Edição - nº13
Janeiro 2018
Edição Especial - Programas da Graduação - PET e Pibid
ISSN 2448-3958
Programas da Graduação PET e Pibid
Saiba um pouco sobre como foram os eventos anuais dos Programas da Graduação PET e Pibid Página 03
Divulgação Científica: Conheça os trabalhos apresentados durante os eventos Página 09
2ISSN 2448-3958
Sumário Revista da Graduação - Edição n°13 - Janeiro de 2018 Edição Especial - Programas da Graduação - PET e Pibid
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VI Encontro Pibid
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Sessão de Divulgação Científica
Pibid - IFRJ
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Conexões PET
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Sessão de Divulgação Científica
Programa de Educação Tutorial (PET) e PET Conexões de Saberes
Expediente Equipe Prograd Paulo Roberto de Assis Passos Reitor Elizabeth Augustinho Pró-reitora de Ensino de Graduação Jorge de Moraes Assessor de Comunicação
Elizabeth Augustinho Cássia Lisbôa Janaína Soares Rogério Klem Vargas Levy Lemos Lívia Rios Luana Ribeiro Priscila Caetano
Revisão de Textos Claudia Lins Diagramação Juliana Santos
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IFRJ promoveu, no campus Nilópolis, no dia 02/06/17, o VI Encontro Pibid (do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência). O evento, que anualmente reúne trabalhos de licenciandos bolsistas, teve como tema central para esta edição “Práticas Pedagógicas no Pibid e seus Impactos na Educação Básica”.
Dedicado à troca de ideias, saberes e fazeres docentes, o Encontro Pibid conta com a presença de supervisores, coordenadores de área, professores e estudantes de Licenciatura. Criado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Pibid é uma iniciativa que visa apoiar os licenciandos na iniciação à docência, fortalecendo sua formação para o trabalho em escolas públicas. A mesa de abertura do evento foi composta: pelo reitor do IFRJ, professor Paulo Assis; pela diretora de Programas para o Desenvolvimento da Graduação, Janaína Soares, representando a pró-reitora de Graduação; pelo diretor-geral do IFRJ campus Nilópolis, Wallace Vallory; pela diretora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação do IFRJ, Fabiana Almeida; e pelo coordenador institucional do Pibid-IFRJ, José Ricardo de Almeida.O evento contou com a participação de cerca de 300 pessoas e com a abertura de uma apresentação cultural feita pelo professor de Física Dario Tavares, com voz e violão. Apresentação cultural: voz e violão com o professor de Física Dario Tavares.
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4 As atividades desenvolvidas por meio do programa estão rendendo bons frutos. Janaína Soares, diretora de Programas para o Desenvolvimento da Graduação, representante da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), pontuou que o Pibid tem promovido crescimento a todos os envolvidos, em especial aos estudantes das escolas conveniadas. “Eles lidam com metodologias alternativas na abordagem de Química, Física e Matemática, possibilitando, por vezes, o início da construção da alfabetização científica e dando um outro sentido ao estudo dessas disciplinas”, afirmou. Segundo o coordenador institucional do Pibid-IFRJ,
Mesa de abertura do Encontro Pibid, com Wallace Vallory, diretor-geral do campus Nilópolis (ao microfone).
professor José Ricardo Ferreira de Almeida, o Encontro Pibid é fundamental, pois é nessa ocasião que se consegue reunir os licenciandos bolsistas e promover a troca de experiências sobre as pesquisas em andamento. Já o diretor-geral do campus Nilópolis, Wallace Vallory, citou a alegria de sediar o encontro e ratificou que o tema Pibid é de extrema importância para licenciandos do cam-
pus. “O Pibid faz funcionar o tripé educação-pesquisa-extensão. Estar em contato com a sala de aula faz toda a diferença para os bolsistas”, afirma.
Mesa de abertura do Encontro Pibid e o coordenador institucional, Professor José Ricardo de Almeida (em pé).
Na parte da manhã, houve o lançamento do livro eletrônico Cadernos Prograd – Pibid, disponível em: portal.ifrj.edu.br/publicacoes-prograd/volume-2, além de uma apresentação cultural e da conferência com o tema central: Práticas Pedagógicas no Pibid e seus Impactos na Educação Básica.
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5 Idealizada e organizada pela Prograd, a coleção Cadernos Prograd IFRJ tem o objetivo de criar um novo canal de comunicação acadêmica e abordar os temas de maior relevância no que diz respeito ao ensino de Graduação. No segundo volume da coleção, o ponto central é apresentar as experiências vivenciadas por estudantes bolsistas do Pibid/IFRJ. São relatos de experiência que criam uma aproximação entre teoria e a prática contextualizada e fundamentada em um aporte teórico. As situações reais relatadas pelos autores são pertinentes à formação de professores para a Educação Básica, à articulação entre teoria e prática, à qualidade do ensino, à permanência e ao êxito dos estudantes, bem como ao desenvolvimento do ensino voltado a Licenciaturas no IFRJ. À tarde, ocorreu a já tradicional feira de materiais didáticos, quando cada subprojeto Pibid do IFRJ expôs os materiais
Volume 2 da Coleção Cadernos Prograd IFRJ. Relatos de Experiências do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid IFRJ.
didáticos desenvolvidos e aplicados nas escolas de Educação Básica conveniadas. Também ocorreram nesse turno as apresentações das comunicações orais, por parte dos discentes envolvidos no projeto. Após avaliação da apresentação, as mais bem-colocadas foram selecionadas para compor esta edição da Revista da Graduação (ver adiante, na Sessão Divulgação Científica). Uma das participantes da feira foi Kenia Rodrigues, aluna de Licenciatura em Matemática do 7° período do campus Volta Redonda. Ela apresentou algumas atividades realizadas nas escolas públicas da região e contou, ainda, que a maioria dos projetos são solicitações dos docentes. “Quando um professor trabalha determinada matéria, como, por exemplo, Algoritmos, e vê que a turma não entende o conteúdo, ele pede para prepararmos alguma atividade a fim de tentar esclarecer a matéria aos estudantes”, explicou.
Feria de materiais didáticos.
(Textos disponíveis em portal.ifrj.edu.br/vi-encontro-pibid-reune-projetos-licenciatura-nilopolis e portal.ifrj.edu.br/programa-institucional-bolsas-iniciacao-docencia-realiza-encontro-campus-nilopolis.)
Vem aí! Encontro Final: Reflexões sobre o Pibid no IFRJ Campus Nilópolis - 02 de março de 2018.
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campus Realengo recebeu o VI Conexões PET, que teve como tema “O PET como Construção Coletiva e Inter-
disciplinar”. O evento ocorreu em 27 de abril de 2017. A VII edição do evento ocorreu no campus Nilópolis em 12 de dezembro de 2017, com o tema “Direitos Sociais em Questão: Sucumbir ou Resistir?”. O PET é um programa pautado pelo princípio da tríade universitária (ensino, pesquisa e extensão) e desenvolvido por grupos de estudantes de Graduação, sob tutoria dos professores. O IFRJ conta hoje com três grupos PET:
• Conexões de Saberes – Produção Cultu-
ral, no campus Nilópolis;
• Sexualidade e Educação Sexual, no cam-
pus Realengo; e
•Química Supramolecular, Nanociência e
Nanotecnologia, no campus Duque de Caxias. A mesa de abertura do VI Conexões PET teve a participação do reitor, Paulo Assis, da pró-reitora de Graduação, Elizabeth Augustinho, e da diretora-geral do campus Realengo, Elisa Poças. Paulo Assis parabenizou a organização, falou
Mesa de abertura do VI Conexões PET IFRJ.
