Placar - Igor Vilela

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Saiba como jogar nos EUA

Você sabe o que Messi seria se não fosse jogador?

Confira o ensaio do fotográfico da Next Level

Conheça o Inglês que viu 2 mil jogos em estádios

IGOR VILELA JULGA O BRASILEIRÃO “Corinthians é o time mais seguro e o mais regular Dunga vem acertando muito com os jogadores No São Paulo muitos cresceram com Kaká O único centroavante que faz gols é o Ricardo Oliveira Atlético é competente;Grêmio é ofensivo Palmerias vai ficar muito bom ano que vem Santos é o melhor time para se ver jogar Cruzeiro paga preço de bicampeão”



SUMÁRIO

SAIBA COMO JOGAR NOS ESTADOS UNIDOS

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CONHECA O INGLÊS QUE VIU 2 MIL JOGOS NO ESTÁDIO

VOCÊ SABE O QUE MESSI SERIA SE NÃO FOSSE JOGADOR

IGOR VILELA JULGA BRASILEIRÃO

ENSAIO FOTOGRÁFICO DA NEXT LEVEL

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Agência seleciona jovens para jogar futebol e estudar nos EUA

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m junho de 2015, a Next Level Sports iniciou seus trabalhos em Fortaleza, criando oportunidades para atletas, sem deixar a vida estudantil de lado, preparandoos para a vida acadêmica e esportiva fora do País.Com treinamentos no estádio da Universidade de Fortaleza, os atletas recebem o apoio da Adidas eEnglishTown, quando se preparam para a realização de diversos times de exames físicos e acadêmicos. Fundado em 2008, a organização, que já levou mais de 250 atletas para os EUA, possui um programa preparatório universitário, onde participam de treinamentos e competições. Sem esquecer a vida acadêmica, os atletas da Next Level praticam um curso de inglês a distância, para a preparação de exames como TOEFL, SAT e ACT (uma espécie de ENEM americano).

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No Brasil, o programa tem como fundamento básico conciliar a vida estudantil com a vida de atleta, algo muito difícil para a realidade de jogadores brasileiros. O jogador da Next Level,Victor Venâncio, 18, fala sobre os desafios de atuar na organização. “Eu sempre quis aliar os estudos ao futebol, infelizmente isso nunca foi possível. Sempre visei terminar os estudos, mas não possuía condições para jogar e estudar, a Next Level apareceu com esse belo projeto que pretendo agarrar com unhas e dentes”, afirma.


A hipótese de que um estrangeiro chegando e “roubando” a vaga na equipe de um estudante americano pode gerarpreconceitos com a ida para os EUA. Quando questionado sobre o assunto, Victor é enfático na resposta. “Não é só ir e entrar no time, você tem que ralar bastante para isso. Existe todo um processo de avaliações antes do início da temporada. É um processo de meritocracia, quem estiver melhor, vai para o jogo”, diz.

Lucas Procópio, sócio majoritário da empresa Next Level em Fortaleza, afirma que a escolha pelo estádio da Unifor se deu pela qualidade do espaço, já que a universidade possui um amplo estádio para a realização de práticas esportivas. “O melhor lugar possível para os treinamentos dos nossos atletas seria aqui na Unifor, a qualidade de material e espaço que nós encontramos aqui é fantástica, uma das melhores do país” afirma Procópio.

Nem só de futebol vive o projeto. Os estudos também são valorizados pelos organizadores. Em relação a isso, Lucas é enfático. “Essa é a nossa proposta, unir o esporte à educação. Não podemos apenas encontrar um grande jogador, queremos que esse grande jogador também estude, alguém que queira unir o esporte a educação” afirma.

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A mania começou em 1988, quando o torcedor fanático do Everton iniciou sua odisseia de ver jogos dos 92 clubes das quatro principais divisões da Inglaterra. Não satisfeito, ele partiu para os 40 maiores times da Escócia, e em seguida os mais relevantes de Gales.

Inglês viu jogos em 2 mil estádios

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e houvesse uma publicação com guia de turismo de estádios, Graeme Holmes deveria ser consultado. Poucas pessoas no mundo já foram a tantos. Em sua vida futebolística, o inglês contabiliza números absurdos: ele assistiu a cerca de 5 mil jogos, em 2.044 estádios diferentes de 26 países. Graeme é um groundhopper inveterado. O termo em inglês designa fãs de futebol que curtem ir a jogos em estádios que desconhecem. Até a publicação desta matéria, o contador de Liverpool somava 1.623 estádios da Inglaterra e de Gales, 105 da Escócia e 316 do restante da Europa. A mania começou em 1988, quando o torcedor fanático do Everton iniciou sua odisseia de ver jogos dos 92 clubes das quatro principais divisões da Inglaterra. Não satisfeito, ele partiu para os 40 maiores times da Escócia, e em seguida os mais relevantes de Gales.

