Fevereiro de 2015 Informativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ
SEMANA EM REVISTA
Semanas Acadêmicas do IFRJ articulam ensino, pesquisa e extensão em projetos científicos e de divulgação da ciência. Conheça mais alguns dos projetos que se destacaram em 2014!
Índice
Velozes e preparados............................................................................... 03 Para gostar de ciência............................................................................... 04 Sob o olhar dos alunos.............................................................................. 05 Saber ouvir............................................................................................... 06 Bacias sedimentares são tema de trabalho premiado em Paracambi............... 08 Células-tronco para leigos......................................................................... 09 Dois lados da moeda................................................................................ 10 Um grande passo para o Instituto............................................................ 11
expediente Reitor
Paulo Roberto de Assis Passos Assessor de Comunicação
Jorge de Moraes
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Reportagem Arraial do Cabo
Thamyris dos Santos
Paracambi
São Gonçalo
Mariana Navarro
Roberto Maleson
Pinheiral
Dayane Nogueira
Mesquita
Marcelle Cristina Lima
Realengo
Nilópolis Karen Calazans
Rio de Janeiro
Edição
Jorge de Moraes Luís Costa
Any Caroline Pereira
Gelton Mota
Diagramação Juliana Santos
Velozes e preparados Maratona de Programação treina alunos para participação na Olimpíada Brasileira de Informática
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campus arraial do cabo
AsCom/campus Arraial do Cabo
om a ideia de fazer um “aquecimento” para as etapas regionais da Olimpíada Brasileira de Informática, o campus Arraial do Cabo realizou, durante a sua V Semana Acadêmica, a I Maratona de Programação. Organizada pelos professores Fernando Oliveira, Carlos Augusto Fernandes Filho e Marcelo Simas Mattos, a competição teve como objetivo colocar em prática o treinamento de um projeto de Extensão realizado desde julho de 2014. O professor de Algoritmos Carlos Augusto foi o responsável pelo nascimento da ideia, enquanto o aluno Ramon Lobo ficou encarregado de divulgar o evento. Ao longo do treinamento, os alunos tiveram apoio teórico e prático nos conteúdos Algoritmos e Linguagem de Programação C. “Eu reuni um pessoal, procurei ajudar aos alunos que estavam com dificuldade e também estudar”, conta Ramon. A competição contou com uma prova de cinco questões. Os alunos que conseguiram resolver em menos tempo foram atingindo diferentes pontuações e, ao final, o aluno que teve a maior pontuação – ou seja, aquele que resolveu em menos tempo de forma correta – sagrou-se campeão.
Leandro, Ramon e Hiago
AsCom/campus Arraial do Cabo
Por uma diferença de quatro minutos, o vencedor foi o próprio Ramon. “Foi bem disputado. Não tinha como saber o que o outro estava fazendo, em que questão”, diz o campeão da maratona. “Desde pequeno, sempre gostei de computador e tecnologia. Fiz até curso de montagem e manutenção. Mas quando entrei e vi o que era Programação, foi paixão à primeira vista. Foi algo que me fez querer estudar e me dedicar”, conta o aluno, que teve de resolver uma questão que consistia em fazer uma relação decrescente de quarenta códigos de três dígitos. A premiação para os três vencedores, além dos troféus, foram os vales-brindes de R$100,00, R$70,00 e R$50,00 para o 1º, 2º e 3º colocados, respectivamente. O professor Fernando Oliveira, coordenador-geral de Informática do campus, já planeja a II Maratona, também na Semana Acadêmica, em 2015. “Temos como meta convidar outros campi e até outras Instituições de Ensino, pelo sucesso que foi o evento para o campus, além de ter contribuído consideravelmente para o desenvolvimento dos alunos envolvidos”, finaliza.
Competição avaliou correção e rapidez das respostas
O que é Linguagem C? Para quem usa o Windows ou Linux, a Linguagem de Programação C é essencial! Pois é a partir dela que são construídos os sistemas operacionais. É considerada pelos programadores a linguagem-base para a criação de outras linguagens de programação que existem hoje, como o C++.