dos projetos ligados ao PET e ressaltou que nada substitui a experiência dos alunos. Elisa Poças parabenizou a organização, os tutores e os alunos envolvidos nos programas por buscarem algo a mais na formação, por meio de uma construção coletiva e multidisciplinar. Já a pró-reitora de Graduação lembrou que o PET representa um diferencial que deve ser aproveitado. “Vocês são pioneiros. E nossa luta passa exatamente por essa proposta de inclusão e debates de temas sociais”, disse Elizabeth Augustinho. O tema do evento esteve presente na mesa-redonda realizada no período da manhã, composta pelas tutoras dos grupos PET no IFRJ e com a relevante participação do convidado externo, o professor Otair Fernandes, tutor do PET Conexões de Saberes: dialogando e interagindo com as múltiplas realidades e saberes da Baixada Fluminense/RJ, do campus Nova Iguaçu da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O tema do evento também foi assunto da mesa-redonda realizada no período da manhã. Com uma programação diversificada e voltada à discussão de uma série de questões relevantes
Otair Fernandes, palestrante convidado, tutor do PET Conexões de Saberes: dialogando e interagindo com as múltiplas realidades e saberes da Baixada Fluminense/RJ, do campus Nova Iguaçu da UFRRJ.
e oficinas (como a realizada no Instituto Benjamin Constant), além das atividades culturais, da
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divulgação do livro eletrônico Cadernos Prograd – PET e das dinâmicas dos grupos PET, a edição deste ano se manteve fiel às propostas do programa. Com o intuito de criar um espaço de trocas de experiências entre os grupos do Programa de Educação Tutorial (PET), o “Conexões PET”
Cássia Lisboa, pró-reitora adjunta de Graduação, e Wallace Vallory, diretor-geral do campus Nilópolis.
é um dos destaques do IFRJ. A 7ª edição, que teve como tema “Direitos Sociais em Questão: Sucumbir ou Resistir?”, movimentou o campus Nilópolis no dia 12 de dezembro. A pró-reitora adjunta de Ensino de Graduação, Cássia Lisboa, que participou da mesa de abertura, destacou a evolução do evento. “É a quarta edição de que posso participar, e é gratificante Volume 3 da coleção Cadernos Prograd IFRJ.
ver como o Conexões PET está cada vez melhor. A ideia de integrar os grupos progride um pouco mais a cada edição”, comentou.
Participantes dos grupos PET e membros do CLAA PET IFRJ, ao final do Sarau das Conexões.
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A primeira mesa-redonda discutiu o tema central do evento e foi ministrada por Jaqueline Gomes, professora de Psicologia do campus Belford Roxo. Trazendo perspectivas históricas, ela falou sobre como lidar e gerar estratégias para barrar questões políticas contra os direitos sociais. “Sempre houve resistência. Viver é resistir e militar. Mas a forma como fazemos isso precisa mudar; nós precisamos nos adaptar, e isso significa não se acomodar”, afirmou. Jaqueline ressaltou, ainda, como esse assunto é fundamental para a mudança de padrões e
Jaqueline Gomes, professora de Psicologia do campus Belford Roxo.
tem sido de extrema relevância para a população negra das Américas nos últimos anos. “Somos filhas e filhos de resistência. Por mais que o discurso oficial na história dos povos africanos traficados seja de que eles sucumbiram, essa história não é de sucumbir, mas, sim, de resistência”, contou a professora. Já a segunda mesa-redonda contou com a presença das tutoras PET: Fernanda Piccolo, Lívia Vilela e Susana Nogueira, que falaram sobre a sequência de ataques aos direitos sociais, as mudanças com a Reforma da Previdência e a resistência nos grupos dos programas. Além disso, o evento contou com comunicações orais de alunos, que apresentaram trabalhos desenvolvidos nos grupos do PET, atividades culturais e, por fim, o Sarau das Conexões. Tutoras dos programas PET (Fernanda Piccolo, Lívia Vilela e Susana Nogueira).
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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID/IFRJ Os trabalhos apresentados a seguir, nesta Sessão de Divulgação Científica, foram selecionados a partir da pontuação obtida no dia da apresentação no VI Encontro Pibid, tendo sido definidos como critérios de desempate: 1) Maior pontuação no item Domínio e Segurança dos Conteúdos Apresentados; 2) Maior pontuação no item Estrutura da Apresentação.
Campus Duque de Caxias O Uso de Atividades Lúdicas como Porta de Entrada para Alunos Ingressantes no IFRJ/Licenciatura em Química com o Intuito de Apresentar o Pibid
Isabella da S. P. dos Santos¹* (ID); Beatriz P. Cavalcante¹ (ID); Matheus S. de Oliveira¹ (ID); Pamela W. de C. Ramos (ID); Wallace A. de Oliveira (ID); Marcus A.G. da Rocha² (FM); Maria C. P. Lima¹ (PQ). *isabellapsilv@gmail.com ¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ (campus Duque de Caxias). Av. República do Paraguai, 120, Sarapuí, CEP: 25050-100. Duque de Caxias – RJ – Brasil. ²Ciep Brizolão 376 Cláudio Coutinho – Estr. Barro Vermelho, s/n – Hinterland, Belford Roxo – RJ – Brasil. CEP: 26166-680.
RESUMO: Muito provavelmente, um dos temas mais polêmicos quando se discute formação de professores em ciências diz respeito à construção de uma ciência que não é necessariamente uma produção exclusiva para a escola e/ou na escola, mas, como ensina Lopes (1999), envolve um processo de reelaboração de saberes de outros contextos sociais visando ao atendimento das finalidades sociais da escolarização, que é significativamente diferente daquela ciência da universidade, como saber acadêmico (CHASSOT, 2003). Esse foi o desafio que encontramos ao apresentar as atividades do Pibid aos ingressantes no curso de Licenciatura em Química, mostrando assim o trabalho que é desenvolvido nos colégios conveniados, direcionado para os alunos do Ensino Médio. O foco central é a introdução da alfabetização científica, traçando paralelamente um comparativo com o cotidiano desses jovens, contribuindo para que os alunos e as alunas, ao entenderem a ciência, possam compreender o universo de uma forma mais clara. A atividade definida foi uma gincana; os estudantes foram separados em grupos e realizaram as tarefas com o objetivo de construir um quebra-cabeça para que fossem determinados os ganhadores. Os jogos lúdicos foram separados em coleta seletiva, teste de volumetria para o conhecimento das vidrarias utilizadas no laboratório, teste de pH (potencial hidrogeniônico) de materiais do cotidiano e enigmas para serem decifrados. Cada atividade realizada com sucesso dava ao grupo concluinte o direito a determinada quantidade de peças para a montagem do próprio quebra-cabeça. Em todas as atividades, questões do cotidiano ou até mesmo assuntos abordados no Ensino Médio foram utilizados para compor a abordagem química da gincana, direcionando assim a atividade para o conhecimento do conteúdo dominado pelo grupo, dando margem para se avaliar individual e simultaneamente no decorrer da gincana. O trabalho teve enorme repercussão e cumpriu o seu papel de apresentar o Pibid aos ingressantes, despertando assim o interesse dos alunos pelo Programa Pibid. Em alguns momentos, os próprios alunos chegaram a citar que, se no Ensino Médio a Química fosse ensinada de forma lúdica ou apresentada de maneira palpável, a ciência faria mais sentido, e seria desmitificada a teoria de que é um conhecimento destinado a poucos. Atualmente, a alfabetização científica está colocada como uma linha emergente na didática das ciências, que comporta um conhecimento dos fazeres cotidianos da ciência, da linguagem científica e da decodificação das crenças aderidas a ela (AGUILAR, 1999). PALAVRAS-CHAVE: Atividades Lúdicas. Ingressantes. Licenciatura em Química. Ensino de Ciências. Bibliografia: AGUILAR, T. Alfabetização científica para la ciudadanía. Madrid: Narcea, 1999. CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, jan./fev./mar/ abr., n 22, 89-100; 2003. LOPES, A. R. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 1999.
