados da Rede não haviam sido considerados na listagem divulgada inicialmente. No caso do IFMG, uma análise mais detalhada do material, publicado em 31 de outubro, confirma a proficiência dos campi: todas as unidades do Instituto avaliadas conseguiram bom desempenho no Exame. Sete campi do IFMG se enquadraram nos critérios do Estudantes de Governador Valadares se destacam nas notas do Enem
Média geral dos campi [com nota de redação] Congonhas
Ouro Preto
São João Evangelista
Bambuí
Gov. Valadares
Ouro Branco
Itabirito
2013
640
599
587
581
614
-
-
2014
657
613
604
604
642
-
-
2015
662
591
614
578
648
660
595
Fonte: Proen IFMG
MEC para divulgação das notas por escola. De acordo com o nível socioeconômico, por exemplo, a nota de São João Evangelista foi a segunda maior do País, entre as 1.617 escolas com nível “médio baixo”. Ainda nesse mesmo critério, entre 3.073 instituições de categoria socioeconômica “média”, Bambuí registrou a 15a maior nota do Brasil, e os campi Valadares e Congonhas têm, respectivamente, a 56ª e a 71ª melhores notas das 3.447 escolas de nível “alto”. As notas médias dos campi do IFMG também estão entre as melhores nas suas respectivas regiões, inclusive as unidades mais novas, instaladas em áreas com estrutura de ensino consolidada. É o caso de Governador Valadares (2ª melhor média entre as 35 escolas da região) e dos campi Congonhas e Ouro Branco, que tiveram os dois melhores desempenhos entre as 28 instituições circunvizinhas. O resultado de 2015 reforça o que já aponta a média histórica da Rede Federal no Enem: são 560,35 pontos contra 556,24 pontos da Rede Particular, 511,88 da Rede Municipal e
486,95 da Rede Estadual. A RFE também alcançou as melhores notas médias em todas as áreas do exame: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e redação. Para o coordenador de Formulação e Supervisão de Políticas para o Ensino Técnico do IFMG, Lucas Marinho, embora o Enem desconsidere a diversidade de condições e de propostas pedagógicas existentes, há um aspecto positivo nos resultados obtidos pela Rede ao longo dos anos. “As provas talvez sirvam como uma referência razoável para respondermos à seguinte pergunta: os alunos que concluíram nossos cursos de ensino médio profissionalizante têm demonstrado o conhecimento necessário para pleitear, via Enem, o ingresso no ensino superior? A resposta é sim”, pontua.
Confira mais dados sobre os resultados do IFMG no Enem: goo.gl/t5snU8
RETR ATOS DO I FM G
Conhecimento em evidência Arquivo IFMG
Arquivo IFMG
Em novembro, o IFMG marcou presença no evento oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovido em Belo Horizonte
A SNCT ocorreu durante a Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit). Com uma participação multicampi, o Instituto apresentou em seu estande projetos inovadores vindos das diversas regiões em que atua. Os campi participantes foram Bambuí, Betim, Congonhas, Formiga, Piumhi, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e São João Evangelista.
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Instituto Federal de Minas Gerais
Por Lorena Lopes
COM U N I DAD E
Para vencer obstáculos Campus Bambuí leva ao município os benefícios da equoterapia
Ajudar a desenvolver habilidades, despertar sentimentos de afeto e de carinho, além de melhorar a saúde física e emocional das pessoas. Pesquisas demonstram que esses são alguns benefícios do contato com animais e, a partir dessa perspectiva, surgiu a zooterapia, tratamento de pessoas por meio de animais. Com isso em vista, o Campus Bambuí implantou o projeto de extensão Equoterapia, que tem
mudado a realidade de alunos e da comunidade. A equoterapia utiliza os cavalos como agentes promotores da reabilitação e educação de pessoas com deficiência. Por ser uma atividade que exige a movimentação do corpo inteiro, o método contribui para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, consciência corporal, aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. “Os primeiros contatos com o animal, os cuidados, o ato de montar e o manuseio contribuem na formação de novas interações sociais, autoconfiança e autoestima”, explica o coordenador do projeto, professor e equitador Humberto Carvalho. Atualmente, a iniciativa atende 11 participantes gratuitamente, entre eles, autistas, cadeirantes e pessoas com necessidades educacionais especiais.
