expediente
Editor:
Igor Braga
Responsável:
Angela L Miranda
Coordenação de projeto Grafico Igor Braga
Colaboradores desta editção Revista Acadêmica Ano xxxiv numero 1 out/2012 Distribuição gratuita
Ramom Sartori Marion Buzzetti Isis Karoline Igor Braga
Responsável pelo Projeto Acadêmico em Teoria do Conhecimento : Angela L Miranda
Tiragem
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Charge Contexto
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Hist贸rico
Paradigma do pensamento complexo Aspectos do pensamento
Proposta de Morin
Edgar Morin
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Charge DO MÊS
Será que realmente o pensamento científico tem o domínio de todo o conhecimento em suas mãos para todos os tipos de problemas ou questionamento?
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o século XX no mun-
do ocidental começou com grandes expectativas. Estávamos em plena Belle Époque, a ciência já havia consagrado o seu posto de “detentora da verdade” no lugar da religião católica. o modelo republicano de governo já havia se espalhado por grande parte dos países europeus e todos os países do continente americano. o progresso industrial permitia aos burgueses mais abastados uma
infinidade de produtos facilitadores como tecidos industrializados, automóvel, telefone, bicicleta, fotografia, luz elétrica e cinema. Também conhecida como idade de ouro, a Belle Époque foi um período de 1871 até o inicio da primeira guerra mundial em que os países europeus experimentaram uma relativa estabilidade econômica, paz e a efervescência cultural. a Europa estava mais urbana e
cosmopolita, a revolução industrial havia alterado radicalmente a paisagem das grandes cidades. no lugar de castelos, carruagens e cavalaria real, agora se viam fábricas, bondes, carros, comercio, trens, escolas, hospitais e teatros. Com o surgimento da eletricidade as pessoas passaram a ficar acordas até mais tarde reunidas em bares, cafés, cinemas, teatros, óperas, livrarias e cabarés. a indústria do entretenimento prosperou em
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mundo onde a palavra de ordem era diversão. neste cenário surgiu a art nouveau movimento artístico que rompeu com a estética clássica influenciou fortemente a arquitetura, o design de moveis, joias e etc. Porém, assim como não existe mal eterno, também não há bem que dure para a tensão entre os países europeus aumentava a medida que tentavam por em prática os seus projetos expansionistas. inglaterra, alemanha, França, itália, império austro-Húngaro e império otomano reinvidicavam para si um pedaço da frica e sia para suprir de matérias primas as suas fábricas. o resultado foi a eclosão da primeira guerra mundial em 1914, que durou até 1918 com total de mais de 11 milhões de mortos, e colocou um fim ao espírito otimista da Belle Époque. na rússia, em 1917 a união de estudantes, operários e trabalhadores rurais deflagra uma revolução que desmancha o sistema Czarista e impõe o regime soviético baseado nos ideais marxistas sob o comando de Lênin. o objetivo dos revolucionários era modernizar o país, acabar o feudalismo ainda vigente no país, criar uma constituição, leis, e uma sociedade mais justa.
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o Mundo que recebeu Edgar Morin após a primeira guerra mundial os países europeus vencedores passaram por uma breve crise e depois viram as suas economias crescer fortemente. nos EUa surgiu o american Way of Life estilo de vida baseado no consumismo exagerado. a década de 20 foi marcada pelo feminismo, as mulheres começaram a exigir direito de voto, a se libertar do espartilho, andar com as pernas descobertas e adotar um estilo de roupa e cabelo mais próximo ao usado pelos homens. Um dos grandes símbolos deste movimento foi a estilista Coco Chanell que criadora do Tayer e que revolucionou o modos das mulheres se vestirem.