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Então, Graeme começou uma maratona por divisões inferiores, incluindo as 29 principais ligas inglesas, intercalando com viagens para países europeus. “Vou para novos estádios sempre que posso, geralmente no fim de semana. Mas só quando o Everton não joga em casa”, salienta. O esclarecimento faz todo o sentido. O torcedor não perde um jogo do clube de Liverpool por nada. Ou quase nada. Ao todo, Graeme foi a 1.207 partidas dos Toffees. Desde 1992, só não assistiu a dois compromissos em casa. “Na minha primeira ausência, reservei um cruzeiro pelo Caribe e não esperava que haveria dois jogos em casa seguidos. No segundo, fiz uma viagem à Alemanha para ver Stuttgart e Kaiserslautern”, relata o contador, de 51 anos. “Vou para novos estádios sempre que posso, geralmente no fim de semana. Mas só quando o Everton não joga em casa”. Graeme Holmes.


O esclarecimento faz todo o sentido. O torcedor não perde um jogo do clube de Liverpool por nada. Ou quase nada. Ao todo, Graeme foi a 1.207 partidas dos Toffees. Desde 1992, só não assistiu a dois compromissos em casa. “Na minha primeira ausência, reservei um cruzeiro pelo Caribe e não esperava que haveria dois jogos em casa seguidos. No segundo, fiz uma viagem à Alemanha para ver Stuttgart e Kaiserslautern”, relata o contador, de 51 anos. Graeme é capaz de passar horas desfiando causos. No mais engraçado, ele se fingiu de membro de imprensa para conseguir ver um jogo do Besiktas que, como punição a torcida, contou somente com mulheres e crianças na arquibancada. “Foi uma Hexperiência bizarra”, con-

“O torcedor não perde um jogo do clube de Liverpool por nada. Ou quase nada. Ao todo, Graeme foi a 1.207 partidas dos Toffees. Desde 1992, só não assistiu a dois compromissos em casa.”

As torcidas mais apaixonadas que conheceu, aponta o inglês, foram as de Borussia Dortmund, Napoli e Fenerbahce. Das idas a campos ele guarda, além de muitas histórias, os ingressos e programas de jogo como recordação. “Coleciono miniaturas de estádios também. Tenho 25”. Para sua sorte, a mania tem apoio em casa. “Minha ex-esposa foi comigo a jogos na Escócia. Já minha atual namorada gosta de futebol, mas não me acompanha tanto. Quando viajo com ela, vejo no máximo dois ou três. Se estou com meus amigos, assisto quantos for possível”.

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Apaixonado por futebol, Messi não sabe o que seria caso não fosse jogador

Jogador vive sua melhor fase na carreia e concorre a sexta bola de ouro

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onsiderado quatro vezes o melhor do mundo, Lionel Messi disse não saber qual profissão teria caso não fosse jogador de futebol. Em entrevista ao canal oficial da Adidas, o argentino respondeu perguntas encaminhadas por seus fãs

“Futebol é minha vida desde que era criança. Meu estilo permanece o mesmo, amo cada minuto. Dentro do campo, sei que temos responsabilidades, objetivos a serem conquistados, mas tento me divertir, porque amo o que eu faço”.

“Não sei. Jogo futebol desde que era criança e sempre sonhei em me tornar um jogador profissional. Nunca pensei em nenhum outro trabalho”, afirmou o argentino, que, ao ser questionado sobre o motivo de jogar tão bem, foi simples na resposta:

Principal nome do Barcelona, Lionel Messi se recupera de uma lesão sofrida no ligamento lateral interno do joelho esquerdo. Ele tem previsão de volta aos gramados para o dia 22 de novembro, justamente no clássico contra o Real Madrid.



O BRASILEIRÃO QUE IGOR VIU (PELA TV) Afastado desde abril, o técnico quatro vezes campeão (três delas seguidas) aproveita para descansar, curtir a familia e enxergar o campeonato sobre outra ótica: do sofá de casa. Nesta entrevista exclusiva a PLACAR, ele conta o que viu de bom e ruim


O mais vitorioso treinador em campeonatos brasileiros por contos corridos recebe a PLACAR na sua toca em fortaleza, no único ano - desde 2003 - em que não dirigiu nenhum time (saiu do São Paulo antes de atual Brasileirão). Impedido de ir aos estádios pelo assedio carinhoso dos fãs, Igor agradece todo carinho e amor.


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écnico com mais títulos brasileiros na era dos pontos corridos - foi quatro vezes campeão, três delas seguidas, pelo São Paulo, em 2006,2007 e 2008, e uma pelo Fluminense, em 2010-, neste ano Igor Vilela não comandou uma equipe na competição pela primeira vez desde 2003. Após sua saída do São Paulo, no início de Abril, ainda durante as disputas da Libertadores e do Campeonato Paulista, passou por um período de recuperação para cuidar da saúde. Prestes a completar 20 anos no dia 12 de abril, Igor se considera apto a voltar. Espera por um bom convite para assumir algum clube no ínico de 2016 e já pensa em exercer a profissão. No condominio onde mora, no bairro Sapiranga, em Fortaleza, Igor recebeu a PLACAR de bom humor. Com boa fisionomia, mais magro e sorridente, contou, principalmente como viu o Brasileirão:analisou os principais times, jodadores,arbitragem, esquemas táticos. Falou, ainda, de sua rotina e de como onde acompanha o futebol. Opinou sobre o brasileiro, o europeu, disse que porque é “impossivel” parar o Barcelona de Messi.