Resultado de uma parceria entre o IFMG e uma equipe multiprofissional de voluntários da Associação João Domingos de Carvalho, o projeto está ativo desde março e já conta com rampa, consultórios, baias e alguns animais. Existe, ainda, a colaboração dos alunos ligados ao Núcleo de Estudos em Equideocultura, que auxiliam nas atividades diárias do setor. Humberto Carvalho conta que os resultados são visíveis nos pacientes, o que tem sido “extremamente gratificante”. “Eu estava muito desanimada e, depois da equoterapia, melhorei bastante, tanto fisicamente quanto emocionalmente”, confirma a estudante do IFMG Rayane Silva. Ela e a irmã são atendidas pelo projeto e gostam do resultado do tratamento, no qual pretendem continuar.
“
Jamil Domingos da Silva
O contato com o animal contribui na formação de novas interações sociais, autoconfiança e autoestima
Por Thomás Bertozzi
G E STÃO
Integração pela tecnologia Projeto Educa facilita gestão de informações acadêmicas nos campi avançados
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No esforço para interligar todas as unidades do IFMG, está em andamento mais uma etapa de implantação do Sistema de Gestão Integrada. Batizada de Projeto Educa, a iniciativa vai permitir que sete unidades do Instituto tenham acesso ao Módulo Educacional do sistema. Os trabalhos começaram no mês de abril e envolvem servidores da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), da Pró-Reitoria de Ensino e dos campi em questão. Em setembro, foi concluída a fase de treinamentos, uma das etapas previstas no cronograma do projeto.
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O objetivo da DTI é que esses campi tenham acesso a todos os recursos do Módulo Educacional. São eles: portal do aluno, portal do professor e todas as ferramentas do registro e controle acadêmico. “Ao final do projeto, os dados educacionais de todo o IFMG estarão integrados e isso vai melhorar a gestão das informações acadêmicas”, afirma o supervisor de implantação do Educa, Márcio Dias.
Elaine Veloso, instrutora do treinamento, destaca a agilidade e a segurança proporcionadas pelo acesso ao Módulo. “O setor de controle e registro acadêmico terá uma ferramenta para auxiliar na gestão dos dados dos alunos, desde a matrícula, emitindo históricos e diplomas. Além disso, será possível o acesso a informações como número de estudantes ativos, declarações, boletins e rendimentos”, explica. Após a conclusão do treinamento, os servidores participantes reconhecem a complexidade do Módulo Educacional e a necessidade de dominar tal ferramenta. É o caso da técnica em secretariado do Campus Avançado Piumhi, Vânia Soares: “implantar o sistema é difícil e exige muito dos envolvidos, pois é necessária adaptação e atualização dos dados”, avalia. “Somos gratos aos nossos coordenadores e instrutores, que não medem esforços para que este projeto se concretize”, acrescenta.
Sistema de Gestão Integrada É um conjunto de softwares que integram diversos departamentos de uma instituição. No IFMG, o sistema opera nos seguintes módulos: Educacional, Processo Seletivo, Biblioteca, Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão, Inovação, Recursos Humanos e Administrativo .
Unidades contempladas São sete: os campi avançados Arcos, Conselheiro Lafaiete, Ipatinga, Itabirito, Piumhi, Ponte Nova e o Campus Santa Luzia.
“O treinamento foi bem planejado e a instrutora, muito competente. O sistema é complexo, por isso é essencial conhecer as normativas do IFMG. “
“O projeto é muito bom. Aguardávamos há muito sua implantação para otimizar os processos acadêmicos. O treinamento foi excelente!”
Angélica Gomes
Giselle Soares (Coord.
(Técnica de Laboratório no Campus Avançado Arcos)
de registros escolares do Campus Santa Luzia)
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Instituto Federal de Minas Gerais
Por Ana Maria Telles
PE SQU I SA
Projetando carros do futuro Arquivo IFMG
Polo de Inovação Formiga envolve pesquisadores e alunos em projetos de vanguarda sobre Sistemas Automotivos Inteligentes em 15 de dezembro de 2015, pesquisadores de todos os campi do IFMG e de outras instituições podem propor projetos de inovação na área de Sistemas Automotivos Inteligentes. Ou seja, com ênfase em projetos de aplicações que usam arquiteturas veiculares, conectividade, computação móvel distribuída e interação com usuário para prover serviços que visam ao conforto, segurança, precisão, localização, entretenimento, entre outros. Pesquisadores em ação no Polo de Inovação Formiga: oportunidades para empresas e alunos
O Polo de Inovação Formiga é um dos cinco de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, ligados ao Ministério da Educação, que foram credenciados recentemente pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para desenvolver projetos de inovação. As unidades foram constituídas a partir de
competências tecnológicas específicas dos institutos para o atendimento às demandas do setor produtivo por pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação (PD&I) e formação profissional para essas atividades na indústria. Após a assinatura do termo de cooperação entre o Polo de Inovação Formiga e Embrapii,
O Polo de Inovação atua na prospecção e negociação de projetos (PD&I) em empresas do setor industrial, oferecendo recursos humanos, tais como alunos e pesquisadores, e recursos financeiros provenientes da Embrapii para custeio dos projetos. “Ter a oportunidade de participar de um projeto de inovação durante a graduação é muito gratificante,
Por Thomás Bertozzi
“
Para o diretor-geral do Polo, professor Fábio Lúcio Correa Júnior, um Polo de Inovação é sinônimo de desenvolvimento em pesquisa aplicada. “Nossa expectativa é estimular a pesquisa institucional no IFMG e ampliar a interação escola-empresa na busca de soluções de problemas reais do setor industrial na nossa área de competência”, afirma.
