AINDA UM NICHO
3,5 milhões
de e-books foram vendidos no Brasil em 2015, gerando aproximadamente R$ 30 milhões em receitas. Os livros eletrônicos ainda representam apenas 4% do mercado FONTES: FIPE E E-BOOK GLOBAL REPORT
NOVOS NEGÓCIOS
LITERATURA
LIVROS EM FORMA DE APP A StoryMax conquista leitores, empresas e até o Google com seus livros interativos para crianças
Igor dos Santos
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pequenas empresas & grandes negócios
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Como tornar os livros infantis mais atraentes na era dos joguinhos online? Foi com essa premissa que o casal Samira Almeida, 34 anos, e Fernando Tanci, 36, criou em 2012 a paulista StoryMax, desenvolvedora de app books (livros digitais para celular e tablet). As primeiras obras publicadas foram adaptações de autores consagrados e incluem animações e sons. O negócio já recebeu dois prêmios relevantes. O primeiro foi o ComKids Prix Jeunesse, em 2013, dedicado a produção audiovisual na América Latina, para a obra Frank for Kids (atualmente com mais de 11 mil downloads pagos). O segundo foi o Jabuti 2015 na categoria Infantil Digital para o livro Via Láctea, de JANEIRO, 2017
Olavo Bilac. “Os prêmios nos aproximou de muita gente da indústria”, diz Samira. O modelo de negócios se baseia na venda de livros via Google Play e App Store e, mais recentemente, na cocriação de livros com empresas. A última obra, FrrittFlacc, de Júlio Verne, é uma parceria com a multinacional Novozymes e o Sesi-PR. Em dois meses, ela já foi baixada mais de 6 mil vezes. Cerca de 60% do faturamento vem dessas parcerias (a empresa não revela o valor). Atualmente, a StoryMax está hospedada no Google Campus São Paulo. Para ganhar escala, em breve os app books devem ganhar traduções para outros idiomas. “Queremos chegar a 1 milhão de leitores até 2020”, diz Samira. FOTO: ANNA CAROLINA NEGRI/Editora Globo