I-Hómi Zine #1

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Sâo Paulo - SP - edição 1.

apresenta: faozine do rabibes


Este aqui atrรกs foi feito para concorrer em um concurso na internet. A tentativa foi de fazer uma velha que parecesse grafitte. Me inspirei na minha avรณ, que tinha esse jeito desengonรงado. Foi arquivado aqui e ainda nรฃo o terminei. Nem terminarei. - Fabius Arterus


novas

MARTINELLIS FEST? quem é essa galera ae? então, pra começar bonito: o Martinellis é um festival de bandas independentes que surgiu assim que percebi a dificuldade de algumas bandas amigas de expor a sua arte. também com o intuito de disseminar cultura, me uni a esses amigos, que conheci numa comunidade do falecido orkut, e, com bandas como BLUES DRIVE MONSTER, Chabad, Hollowood e o projeto do Vitor Almeida Lopes, organizamos o primeiro dos festivais numa casa lá da Vila Mariana, que apelidamos (por meio de piadas internas) de Casa da Oportunidade.

Jam drogada que rolou de 1.21 - toe

a ideia seria fazer o primeiro de muitos, com bandas, fanzines, exposições e proporcionar curtição pra todo mundo.

Parte da decoração do fest

se você tem alguma coisa, fale com a gente, fazemos eventos com bandas sem pedir pra que vendam ingressos! se quer distribuir ou expor algo, fale conosco também! sempre damos um jeito pra quem tá interessado em fazer a parada funcionar. Pessoal que aguentou até o final nas páginas seguintes, veja um pouco sobre algumas bandas que tocaram na primeira edição.

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enquanto o mundo mergulha no popularesco, a BLUES DRIVE MONSTER acha que o que há de melhor não é o suficiente. falta garra, falta coração. faltam gritos, falta suor. sabemos disso, não é? falta feeling. um resgate de juventude. um grito pela vontade de viver. aquele que não se ouve muito desde o saudoso “anos 90”(?) porém sem deixar de inovar e acompanhar as influências que a arte dos mais recentes tempos nos traz. do Japão ao Brasil, trazendo influências da cultura punk e até filmes, livros e culturas diversas. agora um pouco sobre o EP, pelo guitarrista e vocalista da banda: Antimatéria, nosso novo EP, começará a ser gravado ainda em janeiro, e deverá sair no fim de fevereiro ou em meados de março. Vai marcar uma segunda fase da banda, tanto em sonoridade quanto em idéias. Este segundo EP vem mais “sujo” e mais irreverente.idéias. Quem acompanhou nossos últimos shows deve ter notado a gigantesca diferença das músicas executadas ao vivo, tanto do primeiro EP, quanto as inéditas (hits como Marte, Rosebud e The Universe). 2011 foi um grande ano para nós, e esperamos que 2012 seja ainda melhor! Aí vão umas datas pra quem quiser comparecer e prestigiar o que nós chamamos de “o maior espetáculo da terra”.

bluesdrivem.wordpress.com/ (downloads, fotos, vídeos, e o caralho a quatro!) facebook.com/pages/BLUESDRIVEM

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ok. vai nos dizer que já conhece de tudo, conheço essa história. já ouviu a Hollowood? já foi a algum show? ta aí algo que vale a pena ir atrás. a Hollowod é uma banda que, realmente, não se rotula. uma banda que, apesar da genialidade, agrada a apareciadores dos mais diversos estilos. cansa citar a quantidade de influências que a Hollowood carrega em suas músicas, mas uma coisa é certeza: seu esti lo favorito provavelmente também faz parte da playlist dos seus membros. sem medo de não soar comercial, acreditam que compor suas letras em inglês melhor casa com seus belos arranjos. porém, assim como em relação à estilos musicais, não se limitam a uma só língua. fazem o que sentirem e se inspirarem de fazer, não enxergando limites para arte. Hollowood é pra quem gosta de diversidade musical e cultural. pra quem gosta de arranjos surpreendentes. Hollowood é a banda pra quem está cansado do mesmo. Segundo a banda, o primeiro EP deve sair ainda no primeiro semestre. Você pode conferí-los dia 21/04 no martinellis fest, no formigueiro rock bar. facebook.com/hollowood.face twitter.com/followood youtube.com/user/hollowoodchannel soundcloud.com/hollowoodmusic

Criado por Dija Dijones (voz e baixo), Guilherme Braz (guitarra) e Diego de Pádua (bateria) em 2008, o Chabad é um trio onde o rock, o dub, o hardcore e o jazz são triturados e arremessados contra uma parede sonora permeada por mudanças de andamento, ritmos tortos e harmonias densas. Seus shows são bastante intensos em razão da entrega dos músicos durante as apresentações. Depois pois de um hiato de um ano e meio, a banda retorna agora com força total e prepara o registro do seu primeiro EP.