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Para gostar de ciência
campus mesquita
Mediadores do campus Mesquita participam de Semana Acadêmica com exposição itinerante
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Espaço Ciência InterAtiva (ECI), do campus Mesquita, participou da Semana Acadêmica de Arraial do Cabo, que aconteceu em dezembro de 2014, levando seus experimentos e os apresentando com seus mediadores. O Espaço Ciência InterAtiva do IFRJ (ECI) é um ambiente de educação não formal, que tem por finalidade desenvolver atividades de divulgação e popularização da ciência. Os mediadores são alunos de graduação de diversas áreas do IFRJ e participaram do curso de extensão ‘’Mediação em Centros de Ciência e Museus de Ciência e Tecnologia’’, promovido pelo ECI. O curso visa a apresentar aspectos da mediação em centros de ciências e museus e apresentar aos participantes suas atividades e seus projetos educativos como ferramentas pedagógicas para o processo de ensino-aprendizagem em ciências. A mediadora Suellen Cristine Ribeiro, 25, é aluna de pós-graduação em divulgação cientifica e resolveu fazer parte da mediação para pôr em prática seus conhecimentos teóricos. Ela conta que já participou de várias exposições e, inclusive, da própria Semana Acadêmica de Arraial do Cabo. ‘’Estou aqui desde março de 2014 e já tive bastante experiência. Quando fomos a Arraial do Cabo foi bem interessante, pois fomos muito bem recebidos pelos professores do campus e os alunos tiveram bastante envolvimento com a nossa exposição’’, diz. Ela observa que ser mediadora vai muito além de explicar ciência – trata-se de levar conhecimentos para todos os tipos de público, desde a pré-escola até a graduação. ‘’Quando você faz a mediação, você está despertando o conhecimento em outra pessoa. Nós não queremos que os alunos saiam daqui da mesma forma que entraram. Queremos despertar a busca pelo saber, queremos que eles saiam daqui querendo aprender mais’’, conclui.
A Semana Acadêmica de Arraial do Cabo foi especial para o mediador Cleuber Mendes, 29. Foi a sua primeira experiência de mediação. ‘’Estava muito nervoso porque foi minha primeira vez, porém deu tudo certo. Foi uma experiência muito positiva, todos nos receberam muito bem. Foi ótimo poder despertar o interesse dos alunos para a ciência’’, comemora o mediador. Licenciado em Química, Cleuber ingressou na mediação em novembro de 2014, querendo encarar novos desafios. Segundo ele, a mediação é difícil e apaixonante. ‘’Nós abordamos todos os tipos de público. Falar de ciência para crianças, por exemplo, é complicado, mas depois que você vê o interesse delas, a curiosidade, você fica emocionado’’, conta. Para Cleuber, a linguagem é a chave do sucesso para a comunicação com o público infantil, com quem é preciso falar de forma simples, direta e sempre usando exemplos do dia a dia. Rodrigo de Oliveira, 19 anos, é o mediador mais novo do campus. Ele cursa Gestão da Produção Industrial e resolveu ser mediador porque, segundo ele, sempre amou ciência. Rodrigo também participou da Semana de Química em Arraial do Cabo. ‘’Já havia participado de outras exposições, mas a de Arraial do Cabo foi muito legal porque fomos muito bem recebidos e os alunos de lá se interessam demais pelos experimentos que apresentamos’’, avalia. Tímido, Rodrigo conta que a mediação está ajudando a superar sua dificuldade de lidar com o público. ‘’Quando se é mediador, você lida com vários tipos de público, e isso é bom porque me ajuda a ser mais confiante e aprender a lidar melhor com as situações. Quando recebemos as crianças então... Elas não deixam você ficar quieto, perguntam de cinco em cinco minutos, e isso é muito gratificante, saber que você está contribuindo na formação delas’’, finaliza. AsCom/Reitoria
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Experimentos são a marca do Espaço Ciência InterAtiva
Sob o olhar dos alunos Estudantes do campus Pinheiral falam sobre a experiência de participar da XVI Exposição Acadêmica
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A coordenadora de Extensão do campus, professora Carla Lima, avalia que os saldos da exposição foram positivos. Ela ressalta o preparo e o conhecimento dos alunos em relação aos seus projetos. “Foi um sucesso. Eu vi algumas apresentações de projetos e os alunos tinham domínio. Eles realmente sabiam sobre o que estavam falando”, diz.