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Campus Nilópolis Acidente da Barragem em Mariana – MG: Uma visão matemática, química e física no âmbito escolar
Alex de Araújo Francisco¹ (IC); André S. da Costa¹ (IC); Antônio Marcio Goncalves¹ (IC); Danielle Rodrigues de Morais Dias¹ (IC); Emerson R. Santos¹ (IC); Roberta R. A. Costa¹ (IC); Simone T. da Silva² (FM)*; Eduardo S. Duarte¹ (PQ); Ismarcia G. Silva¹ (PQ); Kelling C. Souto¹ (PQ). *<thurler02@hotmail.com>. ¹ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ – Campus Nilópolis. ² Ciep 172 – Nelson Rodrigues.
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo relatar as experiências obtidas, referentes ao projeto Pibid realizado no Ciep Nelson Rodrigues, no Município de Nova Iguaçu, apresentar suas características no que diz respeito às disciplinas de Matemática, Química e Física e apontar os resultados alcançados com os alunos no decorrer da atividade, assim como as expectativas obtidas pelos aplicadores do experimento em relação a eles. Tudo isso com o intuito de ajudar na formação dos acadêmicos como futuros profissionais da educação e também os alunos, suprindo suas falhas no ensino e aprendizagem, de forma que o resultado alcançado seja visto no seu dia a dia escolar. PALAVRAS-CHAVE: Encontro. Barragem. Acidente. Dimensões. Contaminação. Hidrodinâmica. --------------
Experimentos Didáticos: Prática e formação docente
Andre F. Vieira (FM)*; Edir Muniz (ID); Elluan Patrick F. Souza (ID); Fabiana Silva (ID); João Campos (ID); Vânia do Vale (ID); Kelling C. Souto (PQ); Eduardo S. Duarte (PQ); Ismárcia G. Silva (PQ). *<prof.avieira@gmail.com>
RESUMO: As pesquisas que envolvem o ensino de Física Moderna e Contemporânea no Ensino Médio já possuem um número bastante elevado de resultados, desde a sua inauguração em meados da década de 80 do século XX. Contudo, um aspecto pouco explorado por essas pesquisas é o da formação, inicial e continuada, de professores para o exercício da prática desses tópicos em sala de aula. O presente trabalho tem a pretensão de subsidiar uma discussão a respeito da utilização de experimentos didáticos, como estratégia que possa auxiliar na formação de um professor capaz de desenvolver uma prática docente interdisciplinar, contextualizada e significativa, mesmo diante das dificuldades operacionais, apresentadas pelo sistema de ensino e as dificuldades cognitivas, apresentadas pela complexidade dos conteúdos tratados pela Física Moderna e Contemporânea. Entendendo que o sucesso da aprendizagem não está nas “respostas corretas” dos alunos, mas sim nas suas construções e no percurso que os levam à apropriação do saber, os experimentos didáticos, como atividades que primam pela interação do aluno com o objeto do conhecimento, são apontados como alternativa para amenizar os problemas e as dificuldades encontradas pelos professores no processo de ensino-aprendizagem. Cabe ao professor, como mediador do conhecimento, possibilitar condições e meios centrados em ações orientadas para o desenvolvimento das funções cognitivas, escolher e oferecer situações de aprendizagem que renunciem a transmissão de conhecimentos e busquem as que se adaptam ao percurso intelectual dos alunos. Buscando subsídios na meta-aprendizagem, o experimento didático é visto como um processo ensino-aprendizagem metacognitivista, em que ensinar significa oferecer mecanismos para aprender, tanto no presente, como oportunizar que se continue aprendendo no futuro. PALAVRAS-CHAVE: Física Moderna e Contemporânea. Formação de Professores. Experimentos. Meta-Aprendizagem. --------------
Obesidade: A conscientização da comunidade escolar com o uso da metodologia da problematização
Bruno Tadeu Pereira da Silva¹ (ID); Eduardo Seperuelo Duarte² (PQ); Evelyn Cristine Machado Soares³ (ID); Ismárcia Gonçalves Silva4 (PQ); Julliana Souza Diniz5 (ID); Kelling Cabral Souto (PQ)6; Príscilla Regina Pitangui Amim7 (FM); Raíssa da Silva Farias Fiqueiredo8 (ID); Renato Silva de Almeida9 (ID); Valmir Alves de Oliveira10 (ID). <brtadeu1996@yahoo.com.br>¹; <eduardo.duarte@ifrj.edu.br>²; <evelyncmsoares@gmail.com>³; <ismarcia.silva@ifrj.edu.br>4; <jullidiniz92@gmail.com>5; <kelling.souto@ifrj.edu.br>6; <prpa04@hotmail.com>7; <raissa_farias@ig.com.br>8; <renatobqa@gmail.com>9; <valmir2010ifrj@gmail.com>10.
RESUMO: A obesidade é uma doença que afeta grande parte da população mundial, devido a hábitos inadequados ligados à alimentação. Segundo Barros Filho (2004), “a humanidade testemunhou, nos últimos 50 anos, um aumento da prevalência da obesidade, ao ponto de a Organização Mundial da Saúde considerá-la uma epidemia global”. Atualmente, a vida das pessoas tem sido tão agitada que faz com que elas não tenham tempo para se preocupar com aquilo que ingerem. Então, acabam recorrendo às comidas rápidas e de satisfação imediata, como fast foods, comidas congeladas etc. Com isso, acabam se alimentando de forma inadequada sem se preocupar com futuras consequências para sua saúde.
