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As tendências em negócios sociais para ficar de olho em 2016
Os negócios sociais têm ganhado mais destaque ao trazer soluções criativas para os grandes problemas do mundo moderno. Investir em uma empresa que busca, ao mesmo tempo, melhorar a comunidade onde está envolvida e ser rentável exige conhecer boas práticas de gestão, vendas, marketing e processos de inovação. saiba mais Saiba tudo sobre o The Venture A aposta em iniciativas sociais é um desafio para novos empreendedores com anseio por conhecimento e satisfação na carreira, como os millenials, acostumados com a transformação do comportamento das pessoas e das tecnologias. Veja as tendências no empreendedorismo social para os próximos anos: Mais oportunidades à vista para empreender Mais de um bilhão de pessoas vive abaixo da linha de pobreza hoje no mundo, segundo dados do Banco Mundial. Elas não têm acesso a serviços essenciais como água potável, saneamento
básico e moradia. Apesar dos significativos avanços nos últimos anos, o Brasil precisa melhorar muito na questão social. Uma parcela da população brasileira, por exemplo, não conta com serviços de educação de qualidade e apenas 25% possui plano de saúde. À primeira vista, esse cenário pode ser bem desanimador. Porém, é exatamente nesse contexto que negócios com objetivo social ganham força e se fazem necessários. Para Mauricio de Almeida Prado, da consultoria Plano CDE, há um motivo pelo qual esse tipo de empreendedorismo ajuda a erradicar as desigualdades. “Os negócios sociais utilizam as boas técnicas do mundo corporativo e o espírito humanitário, com uma boa intenção e foco muito claro.”, diz ele. Mais investimentos disponíveis para iniciativas sociais Um estudo do Monitor Institute diz que, de 2012 até o início da próxima década, mais de 500 bilhões de dólares serão investidos em negócios sociais de todas as partes do mundo. A expectativa é o aporte de dinheiro em empreendimentos deste cresçam ano a ano. “No futuro, não vai haver uma distinção entre negócios sociais e negócios tradicionais," afirma Prado. “A maioria das empresas estarão envolvidas em alguma causa". Mais jovens adultos se tornarão empreendendores É notável o interesse dos jovens adultos em abrir suas próprias empresas. A última edição do estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostra que 41% dos jovens da América Latina pretendem empreender num futuro próximo. No empreendedorismo social, é possível observar o mesmo. Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) revelou que 55% dos millennials, os nascidos entre o início da década de 1980 e o meio da década de 1990, têm o desejo de ajudar outras pessoas a melhorar a qualidade de vida delas. Isso significa que haverá mais pessoas com ideias inovadoras para o bem-estar de todos e também mais recursos para transformá-las em realidade. Setores como educação e saúde deverão ter mais iniciativas Segundo uma pesquisa realizada pela Plano CDE em 2011, as principais áreas de atuação dos negócios sociais no Brasil são serviços financeiros (44%), seguidos por saúde e educação (10% cada). Os setores de alimentação, moradia e energia não são muito explorados pelas empresas sociais brasileiras. Cada um é foco de apenas 6% dos empreendimentos sociais pesquisados. De lá pra cá, o setor da educação foi contemplado com diversas iniciativas sociais. O estudo "Oportunidades em educação para negócios voltados à população de baixa renda no Brasil”, realizado pelo Instituto Inspirare e pela Potencia Ventures, mostra que os negócios sociais
voltados a educação devem movimentar R$ 60 bilhões nos próximos anos. As empresas i9access e Epitrack são bons exemplos de negócios sociais que estão surgindo na área da saúde. A primeira fornece uma plataforma de telemedicina que aproxima profissionais de saúde e pacientes. Com o software, os médicos não precisam estar no mesmo local que seus pacientes para realizar uma série de serviços. Já a Epitrack cria plataformas digitais para detecção de doenças por meio de crowdsourcing — método de coleta de dados em que os próprios usuários da plataforma enviam informações. As duas empresas foram finalistas da etapa nacional do The Venture, projeto da marca de uísque Chivas Regal que fornece um fundo de US$ 1 milhão a iniciativas sociais pelo mundo. Outros dois negócios sociais também chegaram até o fim da disputa: a Colab, uma rede social colaborativa para fiscalizar, propor melhorias e avaliar governos, e a Sayyou, responsável por uma tecnologia alternativa ao uso de agrotóxicos que não causa danos à saúde e ao meio ambiente. Conheça mais sobre os finalistas do The Venture. O negócio social vencedor da etapa brasileira do The Venture será anunciado nesta quinta-feira (17), em evento em São Paulo. Conheça o vencedor e acompanhe detalhes sobre a etapa global, com início no ano que vem e que destinará até US$ 1 milhão de fundo para os vencedores em www.theventure.com .