Tamirys (à esquerda) participou de minicursos e também apresentou projeto
Multiplicidade A aluna Luana Martins, do 2º ano do curso técnico em Meio Ambiente, destaca a diversidade de trabalhos apresentados na semana acadêmica: “Eu fiquei surpresa com tantos trabalhos e de tantas áreas. Foram vários assuntos que eu não conhecia”, diz a aluna, que também destaca a evolução dos trabalhos em comparação à edição anterior.
AsCom/campus Pinheiral
Na opinião do estudante Daniel Carneiro, do 1º ano do curso técnico em Informática, a semana da exposição foi movimentada: “Foi uma palestra atrás da outra. Mas, mesmo com tanta agitação, foram dias agradáveis e leves. Aprendi bastante”, conta.
campus nilo peçanha-pinheiral
AsCom/campus Pinheiral
XVI Exposição Acadêmica do campus Nilo Peçanha – Pinheiral (EXPOCANP), que aconteceu entre os dias 15 e 20 de dezembro de 2014, apresentou trabalhos de diversas áreas do conhecimento, minicursos, palestras e atividades culturais. Além disso, a semana acadêmica permitiu o intercâmbio de experiências e aprendizados entres os alunos e, ainda, proporcionou aos discentes um pouco mais de conhecimento sobre o campus e os trabalhos desenvolvidos na instituição.
A aluna Tamirys da Silva, do 3º ano do curso técnico em Agroindústria, ressalta a importância da oferta de atividades práticas na exposição: “Gostei muito dos minicursos. Foram produtivos e me proporcionaram aprender mais com a prática. E isto é importante, pois assim não chegarei ao mercado de trabalho crua”, opina.
Preparação A aluna Lavinya da Silva, do 1º ano do curso técnico em Agropecuária, avalia que o desenvolvimento de atividades práticas durante o ano letivo são fundamentais para um bom preparo para a EXPOCANP. “Participar do Geavi (Grupo de Estudos sobre Avicultura) me trouxe mais suporte para a exposição do meu trabalho. Era algo que eu já conhecia e praticava com o grupo. Com isso, ficou tudo mais fácil”, explica. “Nós nos preparamos o ano inteiro e isso ajudou bastante. O nervosismo era comum na hora de apresentar para algum professor, mas felizmente conseguimos fazer uma boa exposição”, relata a aluna Tamirys Silva. Lavinya (terceira a partir da esquerda) está no 1º ano do curso técnico em Agropecuária e já apresentou trabalho na EXPOCANP
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Saber ouvir
campus realengo
Aluna de Terapia Ocupacional do campus Realengo vence Jornada Científica com trabalho que investiga a qualidade de vida de pacientes
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aluna Deise Suzano, do sétimo período do curso de Terapia Ocupacional do campus Realengo, conquistou o primeiro lugar na categoria Interdisciplinar na Jornada de Iniciação Científica do campus. Ela apresentou a sua pesquisa sobre o tema “PET-Saúde: Contribuição da Terapia Ocupacional à atenção Farmacoterapêutica em pacientes hipertensos”.
Deise começou no programa de pesquisa assim que ele foi criado no campus e, desde então, foi apresentada às atividades voltadas ao acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes. Por meio do PET, e também com o conhecimento obtido em sala de aula, a ideia de tratar do tema em seu trabalho foi sendo concretizada.
A terceira edição da Jornada de Iniciação Científica (JIC) do campus Realengo foi realizada durante o IV Encontro de Saúde e contou com a colaboração de 40 docentes para a avaliação dos resumos submetidos e de 31 docentes para a avaliação das apresentações. O evento também teve a colaboração de 18 alunos dos diferentes cursos de graduação do campus na sua organização.
Para os estudantes envolvidos em projetos de pesquisa e extensão, a Jornada de Iniciação Científica é uma grande oportunidade de divulgar seus trabalhos, gerando trocas de conhecimento e experiências. A partir disto, a professora Mira Wengert, tutora do PET Saúde- Atenção Farmacoterapêutica, incentivou os alunos a submeterem seus trabalhos à JIC. “Quando a Mira falou para participarmos da JIC, não hesitei, aceitei na hora!”, diz Deise.