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Dados coletados pela Santa Casa de São Paulo comprovam que a obesidade mata mais que acidentes de carro; porém, as mortes não estão relacionadas apenas ao aumento de peso, e sim a vários outros tipos de doenças que se relacionam a ela, como: problemas no sistema endócrino-metabólico, doenças cardiovasculares, alguns tipos de cânceres, hipertensão, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula, entre outros. Essa doença também pode mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão. Nesse contexto, o presente trabalho descreve uma atividade com o objetivo de conscientizar a comunidade escolar do C. E. Professor Mário Campos sobre a obesidade, alertando sobre possíveis causas para o desenvolvimento da doença, os riscos e efeitos de uma má alimentação. O procedimento utilizado foi a Metodologia da Problematização, com o Arco de Maguerez, que, de acordo com Berbel (2007), consiste em uma metodologia que problematiza a realidade partindo de sua observação, passando pela escolha das palavras-chave do problema, teorização, levantamento de hipóteses de solução e, por fim, aplicação à realidade. No presente trabalho, a terceira etapa foi desenvolvida com enfoque interdisciplinar, envolvendo as disciplinas: Física, Matemática e Química. A atividade foi dividida em duas etapas: a primeira consistiu em abordar o assunto de forma genérica; na segunda, foram feitas intervenções sugeridas pelos alunos, como elaboração de cartazes, aulão com professor de Educação Física etc. Em cada uma das etapas, os alunos responderam algumas perguntas feitas pelos estagiários. Posteriormente, os cartazes foram espalhados pela escola a fim de conscientizar sua comunidade escolar. Os resultados foram satisfatórios, pois a maioria dos estudantes conseguiu atingir o objetivo proposto pela atividade e levou o aprendizado para amigos e familiares, possibilitando a melhoria das condições de vida da sociedade. Além disso, esse tipo de atividade minimiza as tensões e inseguranças dos estagiários e contribui para o aprimoramento dos professores envolvidos. Agradecemos à Capes, ao IFRJ e ao C. E. Professor Mário Campos. PALAVRAS-CHAVE: Obesidade. Conscientizar. Pibid. Bibliografia: BARROS FILHO, A. A. Um quebra-cabeça chamado obesidade. Jornal de Pediatria. 2004, Rio de Janeiro, v. 80, n.1, 1-3. BERBEL, N. A. N.; COLOMBO, A. A. A metodologia da problematização com o Arco de Maguerez e sua relação com saberes de professores. In: VII Congresso Nacional de educação, PUCPR, 2007, Curitiba. Disponível em: <http://www.pucpr.br/ eventos/educere/educere2007/anaisEvento/arquivos/PA-524-05.pdf>. Acesso em 15 de set. 2016. --------------
Campus Paracambi Desmitificando o Ensino de Geometria
André Lucas Diório dos Santos Franca Oliveira1 (ID); Patrícia Santos Cugler; Tayane do Nascimento Pereira; Vanessa Fernandes da Silva. <andrelucasdiorio@yahoo.com.br>1
RESUMO: O referido trabalho é fruto de uma experiência retirada de uma atividade realizada pelo Pibid em 2016, em uma escola municipal de Paracambi (RJ). A atividade consiste em levar materiais concretos, que estimulam a percepção do aluno em relação à Geometria, haja vista a disciplina caracterizar-se como um ramo da Matemática que analisa as formas planas e especiais. A partir de então, utilizando tal pensamento, pôde-se observar o comportamento da turma-alvo deste trabalho e pensar em uma atividade que despertasse o interesse. Após tal observação, pôde-se analisar o material didático (livro) da escola, observou-se a demonstração do Teorema de Pitágoras, porém foi constatado que o mesmo estava vago e que alguns alunos não compreendiam tal pensamento. Portanto, foi preparada uma atividade na referida turma que possibilitasse a demonstração do Teorema de uma forma intuitiva e diferente. A proposta foi desenvolvida juntamente com o professor da turma, de forma que sanasse algumas dúvidas acerca do conteúdo, tendo em conta que o mesmo é de difícil compreensão. A atividade consiste em um tabuleiro feito de isopor, colocado no centro do quadro para que seja observado por todos os alunos, no intuito de despertar a visão geométrica desse Teorema. Tal atividade antecipou a aplicação do teste e serviu para desmitificar a Geometria, bem como sanar toda e qualquer dúvida acerca do Teorema de Pitágoras, pois levou uma nova abordagem de ensino e aprendizagem para dentro de sala de aula e contou com o apoio dos alunos, que relataram suas dúvidas. Nessa mesma turma, também foi trabalhado de uma forma mais prática o conteúdo que os alunos tiveram de Trigonometria. Analisando novamente o material didático (livro) da escola, resolvemos construir com eles um teodolito caseiro e ensiná-los a manuseá-lo; a proposta contou com a percepção dos alunos em relação à Geometria e à importância dessa disciplina, pois muitos puderam medir, por exemplo, sua altura. Desenvolvemos a atividade em duas etapas. Na primeira delas, separamos o material necessário para construir o teodolito e levamos para os alunos. Um bolsista começou explicando o que era um teodolito e com que finalidade as pessoas o utilizavam antigamente. Logo em seguida, distribuímos aos alunos uma cópia impressa do transferidor, um pedaço de papelão, barbante, cola, canudo e um pedaço de massinha. Com esses materiais, nós, bolsistas, auxiliamos os alunos na construção. Após criarem o teodolito, pedimos que eles o guardassem para a 2ª etapa da atividade, que seria na próxima aula. Na segunda etapa, com o teodolito já construído, entregamos aos alunos uma folha para que eles fizessem anotações a respeito de sua própria altura, sua distância até a parede e o ângulo que marca no teodolito quando o aluno o utiliza. Distribuímos
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também uma folha com o valor das tangentes para facilitar os cálculos. Com esses dados todos anotados no papel, eles conseguiriam, com o auxílio dos bolsistas, utilizar a fórmula da relação trigonométrica tangente somada com a altura do aluno para encontrar a altura aproximada da parede que eles estavam medindo. PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Geometria. Teodolito. Demonstração. --------------
Campus Volta Redonda Funcionamento de uma Usina Hidrelétrica
Ailan de O. Alves1(ID); Daniele da S. F. Medeiros2 (ID)*; Gabriele M. B. Cordeiro3 (ID); Judson de O. Moura4 (ID); Vinicius de S. Lamego5 (ID). *<daniele_medeiros@yahoo.com.br> 1-5 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ, campus Volta Redonda.
RESUMO: Temos observado no contexto atual a importância de que os alunos sejam conscientizados desde muito cedo quanto a questões que envolvem o meio ambiente e a sua utilização. Podemos dizer que o ensino de Física ganhou um novo sentido após os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), levando ao aluno uma visão mais ampla da Física. Mesmo que estes não continuem estudando Física, terão adquirido uma formação necessária para participar e compreender o mundo em que vivem (MEC, 2002). Sendo assim, voltamos os nossos olhos às formas de geração de energia. Essa atividade foi desenvolvida e apresentada aos alunos do Colégio Estadual Brasília, na turma do 2º ano do Ensino Médio, segundo o Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC, 2012). Inicialmente, apresentamos aos alunos a teoria envolvida por trás da geração de energia, as vantagens e desvantagens que cada tipo de geração apresenta, mostramos também que as usinas hidrelétricas são mais utilizadas devido à quantidade de bacias hidrográficas que o Brasil possui, além de apontar que é um tipo de energia limpa, pois não lança resíduos químicos na atmosfera (BONJORNO, 1997; TORRES, 2001). Em seguida, apresentamos um experimento que será descrito a seguir. Para montar uma mini-hidrelétrica, utilizamos: um balde, uma mangueira de três metros, um motor de impressora, lâmpadas de LED e uma turbina que foi construída utilizando-se tampinhas de garrafa PET e colheres de sorvete. Posicionamos o balde cheio de água a uma altura do chão; a mangueira funcionou com o ducto que leva a água até a turbina. Consequentemente foi possível mostrar aos alunos que as usinas hidrelétricas possuem aquela estrutura com paredões com o propósito de aumentar a queda de água e transformam a energia potencial em energia mecânica. O movimento das pás, que são ligadas a um gerador, transforma essa energia em energia elétrica. Com esse experimento realizado, os alunos puderam comprovar o acendimento da lâmpada de LED. Mostramos também que, reduzindo a vazão de água, diminui a rotação das pás; sendo assim, explicamos o porquê da necessidade de se economizar energia em tempos de estiagem de chuva e os questionamos quanto aos seus conhecimentos sobre outros tipos de fontes renováveis de energia. Por meio de um experimento simples e de baixo custo, os alunos puderam compreender melhor como é o funcionamento de uma usina hidrelétrica e como acontecem as transformações de energia. Eles também entenderam a importância de economizar água, pois é através dela que obtemos a energia elétrica, que abastece as nossas casas. PALAVRAS-CHAVE: Geração de Energia. Usinas Hidrelétricas. Fontes Renováveis de Energia. Bibliografia: BONJORNO, R.A. et al. Temas de Física. Vol. 1: Mecânica. São Paulo: FDT, 1997. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura – Secretaria de Educação Básica. Orientações Educacionais aos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, 2002. SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO (SEEDUC). Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro, 2012. TORRES, C.M.A. et al. Física: ciência e tecnologia. Vol. único. São Paulo: Moderna, 2001 --------------
Campus Volta Redonda Gincana – A Matemática de forma interativa e atrativa
Aline Barcelo da Costa (FM); Henri Felipe Hassel Domingues (ID); Mariana Fagundes Silva (ID); Ramon Camargo da Silva (ID); Thaysa Adryene Teixeira da Silva Rodrigues (ID); Viviana da Conceição Silva (ID). <aline_barcelo@yahoo.com.br>; <henrihassel@hotmailcom>; <nanafsilva@yahoo.com.br>; <ramon.camargo@hotmail.com>; <thaysateixeira@yahoo.com.br>; <vivian_acs@hotmail.com>.