Coco Chanell
Já na alemanha a humilhação imposta pelos vencedores da primeira guerra, e a superinflação que comia o salário das famílias fez crescer o sentimento de que era necessário um
governo forte capaz de “salvar” os alemães daquela situação. o resultado foi o surgimento do partido nazista nas cervejarias Baviera com uma proposta totalitária governo baseado na ideia de um partido único. Este modelo, em alta diversos países do mundo na época, pregava a união entre as classes sociais e fim das liberdades individuais em nome da proteção da nação contra as “ameaças externas”. neste contexto nascer Edgar Morin em 8 de Julho de 1921, em Paris. Filho de um modesto comerciante espanhol de origem judia. Quando Morin tinha apenas 9 anos, ele perde a sua mãe vítima de uma lesão no coração. a dor da perda precoce da mãe teve grande influência em toda a sua obra ao longo de sua vida. a partir de então o seu pai passou a super protegê-lo, porém, não a censurá-lo. nuvens Escuras a Vista na economia, a década de 20 poderia bem ser comparada a voo de galinha, que começa com um salto mas, logo despenca. o grande crescimento econômico do pós-guerra terminou na grande depressão em 29. os Estados Unidos haviam aumentado muito a sua produção industrial para suprir a demanda dos aliados europeus que estavam destruídos depois da guerra. Porém com
a rápida recuperação da inglaterra e França, estes passaram de compradores a concorrentes comerciais. Então os produtos americanos passaram a encalhar nos estoque e seus preços despencaram. Sem vender, muitas empresas quebraram e consequentemente gerou um desemprego em massa. Estava feita a crise, que logo se espalhou por todo o mundo ocidental.
azaña e o general Francisco Franco que liderava a Falange. o apoio militar de Hitler foi crucial para a vitória dos Falangistas. o resultado foi mais de um milhão de mortes de ambos os lados e a ditadura do general Franco, que permaneceu no poder 35 anos até a sua morte em 1975. além do mais, a guerra civil espanhola foi um laboratório de testes para Hitler testar as armas que viriam a ser usadas na Segunda guerra Mundial, poucos anos depois. a Maior guerra da História
adolf Hitler e Benito Mussolini
na Europa a crise serviu de combustível para os partidos com propostas totalitárias. Em 1934, Hitler se tornou chanceler da alemanha, na itália Mussolini que havia chego ao poder em 1922, na década de 30 ganhou força e começou o seu projeto expansionista ao invadir a Etiópia. Em 1936, na Espanha irrompe uma guerra civil que duraria três anos opondo o Exército Popular da república liderado por Manuel
durante a maior parte da década de 30, a inglaterra e a França mesmo que indigestamente toleraram os caprichos totalitários expansionistas de Hitler, aceitaram as anexações de regiões de língua alemã, como a ustria os Sudetos, as interferências na guerra Cívil espanhola e o ódio pregado em seus comícios contra Judeus, Ciganos e todos que não pertencessem a raça ariana. Porém, a França que já havia se aliado militarmente com a inglaterra e decidiu não aceitar a invasão alemã a Polônia em 1 de setembro de 1939. dois dias após a invasão a França declara guerra a alemanha iniciando a segunda guerra mundial. o conflito du-
raria seis anos até a capitulação japonesa em 1945, envolveria a maior parte dos países do mundo e terminaria com 70 milhões de mortos. a segunda guerra mundial pode ser divida em dois principais momentos: a expansão alemã, com as Blitz Krieg, ou guerra relâmpago e após o dia d com o avanço dos aliados até a tomada de Berlim pelos soviéticos. no primeiro momento Hitler foi derrubando um a um os governos de vários países europeus como ustria, Tchecoslováquia, Bélgica, Holanda, Polônia e França. Em 10 de maio de 1940, os alemães ocupam Paris sem encontrar resistência após o abandono do governo francês, que se refugiara em Bordéus. acuado, o primeiro ministro Frances reynaud renúncia e entrega o cargo ao Marechal Philip Pétain, que ordena a assinatura da rendição francesa. após a ocupação, a França é dilacerada em três partes, ao norte sob a ocupação direta do exército alemão, ao sul com a capital em Vichy sob o governo colaboracionista de Pétain, e a França Livre sediada em um escritório em Londres e incorporava os territórios Franceses fora da Europa, como a guiana Francesa, as ilhas do