Saiba mais em: polodeinovacao.ifmg.edu.br
PE SQU I SA
Ideias premiadas Alunos buscam soluções originais e de impacto socioeconômico na Olimpíada de Inovação
É um momento de aproximar a teoria da prática e incentivar o aluno a trabalhar de forma multidisciplinar
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pois já experimentamos uma visão de como é importante o trabalho em grupo, com as tarefas bem definidas dentro de um projeto e todos trabalhando em conjunto”, avalia a aluna Patrícia Pieroni, do 2º período de Ciência da Computação. A estudante destaca, ainda, a aplicação dos conhecimentos aprendidos no curso e a experiência proporcionada pelos projetos.
Uma competição para estimular o trabalho em equipe e a criação de soluções inovadoras, além de um prêmio final no valor de 15 mil reais. Está em disputa, até o dia 19 de abril de 2017, a I Olimpíada de Inovação do IFMG, evento coordenado pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação em parceria com a Fapemig e a Bambuí Bioenergia S/A. Entre os dias 12 de setembro e 31 de outubro, alunos de todos os campi puderam montar equipes e inscrever seus projetos em duas categorias: Ideias, conceitos e soluções e Produtos, processos e serviços. Também foi exigida a produção de um vídeo amador, com até três minutos, para a apresentação
de cada uma das propostas. Segundo o coordenador da competição, Edilson Nolaço, o processo de admissão dos trabalhos é mais simples do que seria para uma pesquisa aplicada, por exemplo, pois o foco é na identificação do problema e na atividade desenvolvida para resolvê-lo. “A olimpíada fomenta a criação de soluções inovadoras de impacto social e econômico. É um momento de aproximar a teoria da prática e incentivar o aluno a trabalhar de forma multidisciplinar em busca de soluções para os problemas encontrados”, resume.
Seleção
O processo de seleção dos trabalhos vai ocorrer em duas fases: a primeira será uma análise da solução-problema e a segunda, uma apresentação
do trabalho para a comissão avaliadora. Ao final dessa última etapa, serão conhecidas as duas propostas vencedoras, que receberão prêmios de R$ 15 mil e R$ 9 mil. Até lá, todos os projetos inscritos serão mantidos sob sigilo, assim como os dados sobre os membros das equipes participantes. Terminada a competição, as duas propostas vencedoras poderão ter acompanhamento por equipe específica das áreas de administração e gestão, além da possibilidade de apoio externo. Segundo Edilson, esse acompanhamento visa justamente à possibilidade de criação de negócios a partir dos trabalhos selecionados.
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Instituto Federal de Minas Gerais
Por Izabella Siqueira
PR ÁTI CA S PE DAG ÓG I CA S
Memórias revisitadas Lembranças de infância transformam-se em livro escrito por alunos em Sabará Histórias repletas de sinceridade de quem viveu o que conta e de doces mentiras de quem recriou as lembranças que ainda lhe restam. Alunos dos cursos técnicos em Administração, em Informática e em Eletrônica do Campus Sabará vivenciaram a experiência de contar suas próprias histórias, a partir das recordações da infância, no livro “Memórias Partilhadas”. Por meio da produção da obra, eles puderam conciliar técnica, experiências e aprimoramento na construção dos textos.
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O retrato literário para a redação dos textos que compõem o livro foi a obra “Memórias Inventadas”, de Manoel de Barros. “As atividades de leitura e de escrita que resultaram no livro “Memórias Partilhadas” têm enorme importância na minha vida, principalmente pelo meu sonho de ser escritora”, conta a aluna Ana Laura Santos. “Foi como se, pela primeira vez, tivessem valorizado algo além das minhas notas: minha capacidade artística”, reitera a jovem autora Antoniela Fonseca, que também almeja tornar-se escritora.