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RESUMO: A gincana aconteceu no pátio do Colégio Municipal Getúlio Vargas e teve duração de quatro horas. Cada turma formou uma equipe, e os alunos foram sorteados nas turmas para participarem da atividade. As atividades da Gincana foram: 1ª) Bingo – Trabalhar as quatro operações com números naturais (com todas as turmas). Cada aluno participou individualmente; 2ª) Tangran – Trabalhar figuras geométricas, suas formas e características (com todas as turmas). Os alunos participaram em grupos de cinco pessoas; 3ª) Corrida da Bexiga – Trabalhar conceitos matemáticos através de desafios (com todas as turmas). Os alunos participaram em grupos de cinco pessoas; 4ª) Passa ou Repassa – Trabalhar conceitos envolvendo Números, Operações, Espaço e Formas (com as quatro turmas mais pontuadas nas etapas anteriores). Os alunos participaram em grupos de cinco pessoas; 5ª) Caça ao Tesouro – Trabalhar as quatro operações através de desafios e decodificação de letras e palavras (com as duas turmas mais pontuadas na 4ª atividade). Primeiro, foi aplicado o Bingo, depois a Corrida da Bexiga; em ambos, os alunos não tiveram dificuldades. Uma turma apresentou mais dificuldades que as outras, mas, com a ajuda da professora e dos alunos do Pibid, ela conseguiu progredir e concluir a atividade. Na realização dessa atividade, pôde-se perceber como foi enriquecedor para os alunos discutir e interagir entre si. Em seguida, foi aplicado o Tangran. Cada grupo recebeu sete peças geométricas (cinco triângulos, um quadrado e um paralelogramo). O objetivo do jogo era trabalhar as figuras geométricas, suas formas e características. Depois, o Passa ou Repassa, classificando duas turmas. Os alunos, de maneira geral, não encontraram dificuldades para responder corretamente às perguntas dessa etapa, mostrando domínio do conteúdo de Álgebra e Geometria. Na Caça ao Tesouro, foi necessário agir com rapidez, pois o grupo tinha de descobrir onde estava o tesouro, resolvendo charadas propostas. Com base nos relatos feitos pelos alunos, foi possível de maneira diferente revisar, exercitar e reforçar a matéria dada em sala. Portanto, a atividade foi positiva e contribuiu para o crescimento dos alunos, bolsistas e professores. PALAVRAS-CHAVE: Jogos. Ensino de Matemática. Matemática Atrativa. Bibliografia: LICESKI, Luz & Kehl. Experiências no Projeto Pibid Matemática. Curitiba, PR, 2011.
Programa de Educação Tutorial PET e PET Conexões de Saberes Trabalhos selecionados a partir da apresentação durante o VI Conexões PET IFRJ
PET CONEXÕES DE SABERES EM PRODUÇÃO CULTURAL Papo Baixada: Diálogos e mediações numa atividade de extensão Stênio Nóbrega1; Kerolay Leite1; Alessandra Cardoso1; Anderson Silva1; Caroline Ribeiro1; Daiana Pereira1; Maria Gabriela Martins1; Paulinne Oliveira1; Wladmir Augusto. Fernanda Delvalhas Piccolo
RESUMO: O presente trabalho apresenta reflexões acerca de uma das atividades de extensão realizadas pelo Grupo PET/ Conexões de Saberes em Produção Cultural, o Papo Baixada. Realizado desde maio de 2016, surgiu a partir da reformulação do evento Circuito de Palestras, realizado pelo grupo desde 2011. Ambos os eventos apresentam os mesmos objetivos: colocar em discussão temas relevantes para a formação do produtor cultural que não são abordados no currículo ou são temas transversais a estes. A distinção entre essas atividades é o formato. Enquanto o Circuito de Palestras era mais acadêmico, composto por mesa e mediador, o Papo Baixada propõe uma metodologia inovadora, tornando-se mais dinâmico e mais acessível, usando como referência o talkshow. Segundo Silva (2009), o talkshow é uma “estratégia de interação” que integra produção e público no mesmo processo de comunicação, como gênero televisivo no qual uma pessoa ou um grupo de pessoas conversam e discutem vários tópicos, sugeridos e moderados por um apresentador. Assim, o Papo Baixada passou a ser mediado por um petiano, que conduzia a conversa com convidados representativos dos temas em questão. No ano de estreia, foram realizadas três edições: “Vivências LGBT”, “Economia Criativa” e “Funk e Periferia”. A ação abarcou, no total das três edições, 200 pessoas, entre estudantes do IFRJ, de Ensino Médio, Graduação e Pós-Graduação, e público relacionado à Produção Cultural. Para a construção da análise e das reflexões, utilizamos os dados
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das fichas de avaliação, os vídeos dos eventos e as listas de presença. Na primeira edição, realizada dentro do I Dia da Visibilidade LGBT do IFRJ, nos diálogos, os convidados puderam relatar suas vivências como militantes, suas experiências pessoais e perspectivas do contexto LGBT em geral. A presença de diferentes gerações da militância LGBT na composição dos convidados trouxe também um diálogo sobre os avanços e resultados da militância LGBT no Brasil, proporcionando um panorama do que já foi conquistado e do que ainda precisa ser conquistado no que se refere ao combate ao preconceito, aos direitos civis, entre outros. A segunda edição, “Economia Criativa”, foi realizada no Centro Cultural Donana, em Belford Roxo, e contou com a presença de grandes produtores da cena cultural da Baixada Fluminense. Discutiu-se sobre iniciativas do setor cultural e criativo na localidade, as novas táticas de atuação em tempos de crise, entre outras abordagens. Mediante o compartilhamento de experiências entre os convidados e o público presente, foi possível agregar conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de atividades dessa natureza. Constatou-se que a região, embora marginalizada, é locus de efervescente produção cultural e conteúdo intensamente relevantes. A terceira e última edição de 2016, “Funk e Periferia”, ocorreu na Casa de Cultura de Belford Roxo, teve como convidados funkeiros, rappers e pesquisadora. Mediante a parceira com a Casa de Cultura, tivemos como públicos estudantes das escolas municipais da região. Partindo do reconhecimento do funk como cultura, foi discutida a influência cultural do funk nas periferias. O público participou do debate mediante perguntas. A maior parte eram mulheres, moradoras ou trabalhadoras na Baixada Fluminense. A atividade torna-se importante por buscar aprofundar conhecimentos na área de Produção Cultural e desenvolver habilidades referentes à realização de uma produção de evento, especificamente na área do talkshow. PALAVRAS-CHAVE: Baixada Fluminense. Produção Cultural. Papo Baixada. --------------
PET QUÍMICA SUPRAMOLECULAR, NANCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA Química ao Vivo – Experimentos simples e acessíveis para o ensino de Química no 1º ano do Ensino Médio Pamela Roberta A. da Costa (IC); Beatriz S. Cunha (IC); Mateus da F. Pereira (IC); Ana Paula B. dos Santos (PQ); Lívia T. C. Crespo (PQ). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Duque de Caxias (IFRJ-CDUC) Grupo PET Química Supramolecular, Nanociência e Nanotecnologia (Petnano) <pamelacatiarj@yahoo.com.br> <livia.vilela@ifrj.edu.br>