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Pacífico e as Colônias africanas chefiadas pelo general Charles de gaulle. ao contrário da rendição oficial da França por parte do governo, muitos Franceses não aceitaram a ocupação nazista, e formaram grupos de resistência que ficaram conhecidos como resistência Francesa. ao norte, sob a ocupação direta dos militares os Partisans, como eram chamados os seus membros, se dedicaram a guerrilha paramilitar já ao sul sob o governo Francês de Vichy a resistência foi no âmbito da propaganda anti nazista e anti colaboracionismo. Em 1941, com 20 anos de idade, Edgar Morin filiou-se ao partido comunista e durante a segunda guerra participou da resistência Francesa. a sorte de Hitler começa a mudar com a invasão a União Soviética em julho de 1942. o
que era para ser mais uma Blitz Krieg resultou em uma sangrenta e desrespeitosa batalha em Stalingrado. a vitória em Soviética em 2 de janeiro de 1943, se tornou o ponto de virada a favor dos aliados na guerra. desde então os alemães não conseguiram mais fazer grandes avanços. após o desembarque das tropas aliadas na normandia em 6 de junho de 1944, o nazistas começaram a perder terreno sistematicamente até a tomada de Berlim pelo exército soviético em 25 de abril de 1945. o que marcou o fim de guerra em território europeu. Porém, no pacífico a guerra continuou por mais alguns meses, o Japão resistia e seus pilotos se lançavam em ataques suicidas contra porta aviões americanos. até que em 6 de agosto de 1945, o avião Enola gay
lança um bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima (1) e três dias depois outra sobre nagasaki, os ataques mataram mais de 200 mil pessoas, e selaram o fim definitivo da segunda guerra mundial. Um Mundo Para se refazer Com a segunda guerra a humanidade havia conhecido horrores jamais vis tos antes em um confronto. Já não bastava mais enfrentar, matar e se apossar dos espólios do inimigo. nesta guerra se usou os melhores cientistas da época para desenvolverem tanques de guerra, aviões militares, mísseis, se mandou famílias inteiras para servirem de cobaias cientificas e morrer em campos de concentração, se aniquilou duas cidades inteiras usando uma
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Berlim destruída após a Segunda guerra Mundial
Elvis Preslay ícone da década de 50
arma apocalíptica e se usou todo o poder da propaganda para justificar esse tipo de ação. Enquanto membro do partido comunista, Edgar Morin não se limitava a aceitar o Marxismo como única via de organização da sociedade, pois o achava incompleto, e incapaz de explicar completamente o século XX, então buscava entender o mundo através do estudos da História, geografia, Filosofia, direito e Ciências Políticas. Tanto que 10 anos após a sua filiação, ele resolve se desfiliar por discordar do modelo totalizante Stalinista. de guerras para revoluções Se a primeira metade do século XX ficou conhecido por suas guerras, a segunda metade passou a ficar conhecida por suas revoluções a partir da década de 50. Em 1959, em cuba dois jovens idealistas Fidel Castro e Che guevara tiram do poder o ditador aliados dos Estados Unidos Fulgência Batista e implantam o modelo comunista pró-soviético na ilha. na música surge um movimento de origem negra e que conquista espaço entre os jovens brancos dos Estados Unidos, era o rock and roll de Elvis Presley (2). Este estilo musical foi uma ruptura com os modelos musicais anteriores,
sobretudo por ser feito por e para jovens e ter uma sensualidade incomum para a época. depois da segunda guerra o mundo ficou divido entre duas potências, os Estado Unidos Capitalista e a União Soviética Socialista. o espírito desta disputa, que veio ser chamada de guerra Fria era o temor de uma terceira guerra mundial entre duas potências nucleares. Se no plano global ela nunca se concretizou, localmente ambos os lados apoiaram diversas guerras principalmente no sudeste asiático como a guerra da Coréia e do Vietnã. assim como quase chegou-se as vias de fato após o episódio da instalação dos Mísseis Soviéticos em Cuba.
guerra fria, entre a ciência que fábrica a bomba atômica e ética que estuda se é correto usá-la. Para Morin, nem o Capitalismo, nazismo, Feminismo ou Ciência é capaz de compreender a totalidade do ser humano.