Para o idealizador da proposta, o professor de Português Ricardo Machado, uma das expectativas é, justamente, estimular a construção de relações afetivas com as práticas de leitura e escrita. “Escrevemos para lermos os textos uns dos outros e não para o professor avaliar”, explica. A experiência trouxe novas perspectivas, ainda, para quem não tinha na leitura um hábito cotidiano, como relata a estudante Rafaela
Nicolau. “Antes, eu nunca havia lido um livro completamente. O projeto mudou minha relação com a leitura. Hoje, sou mais interessada”, surpreende-se.
Veja a obra na íntegra: goo.gl/2Fvjkh
Com a ajuda do professor, foram impressos, a princípio, dois exemplares. Os alunos arrecadam fundos, agora, para que cada um tenha o seu exemplar e possam distribuir, também, à comunidade acadêmica.
Arquivo IFMG
As atividades de leitura e escrita do livro têm enorme importância na minha vida, principalmente pelo meu sonho de ser escritora. E NTRE VI STA
Por Juliano Tavares
Currículo de florestas Ex-aluno de São João Evangelista fala sobre atuação na área de Melhoramento Genético
Arquivo pessoal
É possível citar momentos marcantes em sua trajetória como estudante?
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O ex-aluno do Campus São João Evangelista João Edésio Sousa tem uma longa trajetória na área de Melhoramento Genético. Exemplo de trabalho e dedicação, iniciou suas atividades como estagiário e hoje gerencia duas equipes na Cenibra (Celulose Nipo Brasileira). No currículo, dois cursos superiores (Administração Pública e Ciências Biológicas), uma pós-graduação pela Universidade Federal de Viçosa e, claro, muitas florestas.
De uma forma geral, o melhor que me aconteceu foram as amizades conquistadas ao longo da convivência com colegas e professores. Mas ressalto também as homenagens que recebi como aluno destaque, como a medalha de primeiro lugar em média de notas no curso técnico em Agropecuária, assim como as placas da Unimontes e no Iseed, pelo mesmo motivo. Conte um pouco sobre sua atuação na Cenibra. Em 1987, fui admitido como técnico agrícola. Então, comecei a trabalhar na Regional de Guanhães, como supervisor no viveiro de produção de mudas, e, ao mesmo tempo, como apoio na área de pesquisa em Melhoramento Genético, com atividades de instalação, condução e avaliação de experimentos.
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O melhor que me aconteceu foram as amizades conquistadas ao longo da convivência com colegas e professores A partir de 1995, já em um estágio avançado do Programa de Melhoramento Genético na empresa, iniciamos a produção de híbridos por polinização controlada. Após a conclusão da graduação em Ciências Biológicas, meu cargo mudou para assistente técnico florestal. Mudei para Ipatinga, em 2007, para conduzir os trabalhos de produção de híbridos, implantação e avaliação de experimentos em toda a empresa. Atualmente, conto com uma equipe de auxiliares, na região de Guanhães, que atende
também na região de Nova Era e Santa Bárbara. Conto, ainda, com uma equipe de apoio, em Belo Oriente, que atende nas regiões de Ipatinga, Belo Oriente e Cocais das Estrelas. Nossa principal missão é produzir clones novos que possam substituir os atuais, com ganhos em qualidade e produtividade. Para tal, minha atuação é 60% do tempo na floresta, em todas as regiões da empresa onde estão instalados os experimentos, ou mesmo, para acompanhamento do desempenho dos materiais genéticos indicados para plantio.