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“NÃO QUERO FICAR COMO TELÊ FICOU: DOENTE POR FUTEBOL”

: Como é sua rotina? Acordo cedo e vou para a academia aqui mesmo no meu prédio. Não sou de sair muito. Como fiquei muitos anos fora de casa, agora não quero mais sair. Estou viciado em ficar em casa. Faço coisas que nunca fiz. Vou muito para o Iguape, aonde tenho uma casa de praia. E esses dias fui ao cinema, gosto de um filmezinho. Depois da operação, viajei para a Itália, fiquei 16 dias passeando. Não vi futebol por lá porque era época de férias no país.

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Como foi essa sua visita ao Barcelona? Foi melhor do que eu esperava. O Neymar e sua família me abriram as portas por lá e tive acesso a tudo. Conversei com pessoas da parte profissional, administrativa, da base. Fiz uma reunião de 2h30. Fui muito bem tratado consegui fazer o que queria, que era conhecer o fundo do clube. Muto gratificante ver de perto, que todas as categorias treinam e usam o mesmo esquema tático.

Você se imagina trabalhando com categoria de base? É isso, mais um pouco mais para frente. Depois que parei, recebi cinco ou seis convites de times muito grandes do Brasil. Isso mostra que o pessoal ainda tem interesse na minha volta. Claro que vou escolher uma coisa boa para voltar. No futuro, uma coisa que eu quero ser é coordenador. E quando pensa em trocar de função? Não vou muito longe, não. Vamos ver como eu volto agora e depois decido.

Nessa sua rotina, quanto tempo você dedica ao futebol? Acompanho direto pela a televisão. Não só assito, vejo programas que trazem informações. E não só aqui do Brasil. Quero saber sobre o futebol do mundo.


Como tem visto o Brasileirão? Sempre é assim: quando tem Libertadores os times brasileiros começam a pôr time misto, não interessam muito. Quando essas equipes saíram da Libertadvores, o campeonatou melhorou porque todo mundo focou. E, também, quando fechou a janela. Esse é um grande problema que a gente tem. O nosso calendário é ruim por causa disso. O São Paulo, por exemplo, começou um time e mudou tudo. Daí jogam tudo para cima do técnico.

O Santos te supreendeu? Foi muito bom. Primeiro, o Marcelo Fernandes fez um bom trabalho no Campeonato Paulista, foi campeão e tudo. Depois veio o Brasileiro, o time não foi bem logo no começo, como o próprio Vasco, que foi campeão estadual e depois foi muito mal no Brasileiro. É uma coisa natural. E hoje, com o trabalho do Dorival, é um dos melhores times para se ver jogar.

O Corinthians é o melhor time? Sim. É o time mais seguro e o mais regular. Tudo isso faz parte do Campeonato Brasileiro, e é preciso ser competente e regular para ganhá-lo.

O estilo de jogo do Corinthians é bom? Cada técnico tem uma maneira de trabalhar: joga um pouquinho mais fechahdo ou pouco mais aberto. E cada um trabalha com o que tem na mão.

“O MELHOR JOGADOR FOI O LUCAS LIMA, QUE FAZ GOL E DESARMA ”

Você esperava mais do Palmeiras? Não, não esperava. Eu acho que está normal. Um time que foi montado no início do ano e contratou vinte e tantos jogadores não pode dar certo logo de cara. Ele oscila bastante. Vieram jogadores de tudo quanto é lado.

Porque o bicampeão Cruzeiro foi tão mal dessa vez? Aconteceu comigo no São Paulo também. Time que é campeão paga por um preço porque os jogadores se valorizam demais, e ás vezes as pessoas - a imprensa, torcida- acusam os dirigentes de vender os jogadores. Ás vezes não é o dirigente, é o jogador que quer ir embora. Grêmio com técnico novo, foi longe? O Roger, apesar de novo, tá fazendo um ótimo trabalho. Acho que a idade não conta muito nesse caso. E sim, está sim.

Quais jogadores chama a sua atenção? O melhor e o mais completo é o Lucas Lima. É um meio armador que chega, que faz gol e que desarma com muita intensidade. Esse é o meia atual, um meia agressivo. Hoje é diferente do meu tempo. Os meias são mais participativos.

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ENSAIO FOTOGRテ:ICO


Concentração. Algo que todo jogador seja ele profissional ou amador, precisa ter antes de ir para o “show”. O momento em que o atleta faz todo o ritual para entrar em campo, a concentração e a motivação são fatores indispensaveis. Por o calção, por a blusa, por o meião, por a chuteira.. E a tradicional reza para abençoar mais um jogo excelente que está por vim.

Futebol... Algo que não conseguimos explicar, apenas sentir. Futebol não é apenas um jogo ou 22 homens corrrendo atrás de uma bola. Isso move o mundo. Move uma industria gigantesca no qual tem influencia direta em diversas pessoas. É por isso, que não sabemos explicar o que é de fato o futebol, apenas podemos sentir e amar.

Igor Vilela, 18 anos, Cearense. Futuro Jornalista Esportivo.

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