Deise Suzano foi bolsista do Pró-PET Saúde por mais de dois anos. Os Programas de Educação Tutorial (PET), criados em 2005 pelo Governo Federal, são desenvolvidos por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de formações em nível de graduação nas Instituições de Ensino Superior do País. São orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, e da educação tutorial. O Pró-PET Saúde é o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) articulado ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde).
Para desenvolver o trabalho, a futura terapeuta ocupacional contou com a colaboração da bolsista Monique Almeida, também do curso de terapia ocupacional; da professora Lilian Massa, docente do mesmo curso; das enfermeiras Gabrielle Costa e Lívia Mendes, preceptoras no campo de atuação da pesquisa; da coordenadora do Pro-Saúde/PET Saúde, Janaína Soares, e da tutora do projeto, Mira Wengert.
A IV edição do Encontro de Saúde do campus Realengo aconteceu entre os dias 9 e 12 de dezembro de 2014. Durante os quatro dias do evento, ocorreram conferências, exposições de artes, filmes, palestras, oficinas e mesas redondas. A temática “Territórios: políticas, práticas e saberes em Saúde” teve por objetivo oferecer um espaço coletivo de produção de conhecimento para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). O Encontro é um espaço de integração entre o campus e a rede pública de Educação, que disponibiliza aos alunos atividades de experimentação em saúde.
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AsCom/campus Realengo
Ao considerar a importância de haver um comprometimento quanto à qualidade de vida dos pacientes, a pesquisa passou a ser desenvolvida. Essa construção envolveu pesquisa na literatura e construção do plano de trabalho e atuação no cenário de prática, em que pacientes foram entrevistados. A partir das informações obtidas foi realizada a avaliação da pesquisa, escore da pontuação do instrumento de qualidade de vida utilizado e, finalmente, a construção do resumo.
campus realengo
O incentivo e a oportunidade de atuação no cenário de prática como bolsista PET Saúde possibilitou a realização da pesquisa de saúde e qualidade de vida com os pacientes hipertensos numa unidade básica de saúde. Segundo Deise, a partir do levantamento dos perfis dos pacientes, através da pesquisa, é possível a criação de estratégias de intervenção, promoção e prevenção de saúde. Sendo assim, a pesquisa pode se tornar um instrumento de melhoria para o quadro da saúde brasileira. Ao receber a premiação, tendo o seu trabalho conquistado o primeiro lugar da categoria Interdisciplinar da JIC, a estudante, que também apresentou o projeto no 11º Congresso Internacional da Rede Unida, em Fortaleza – oportunidade trazida por meio do PET Saúde –, viu na premiação uma conquista do coletivo. “Assim que soube da premiação, logo quis compartilhar com meus colegas de curso, de projeto, professores, minha tutora, amigos e familiares. Ter um trabalho reconhecido por uma banca conceituada, num evento de tamanha importância no processo acadêmico, é um diferencial no currículo. Quando nos dedicamos e acreditamos na força da coletividade, todo esforço é valido e gratificante”, finaliza Deise.