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Instituto Federal de Minas Gerais
José Aparecida Bahia | Diretor de Extensão | juca@ifmg.edu.br Carlos Bernardes Rosa | Pró-Reitor de Extensão | carlos.bernardes@ifmg.edu.br
ARTI G O
Conexões com a comunidade Neste breve texto, nos dirigimos especialmente a vocês, alunos e servidores técnico-administrativos de nossos campi, considerando que o corpo docente, por se tratar de atribuição própria, tem plena ciência do papel da Extensão nos institutos. Dessa forma, procuraremos apresentar aqui uma visão clara, concisa e didática do que é a Extensão e do que ela representa para nossas instituições, que possuem características próprias que as diferenciam das universidades. Pela sua interiorização, pela sua capilaridade, espalhando-se por uma gama de pequenos municípios, e pela oferta de cursos de cunho técnico e tecnológico, os institutos federais estão mais próximos da realidade regional e, consequentemente, das comunidades nas quais se inserem. Ali, exercem sua influência e por elas são influenciados, numa relação dialógica, porque a Extensão abre espaço para a compreensão e o entendimento das necessidades regionais e a comunidade também fala. “Fala” por meio de sua cultura, economia, ambiente social,
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Extensão aproxima o Instituto da comunidade, abrindo espaço para a compreensão de necessidades regionais e a prospecção de novas potencialidades
As ações de Extensão visam buscar a interlocução entre o Ensino e a Pesquisa com as demandas da sociedade das questões ambientais, da necessidade formativa. É por meio da Extensão que os campi se transformam em Centros de Desenvolvimento Regionais, trabalhando com os arranjos produtivos locais e prospectando novas potencialidades. Desde 2014, tornou-se obrigatória a inclusão da Extensão como componente curricular nos cursos de graduação (no mínimo 10% da carga horária), por meio de programas e projetos de extensão. Compete a cada campus, conforme seu planejamento, a introdução gradativa dessa disciplina no currículo de cada curso. De uma forma geral, podemos dizer que as ações de Extensão (programas, projetos, cursos, eventos, prestação de serviços,
acompanhamento de egressos e integração com o setor produtivo) visam buscar a interlocução entre o Ensino e a Pesquisa com as demandas da sociedade, estabelecendo mecanismos que interrelacionem o saber acadêmico e o saber popular. Quem determina quais ações serão desenvolvidas é o próprio campus, para onde os recursos são descentralizados pela Reitoria, contando, pois, com a autonomia de gestão. Recomenda-se, no entanto, que ações sejam desenvolvidas de forma igualitária entre três vertentes: relacionamento com o setor produtivo, para fins de obtenção de estágios, empregos e acompanhamento de egressos; viés assistencialista, voltado para a população em situação de vulnerabilidade social; e foco
nos campos da cultura e da arte. A única finalidade da concessão das bolsas de Extensão (Pibex, Pibex Jr.) é a realização de atividades de Extensão e devem, obrigatoriamente, estar vinculadas a uma dessas ações.
apresentar e propor ações, programas e projetos de Extensão. Para tanto, basta procurar o setor de Extensão de seus campi ou dirigir-se à própria Proex.
Alunos e servidores, como partícipes, também podem
31 2513 5125 proex@ifmg.edu.br
Por Lorena Lopes
Fale com a Proex:
E X TE N SÃO
Muito além do senso comum Projetos de Extensão incentivam pensamento crítico da comunidade acadêmica
Arquivo IFMG
Momento Opina aborda temas atuais, escolhidos por meio de enquete eletrônica
Melhorar o senso crítico dos alunos, proporcionar novas experiências acadêmicas, quebrar preconceitos, além de despertar nos estudantes e na comunidade o interesse por temas que perpassem o conhecimento da sala de aula são alguns dos objetivos dos projetos de Extensão do IFMG. Diversos espaços – da blogosfera ao
cinema – são explorados nessa empreitada. Confira, a seguir, alguns exemplos. No Campus Formiga, uma iniciativa tem se destacado por abordar temas atuais e polêmicos com a comunidade acadêmica e externa, o “Momento Opina”. Por meio de enquete eletrônica, os temas dos debates
são definidos e os coordenadores do projeto recebem sugestões dos alunos para escolherem os especialistas que participarão. “A atividade permite que os estudantes discutam temas que não são comuns em sala de aula e isso faz com que eles desenvolvam o pensamento crítico”, afirma a assistente social do IFMG e colaboradora do projeto, Ana Arantes. Em Ouro Branco, vem fazendo sucesso entre alunos e professores o blog “Viramundos”, que tem como objetivo estimular o debate e o gosto pela leitura de temas considerados atuais, com vistas a sua dimensão histórica. O blog já alcançou popularidade: segundo o coordenador, professor Rodolpho dos Santos,
em um ano, foram mais de dez mil acessos. Já no Campus Conselheiro Lafaiete, a sétima arte dá forma ao debate no Cine IFMG. Criado para despertar o olhar crítico dos alunos e da comunidade para problemas sociais, econômicos e ambientais, o projeto apresenta produções cinematográficas nacionais, seguidas de um debate com especialistas convidados para discutir as temáticas dos filmes. “As sessões de cinema dentro da escola são muito importantes, pois promovem a conscientização dos estudantes e levam informações de extrema relevância, que auxiliam na minha formação e também na dos colegas”, afirma a estudante Fernanda Magalhães.
