Boletim da Igreja Adventista do 7º Dia Várzea - Ano XIII - nº 26 - 09 de julho de 2016
Aos 100 anos, adventista continua envolvido no trabalho missionário
E
m Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, um centenário que acabou de fazer aniversário no dia 1º de julho, esbanja disposição, saúde e muito comprometimento com a vida. O aposentado Antônio Avelino de Campos, que não toma qualquer remédio e usa a bengala apenas para melhor se locomover, conta um pouco da sua história de como continua firme até hoje com trabalhos missionários e no evangelismo pessoal. Apesar da idade centenária, o fiel que frequenta a Igreja Adventista do bairro Ponte Grande tem uma rotina diária de levantar cedo e fazer o que mais gosta e acha necessário para ter essa vitalidade: orar, estudar a Bíblia e a lição da Escola Sabatina. Só após isso, segue para o café da manhã e para sua caminhada diária. Em seus momentos devocionais, ele conta que ora em média por 100 pessoas, entre elas familiares, amigos, vizinhos e todos aqueles a quem ele já deu estudos bíblicos. Membro da Igreja Adventista desde setembro de 1964, ele dedicou todos esses anos a ensinar sobre o amor de Deus e da esperança revelada nas páginas da Bíblia. Com a sua esposa, Maria Bertocci, de 88 anos, ele aproveitava os momentos livres para chamar os amigos e interessados para sua casa a fim de ensinar a Bíblia. Já Maria ficava responsável por cuidar das crianças, brincar com elas e preparar bolos de chocolate. Foram 52 anos fazendo esse
mesmo programa todas as semanas, sacrificando, muitas vezes, feriados, finais de semana com a família, tempo para atividades de lazer, um esforço do qual ele não se arrepende. “Eu sou apaixonado pelo Evangelho. Do mesmo jeito que conheci esse amor de Deus e tudo na minha vida tomou um sentido diferente, essa experiência também pode acontecer na vida de outros. O que precisamos é mais de amor uns pelos outros e intenções de levar o Evangelho”, aconselha. Durante esses 52 anos, Antônio ajudou a construir as igrejas nos bairros paulista da Penha, Vila Alpina, Vila Cipa e em Guarulhos, no bairro da Ponte Alta. Hoje, Antônio não consegue mais reunir um grupo em sua casa para estudar a Bíblia, mas aproveita cada oportunidade para falar um verso bíblico, dar de presente alguma literatura ou mesmo contar histórias bíblicas para suas netas. Contudo, constata que apesar da facilidade e do acesso que todos tem hoje de falar de Jesus, menos interesse há. “Eu fico maravilhado como a Novo Tempo alcança as pessoas, como o celular é funcional, como tem tantos programas na Igreja, mas infelizmente parece que nossos irmãos só estão preocupados com os sonhos e problemas pessoais e nem lembram da missão bíblica. Eu já vivi 100 anos nesta terra e não quero passar mais anos por aqui, quero ver Jesus voltar. Enquanto eu tiver força, quero falar do amor de Jesus”, finaliza. fonte:adventistas.org