referências Bibliográficas Morin, Edgar. Ciência com consciência. 7. ed. rev. e modif. rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. SanTana, ana Lucia. infoescola. Belle Époque.2009 http://www.infoescola.com/ar tes/ belle-epoque/ acesso em: 22/10 /12 gLUFKE, Carlos Eduardo Cossettin. a década de 20. 2012. apresentação de slides disponível em:
Um Mundo Complexo
http://www.slideshare.net/khaba/dcada-de-20 acesso em: 22/10 /12
Edgar Morin começou a escrever sobre a Teoria da Complexidade na década de 70, porém, suas teorias são uma grande crítica a todo pensamento simplista desde descartes. Para Morin não é correto dividir para se conhecer, pois o conhecimento está interligado. a divisão foi grande parte da história do século XX. divisão entre ambos os lados da primeira e segunda guerra, entre capitalismo e comunismo na
Biografia de Filósofos. Edgar Morin http://www.filosofia.com.br/bio_popup. php?id=67 acesso em: 22/10 /12 BrEnEr, Jayme. 1929: a crise que mudou o mundo. 1ªed. São Paulo: tica, Coleção retrospectiva do Século XX, 1996.
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isis karoline
a Teoria da Complexidade parte do pressuposto de que o novo paradigma é o resultado da crítica ao pensamento cientifico orientado pelo método cartesiano, parte-se dessa critica para apresentar o pensamento complexo.
Concebida como um acrítica radical ao saber fragmentado, herança no modelo cartesiano e mecanicista de descartes, a Teoria da Complexidade pode ser entendida partir de diferentes aspectos que compõem essa crítica. Essa reflexão para Edgar Morin, sobre a natureza do conhecimento assegura as condições para o novo paradigma. Para Morin, a palavra “complexidade” é uma palavra problema e não uma palavra solução.
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nos últimos três séculos, todo conhecimento adquirido foi sustentado pela física mecanicista, parte do modelo cartesiano, propondo a separação do sujeito pensante e a coisa pensada, promovendo consequentemente a separação entre Filosofia e Ciência. Morim, sustenta sua crítica nos desvios dos passos do modelo cartesiano afirmando a disjunção dissocia e separa o que, sem dúvida, deve ser distinguido o oposto, mas é também inseparável e complementar: a ordem e a desordem, o determinismo
e a liberdade, a repetição e a inovação, o mito e a realidade social, a unidade e o conflito, a harmonia e a discórdia, a autonomia e a dependência, o objeto e o sujeito, a comunidade e a sociedade, a sociedade e o individuo. o principio da redução no modelo cartesiano afirmava que o conhecimento permitiria conhecer os conjuntos das quais elas são componentes. assim o todo se aprenderia apartir da compreensão das partes. Esse principio resulta na analise do complexo ao simples, aonde Morin, chama de reducionismo. Entender de fato que para se entender o todo, não pode ser excluída nenhuma das partes, todas as partes se completam e entender de fato que o completo não pode ser compreendido através da simplicidade, porque o universo é complexo e jamais será possível compreende-lo como um todo, mas será compreendido através da reflexão do pensamento complexo. a crítica de Morin em relação ao modelo cartesiano, baseou-se nos princípios da racionalidade e de sua inadequação para que a ciência possa compreender o mundo, a sociedade e a vida humana. Portanto afirma que a vida é multidimensional, e a realidade pen-
sada é a a própria complexidade. Para Morin, sua crítica se baseia no fato de que a complexidade não pode ser confundida com o pensamento do contexto. não se trata de situar um fato, fenômeno, um processo no contexto, trata-se de buscar conexões, relações, contradições que formam o social.