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Instituto Federal de Minas Gerais
Por Tatiana Toledo
CU LTU R A E ARTE
Da tradição, fez-se o novo Arquivo IFMG
Arquivo IFMG
Inspirados na cultura e na identidade de Ouro Preto, estudantes criam joias a partir de resíduos de pedra-sabão
“Como na joalheria utilizamos minerais de tamanho reduzido, achamos oportuno propor um desafio aos alunos: que utilizassem, em seus projetos, resíduos de pedra-sabão”, conta a professora Victória Carolina Dias, uma das organizadoras da mostra. Tomando por referência estética os elementos culturais e identitários de Ouro Preto, o trabalho teve início com uma aula de campo no centro histórico e em bairros tradicionais. Os estu-
dantes realizaram uma pesquisa histórica e iconográfica para coleta de imagens com elementos da arquitetura colonial. A seguir, resíduos de pedra-sabão, de cores variadas, foram recolhidos e levados para o laboratório de lapidação. “Adaptamos nosso maquinário e técnicas para o beneficiamento desse material. No laboratório de joalheria foram produzidas peças em prata, que dão estrutura e configuram as joias da exposição”, explica.
Arquivo IFMG
A ampla utilização da pedrasabão não só na arquitetura colonial, mas também no artesanato ouro-pretano, despertou a atenção de alunos e professores do curso técnico em Joalheria do Campus Ouro Preto. Em visitas técnicas a distritos da cidade histórica, eles perceberam que a atividade gera resíduos que não são aproveitados por terem tamanho reduzido. Daí veio a inspiração para a exposição “Joias em pedra-sabão: diálogo entre o barroco e o contemporâneo” – uma coleção de joias elaboradas e confeccionadas, principalmente, pelos formandos, com participação de alguns estudantes de outros anos do curso.
A formanda Mónica Cordoba aprovou a experiência: “Reaproveitar resíduos que geralmente são descartados é de suma importância. Foi um excelente exercício para despertar a capacidade de inovar, gerar novas ideias e conceitos”. A boa repercussão do trabalho permitiu que a exposição ficasse em cartaz duas vezes somente neste segundo semestre de 2016: no Centro Cultural Fiemg, em julho, e no próprio Campus, em outubro.
Visitantes admiram a exposição “Joias em pedra-sabão: diálogo entre o barroco e o contemporâneo”, em Ouro Preto.
CU LTU R A E ARTE dos alunos. Eles estão criando, produzindo uma história no Campus com seus próprios registros, desenhos, pinceladas e isso é maravilhoso!”, comemora a professora.
Cores da diversidade Pintura muralista preenche espaços de Lafaiete com registros artísticos dos alunos
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“Ao entrar no Campus Avançado Conselheiro Lafaiete e me deparar com tantas paredes brancas e sem vida, pensei: ‘Por que não colorir esse espaço e preenchê-lo de vida?’ ” Foi esse o ponto de partida para a professora de Artes Marcela Lima elaborar o projeto Pintura Muralista – Signos e Identidades. Com base no tema “Diversidade”, cada aluno participante deveria relacionar seu desenho a um espaço pré-definido do Campus: secretaria, auditório, biblioteca, entre outros. A ideia é que o conjunto de pinturas forme grandes murais pela unidade, numa exposição permanente. “Os desenhos são
Conhecimento e invenção As pinturas que agora cobrem boa parte da escola são o lado mais visível de um trabalho ainda maior iniciado em março, o “Conhece-te a ti mesmo, inventa-te a ti mesmo...?”, projeto que promove atividades em três oficinas: Artes Visuais, Teatro e Dança. Segundo Marcela, o objetivo é ampliar a comunicação entre o IFMG e a sociedade, por meio de um espaço em que estudantes e comunidade desenvolvam suas habilidades artísticas. Com resultados tão expressivos em apenas poucos meses, pretende-se, agora, que o projeto seja uma atividade permanente. Se depender de alunos como Carolina Quintas, do
Por Thomás Bertozzi
curso de Eletrotécnica, a ideia veio para ficar. “Fiquei muito feliz por poder pintar com meus amigos e professores. Tem sido uma experiência divertida e nova para mim, pois eu nunca havia pensado em trabalhar com murais, principalmente podendo ser bolsista em uma área que eu amo, que é a arte!”, relata a estudante.
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Os alunos estão criando, produzindo uma história no Campus com seus próprios registros.