RESUMO: Reconhecendo a dificuldade que a maioria dos alunos do Ensino Médio (EM) tem para compreender os conteúdos associados ao Ensino de Química (EQ) e a deficiência de muitos docentes em relacionar teoria e prática, o projeto Química ao Vivo surgiu com o propósito de aproximar os alunos da experimentação e, assim, motivá-los pelo aprendizado dessa ciência. O projeto é uma das atividades desenvolvidas pelo Petnano e tem como público-alvo alunos do EM do município de Duque de Caxias. Seu principal objetivo é a realização de feiras de experimentos de Química, utilizando materiais alternativos e de baixo custo, para atender especialmente escolas que não possuem laboratório e/ou aulas experimentais. A primeira etapa do projeto residiu na seleção, adaptação e teste dos experimentos, com temáticas que contemplassem os conteúdos presentes nos livros didáticos recomendados pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) para o 1º ano do EM. Essa compilação propiciou o desenvolvimento de uma apostila que descreve detalhadamente os materiais necessários para a realização do experimento, como proceder para sua realização e a explicação do fenômeno observado. O projeto vem ocorrendo através dos eventos na própria instituição e tem proporcionado aos alunos das escolas estaduais do entorno o contato com a experimentação. Atividade – Química ao Vivo Descrição/Justificativa Formular novas metodologias que sejam alternativas e que favoreçam a compreensão dos diversos assuntos abordados no Ensino de Química revela-se uma estratégia de elevada contribuição visto que existe uma maior complexidade de alguns conceitos e/ou uma menor compreensão destes por parte dos alunos. Diante disso, a elaboração e criação de uma apostila de experimentos e a experimentação, além de aproximarem teoria e prática, podem facilitar a realidade vivenciada pelos alunos. PALAVRAS-CHAVE: Experimentação. Materiais Alternativos. Apostila. --------------
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Histórias em Quadrinhos como Estatégia Didática para Divulgar a Nanotecnologia
Andressa N. Silva (IC)*; Gabriella B. de Almeida (IC); Graziele de C. Cassini (IC); Ian dos S. Costa (IC); Ianize de N. Barreto (IC); Ana Paula B. dos Santos (PQ); Lívia T. C. Crespo (PQ)**. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Duque de Caxias (IFRJ-CDUC) Grupo PET Química Supramolecular, Nanociência e Nanotecnologia (Petnano) *<andressa_nascimentos@hotmail.com> **<livia.vilela@ifrj.edu.br>.
RESUMO: As histórias em quadrinhos começaram a ser utilizadas como uma ferramenta pedagógica recentemente, pois eram malvistas por pais e comunidade escolar, sendo considerado um material inadequado aos alunos. Essa ferramenta tem se modificado e vem ganhando destaque no ambiente escolar, já que o recurso visual e a linguagem bem-humorada são privilegiados com grandes chances de despertar o interesse de alunos, sobretudo para disciplinas com rótulos negativos como a Química, ou mesmo para explorar assuntos que apresentam uma difícil abordagem, como a Nanotecnologia. Essa ciência corresponde à temática do grupo Química Supramolecular, Nanociência e Nanotecnologia (Petnano) do IFRJ/ CDuC, que optou por produzir esse tipo de material para divulgar o conceito, os benefícios e desafios associados à Nanotecnologia entre alunos do Ensino Médio. O grupo vem desenvolvendo uma série de histórias em quadrinhos, tendo como personagem central um super-herói, o Supernano, que vive várias aventuras em uma galáxia desconhecida. Na primeira edição, Supernano em uma galáxia desconhecida, foram abordadas as aplicações da Nanotecnologia na Oncologia, onde o Supernano, juntamente com sua tropa, tem o objetivo de “atacar e destruir” células cancerígenas sem atingir tecidos saudáveis. Na segunda edição, Supernano em: A evolução dos processadores, foi abordada a ineficiência dos processadores antigos e a transição para os novos, expondo avanços que permitiram chegar à era dos nanochips com elevada eficiência na transmissão de dados e tamanhos cada vez menores. A primeira edição vem sendo distribuída em eventos ocorridos no próprio IFRJ-CDuC junto a alunos da própria instituição ou de escolas convidadas. Por se tratar de um assunto ainda pouco difundido no ambiente escolar, acredita-se que essa ferramenta esteja divulgando a temática Nanotecnologia e Nanociência de forma mais lúdica e revelando, inclusive, o caráter interdisciplinar dessa área. PALAVRAS-CHAVE: História em Quadrinhos. Divulgação Científica. Nanotecnologia. --------------
PET CONEXÕES DE SABERES EM SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUAL Curso de Multiplicadores em Educação Sexual: “Não só para Meninas”
Andrade, G.A (PET); Assunção, M.S (PET); Carvalho, T.F (PET); Medeiros, V.M.G (PET); Moraes, L.J (PET); Soares, L.O (PET); Schettert, P.A.S (Tutora PET). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro PET Conexões de Saberes em Sexualidade e Educação Sexual <pet.sexualidade@ifrj.edu.br>
RESUMO: Buscando fortalecer a educação sexual recebida por adolescentes dentro das escolas, que em sua maioria se limita a uma visão biologicista, surgiu através do PET Sexualidade e Educação Sexual o Curso de Multiplicadores em Educação Sexual “Não Só Para Meninas”, sendo este implementado na Escola Municipal Nicarágua, no bairro de Realengo. Esse projeto teve como foco trabalhar a sexualidade humana em seus aspectos biopsicossociais e suas manifestações, em forma de curso, realizado com os alunos da escola referida, a fim de torná-los multiplicadores de educação sexual e analisar as mudanças que a intervenção em educação sexual traz para a vida de um jovem. A carga horária total foi de 20 horas presenciais, divididas em 10 encontros que aconteciam no IFRJ Realengo, e participaram 18 adolescentes (17 meninas e 1 menino). Os encontros foram ministrados pelas bolsistas do PET Sexualidade, e os conteúdos selecionados foram propostos de forma problematizadora, a fim de se criar um espaço de reflexão e discussão para temas voltados à sexualidade. Dentre esses conteúdos, destacaram-se: A Conceitualização da Sexualidade; Mitos e Tabus; Anatomia e Fisiologia Sexual; Métodos Contraceptivos; Violência e Autoestima, entre outros. Como forma de avaliação do grupo e do curso, foram aplicados 2 questionários, um pré e um pós-curso. O pouco contato com o tema foi um dos problemas identificados através dos questionários, correspondente à falta de diálogo e esclarecimentos de dúvidas relacionados à sua sexualidade. O conhecimento por parte dos jovens sobre prevenção de gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), bem como sobre o uso de métodos contraceptivos, mostrou-se limitado. Das adolescentes que afirmaram já ter realizado alguma prática sexual, a maioria relatou não utilizar algum método contraceptivo, caracterizando um comportamento de risco em relação à saúde sexual. O projeto se tornou um veículo esclarecedor de dúvidas, utilizando uma linguagem compatível com as alunas. Após o término do curso, relataram-se mudanças de comportamento dos adolescentes, principalmente relacionadas à autoimagem e autoestima, incluindo também um crescimento no interesse pelos estudos. PALAVRAS-CHAVE: Educação Sexual. Adolescentes. Educação Tutorial.