“o complexo requer um pensamento que capte as relações, as interrelações, e implicações mútuas, os fenômenos multidimensionais, as realidades que são simultaneamente solidárias e conflitivas..., um pensamento organizador que conceba a relação reciproca de todas as partes” Edgar Morin
“Complexus significa o que foi tecido junto; de fato, há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo..., Por isso, a complexidade é a união entre a unidade e a multiplicidade” . Morin (2003:38)
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Compreendemos o paradigma e a contextualização da época em que se constrói o pensamento de Edgar Morin, mas quais seriam os principais aspectos do pensamento complexo? Edgar Morin nos convida a uma transformação em nossa mente, ampliando assim o campo de visão com relação ao que entendemos como convicção cientifica, ou ainda como a grande razão do conhecimento científico e sua maneira de dialogar com o real. destruindo todo pensamento racional cartesiano, que ao longo de da história foi esculpido como verdade única para se chegar ao conhecimento, podemos então imergir em um campo mais aberto desta compreensão e que são dotadas de alguns aspectos. Edgar Morin
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Segundo Morin racionalização do pensamento, consiste em querer encerrar a realidade a um sistema coerente. E tudo o que, na realidade, contradiz este sistema coerente é desviado, esquecido, posto de lado, visto como uma ilusão ou aparência (Morin , p.102) . Para isso, ele identifica alguns aspectos ou princípios que são necessários para a compreensão do pensamento complexo. São eles o dialógico, recursão organizacional e a Hologramática . o dialógico consiste em buscar o envolvimento daquilo que foi separado pelo pensamento cartesiano. Voltar a fazer parte da compreensão, ou seja como a razão e a arte, o sensível e o inteligível, o real e o imaginário. a ordem e a desordem são dois inimigos: um suprime o outro mas ao mesmo tempo em certos casos , colaboram e produzem organizações e complexidades... associa dois termos ao mesmo tempo complementares e antagônicos ( Morin, p.107). neste caso é dizer que para tratar o homem, se faz necessário a medicina estuda-lo como um todo e não como partes isoladas, não apenas o seu aspecto material, físico palpável pelo racional, mas sim os meios em que este esta inserido, incluindo o emocional e as suas interações com o organismo como causa. Ele busca um resgate, e mais a junção para haver assim uma compreensão de mundo que interaja com o complexo, que agora se apresenta simplificado.
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a recursão organizacional, é a demonstração que toda causa tem um efeito que por si só também gera a causa. a exemplo, inserimos o homem como produto da espécie humana. Somos uma vez produzidos, porem nos tornamos produtores de novos produtos que se sucederão ciclicamente. desta forma a ideia recursiva parte da ruptura do pensamento linear de causa e efeito, onde tudo que foi produzido volta sobre o produtor em um ciclo autoconstrutivo e autoprodutor.
assim como a dialógica busca fundir o que estava separado e a recursiva busca um pensamento cíclico de ação do produto sobre o produtor, a hologramática faz que que enxerguemos o todo e a parte, e não apenas um ou outro. Como disse Pascal “ não posso conceber o todo sem as partes e não posso conceber as partes sem conceber o todo”( Morin, p.109). dentro deste cenário dizemos que a ideia hologramática esta ligada a recursiva que esta ligada a dialógica. È preciso sim separar a ciência e estuda-la mas não é possível esquecer que ela é apenas parte fragmentada de um todo, denominado complexo, e que por esta separação não podemos torna-la simplificada por meio da mera decomposição cartesiana. dentre estes aspectos ou princípios concluímos que para Morin é necessário sim o estudo das partes, mas somente com a compreensão de totalidade consciência da causa sobre o e feito e causa é que serão alcançados resultados mais satisfatórios na compreensão do real. real este que engloba os aspectos social, cultural, politico e filosófico. assim, para se conhecer e se transformar, o ser humano depende da variedade de condições que a realidade lhe oferece e do estoque de idéias existentes para que faça, de maneira autônoma, as suas escolhas. ESTrada, a. alvares, Fundamentos d a teoria da complexidade de Edgard norim, akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 2, p. 85-90, abr./jun. 2009 Morin, Edgar. introdução ao pensamentocomplexo. 3. ed.Trad. Eliane Lisboa. Porto alegre:Sulina, 2007,