Deise Suzano
O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - PET é desenvolvido por grupos de estudantes de graduação, sob tutoria docente. Trata-se de um programa pautado pelo princípio da tríade universitária (ensino, pesquisa e extensão) e fomentado com recursos da SESu/MEC, órgão que também supervisiona o funcionamento dos grupos em todo o país. Atualmente o IFRJ possui três grupos PET: • Conexões de Saberes: PRODUÇÃO CULTURAL - campus Nilópolis. • Conexões de Saberes: SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUAL - campus Realengo. • QUÍMICA SUPRAMOLECULAR, NANOCIÊNCIAS E NANOTECNOLOGIA - campus Duque de Caxias. Para participar do PET é necessário submeter-se a processo seletivo específico, com exigências e critérios definidos em edital próprio, sempre disponibilizados na página do IFRJ e nos murais dos campi. Os aprovados recebem uma bolsa auxílio mensal e, ao final de dois anos, um Certificado de Participação, que atesta o desenvolvimento pessoal e profissional, sendo relevante para fins curriculares. Para conhecer as atividades dos grupos PET no âmbito do IFRJ, acesse os links abaixo: http://proculturapetifrj.blogspot.com.br/ http://petproculturaifrj.webnode.pt/ http://pet-sexualidade.webnode.com/ https://www.facebook.com/sexpet
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Bacias sedimentares são tema de trabalho premiado em Paracambi campus paracambi
Estudo simulou bacias sedimentares para entender melhor suas características
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Arquivo pessoal
ayná Araújo Pinto,18 anos, venceu a VII Jornada Científica do campus Paracambi, realizada em novembro de 2014. O projeto “Simulações de Bacias Sedimentares Usando Modelos de Crescimento de Superfícies”, apresentado na jornada, consiste em uma simulação do processo de formação das bacias sedimentares, através do uso de linguagem de programação e do conhecimento de outras áreas, como Física, Estatística, Geofísica e Geologia. “As bacias sedimentares funcionam como reservatórios de petróleo e, por conta disto, o entendimento da formação destas contribui para o seu processo de extração”, explica Tayná. O trabalho vencedor chegou a ser aceito para apresentação e publicação nos anais do XXXII Encontro de Físicos Norte e Nordeste, em João Pessoa, na Paraíba. Porém, por não haver auxílio financeiro, não pôde ser exposto. A estudante e seu professor orientador, Douglas Ferreira, esperam obter resultados significativos que auxiliem para um entendimento melhor sobre a formação de bacias sedimentares. “Simular a formação destas bacias, através de linguagem de programação, além de ser interessante, pode proporcionar dados que facilitem a compreensão de certos fatores presentes nas mesmas, como a ocorrência de poros”, avalia. Aluna do sexto período do curso Técnico em Mecânica, Tayná estudava Eletrotécnica, porém decidiu mudar de área. “Não me adaptei ao curso e me interessei pela Mecânica. Considero a área muito abrangente e isso fez com que eu gostasse ainda mais do meu curso atual. É bom conhecer diversas áreas e a criação de novas tecnologias referentes à Mecânica”, diz aluna, moradora de Seropédica. Tayná já havia sido premiada na V Jornada do campus, na qual ganhou uma medalha de bronze. Pensando no futuro profissional, a aluna está focada em conseguir um estágio. “Estou bem ansiosa quanto a isto, pois é quando o técnico tem a oportunidade de colocar em prática aquilo que aprendeu e, além disto, conhecer mais sobre sua área”, comenta. Quanto à escolha da faculdade, a estudante ainda não se decidiu. “Sempre me interessei por diversas áreas, mas ultimamente tenho estado entre Geologia e Engenharia Mecânica. São áreas diferentes, porém muito interessantes para mim”, diz.
As bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre formadas por abatimentos da litosfera, nas quais se depositam, ou depositaram, sedimentos e, em alguns casos, materiais vulcânicos. Estas podem ser de vários tipos, de acordo com as causas da sua formação. O registro sedimentar dessas áreas é geralmente composto por um espesso pacote sedimentar no seu interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro. As bacias sedimentares preservam um registro detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que deram forma à superfície da Terra através do tempo geológico. Também servem como importante repositório de recursos naturais, tais como água subterrânea, petróleo e recursos minerais diversos. Fonte: Wikipedia.
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Células-tronco para leigos
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nião, dedicação e comprometimento. Na opinião dos alunos ganhadores da XXXIV Semana da Química do campus Rio de Janeiro, esses foram os principais fatores para o primeiro lugar. Concorrendo na categoria “Didático/Expositiva”, os alunos de Biotecnologia Eduardo Tudrej, Marina Moreira e Johnatan Felipe, juntamente com Erika Bellone, estudante de Farmácia, e Lorenna Conti, estudante de Química, desenvolveram o projeto “Células Tronco: Uma Perspectiva do Futuro”.
