Informe Várzea 2017-14

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Boletim da Igreja Adventista do 7º Dia da Várzea - Ano XV - nº 14 - 06 maio 2017

Ellen White,Odramatizações e filmes Cisne Negro

N

esse ano, a Igreja Adventista do Sétimo Dia lançou um filme intitulado O Resgate para apresentar às pessoas uma parábola moderna sobre o significado da vida e da morte de Jesus. O filme ultrapassou 300 mil visualizações em português e espanhol no Youtube, e os números não param de crescer. Os testemunhos são inúmeros de como as pessoas foram impactadas pela mensagem central, que nos leva a refletir no maior resgate da história, quando Jesus tornou-se um de nós. Para dirimir qualquer dúvida, o departamento de Comunicação da Divisão SulAmericana apresenta o seguinte texto que esclarece as bases para usar esse tipo de mídia para pregar. Um dos temas de preocupação de Ellen White em seus escritos foram o teatro e as dramatizações ou encenações teatrais. Os principais estudos que sistematizaram o pensamento de White a respeito dessa questão são dois: Representações dramáticas em instituições adventistas, de Arthur White, publicado originalmente em 1963, e o recente verbete Drama and theather, de Liliane Doukhan, publicado na The Ellen G. White Encyclopedia, livro de 2013 ainda não traduzido para o português. Em um breve panorama desses estudos, fica claro que Ellen White escreveu sobre o tema a partir de duas perspectivas: (1) o teatro como meio de entretenimento e (2) a inserção de atitudes teatrais por pregadores e evangelistas. A respeito do primeiro foco, o do teatro como meio de entretenimento, ela critica essa forma de diversão pelo seu conteúdo vulgar e pelo seu ambiente estar associado à vida boêmia (jogos de azar, bebida e fumo), o que era realidade na época. Geralmente as declarações de Ellen White sobre o perigo da influência do teatro estão ligadas ao contexto institucional adventista a partir da década de 1880: o problema da formação de

sociedades literárias adventistas, que levavam muitos jovens a frequentarem o teatro, e das encenações teatrais “mundanas” feitas em instituições adventistas como colégios e hospitais [...]. Sobre o segundo foco, que é o uso de posturas teatrais por ministros e pregadores, White condena essa prática. Para ela, era inaceitável que pregadores e ministros agissem de forma sensacionalista ou vulgar para atrair os ouvintes. [...] Diante disso, os textos usados para desqualificar a criação de produções audiovisuais de ficção pela organização adventista, encontrados em livros como Evangelismo, por exemplo, referem-se a “posturas teatrais“ e “exibições teatrais” apresentadas por ministros e pregadores. Tais textos não se referem a encenações e dramatizações produzidas por adventistas, seja dentro ou fora do ambiente de culto. Não é possível considerar os textos de White sobre o ambiente e o conteúdo do teatro, e muito menos as críticas que ela faz à teatralidade de pregadores, como argumento para tornar as produções evangelísticas da igreja como estando contra os testemunhos. A Igreja Adventista jamais buscará meios de produção audiovisual ou comunicação que entrem em conflito com os princípios bíblicos e conceitos dos escritos de Ellen White e cujo objetivo seja meramente entreter uma plateia ou exibir a performance de alguém. Nossa intenção é a de termos relevância junto aos públicos da atualidade, mas sempre mantendo uma coerência com nossa identidade histórica fundamentada em sólida base bíblico-teológica.

Rafael Rossi Texto na íntegra: http://noticias.adventistas.org/pt/coluna/rafaelrossi/ellen-white-dramatizacoes-e-filmes/


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