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A Sexualidade de Pessoas com Deficiência Visual: Oficinas no Instituto Benjamin Constant Andrade, G.A (PET); Assunção, M.S (PET); Carvalho, T.F (PET); Medeiros, V.M.G (PET); Moraes, L.J (PET); Soares, L.O (PET); Schettert, P.A.S (Tutora PET). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro PET Conexões de Saberes em Sexualidade e Educação Sexual <pet.sexualidade@ifrj.edu.br>
RESUMO: Com base na Organização Mundial de Saúde (OMS), a sexualidade é um aspecto do ser humano que não se pode separar dos outros aspectos da vida. Portanto, é um direito de todos, especialmente das pessoas que possuem algum tipo de deficiência, e não deve ser dissociado da educação, da saúde e da cidadania. Tanto a sexualidade como a deficiência são fenômenos socialmente construídos sob um olhar preconceituoso, visto que são impregnados de tabus, dificultando discussões livres de barreiras. O grupo PET Sexualidade e Educação Sexual, em parceria com o Instituto Benjamim Constant (IBC), observou a oportunidade de aplicar projetos em colaboração, oferecendo oficinas em Educação Sexual para adolescentes com deficiência visual. As oficinas foram ministradas em dois encontros com duração de 2 horas, tendo participado um total de 17 adolescentes com média de idade de 16 anos. Foram abordadas diferentes temáticas a partir de levantamentos bibliográficos sobre a maior necessidade desse grupo: Conceituando Sexualidade; Mitos e Tabus; Sexualidade do Adolescente com Deficiência Visual; Anatomia e Fisiologia Humana; Higiene; Reconhecimento do Próprio Corpo e do Corpo do Outro; e Métodos Contraceptivos. Objetivou-se quebrar mitos e tabus e estabelecer a oportunidade de os adolescentes vivenciarem sua sexualidade em sua integralidade, visando derrubar estigmas impostos pela sociedade, onde prevalecem dificuldades em lidar com a diferença, possibilitando o acesso a informações sobre sexualidade e educação sexual. Por meio dessas oficinas, percebemos que, apesar de os participantes terem apresentado certo conhecimento sobre o assunto, ainda há defasagem na Educação em Sexualidade relacionada a esse público para o qual as barreiras são ainda maiores. Por essa razão, identificou-se que a criação de espaços abertos para discutir sexualidade de forma abrangente e livre de barreiras é uma boa ferramenta para trocas de informações e conhecimentos em sexualidade, garantindo seus direitos e possibilitando o exercício da sexualidade de forma consciente e prazerosa. PALAVRAS-CHAVE: Educação em Sexualidade. Deficiência Sensorial. Deficiência Visual. --------------
Programa de Educação Tutorial PET e PET Conexões de Saberes Trabalhos selecionados a partir da apresentação durante o VII Conexões PET IFRJ
PET CONEXÕES DE SABERES EM PRODUÇÃO CULTURAL Laboratório Experimental de Produção Cultural: uma experiência de extensão
MARTINS, M.; BUENO, H.; NOBREGA, S.; LINHARES, L.; RIBEIRO, C.; LEITE, K.; SOUZA, W.; OLIVEIRA, P.; BRUM, G. MENDES, T.; JUNIOR, G.; PICCOLO, F.
RESUMO: O Laboratório é uma proposta do Grupo PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural que surge na intenção de auxiliar na produção de projetos culturais na Baixada Fluminense e ao mesmo tempo permitir que integrantes do grupo PET – e, necessariamente, alunos da Produção Cultural do Instituto Federal do Rio de Janeiro, IFRJ/Campus Nilópolis – apliquem os seus conhecimentos. O presente trabalho visa relatar as experiências de produção realizadas no Laboratório Experimental de Produção Cultural com os quatro projetos culturais selecionados: BCINE, Espaço Coisa D’Negro, Locomotiva da Baixada e Sociedade Musical Santa Cecília (SMSC). O primeiro projeto, BCINE, pretende atuar com a linguagem audiovisual na Baixada Fluminense a partir da produção de conteúdos que valorizem o território, tornando-se um difusor da cultura local. Um desses conteúdos será o documentário A Arte da Baixada, que pretende percorrer por diversos grupos culturais da Baixada a fim de registrar relatos, trazendo visibilidade às atividades artísticas e culturais dos diversos municípios da Baixada Fluminense. Para isso, foi realizado um mapeamento dos grupos criativos da Baixada, divididos por municípios e linguagens artísticas. O processo criativo foi de livre autoria dos proponentes do BCINE, ficando a produção executiva delegada à equipe, composta por três bolsistas do Grupo PET e dois voluntários do curso de Produção Cultural no IFRJ/Campus Nilópolis. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento. As filmagens com os grupos criativos começaram no mês de outubro de 2017. A previsão de conclusão do projeto se dará após o evento de lançamento, previsto para o mês de dezembro. Durante esse período, serão realizadas reuniões periódicas, para realizar atividades como elaboração do projeto escrito, atendimento das demandas recorrentes do processo, captação de recursos e apoio e gestão dos mesmos. O segundo projeto: Espaço Coisa D’Negro pretende promover ações contra o racismo em favor da valorização da negritude de maneira independente. Localizado em Coelho da Rocha – São João de Meriti, na Baixada Fluminense –, teve seu início com um salão de beleza especializado em tranças e aos poucos passou a ser utilizado como um espaço cultural
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onde há aulas de teatro, dança afro, dança de salão, cursos livres profissionalizantes, palestras, exposições, debates, exibições voltadas às temáticas raciais e uma escola de trancistas que visa fomentar o afroempreendedorismo. O projeto visa tornar-se um centro de referência à negritude para Coelho da Rocha e possivelmente para a Baixada Fluminense. Para isso, o grupo do Laboratório realizou um mapeamento de projetos sociais e culturais da Baixada Fluminense, uma pesquisa a respeito do processo de regulamentação das atividades que acontecem no espaço e um formulário para levantamento da equipe, da estrutura e do histórico do projeto. O trabalho continua em desenvolvimento; por isso, ainda serão realizadas reuniões periódicas para assessoramento de atividades, como a escrita de projetos e captação de recursos. O terceiro projeto, Locomotiva da Baixada, trata-se de uma fanfarra, banda de instrumentos de sopro e percussão, que iniciou seus trabalhos em 2016 e conta com a média de dez músicos profissionais e amadores em sua formação. No ano de 2017, ganharam o edital Territórios Culturais e desenvolvem uma turnê pelos municípios da Baixada Fluminense. A fanfarra demanda ao Grupo PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural a divulgação das suas ações e dos eventos da turnê, propondo o gerenciamento das mídias sociais e a cobertura audiovisual das apresentações. Para execução da proposta, foram realizadas reuniões com o grupo para elaborar um diagnóstico e traçar planos de ação de acordo com as demandas. Desde então, as petianas responsáveis e voluntárias trabalham com a produção de material fotográfico nos eventos em que a fanfarra participa; dessa forma, mantêm as redes sociais da banda ativas para fortalecimento de presença digital. Além disso, elas acompanharam a fanfarra em eventos, como a Travessia da Santa Arte, que aconteceu no Buraco do Getúlio, em Nova Iguaçu, fazendo cobertura fotográfica e auxiliando na organização. A Locomotiva também participou do Colóquio de Políticas Culturais, que aconteceu no IFRJ campus Nilópolis, realizando uma apresentação de encerramento. Ademais, estão nos planos de produção registrar a fanfarra para que estejam seguros para futuros negócios, realizar a venda de cervejas produzidas pela Locomotiva como forma de empreender e gerar lucro, renovar o repertório e produzir um evento da banda. Os integrantes da Locomotiva da Baixada avaliaram a relação com as petianas como satisfatória e destacaram a importância de trabalharmos para gerar algum retorno