Dado o pontapé inicial, o projeto foi ganhando forma a partir das diversas reuniões dos alunos, geralmente ocorridas entre os intervalos das aulas. A opção por uma abordagem leve, interativa e didática acerca do tema foi fundamental para o público (de faixa etária muito diversificada) absorver as informações. “O melhor resultado que tivemos foi ver que o público estava entendendo, esse era nosso objetivo principal”, afirma Johnatan Felipe, 18, que também ressaltou o interesse do púbico como um resultado gratificante.
De acordo com o estudante Eduardo Tudrej, 18 anos, o projeto teve seu início em meados de maio de 2014 e surgiu da necessidade de uma melhor abordagem sobre um tema que está em evidência nos últimos tempos. “Pensamos em levar para as pessoas uma informação que não está tão explícita na sociedade. Células-tronco é um assunto muito comentado, mas as pessoas não sabem ao certo do que se trata”, afirma o aluno.
Passada a Semana da Química, os alunos avaliaram os pontos positivos da elaboração e execução do trabalho apresentado. Porém, como consenso entre os alunos, está o legado que essa experiência vai deixar para suas vidas acadêmicas, uma vez que todos pretendem seguir a área de pesquisa científica. “Além de inteligentes, eles são muito dedicados. Com certeza vão ter sucesso em suas vidas profissionais”, pontua Joanna Reis, professora e orientadora do grupo.
campus rio de janeiro
Projeto vencedor na Semana de Química do campus Rio de Janeiro procura explicar perspectivas de utilização das células-tronco
AsCom/campus Rio de Janeiro
Grupo explicou impacto das células-tronco a quem já começa a ter as primeiras aulas de ciência
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Dois lados da moeda
campus são gonçalo
Projetos do campus São Gonçalo abordam soluções técnicas e impactos socioambientais no ramo industrial
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VI Jornada Científica do campus São Gonçalo, realizada em 2014, teve dois projetos vencedores empatados em primeiro lugar. O trabalho “Síntese e avaliação de tioureias com atividade anticorrosiva para ligas metálicas de aço carbono”, orientado pela professora Flavia Carvalho, tem como objetivo criar um inibidor mais eficiente do que o usado na indústria. Já o trabalho “Instalação do Comperj em Itaboraí: uma controvérsia sociocientífica”, orientado pelo professor Thiago Brañas, tem a finalidade de conscientizar a população acerca dos prós e contras do empreendimento da Petrobras. Ambas as iniciativas científicas estudam os seus respectivos objetos de análise há mais de dois anos. O primeiro grupo tem a intenção de publicar um artigo sobre os resultados obtidos na revista americana Phosphorus Sulfur and Silicon and the Rested Elements. A equipe do professor Thiago Brañas fez um documentário, a partir da técnica da controvérsia controlada (uma forma de analisar os prós e contras do Comperj chegando a um consenso), com o intuito de expor o impacto do projeto da Petrobras aos moradores de Itaboraí e das cidades vizinhas. Luis Antonio Gonçalves da Silva Filho, aluno do quinto período de Química e participante do trabalho sobre o Comperj, alerta para a importância da conscientização acerca das consequências da implantação de um mega empreendimento em uma cidade despreparada estruturalmente para recebê-lo, como é o município de Itaboraí. “É necessário fazer com que as pessoas entendam que o Comperj beneficiará muita gente, mas também deve-se olhar o lado dos produ-
tores prejudicados, além de mostrar a falta de organização e responsabilidade social e ambiental do negócio”, avalia. Já o trabalho orientado pela professora Flavia Carvalho busca ir em auxílio do setor industrial. O grupo estuda a corrosão, que é um problema da indústria. Eles avaliam uma solução à base de tioureia, sintetizada por alunos do campus Rio de Janeiro, e estudam a eficiência dessas soluções em diferentes concentrações e propriedades. A solução é aplicada em aço carbono por ser o material que a indústria mais usa. Segundo a aluna Clara Guerreiro Meira de Oliveira, do 7º período de Química e participante do projeto, não há, atualmente, inibidores de corrosão com base de tioureia no mercado. Ela destaca que os testes estão trazendo bons resultados, mas a ideia é expandi-lo ainda mais. “A gente tem a intenção de aplicar em tinta, cera e resinas”, conta. Enquanto o trabalho dos alunos orientados pela professora Flavia Carvalho é articulado aos estudantes do campus Rio de Janeiro, gerando uma interdependência, o trabalho orientado pelo professor Thiago Brañas depende de informações da Secretaria de Meio Ambiente de Itaboraí e da colaboração dos moradores da região, com depoimentos e denúncias da exploração ambiental. A partir disso, todo o material colhido foi sintetizado e a ideia é que ele seja exposto ao público. “O próximo passo, depois de tanta informação e estudo, é a apresentação à comunidade de Itaboraí e de outros municípios, tentando expandir o estudo para outros lugares”, diz Luis Antonio.