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Para alguns fenômenos da natureza a ciência explica, mas, ainda é preciso esclarecimentos de muitos fenômenos, sejam eles naturais ou da medicina e etc. Colocando a ciência em um novo paradigma, com o intuito de desafiar fenômenos complexos, a teoria da complexidade, pretende gerar fatores importantes, onde a linha para se entender esses fenômenos, fiquem mais claras. Para isso, cria-se um elo entre as ciências, gerando conflitos com o modelo epistemológico, marcada pela teoria de godel. Uma parte da complexidade, buscando as diversidades naturais e outra, busca crer na teoria científica. a teoria da complexidade, tem a ideia de ligação das ciências e nelas existir a divisão de problemas ou causas relacionadas. Por um outro lado, a teoria procura aplicar a conjunção entre as ciências, pelo modelo epistemológico tradicional, aplicando nos objetos das ciências. Um dos argumentos da teoria da complexidade, que Morin propõe, é a complexidade do real como um limite à visão simplificadora e abstrata da matéria como extensão. os fenô-
menos complexos, colocam um fim no que se diz de moderno e, principalmente o que se coloca como cartesiano e, da ciência ser capaz de determinar um objeto. Para Morin, a complexidade não está à margem do fenômeno real. Ela é o seu princípio mesmo. o fundamento físico daquilo que nós chamamos realidade não é simples, mas complexo. a teoria da complexidade critica a matemática e da mesma forma, o método cartesiano, que explica desde os fenômenos físicos, aos fenômenos orgânicos. assim, dentro da lei da termodinâmica, a biologia, não entraria no paradigma cartesiano da ciência. Com a passagem do inorgânico para o orgânico, surgindo um pensamento complexo. o qual acaba explicando, mas sem deixar a ciência de lado, mas, fazendo a passagem do inorgânico para o orgânico, um estudo entre a biologia e a física. o paradigma cartesiano, que restringe a análise real com variações, deveria ser substituida para Morin, por não ter exatamente a compreensão da complexidade do real, em cima da
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passagem do físico para o orgânico. Morin, se distancia da ontologia, avançando da teoria da modernidade, a remergência dos seres. Essa, realizada com a eliminação do entendimento da realidade, entre qualidade e quantidade, dentro do paradigma cartesiano, sendo uma teoria da complexidade, entre a lei da ordem ( vida/qualidade ) e a lei da desordem ( lei da entropia / física /quantidade ). a ciência é um sistema ambíguo, as considerações de Morin imprimem uma inexorabilidade da construção de uma ciência da complexidade e, ainda mais radicalmente, uma epistemologia da complexidade, tomada como o único e último subterfúgio para se evadir dos limites do projeto e pensamento modernos. Em razão desse novo paradigma da complexidade poder-se-ia fabricar uma explicação qualitativa do real, a despeito da racionalização fria cartesiana, ancorada em três princípios: recursividade, hologromático e dialógico. a teoria da complexidade, com grande parte de influência da biologia, que para Morin, as células são mecanismos que portam todas as informações relevantes do organismos vivos e a compreensão daquilo que é vivo É preciso entender como as ciências se comunicam e trocam informações entre seus fenômenos, as células são mecanismos que portam todas as informações, – uma epistemologia não menos complexa que comporte os princípios da teoria da complexidade.
Morin,explica: Toda introdução da contradição e da incerteza pode transforma-se em ganho de complexidade; é nesse sentido que a limitação trazida pela física quântica ao conhecimento determinista/mecanicista se transforma em ampliação complexificadora do conhecimento e adquire um sentido plenamente epsitemológico (Morin, 1998, p.236-237). Para Morin, o próprio natural e o seu espelho, a ciência. Só uma epistemologia da complexidade poderia reconduzir as ciências para um fundamento, ainda que esse fundamento não seja a assimilação de um modelo de explicação absoluta e unificadora, mas uma fonte inesgotável de incerteza. Morin, Edgar. Ciência com consciência. 7. ed. rev. e modif. rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. Morin, Edgar. introdução ao pensamento complexo. 4ª edição. Teoria da Complexidade http://www.parasaber.com.br/grupos/teoria-da-complexidade acesso em: 22/10/2012
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