financeiro. A principal dificuldade encontrada pelas petianas é a realização de reuniões, pois os integrantes possuem compromissos fora da banda. O quarto projeto, Sociedade Musical Santa Cecília, é uma banda musical criada pela fábrica têxtil América Fabril em 1948 no Bairro de Pau Grande, Magé. Durante a reunião com o coletivo musical, ficou claro que o desejo deles é a realização da festa em comemoração dos 70 anos da Banda, que acontece em março de 2018. Para que isso aconteça, pensou-se em uma série de ações que serão realizadas pela banda como o evento Banda na Praça, que teve sua primeira edição em agosto deste ano e contou com os 15 músicos, reunindo um público de 50 pessoas. Outro pedido solicitado, além da ajuda para a realização e estruturação para a festa dos 70 anos, foi que se criasse e desenvolvesse um projeto para a Sociedade Musical, com foco em apresentá-lo para supostos patrocinadores, apoiadores e naquele momento em questão com foco na Prefeitura de Magé, que possuía interesse em patrocinar ou apoiar a banda. Logo após o envio do projeto para os responsáveis da SMSC, foi percebido um afastamento da banda. Não houve um retorno sobre o trabalho desenvolvido, e todos os contatos realizados para saber se a parceria com a Prefeitura de Magé estava em andamento não tiveram retorno. Essa falta de contato com a banda torna complicado de definir se a Sociedade Musical segue interessada no projeto. Essa iniciativa do Grupo PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural torna-se importante para a criação de redes culturais entre os futuros produtores, o conhecimento sobre o território da Baixada Fluminense e o desenvolvimento das habilidades necessárias para a formação de um produtor cultural consciente sobre as questões relativas ao território. --------------
PET QUÍMICA SUPRAMOLECULAR, NANCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA E-WASTE – O Desafio: O desenvolvimento de um jogo digital como ferramenta auxiliadora no ensino de Química Cíntia T. Siqueira, Sonara G. S. Cassa, Adriano Francisco da Silva, Ana Paula B. Santos, Lívia T. C. Crespo. Palavras-Chave: jogo digital, ensino de química, lixo eletrônico
RESUMO: O avanço tecnológico é uma realidade nos dias atuais. Cada vez mais as pessoas têm contato com mundo digital e se adaptam às mudanças decorrentes dessa tecnologia. A utilização de ferramentas digitais no ensino de Química se faz necessária neste momento porque o aluno já tem um grande contato e interesse pelo mundo digital. O jogo digital é uma ferramenta presente no cotidiano do educando, principalmente em aplicativos de jogos presentes em tablets e smartphones, devido ao fácil acesso. Esse trabalho tem por objetivo expor a construção de um jogo digital como ferramenta auxiliadora no processo de ensino e aprendizagem de Química abordando os conceitos de metais pesados através da temática Lixo Eletrônico e ainda alertar sobre seus prejuízos ao ambiente e o descarte consciente. A confecção do jogo foi feita em três momentos; no primeiro momento foi escolhida uma temática atual para tratar os conteúdos de metais pesados. Seguidamente foi realizada uma pesquisa sobre eletrônicos e foi escolhido o programa que seria utilizado para a confecção do jogo e alguns programas de criação e edição de imagens, respectivamente: Unity, Paint, Power Point, Inkscape. No segundo momento, foi escolhido o número de fases, os metais pesados que estarão em ênfase em cada etapa do jogo e foram separados dos materiais eletrônicos correspondentes a cada fase. Em seguida, foram confeccionados os materiais de apoio do jogo, são eles: o roteiro, onde foram feitos o resumo, a jogabilidade e as regras do jogo; o fluxo-
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grama de evolução do jogo, onde mostra o que vai acontecer no jogo a partir da decisão que o jogador tomar. Os sprites, elementos de cena e cenários, que também fazem parte do material de apoio do jogo, foram adquiridos a partir de uma plataforma digital e gratuita na internet. Com o auxílio de um programador, o jogo foi confeccionado. Foi criado um jogo digital cuja proposta é limpar o meio ambiente. O jogo foi dividido em três fases, onde cada uma delas aborda um metal pesado: na primeira fase o mercúrio; na segunda fase o cádmio; e na terceira fase o chumbo. Foram escolhidos esses metais porque eles estão presentes com maior frequência ou quantidade nos eletrônicos. O nome do jogo é E-Waste: O desafio; ele estará disponível em formato de aplicativo numa plataforma e poderá ser jogado em qualquer smartphone de maneira simples e gratuita. O jogo ainda está em processo de avaliação, ou seja, testes estão realizados antes de sua hospedagem na plataforma. Referências: OLIVEIRA. R. S; GOMES. E. S; AFONSO. J. C. O Lixo Eletroeletrônico: Uma Abordagem para o Ensino Fundamental e Médio. Revista Química Nova na Escola, vol. 32, n° 4, novembro 2010. ARTONI, C. Perigos Escondidos - Para Onde Vai O E-Lixo. Galileu, n. 187, fev. 2007, seção ambiente. --------------
PET CONEXÕES DE SABERES EM SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUAL OFICINAS DE SENSIBILIZAÇÃO SOBRE SEXUALIDADE JUNTO A EDUCADORES/EQUIPE TÉCNICA DE UMA UNIDADE DE REINSERÇÃO SOCIAL PARA ADOLESCENTES
Alves, K. S. (PET); Carvalho, T. F. (PET); Maia, T. Q. (PET); Moraes, L.F.(PET); Nóbrega, F. D. (PET); Ribeiro, C. V. (PET); Torres, B. S. C. (PET); Oliveira, B. M. (PET); Lima, D. S. M. (PET); Ventura, T. C. (PET); Medeiros, L. R. V. (PET); Barreto, B. B. (PET); Nogueira, S.E. (Tutora PET); Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro PET - Conexões de Saberes em Sexualidade e Educação Sexual E-mail: pet.sexualidade@ifrj.edu.br
RESUMO: A adolescência é uma fase de explosão hormonal, em que os indivíduos tendem a descobrir e viver intensamente sua sexualidade. Isso muito acontece de forma intuitiva, o que os expõe ao risco. A falta de informação e comunicação, além dos mitos e tabus que atravessam a temática da sexualidade, contribui para vulnerabilidades em muitos adolescentes. Diante disso, o grupo PET Sexualidade e Educação Sexual buscou trabalhar a educação em sexualidade com adolescentes acolhidos em uma Unidade de Reinserção Social em Bangu/RJ que, para além dos conflitos individuais, enfrentam situações de fragilidade nos laços sociais e familiares. Ao iniciar este trabalho, optou-se por realizar oficinas primeiramente com educadores e equipe técnica do local, visando promover um espaço de diálogo e troca de informações sobre como compreendem, identificam e abordam estas temáticas com adolescentes. As oficinas foram ministradas pelas bolsistas em quatro encontros com duração de 2 horas cada, tendo participado, em média, um total de 3 bolsistas e 4 profissionais por encontro. As demandas foram levantadas previamente através de um grupo focal com educadores, tendo sido elencadas as temáticas: Conceituando a Sexualidade Humana - mitos e tabus; Anatomia, Fisiologia Humana e Métodos Contraceptivos; Papéis Sociais e Identidade de Gênero; e Autoestima e Violência. A adesão dos participantes permitiu a construção de um espaço de reflexão a partir dos questionamentos e curiosidades trazidos. No decorrer das oficinas, observou-se a ampliação da compreensão sobre sexualidade, não se limitando à reprodução, mas envolvendo questões como prazer, bem-estar, sentimentos, identidade de gênero, orientação sexual, intimidade e relações afetivas. Buscou-se, através dessas ações com educadores que convivem com jovens acolhidos, contribuir para a vida de ambos, atingindo-se a compreensão de que é necessário entender a sua própria sexualidade antes mesmo de ter de lidar com a do próximo, favorecendo o diálogo entre a equipe e os adolescentes do local. PALAVRAS-CHAVE: Educação Sexual. Adolescentes. Educadores. Acolhimento Institucional.
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