Foto Divulgação - Google
Impactos do complexo petroquímico foi tema de um dos projetos vencedores da Semana Acadêmica
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Um grande passo para o Instituto
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s alunos do campus Nilópolis Larissa Constant e Thiago Chaves foram destaques do Instituto na última edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que ocorre simultaneamente em escolas de todo o país. O desempenho dos estudantes, ambos do curso técnico em Controle Ambiental, fez com fossem convidados a participar do processo seletivo do curso preparatório para Olimpíada Internacional de Astronomia. A fim de fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e Ciências, o campus Nilópolis participa desde 2006 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). O evento é organizado anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e possui uma única fase, que consiste na realização de uma prova, realizada na própria escola. Somando todas as participações, a instituição acumula 27 medalhas, sendo seis de ouro, 12 de prata e nove de bronze. Os alunos que participam das Olimpíadas Nacionais são contemplados com certificados, além de brindes, como materiais impressos, artigos e revistas. Medalhas são entregues aos alunos que tiverem melhor desempenho na prova. Os melhores classificados são convidados para um processo seletivo a fim de formar uma equipe brasileira e participar da Olímpiada Internacional de Astronomia (IAO). Este ano, o evento contou com a participação de 13 alunos do campus Nilópolis. Larissa Constant e Thiago Chaves se destacaram e foram convidados a participar do processo seletivo do curso preparatório para a competição internacional. Na primeira etapa, a seleção conta com mil alunos. Desses, apenas cem irão para etapa final e somente dez serão selecionados para representar o país na Olimpíada Internacional.
Larissa começou sua trajetória na OBA em 2009, quando cursava a 6ª série do ensino fundamental. Os melhores alunos de ciência do colégio Novo Horizonte tiveram a oportunidade de participar das olímpiadas. A adolescente foi uma das representantes da escola e conquistou a medalha de prata. Desde então, Larissa é participante ativa da OBA. O processo seletivo consiste em três provas online e uma prova presencial. No dia 2 de novembro de 2014 ocorreu um simulado online para os alunos se familiarizarem com a plataforma em que as provas são aplicadas. Todo o processo se dará até abril deste ano, quando apenas os cem melhores serão selecionados para a prova final. Quando questionada sobre a concorrência, Larissa se mostra tranquila. “Começando com mil, terminando com cem, é muito caminho para percorrer. A minha meta é chegar à etapa final, mas só de participar eu já estou feliz”, diz.
campus nilópolis
Alunos do campus Nilópolis são convocados para curso preparatório para a Olimpíada Internacional de Astronomia
Larissa observa que as provas exigem muita atenção e, mesmo sendo trabalhosas, são bem elaboradas. “O que eu achei mais interessante é que a prova não exige apenas conhecimentos especificamente astronômicos, mas se relaciona à física e à matemática, por exemplo”, analisa. A aluna tem o apoio dos amigos para passar cada fase e também recebe suporte do grupo de estudos de Astronomia, o mesmo que a preparou junto com outros alunos para a OBA. A equipe conta com o professor Eduardo Duarte e os colaboradores Bruno Cancela (Química), Elluan Patrick Ferreira Souza e Thalles Delfim (Física). Larissa diz se sentir mais segura e conta já ter melhorado nas questões de astronáutica. Mas, apesar do histórico na OBA, ela vê essa área como hobby e almeja seguir mesmo a carreira ambiental. AsCom/campus Nilópolis
Eduardo Seperuelo Duarte e Larissa Constant
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