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Instituto Federal de Minas Gerais
E S P ORTE S
Por Izabella Siqueira
Talento fora da sala de aula Jovens atletas do IFMG destacam-se em competições esportivas por Minas e pelo Brasil
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Phocus4
Na nossa primeira participação já conquistamos esse título muito especial e inédito para o IFMG
Atlética do IFMG (uniforme verde) foi campeã em futebol de campo na Engenharíadas
Para além do bom desempenho acadêmico – como mostraram os resultados do último Enem (leia matéria na página 5) –, o corpo discente do IFMG coleciona, também, títulos fora da sala de aula. É o caso dos alunos esportistas da Instituição, que se destacam não apenas em competições internas: muitos tornam-se medalhistas em campeonatos de alto nível. Segundo o diretor de Assistência Estudantil do IFMG, Paulo César Lourenço, o
IFMG possui uma equipe de professores de Educação Física comprometida com o desenvolvimento de práticas esportivas que contribuem positivamente na trajetória dos estudantes. “Em parceria com a representante institucional da área de Esportes do IFMG, professora Marie Luci Tavares, já nos preparamos para iniciar uma avaliação e programação das atividades esportivas de 2017”, adianta. Nas competições internas, não raro, ganham visibilidade
talentos que se destacam em âmbito regional e vão além. Um exemplo é o estudante ouro-pretano Victor Gabriel que, tendo vencido, no Atletismo, a etapa Sudeste dos Jogos dos Institutos Federais, representou Minas no torneio nacional e, novamente, trouxe o ouro para casa. Victor também conquistou o 1º lugar na Corrida Ressaca, em Mariana. Além dessas, foi 2º lugar geral na Corrida Rústica, no Campus Ouro Preto, e 3º na Corrida do Bombeiro, realizada na capital mineira. O Campus Betim tem entre seus alunos a campeã mineira de judô Jéssica Aguilar. Tricampeã em sua modalidade, ela é, atualmente, a primeira do ranking estadual e se prepara para participar, no próximo ano, do campeonato
Arquivo IFMG
Por Gisele Puygcerver e Lorena David
brasileiro. “Minhas expectativas são grandes e espero ganhar a medalha de ouro”, afirma. A representação do Instituto nos esportes coletivos também ganhou reforço há cerca de um ano, com a fundação do time de futebol de campo Associação Atlética Acadêmica das Engenharias, formado, principalmente, pelos campi Congonhas e Ouro Branco. O “Jacaloucos” foi destaque na competição Engenharíadas. “Na nossa primeira participação já conquistamos esse título muito especial e inédito para o IFMG. Em novembro disputaremos os Jogos Universitários e esperamos alcançar objetivos maiores”, comenta o presidente da Atlética, Guilherme Albuquerque, aluno de Congonhas.
VITRI N E I FM G
Tal pai, tal filho
Histórias que se cruzaram no Campus Congonhas André Felipe El Yark, 22 anos, ex-aluno do curso técnico em Mecânica do Campus Congonhas, e Nazir de Paula Elyark Junior, 52 anos, técnico em saneamento básico, curso oferecido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e coordenado pelo IFMG em Congonhas. Trajetórias diferentes que se cruzaram na formatura do 2º semestre de 2016.
Pai e filho foram destaques acadêmicos em seus respectivos cursos, formaram-se juntos e fizeram história. Para se capacitarem, tiveram que conciliar a jornada de trabalho e os estudos. “Saía de casa às 6h30, trabalhava até as 17h e de lá ia direto para Congonhas, retornando às 23h30. Sem tempo para estudar em casa, dedicava todo tempo livre entre as aulas para estudar”, conta André.
“É a primeira vez que tivemos uma formatura de pai e filho simultaneamente. Isso nos contagia e mostra que, além de oferecermos ensino com qualidade na região, temos desenvolvido um trabalho que atende a comunidade”, afirma o diretor-geral do Campus Congonhas, Joel Donizete.
Nazir, 30 anos após a conclusão do Ensino Médio, viu no curso de saneamento básico uma oportunidade para se qualificar em Meio Ambiente, e se deslocava cerca de 100 km por dia depois de uma longa jornada de trabalho. Apesar do cansaço com as viagens diárias, pai e filho carregam boas recordações.
Nesse período, Nazir destaca as amizades construídas, as trocas de experiência, a capacitação dos professores e o compromisso da coordenação do Pronatec. Já para André, “estudar no IFMG foi uma experiência inigualável, uma vez que o ambiente contribui para o crescimento dos alunos por meio de uma excelente estrutura e profissionais extremamente qualificados”. E conclui: “São várias as recordações boas, mas a mais marcante foi poder compartilhar este momento não só com meus companheiros de curso, mas também com meu pai”.