Chabad

facebook.com/chabad.oficial

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curte ae

just enjoy the music (casa de cultura do itaim paulista)

The Tape Disaster A gente não consegue definir o nosso som nunca. Tem gente que nos chama de prog, tem gente que chama de punk, tem gente que chama de post-rock. Estamos em um processo super denso de gravações. Justamente por isso, estamos sem datas agendadas por enquanto. a única coisa que dá pra adiantar é que serão duas músicas com uma pegada bem semelhante ao EP “Realidade Aumentada”.Eu gosto de dizer que somos uma banda com vários rótulos, todos devidamente colados nas nossas garrafas de rum. Brincadeiras a parte, podemos garantir que o que fazemos é uma grande mistura de movimentos involuntários musicais, que refletem a nossa inquietude juvenil. - Rubens Formiga, baterista da banda. facebook.com/thetapedisaster soundcloud.com/thetapedisaster

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textos SEGUNDA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2011

já tinha se acostumado com o seco, já que os incêndios do nulo me ajudam a suar

eu tenho a necessidade de escrever essa carta. endereçada? talvez. não diria. afinal, de quê serve botar algo no papel se não vai pra ninguém? pergunta recorrente que sempre me volta com uma resposta diferente. (o que não significa que sejam contraditórias - no caso, apenas complementares) se expressar, descarregar tramas e dramas? sim, por que não? mas hoje cheguei a conclusão de que fazer arte é uma forma de fazer-se humano. óbvio, eu sei. mas eu nunca tinha visto por esse lado. construir-se humano. dar uma forma ao eu lírico e/ou simplesmente autor da determinada obra. reproduzir-se humano. reproduzir-se de todas as formas que o humano pode tomar: selvagem e primitiva, carente e afável, doce e receptivo, egoísta ou caridoso (por mais que tudo isso na verdade gire em torno do ego), dentre outras formas. mostrar-se humano. dar valor artístico a um comportamento humano faz melhor ser entendido, não faz? um pouco de nós sempre busca aceitação, mesmo que seja a nossa própria aceitação após ler o texto e pensar “viu só? faz sentido.” livrar-se do humano. é pesado carregar tudo isso, não? o mundo não tem espaço pras suas lamentações - é na arte que você, em parte, se livra delas. se livra e está pronto para viver por aí se adequando aos outros, até que algo te atormenta (pro “bem” ou pro “mal”) novamente e te faz botar no papel alguma coisa. apesar que, pensando bem, eu posso estar errado. isso deveria fazer de mim uma pessoa mais leve que as pessoas que não se fazem de arte, não deveria? bom, quem vai dizer que não é assim? são só pontos de vista.

por martines ingraystripes.blogspot.com obs.: nome do texto inspirado em parte da letra de Ovos - Jennifer Lo-Fi

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maio de 2011

Watercolors Hoje, n’alvorada úmida póstuma ao dia choroso que fora ontem eu chorei a saudade. Cuidei, ao olhar meu, uma poesia constituída de lágrimas, cujas quais hoje dedico a aquilo que um dia me trouxe um sorriso no rosto. Eu era apenas uma criança, não sabia que o destino árduo da vida chegaria a me trair de forma tão honrosa! De ter vivido… de ter vivenciado! E de poder, hoje, anos e anos depois, saudar a saudade. Envolto por meu cobertor cinza e preto sentei-me na mesma cadeira que um dia serviu de assento a um amiguinho de apenas cinco anos. Coberto, tentando não revelar parte alguma de meu uniforme a brisa gelada da alvorada, quase que em posição fetal, encontrei um conforto em meu próprio ombro. Na solidão e na necessidade de meu próprio ombro, deitei com as orelhas diretamente na pelugem que me protege do frio. Fechei os olhos, calmamente – um, dois, três. Apartei-me, tornei-me outro, um pingüim em meio ao ártico, perdido, tornei-me depósito de confiança de mim mesmo, contei, sussurrei ao pé do ouvido que eu queria o amor. Que eu queria de volta, tudo aquilo que um dia me fora tirado. A começar pelo doce barulho do mar, que incrivelmente, alcançava os ouvidos cansados e franzia a testa de um homem aflito; fechei os olhos. Ouvia o vai-e-vem das ondas do mar, imaginava-o soletrando letra por letra ao pé de meu ouvido, quase que, gritando ao mesmo tempo o quão magnífico foi o tempo em que eu pude vê-lo de uma janela. Há anos atrás enquanto eu acordava, por dentre frestas de uma janela entrava a brisa; arrebicava em mim uma semente que me fazia brotar no peito um floral de gotas de orvalho. As mesmas caíam quase que cometendo um suicídio de meus olhos. Libertavam-se, encontravam-se com o ar; o doce ar, após um período de ostracismo, banidas em uma série de viagens, chegaram aos meus olhos, caíam, felizes! E eu, a chorar de alegria… Ainda com os olhos fechados, ouvia buzinas na estrada; lembrava-me das noites difíceis de dormir em Tatuí, em que, os caminhões eram a música; 10


compunham o silêncio com prudência e provocavam em mim, o que hoje se tornou a nostalgia. Mesmo que, na mais estúpida e comum buzina… eu encontrei conforto e saudade daquilo que um dia vivi. Dizem que nunca estamos satisfeitos… e eu não quero nunca estar satisfeito. Quero poder chorar e cá no meu peito fazer novamente brotar, essa vontade insolúvel de lembrar, de ser inerente a vida, ao sorriso, às lagrimas… ao amor. Quero viver com o tal amor, quero que no meu coração não more uma confiança, e sim uma pluma, que de tão leve… voaria para longe no primeiro sussurro da garota amada. E com os olhos abertos, voltei para o meu lar… ainda sem o meu lar, pois todo o ombro se tornou um catafalco… e o teu sorriso encolhido pela timidez e as cócegas tornaram-se um motivo para viver. por vitor almeida lopes mnemonicco.tumblr.com

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facebook.com/coletivoihomi coletivoihomi@gmail.com

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