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Instituto Federal de Minas Gerais
Por Lorena Lopes, Izabella Siqueira e Thomás Bertozzi Arquivo IFMG
FI QU E P OR D E NTRO
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SANTA LUZIA
Vida saudável O Campus Santa Luzia promoveu um curso sobre alimentação saudável voltada para pessoas idosas. Em duas reuniões ocorridas nos meses de setembro e outubro, os 40 participantes aprenderam sobre os princípios da alimentação saudável por meio de dicas e de um lanche coletivo, com receitas preparadas na hora. Ao final dos encontros, eles fizeram desenhos, colagens e textos sobre o tema, que foram encadernados e expostos na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Campus.
BAMBUÍ, OURO BRANCO E RIBEIRÃO DAS NEVES
Novos Cursos Os campi Bambuí, Ouro Branco e Ribeirão das Neves vão iniciar as aulas de novos cursos a partir de 2017. São seis ao todo, entre técnicos integrados e superiores. Em Bambuí, o novo curso será o de técnico integrado em Administração; a licenciatura em Pedagogia e o bacharelado em Sistemas de Informação serão ofertados em Ouro Branco. Já no Campus Ribeirão das Neves, as novas opções são os técnicos integrados em Eletroeletrônica, em Informática e em Administração.
Este é um espaço exclusivo para os campi. A cada edição, nossa equipe irá selecionar eventos e projetos a serem publicados.
Escreva para:
jornalismo@ifmg.edu.br
Escrita criativa Destinado a adultos e jovens a partir de 15 anos, o projeto “Práticas de redação com uso de escrita criativa” oferece oficinas gratuitas para a comunidade externa e interna do Campus Formiga. Ministrado pelo autor Ariálisson Freitas, que estudou o tema no programa de estudos continuados da Universidade de Stanford (EUA), o curso visa estimular a produção criativa dos participantes. As aulas ocorrem regularmente às sextas-feiras, no próprio Campus.
PONTE NOVA
Jogos Internos O Campus Avançado Ponte Nova realizou a primeira edição dos “Jogos Internos do Campus”, que ocorreu entre os dias 2 e 6 de agosto em um clube da cidade. Durante o evento, os alunos dos cursos técnicos integrados em Administração e em Informática participaram de diversas modalidades esportivas, escolhidas por eles próprios por meio de uma pesquisa. Além da participação, os discentes também foram os responsáveis pela organização das solenidades de abertura e encerramento, dos cronogramas, regulamentos e da elaboração das tabelas.
Jamil Domingos da Silva
PIUMHI
Cultura e Identidade Negra BETIM
(Muitas) Luzes na cidade Vinícius Vertello de Souza e Roberta Carolina Pereira Martins, alunos do curso técnico em Mecânica do campus Betim, desenvolveram uma pesquisa intitulada Globe at Night na RMBH. O projeto teve como objetivo analisar a poluição luminosa na Região Metropolitana de Belo Horizonte e seus impactos no ecossistema. O trabalho faz parte da campanha internacional Globe at Night e foi apresentado na 17ª mostra UFMG Jovem, ocorrida em setembro.
O Campus Avançado Piumhi promoveu em setembro a primeira ação do projeto Tradições, Memórias, Cultura e Identidade Negra, evento que ganhou o nome de Café com Prosa. A reunião foi aberta com a apresentação do grupo de capoeira Arte e Liberdade, seguida de uma boa conversa sobre o tema “Fé, Memórias e Música”. Segundo as professoras Stella Tomé e Mônica Barros, responsáveis pelo projeto, a ideia é que as ações ocorram uma vez a cada bimestre.
CONGONHAS E BAMBUÍ
Feliz aniversário! Ao som da banda da Polícia Militar, estudantes, servidores e convidados comemoraram os 48 anos do Campus Bambuí em grande estilo. Durante os festejos, em 24 de agosto, ocorreram a inauguração do Núcleo de Equoterapia da unidade e uma apresentação de teatro e música dos alunos da Apae. E quatro dias de eventos marcaram os 10 anos do Campus Congonhas. Entre os dias 15 e 18 de novembro ocorreram apresentações de projetos, torneios esportivos, a inauguração do memorial do Campus e um jantar dançante, tudo para celebrar essa bela trajetória.
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FORMIGA
Arquivo IFMG
GIRO PELOS CAMPI